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FACULDADE REGIONAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS DE

CANDEIAS – FAC
LICENCIATURA PLENA EM PEDAGOGIA

A LUDICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Jogos, Brinquedos e


Brincadeiras

JESUS, Adilma Francisca da Silva ¹

Resumo

A presente pesquisa aborda sobre a Ludicidade na Educação Infantil: Jogos, Brinquedos e


Brincadeiras, como sendo uma das maneiras fundamentais de se alcançar uma aprendizagem
significativa. Foi realizada uma pesquisa participante na Creche Municipal Professora Ariene
Marques de Souza INEP 29472920, durante a disciplina de estágio supervisionado II. A mesa
ocorreu entre os dias 06 e 07 de maio de 2019. A instituição localiza-se na Rua C s/n, na sede
do município de Itaguaçu da Bahia-BA. Durante a observação procurou-se conhecer em um
primeiro momento a estrutura física da creche e toda a equipe constituinte. A metodologia
escolhida foi em parte bibliográfica qualitativa e em parte pesquisa participante. Para a
bibliográfica foram pesquisados em livros, artigos e revistas, onde autores se debruçaram
sobre o tema. Partes dos materiais foram encontradas na internet. Algumas obras
consultadas de autores como: Stteinde (2012, cava (2014), Kishimto (1994) Kramer (2003)
entre outros. Diante do exposto, procurou-se investigar de que forma é trabalhada a ludicidade
em uma escola no município de Itaguaçu da Bahia-Ba. Motivação para que os profissionais da
área possam enriquecer ainda mais suas aulas, desenvolvimento integral das crianças de
educação infantil e um incentivo a mais a futuros alunos da área que desejarem conhecer
melhor acerca do assunto, são considerações que devem ser levadas em conta para uma
profunda abordagem sobre o tema. De acordo com os resultados obtidos, percebe-se a
necessidade do uso do lúdico, pois o mesmo é uma ferramenta a mais no momento de ensinar.
O lúdico estimula a imaginação da criança e facilita o aprendizado, pois ao invés do que
muitos pensam é através de brincadeiras que a criança mais aprende. Seguindo essa lógica um
dos objetivos dessa pesquisa é mostrar os benefícios que o lúdico traz para educação infantil.

Palavras – chave: Ludicidade; Educação Infantil; Aprendizagem.


Abstract
This research deals with Playfulness in Early Childhood Education: Games, Toys and Games,
as being one of the fundamental ways to achieve meaningful learning. A participant research
was carried out at the Municipal Nursery Professora Ariene Marques de Souza INEP
29472920, during the supervised internship II discipline. The meeting took place between
May 6 and 7, 2019. The institution is located at Rua C s / n, at the headquarters of the
municipality of Itaguaçu da Bahia-BA. During the observation, it was first sought to know the
physical structure of the daycare center and the entire constituent team. The chosen
methodology was partly qualitative bibliography and partly participatory research. For the
bibliography they were searched in books, articles and magazines, where authors looked at the
theme. Parts of the materials were found on the internet. Some works consulted by authors
such as: Stteinde (2012, cava (2014), Kishimto (1994) Kramer (2003) among others. In view
of the above, we sought to investigate how playfulness is worked in a school in the
municipality of Itaguaçu da Bahia-Ba. Motivation for professionals in the field to further
enrich their classes, integral development of early childhood children and an additional
incentive for future students in the field who wish to know more about the subject are
considerations that must be taken into account. account for a deep approach on the subject.
According to the results obtained, the need to use playfulness is perceived, as it is an
additional tool when teaching. Playfulness stimulates the child's imagination and facilitates
learning, because instead of what many think, it is through games that the child learns the
most. Following this logic, one of the objectives of this research is to show the benefits that
the play brings to early childhood education.

Key words: Playfulness; Child education; Learning.

