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Centro Universitário Leonardo Da Vinci

Educacional Leonardo Da Vinci

MEIRILENE DE LIMA DIÓRIO


(1451631)

MARIA SANDERS MARTINS SOUZA


(1365021)

(LBR0040/5)

PROJETO DE ESTÁGIO

CIDADE
ANO
SUMÁRIO

1 PARTE I: PESQUISA ...................................................................................................03

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA.........03

1.2 OBJETIVOS..............................................................................................................04

1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................04

1.4 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA............................................................................06

1.5 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO.......................................................................07

2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DO ESTÁGIO .............................................................08

2.1 METODOLOGIA........................................................................................................08

2.2 METAS/ AÇÕES/ ATIVIDADES.................................................................................10

2.3 CRONOGRAMA........................................................................................................11

REFERÊNCIAS...............................................................................................................12

ANEXOS.......................................................................................................................... 14
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1 PARTE I: PESQUISA

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA: ÁREA DE CONCENTRAÇÃO E JUSTIFICATIVA

Área de concentração: EDUCAÇÃO INCLUSIVA/LIBRAS


Tema: A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NO ENSINO FUNDAMENTAL 2

No presente projeto intitulado “Educação Inclusiva/Libras: A Inclusão do


aluno surdo no ensino fundamental 2” pretende-se mostrar a importância da
inclusão do aluno, processo de aquisição da linguagem; o ensino das modalidades
das línguas: oral/escrita e sinais; metodologias que facilitem a aquisição de
conhecimentos na sala de aula; as pesquisas e as leituras para referencial teórico
sobre o tema.
Na Conferência da UNESCO em 1994, a partir da Declaração de Salamanca,
definiu que:
O princípio fundamental das escolas inclusivas consiste em todos os alunos
aprenderem juntos, sempre que possível, independentemente das
dificuldades e das diferenças que apresentam. Estas escolas devem
reconhecer e satisfazer as necessidades diversas de seus alunos,
adaptando-os aos vários estilos e ritmos de aprendizagem, de modo a
garantir um bom nível de educação para todos, através de currículos
adequados, de uma boa organização escolar, de estratégias pedagógicas,
de utilização de recursos e de uma cooperação com as respectivas
comunidades. (UNESCO, 1994, p. 11,12)

Dessa forma, é fundamental viabilizar um ambiente que possibilite a inclusão


do aluno surdo garantindo um ambiente favorável à aprendizagem. É importante
frisar que a interação entre professor-intérprete–aluno tem grande influência para
uma melhor compreensão do conteúdo que está sendo exposto.
Conforme Haguiara-Cervellini (2003, p. 68), “Compreender o sujeito surdo
como um ser de possibilidades é o caminho para a construção de um homem livre,
ator e autor de sua própria existência. Percebendo-o como pleno de possibilidades,
posso, então, ser-com-ele e contribuir para o seu crescimento como pessoa”.
Entendendo a importância da inclusão do aluno surdo no ensino fundamental
02, como fundamental para seus conhecimentos humanos essenciais na formação
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dos jovens, contribuindo para uma nova visão de mundo e desenvolver capacidades
que deles serão exigidos de sua vida social e profissional, o tema proposto foi
escolhido na expectativa de investigar alternativas que facilitem ao aluno surdo se
desenvolver juntamente com os demais em uma sala de aula do ensino
fundamental.

1.2 OBJETIVOS

 Objetivo Geral

Identificar e desenvolver sua cultura e identidade surda como ferramentas


pedagógicas.

 Objetivos Específicos

Identificar como devemos trabalhar os artefatos visuais em sala de aula


no Ensino Fundamental
Desenvolver os recursos lúdicos em algumas áreas especifica no
Ensino Fundamental
Refletir a cerca do papel do estímulo visual na pratica educativa junto
ao corpo docente da unidade escolar.

