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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

MARILENE BAMBIL DOS SANTOS

INCLUSÃO DE CRIANÇAS SURDAS NO ENSINO INFANTIL

CIDADE

2023
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

MARILENE BAMBIL DOS SANTOS

INCLUSÃO DE CRIANÇAS SURDAS NO ENSINO INFANTIL

Projeto de Pesquisa elaborado na disciplina de


Trabalho de Conclusão de Curso, como requisito
parcial para obtenção do Grau de Licenciatura no
Curso de Pedagogia, orientado pelo(a) professor(a):
Prof. Dr. Clarissa Clarissa Josgrilberg Pereira;
Prof. Me Lilia Odete Nantes de Oliveira e
Prof. Esp. Rafaela Figueiredo.

DOURADOS

2023
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................4
PROBLEMA DE PESQUISA....................................................................................................4
OBJETIVO GERAL...................................................................................................................5
OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................................5
JUSTIFICATIVA........................................................................................................................5
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................................6
METODOLOGIA.......................................................................................................................8
REFERÊNCIAS..........................................................................................................................9
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1. INTRODUÇÃO

O presente tem como objetivo geral analisar o processo de inclusão de criança surda
na educação infantil. Pesquisas demonstraram que a história da educação de surdos (como de
outras deficiências) sempre foi rejeição e dificuldades e que na atualidade, apesar dos
avanços, ainda persiste a falta de respeito à diferença do surdo, em razão do desconhecimento
por parte de educadores e da família. A criança surda precisa ser assistida desde a educação
infantil.

A educação precisa avançar em todos os aspectos que estejamos relacionados à


inclusão, é um fato que não é novo, que vem de muitos anos de luta para sua regulamentação,
para que todas estas crianças estejam inseridas nas salas de ensino regular, descontruindo um
pensamento que impossibilita a sociedade enxergar a inteligência que o surdo possui.

Os objetivos específicos são a análise do processo de inclusão de crianças surdas na


educação infantil; a compreensão da importância da educação delas no ensino infantil; a
reunião de possibilidades psicopedagogias a fim de minimizar o estigma ou o desprestígio
social que incide na comunidade surda e a investigação da preparação ou devida capacitação
dos professores para trabalhar com crianças surdas. As crianças surdas por serem filhos de
pais ouvintes possuem um prejuízo linguístico, por não compartilharem a língua comum de
seus pais cerca de 7% dos surdos brasileiros têm ensino superior completo, 15% frequentaram
a escola até o ensino médio, 46% até o fundamental, enquanto 32% não têm um grau de
instrução. Segundo estudo feito pelo Instituto Locomotiva e a Semana da Acessibilidade
Surda em 2019.

1.1 Problema

Como se dá o processo de permanência das crianças surdas na educação infantil?

Tendo em vista que o acesso à escola pelas crianças com deficiência pode ser difícil,
principalmente pela dificuldade de infraestrutura. Porém, ainda mais difícil podem ser as
condições de permanência dessas crianças, tanto por falta de estagiários para o
acompanhamento, ou até mesmo pela falta de formação específica da comunidade escolar.
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2. OBJETIVOS

2.1 Geral

Analisar qual o melhor método de ensino para trabalhar com a criança surda.

Quais as dificuldades enfrentadas pelos educadores no ensino de pessoas com


deficiência auditiva?

A educação transforma o mundo e isso não é diferente na vida das pessoas com
deficiência!

2.2 Específicos

Apontar as variedades de abordagens e métodos para a educação dos alunos com


surdez. A maioria fundamenta-se em substituir a audição perdida por outro canal sensorial,
como a visão, o tato, ou aproveitando os restos da audição existentes. Para aquelas que têm
resíduos auditivos, pode ser oferecido um acesso para o código da fala dentro de uma
abordagem oral. Aquelas crianças que não têm razoável resíduo ou mesmo grande dificuldade
em desenvolver a oralidade, a Língua de Sinais constitui-se na língua mais adequada para o
sujeito interagir com o meio.

Buscar junto com os pais, alternativas para cada aluno, no sentido de provocar o
desenvolvimento pleno de suas potencialidades, podendo ser elas oralismo, Comunicação
Total e ou Bilinguismo.

Possibilitar tanto as crianças surdas quanto às ouvintes se sinta incluídas nas


instituições de educação infantil brasileiras, participando de todas as atividades de maneira
efetiva, são importantes que não só o professor regente tenha uma formação continuada, ou
especialização em educação especial, mas que também o acompanhante da criança surda
participe, sempre que possível, de palestras para buscar mais conhecimentos sobre a surdez e
a prática pedagógica, pois a perspectiva de inclusão vem justamente para ampliar as
possibilidades de construir uma sociedade mais justa.

