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4 Quarta-feira, 19 de Abril de 2023

LEI COMPLEMENTAR Nº 3.175 V - ordenar a distribuição populacional no município promo-


DE 17 DE ABRIL DE 2023 vendo o adequado adensamento nas UOP e TEP, consideran-
DISCIPLINA O PARCELAMENTO, O USO E A OCUPA- do características ambientais, de uso do solo e de oferta de
ÇÃO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO, DE serviços públicos e de transporte público coletivo, bem como
ACORDO COM AS DIRETRIZES ESTABELECIDAS PELA sua capacidade de ampliação;
LEI COMPLEMENTAR Nº 2.866, DE 27 DE ABRIL DE 2018, VI - garantir que o desenvolvimento urbano atenda ao aumento
QUE DISPÕE SOBRE O PLANO DIRETOR, E DÁ OUTRAS populacional, visando a continuidade da malha urbana, evitan-
PROVIDÊNCIAS. do a formação de vazios urbanos e propondo o adensamento
Faço saber que a Câmara Municipal aprovou o Projeto de Lei adequado às condições geomorfológicas das diferentes áreas
Complementar nº 11/2022, de autoria do Executivo Municipal que compõem o território do município;
e eu promulgo a seguinte lei: VII - garantir que o desenvolvimento urbano atenda aos diver-
TÍTULO I sos segmentos sociais de forma equilibrada no território do
DOS CONCEITOS E DOS OBJETIVOS município, priorizando os parcelamentos para população de
PARA O ORDENAMENTO TERRITORIAL baixa renda junto a equipamentos comunitários e ao transporte
Artigo 1º - A disciplina do ordenamento territorial do Municí- público e estimular as formas integradas de moradia para
pio de Ribeirão Preto pauta-se nos objetivos desta lei com- população de baixa renda;
plementar, observando as diretrizes estabelecidas pela Lei VIII - buscar a aproximação do emprego e dos serviços ur-
Complementar nº 2.866, de 27 de abril de 2018 que institui o banos à moradia;
Plano Diretor do Município de Ribeirão Preto. IX - compatibilizar desenvolvimento urbano com as condições
§ 1º - Os conceitos e as definições utilizados nesta lei constam naturais do território, com a infraestrutura básica, com a ca-
do Quadro 01, que é parte integrante desta lei complementar. pacidade de ampliação desta infraestrutura e dos serviços
§ 2º - O Ordenamento da cidade deve incentivar, por força públicos e com a demanda habitacional do município, visando
desta lei complementar e outros normativos específicos, o con- o desenvolvimento sustentável;
ceito de cidade inteligente (smart city) nos empreendimentos X - promover o crescimento urbano com a aplicação de políti-
urbanos e edificados, valorizando, dentre outros: cas públicas de apoio e incentivo ao desenvolvimento urbano
I - uso de metodologias de prevenção de crimes por meio do sustentável e o uso de técnicas arquitetônicas e urbanísticas
desenho urbano e ambiental; que privilegiem a qualidade de vida dos cidadãos, a manu-
II - incentivo ao desenvolvimento da cidade cognitiva por meio tenção, a expansão e a melhoria da infraestrutura urbana, a
da utilização de dados produzidos pelos usuários; atração de investimento para o município, buscando a geração
III - implantação de Wi-Fi nos espaços públicos; de mais emprego e renda, assim como o fomento da atividade
IV - uso de aplicativos para informações e alertas para resi- produtiva, do desenvolvimento tecnológico e de pesquisa;
dentes e usuários de espaços urbanos; XI - criar condições urbanísticas propícias à instalação de
V - uso de via segregada para veículos autônomos de en- novos empreendimentos empresariais dos setores do comér-
tregas de mercadorias e/ou deslocamento de moradores e cio, indústria, logística e serviços e ao desenvolvimento das
visitantes; empresas já instaladas no município, proporcionando opor-
VI - comunicação digital no mobiliário urbano e veículos pú- tunidades de trabalho, emprego e renda; e,
blicos de transporte (táxis, ônibus, vans, veículos por aplica- XII - compatibilizar as ações de planejamento e organização
tivos); territorial do município de Ribeirão Preto aos princípios da
VII - sistema de locação de bicicletas, patinetes dentre outros Liberdade Econômica regidos pela Lei Federal nº 13.874, de
meios alternativos de locomoção; 2019 e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da
VIII - pontos diversos de retirada com aplicativos de monito- ONU, Agenda Brasil 2030.
ramento; TÍTULO II
IX - geração de energia sustentável para espaços públicos DA DIVISÃO TERRITORIAL
(solar, eólica, piezoelétrica, dentre outros); Artigo 3º - O território do Município de Ribeirão Preto está
X - monitoramento de tráfego e alertas de trânsito; dividido em zona urbana, zona de expansão urbana e zona
XI - painéis de energia solar nas edificações e no mobiliário rural, conforme artigo 54 do Plano Diretor de Ribeirão Preto e
urbano; a demarcação no Mapa 01, integrante desta lei complementar.