__________________________________________________________________________________

Graduada em pedagogia FAC adilmafranciscajesus02@gmail.com


Introdução

Sabemos que a educação infantil é a base da vida escolar das crianças. Diante disso,
necessário se faz que o profissional de educação Infantil tenha todo um cuidado no seu fazer
pedagógico, com o propósito de promover um ensino de qualidade e ainda despertar no
educando um encantamento pelos estudos ainda nesta fase escolar. Para tanto deve- se lançar
mão da ludicidade, um importante recurso que, acredita-se, tem se mostrado uma excelente
aliada no processo de ensino e aprendizagem.
Diante do exposto, procurou-se investigar de que forma é trabalhada a ludicidade em
uma escola no município de Itaguaçu da Bahia-Ba. Motivação para que os profissionais da
área possam enriquecer ainda mais suas aulas, desenvolvimento integral das crianças de
educação infantil e um incentivo a mais a futuros alunos da área que desejarem conhecer
melhor acerca do assunto, são considerações que devem ser levadas em conta para uma
profunda abordagem sobre o tema.
A educação infantil é fase em que as crianças aprendem de forma lúdica. Portanto
pressupõe-se que a ludicidade deixa as aulas atrativas, jogos e brincadeiras auxiliam no
processo se ensino e aprendizagem, o lúdico e arte são eficazes para o desenvolvimento
infantil. Tendo como objetivos específicos definir ludicidade, brinquedo e brincadeira,
identificar recursos que podem ser utilizados no ambiente escolar, analisar a importância do
jogo, brinquedo e brincadeira para aprendizagem, analisar as ações dos profissionais de
educação infantil com relação a ludicidade em uma escola do município de Itaguaçu da Bahia
–BA.
A pesquisa foi dividida em duas etapas. A metodologia escolhida foi em parte
bibliográfica qualitativa e em parte pesquisa participante. Para a bibliográfica foram
pesquisados em livros, artigos e revistas, onde autores se debruçaram sobre o tema. Partes
dos materiais foram encontradas na internet. Algumas obras consultadas de autores como:
Stteinde (2012, cava (2014), Kishimto (1994) Kramer (2003) entre outros.
Ainda este estudo traz algumas considerações sobre os jogos, brincadeiras e
brinquedos e como influenciam na socialização das crianças.
Desta forma, este estudo proporcionará uma leitura mais consciente acerca da
importância do brincar na vida do ser humano, e, em especial na vida da criança. Neste
sentido, o objetivo central deste estudo é analisar a importância do brincar na Educação
Infantil, pois, segundo os autores pesquisados, este é um período fundamental para a criança
no que diz respeito ao seu desenvolvimento e aprendizagem de forma significativa.

Educação Infantil e infância

A instituição de educação infantil é um dos espaços de inserção das crianças nas


relações éticas e morais que permeiam a sociedade na qual estão inseridas. O ingresso na
instituição de educação infantil pode alargar o universo inicial das crianças, em vista da
possibilidade de conviverem com outras crianças e com adultos de origens e hábitos culturais
diversos, de aprender novas brincadeiras, de adquirir conhecimentos sobre realidades
distantes.
Na primeira infância, período que vai até os seis anos de idade, além do crescimento
físico e desenvolvimento motor, as crianças adquirem capacidades de aprendizado,
sociabilidade e afetividade que serão levadas para toda a vida. Ao mesmo tempo, ela depende
muito do ambiente e das interações. A potência que ela tem pode ou não tomar vida
dependendo do apoio que ela encontra.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL,
1998, p. 22,):

“Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem


no mundo é o grande desafio da educação infantil e de seus profissionais. Embora os
conhecimentos derivados da psicologia, antropologia, sociologia, medicina etc.
possam ser de grande valia para desvelar o universo infantil apontando algumas
características comuns de ser das crianças, elas permanecem únicas em suas
individualidades e diferenças”.

A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças condições


para que a aprendizagem ocorra de forma significativa, considerando a criança no seu
contexto social, ambiental e cultural, entre outros.
O espaço na instituição de educação infantil deve propiciar condições para que as
crianças possam usufruí-lo em benefício do seu desenvolvimento e aprendizagem. Para tanto,
é preciso que o espaço seja versátil e permeável à sua ação, sujeito às modificações propostas
pelas crianças e pelos professores em função das ações desenvolvidas. Deve ser pensado e
rearranjado, considerando as diferentes necessidades de cada faixa etária, assim como os
diferentes projetos e atividades que estão sendo desenvolvido.
Os vários momentos do dia
que demandam mais espaço livre para movimentação corporal ou ambientes para aconchego
e/ou para maior concentração, ou ainda, atividades de cuidados implicam, também, planejar,
organizar e mudar constantemente o espaço. Nas salas, a forma de organização pode
comportar ambientes que permitem o desenvolvimento de atividades diversificadas e
simultâneas, como, por exemplo, ambientes para jogos, artes, faz-de-conta, leitura etc.
Se a infância nos remete a brinquedos, brincadeiras, barulho, alegria, encantamento,
imaginação, fantasia, liberdade, magia, entre outras meninices, por que temos dificuldade de
transformar a instituição de Educação Infantil em um lugar lúdico de fato? Uma das respostas
poderia ser: porque a escola é, tradicionalmente, o lugar para promover o pensamento, a
cognição, a reflexão, portanto, um lugar que requer disciplina, organização e silêncio. Nessa
concepção de escola, só cabe a cabeça, o corpo, não. O corpo ocuparia outro lugar, estaria no
âmbito privado, e, sendo assim, brincar, correr e movimentar-se seriam atividades que a
família deveria proporcionar para a criança. Seguindo este raciocínio, poderíamos argumentar
dizendo que: a escola se desenvolveu com tal rigor, porque ela não foi idealizada para receber
crianças. As crianças foram aos poucos ocupando esse espaço, sendo que as bem pequenas, só
muito recentemente.
Dessa forma, é necessário que as escolas de educação infantil sejam urgentemente
resinificadas, a fim de garantir que as crianças possam brincar, investigar, correr, pesquisar,
pois quanto mais lúdico, cuidadoso, acolhedor, propositivo e desafiador for o ambiente
educacional maior será o desenvolvimento da criança.
O lúdico na educação na visão de Carvalho (1992, p,28):

(...) o ensino absorvido de maneira lúdica, passa a adquirir um aspecto significativo


e afetivo no curso do desenvolvimento da inteligência da criança, já que ela se
modifica de ato puramente transmissor a ato transformador em ludicidade,
denotando-se, portanto em jogo.

