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Habitação e Urbanismo
(Serfhau) e a reconfiguração
do campo profissional
do urbanista
Sarah Feldman
O Serviço Federal de Habitação e Urbanismo (Serfhau) e a reconfiguração do campo profissional do urbanista • 101
(Re)interpretando o Serfhau
Em 1961, no governo de Jânio Quadros, também por decreto, foi criado o Con-
selho Nacional de Planejamento de Habitação Popular para exercer, entre outras
funções, “a coordenação entre a União e os Municípios, visando à orientação de
uma política nacional concernente ao problema da habitação das classes menos
favorecidas” (Decreto n. 50.488, art. 2º)3. Ainda no governo Jânio foi elaborado
um projeto de lei para criação de um Instituto Brasileiro de Habitação, com atri-
buições que incluíam a condução da política habitacional e a liderança nos as-
suntos urbanos. Sua atuação previa tanto o financiamento e a execução de obras
urbanísticas e de desenvolvimento regional quanto a realização de investimentos
imobiliários vinculados aos planos habitacionais (ANDRADE; AZEVEDO, 1982).
1
Neste texto, a análise do Serfhau como órgão que associa habitação e urbanismo revê e atualiza
interpretações que elaborei em textos anteriores, sobretudo em Feldman (2005; 2010).
2
A FCP foi criada pelo Decreto n. 9.218, de 01 de maio de 1946. Suas atribuições foram ampliadas pelo
Decreto n. 9.777, de 06 de setembro de 1946.
3
Decreto n. 50.488, de 25 de abril de 1961. De acordo com o art. 3º desse decreto, o Conselho seria
composto por 12 membros, indicados pelas seguintes entidades: Ministério da Fazenda, da Saúde; da
Viação e Obras Públicas; Instituto dos Arquitetos do Brasil; Conselho Federal de Engenharia e Arqui-
tetura; Associação Brasileira de Agronomia; Conselho Nacional de Geografia; Associação Brasileira
de Municípios; Institutos de Previdência Social; Conselho Nacional de Economia; Caixa Econômica
Federal; Fundação da Casa Popular.
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O Senam foi criado em 1961, junto ao gabinete do presidente Jânio Quadros, para prestar assistência
em assuntos administrativos, jurídicos, econômico e financeiros às autoridades municipais e pro-
mover reuniões e congressos de prefeitos e vereadores para o debate dos problemas locais. Em 1963
foram introduzidas atribuições relacionadas ao planejamento urbano (Decreto n. 50.334, de 11 de
março de 1961, e Decreto n. 52.102, de 11 de junho de 1963).
5
Decreto n. 59.917, de 30 de dezembro de 1966, e Decreto n. 66.882, de 16 de julho de 1970.
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Ainda que o Serfhau venha sendo abordado em uma ampla gama de estudos
desde a década de 1970, o seu significado permanece nebuloso na historiografia
do urbanismo e do planejamento no Brasil. Conferir uma temporalidade a essa
produção se faz necessário. Os contextos políticos e culturais, em especial da
cultura urbanística, e os lugares ocupados por seus autores, permitem entender
variações, movimentos e diferentes olhares sobre um mesmo objeto.
Um conjunto de estudos foi elaborado por profissionais que fizeram parte dos
quadros do Serfhau ou dele estiveram muito próximos. Entre estes se destacam
quatro trabalhos que têm em comum o exercício de avaliação da atuação do Ser-
fhau: os de Azevedo (1976); Francisconi e Souza (1976); Cintra (1978) e Oliveira
(1993). O trabalho de Francisconi e Souza (1976) se diferencia dos demais, uma
vez que foi elaborado por meio de contrato com o Ipea, visando preparar um do-
cumento sobre a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) e uma
estrutura institucional.
Escritos por atores do processo, esses trabalhos são movidos pela memória, no
sentido que lhe atribui Pierre Nora (1993) em seu belo texto “Entre memória e
história: a problemática dos lugares”, como “um fenômeno sempre atual”, “um
elo vivido no eterno presente sempre” (NORA, 1993, p. 9). A partir dessa vivên-
cia, ao apontarem as contradições na estrutura, na atuação e nos resultados ime-
diatos do Serfhau, os autores oferecem pistas sobre os embates que marcaram o
cotidiano de sua curta existência.
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O Serfhau foi extinto pelo ȱǯȱŝŜǯŗŚşǰȱȱŘŘȱȱȱȱŗşŝśǰȱǰȱȱŗşŝŚǰȱȱȱǯȱŗŜŚǰȱ
de 06 de dezembro de 1974, já havia se estabelecido a transferência da propriedade de seus bens
imóveis.
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Em 1973 foram estabelecidas as regiões metropolitanas de São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre,
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Complementar nǯȱŗŚǰȱȱŞȱȱȱȱŗşŝřǰȱȱȱȱǯȱŘŖǰȱȱŗȱȱȱȱŗşŝŚǼǯ
8
Decreto n. 74.156, de 6 de junho de 1974.