1.3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na antiguidade existiram muitos obstáculos quanto ao reconhecimento das


pessoas surdas enquanto seres humanos. Não eram considerados como seres
pensantes, pois a capacidade de raciocínio estava diretamente ligada á fala. Dessa
forma eram consideradas incapazes de pensar. Esse contexto histórico trazem
muitas marcas de segregação que se inicia na impossibilidade de estudar.
Conforme Santana (2018, p.153) mesmo com os avanços sociais e
educacionais conquistados, ainda existem muitos problemas escolares em relação a
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certas posturas excludentes relacionados ao aluno surdo, assim como as


dificuldades dos professores de incluir.
Segundo Santana apud Glat (2018, p.153),

[...] Para acolher todos os alunos, a escola precisa, sobretudo, transformar


suas intenções e escolhas curriculares, oferecendo um ensino diferenciado
que favoreça o desenvolvimento e a inclusão social. (Santana apud Glat,
2018, p.153).

Dessa forma, deve-se pensar em estratégias que favoreça a aprendizagem


do aluno surdo. Estratégias como o uso de recursos visuais e materiais concretos
tem grande importância nesse processo de aprendizagem, pois o contato visual e
concreto oportuniza a aprendizagem de forma prazerosa. Os alunos surdos
precisam ser rodeados de estímulos visuais, estando imersos em um mundo letrado
e que é comum os mesmos terem interesse em decodificar esses símbolos que os
permeiam, como os livros, propagandas, sinalizações dentre outros.
De acordo com Ribeiro (2005) o ser humano constrói o seu conhecimento de
mundo a partir de estímulos, quer sejam visuais, sonoros, táteis e dentre outros, pois
os sistemas sensoriais fazem o cérebro manter constantemente informado a cerca
do mundo exterior. O principal motivo que norteia a construção desse projeto é a
vivência além da prática discente de uma verdadeira pedagogia Surda, mas também
como discente do curso de Licenciatura Letras Libras onde prevalece a temática dos
estímulos são amplamente discutíveis, considerarmos que o ambiente rico em
estímulos é de suma importância para as aprendizagens.
Esse mesmo embasamento se contextualiza na Pedagogia Surda junto com
as suas especificidades, sendo preciso que haja um trabalho do docente de estar
atento à vida do educando surdo, observando “os acontecimentos do dia a dia que
os alunos trazem e sinalizam no ambiente escolar e dentro da sala de aula; os
sinais, as histórias, os hábitos que fazem a formação visuoespacial, tudo que
pertence a Cultura Surda transmitida pela Língua de Sinais, através dos Surdos
mais velhos” (Vilhalva, 2004, p. 1-2).
Dentro dessa perspectiva Quadros (2003) destaca que para o aluno surdo
construir seu conhecimento em uma sala de aula inclusiva, ele precisa estar
integrado ao processo de ensino-aprendizagem. O docente também deve promover
estratégias pedagógicas para fomentar o interesse desse aluno.
6

Nesse sentido esse projeto tem a finalidade de intervir no contexto escolar


com o intuito de transformar a escola em um ambiente favorável ao desenvolvimento
das habilidades de leitura juntamente com a Língua de Sinais a partir dos artefatos
visuais, para tal processo é necessário inicialmente refletir a cerca do papel do
estímulo visual na pratica educativa inclusiva junto ao corpo docente da unidade
escolar, para posteriormente confeccionar cartazes, álbuns seriados, tirinhas, e
outros textos que associem a o lúdico a leitura a fim de oferecer através de
estímulos visuais a prática da leitura aos alunos.

1.4 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA

A Escola está localizada na Rua Adolfo Siqueira, Nº273 bairro Joaquim Távora,
faz parte da Rede Municipal de Fortaleza, atendendo crianças da educação infantil,
ensino fundamental e ensino médio de faixas etárias de 03 a 21 anos de idade nos
turnos manhã e tarde. O Ensino Fundamental ll apresenta-se divida em 12 salas e
um total de 65 alunos. A sala onde foi realizado o estágio é ampla, arejada, os
espaços são bem utilizados, possui porta e janelas, as paredes ficam registradas
atividades e trabalhos como poesias, sinais de saudações, armários com livros para
pesquisas, jogos adaptados, globos para as aulas de geografia e etc.
O IFS tem a missão de desenvolver ações de promoção, proteção de
crianças, adolescentes e jovens com deficiência auditiva e surdez, suas respectivas
famílias e comunidade, proporcionando sua Habilitação, Reabilitação e Inclusão
social.
Seu objetivo principal é proporcionar a pessoa com deficiência, em especial
ao Surdo, a possibilidade para o pleno desenvolvimento cognitivo e psicossocial,
como cidadão de direitos e deveres, através da Assistência Social, Educação, Saúde
e Esporte numa proposta bilíngue, possibilitando sua inclusão e integração na
família e na sociedade.
Dessa forma, o Instituto Filippo Smaldone, entidade filantrópica sem fins
lucrativos, com atuação na educação bilíngue para surdos, e com o Atendimento
Educacional Especializado – AEE, conveniada para este fim com a Secretaria
Municipal de Educação de Fortaleza e com a Secretaria da Educação do Estado do
Ceará, oferece atendimento escolar bilíngue para crianças surdas, com ou sem
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outras deficiências associadas, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental II e