Muitas crianças e jovens surdos acabam desistindo da vida acadêmica pela falta de
acessibilidade e por causa do sentimento de exclusão e não pertencimento. A barreira da
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comunicação enfrentada por essas pessoas afeta diretamente a autonomia e a liberdade de ir


e vir, e, consequentemente, suas expectativas e oportunidades de crescimento.

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Santana (2007) aponta que, por meio das LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) torna-se
possível abordar qualquer conceito, concreto ou abstrato, emocional ou racional, complexo ou
simples. A LIBRA, assim como outras línguas de sinais, é considerada língua, no sentido
pleno, por conseguir preencher os pré-requisitos científicos para tal diferentemente das
línguas de sinais que possuem elementos linguísticos comuns às línguas orais. São
consideradas pelos linguistas como línguas naturais ou como um sistema linguístico legítimo.
Este sistema de comunicação possui estrutura gramatical própria. Os sinais são formados por
meio da combinação de formas e de movimentos das mãos e de pontos de referência no corpo
ou no espaço. A formação de professores para atuar na educação infantil deve ocorrer
referencialmente em cursos de nível superior. Simultaneamente, ou posteriormente à
licenciatura, o professor deve participar de cursos de metodologia do ensino de línguas
(ensino da língua portuguesa nas modalidades oral e escrita); de curso para o aprendizado da
língua de sinais em contexto; e de cursos de interpretação da língua de sinais e língua
portuguesa. Seus objetivos específicos são a análise do processo de inclusão destas crianças;
a compreensão da importância da educação delas no ensino infantil; a reunião de
possibilidades psicopedagógicos a fim de minimizar o estigma ou o desprestígio social que
incide na comunidade surda ainda em voga e a investigação da preparação ou devida
capacitação dos professores para trabalhar com crianças surdas, utilizando a ferramenta de
comunicação LIBRAS, língua de sinais, a qual promove possibilidades de expressar vários
assuntos, pensamentos e ideias.
Segundo Perlin (2007), pesquisadora surda no campo da educação, devemos ter como foco
que na discussão a respeito da surdez a mente é plural e precisa ser trabalhada para se obter
um rendimento escolar satisfatório. Atualmente vivenciamos mudanças políticas, econômicas
e socioculturais que se refletem no âmbito educacional. As propostas educacionais para os
alunos surdos vêm se modificando ao longo do tempo, e até hoje são alvos de intensos debates
entre educadores, linguistas, terapeutas, comunidade surda. A inclusão de alunos surdos nas
escolas regulares da rede pública de educação ainda é um grande desafio.
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A inclusão apresenta-se como uma proposta adequada para a comunidade escolar, que se
mostra disposta ao contato com as diferenças, porém não necessariamente satisfatória para
àqueles que, tendo necessidades especiais, necessitam de uma série de condições que, na
maioria dos casos, não têm sido propiciadas pela escola (LACERDA, 2006, pág.56.).
Para Lacerda (2006), os programas de inclusão de alunos surdos não vêm apresentando
resultados satisfatórios, em decorrência da postura das escolas em não manter padrões
adequados de atendimento a esses alunos e suas famílias. Conceituar surdez num determinado
contexto histórico, social ou educacional não é uma tarefa simples, pois requerem
conhecimentos dos diferentes graus de surdez do indivíduo seus relacionamentos com
indivíduos surdos e ouvintes. A forma com ele vê e como ouve o mundo que o cerca é
importante ao iniciá-lo no mundo das letras. O sujeito surdo perde, neste ambiente por não ter
uma “interação” de troca, e o resultado é o seu afastamento desse ambiente, isolamento,
solidão, perda de convívio social, são estas as principais causas psicológicas, que afetam
profundamente, o sujeito com limitações de comunicação.
Vygotsky (2012) aponta que as pessoas que nascem surdas não sofrem diretamente a
experiência da perda, mas, habitando um mundo cujos códigos sociais e demais parâmetros
utilizados na vida diária são na maioria das vezes auditivos, não tardam a ter a experiência da
deficiência. A plenitude de sua vida e a amplitude de seu território existencial depende
bastante dos cuidados e da estimulação que recebem, bem como das oportunidades que lhes
são oferecidas. Sendo assim, na perspectiva de Vygotsky a estimulação precoce é essencial
para o desenvolvimento do sujeito, uma vez que quanto mais cedo for estimulado à
aprendizagem pode ocorrer com mais plenitude e facilidade.
Para Vygotsky (1998), que propõe a teoria sócia interacionista, o ser humano já nasce
inserido num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as primeiras relações com a
linguagem na interação com os outros, é essa interação uma das maiores responsáveis pelo
desenvolvimento da criança. O processo de formação de pensamento é despertado pela vida
social e pela constante comunicação que se estabelece entre crianças e adultos, é um processo
fundamental, pois sem linguagem não há pensamento, portanto a interação social torna-se o
motor do desenvolvimento.
Nesta abordagem teórica, a criança é concebida como sujeito cultural, social e histórico.
Vygotsky ressalta que a aprendizagem possibilita a aprendizagem, o que significa dizer que a
criança se desenvolve aprendendo e aprende se desenvolvendo.
Stuart Hall
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Conforme Hall (2002), se a linguagem atribui sentido, os significados só podem ser


