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Planejamento urbano Regional

Melina Y. Fujiwara
Apresentação do Professor(a)

Melina Y. Fujiwara
Conteúdo da Unidade 03 – Parte 01
• Estatuto da cidade
• Histórico;
• Diretrizes;
• Instrumentos;
• Parcelamento, Edificação ou utilização compulsória;
• IPTU progressivo no tempo;
• Desapropriação com Pagamentos em títulos;
• Consórcio Imobiliário;
• Usucapião Especial de Imóvel Urbano;
• Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS).
ESTATUTO DA CIDADE

A Lei n o 10.257 de 10 de julho de 2001 vem


regulamentar os artigos 182 e 183 da
Constituição Federal de 1988, que conformam o
capítulo relativo à Política Urbana.
Década de 1970
MOVIMENTOS SOCIAIS UBANOS
O Movimento pela Reforma Urbana surgiu a partir de iniciativas de
setores da igreja católica, como a CPT (Comissão Pastoral da Terra), com
a intenção de unificar as numerosas lutas urbanas pontuais que
emergiram nas grandes cidades, em todo o país, a partir de meados dos
anos 70.
Década de 1980
Em 1987 foi criado o Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU) com o
objetivo de promover a Reforma Urbana (direito à moradia, ao saneamento
básico, saúde, educação, transporte público, lazer, entre diversos outros
direitos do cidadão) através de movimentos populares, ONGs, instituições de
pesquisa e associações de classe.

A palavra de ordem é “Planejamento


participativo” e “Gestão Democrática da
Cidade”
A constituição de 1988
ART.182
A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público
municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por
objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da
cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
ART.183
Institui a usucapião urbana, possibilitando a
regularização de extensas áreas ocupadas por
favelas, vilas, alagados, invasões e loteamentos
clandestinos
Função Social da Propriedade e da
Cidade
“É necessário, para que a cidade cumpra sua
função social, que a propriedade individual
seja, no mínimo, relativizada, para garantindo o
acesso a todos os moradores à cidade. Essa
relativização é expressa no Estatuto, ... nos
artigos que reconhecem o direito de usucapião
urbano e, assim, indicam limites à especulação
imobiliária”.
Fonte: Estatuto da cidade: função social da cidade e da propriedade. Alguns aspectos sobre
população urbano e espaço – Arlete Moysés Rodrigues
A constituição de 1988
O município adquire novas competências e o
planejamento local procura ser mais
participativo e democrático:
• Orçamentos participativos;
• Planos Diretores – Audiências Públicas;
• Conselhos (meio ambiente, política urbana,
patrimônio, etc.);
• Política habitacional local.
Década de 1990 e atualidade

2001 Estatuto da Cidade LF 10.257:


• Novos instrumentos (“Caixa de ferramentas”);
• Práticas participativas obrigatórias.
Diretrizes: Função social da cidade e da
propriedade urbana

O Estatuto da cidade estabelece que a


propriedade urbana precisa cumprir uma
função social, ou seja, a terra urbana deve
servir para o benefício da coletividade, e não
apenas aos interesses de seu proprietário
PARTICIPAÇÃO POPULAR

Em todas as decisões de interesse público, garantindo a gestão


democrática

• Orçamento Participativo
• Todas as etapas do Plano diretor
(planejamento e aprovação)
RECUPERAÇÃO DOS IVESTIMENTO
PÚBLICOS
Que proporcionaram a valorização de imóveis
urbanos.
EX.: Contribuição de Melhoria - CF/88 Art. 145 III
É um tributo que pode ser cobrado pelo poder
público:
• Realização de uma obra pública;
• Valorização imobiliária decorrente de uma obra
pública.
JUSTA DISTRIBUIÇÃO
Dos benefícios e dos ônus decorrentes do processo de urbanização.
Instrumentos do Estatuto da Cidade

