Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MAUÁ/SP
2021
1
APARECIDA GRASIELA DA SILVA PEREIRA
MAUÁ/SP
2021
2
A PSICOPEDAGOGIA COMO DISPOSITIVO FACILITADOR NO PROCESSO DE
ACOLHIMENTO DE CRIANÇAS IMIGRANTES E REFUGIADAS
PEREIRA, Aparecida Grasiela da Silva1
Declaro que sou autor¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o
mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja
parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e
corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de
investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação
aos direitos autorais.
1 INTRODUÇÃO
4
Ao longo dos anos a alfabetização tem sido alvo de mudanças em suas
práticas em sala de aula, tanto em conteúdos lecionados, como em processos
pedagógicos, e por essa razão, tem-se cobrado o posicionamento de escolas e
educadores em relação a essa nova maneira de ensinar.
Deste modo, é claro que muitos são os desafios do trabalho do professor
na Educação Infantil e nos anos iniciais no mundo contemporâneo e por essa
razão, esse trabalho objetiva mostrar a importância do brincar no processo de
alfabetização da criança, para sua evolução durante o processo de construção e
reconstrução do saber.
Posto isto, é preciso um novo olhar sobre a atuação docente, uma vez
que o educador precisa conhecer ferramentas que auxiliem nesse processo,
para que a aprendizagem significativa aconteça sem traumas. Os jogos
possuem um papel muito importante na escola, pois através do seu uso é que
as crianças desenvolvem diversas habilidades, pois ao brincar ela estabelece
relações com os seres humanos e com o mundo que a cerca, o que irá garantir
seu desenvolvimento e conhecimento da realidade em que vive.
Os jogos enquanto recurso pedagógico oportunizam a criança o
desenvolvimento da identidade e da autonomia, uma vez que, ao vivenciar
situações, desenvolve a capacidade de compreensão e assim, é possível
trabalhar valores como respeito ao próximo, partilha, entre outros, o que muito
contribui para o seu desenvolvimento pessoal e do grupo de uma uma forma
geral.
Atualmente vemos que o lúdico e os jogos estão presentes nas salas de
aula, o que evidencia que eles alcançaram um novo enfoque pedagógico,
passando fazer parte dos currículos escolares. Por isso, os objetivos específicos
deste estudo é reconhecer os jogos como instrumentos pedagógicos no
processo de alfabetização da criança; identificar quais podem ser utilizados
neste contexto do ensino e ainda, apresentar o papel do jogo e do professor no
processo de alfabetização da criança, como facilitador do processo de
construção do saber para uma aprendizagem significativa.
Visando atingir tais objetivos elencados acima, o referencial teórico
contempla uma reflexão sobre o universo infantil e as concepções dos jogos,
que podem ser utilizados neste ciclo de alfabetização.
5
Para a realização deste estudo, foi realizada uma pesquisa bibliográfica
de cunho qualitativo, onde foram escolhidos autores renomados que defendem o
uso do jogo enquanto recurso pedagógico no processo de alfabetização da
criança.
Contudo, o objetivo geral desta reflexão é mostrar a importância dos jogos
no processo de alfabetização da criança, sua evolução durante o processo de
construção e reconstrução do conhecimento e destacar que o jogo é um valioso
instrumento para enriquecer o processo ensino-aprendizagem dentro e fora das
escolas, melhorando todos os aspectos de quem joga, principalmente se o
jogador for uma criança, que está vivenciando um período de descobertas frente
a sua realidade e mundo em que vive.
6
Deste modo, as crianças precisam fazer uso de jogos e brincadeiras para
estimular o conhecimento e a aprendizagem. A importância do lúdico para o
desenvolvimento integral do ser humano é fundamental tanto nos aspectos
físico, social, cultural, como no afetivo, emocional e cognitivo. Através do uso de
jogos pedagógicos, temos uma aprendizagem prazerosa e significativa para o
aluno.
Carneiro e Dodge (2007, p.201), destacam que:
7
Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras
e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir
para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação
interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de
aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos
conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste
processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das
capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades
corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de
contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis (BRASIL,
1998, p. 23).
8
Jogos relacionados às atividades reprodutoras (todas aquelas que possuem
certa relação com a memória) são, segundo o filósofo, ideais para crianças que
estão começando sua vida acadêmica, pois grande parte do que é ensinado,
dependerá futuramente da memória do aluno e, portanto, “deve ser treinada e
expandida aos seus maiores limites”; além disso, o jogo pode ser o transporte para o
desenvolvimento social, emocional e intelectual: o Professor dos Ciclos Iniciais pode
e deve permitir a brincadeira e o jogo, desde que sejam anteriormente definidos os
objetivos a serem alcançados.