XII - mobiliário urbano com sistemas integrados de comuni- CAPÍTULO I
cação para difusão de informações públicas; DO MACROZONEAMENTO
XIII - monitoramento do sistema de drenagem e reuso de Artigo 4º - O Plano Diretor estabelece como diretrizes para o
água; crescimento físico da cidade de Ribeirão Preto a observância
XIV - sistemas de monitoramento de Resíduos Sólidos Ur- dos Macrozoneamentos Ambiental e Urbanístico, estabeleci-
banos (RSU); dos nos incisos I e II do artigo 56 do Plano Diretor de Ribeirão
XV - sistemas de informações para os usuários/moradores Preto.
da cidade; e, CAPÍTULO II
XVI - implantação de sistemas de coleta de lixo com bonifi- DAS UNIDADES DE OCUPAÇÃO PLANEJADA,
cação integrada. DAS UNIDADES DE PLANEJAMENTO LOCAL E DOS
XVII - o envolvimento dos cidadãos nos espaços de decisões TERRITÓRIOS DE EXPANSÃO PLANEJADOS
estabelecidas pelo Poder Público. Artigo 5º - Para o planejamento urbano da cidade, a Zona
Artigo 2º - Constituem objetivos desta lei complementar: Urbana subdivide-se em Unidades de Ocupação Planejada
I - estabelecer normas e condições para o parcelamento, uso (UOP) e a Zona de Expansão Urbana subdivide-se em Terri-
e ocupação do solo no Município de Ribeirão Preto, devendo tórios de Expansão Planejada (TEP).
ser observadas, obrigatoriamente, por todos os munícipes, Artigo 6º - As Unidades de Ocupação Planejada (UOP) têm
agentes públicos e privados; por objetivo, em atendimento ao estabelecido no Plano Diretor
II - definir as zonas de uso observando as diretrizes do ma- de Ribeirão Preto:
crozoneamento ambiental e urbanístico estabelecidas nos I - promover a transformação destas áreas em função de suas
incisos I e II do artigo 56 do Plano Diretor de Ribeirão Preto; características e potencialidades, levando em consideração as
III - definir as zonas de uso em conformidades com os objeti- suas interações, tais como inserção urbana, usos e ocupação
vos e as diretrizes estabelecidas para as Unidades de Ocupa- do solo e acessibilidade aos meios de transporte público; e,
ção Planejada (UOP), os Territórios de Expansão Planejada II - definir e implementar o papel estratégico destas áreas no
(TEP) e as Unidades de Planejamento Local (UPL) definidos desenvolvimento urbano da cidade.
nesta lei; Artigo 7º - O planejamento dos Territórios de Expansão Pla-
IV - promover o desenvolvimento ordenado do espaço físico, nejada (TEP) tem por objetivo identificar frações da Zona de
disciplinando o uso do solo, para que as diversas atividades Expansão Urbana e determinar suas diretrizes urbanísticas,
se distribuem de forma equilibrada pelo território urbano de- considerando as limitações e capacidade de ampliação de
finido nesta lei; infraestrutura local e seu entorno, assim como dos serviços
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públicos a serem ofertados à população previamente indicada todo o território urbano, aceitando-se medidas de mitigação
para o local. que compatibilize a manutenção dos negócios pré-existentes
Artigo 8º - As Unidades de Planejamento Local (UPL) são por- com eventuais alterações nos indicadores de incomodidade.
ções de áreas do tecido urbano com variados tipos de uso do Artigo 11 - O Quadrilátero Central, delimitado pelo polígono
solo, características sociais, econômicas e ambientais especí- que se inicia no cruzamento das avenidas Jerônimo Gonçalves
ficas, para as quais são estabelecidos diretrizes e incentivos, com Francisco Junqueira, seguindo por esta até o cruzamento
visando exercer papel estratégico no desenvolvimento urbano com a avenida Independência, seguindo por esta até o cruza-
da cidade atendendo ao estabelecido pelo Plano Diretor. mento com a Avenida Nove de Julho, seguindo por ela até o
Parágrafo Único - As UOP e os TEP poderão ser subdividi- cruzamento com a Rua Amador Bueno, defletindo à esquerda
das em Unidades de Planejamento Local (UPL), quando da na rua Rui Barbosa até o encontro com a avenida Jerônimo
elaboração dos Planos de Ação Regional (PAR), que serão Gonçalves e seguindo até o ponto inicial, deverá configurar
agrupadas por suas características, de forma a facilitar o es- na legislação específica sobre os PAR, uma UPL com análise
tabelecimento de objetivos e diretrizes que visam alcançar as especial fortalecendo seu caráter urbanístico e a valorização
transformações urbanísticas desejadas para cada subdivisão da concentração de atividades institucionais, culturais, reli-
constituída. giosas, financeiras, comerciais e de prestação de serviços
Seção I associada aos usos residenciais, garantindo-se mobilidade
Das Unidades de Ocupação Planejada (UOP) urbana e a acessibilidade do pedestre e das pessoas com
Artigo 9º - As Unidades de Ocupação Planejada (UOP) defini- deficiência, assim como maior potencial de transformação,
das neste Capítulo e demarcadas de forma geral no Mapa 03 reestruturação e requalificação urbana.