Ensino Médio. Do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, mantém ensino integral das
07h30min às 17h30min.
Além das disciplinas e conteúdos curriculares da base comum estabelecidos
pela legislação em vigor, a escolaridade inclui o ensino de Língua Brasileira de
Sinais (Libras), o ensino de Português em sua modalidade escrita para surdos, com
metodologia e material didático adequado e atendimento pedagógico individualizado
para alunos com atraso na aquisição linguística (Libras/Português escrito),
dificuldades de aprendizagem motivada por deficiência associada, contando ainda
para isso com atendimentos psicológico e fonoaudiólogo de natureza educacional.
O prédio é próprio das Irmãs Salesianas dos Sagrados Corações e encontra-
se em boas condições de funcionamento e o terreno onde se acha construído não
oferece risco à integridade física dos alunos, havendo salubridade local. A Escola
IFS possui a seguinte organização:

1.Diretora

2.Secretária

3. Coordenadora Pedagógica

4. Corpo Técnico (Docentes e Funcionários)

1.5 Projeto Político Pedagógico – PPP

Seguindo uma visão pedagógica, analisamos que o Projeto Político


Pedagógico foi elaborado, partindo da realidade sociocultural do aluno Surdo,
acreditando na possibilidade de que todo aluno é capaz de construir seus
conhecimentos e exercer sua cidadania, respeitando os diferentes ritmos e níveis de
desenvolvimento da aprendizagem de cada um. Esta escola definiu coletivamente
sua linha de ação filosófica, norteada em princípios de participação de todos os
segmentos da escola e comunidade, objetivando a melhoria na qualidade de ensino
e da aprendizagem, crescimento do rendimento escolar, no qual consequentemente
traria uma redução dos índices de evasão e reprovação.
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Segundo o Projeto Político Pedagógico - PPP- da escola, seus pontos fortes


na área pedagógica são:
 Compromisso da direção com o pedagógico;

 Qualificação e compromisso dos professores

 Atendimento Educacional Especializado para os alunos com


necessidades especiais.·.

Objetivos PPP

Geral:

Oferecer escolarização da Educação Infantil ao Ensino Fundamental II e


Ensino Médio a crianças e adolescentes surdos e com deficiência auditiva, numa
proposta pedagógica bilíngue, com Língua Brasileira de Sinais como primeira língua
e Língua Portuguesa, em sua modalidade escrita, como segunda língua.

2 PARTE II: PROCEDIMENTOS DE ESTÁGIO

2.1 METODOLOGIA

Trata-se de um projeto de intervenção onde se preconiza uma abordagem


qualitativa e de caráter explicativo, caracterizado inicialmente por um levantamento
bibliográfico prévio, utilizando livros físicos, artigos, monografias e outros textos de
cunho bibliográfico a partir da busca do material efetuada na base de dados online
do SCIELO e GOOGLE ACADÊMICO, foram utilizados os seguintes descritores:
Estímulos, visuais, leitura, educação e artefatos visuais.
Posteriormente pretende-se reunir o corpo docente escolar no intuito de
refletir criticamente a cerca do papel do estímulo visual na pratica educativa inclusiva
na unidade escolar, para após isso confeccionar cartazes, álbuns seriados, tirinhas,
e outros textos que associem a prática e a leitura, a fim de fornecer aos alunos
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estímulos que sejam capazes de garantir a boa prática leitora e a Língua de Sinais.
A ação consistirá com os ajuda dos seguintes recursos:

Livros da literatura Surda;


Teatro entre os participantes;
Interpretação de textos feitos pelos alunos;
Gravuras, desenhos e trailers literários;
Gibis e histórias em quadrinhos;
Dominó silábico;
Jogos de memória com desenhos e escrita;
Contação de história com gibis.

