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O PLANO DIRETOR

ESTATUDO DA CIDADE
Art. 41. O plano diretor é obrigatório para cidades:

I. – com mais de vinte mil habitantes;

II. – integrantes de regiões metropolitanas e aglomerações urbanas;

III. – onde o Poder Público municipal pretenda utilizar os instrumentos previstos no § 4o do


art. 182 da Constituição Federal*;

IV. – integrantes de áreas de especial interesse turístico;

V. – inseridas na área de influência de empreendimentos ou atividades com


significativo impacto ambiental de âmbito regional ou nacional.

VI. - incluídas no cadastro nacional de Municípios com áreas suscetíveis à


ocorrência de deslizamentos de grande impacto, inundações
bruscas ou processos geológicos ou hidrológico
correlatados.

§ 4o do art. 182 da Constituição Federal

• I - parcelamento ou edificação compulsórios;

• II - IPTU progressivo no tempo;

• III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública

ESTATUDO DA CIDADE
Art. 42. O plano diretor deverá conter no mínimo:

I. – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser


aplicado o parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

II. – disposições requeridas pelos arts. 25, 28, 29, 32 e 35 desta Lei;

III. – sistemas de acompanhamento e controle.

Art. 25. Direito de preempção

Art. 28. Da outorga onerosa do direito de construir

Art. 29. Alteração de uso do solo

Art. 32. Operações urbanas consorciadas Art. 35. Transferência do direito de construir

Art. 42 B - Os Municípios que pretendam ampliar o seu perímetro urbano após a


data de publicação desta Lei deverão elaborar projeto específico que contenha, no
mínimo:

I. - demarcação do novo perímetro urbano;

II. - delimitação dos trechos com restrições à urbanização e dos


trechos sujeitos a controle especial em função de ameaça de

desastres naturais;

III. - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para


infraestrutura, sistema viário, equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais;

IV. - definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a


promover a diversidade de usos e contribuir para a geração de emprego e renda;

V. - a previsão de áreas para habitação de interesse social por meio

da demarcação de zonas especiais de interesse social e de outros instrumentos de


política urbana, quando o uso habitacional for permitido;

VI. - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do


patrimônio histórico e cultural; e

VII. - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios
decorrentes do processo de urbanização do território de expansão urbana e a
recuperação para a coletividade da valorização imobiliária resultante da ação do poder
público.

DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE


Art. 43. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre
outros, os seguintes instrumentos:

I. – órgãos colegiados de política urbana, nos níveis nacional, estadual e municipal;

II. – debates, audiências e consultas públicas;

III. – conferências sobre assuntos de interesse urbano, nos níveis nacional, estadual e
municipal;

IV. – iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de


desenvolvimento urbano;

OS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR

O Plano Diretor Participativo é o principal instrumento da política de desenvolvimento


do Município.

Outros instrumentos:

a lei de parcelamento do solo; a lei de uso e ocupação do solo (zoneamento); as operações


urbanas; a planta genérica de valores; a política fiscal.

Para a dinâmica econômica e imobiliária, geralmente a legislação de parcelamento, uso e


ocupação do solo é mais importante. Ela regulamenta e torna aplicáveis diversos instrumentos
do Estatuto da Cidade citados no Plano Diretor.

PLANTA GENÉRICA DE VALORES (PGV)


- É formulada com a utilização de cálculos que possibilitam a obtenção dos valores
venais dos imóveis urbanos do município, a partir da avaliação individual de
cada propriedade, servindo de base para impostos como o IPTU (Imposto Predial e
Territorial Urbano), ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e
Contribuição de Melhoria.

- Dessa forma, a PGV é um instrumento para que o poder municipal tenha condições
de cobrar dos contribuintes o valor justo sobre a propriedade, devido ao ajuste
do valor venal dos imóveis ao valor real de mercado

- Ela também pode nortear o planejamento municipal, no que diz respeito à ação
regulatória do poder municipal em relação ao uso e ocupação do solo

- Considera-se uma série de fatores quanto à infraestrutura da região e localização do


imóvel, que interferem diretamente na apreciação e depreciação do seu valor,
como: segurança, vias de acesso, disponibilidade de serviços públicos,
proximidade de áreas de comércio e serviços, possibilidades de futuros
empreendimentos, topografia, vizinhança e possíveis riscos ambientais e fatores de
insalubridade.

ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PRÉVIOS HISTÓRICO |MAPAS | ESTATÍSTICA


Mapeamento Histórico e Antropólogico do Município

Mapeamento Físico e Biológico do Território

Mapeamento Socioeconômico do Território Pesquisa e organização de dados estatísticos

FORMAÇÃO DE EQUIPE
Arquitetos Urbanistas, Engenheiros, Geógrafos, Sociólogos Urbanos, Antropólogos,
Historiadores, Turismólogos, Geólogos, Biólogos,, Médicos sanitaristas, Economistas,
Advogados, Políticos, Líderes comunitários (população).
PARTICIPAÇÃO POPULAR
Audiência Pública

Conselho deliberativo

Comissão de trabalho

O PD DEFINE:
• Os perímetros urbano e rural;

• A lei de parcelamento e uso e ocupação do solo;

• As diretrizes e plano setoriais urbanos;

• Áreas de aplicação dos instrumentos urbanísticos, assim como disciplina o uso;

• Elaborado com a participação da sociedade, o PD é um pacto social que define os


instrumentos de planejamento urbano para reorganizar os espaços da cidade e garantir
a melhoria da qualidade de vida da população.

• Ao propor caminhos para atingir esses objetivos, o PD busca compatibilizar as ações do


poder público e da iniciativa privada para que o planejamento do município atenda às
necessidades coletivas de toda a população.

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