e descritas no Quadro 02, integrantes desta lei complementar, Seção III
estão subdivididas em: Dos Territórios de Expansão Planejada (TEP)
I - Unidade de Ocupação Planejada 01 - Centro Expandido Artigo 12 - Os Territórios de Expansão Planejada (TEP), defini-
(UOP 01-CE); dos nesta lei complementar, são áreas na Zona de Expansão
II - Unidade de Ocupação Planejada 02 - Norte (UOP 02-N); Urbana destinados à implantação de empreendimentos habi-
III - Unidade de Ocupação Planejada 03 - Aeroporto (UOP tacionais, industriais ou não residenciais e estão demarcados
03-AER); no Mapa 03 e descritas no Quadro 02 são:
IV - Unidade de Ocupação Planejada 04 - Leste (UOP 04-L); I - Território de Expansão Planejada Norte (TEP N);
V - Unidade de Ocupação Planejada 05 - Leste (UOP 05-L); II - Território de Expansão Planejada Leste (TEP L);
VI - Unidade de Ocupação Planejada 06 - Boulevard (UOP III - Território de Expansão Planejada Sudeste (TEP SE);
06-BO); IV - Território de Expansão Planejada Sul (TEP S);
VII - Unidade de Ocupação Planejada 07 - Sul (UOP 07-S); V - Território de Expansão Planejada Sudoeste (TEP SO);
VIII - Unidade de Ocupação Planejada 08 - Oeste (UOP 08-O); VI - Território de Expansão Planejada Oeste (TEP O); e,
IX - Unidade de Ocupação Planejada 09 - Oeste (UOP 09-O); VII - Território de Expansão Planejada Noroeste (TEP NO).
X - Unidade de Ocupação Planejada 10 - Oeste (UOP 10-O); Seção IV
XI - Unidade de Ocupação Planejada 11 - Oeste (UOP 11-O); Dos Planos de Ação Regional (PAR)
XII - Unidade de Ocupação Planejada 12 - Norte (UOP 12-N); Artigo 13 - Os Planos de Ação Regional (PAR) serão elabo-
XIII - Unidade de Ocupação Planejada 13 - Leste (UOP 13-L); rados, para cada UOP, identificando as áreas e/ou as regiões
XIV - Unidade de Ocupação Planejada 14 - Leste (UOP 14-L); subutilizadas e as com potencial de transformação e poderão
XV - Unidade de Ocupação Planejada 15 - Leste (UOP 15-L); ser implantados por meio de quaisquer instrumentos de polí-
XVI - Unidade de Ocupação Planejada 16 - Sul (UOP 16-S); tica urbana e de gestão ambiental previstos no Plano Diretor,
XVII - Unidade de Ocupação Planejada 17 - Sul (UOP 17-S); nesta lei complementar ou outra legislação municipal, estadual
XVIII - Unidade de Ocupação Planejada 18 - Bonfim Paulista ou federal correlata.
(UOP 18-BP); § 1º - As leis específicas, que regulamentarão os PAR, po-
XIX - Unidade de Ocupação Planejada 19 - Sul (UOP 19-S); derão estabelecer, mediante estudos técnicos, alterações
XX - Unidade de Ocupação Planejada 20 - Oeste (UOP 20-O); dos parâmetros urbanísticos e flexibilização das condições
XXI - Unidade de Ocupação Planejada 21 - Oeste (UOP 21- de instalação dos usos, voltados ao atendimento aos precei-
O); e, tos estabelecidos nesta lei complementar, em especial nesta
XXII - Unidade de Ocupação Planejada 22 - Oeste (UOP 22-O). Seção, podendo ser diferenciados para cada UPL de uma
Seção II mesma UOP.
Das Unidades de Planejamento Local (UPL) § 2º - A flexibilização das condições de instalação prevista no
Artigo 10 - As Unidades de Planejamento Local (UPL) estarão parágrafo anterior ficará condicionada ao enquadramento no
delimitadas e serão regidas por legislação específica baseada programa de incentivos urbanísticos, a ser regulamentado nos
nos Planos de Ação Regional (PAR) atendendo aos seguintes PAR, podendo resultar ainda na concessão de benefícios fis-
preceitos: cais, flexibilização de parâmetros construtivos e urbanísticos,
I - Integração Territorial entendida como a contextualização bem como, na redução da contrapartida financeira prevista
local que visa reforçar o senso de pertencimento da popu- na Outorga Onerosa do Direito de Construir, dentre outros.
lação local e dos bairros lindeiros, respeitando a relação de § 3º - A elaboração dos PAR deverão ser iniciados em até
espaço construído com espaços abertos e valorizando a ca- 90 (noventa) dias e finalizado em até 2 (dois) anos após a
minhabilidade e uso de meios de transporte de baixo impacto promulgação desta lei complementar, podendo abranger uma
ambiental; única UOP ou considerar mais de uma, conforme afinidades
II - Pluralidade Social e Econômica entendida como a diver- técnicas, sociais, ambientais ou econômicas.
sidade de tipologias, de atividades econômicas e de destina- § 4º - Normativos específicos poderão desenvolver PAR para
ção de espaços públicos, sempre respeitando condições de as TEP, nos termos desta lei complementar e considerando o
segurança pública, conforto térmico e acústico, visibilidade interesse público na ocupação da zona de expansão urbana.