A avalição aplicada nos alunos será a diagnóstica partindo da observação da


sua participação, no seu desempenho e na interação de todos nas atividades com
objetivo final de contribuir nas habilidades necessárias para o desenvolvimento da
escrita e sinalização em Libras, fortalecendo os vínculos afetivos entre os
participantes.

2.2 METAS/AÇÕES/ATIVIDADES
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METAS AÇÕES / ATIVIDADES

Refletir criticamente Fazer uma reflexão critica junto ao corpo docente a cerca do
a cerca do papel do papel dos estímulos visuais no desenvolvimento da leitura e a
estímulo visual com sua influência na Língua de Sinais.
o corpo docente.

Confeccionar Promover junto do corpo docente em observância a afinidade


cartazes, álbuns dos alunos o desenvolvimento de matérias que incentivem
seriados, tirinhas e sua leitura e fluências na Libras como Leitura e interpretação
outros materiais. de álbuns seriados, cordel, cartaz e outros recursos passíveis
de serem utilizados no ambiente escolar.
Propiciar situações Fazer a sinalização junto aos alunos do material
de leitura e reflexão confeccionado e disponibilizar (colar, manter) o material em
do material local de fácil acesso e visualização para instigar a prática da
formulado. leitura e a reflexão dos alunos.

Incentivar a análise Discutir a cerca de cada material confeccionado junto dos


crítica a cerca da alunos observando a sua compreensão, aqui se trata de um
dos textos processo continuo a fim de fortalecer não apenas a
confeccionados. decodificação dos sinais, mas a prática leitora interpretativa
autêntica.

Incentivar a Estimular à unidade escolar a criação e inovação de novos


continuidade do materiais (cartazes, álbuns seriados, tirinhas etc.) para fugir
projeto. da monotonia e incentivar os alunos a construir em conjunto
observando temáticas do gosto dos alunos.
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2.3 CRONOGRAMA

Data Turno e horário Atividade


04/09/2019 Manhã – 07h30minh as Observação
11h30minh
11/09/2019 Manhã – 07h30minh as Observação
11h30minh
18/09/2019 Manhã – 07h30minh as Observação
11h30minh
09/10/2019 Manhã – 07h30minh as Regência 1
11h30minh
16/10/2019 Manhã – 07h30minh as Regência 2
11h30minh
23/10/2019 Manhã – 07h30minh as Regência 3
11h30minh
30/10/2019 Manhã – 07h30minh as Regência 4
11h30minh
06/11/2019 Manhã – 07h30minh as Regência 5
11h30minh
12

REFERÊNCIAS

BORGES-ANDRADE, Jairo. Em busca do conceito de linha de pesquisa. RAC:


Revista de Administração Contemporânea, São Paulo,. v.7, nº 6, p.157-170. abr./jun.
2003.

BRASIL. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. LEI 8.069/90, DE 13 DE


JULHO DE 1990.

E21. Educação, docência e sociedade: aproximação entre a formação de


professores, afetos discentes e valores comunitários / organizadores, Maria
Saraiva da Silva ... [et.al.]. – Fortaleza: INESP, 2018. 253p.; 21 cm. – (Fazer
Educativo; 18)

BRASIL: Lei 9394/96 – LDB – Lei das Diretrizes e Bases da Educação, de 20 de


dezembro de 1.996.

BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.

______. Lei 10.436 – Lei de difusão e reconhecimento da língua de sinais.


Brasília, 2002. Disponível em: Acesso em: 29 setembros 2019.

______. Decreto 5.626. Regulamentação da Lei nº 10.436. Brasília, 2005.


Disponível em: Acesso em: 29 setembros 2019.

BRASIL - SECRETARIA DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL. Parâmetros


Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1997.

DECLARAÇÃO DE SALAMANCA E ENQUADRAMENTO DA ACÇÃO: Na área das


necessidades educativas especiais – UNESCO - em 1994. <
http://www.pnl2027.gov.pt/np4Admin/%7B$clientServletPath%7D/?
newsId=1011&fileName=Declaracao_Salamanca.pdf > Acesso em 15/09/2019, as
10h32min.

