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PLANEJAMENTO

URBANO E REGIONAL
2022.2
10º PERÍODO
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
PROFESSOR: GABRIEL MORAES
UNIDADE II
PLANO DIRETOR e
ESTATUTO DA CIDADE
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 1988
ARTIGOS 182 E 183
Constituição Federal de 1988
Artigos 182 e 183
Constituição Federal de 1988
Artigos 182 e 183
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE

LEI Nº 10.257 DE 31 DE JULHO DE 2001

Regulamenta Arts. 182 e 183 da Constituição


Federal de 1988, estabelece diretrizes gerais da política
urbana e dá outras providências.
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
DIRETRIZES GERAIS
✓Busca orientar ação de todos os agentes responsáveis pelo
desenvolvimento na esfera local.

✓Indica que as cidades devem ser tratadas como um todo,


rompendo a visão parcelar e setorial do planejamento urbano até agora
praticado.

✓Evidencia que o planejamento deve ser entendido como processo


construído a partir da participação permanente dos diferentes
grupos sociais.
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
PRINCÍPIOS BÁSICOS

Função Social da Cidade e Participação popular no Plano Diretor


da Propriedade Urbana. — elaboração, implementação e
avaliação — e na formulação, execução
Gestão democrática, e acompanhamento dos demais
garantindo a participação planos, programas e projetos de
da população em todas as desenvolvimento urbano municipal e a
decisões de interesse promoção de audiências públicas.
público.
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
Art. 2 o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

I – garantia do direito a cidades sustentáveis,


entendido como o direito à terra urbana, à moradia,
ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana,
ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e
ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
Art. 2 o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

II – gestão democrática por meio da participação da


população;

III – cooperação entre os governos, a iniciativa


privada e os demais setores da sociedade;
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
Art. 2 o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

IV – planejamento do desenvolvimento das cidades


[...] de modo a evitar e corrigir as distorções do
crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o
meio ambiente;

V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários,


transporte e serviços públicos;
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
Art. 2 o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:

VI – ordenação e controle do uso do solo, de forma a


evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou
inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso
excessivos ou inadequados em relação à infra-
estrutura urbana;
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
Art. 2 o A política urbana tem por objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, mediante as seguintes diretrizes gerais:
d) a instalação de empreendimentos ou atividades
que possam funcionar como pólos geradores de
tráfego, sem a previsão da infra-estrutura
correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que
resulte na sua subutilização ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
h) a exposição da população a riscos de desastres.
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
VII – integração e complementaridade entre as XII – proteção, preservação e recuperação do meio
atividades urbanas e rurais, tendo em vista o ambiente natural e construído, do patrimônio
desenvolvimento socioeconômico do Município e do cultural, histórico, artístico, paisagístico e
território sob sua área de influência; arqueológico;
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
Seção I Dos instrumentos em geral
Art. 4 o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:

I – planos nacionais, II – planejamento das


regionais e estaduais de regiões metropolitanas,
ordenação do território aglomerações urbanas e
e de desenvolvimento microrregiões;
econômico e social;
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
Seção I Dos instrumentos em geral
Art. 4 o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
III – planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor;
b) disciplina do parcelamento, do uso e da ocupação do solo;
c) zoneamento ambiental;
d) plano plurianual;
e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;
f) gestão orçamentária participativa;
g) planos, programas e projetos setoriais;
h) planos de desenvolvimento econômico e social;
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
Seção I Dos instrumentos em geral
Art. 4 o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
IV – institutos tributários e financeiros:

a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU;


b) contribuição de melhoria;
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
Seção I Dos instrumentos em geral
Art. 4 o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
V – institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação;
b) servidão administrativa;
c) limitações administrativas;
d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano;
e) instituição de unidades de conservação;
f) instituição de zonas especiais de interesse social;
g) concessão de direito real de uso;
h) concessão de uso especial para fins de moradia;
i) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
j) usucapião especial de imóvel urbano;
k) direito de superfície;
Planejamento Urbano e Regional II
ESTATUTO DA CIDADE
CAPÍTULO II - DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
Seção I Dos instrumentos em geral
Art. 4 o Para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros instrumentos:
V – institutos jurídicos e políticos:
l) direito de preempção;
m) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;
n) transferência do direito de construir;
o) operações urbanas consorciadas;
p) regularização fundiária;
q) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos favorecidos;
r) referendo popular e plebiscito;
s) demarcação urbanística para fins de regularização fundiária;
t) legitimação de posse.