externa, ventilação e insolação; e, Seção V
III - Valorização e proteção da paisagem e do patrimônio en- Do Programa de Incentivos Urbanísticos
tendido como a integração da memória dos espaços urbanos nas Unidades de Ocupação Planejada
e edificados com o potencial de transformação do local, com- Artigo 14 - O Programa de Incentivos Urbanísticos nas UOP
patibilizando as mudanças necessárias dos padrões de uso tem como principal objetivo fomentar a urbanização ordenada
e ocupação do solo com o respeito e reconhecimento dos do espaço, considerando as particularidades de cada unida-
valores sociais, culturais, construtivos e da paisagem que tra- de espacial definida nesta lei complementar, incentivando as
duzem a história e a cultura de uma localidade ou um período. atividades diversas de forma programada, tais como mora-
Parágrafo Único - Nas Unidades de Planejamento Local será dia com variedade de tipologias, atividades não residenciais
estimulada a manutenção das vocações econômicas já exis- diversas, usos industriais compatíveis com as vizinhanças
tentes, bem como a atração de novos negócios com vistas imediatas e equipamentos coletivos, públicos e privados, na
a oferecer oportunidades de trabalho, emprego e renda em escala da vizinhança e de bairro, estabelecendo uma relação
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harmoniosa com o meio ambiente e a mobilidade urbana do 25% (vinte e cinco por cento) de permeabilidade visual de
local, conectados com a estrutura da cidade. fachada visualmente ativas com vitrines, portas e/ou janelas,
Artigo 15 - Este Programa visa a requalificação e o desen- com no mínimo 3,0 m (três metros) de extensão, sendo per-
volvimento ordenado nas UOP, de forma atender parâmetros mitida a manutenção dos recuos em relação ao alinhamento
qualificadores para os espaços públicos e privados e, aos somente quando ocupados por área de fruição pública ou de
seguintes preceitos: alargamento de calçada;
I - o estímulo ao adensamento populacional nas regiões ser- III - qualificação das calçadas públicas, entendida como a
vidas de infraestrutura e equipamentos públicos; garantia de no mínimo 4,0 m (quatro metros) de largura das
II - a consolidação da cidade compacta e democrática; calçadas com implantação de mobiliário urbano e paisagis-
III - a mobilidade urbana sustentável; mo, considerando pelo menos 1,50 m (um metro e cinquenta
IV - a valorização e inserção urbana do empreendimento nos centímetros) de passeio;
aspectos de fruição pública, acessibilidade, proporção de fa- a) a área necessária para o alargamento da calçada deve
chada ativa, maior diversidade de usos; permanecer livre de edificação e o gradil e, no caso existente,
V - a promoção da cidade inteligente (smart city), por meio deve ser instalado após este limite; e,
de adoção de tecnologias e elementos de inteligência artificial b) por opção do interessado, a faixa necessária para o alarga-
para melhoria da mobilidade, segurança pública e otimização mento da calçada pode ser doada à Prefeitura podendo esta
e democratização ao acesso a serviços públicos; e, área ser utilizada para o cálculo do coeficiente de aproveita-
VI - outros preceitos qualificadores estabelecidos nos Planos mento e demais índices estabelecidos nesta lei e no Código
de Ação Regional (PAR). de Obras e Edificações.
§ 1º - O enquadramento ao Programa de Incentivos Urbanís- IV - implantação de estruturas cicloviárias, preservando o es-
ticos, a ser regulamentado pelo PAR, deverá ser requerido paço destinado aos pedestres e qualificação das áreas com
pelo interessado no processo de Aprovação de Projeto de mobiliário urbano e arborização, complementares a essas
Construção Civil. estruturas; e,
§ 2º - A concessão do incentivo em cada UOP será propor- V - oferecer em todo território urbano o acesso e a proximidade
cional aos preceitos qualificadores atendidos e suas condi- a serviços públicos e privados, bem como às oportunidades
cionantes, as quais serão vinculados ao Processo de Aprova- de trabalho, emprego e renda, de modo a reduzir o tempo
ção, após manifestação da Comissão de Controle Urbanístico despendido em mobilidade urbana.
(CCU) e aprovação da Secretaria Municipal de Planejamento e Artigo 17 - Outros parâmetros qualificadores poderão ser es-
Desenvolvimento Urbano, nos termos estabelecidos em cada tabelecidos nos Planos de Ação Regional (PAR).
PAR. CAPÍTULO III
§ 3º - A alteração do uso da edificação aprovada, assim como DAS ZONAS DE USO
a destinação da área de fruição pública, vinculados à conces- Artigo 18 - As Zonas de Uso, para as quais se aplicam parâ-
são do incentivo, somente poderão ser desafetadas mediante metros urbanísticos específicos, compreendem:
autorização do município e pagamento do valor integral equi- I - ZC - Zona de Comércio e Serviço
valente à redução ou isenção concedido na outorga quando a) ZCC - Zona Corredor de Comércios e Serviços; e,
da aprovação do projeto, atualizado para a data do pedido b) ZCC-R - Zona Corredor de Comércios e Serviços Restritos.
de alteração. II - ZE - Zona Especial:
§ 4º - O programa de incentivos nas Zonas de Preservação a) ZEA - Zona Especial Aeroportuária;
Cultural (ZPC) poderá ser aplicado se respeitadas as restri- b) ZET - Zona Especial Polo Tecnológico;
ções específicas previstas para o zoneamento e/ou tomba- c) ZEU - Zona Especial Universidade de São Paulo;
mento. d) ZEM - Zona Especial de Mineração;
§ 5º - A distribuição dos incentivos nas UOP, assim como as e) ZEAD - Zona Especial do Aterro Sanitário Desativado; e
condições para sua aplicação, serão reguladas em legislação f) ZEMT - Zona Especial Mata Santa Tereza.