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O papel dos arquitetos foi também destacado por Cintra (1978, p. 203), para
quem o Serfhau foi fruto da atuação dos “vendedores e agitadores da temática
urbana, em sua maioria arquitetos-planejadores”, um “grupo articulado e ativo”,
fazendo constante pressão pela política de planejamento e ocupando cargos es-
tratégicos nos próprios órgãos governamentais.
A partir dos anos 1990, o significado da primeira instituição federal voltada para
habitação e urbanismo no Brasil começa timidamente a ser iluminado. Pesquisas
como as de Serra (1991) e Vizioli (1998) talvez sejam as primeiras a recorrer a fon-
tes documentais e mostrar um leque de atividades desenvolvidas pelo Serfhau
em todo o território do país, indo muito além dos planos diretores municipais.
Nas décadas seguintes, os trabalhos de Mota (2004), Chiquito (2006), Ferreira
ǻŘŖŖŝǼǰȱȱǻŘŖŖśǼȱȱȱǻŘŖŗŚǼǰȱȱǰȱȱȱȱ¡¹ȱ
do Serfhau e estabelecerem relações entre planos, profissionais e instituições in-
ternas e externas às administrações, colaboram para superar as generalizações e
a dualidade entre efetividade e não efetividade que marcam fortemente o campo
do urbanismo e do planejamento urbano.
ȱȱ¡ȱȃȂȱȱȱȄǰȱȱȱȱȱǻŗşşśǼȱ-
cute a indissociabilidade entre as instituições e a configuração do jogo social e
das ações que nele são possíveis. As normas que as instituições produzem não
são, segundo Revel, exteriores ao campo social. Nessa perspectiva, interessa-me
entender o Serfhau como parte constitutiva dos embates e dos limites colocados
pela política e pela sociedade ao longo dos anos 1960a e 1970. Pela origem do
urbanismo como disciplina com duplo vínculo – à reflexão e à prática profissio-
nal – , as instituições podem ser entendidas como espaços de intermediação entre
ideias e práticas, em que se acomodam interesses e condições políticas conjuntu-
rais, como espaços em que convivem posições e concepções conflitantes.
Nos anos 1950 e 1960, a inserção do Brasil no circuito dos experts internacionais,
·ȱȱȱȱ³¨ȱ·ȱȱȱÇȱȱ·ȱǰȱ
colocou em evidência a problematização da metrópole latino-americana enraiza-
da na questão da habitação.
No estudo do repertório construído nos quase vinte anos de democracia, das for-
mas pelas quais se acomodou e/ou se transformou entre 1964 e 1975, da crescen-
te participação dos arquitetos, revela-se a reconfiguração do campo de atuação
profissional do urbanista10. Subproduto do divórcio entre habitação e urbanismo,
as mudanças efetivadas na formação e atuação dos urbanistas expõem embates
entre diferentes concepções e interesses que estão no cerne da criação do Serfhau.
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Destacam-se estudos desenvolvidos pela Sociedade de Análise Gráfica e Mecanográfica Aplicada
aos Complexos Sociais (Sagmacs) para os estados de São Paulo e de Pernambuco; pelo Centro de
Pesquisas e Estudos Urbanísticos (Cepeu/FAU-USP) para São Paulo; e pela Comissão Interestadual
da Bacia Paraná-Uruguai (CIBPU), que articulou seis governos estaduais.
10
A ideia de campo de atuação profissional dos urbanistas tem como referência a ideia de campo
social de Pierre Bourdieu: o campo é entendido como um campo de forças, em que os agentes sociais
estão dispostos em diferentes posições, cada qual com suas estratégias (BOURDIEU, 1983).
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A carta foi assinada por cerca de quarenta participantes, entre os quais o enge-
ȱȱ£ȱȱȱȱȱ ȱȱȱȱȱ-
geira de Mendonça, que integraram a delegação brasileira.
Harry Truman, anunciou o Point Four Program. Esse programa foi a porta de entra-
ǰȱȱȱȱȱȱÇȱȱ·ȱǰȱȱȱȱȱǰȱǰȱ
Fundação Ford, entre outras instituições internacionais. Sob esse arranjo institucio-
nal, nos anos 1950, a reflexão sobre a realidade latino-americana foi impulsionada.
11
A denominação inicial do Cinva foi Centro Interamericano de Vivienda. Em 1954 foi alterada para
Centro Interamericano de Vivienda y Planeamiento.
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Sobre os participantes brasileiros e a repercussão do Primer Congreso e da “Carta de los Andes” no
Brasil, cf. Feldman (2014).
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Nesse mesmo ano, pela primeira vez, o International Union of Architects (UIA)
ȱȱȱȱȱ·ȱǯȱȱ·ȱ³¨ȱȱ£ȱȱ
ȱ¢ȱȱȱǰȱȱŗŚȱȱȱȱŗşŜŖǯȱ
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Gorelik (2017) aborda a crítica que emerge nos anos 1950 e 1960 sobre a utilização de expressões por
estrangeiros que, implicitamente, convertiam as cidades latino-americanas em anomalias em relação
aos padrões ocidentais de urbanização.
