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DOURADOS
2021
SUMÁRIO
1 Introdução ......................................................................................................... 3
2 Referencial teórico............................................................................................. 6
3 Metodologia ...................................................................................................... 7
4 Recursos ............................................................................................................ 8
5 Cronograma ....................................................................................................... 8
6 Referencias ........................................................................................................ 9
1 INTRODUÇÃO
Esse projeto tem como objetivo falar sobre a Língua de Sinais na primeira infância,
seus benefícios para o desenvolvimento sociocultural e cognitivo e defender o
ensino da mesma como primeira língua para os surdos. Através da língua de sinais
o surdo se desenvolve cognitiva e socialmente, com sua aquisição pode interagir
com o mundo surdo, mas também com o mundo ouvinte. A comunidade surda tem
sua própria cultura, sua própria identidade e língua, que varia de um país para o
outro, a criança surda deve se orgulhar em narrar-se como surda e perceber que
não é deficiente, apenas diferente e percebe o mundo de forma visual. A linguagem
é essencial no desenvolvimento de qualquer criança, pois a linguagem é um
instrumento de poder e aos surdos não pode ser negado o direito de usufruir dos
benefícios de uma língua, portanto, aceitar a diferença do surdo e conviver com a
diversidade humana é um desafio proposto à sociedade. A língua de sinais é uma
ferramenta que permite ao surdo maior mobilidade nas formações discursivas, como
também incentivas que o ajudam na constituição de suas identidades frente às
imposições culturais do ouvinte. O tema da surdez envolve algumas questões
históricas e, acredito que ainda há muito que estudar e contribuir para educação de
surdos. Portanto, discutirei a questão do desenvolvimento cognitivo, cultural do
sujeito surdo por meio da interação social e da aquisição da sua língua natural,
língua de sinais, que lhe é garantida por direito, mas ainda assim pouco reconhecida
pela comunidade ouvinte, que forma a parte predominante da nossa sociedade.
Como as outras crianças, a criança surda observa e vivencia a sala de aula, a rua, a
cidade, desenvolvendo sua visão de mundo e desenvolvendo-se cognitivamente. O
contato e a interação com diferentes materiais como livros, histórias em quadrinhos,
tiras humorísticas, charges de jornais, jogos de sequência lógica, quebra-cabeças,
gravuras e filmes são importantes para incentivar à curiosidade, desenvolver a
atenção, a observação e a memória visual dos surdos, pois eles percebem e ouvem
o mundo através dos olhos. O ensino das Libras é uma dramatização das palavras,
o surdo lê e ouve através dos sinais, de símbolos visuais. À medida que a criança se
desenvolve, a linguagem serve como impulso para o pensamento e, na sequência,
esse contribui para a aquisição de novas formas de comunicação, enriquecendo
ainda mais a linguagem. O professor deverá, nesse processo, respeitar os saberes
dos alunos e a partir destes saberes, questioná-los, indagá-los e desafiá-los para a
construção dos novos saberes. Madalena Freire (1983, p.15) afirma: Quando se tira
da criança a possibilidade de conhecer este ou aquele aspecto da realidade, na
verdade se está alienando-a da sua capacidade de construir seu conhecimento.
Porque o ato de conhecer é tão vital como comer ou dormir, e eu não posso comer
ou dormir por alguém. Da mesma forma, para Freire (1983) são também vitais o jogo
e o ato de brincar para as crianças de todas as faixas etárias, mas principalmente
para as crianças da Educação Infantil. Tânia Fortuna (2000, p. 159), citando
Winnicott (1975, p. 80) também nos diz que “é somente no brincar que o indivíduo,
criança ou adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral, e somente
sendo criativo pode descobrir seu eu”.
Vigotski (2012) aponta que as pessoas que nascem surdas não sofrem
diretamente a experiência da perda, mas, habitando um mundo cujos códigos
sociais e demais parâmetros utilizados na vida diária são na maioria das vezes
auditivos, não tardam a ter a experiência da deficiência. A plenitude de sua vida e a
amplitude de seu território existencial depende bastante dos cuidados e da
estimulação que recebem, bem como das oportunidades que lhes são oferecidas.
Sendo assim, na perspectiva vigotiskiana a estimulação precoce é essencial para o
desenvolvimento do sujeito, uma vez que quanto mais cedo for estimulado à
aprendizagem pode ocorrer com mais plenitude e facilidade.
Para Vygotsky (1998), que propõe a teoria sócia interacionista, o ser humano
já nasce inserido num meio social, que é a família, e é nela que estabelece as
primeiras relações com a linguagem na interação com os outros, é essa interação
uma das maiores responsáveis pelo desenvolvimento da criança. O processo de
formação de pensamento é despertado pela vida social e pela constante
comunicação que se estabelece entre crianças e adultos, é um processo
fundamental, pois sem linguagem não há pensamento, portanto a interação social
torna-se o motor do desenvolvimento.
Nesta abordagem teórica, a criança é concebida como sujeito cultural, social e
histórico. Vigotsky ressalta que a aprendizagem possibilita a aprendizagem, o que
significa dizer que a criança se desenvolve aprendendo e aprende se
desenvolvendo.
Stuart Hall
3 METODOLOGIA
(Apenas ilustrativo para terem uma ideia do que é, podem preencher com outros
tipos de materiais)
4.1 Material permanente
5 CRONOGRAMA
6 REFERÊNCIAS
BEHARES, Luis Ernesto. Novas correntes na educação do surdo: dos enfoques
clínicos aos culturais. Santa Maria, UFSM, 2000.
SKLIAR, Carlos. A surdez: um olhar sobre as diferenças. Porto Alegre: Mediação
1998.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A,
2002.