específica dos PAR. III - ZM - Zona Mista:
Artigo 16 - Para a concretização de objetivos e diretrizes das a) ZM-1 - Zona Mista 1;
UOP são estabelecidos os seguintes parâmetros qualifica- b) ZM-2 - Zona Mista 2;
dores: c) ZM-3 - Zona Mista 3; e,
I - fruição pública, entendida como a área privada livre e aberta d) ZM-4 - Zona Mista 4.
ao uso público, que estabelece a ligação do lote com um ou IV - ZPA - Zona de Proteção Ambiental:
mais logradouros, localizada no pavimento de acesso aos a) ZMT - Zona Mata Santa Tereza:
mesmos, destinada à circulação de pessoas e a promoção de 1. ZMT - EERP - Zona Mata Santa Tereza - Estação Ecológica
desenvolvimento de atividades de valores sociais, culturais e de Ribeirão Preto; e,
econômicos, considerando que: 2. ZMTA - Zona Mata Santa Tereza - Zona de Amortecimento
a) deve ter largura mínima de 4,0 m (quatro metros) em toda da Estação Ecológica de Ribeirão Preto;
a sua extensão; b) ZMSB - Zona Morro de São Bento;
b) deve ser garantido o atendimento às normas técnicas per- c) ZJP - Zona Mata do Jardim Palmares;
tinentes à acessibilidade; d) ZEEG - Zona Estação Ecológica Guarani; e
c) deve estar averbada em registro de imóveis como faixa de e) VETADO
servidão em favor do município com uso permissível público; V - ZPC - Zonas de Proteção ao Patrimônio Cultural, Histórico
d) deve ampliar a oferta de espaço físico para atividades que e Artístico;
privilegiem o pedestre, sem edificações, muros ou barreiras VI - ZIND - Zona Industrial:
físicas que dificultem a sua utilização, sendo vedado o uso a) ZIND-1 - Zona Industrial 1;
como estacionamento de veículos automotores; b) ZIND-2 - Zona Industrial 2.
e) deve ser qualificada com tratamento paisagístico e elemen- § 1º - As Zonas mencionadas neste artigo estão delimitadas
tos do mobiliário urbano definidos de acordo com as neces- no Mapa 04 - Zoneamento Urbanístico e seus parâmetros
sidades locais, sob coordenação da Secretaria Municipal de de incomodidade estão estabelecidos no Quadro 04, ambos
Planejamento e Desenvolvimento Urbano, cuja manutenção integrantes desta lei complementar.
seja de responsabilidade do proprietário da área; e, § 2º - As condições de instalação dos usos estão expressas
f) é permitido o fechamento ou o controle de acesso do local nos Quadros 05 e 06, integrantes desta lei complementar.
de fruição pública aos fins de semana e feriados, assim como § 3º - As atividades listadas na Classificação Nacional de Ati-
entre as 20h (vinte horas) e 7h (sete horas) de segunda-feira vidades Econômicas (CNAE), oficializada pelo órgão federal
a sexta-feira. competente, serão relacionadas e classificadas de acordo com
II - fachada ativa, entendida como condição de implantação o seu Índice de Risco Ambiental (IRA) a ser estabelecido e
de atividade não residencial, obrigatoriamente sem recuo aos atualizado por meio de decreto específico do Poder Executivo.
acessos abertos ao nível do logradouro ou à área de fruição Artigo 19 - As Zonas de Comércio e Serviços (ZC) compreen-
pública devendo-se garantir, em cada testada, pelo menos dem os corredores terciários definidos no Plano Diretor do
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Município, compostas pelas marginais de vias expressas, ave- V - Zona Especial do Aterro Sanitário Desativado (ZEAD),
nidas, avenidas parque e vias coletoras, definidos nos mapas delimitada no Mapa 04 desta lei complementar, constitui área
de hierarquia física e funcional do Plano Viário Municipal, bem com restrição administrativa de uso e ocupação do solo, na
como, as elencadas no Quadro 07, onde se concentram a área do aterro sanitário municipal desativado, localizado na
predominância de usos comerciais e de prestação de serviços, Rodovia Mário Donegá e na área a jusante até o encontro
prevendo a qualificação física e os normativos que priorizam com o córrego Monte Alegre, sendo vedada qualquer forma
intervenções urbanísticas capazes de ampliar o uso do local de construção que contenha ambientes fechados de qualquer
de forma mais qualificada. forma, material ou técnica construtiva, mesmo com a presen-
§ 1º - As vias que compõem as ZC, nos termos do caput ça de sistema de ventilação, na área do aterro desativado e
e elencadas no Quadro 07 - Zona de Comércio e Serviços restrição de captação de água subterrânea no restante da
desta lei complementar, são servidas por transporte de média área mapeada;
capacidade, onde será priorizada a instalação de atividades VI - Zona Especial da Mata Santa Tereza (ZEMT) é constituída
não residenciais, voltadas ao comércio e prestação de ser- pelas áreas delimitadas como as subzonas 01 e 02 do Plano
viço geradores de emprego e renda podendo se enquadrar de Manejo da Mata Santa Tereza assim definidas:
em atividades polo gerador de tráfego, conforme parâmetros a) Subzona 01: é constituída pela faixa de 50m (cinquenta
de incomodidade estabelecidos no Quadro 04 desta lei com- metros) de largura, paralela ao perímetro da Estação Ecoló-
plementar. gica, com exceção da face voltada para a Rodovia Antônio
§ 2º - Os trechos das vias a que se refere o parágrafo anterior Duarte Nogueira - SP 333.
cujos lotes não apresentem restrições de uso registradas em § 1º - Esta faixa deverá ser arborizada com espécie nativas
cartório, serão denominadas de Zona Corredor de Comércio da bacia hidrográfica do rio Pardo, conforme determinado no
e Serviços - ZCC, sendo permitidos os usos previstos para o plano de manejo da Estação Ecológica, como também não
zoneamento incidente, conforme parâmetros de incomodidade será permitido nenhum tipo de edificação, pavimentação ou
definidos no Quadro 04 desta lei complementar, podendo o uso socioeconômico e o cercamento/fechamento somente
IRA chegar até 0,5 (meio) ponto a mais quando situado nas será permitido em sua face oposta à Estação Ecológica.