O lúdico incentiva a criança a gostar de brincadeiras e jogos auxiliando bastante em


seu desenvolvimento em vários aspectos. É muito importante levar a criança a construir seus
saberes e acolher com o uso de atividades lúdicas. Desse modo é importante destacar que nas
series iniciais como a Educação infantil o lúdico tem um papel bastante importante tendo
como instrumento os jogos e as brincadeiras, onde o educador pode usá-los para ensinar.
Partindo desse pressuposto nota-se que é de suma importância, o emprego da ludicidade e do
planejamento de professores na educação infantil, e com isso não se pode deixar de lado que o
desenvolvimento cognitivo, sensorial e motor dessa criança, onde através do poder do
imaginário o desenvolvimento da oralidade (leitura e escrita), pode ser muito mais eficaz do
que nos métodos tradicionalistas e totalmente respetivo.

Definindo ludicidade brinquedo, brincadeira e jogo.

A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma
organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em
um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se
desenvolve, mas também o marca.
As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como seres que
sentem e pensam o mundo de um jeito muito próprio. Nas interações que estabelecem desde
cedo com as pessoas que lhe são próximas e com o meio que as circunda, as crianças revelam
seu esforço para compreender o mundo em que vivem, as relações contraditórias que
presenciam e, por meio das brincadeiras, explicitam as condições de vida a que estão
submetidas e seus anseios e desejos.
Para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que
haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam
elas mais voltadas às brincadeiras ou às aprendizagens que ocorrem por meio de uma
intervenção direta.
Para tanto, a ludicidade é concebida na educação infantil como importante
ferramenta pedagógica. Esta tem como principal foco, o ensinar e o aprender de forma
prazerosa e significativa, propicio para o desenvolvimento integral da criança. O uso do
lúdico é sempre uma ferramenta a mais no momento de ensinar, pois estimula a imaginação
da criança e facilita o aprendizado, pois ao invés do que muitos pensam é através de
brincadeiras que a criança mais aprende.

Segundo Steinle et al (2012, p.3),"lúdico “vem da palavra latina "ludus" que significa
"jogo". Para a autora, se o termo lúdico, continuasse em sua origem, simplesmente estaria se
referindo o ato de jogar, de brincar e ao movimento espontâneo. Ocorre que o significado da
palavra lúdico foi evoluindo em direção as pesquisas da psicomotricidade, esta é a ciência que
estuda o homem em movimento.
Brinquedo de acordo com o Dicionário Infopédia (2003): “1- Objeto que serve para
as crianças brincarem. 2- divertimento infantil, jogo. ”. Assim o brinquedo é um suporte que a
criança utiliza quando brinca. Para Kishimoto (1994) o brinquedo não possui regras quando a
sua utilização. Para a autora um dos objetivos do brinquedo é servir, como substituto dos
objetos reais. Assim o brinquedo da à criança aquilo que ela quer ter e não pode no momento
exato, dessa forma o brinquedo satisfaz o desejo da criança.
A brincadeira segundo o dicionário Online de Português (2009) significa: “ação de
brincar, de se divertir; divertimento jogos passatempo, divertimento infantil ao desenvolvido
para criança. ” Na brincadeira a criança brinca sem estar comprometida com algo sério. Ela se
diverte
Existem vários tipos de jogos, cada um com uma finalidade diferente. Há jogos que
estimulam a capacidade de imaginação, outros que enfatizam regras. “O jogo é uma atividade
estruturada, parte de um princípio de regras claras, de fácil entendimento” (KISHIMOTO
2011, p. 15).
Nos jogos, a criança começa a estabelecer e entender regras constituídas por si e/ ou
pelo grupo. Desse modo, estará elaborando e resolvendo conflitos e hipóteses de
conhecimento e, ao mesmo tempo, desenvolvendo a capacidade de entender pontos de vista
diferentes do seu ou de fazer-se entender e de coordenar o seu ponto de vista com o do outro.
O bom jogo não é aquele que a criança pode dominar corretamente, o importante é que a
criança possa jogar de maneira lógica e desafiadora, e que o jogo proporcione um contexto
estimulador para suas atividades mentais e amplie sua capacidade de cooperação e libertação.
As atividades com o jogo devem ser criadas e recriadas, para que sejam sempre uma
nova descoberta e sempre se transformem em um novo jogo, em uma nova forma de jogar.
Quando a criança brinca, sem saber fornece várias informações a seu respeito, no entanto, o
brincar pode ser útil para estimular seu desenvolvimento integral, tanto no ambiente familiar,
quanto no ambiente escolar.
Nesta perspectiva, a brincadeira infantil assume uma posição privilegiada para a
análise do processo de constituição do sujeito, rompendo com a visão tradicional de que ela é
uma atividade natural de satisfação de instintos infantis. Ainda, o autor refere-se à brincadeira
como uma maneira de expressão e apropriação do mundo das relações, das atividades e dos
papéis dos adultos. A capacidade para imaginar, fazer planos, apropriar-se de novos
conhecimentos surge, nas crianças, através do brincar. A criança por intermédio da
brincadeira, das atividades lúdicas, atua, mesmo que simbolicamente, nas diferentes situações
vividas pelo ser humano, reelaborando sentimentos, conhecimentos, significados e atitudes.
De acordo com o Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL,
1998, p. 27, v.01):
O principal indicador da brincadeira, entre as crianças, é o papel que assumem
enquanto brincam. Ao adotar outros papéis na brincadeira, as crianças agem frente à
realidade de maneira não-literal, transferindo e substituindo suas ações cotidianas
pelas ações e características do papel assumido, utilizando-se de objetos substitutos.