Posto isto, o jogo promove uma alteração nas estruturas da criança, além de
explorar o faz de conta. Os símbolos devem ser exercitados quando há um
significado em primeiro plano e há aqui o jogo de regras; no entanto, para Vygotsky,
esse jogo de regras é aprendido com a interação de outros indivíduos e não sozinho.
Portanto, Vygotsky fala da interação da criança com a linguagem e com o
meio onde se encontra; o desenvolvimento ocorre no decorrer da vida, além de não
estabelecer fases para o desenvolvimento, visto que há a dependência do meio em
que se vive, pois a criança aprende e cria situações a partir de tudo o que conhece,
tendo influência do meio e de suas próprias necessidades.
9
Isto posto, a brincadeira é o resultado obtido pela criança ao concluir as
regras do jogo, uma vez que, "brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente
com a criança e não se confundem com o jogo" (KISHIMOTO, 2010, p. 21).
Segundo Moyles (2002, p.36);
10
lazer. É preciso usar os jogos com propósitos pedagógicos para que tenhamos
resultados positivos de aprendizagem, afinal a contribuição do lúdico vai além
de entreter e divertir, através desses meios, a criança tem seu primeiro contato
com regras, limites e valores.
Brougére (1998, p.17) destaca que “os jogos e brinquedos são meios que
ajudam a criança a penetrar em sua própria vida tanto quanto na natureza e no
universo”. Todo jogo vai muito além do que está explícito, tem sua parte
pedagógica e acaba por auxiliar a criança no processo de desenvolvimento e
crescimento, perder ou ganhar se torna subjetivo. Sobre isso, Vasconcellos
(2008, p.52) diz:
11
Tal princípio é fundamental, visto que na elaboração do conhecimento a
criança precisa ter estratégias definidas e desenvolvidas que resultem em um
melhor aprendizado, possibilitando a formação de seu caráter crítico,
questionador, participativo.
Weiss (1993, p.39), menciona que a sala de aula é fundamental para
incentivar os alunos a desenvolverem uma postura de autonomia e
independência, oferecendo oportunidades de escolha. Para tanto o professor
precisa organizar a rotina e o ambiente, com procedimentos variados e
ferramentas alternativas, sendo o lúdico uma delas.
Portanto, analisando a Educação na rotina atual, foi possível identificar o
desafio de se colocar em prática o que serve de suporte para o futuro do aluno,
valorizando suas necessidades, suas perspectivas, seus interesses. É relevante
que o professor esteja atento a tais propósitos, assim como às perspectivas de
seus alunos, possibilitando uma maior qualidade do ensino. Além disso, as
atividades pedagógicas devem ser variadas, significativas aos alunos para que
estejam motivados a participar de forma plena do processo de aprendizagem.
4 CONCLUSÃO
12
Deste modo, este estudo evidencia as contribuições do lúdico e o uso de
jogos enquanto instrumentos pedagógicos, a fim de oferecer qualidade na
aprendizagem, pois os jogos e as brincadeiras, quando bem elaborados, e de
acordo com o currículo escolar, proporcionam o desenvolvimento cognitivo,
intelectual, social e afetivo da criança e a escola deve valorizar a informação, a
formação e o conhecimento, e sua rotina precisa motivar seus alunos a serem
participativos durante o processo de construção e reconstrução do saber.
Ensinar brincando é um desafio para o professor e deve ser encarado
com seriedade. Os jogos e brincadeiras na escola, devem ser trabalhados na
sua essência, tendo o professor como mediador, apresentando objetivos
previamente definidos. Ao professor, confia-se a tarefa de possibilitar ao aluno o
aprendizado. É preciso ter metas previamente definidas, pois, quando bem
utilizadas, essas ferramentas estimulam o convívio em grupo dos alunos e
ajudam a desenvolver o raciocínio lógico, tão importante no mundo
contemporâneo.
Com base nos argumentos apresentados ao longo deste estudo, através
dos jogos e brincadeiras, o educador pode contribuir com o desenvolvimento da
criança de forma satisfatória, proporcionando a ela formas de respeitarem
limites e resolverem conflitos. É preciso oportunizar momentos de descontração,
prazer e aprendizagem e para que isso aconteça temos como uma grande aliada
as ferramentas: jogos e brincadeiras, ou melhor o lúdico no ambiente escolar.
5 AGRADECIMENTOS
13
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Eletrônico Aurélio Século
XXI. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira e Lexikon Informática, 1999.
JESUS, Ana Cristina Alves de. Como Aplicar Jogos e Brincadeiras na Educação
Infantil. 1. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2010.
14
LOPEZ, Jaume Sarramona. Educação na família e na escola, o que é e como
se faz. 1 ed. São Paulo: Loyola, 2002.
15