ZM1, ZM2 ou ZM3, mediante análise de incomodidade da § 2º - As áreas localizadas na Subzona 01 poderão ser utiliza-
atividade pela CCU, que poderá exigir a apresentação de EIV, das para compor o percentual exigido para sistema de áreas
sendo admitidos empreendimentos enquadrados como polo verdes nos parcelamentos do solo.
gerador de tráfego nível 1, 2 ou 3 (GIT-1, GIT-2 ou GIT-3). b) Subzona 02: é constituída pela faixa de 450m (quatrocen-
§ 3º - Os trechos das vias a que se refere o parágrafo 1º deste tos e cinquenta metros) de largura, paralela à face externa
artigo cujos lotes lindeiros apresentem restrições de uso re- da Subzona 01, sendo que o uso e parcelamento do solo na
gistrados em cartório, serão denominados de Zonas Corredor mesma estão sujeitos às restrições contidas no Quadro 3, rela-
de Comércio e Serviços Restritos (ZCC-R) e somente serão tivas à UOP/TEP-20-O, exceto quanto ao gabarito máximo em
permitidas, além do uso previsto e registrado nestas restri- metros, o qual fica limitado a 21 metros e ao uso estritamente
ções, as atividades com IRA máximo conforme zoneamento residencial ou institucional público.
incidente sobre o imóvel, mantidas as restrições cartoriais de § 1º - Nas Zonas de Ruído do Aeródromo Leite Lopes, novas
ocupação e respeitados os parâmetros e condições previs- edificações e/ou usos somente serão autorizadas desde que
tas na legislação vigente, desde que não caracterizem polo atendam ao disposto nos normativos federais e nos planos
gerador de tráfego nível 3 (GIT-3), sendo que para o nível de zoneamento de ruído do aeródromo quanto a sua com-
2 (GIT-2) mediante análise pela CCU, que poderá exigir a patibilidade, sendo possível a regularização das edificações
apresentação de EIV. existentes em desacordo, se comprovada sua existência na
Artigo 20 - Zonas Especiais (ZE) compreendem porções do data de publicação desta lei complementar.
território sujeitas a restrições e disposições específicas de § 2º - A instalação de centros de pesquisas, laboratórios e
acordo com suas particularidades, assim definidas: empresas de alta tecnologia não ficará restrita à Zona Especial
I - Zona Especial AEROPORTUÁRIA (ZEA) compreende a - PÓLO TECNOLÓGICO (ZET), podendo o município estabe-
área onde está instalado o Aeroporto Leite Lopes devendo lecer políticas de incentivos para a instalação de empresas
atender às restrições específicas do órgão da aeronáutica, e empreendimentos inovadores em regiões que se articulem
sendo prevista a transformação em terminal aeroportuário com a ZET de modo a qualificar Distritos e Corredores de Ino-
internacional de carga, sujeita aos objetivos e diretrizes da vação em outras regiões do município com características que
Unidade de Ocupação Planejada Aeroporto, devendo-se ob- favoreçam o desenvolvimento de atividades dessa natureza,
servar as disposições da zona de proteção de aeródromo e do desde que respeitados os parâmetros de incomodidade de
Plano de Zoneamento de Ruídos regulados no âmbito federal; cada zoneamento.
II - Zona Especial POLO TECNOLÓGICO (ZET) compreende § 3º - Serão consideradas áreas sob regime de aproveitamen-
a área que abriga o parque tecnológico e a incubadora de to aquelas com concessão de lavra expedida pela Agência Na-
empresas, voltada à instalação de centros de pesquisas, labo- cional de Mineração (ANM) ou com registro de licenciamento
ratórios, empresas de alta tecnologia, dentre outras, que visam válido junto ao órgão municipal de meio ambiente.
ao desenvolvimento socioeconômico local e regional por meio § 4º - É vedado o parcelamento do solo para fins urbanos
de empresas de diferentes setores produtivos que promovem na ZEM, exceto nas áreas em que se encerrou a atividade
o desenvolvimento econômico do município gerando emprego minerária.
e renda, sendo vedado o uso residencial, devendo as edifica- § 5º - Para os novos parcelamentos no entorno da ZEM, so-
ções seguirem os trâmites normais de análise e aprovação mente será admitida a destinação de lotes de uso residencial
dentro dos órgãos competentes; ou não residencial ou equipamentos públicos comunitários
III - Zona Especial USP (ZEU) é constituída pelo Campus da quando respeitado o afastamento mínimo de 100,0 m (cem
Universidade de São Paulo de Ribeirão Preto (USP-SP) onde metros) contados a partir do perímetro externo das áreas sob
se concentram a maioria das unidades de ensino, pesquisa e regime de aproveitamento de recursos minerais, podendo ser
extensão da universidade, assim como o Hospital das Clínicas utilizada essa faixa para qualquer outra destinação.