VI – estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de


vizinhança (EIV).
Plano diretor
Metodologia ativa: brainstorm

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Plano diretor

https://www.youtube.com/watch?v=888rmItTi4k&ab_channel=Arq.FuturoBrasil
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
Conceitos introdutórios....
O que é plano diretor?

Os princípios que norteiam o Plano Diretor


estão contidos no Estatuto da Cidade.

• Nos termos do Estatuto da Cidade, o


Plano Diretor está definido como
instrumento básico para orientar a O Estatuto da Cidade delega ao Plano Diretor a
política de desenvolvimento e de função de definir as condições a que a
propriedade deve conformar-se, para que cumpra
ordenamento da expansão urbana do
sua função social.
município.
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
Conteúdo do plano diretor

O Plano Diretor é obrigatório para municípios:


• Com mais de 20 mil habitantes;
• Integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;
• Com áreas de especial interesse turístico;
• Situados em áreas de influência de empreendimentos ou atividades com significativo
impacto ambiental na região ou no país.
O objetivo fundamental do Plano Diretor é estabelecer como a
propriedade cumprirá sua função social, de forma a garantir o acesso a
terra urbanizada e regularizada, reconhecer a todos os cidadãos o direito
à moradia e aos serviços urbanos.
Plano diretor
Organização
Administrativa do
Município em
estudo

Arquivo da lei orgânica do Município:


arquivos.al.ma.leg.br:8080/ged/constituicoes_municipais/imperatriz.pdf
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
Atividade participativa: O
Construir o
Plano Diretor: Plano Diretor deve ser
elaborado e implementado
com a participação efetiva
de todos os cidadãos. O
processo deve ser
conduzido pelo poder
Executivo, articulado com
os representantes no
poder Legislativo e com a
sociedade civil.
Plano diretor
Plano diretor do Município de São Paulo/SP
LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DE 2014

Art. 8º Para garantir um desenvolvimento urbano


sustentável e equilibrado entre as várias visões existentes
no Município sobre seu futuro, o Plano Diretor observa e
considera, em sua estratégia de ordenamento territorial, as
seguintes cinco dimensões:
Plano diretor
Plano diretor do Município de São Paulo/SP
LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DE 2014

I – a dimensão social, fundamental para


garantir os direitos sociais para todos os
cidadãos, em especial, o direito à moradia, à
mobilidade, à infraestrutura básica e ao acesso
aos equipamentos sociais;
Plano diretor
Plano diretor do Município de São Paulo/SP
LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DE 2014

II – a dimensão ambiental, fundamental para


garantir o necessário equilíbrio entre as áreas
edificadas e os espaços livres e verdes no
interior da área urbanizada e entre esta e as
áreas preservadas e protegidas no conjunto do
Município;
Plano diretor
Plano diretor do Município de São Paulo/SP
LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DE 2014

III – a dimensão imobiliária, fundamental para


garantir a produção dos edifícios destinados à
moradia e ao trabalho;
Plano diretor
Plano diretor do Município de São Paulo/SP
LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DE 2014

IV – a dimensão econômica, fundamental para


garantir as atividades produtivas, comerciais
e/ou de serviços indispensáveis para gerar
trabalho e renda;
Plano diretor
Plano diretor do Município de São Paulo/SP
LEI Nº 16.050, DE 31 DE JULHO DE 2014

V – a dimensão cultural, fundamental para


garantir a memória, a identidade e os espaços
culturais e criativos, essenciais para a vida das
cidadãs e dos cidadãos.
A implementação do Estatuto da Cidade em
2001 resultou na necessidade de um
organismo federal em nível ministerial para sua
aplicabilidade. Uma exigência chave do
Estatuto é a obrigatoriedade dos municípios
elaborarem Planos Diretores com a
participação efetiva da sociedade e órgãos
públicos.
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
ETAPAS:
1ª etapa: leituras técnicas e comunitárias

