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Miranda-MS
2023
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Profª Elizabete Velter Borges
Coordenadora do Curso
Miranda-MS
2023
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ABSTRACT: Abstract: The aim of this article is to demonstrate the importance of playing in
the cognitive development of children in elementary school, with the aim of proposing measures
that improve student learning. The insertion of games and games in the classroom allows the
exploration of contents in an interactive way, with activities that develop the recreational sense
of the students. The importance of playing in the educational context lies in the ability to build
skills and qualities aimed at academic improvement, related to knowledge of the ludic. Ludic
activities provide a pleasure of learning while playing, which is often not considered in formal
education. Therefore, it is essential that the teacher takes into account the inclusion of students
in the context of pedagogical interaction, adopting measures that encourage the proper
development of activities carried out in the classroom and establish bases for the student to be
able to take ownership of a process that benefits your school activity. The methods used in
carrying out this study consisted of a literature review based on the analysis of research in
articles, theses, dissertations, and books, using the methodology of renowned authors in the
field of pedagogy and child development, such as Luckesi (2000), Piaget (1976) and Kishimoto
(2008).
INTRODUÇÃO
Acadêmica do 7º semestre do Curso de Pedagogia do Centro Universitário da Grande Dourados-
UNIGRAN.
Professora no Curso de Matemática do Centro Universitário da Grande Dourados – UNIGRAN e
orientadora desse trabalho.
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O presente estudo tem como foco principal o uso dos brinquedos e brincadeiras no
desenvolvimento infantil, tema que se insere no campo do conhecimento da pedagogia.
Através da revisão de literatura, busca-se compreender como os brinquedos e as
brincadeiras podem contribuir para o desenvolvimento integral da criança.
A metodologia adotada neste estudo foi a da pesquisa bibliográfica, com destaque para
autores renomados no campo da pedagogia e do desenvolvimento infantil, como Piaget
(1976) e Kishimoto (2008). Foram levantadas e selecionadas fontes relevantes sobre o
tema, seguida de leitura e fichamento dos textos. Os resultados da pesquisa foram
organizados em dois tópicos: o primeiro apresenta a importância dos brinquedos e
brincadeiras no desenvolvimento cognitivo e emocional infantil, enquanto o segundo
discute sua relevância para o desenvolvimento social das crianças.
Inicialmente, são abordadas as noções gerais sobre o brincar, com foco no componente
lúdico, assim, serão apresentados conceitos e definições sobre o brincar, seus benefícios
e importância para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social da criança. Será
discutido como o brincar pode ser inserido no contexto educacional e quais as
implicações positivas dessa inserção para o processo de aprendizagem
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O desenvolvimento dessa capacidade não termina na infância, pelo contrário, mais tarde
ela se manifesta e se expressa na cultura na forma de rituais, competições esportivas,
espetáculos, manifestações folclóricas e expressões da arte (teatro, música, artes visuais,
pintura). (VIEIRA, 2016)
Por sua vez, o sistema límbico é constituído, entre outros, pela amígdala cerebral cuja
principal função é o processamento e armazenamento de reações emocionais através da
“memória”. Da mesma forma, o sistema racional ou neocórtex tem a função de
controlar as emoções e as habilidades cognitivas (memorização, concentração,
autorreflexão, resolução de problemas, capacidade de escolher o comportamento
adequado etc.). (LUCKESI, 2000)
O lúdico, segundo Dinello (2007, p. 22), é uma opção de compreensão, que concebe
novas representações que transformam criativamente a percepção fenomenológica da
comunidade, dando lugar a novos processos de conhecimento, criações e relações
emocionais positivas.
É também uma qualidade humana que favorece a criatividade e tem como atributo sua
capacidade de modificar perspectivas, além de produzir tonalidades em emoções
positivas e agradáveis em grande magnitude. Para Johan Huizinga, citado por Dinello
(2007, p. 21), os jogos são formas sociais do impulso lúdico, onde o lúdico é uma
ideação que modifica perspectivas e, sobretudo, a forma de projetar as articulações de
uma proposta pedagógica.
Uma tendência moderna no campo pedagógico que surgiu a partir de 1948, segundo
Dinello (2007), é a pedagogia da expressão ou o que atualmente colocamos como
“metodologias na pedagogia lúdica”, cujo objetivo é apoiar os processos de
aprendizagem e ensino.