e demais órgãos centrais, sendo que seu uso respeitará as § 6º - O encerramento das atividades de mineração deve-
atividades compatíveis com perfil universitário, respeitando-se rá ser comprovado mediante confirmação da conclusão das
os regramentos ambientais do município e a análise e aprova- atividades de fechamento da mina aprovadas junto à ANM
ção de todas as edificações, desconsiderando a necessidade ou, no caso de atividades autorizadas mediante registro de
de comprovação de acesso por via pública municipal; licença, por meio da comprovação de seu vencimento e não
IV - Zona Especial de Mineração (ZEM) é o polígono delimita- renovação.
do no Mapa 04 - Zoneamento Urbanístico, onde é permitido, § 7º - As áreas com Registro de Licença para Extração de Mi-
além dos usos compatíveis ao zoneamento incidente sobre nerais em funcionamento na Zona Urbana e de Expansão Ur-
a área, o desenvolvimento de atividades de mineração e in- bana no município deverão respeitar os prazos estabelecidos
dustriais nas áreas sob regime de aproveitamento com IRA pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente para o exercício
máximo de 4,0 (quatro); desta atividade mineradora, devendo ser encerrada findo este
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período ou de sua renovação. para empreendimentos enquadrados como polo gerador de
§ 8º - Encerrado o regime de aproveitamento na ZEM, não se- incômodo de tráfego nível 3 (GIT-3) somente serão autoriza-
rão admitidos novos usos que não sejam compatíveis com os dos mediante manifestação favorável da CCU, permitindo-se
parâmetros de incomodidade estabelecidos pelo zoneamen- médias incomodidade ambiental e nocividade e com baixa
to incidente na área, sendo que as atividades regularmente periculosidade, conforme disposto no Quadro 04 desta lei
instaladas poderão ser mantidas, vedadas ampliações que complementar; e,
resultem em acréscimo do nível de incomodidade. IV - ZM-4 - zona de uso misto com médio impacto ambien-
§ 9º - As atividades instaladas em discordância com os níveis tal e alto impacto urbanístico, classificadas com IRA até 2,5
de incomodidade, conforme regrado no parágrafo anterior, de- (dois e meio), com desenvolvimento de atividades industriais
verão adotar meios e tecnologias para redução dos impactos de média incomodidade ambiental, baixa nocividade e baixa
ao seu entorno. periculosidade, possuindo níveis aceitáveis de proximidade
§ 10 - Ocorrendo a situação prevista no parágrafo 8º quanto a com usos residenciais existentes no local, respeitando-se o
manutenção de atividades incompatíveis com o zoneamento médio porte construtivo, horários flexíveis de funcionamento,
após encerramento da atividade minerária, o uso residencial, alto potencial de aglomeração de pessoas e veículos e baixo
quando permitido pelo zoneamento incidente, deverá respeitar potencial de incômodo da geração de ruído e odor, associa-
afastamento mínimo de 20,00 m (vinte metros). das aos usos residenciais e não residenciais existentes, com
§ 11 - O desrespeito às restrições de uso e ocupação do solo desinteresse de adensamento de moradia, conforme disposto
da ZEAD, em qualquer grandeza ou ação, implicará na ime- no Quadro 04 desta lei complementar, sendo que para em-
diata paralisação da obra ou outra forma de ocupação do local, preendimentos enquadrados como polo gerador de incômodo
assim como o impedimento de uso do local, devendo este ser de tráfego nível 3 (GIT-3) somente serão autorizados mediante
lacrado pela Fiscalização Geral imediatamente à constatação. manifestação favorável da CCU.
§ 12 - Na constatação da irregularidade descrita no pará- Artigo 22 - As Zonas de Proteção Ambiental (ZPA) são áreas
grafo anterior, o proprietário do imóvel ou seu usuário será da cidade com potencial de preservação ambiental que se
notificado, incidindo a este após 30 (trinta) dias sem cessar a caracterizam como parques, reservas ou estações ecológi-
irregularidade, multa no valor de 1000 (mil) Unidades Fiscais cas com interesse municipal e/ou estadual, definidos por leis
do Estado de São Paulo (UFESP) por irregularidade, reapli- específicas e regramentos próprios, inclusive com respectivos
cada a cada 30 (trinta) dias até que cesse a irregularidade, planos de manejo, listadas abaixo:
sendo estes valores revertidos ao Fundo Pró-Meio Ambiente. I - Zona Mata Santa Tereza (ZMT) - é a porção do território
§ 13 - As restrições impostas na ZEAD ficam desimpedidas composta pela área localizada na Estação Ecológica de Ribei-
quando sanadas as questões ambientais no processo de mo- rão Preto (EERP) e seu entorno, delimitada pelas microbacias
nitoramento da qualidade das águas subterrâneas e superfi- dos córregos Serraria e do Horto somadas, onde a urbanifica-
ciais a partir da expedição de decreto municipal. ção está sujeita a normas que visam preservar a paisagem e
Artigo 21 - As Zonas Mistas (ZM) são porções do território des- o ecossistema existentes, conforme regramento previsto no
tinadas a prover usos residenciais associadas a atividades não Plano de Manejo da Mata Santa Tereza e, suas alterações;
residenciais que sejam compatíveis à vizinhança estabelecida II - Zona Morro de São Bento (ZMSB) - corresponde à área