Mapas do município:
A – Mapas temáticos sobre o território
B – Mapas de caracterização e distribuição da população e seus
movimentos
C – Mapas de uso do solo
D – Mapas da infra-estrutura urbana
E – Mapas da atividade econômica do município
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
ETAPAS:
1ª etapa: leituras técnicas e comunitárias

Mapas do município:
A – Mapas temáticos sobre o território

Mapear riscos para ocupação urbana Mapear a evolução histórica da cidade e do território

Mapear áreas para preservação cultural Mapear a estrutura fundiária

Mapear a inserção regional do município Mapear indicadores de mobilidade e circulação


Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
ETAPAS:
1ª etapa: leituras técnicas e comunitárias

Mapas do município:
B – Mapas de caracterização e distribuição da população e seus
movimentos

• População por bairro e densidade;


• População por faixa etária e escolaridade;
• População por condições de emprego e de renda
familiar;
• Crescimento ou evasão de população.
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
ETAPAS:
1ª etapa: leituras técnicas e comunitárias

Mapas do município:
C – Mapas de uso do solo

Mapa da ocupação atual do território:

atividades e formas de uso e ocupação do solo já existentes, formais e informais, regulares ou


não, vazios urbanos e zona rural, áreas habitacionais, indicando diferentes padrões existentes
na cidade, áreas com edificações de maior altura, densidades habitacionais, morfologias.
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
ETAPAS:
1ª etapa: leituras técnicas e comunitárias

Mapas do município:
D – Mapas da infra-estrutura urbana

Serviços e equipamentos e níveis de atendimento:


• Redes de infra-estrutura (esgotamento sanitário, água, luz, telefone,
drenagem, TV a cabo, infovias e outras);
• Redes de equipamentos (educação, saúde, cultura, esporte e lazer, etc.);
• População atendida por rede de água, esgotos e drenagem.
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
ETAPAS:
1ª etapa: leituras técnicas e comunitárias

Mapas do município:
E – Mapas da atividade econômica do município

• Atividades econômicas predominantes, inclusive as informais e sua importância


local e regional;
• Atividades em expansão ou em retração, não só em termos de número de
empregos e de empresas, mas de sua participação na composição da receita do
município.
Dinâmica imobiliária, Legislação, Estudos existentes, Confrontar as leituras técnica e comunitária
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
ETAPAS:
2ª etapa: formular e pactuar propostas

Alguns exemplos de temas prioritários:


Tema: Esvaziamento econômico e populacional do município.
Tema: Moradia digna para todos.
Tema: Patrimônio ambiental e cultural ameaçado de
degradação.
Tema: Riscos ambientais.
Tema: Expansão ilimitada do município para as periferias.
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
ETAPAS:
3ª etapa: definir os instrumento

O Estatuto da Cidade oferece mais de 30 instrumentos para que o município tenha


controle mais efetivo sobre o seu território.
Plano diretor
Roteiro Básico de elaboração
ETAPAS:
4ª etapa: o sistema de gestão e planejamento
do município

A lei do Plano Diretor deve estabelecer a estrutura e o processo


participativo de planejamento para implementar e monitorar o
Plano Diretor.

5ª etapa: revisão do plano

Como e quando o Plano Diretor Municipal vai ser revisto?


Processo Participativo e análise da efetividade do PDP: 5 anos
UNIDADE I
PLANO DIRETOR
ESTUDO DE CASO DA
DISCIPLINA
MAPA DE ZONEAMENTO URBANO
Plano diretor
Atividade

Elaborar um mapa mental geral da cidade de estudo com


indicações das etapas do plano diretor.....

Identificar problemáticas a serem levantadas para revisão


do plano diretor municipal.
Plano diretor
Referências
• MINISTÉRIO DAS CIDADES. Plano Diretor Participativo: Guia para elaboração pelos
municípios e cidadãos. Brasília: Ministério da Cidades, 2004.
• Lei Orgânica do Município de Imperatriz. Disponível em
http://arquivos.al.ma.leg.br:8080/ged/constituicoes_municipais/imperatriz.pdf. Acesso em 03 de
agosto de 2022.
• BRASIL. Estatuto da Cidade Lei nº 10.257 de 10 de julho de 2001. Brasília: Câmara dos
Deputados. Coordenação de publicações, 2001.

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