Portanto, a brincadeira é de fundamental importância para o desenvolvimento infantil


na medida em que a criança pode transformar e produzir novos significados. Nas situações em
que a criança é estimulada, é possível observar que rompe com a relação de subordinação ao
objeto, atribuindo-lhe um novo significado, o que expressa seu caráter ativo, no curso de seu
próprio desenvolvimento.
A brincadeira favorece a autoestima das crianças, auxiliando-as a superar
progressivamente suas aquisições de forma criativa. Brincar contribui, assim, para a
interiorização de determinados modelos de adulto, no âmbito de grupos sociais diversos.
Essas significações atribuídas ao brincar transformam-no em um espaço singular de
constituição infantil.
Na instituição de educação infantil, pode-se oferecer às crianças condições para as
aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e aquelas advindas de situações pedagógicas
intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. É importante ressaltar, porém, que
essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de
desenvolvimento infantil.

Jogos, brinquedos e brincadeiras: algumas concepções.

O jogo, a brincadeira e o brinquedo são partes, integrantes da ludicidade. O jogo e a


brincadeira são de extrema relevância para o desenvolvimento físico, emocional, afetivo,
cognitivo e social da criança. Por isso faz-se necessário uma melhor atenção a esse respeito,
tanto por parte dos pais quanto de educadores sendo o lúdico um recurso facilitador para
aprendizagem na educação infantil e interessante que o professor utilize as brincadeiras, arte
visuais, músicas e danças em suas aulas.
O brincar além de ser uma necessidade para a criança pode crescer é também um
direito. Direito este garantido pela ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, na lei nº
8.069, de 13 de julho de 1990, no Artigo 5º que diz:

Art.5º constituem em áreas prioritárias para as políticas publicas para a primeira


infância a saúde, a alimentação e a nutrição, a educação infantil, a convivência
familiar e comunitária, a assistência social à família da criança, a cultura, o brincar e
o lazer [...] (BRASIL2019, P.188)

Embora seja um direito, ainda há uma resistência por parte de muitos que insistem em
descumpri-lo. É notório este descumprimento quando se observa práticas como diminuição
dos espaços onde a criança poderia brincar a excessiva preocupação com um futuro promissor
ainda distante entre outros acabam marcando esta triste realidade.
De acordo com este pensamento Kramer (2003p. 44apud STEINLLE etal. 2012 p.5)
afirma que:
Desconsideram as necessidades das crianças [...] diminuindo cada vez, mais os
espaços utilizados pelas crianças para brincar na rua, no quintal, no parque etc.;
construindo, mais prédios e moradias; quando leva a criança a praticar a
“individualização” da ação lúdica propostas pelos jogos eletrônicos; ou ainda
quando obriga a criança a cumprir agendas superlotadas de compromissos que
devolvem à criança a concepção de “vier a ser”.

Pode-se dizer que o direito do brincar é violado quando os interesses da sociedade são
priorizados. Neste contexto ficam claro que as necessidades das crianças não são levadas a
sério. Dessa forma o que preocupa é que o brincar acaba sendo desvalorizado.
Nem sempre o brincar é bem compreendido, por incrível que pareça isto acontece até
mesmo no meio educacional.
Silva (2019, p.16) ressalta que:

[...] ao trabalhar ludicidade o docente não esta deixando a seriedade e a importância,


dos conteúdos [...], visto que o lúdico proporciona um desenvolvimento sódio e a
compreensão do conhecimento, pois os jogos, brincadeiras brinquedos fazem parte
do universo da criança [...]