• Instrumentos de Indução do Desenvolvimento Urbano e de


Financiamento da Política Urbana;
• Instrumentos de Regularização Fundiária;
• Instrumentos de Democratização da Gestão urbana.
INSTRUMENTOS – INDUÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO URBANO
1. Parcelamento, Edificação ou utilização compulsória (art. 5º e 6º)
2. IPTU progressivo no tempo (art. 7º)
3. Desapropriação com Pagamentos em títulos (art. 8º)
4. Consórcio Imobiliário (art. 46 º)
INSTRUMENTOS – INDUÇÃO DO
DESENVOLVIMENTO URBANO
5. Outorga onerosa do direito de construir (art. 35º)
6. Direito de superfície (art.21º a 24º)
7. Transferência do Direito de construir (art. 35º)
8. Operações Urbanas consorciadas (art. 32 a 34)
9. Direito de Preempção (art. 25º a 27º)
INSTRUMENTOS – REFORMA URBANA
Parcelamento, Edificação ou utilização compulsória (art. 5º e 6º);
• Tem como finalidade fazer cumprir a função social da propriedade
urbana.
INSTRUMENTOS – REFORMA URBANA
Parcelamento, Edificação ou utilização compulsória

CA = O coeficiente de aproveitamento é a
relação entre a área edificável e a área do
terreno
Parcelamento, Edificação ou utilização
compulsória
Parcelamento, Edificação ou utilização
compulsório
Parcelamento, Edificação ou utilização
compulsório

Ex.: SÃO PAULO


notificação, em até 1 ano, comunicar à
Prefeitura o início da utilização do imóvel
pedido de alvará de aprovação e
execução de projeto de edificação ou
parcelamento do lote
A contar da expedição do respectivo
alvará, o proprietário terá 2 anos para
comunicar à Prefeitura o início das obras
de edificação ou parcelamento,
e 5 anos, contados do inicio das obras,
para comunicar à Prefeitura a conclusão
das obras
INSTRUMENTOS – REFORMA URBANA
IPTU (Imposto predial e territorial urbano)
progressivo no tempo
• Proprietários de imóvel
• % sobre o valor venal do imóvel (estimado pelo
poder público)
• O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será
fixado na lei específica a que se refere o caput do
art. 5o desta Lei e não excederá a duas vezes o
valor referente ao ano anterior, respeitada a
alíquota máxima de quinze por cento.
Isso significa que a alíquota do IPTU que incide
sobre o imóvel irá dobrar a cada ano
sucessivamente, até o limite de 15%. Se a
qualquer tempo o proprietário apresentar
projeto de edificação ou parcelamento, ou der
um uso ao imóvel, no ano seguinte, a alíquota do
imposto voltará àquela original. O objetivo não é
a arrecadação, e sim a obrigatoriedade do
cumprimento da função social pelo proprietário
INSTRUMENTOS – REFORMA URBANA

Desapropriação com Pagamentos em títulos

Após 5 anos de cobrança de IPTU Progressivo no


Tempo, se o proprietário permanecer sem
realizar o aproveitamento devido do imóvel, a
Prefeitura poderá desapropriar o bem, com base
no valor venal do imóvel e através do pagamento
em títulos da dívida pública.
INSTRUMENTOS – REFORMA URBANA
Consórcio Imobiliário
• Associação entre proprietário de terras e o poder público;
• O proprietário cede a terra ao poder público, que realiza um
empreendimento e devolver ao proprietário unidades
construídas no valor de terra cedida
INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO
FUNDIÁRIA
O que é Regularização Fundiária?
Processo de intervenção com objetivo de legalizar
a permanência de moradores de áreas urbanas
ocupadas irregularmente para fim de moradia,
além de promover melhorias no ambiente urbano
e na qualidade de vida do assentamento
INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO
FUNDIÁRIA

• Usucapião Especial de Imóvel Urbano


• Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)
INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO
FUNDIÁRIA
Usucapião Especial de Imóvel Urbano
Estabelece a aquisição de domínio para aquele
que possuir área ou edificação urbana de:
• Até 250 m²;
• por 5 anos, ininterruptamente e sem oposição;
• utilizando-a para sua moradia ou de sua família;
• com a ressalva de que não seja proprietário de
outro imóvel urbano ou rural;
INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO
FUNDIÁRIA

Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS)


São instrumentos urbanísticos que definem áreas
da cidade destinadas para construção de moradia
popular;
As ZEIS são uma categoria de zoneamento que
permite o estabelecimento de um padrão
urbanístico próprio com regras especiais, mais
permissivas, para determinadas áreas da cidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Trichês, L. S. Instrumentos do Estatuto da cidade aplicáveis a cada zona proposta da unidade 2. Do Livro:
Planejamento urbano e regional: o município. Porto Alegre: SAGAH, 2019.
Oliveira, I. C. E. de. Estatuto da cidade; para compreender... - Rio de Janeiro: IBAM/DUMA, 2001

Planejamento urbano Regional

Melina Y. Fujiwara

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