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Políticas Públicas Urbanas

“Vivemos nas cidades. É nelas que moramos,


trabalhamos, estudamos, nos divertimos e
enfrentamos nossos problemas. É nas cidades também
que encontramos muitas das
soluções que procuramos. É por isso que não devemos
poupar esforços para garantir o
direito fundamental de morar com dignidade. E isso não
significa apenas construir casas.
Precisamos ter infra-estrutura, saúde, educação,
transporte público de qualidade, espaços de
lazer e cultura, área de convivência social e segurança
pública. Nós temos compromisso com
esses objetivos.” Presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva.
Conceito:

A política urbana é historicamente reprodutora


de desigualdades sócio espaciais e segregação.
Trata-se de um complexo processo de luta
social, nos quais os esforços para mudança das
políticas sociais e das políticas territoriais
urbana e ambiental têm como referência novos
paradigmas instituídos a partir da Constituição
Federal de 88 (CF 88), buscando, sob o prisma
da sustentabilidade, produzir espaços mais
justos e mais humanos. (OLIVEIRA,1994).
Conceito:

Assim, as políticas urbanas devem ser


norteadas pelo direito à uma vida digna nas
cidades; pelo direito de viver com qualidade
de vida se sobressaindo ao mero direito de
sobrevivência.(FERNANDES, 1998)
Pequeno histórico da política urbana Brasileira

• Século XX: marcado como o período das


primeiras grandes intervenções urbanas.

• Le Corbusier ( 1877-1934) e Alfred


Agache (1887-1965) ambos urbanistas
franceses os quais disseminaram a ideia
de “planos urbanos”.
Pequeno histórico da política urbana Brasileira

• Tais “planos urbanos” posteriormente


foram conhecidos como “planos
diretores”, e tiveram surgimento nos
Estados Unidos, no início do século XX.
Pequeno histórico da política urbana Brasileira

• A tentativa mais clara de política urbana no


Brasil se deu durante o regime militar.

• Características principais dessa época: a


centralização de decisões no governo federal,
com forte orientação setorializada de
proposições e intervenções.
Pequeno histórico da política urbana Brasileira

• 1964: o Banco Nacional de Habitação (BNH),


criado pelo regime militar fez com que as
cidades brasileiras passassem a ser objeto de
uma política destinada a mudar o seu padrão
de produção.
• 1964 há 1985: foram construídas mais de 4
milhões de moradias além de implantado os
principais sistemas de saneamento do país.
Pequeno histórico da política urbana Brasileira

• Entretanto foi em 1988 com a Constituição


Federal e, principalmente, 2001 com a
aprovação do Estatuto da Cidade, que o tema
das políticas urbanas obteve devido
tratamento jurídico e urbanístico.
Pequeno histórico da política urbana Brasileira

• 2001: Estatuto da Cidade é aprovado no


Congresso Nacional e se torna a Lei Federal
10.257

• 2003: O Ministério das cidades é criado pelo


presidente da época(Lula), como a realização
de uma proposta lançada em 2000 através do
Projeto Moradia.
A questão ambiental no planejamento urbano

No processo de urbanização o homem realiza


mudanças no meio ambiente, algumas delas
acontecem de forma desenfreada e sem a
devida preocupação com o meio natural.
A questão ambiental no planejamento urbano

• “A implementação de uma política urbana


hoje não pode ignorar a questão ambiental,
sobretudo nas cidades de grande porte, onde
adquirem maior dimensão os problemas
relativos ao meio ambiente, como, por
exemplo: poluição do ar, da água,sonora,
visual, lixo, ausência de áreas verde”.
(MEDAUAR,2002, p.16)
A questão ambiental no planejamento urbano

• Constituição Federal: nota-se que enquanto a


política urbana está inserida na Ordem
Econômica e Financeira, visando, sobretudo, à
regulação da propriedade privada, a temática
ambiental está disposta na Ordem Social,
focalizando os bens comuns, que são direitos
difusos, tendo titulares indetermináveis
ARTIGO 182 CONSTITUIÇÃO FEDERAL