partilhados pelo acesso comum à linguagem, que funciona como sistema de representação.
Desse modo, a representação através da linguagem é central para os processos pelos quais é
produzido o significado.

4. METODOLOGIA

4.1 A presente pesquisa será realizada através do método bibliográfico de cunho qualitativo.
Desta forma, serão lidos e analisados diferentes materiais já publicados sobre a inclusão de
crianças surdas na educação infantil. Os principais autores que serão seguidos no decorrer do
trabalho serão: Brasil – BNCC, Brasil LDB, Rebelo (2017), dentre outros autores e obras
contribuirão para embasar os estudos. A pesquisa bibliográfica consiste em levantamento ou
análise de obras já publicadas sobre a teoria ou tema que vai nortear o trabalho científico o
que necessita uma dedicação, estudo e análise pelo pesquisador que irá executar o trabalho
científico e tem como objetivo reunir e analisar textos publicados, para apoiar o trabalho.
(MACHADO, 2022).
Os resultados serão expostos através de sínteses e análises, caracterizando-se, desta forma, a
pesquisa qualitativa. Além da pesquisa bibliográfica, a pesquisa qualitativa será
complementada com uma entrevista que será realizada junto a profissionais que atuam na área
da Educação especial.
4.2 Locais da Pesquisa: A parte inicial da pesquisa, estudos bibliográficos, será realizada,
sobretudo pela internet em sites como: Brasil Escola, Site do ministério da Educação, revistas
online, artigos publicados pela CAPES, Domínio Público, SCIELO, dentre outros, além de
pesquisa exploratória em artigos que aborde a temática e com crianças surdas em idade de
frequentar a Educação Infantil seja no modelo de classes inclusivas frequentadas por surdos e
ouvintes, ou em classes especiais, compostas, prioritariamente por surdos, na qual a língua de
instrução principal é a Libras, entrevistas com pessoas que estejam ligadas ao tema.
A pesquisa será desenvolvida em uma escola que tenha algum aluno com as características a
serem exploradas, a pesquisa que será realizada em Dourados vai ser necessária uma
entrevista com algum colaborador da secretaria da educação para informação de qual
instituição de ensino existem educandos com a deficiência, observar as salas do núcleo de
educação especial visando entender um pouco mais sobre a língua de sinais. Em 2019 tinha
em dourados um projeto chamado leitura em libras na educação infantil com esta pesquisa
quero saber como esta o andamento do projeto se ainda existe e como esta o andamento e se
não existe mais tentar de alguma forma trazer o mesmo de volta para facilitar a inclusão nas
escolas.
Crianças surdas filhas de pais ouvintes quando chegam à escola tem que aprender ao mesmo
tempo a língua de sinais e a língua portuguesa limitando assim o aprendizado, com esta
pesquisa será possível abordar pais professores e coordenadores a fim de tentar achar
caminhos para uma melhor inclusão de alunos com deficiência auditiva, somente colocar o
aluno na sala não é realmente incluir, o ideal seria se todos dominassem ao menos o básico
para compreender e entender cada surdo.
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REFERÊNCIAS

ALBANO, E. Da fala à linguagem tocando de ouvido. São Paulo: Martins Fontes, 1990.

BEHARES, Luis Ernesto. Novas correntes na educação do surdo: dos enfoques clínicos aos
culturais. Santa Maria, UFSM, 2000.

HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

PERLIN, Gladis. Prefácio. In: QUADROS, Ronice; PERLIN, Gladis. Estudos Surdos. II. Rio
de Janeiro: Arara Azul, 2007.

SOARES, M. A L. A educação do deficiente auditivo: reabilitação ou escolaridade?.


Dissertação de Mestrado. PUC, São Paulo, 1990.

SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação 1998.

VYGOTSKY, L.S. (2012). A aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar.


In: VYGOTSKY, L.S.; LURIA, A.R.; LEONTIEV,A.N. Linguagem, desenvolvimento e
aprendizagem. 12º edição. São Paulo: Editora Ícone, pp.103-117.

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