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Além de remeter ao debate sobre desenvolvimento dos anos 1950 e 1960, cabe destacar que o termo
desenvolvimento urbano foi assumido pelas agências internacionais, principalmente a partir dos anos
1960, quando se ampliaram seus investimentos no financiamento da assistência técnica.
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Sobre o percurso da formulação de uma política nacional de desenvolvimento urbano desde o
governo Castelo Branco até a extinção do Serfhau, cf. Francisconi e Souza (1976).
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Apesar de apontar as diferenças nas trajetórias dos dois profissionais, as formas de apropriação das
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ȱȱȱȱȱȱȱ
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Decreto n. 59.917, de 30 de dezembro de 1966.
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Ao mesmo tempo em que foi contemplado esse conjunto de ações voltadas para
o fortalecimento da atividade de planejamento no interior da administração pú-
blica em várias esferas de governo, foram oferecidas as condições para introduzir
as empresas de engenharia consultiva na elaboração de planos e na assistência
à organização administrativa dos municípios. Segundo o artigo 27 do Decreto
de 1966, poderiam ser beneficiários do Fiplan “os órgãos e entidades regionais,
interestaduais, estaduais, intermunicipais e municipais que queiram contratar a
elaboração de planos e estudos de desenvolvimento local integrado”.
Esse período inicial foi fundamental para a organização das empresas e para a
estruturação do campo de atuação de profissionais de diferentes formações em
equipes interdisciplinares, o que era parte das diretrizes do Serfhau para a elabo-
ração de planos. Um amplo leque de empresas e técnicos foram disponibilizados
para serem contratados pelas prefeituras através de um cadastro organizado por
formação profissional e setor de atuação na categoria “desenvolvimento urbano”.
De 1967 até o início de 1971, 2.412 técnicos e 257 firmas foram cadastradas pelo
Serfhau para serem disponibilizados para as prefeituras. Quase 60% dos técnicos
se incluíam no chamado “setor físico”, que congregava arquitetos, engenheiros,
geólogos, geógrafos e agrônomos; 15,5% no setor econômico, com economistas
e estatísticos; quase 12% no setor institucional, com advogados e técnicos de ad-
ministração; 5,8% no setor social, com sociólogos e assistentes sociais e os demais
8% de outras categorias (MINTER/SERFHAU, 1971).
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ȱȱȱȱǯǰȱȱȱ
1958 pelo engenheiro Henry Maksoud, formado pela Universidade Mackenzie,
com pós-graduação na Iowa University; do Consórcio Nacional de Engenheiros
Consultores S.A. (Cnec), criado em 1959 por professores da Escola Politécnica
da Universidade de São Paulo (USP), e que em 1969 admitiu a Camargo Corrêa
na sociedade e, na sequência, agregou a Topp, a Brasconsult, a Caeel e a Milder
Kaiser, da Serete S.A. Engenharia, criada em 1959, que contava com um quadro
fixo de 180 técnicos, com sede em São Paulo e filiais no Rio de Janeiro, Curitiba
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Mendonça, egresso da Sagmacs20.
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inserção da Asplan na CIBPU, cf. Chiquito (2017).
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Depoimentos dos urbanistas Flavio Villaça, Domingos Teodoro Azevedo, Antonio Cláudio Moreira
ȱȱȱǰȱȱȱ¦ȱȱȱȱȱȃȱȱDZȱ
formação e prática de uma geração” (CNPq, 2017), do qual participei como pesquisadora colabora-
dora e consultora científica.
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Os nomes dessas empresas foram retirados do acervo de planos diretores da Biblioteca da Pós-Gra-
duação da FAU-USP.
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Planos metropolitanos começaram a ser financiados pelo Serfhau a partir de 1967, quando a Consti-
tuição Federal de 1967 estabeleceu, mediante lei complementar, que a União poderia instituir regiões
metropolitanas no país.
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(MINTER/SERFHAU, 1972a).
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Como parte das mudanças implantadas a partir de 1970, foi concebido um curso
de pós-graduação na área de planejamento urbano e regional, com grau de mes-
tre em Ciências. Financiado pelo Serfhau, o curso foi criado em 1971 na Coorde-
nação dos Programas de Pós-graduação em Engenharia (Coppe), subordinado
à área de Engenharia da Produção, na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
De sua estruturação participaram técnicos do Serfhau, professores da Coppe,
consultores da OEA e da Universidade de Edimburgo. Através de um convê-
nio, coube à Coppe a realização do curso e ao Serfhau complementar recursos,
conceder bolsas de estudo e providenciar uma equipe de assessores estrangei-
ros (COPPE/UFRJ, 1971; NUNES; SOUZA; SCHWARTZMAN, 1982).
24
Os vínculos com universidades dos Estados Unidos deveram-se, sem dúvida, aos vínculos da Co-
ppe, não apenas com as universidades, mas também com a OEA e com o Point Four Program, que já
estavam envolvidos, desde 1961, na formulação do primeiro curso de pós-graduação em Engenharia
Química e Mecânica da UFRJ, implantado em 1963.
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