A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público


municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e
garantir o bem- estar de seus habitantes.
Artigo 182 Constituição Federal
§ 1º - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para
cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumento básico da política de
desenvolvimento e de expansão urbana
§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.
§ 3º - As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com prévia e justa indenização
em dinheiro.
§ 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no
plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena,
sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão
previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros
legais.
Artigo 183 Constituição Federal
Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta
metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio,
desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

§ 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem


ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil.
§ 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma
vez.
§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
O passo inicial da Política Nacional
de Desenvolvimento Urbano – PNDU aconteceu em
2003 na 1ª Conferência
Nacional das Cidades, quando foram definidos pelos
2510 delegados eleitos nas reuniões realizadas em todo
o país os princípios e diretrizes da política urbana
brasileira.
• Em janeiro de 2003 o Governo Federal criou o
Ministério das Cidades
Buscando-se formular e executar uma nova política urbana
integrada – uma política de desenvolvimento urbano - para o
Brasil, mediante articulação de parcerias com a própria
sociedade e o poder público municipal, estadual e federal
COMPÕEM O MINISTÉRIO DAS CIDADES:
.Secretaria Executiva
. Secretaria Nacional de Habitação
. Secretaria Nacional de Programas Urbanos
. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade
Urbana
Estão vinculados à estrutura do Ministério das Cidades,
a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), a
Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A.
(Trensurb) e o
Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
CONSELHO DAS CIDADES
De forma permanente, o Conselho das Cidades integra
a estrutura do Ministério das Cidades. Sua composição
de 71 titulares espelha a diversidade dos segmentos
que representa: 19 representantes de movimentos
populares; 14 do poder público federal; seis
do poder público estadual; dez do poder público
municipal; sete dos empresários; sete dos
trabalhadores; cinco das entidades profissionais
acadêmicas e de pesquisa e três de
organizações não-governamentais. Participam ainda 27
observadores eleitos pela delegação
estadual que participou da Conferência.
O Conselho das Cidades acompanha e avalia a
execução da política urbana nacional e
desde a sua posse – abril de 2004 - já debateu uma
nova política de saneamento ambiental,
de habitação, de parcelamento da terra, de transporte,
trânsito e mobilidade urbana, sempre
defendendo os princípios da democratização e
descentralização. Sua atuação visa fortalecer
a atuação dos municípios e dos estados, fornecendo
informações, auxiliando no
planejamento de desenvolvimento institucional e
modernização de suas estruturas
administrativas.
Quatro câmaras setoriais
compõem o Conselho das
Cidades: Habitação, Planejamento
Territorial Urbano, Saneamento
Ambiental e Transporte e
Mobilidade Urbana, no qual fazem
parte os titulares, suplentes,
observadores e indicados.
DEFINIÇÕES DA I CONFERÊNCIA NACIONAL DAS CIDADES
A elaboração da política nacional de desenvolvimento urbano
tem como primeira e principal referência os princípios e
diretrizes definidos pela I Conferência Nacional das Cidades.
1. PRINCÍPIOS DA POLÍTICA NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
URBANO
- Direito à cidade para todos
. Direito à moradia digna e à terra urbanizada
. Direito ao saneamento ambiental
. Direito à mobilidade, transporte público e ao trânsito seguro
– Função Social da cidade e da propriedade
– Gestão democrática e controle social
– Inclusão social e redução das desigualdades
– Sustentabilidade financeira e sócio-ambiental da política
urbana
– Combate à discriminação de grupos sociais e étnico-raciais
– Combate à segregação urbana e diversidade sócio-espacial
2. DIRETRIZES DA POLÍTICA NACIONAL DE
DESENVOLVIMENTO URBANO
– Formular a PNDU e as políticas fundiária, de habitação,
de saneamento ambiental,
transporte, mobilidade e trânsito respeitando o pacto
federativo e buscando
integrar os Ministérios e organismos do governo federal e
sociedade civil.
– Promover e estimular a participação social
– Promover políticas de capacitação técnico-institucional e
de democratização da
informação
– Redução das desigualdades regionais
– Redução do déficit quantitativo e qualitativo de
habitabilidade
– Promover o planejamento e gestão territorial
DECRETO Nº 5.031, DE 2 DE ABRIL
DE 2004
Dispõe sobre a composição,
estruturação, competências e
funcionamento do Conselho das
Cidades.
Protocolo Verde
O Protocolo de Intenções pela Responsabilidade Socioambietal, conhecido
informalmente como Protocolo Verde é uma carta de princípios para o
desenvolvimento sustentável firmada por bancos oficiais em 1995 (Banco do
Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia, BNDES, Caixa Econômica
Federal e Banco Central do Brasil) na qual se propõem a empreender
políticas e práticas que estejam sempre e cada vez mais em harmonia com o
objetivo de promover um desenvolvimento que não comprometa as
necessidades das gerações futuras.