Compreende- se que não é pelo fato de o lúdico trazer uma proposta brincante, que o
conteúdo perderia sua relevância. Pelo contrário, a tendência seria favorecer ainda mais a
aprendizagem. Como mencionado pela autora, o jogo, a brincadeira e o brinquedo são
normais no dia a dia das crianças.
Sobre contribuir para o direito do brincar, Agotti (2010, p.133) afirma:
Se o profissional da educação infantil almeja contribuir para a concretização do
direito de brincar, cabe-lhe viabilizar um ensino sistemático intencional,
adequando ao ritmo do seu psiquismo infantil e mediado pela alegria do lúdico, do
belo, da descoberta da surpresa e do encanto.

O professor de educação infantil precisa ter postura frente ao trabalho lúdico. Antes de
tudo precisa ser um bom pesquisador para quer encontre relevantes conceitos sobre as
condutas do brincar. Deve entender que não há receitas prontas que um professor venha
passar para outro. É necessário conhecer as necessidades das crianças e levá-las em
consideração.
Vale lembra que a atividade lúdica oferece inúmeras possibilidades de aprendizagens.
O jogo e a brincadeira apresentam soluções para que a criança supere as contradições
existentes em relação a suas necessidades de interagir com o mundo e sua impotência em
realizar determinadas ações.
O uso do lúdico é sempre uma ferramenta a mais no momento de ensinar, pois
estimula a imaginação da criança e facilita o aprendizado, pois ao invés do que muitos
pensam é através de brincadeiras que a criança mais aprende. O lúdico é importante porque as
brincadeiras favorecem as relações sociais, e as trocas sociais que se estabelecem entre o
educador e a criança devem ser baseadas no respeito mútuo, na reciprocidade e na
cooperação. Através das brincadeiras e jogos o espaço escolar pode-se transformar em um
espaço agradável, prazeroso, permitindo que o educador alcance sucesso em sala de aula.
Desta forma, as brincadeiras devem acompanhar a criança da educação infantil, pois nesse
período da vida da criança, são relevantes todos os aspectos de sua formação.

(...) a atividade lúdica, o jogo, o brinquedo, a brincadeira, precisam ser melhorado,


compreendidos e encontrar maior espaço para ser entendido como educação. Na
medida em que os professores compreenderem toda sua capacidade potencial de
contribuir no desenvolvimento infantil, grandes mudanças irão acontecer na
educação e nos sujeitos que estão inseridos nesse processo. (Goés, 2008, p 37),

Portanto, o brincar utilizado como recurso pedagógico não deve ser dissociado da
atividade lúdica. A incorporação de brincadeiras, jogos e brinquedos na prática pedagógica,
podem desenvolver diferentes atividades que contribuem para inúmeras aprendizagens e para
a ampliação da rede de significados construtivos tanto para a vida crianças. O brincar vai
proporcionar situações imaginárias em que ocorrerá no desenvolvimento cognitivo e
facilitando a interação com pessoas, as quais contribuirão para um acréscimo de
conhecimento.
Deste modo, percebemos que a vida da criança gira em torno do brincar. É por essa
razão que pedagogos têm utilizado a brincadeira na educação infantil, por ser uma peça
importante na formação da personalidade, tornando-se uma forma de construção de
conhecimento. E o educador é a peça fundamental nesse processo. Educar não se limita em
repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas ajudar a criança a tomar
consciência de si mesmo, e da sociedade.

Importâncias do jogo, da brincadeira e do brinquedo para a aprendizagem.

Nos jogos de competições, os participantes precisam se esforçar para vencer. Nesta


atividade há enumeras possibilidades de aprendizagens. Em suas palavras, Cava (2014, p 9)
nos diz que: “quando a criança esta jogando se sente desafiada a vencer, aprender a persistir, e
incentivada a questionar e corrigir suas ações. Quando se torna adulto terá persistência para
alcançar seus objetivos [...] ”. Entende-se que o jogo oportuniza aprendizagens que no futuro
serão úteis, mesmo que durante a brincadeira a criança não tenha essas intenções.

Nesta mesma linha de pensamento Steinle et al (2012, p.14) afirma:

As atividades lúdicas que envolvem o brincar pedagógico estimular a criança no


desenvolvimento do pensar e do agir, fazendo com que ela se torna futuramente
apta a resolver situações problemas que surgirão.