A pedagogia lúdica é muito mais do que apenas lúdico: implica ver o lúdico como um
instrumento eficaz de ensino e aprendizagem, tanto individual quanto coletivamente; é
estabelecer de forma sistemática e intencional, mas sobretudo de forma criativa, o maior
número de inter-relações entre os sujeitos (alunos, professores) e os objetos e conteúdo
de aprendizagem. (BORGES; NEVES, 2005)
Para isso, é necessária uma mudança na mentalidade do professor, que o leve a restituir
o valor pedagógico do lúdico. O lúdico como instrumento para potencializar a
aprendizagem cognitiva, afetiva e social apresenta cinco princípios fundamentais: o
significado, a funcionalidade, a utilidade, a globalidade e a culturalidade que, permitem
a pessoa vincular adequadamente a relação que existe entre pensamento e experiência
para alcançar uma conexão significativa com seu contexto real, favorecendo o
estabelecimento da função simbólica e, com ela, a emergência interna do símbolo
(PYLRO; ROSSETTI, 2005).
Desbloquear aqueles conflitos que podem estar limitando seu pensamento em direção a
uma solução adaptativa, ou seja, causando conexões neuronais atípicas; e alcançar um
ambiente criativo numa comunhão de objetivos para se tornarem instrumentos mais
eficazes no desenvolvimento dos processos de aprendizagem, bem como na criação de
um ambiente gratificante. (WINNICOTT, 1975, p. 41)
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O que é importante, entretanto, é o conceito que Vygotsky (1998) propôs para cada uma
das estruturas e transformações, identificando como o desenvolvimento infantil se dá de
forma muito diferente em diferentes circunstâncias históricas. Considera-se o percurso
pelo qual os fatores culturais, que podem ser determinados empiricamente, participam
do desenvolvimento da criança, permitindo-nos compreender o mecanismo pelo qual a
cultura e as instituições de uma sociedade se reproduzem de geração em geração.
O caráter fundamental das estruturas com as quais Vygotsky (1998) se preocupa nos
obriga a considerar que a mesma série de transformações pode ser experimentada por
crianças em desenvolvimento em qualquer sociedade, embora em todos os casos, eles
serão experimentados de forma diferente, e o resultado será diferente.
Por séculos até atualmente, alguns estudiosos tentam definir o que é o jogo, a
brincadeira e as atividades lúdicas no cotidiano das crianças e o bem que exerce no seu
desenvolvimento infantil. Muitos teóricos tentam explicar por que as crianças têm
necessidade de brincar e jogar. (ORNELAS, 2002).
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Para Kishimoto (2003), definir e conceituar o que é jogo não é fácil, porque são vários
significados atribuídos, e em cada contexto social se constrói uma imagem de jogo
conforme seus valores, que se expressa por meio da linguagem. Segundo a autora, cada
um interpreta e entende o jogo de forma diferente. Existem vários tipos de jogos,
podendo ser classificada como: os de faz de conta; de regras; construção e outros.
Ao citar o jogo, inicialmente se pensa em disputar algo, onde possui regras definidas e
os competidores jogam para serem campeões. De acordo com a visão pedagógica, no
jogo, há um estímulo que vai além do “ganhar uma recompensa”. É usado como uma
ferramenta para o desenvolvimento infantil, pois o ajuda a construir novas descobertas e
enriquecer sua formação. Sendo assim, o professor ganha suporte para ajudar seus
alunos, estimulando-os e avaliando-os através destes estímulos que são os jogos.
(SILVA, 2013).
Piaget (1951) apud Moyles (2006, p.25), dividiu o brincar em três etapas. A primeira é o
brincar prático que inclui o estágio sensório-motor, dos seis meses os dois anos, nessa
fase a criança precisa de objeto concreto para brincar. A segunda etapa é o brincar
simbólico, período em que as brincadeiras de faz de conta, a fantasia, as dramatizações
podem fazer mais sentido para as crianças a partir dos dois anos até, mais ou menos,
seis anos de idade. Por último, os jogos com regras que são atividades aplicadas às
crianças a partir dos seis anos de idade. Além de definir as etapas do brincar, Piaget
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pontua que a brincadeira não é um mero passatempo, ela pode ser fonte avaliativa, pode
ser uma ferramenta, um instrumento para interagir com o processo ensino-
aprendizagem.
Os jogos e as brincadeiras podem colocar o aluno em diversas situações, nas quais ele
pesquisa e experimenta, fazendo com que ele conheça suas habilidades e limitações.