Em maio de 2008, a partir de discussões sobre os impactos do


desmatamento na Amazônia envolvendo órgãos governamentais e bancos
públicos federais, foi constituído grupo de trabalho informal para avaliação e
revisão do Protocolo Verde. O grupo foi constituído por representantes do
Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Integração Nacional, Ministério
da Fazenda, Banco do Nordeste do Brasil, Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico e Social, Banco da Amazônia, Caixa Econômica
Federal e Banco do Brasil.
O resultado desse esforço foi a proposição de nova redação que defende que os
bancos podem cumprir um papel indutor fundamental na busca de um
desenvolvimento sustentável que pressuponha a responsabilidade com a preservação
ambiental e uma contínua melhoria no bem estar social. Para tanto, são previstos
princípios que envolvem o compromisso dos bancos com: o fomento ao
desenvolvimento sustentável; a avaliação socioambiental dos empreendimentos a
serem financiados; a ecoeficiência das práticas administrativas; a evolução das políticas
e práticas voltadas à sustentabilidade; e a previsão de mecanismos de monitoramento
e governança dos compromissos assumidos pelos signatários.

Em agosto de 2008, durante solenidade conduzida pelo Presidente Lula na sede do


BNDES, no Rio de Janeiro, os presidentes dos bancos oficiais aderiram ao novo
Protocolo de Intenções pela Responsabilidade Socioambiental - Protocolo Verde.

Em 6 de junho de 2010, o BB participou do Workshop FEBRABAN Protocolo Verde,


visando elaborar indicadores de desempenho para a implementação do Protocolo
Verde. A partir da realização do evento, a FEBRABAN, a Fundação Getulio Vargas e os
Bancos signatários deste protocolo, objetivam delinear um instrumento de avaliação
das instituições financeiras, no tocante ao cumprimento dos princípios lá
estabelecidos.
http://www.bb.com.br/portalbb/page251,8305,3926,0,0,1,6.bb?codigoNoticia=28467
Atualidade: Projeto Nova BH
(para ver o vídeo é só clicar)
Projeto Nova BH esquenta debate sobre o
planejamento da cidade - Projeto lançado pela
prefeitura deve permitir adensamento em área de 25
quilômetros quadrados

http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2013/12/12
/interna_gerais,478475/
projeto-nova-bh-esquenta-debate-sobre-o-planejamen
to-da
-cidade.shtml
http://portalpbh.pbh.gov.br/pbh/ecp/noticia.do?evento=portlet&pAc=not&idConteudo=129779&&pIdPlc=&app=salanoticias
Mandei este e-mail para o projeto Nossa BH
Boa tarde, sou aluna de psicologia da PUC Minas, campos São Gabriel e estamos
fazendo um trabalho sobre políticas urbanas. Escolhemos o Projeto Nova BH como
tema e gostaríamos de conhecer o trabalho de vocês, se possível conhecer de perto e
entrevistá-los. Nossa pesquisa é sobre o trabalho realizado por vcs a partir desta
política, o público atendido, quais os profissionais envolvidos e as possíveis
contribuições da psicologia. Gostaríamos de saber também se há psicólogos
envolvidos. Nossa apresentação é no sábado dia 1º de novembro, portanto preciso da
resposta de vcs com urgência. Desde já agradeço.

Mandei mas se vcs decidirem sobre isto mesmo vou fazer o contato telefônico.

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