Diante disso o professor deve tomar consciência e estimular as crianças a vivência


lúdica. Assim se estará promovendo um ensino-aprendizagem prazeroso e de qualidade. O
docente precisa ter em mente que o brincar vai além de uma forma de passa tempo.
A fantasia é outras características da infância. No faz de conta as crianças criam e
recreiam situações do dia-dia. Na fantasia e na imaginação da criança tudo é possível. A
brincadeira do faz de conta permite a superação de seus medos e de suas angustias em uma
realidade muitas vezes difícil de entender. No faz de conta a criança brinca de dirigir,
cozinhar, consertar aparelhos quebrados, coisas que se fosse de verdade ofereciam sérios
riscos para a segurança física. Criam personagens imaginários super-heróis, fadas, monstros
etc. lançando sobre eles emoções diversas como alegria e frustrações vividas no seu dia a dia.
Dessa forma vão interpretando o mundo que cerca.
Zanluchi (2005, p.89) afirma que ao brincar a criança estaria se preparando para a
vida. E que por meio de atividades lúdicas que ela entra em contato com o mundo físico e
social, de forma que passa a compreender com são as coisas e o seu funcionamento.
Entretanto durante a brincadeira a criança vai se desprendendo do mundo real e envolve-se
com uma riqueza de significados.

O faz de conta possibilita objetivos diversos conforme Paschoal (2007, p.46) descreve
a seguir:

[...] formação e desenvolvimento da linguagem ora; do pensamento; da memória; da


atenção; da imaginação; controle da própria conduta; formação da identidade;
criação de uma autoestima positiva; aprendizagem do relacionamento com os
colegas; espera sua vez; trabalho em grupo; [...].

Desta forma a brincadeira, oportuniza à criança se desenvolver integramente. Por isso


é necessário que ela esteja presente no processo de ensino-aprendizagem. A criança precisa
ser tratada como sujeito de história que se situa no meio sócio cultural.
Semelhante ao lúdico a arte é importante para o desenvolvimento da criança. Pode se
disser q a arte está ligada ao lúdico, pois elas possuem características lúdicas. Fazendo artes a
criança se diverte, utilizando sua criatividade e imaginação.
Cava (2014, p.6) disse que:

A arte e linguagem por tanto uma forma de expressão e comunicação humana, tem
um papel fundamental envolvendo os aspectos cognitivos, sociais, estéticos,
sensíveis e culturais, e isso já é suficiente para que se justifique sua presença na
vida escolar.

Fica claro que arte contribui para o desenvolvimento pleno da criança. Por meio dela
a criança pode expressar suas emoções, alegrias, medos, frustrações entre outros. Por tanto
deve ser utilizada com recurso pedagógico.
A arte muitas vezes não é compreendida com recurso pedagógico. Acabam limitando a
função desta a uma simples recreação. Assim não oportunizando o desenvolvimento integral
das crianças, que poderiam ampliar o conhecimento e a visão do mundo.
Melo e Teixeira (2013, p48) salienta que:

Algumas escolas desconhecem a grande importância do que é arte educação para a


vida das crianças em fase de aprendizagem, pois prefere seguir métodos
tradicionais dos estereótipos, trazendo ao aluno algo pronto, [...].
Constata-se que a escola precisa dar vez aos alunos para que criem seus próprios
desenhos. Dessa forma deixando fluir a imaginação e a criatividade, possam se desenvolver
adquirindo assim sua autonomia.
Para o trabalho com artes visuais segundo Cava (2012) não é preciso que o professor
seja um artista plástico de profissão. A autora afirma que basta ter familiaridade com a
disciplina, que tenha motivação, entusiasmo de modo que contagie seus alunos, passando
dessa forma segurança aos mesmos.
Ainda Cava (2012) sugere que esse tipo de atividade seja feita em grupo. O grupo
facilitará por questões de espaço e escassez de materiais e ainda com a integração dos alunos
será propiciado o desenvolvimento da tolerância, autonomia, criatividade e socialização.
Vale ressaltar que as crianças possuem uma mente fértil. Se estimuladas são capazes
de inventar, criar seus próprios desenhos e brinquedos. Para Freire (1996, p27) o ensinar não é
transferir conhecimento. Portanto o q as crianças precisam é de oportunidade, e assim
desenvolvam muitas habilidades sua autonomia.
Ao trabalhar atividades lúdicas o professor precisa ter um bom planejamento. Dessa
forma se forem trabalhadas de forma correta contribuem para o desenvolvimento integral da
criança.

É de fundamental importância a seleção dos brinquedos. Deve-se ter bastante cuidado


na hora de os escolher, é importante que seja levado em consideração o nível de
desenvolvimento motor e cognitivo da criança. Além disso deve atender vários critérios como
segurança, e que atenda as diversidades racial, social, étnicas entre outros conforme
Kishimoto (2010, p.2) descreve:

A seleção de brinquedos envolve diversos aspectos: ser durável, atraentes,


adequado e apropriado a diversos usos; garantir a segurança e ampliar oportunidades
para o brincar; atender a diversidade racial, não induzir a preconceitos de gêneros,
classe social e etnia; não estimular a violência incluir diversidade de materiais e
tipos__ brinquedos tecnológicos, industrializados, artesanais e produzidos pelas
crianças, professores e pais.