Desse modo, esses recursos pedagógicos podem propiciar ao aluno diferentes práticas e
experiências, que oportuniza o exercício do diálogo, de valores éticos, a liderança e
muitos outros desafios que permitirão vivências capazes de construir conhecimentos e
atitudes. (PAZ; ALMEIDA, 2016).
Segundo Moyles (2006), não é necessário utilizar de metodologias bem elaboradas, com
muitas atividades, em que a criança não dá conta de fazer, porque ao recorrer a um
simples ato de brincar a criança poderá ser avaliada de forma eficaz, podendo analisar
uma variedade de comportamentos e trabalhar com as motivações, oportunidades,
práticas, habilidades e entendimentos.
MATERIAL E MÉTODOS
Esta pesquisa é qualitativa e consiste em um estudo descritivo básico estratégico e
hipotético-dedutivo, que tem como objetivo analisar as informações relevantes sobre a
temática “O uso dos brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento infantil”. Nesse tipo
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Dessa forma, através desta pesquisa qualitativa em revisão de literatura foi possível
realizar uma análise aprofundada e detalhada de um tema específico, com base na coleta
e análise de informações já publicadas.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com a pesquisa foi possível verificar que segundo o brincar através do brincar a criança
conhece e reconhece sua própria identidade e pode ser considerada como única,
complexa e individual.
De acordo Garanhani (2002), no corpo em movimento na primeira infância forma o
aprendizado matriz de base pelo fato de gestar os significados de aprendizagem, ou seja,
a criança o símbolo pode experimentar corporal e pensamento é construída,
principalmente no forma de ação, engatinhar, andar, correr, relógio, imitar, criar, saltar,
girar e jogar fantasia, a criança será a construção de sentidos sobre o mundo, atribuir
novos significados para os elementos da realidade e também através o estabelecimento
de sua identidade pessoal e coletiva, em um processo de produção cultural. Sendo um
componente currículo básico, a pedagogia é uma área que organiza, sintetiza, constrói e
produz conhecimento, com base em princípios objetivos e pedagógicas.
Segundo Gumieri e Treviso (2016), o desenvolvimento do conhecimento corporal está
dividido em dois grandes blocos, primeiramente, pela educação básica na Pedagogia
(EF) e na Expressão e Comunicação.
O professor usará a jogos perceptuais, motores e psicomotores para desenvolver nos
alunos os elementos básicos e diferentes habilidades genéricas. O jogo vai ser proposto
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Foi possível observar com o trabalho que a integração e adaptação da criança à escola,
especialmente à pré-escola, dependem em grande parte do grau de empatia que o
professor é capaz de transmitir desde o momento em que recebe o aluno, separado pela
primeira vez da família, para enfrentar a experiência da vida escolar. Essa relação
professor-aluno estabelecida na pré-escola é obviamente marcada pelas atividades que o
educador programa para "ganhar" a atenção do aluno.
A educação infantil tem como objetivo central a formação do ser humano como ser
social, capaz de responder e participar ativamente da transformação da sociedade em
que vive. Insere-se em uma abordagem vinculada à Educação Básica para dar
continuidade e consolidação à construção do conhecimento, com um sentido humanista
e social, orientado para a formação de uma cultura cidadã, dentro das diretrizes de
diversidade e participação, que facilite o pleno desenvolvimento de seu potencial, para
que possam enfrentá-lo com sucesso.
A partir da realização deste trabalho foi possível constatar que na educação escolar,
durante o ensino fundamental, é importante conhecer os estímulos cognitivos para
entender como cada criança processa as informações e, assim, estabelecer planos
personalizados que permitam melhorar suas capacidades e motivar a aprendizagem. A
atividade de jogos e brincadeiras é uma disciplina científico-pedagógica que visa
alcançar um desenvolvimento integral das capacidades cognitivas do sujeito, oferecendo
elementos para analisar o papel da educação infantil escolar na organização do processo
de ensino e aprendizagem em sala de aula.
REFERÊNCIAS
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na aprendizagem no 1º Ciclo. Covilhã: Universidade de Covilhã, 2009.
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GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2002.
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ORNELAS, M. O Lúdico na Educação: mais que um jogo de palavras. Brasília, s/d.
Mimeo, 2002.
PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trad. Por Dirceu Accioly Lindoso e Rosa
Maria Ribeiro da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
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SANTOS, Santa Marli Pires dos. O lúdico na formação do educador. 5 ed. Vozes,
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