HAGUIARA-CERVELLINI, Nadir. A musicalidade do surdo: representação e


estigma. / Nadir Haguiara-Cervellini. – 2ª ed – São Paulo: Plexus Editora, 2003. <
https://books.google.com.br/books?
id=lCfvqNrA_rAC&printsec=frontcover&dq=A+Musicalidade+do+Surdo+Nadir+Hagui
ara-cervellini&hl=pt-
BR&sa=X&ved=0ahUKEwiE7vKW_9LkAhXnIbkGHfZECJ4Q6AEIKTAA#v=onepage&
q=Compreender%20&f=false > Acesso em 15/09/2019, as 11h05min.
13

MAFUANI, F. Estágio e sua importância para a formação do universitário.


Instituto de Ensino superior de Bauru. 2011. Disponível em:
http://www.iesbpreve.com.br/base.asp?pag=noticiaintegra.asp&IDNoticia=1259

OLIVEIRA, M.K. de. A mediação simbólica. In: Vygotsky. Aprendizado e


desenvolvimento. Um processo sócio histórico. São Paulo: Editora Scipione. 1993. p.
25-41.

QUADROS, Ronice Müller de. Situando as diferenças implicadas na educação


de surdos: inclusão/exclusão. Ponto de Vista, Florianópolis, nº 5, p. 81-111, 2003.

______. Educação de surdos: efeitos de modalidade e práticas pedagógicas.


In: MENDES, E. G.; ALMEIDA, M. A.; WILLIAMS, L. C. A. (Org.). Temas em
Educação Especial: avanços recentes. São Carlos: Editora da UFSCar, 2004, p. 55-
60.

VILHALVA, Shirley. Pedagogia surda. Revista de Cultura Surda, Editora Arara


Azul, 2004. Disponível em: http://www.editora-arara-azul.com.br/pdf/artigo8.pdf.
Acesso em: 23 set. 2019.
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ANEXOS

Roteiro das Observações

A primeira etapa do Estagio supervisionado foi realizado na Escola Instituto


Filippo Smaldone, as observações forma realizadas entre os dias 04/09/2019 a
18/09/2019 no horário de 07h30minh as 11h30minh da manhã, cumprindo uma
carga horária inicial de 12 horas.
Neste presente relatório foram descritas suas didáticas e materiais adaptados,
sua atuação nas resoluções de problemas do cotidiano, a relação entre professor e
aluno, proporcionando momentos de novas descobertas, potencializando nos alunos
sua concentração, criatividade, emoções, socialização, autonomia, pensamentos e
sentimentos, com intuito final de promover as aprendizagens.

Estagiária: Maria Sanders Martins Souza

1º Dia: 04/09/2019 (Quarta-Feira)

Conteúdo: Identidade Surda

No primeiro encontro da observação a professora de Libras Amanda recebeu


de prontidão a estagiária. A recepção dos alunos no primeiro momento foi em sala
de aula com acolhida, frequência e após a proposta do conteúdo Identidade Surda
com os alunos do 9° B manhã.
Explanou e expôs no quadro as principais especificidades de forma bem
dinâmica e dialogada. Na sequência os alunos foram convidados a construir um
texto em cima de uma identidade surda baseada nas suas experiências para a
realização de um teatro em dupla. É notória a preocupação da docente em relação a
passar o conteúdo de forma que alcance a compreensão.

2º Dia: 11/09/2019 (Quarta- Feira)

Conteúdo: Classificadores em Libras


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Iniciou com boas vindas e na sequência fez uma revisão do conteúdo da aula
anterior com atividade escrita e depois a correção. Após o intervalo foi apresentado
trailers de filmes em que os alunos, cada um na sua vez, faziam classificadores das
imagens apresentadas no trailer.
Com a atividade proposta nota-se a importância do uso de vídeos para o
desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, pois proporciona ao aluno a
capacidade de compreensão dos diferentes usos da linguagem. É importante frisar a
competência da professora em estar sempre atenta e orientando os alunos sobre
como se faz corretamente os classificadores, explorando bastante a expressão
facial, incorporação do personagem, e o movimento do corpo.