Todos os aspectos mencionados pela autora possuem suma relevância. Devem ser
considerados para que as crianças tenham um desenvolvimento pleno. Para tanto na escolha
dos brinquedos é preciso se estar atento. É importante averiguar o certificado de qualidade
para que estes não ofereçam sérios riscos como possíveis intoxicações, acidentes com choque
elétricos, objetos com pontas que podem ocasionar perfurações e outros que podem causar
danos á saúde como alergias.
Para o trabalho lúdico com as crianças há uma infinidade de materiais. Moore (2017,
p.370) traz algumas sugestões como: “[...], giz colorido, papeis, massa de modelar, giz de
cera, materiais da natureza (folhas secas, pedras, galhos etc.), brinquedos e jogos
industrializados ou confeccionados pelos próprios alunos, sucatas etc.”. Constata-se que tanto
materiais industrializados como os elementos da natureza servem para promover uma
aprendizagem prazerosa e significativa.
Vale ressaltar que, brincar é um direito fundamental de todas as crianças no mundo
inteiro, cada criança deve estar em condições de aproveitar as oportunidades educativas
voltadas para satisfazer suas necessidades básicas de aprendizagem.
Muitas escolas têm suas práticas pedagógicas voltadas para o ensino de letras e
números, não levando em conta a interação e descontração que as atividades trabalhadas com
o lúdico apresentam. Desta forma, diante destes aspectos e verificando que é mister que a
escola integre atividades para trabalhar com o lúdico, despertando assim o interesse e a
interação das crianças. São as mudanças educacionais, onde os educadores devem ser não
apenas educadores, mas filósofos, sociólogos, psicólogos, psicopedagogos e muito mais para
que possam desenvolver as habilidades e a confiança necessária nos discentes. Para que
tenham sucesso no processo de aprendizagem e na vida.
Nesta abordagem do processo educativo a afetividade ganha destaque, pois se acredita
que a interação afetiva ajuda mais a compreender e modificar as pessoas do que um raciocínio
brilhante, repassado mecanicamente. Esta ideia ganha adeptos ao enfocar as atividades lúdicas
no processo do desenvolvimento humano.
O desafio pedagógico está na fomentação de situações cotidianas em que a criança
possa manipular e construir, imaginar e criar, reaproveitar materiais que aparentemente não
têm símbolo algum, mas que podem ser transformados em brinquedos e jogos em momentos
de experiências infantis. A ação regida por regras começa a ser determinada pelas ideias e não
pelos objetos prontos. Para tanto, é pertinente oferecer situações para as crianças criarem seus
próprios brinquedos, tais como: carrinhos, caminhões, bonecas, boliches, bolas. Durante a
construção desses brinquedos, ela já brinca com a imaginação, pensando no significado desse
objeto.
Segundo Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, ( BRASIL, 1998,
pg. 28:

A oportunidade de vivenciar brincadeiras imaginativas e criadas por elas mesmas, as


crianças podem acionar seus pensamentos para a resolução de problemas que lhe são
importantes e significativos. Propiciando a brincadeira, portanto, cria-se um espaço
no qual as crianças podem experimentar o mundo e internalizar uma compreensão
particular sobre as pessoas, os sentimentos e os diversos conhecimentos.

Desse modo, o desenvolvimento do pensamento sofre mudanças, que são percebidas


no indivíduo, principalmente, se considerarmos nessa análise, o processo de mudança e de
desenvolvimento.

Metodologia

A pesquisa foi dividida em duas etapas. Para a primeira foi feita uma pesquisa
bibliográfica qualitativa, já para a segunda foi feita uma pesquisa participante. Utilizou-se
para a pesquisa bibliográfica livros, artigos e revistas, procurou-se analisar, definições e
concepções de autores que discorrem sobre o tema.

A pesquisa

Foi realizada uma pesquisa participante na Creche Municipal Professora Ariene


Marques de Souza INEP 29472920, durante a disciplina de estágio supervisionado II. A
mesa ocorreu entre os dias 06 e 07 de maio de 2019. A instituição localiza-se na Rua C s/n,
na sede do município de Itaguaçu da Bahia-BA. Durante a observação procurou-se conhecer
em um primeiro momento a estrutura física da creche e toda a equipe constituinte.
A Creche Municipal Professora Ariene Marques de Souza iniciou seu funcionamento
no dia 29 de abril do ano de 2017. Na época que foi feita a pesquisa a mesma atendia 145
alunos da creche e da educação Infantil, na então denominada Creche II para alunos de dois
anos, creche III para alunos de três anos e ainda o pré I alunos de quatro anos e o pré II
alunos de cinco anos. Cinco turmas funcionavam no turno matutino e quatro no turno
vespertino.
A instituição contava vinte e nove com (29) funcionários que atuavam em dois
turnos. A parte física da unidade é composta por nove (09) salas, sendo uma (01) para os
professores, uma (01) diretoria, cinco (05) banheiros, um (01) berçário, uma (01) cantina e
um pátio com um refeitório.
Contava também com material de apoio como dvds, tvs, uma (01) caixa amplificada,
um (01) computador com impressora para uso dos docentes para realizar as atividades das
crianças.
A pesquisa foi realizada com alunos de três anos de idade a creche III. Na sala havia
uma professora regente e uma auxiliar ambas eram graduadas em pedagogia. Foi observado
que ao chegar na sala as professoras cantavam uma música para o acolhimento das crianças.
Elas trabalhavam com desenhos para colorir colagem, a contação de estórias e jogos de
boliche.
Ao término de uma atividade para colorir, as professoras sempre colocavam para
exposição. Para a contação de estórias as professoras utilizavam livros de acordo a idade das
crianças. Quando terminava de contar a estória a docente convocava uma criança para
recontá-la.
Para atividade de colagem as professoras utilizavam bolinhas de papel crepom, elas
já traziam prontas, mas sempre deixam um pouco para que eles pudessem participar da
construção. O jogo de boliche era feito com garrafa pet.
Tinha a hora do lanche primeiro era servido na sala. Em seguida as crianças eram
encaminhadas ao pátio da creche onde elas interagiam umas com as outras durante as
brincadeiras, neste momento era feito o uso da caixa com músicas infantis e elas amavam.
Terminando o intervalo, voltavam á sala. Ali as professoras faziam brincadeiras
educativas, ora com o jogo de boliche ora com as formas geométricas e cantavam. Logo
após distribuir os brinquedos que ficavam guardados em um armário trancado. Estes eram
bonecas, carrinhos, aviões, telefones, bolas pequenas etc. Na sexta-feira era montado o
parque infantil, onde as crianças se interagiram e se divertiam muito durante este momento
de lazer.

Considerações Finais

A partir dessa pesquisa vimos que a criança aprende enquanto brinca. Dessa forma,
faz-se necessário rever a prática pedagógica aplicada nas instituições de ensino,
principalmente na educação infantil
Diante disso, acreditamos que é necessário um novo direcionamento para o trabalho
pedagógico com crianças, favorecendo ações de aprendizagem lúdica em que elas possam
descobrir suas potencialidades e, construir novas leituras de mundo. Para tanto, o caminho
do conhecimento crítico e reflexivo se faz fundamental via um trabalho comprometido com
a aprendizagem e o desenvolvimento infantil. Isso nos mobiliza e, ao mesmo tempo, nos faz
cuidadosos e cientes da complexa necessidade de tais mudanças.
Precisamos ter em mente que educar significa propiciar situações de cuidados,
brincadeiras, jogos e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir
para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com
os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas
crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a
educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento
das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de
contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis.
Portanto, a introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano escolar é muito
importante, devido à influência que os mesmos exercem frente aos alunos, pois quando eles
estão envolvidos emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de
ensino e aprendizagem.
A ludicidade se apresenta como requisito fundamental tanto ao desenvolvimento
cognitivo e motor da criança, quanto à socialização e a aprendizagem. A aprendizagem
torna-se divertida quando a criança brinca e, dessa maneira, vai construindo seu
conhecimento. Porém, é de suma importância que haja, da parte do professor, um
planejamento diversificado almejando, principalmente, o amplo desenvolvimento da criança
levando-a ao aperfeiçoamento e avanço na sua aprendizagem. Cabe ao professor, em seu
papel de mediador, proporcionar atividades que desafiem seus alunos e os desenvolvam em
sua totalidade.
Toda educação, verdadeiramente comprometida com o ensino aprendizagem, precisa
criar condições para o desenvolvimento da capacidade de uso eficaz de metodologias que
satisfaça necessidades pessoais. O lúdico vem ligar de forma divertida a criança a
aprendizagem significativa.
Conclui-se que o aspecto lúdico voltado para as crianças facilita a aprendizagem e o
desenvolvimento integral nos aspectos físico, social, cultural, afetivo e cognitivo. Enfim,
desenvolve o indivíduo como um todo, sendo assim, a educação infantil deve considerar o
lúdico como parceiro e utilizá-lo amplamente para atuar no desenvolvimento e na
aprendizagem da criança.
O brincar ajuda o educando a organizar suas ações e realinhar o real. Cabe às escolas
não apenas tolerar, mais do que isso, considerar as brincadeiras como espaços essenciais de
aprendizado. O lúdico está completamente ausente da instituição escolar. Está ausente da
relação professor-aluno, da possibilidade de brincar, dançar, pintar, passear, mexer-se. É
preciso que as escolas compreendam a importância do lúdico na formação, não apenas da
criança, mas também do educador.

Referências

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