3º Dia: 18/09/2019 (Quarta-Feira)

A professora fez acolhida e em seguida foi realizada uma prova onde a


mesma explicava cada questão na sua língua materna (Libras). Após a avaliação foi
realizado o jogo para trabalhar o conteúdo de forma dinâmica. No jogo os alunos
jogam as duas e a quantidade que estavam à disposição era a letra para que
dissessem com a letra sorteada o nome de um filme, de um futebol, cores, etc.
Foi uma aula bastante prazerosa, pois houve interação, envolvimento, troca
de conhecimento e aprendizagem, proporcionando momentos de descontração e
descobertas.

Observações Estagiária: Meirilene de Lima Diório


1º Dia: 04/09/2019 (Quarta- Feira)

Primeiro dia de observação fui bem recebida pela professora de Libras


Amanda, onde primeiramente em sala de aula recepcionou os alunos do 9º A com a
frequência e iniciou sua aula com o tema Identidades Surdas exemplificando e
expondo no quadro suas principais especificidades, uma aula expositiva mais bem
didática.
Depois da explanação da aula os alunos foram convidados a fazer um
pequeno teatro em duplas, cada dupla escolhia uma identidade surda baseadas nas
suas experiências de vida. Percebe-se que a regente tem uma preocupação
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inclusiva obedecendo às diretrizes curriculares nacionais considerando as


demandas de seus alunos e suas práticas no dia a dia, alimentados diariamente pela
iniciativa e curiosidade conhecendo e criando novos significados através das
experiências vividas e expostas, atividades exploradas pela educadora.

2º Dia: 11/09/2019 (Quarta- Feira)

Como na observação anterior foi dado a continuidade do mesmo tema, uma


revisão com uma atividade em sala escrita e posteriormente a correção, depois do
intervalo todos os alunos foram para a sala de informática assistir vídeos em libras
para enriquecer e aumentar seu vocabulário.
As possibilidades de aprendizagem dos alunos com os pontos observados
deixam expostos o grau de complexidade e as exigências determinando de fato a
autonomia dos alunos nos temas propostos na pratica da Língua de Sinais, há uma
preocupação da professora em que todos consigam atingir os pontos apresentados,
procurando desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos escritos e de
entender as palavras, produzindo textos em situações de participação social,
proporcionando os diferentes usos da linguagem e o desenvolvimento da
capacidade construtiva e transformadora.

3º Dia: 18/09/2019 (Quarta-Feira)

Foi uma aula bem dinâmica no auditório com intuito de trabalhar a percepção
dos alunos, seus artefatos visuais, na incorporação dos personagens, pois a docente
colocou trailers de filmes para que os mesmos pudessem interpretar de acordo com
todas as características visuais usando os Classificadores em Libras e seu uso
corretamente. Cada discente iria interpretar um trailer de sua preferência.
Aprender a utilizar a observação e a descrição (leitura direta ou indireta do
trailer) das paisagens, via ilustrações sem linguagem escrita; reconhecer os
referenciais espaciais de localização, orientação e distância, deslocando-se com
autonomia e representando os limites de espaços esse foi o principal objetivo da
aula.
Pôr fim destaca-se que o uso dos Classificadores na Libras tem um papel
importante no sentido de ajudar a descortinar o mundo aos olhos do educando,
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oferecendo instrumentos que possibilitem o desenvolvimento de sua capacidade de


análise, interpretação e sistematização da sua realidade social.
Planos de Aulas Ensino Fundamental II

Aula 1: Quem é você?

Conteúdos:

Identidades Surdas, Língua de Sinais.

Objetivos:

Reconhecer sua verdadeira identidade como Sujeito Surdo;

Perceber e destingir seus papéis na sociedade, família e escola;

Proporcionar subsídios teóricos e práticos que instiguem a pensar na sua


inserção na Identidade Surda.

Atividade:

Quem eu sou?

Materiais:

Caixa de papelão, espelho e papel de presente, recursos visuais, caixa de


chocolate.

Desenvolvimento:

Colocar a turma em circulo, onde irão passar de mão em mão uma caixa de
presente que no fundo tem um espelho, cada participante será estimulado a abrir a
caixa, pois será falado que dentro da mesma existe a foto de uma pessoa muito
especial e importante para todos, com intuito de promover a valorização de sua
identidade. E para finalizar dividir os alunos em dois grupos onde será realizado um
Quiz de perguntas e repostas, verdadeiro e falso, com os temas cultura e
identidades Surdas.

Avaliação:
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Avaliar a participação e interação de todos os alunos na realização da dinâmica.

Aula 2: Recontando Histórias com pista Visual

Conteúdos:

Contação de histórias e piadas em Língua de Sinais, Literatura Surda.

Objetivos:

Recontar histórias em Línguas de Sinais, clássicos que apresentam


aspectos de cultura e identidades Surdas;

Demonstrar a importância das expressões faciais e dos sinais,


intensificando seus artefatos visuais;

Entender a Surdez como a presença de algo e não como falta;

Atividade:

Sinais que Falam

Materiais:

Apresentação em Slides, imagens, gibis.

Desenvolvimento:

Primeiramente uma aula expositiva sobre a importância da Literatura Surda para a


Comunidade Surda, num segundo momento serão recontadas histórias clássicos
da Literatura e Contação de piadas em Libras para os alunos e por fim os alunos
serão divididos em duplas e recontaram uma historinha de gibis que possuem
apenas imagens.

Avaliação:

Avaliar a participação e interação de todos os alunos na realização das atividades,


também será avaliado a coerência e coesão nas contações de histórias.
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Aula 3: Classificadores em Ação

Conteúdos:

Língua de Sinais, expressões faciais e corporais e artefatos visuais.

Objetivos:

Proporcionar oportunidades de ampliar o canal visuoespacial;;

Estabelecer concordância com a Língua de Sinais;

Relacionar humanas, animais e objeto com configuração de mãos;

Especificar e descrever formas e tamanhos.

Atividade:

Visualizar, interpretar e imaginar.

Materiais:

Artefatos Visuais.

Desenvolvimento:

Colocar os alunos em fila de costas, depois se escolhe um voluntário para iniciar o


processo. Este voluntário vai, através de gestos, representar uma pessoa dando
banho num elefante para outro membro da fila, em seguida
o outro vai repassar para um terceiro o que entendeu, também através de mímica
ou CL, não podendo haver comunicação oralizar de forma alguma.
por fim, apenas o último a assistir a descrição da cena vai dizer o que entendeu.·.

Avaliação:

Avaliar as descrições e características dos personagens, correlacionando com a


importância da comunicação não verbal e avaliar a participação dos participantes.
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Aula 04: Aprendendo a escrever a Língua de Sinais

Conteúdos:

Escrita de Língua de Sinais.

Objetivos:

Praticar e exercitar a Leitura de configuração de mãos;

Conhecer a grafia da CM e expressões faciais;

Aprender a escrever seu sinal pessoal;

Atividade:
Jogar e escrever com a escrita da Língua de Sinais

Materiais:

Jogo de cartas com configuração de mãos e escrita de sinais

Desenvolvimento:

Dividir os alunos em grupos e com a ajuda de um jogo de baralho todo


caracterizado em configuração de mãos e o símbolos de cada letra do alfabeto em
escrita de sinais, os alunos terão a oportunidade de conhecer e se familiarizar com
a escrita, brincando de escrever frases e no final da atividade irão escrever seus
respectivos sinais em SW.

Avaliação:

Treinar a escrita da Língua de Sinais, os alunos serão avaliados no decurso da


disciplina por meio da participação contributiva nas discussões, trabalho em grupo,
entre outras.
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Aula 05: Ler e Interpretar “Lead”

Conteúdos:

Língua de Sinais e interpretação de textos.

Objetivos:

Ler e interpretar noticias, textos, revistas ou jornais em libras;

Aprender a transmitir a mensagem de acordo com o contexto;

Entender seu mundo a partir de suas percepções.

Atividade:
Interpretar textos em revistas ou jornais e sinalizar em Libras.

Materiais:

Revistas, jornais, recursos visuais.

Desenvolvimento:

Dividir os alunos em duplas, distribuir os materiais que serão utilizados na


atividade, numa folha de papel fazer colagens das noticias e num segundo
momento interpretar para a turma aquele fato em Libras, essa atividade tem como
intuito compreender suas dificuldades em assistir jornais, ler revistas, saber datas
comemorativas no português escrito.

Avaliação:

O Lead é uma palavra inglesa que significa conduzir, guiar, levar.


Treinar e avaliar o nível de interpretação de textos nos alunos é importante, pois
proporciona novas informações de várias áreas e um contato significativo com os
fatos do dia a dia, enriquecendo e facilitando a apropriação de novos conceitos.
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