e reconhecida, qualificando-se os ambientes e a relação com definida na Lei Complementar nº 476, de 1995 como “Parque
a moradia, subdividida em: Municipal do Morro de São Bento” que é constituído pelo com-
I - ZM-1 - zona de uso misto cujas atividades predominantes plexo de áreas verdes identificado como o Bosque Municipal
tenham baixos impactos ambiental e urbanístico, classifica- “Fábio Barreto”, pelo Conjunto Cultural “Antônio Palocci” for-
das com o Índice de Risco Ambiental (IRA) até 1,0 (um), in- mado pelo Teatro Municipal Popular, Teatro de Arena “Jaime
centivando-se o uso residencial associado a atividades não Zeiger” e Casa da Cultura “Juscelino Kubitschek”, pela Casa
residenciais na escala de unidades de planejamento local, do Radioamador e pelos espaços esportivos do Conjunto Po-
tais como, comércios, prestação de serviços e instituições liesportivo “Elba de Pádua Lima” - Cava do Bosque, com des-
compatíveis e complementares ao uso residencial, priorizan- tinação de fins científicos, culturais, educacionais, recreativos
do-se baixo porte construtivo, baixo potencial de aglomeração e ao ecoturismo, conforme regramento específico, inclusive de
de pessoas e veículos durante a atividade e garantindo baixo sua área de entorno, conforme sua lei de criação e respectivas
incômodo da geração de ruído e odor, que não caracterizem alterações e regulamentações;
polo gerador de incômodo de tráfego nível 3 (GIT-3) ou, se III - Zona Mata do Jardim Palmares (ZJP) - corresponde à área
nível 2 (GIT-2), somente mediante manifestação favorável da do Parque Natural Municipal da Mata do Jardim Palmares,
CCU, além de se permitir atividades, inclusive industriais, com definido pela Lei Complementar nº 2.199, de 2007 e está loca-
índices baixos de incomodidade ambiental e de nocividade e lizado no bairro Jardim Palmares, caracterizado como Unidade
não haja periculosidade da atividade, conforme disposto no de Conservação Municipal, tendo como objetivo a preservação
Quadro 04 desta lei complementar; do ecossistema natural, a recuperação das áreas degradadas
II - ZM-2 - zona de uso misto cujas atividades predominantes e a promoção da educação ambiental, nos termos de sua lei
tenham baixo impacto ambiental e médio impacto urbanístico, de criação e respectivas alterações e regulamentações;
classificadas com IRA até 1,5 (um e meio), incentivando-se IV - Zona Estação Ecológica Guarani (ZEEG) - corresponde
o uso residencial associado a atividades não residenciais à área da Estação Ecológica Municipal Guarani estabeleci-
na escala das unidades de ocupação planejada de baixo ou da no Decreto Municipal nº 079, de 2018 e está localizada
médio porte construtivo, restrição moderada do horário de na bacia hidrográfica do Rio Pardo, cuja área corresponde à
funcionamento, potencial médio de aglomeração de pessoas matrícula imobiliária nº 162.089 do 2º Cartório de Registro de
e veículos durante sua atividade e de baixo potencial de in- Imóveis de Ribeirão Preto, tendo por objetivo a preservação
cômodo na geração de odor e ruído aos usos residenciais, dos ecossistemas e processos ecológicos em zona de grande
que não caracterizem polo gerador de incômodo tráfego nível relevância ambiental e hídrica, possibilitando a realização de
3 (GIT-3) ou, se nível 2 (GIT-2), somente mediante manifes- pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de
tação favorável da CCU, permitindo-se atividades, inclusive educação e interpretação ambiental em contato com a natu-
industriais, com média incomodidade, baixa nocividade e sem reza, cujos parâmetros estão estabelecidos em seu Decreto
periculosidade eminente, conforme disposto no Quadro 04 de criação, suas alterações e regulamentações, em especial
desta lei complementar; seu Plano de Manejo.
III - ZM-3 - zona de uso misto onde se encontram atividades Parágrafo Único - As zonas de amortecimento de proteção a
de médios impactos ambiental e urbanísticos, classificadas fragmentos de vegetação natural nativa e de proteção à paisa-
com IRA até 2,0 (dois), ocupada por usos residenciais e não gem estão reguladas no Código Municipal do Meio Ambiente
residenciais consolidados, com incentivo a atividades não resi- e, além dos parâmetros expostos nesta lei complementar,
denciais, inclusive industriais, de médio porte construtivo, com deverão obedecer ao estabelecido por esse regramento e
horário flexível à atividade, médio potencial de aglomeração em legislação correlata.
de pessoas e veículos durante a atividade e médio poten- Artigo 23 - As Zonas de Proteção ao Patrimônio Cultural, Histó-
cial de incomodidade de ruído e odor ao entorno, sendo que rico e Artístico (ZPC), para efeitos desta lei complementar, são
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porções do território destinadas à preservação, valorização e relevantes de novas áreas, devendo constar, inclusive, os
salvaguarda dos bens de valor histórico, artístico, arquitetôni- bens tombados pelo município, pelo Estado e pela União,
co, arqueológico, paisagístico, social e/ou cultural integrantes com as respectivas áreas envoltórias, quando estas estiverem
do patrimônio cultural do município, passíveis do recebimento estabelecidas.
de incentivos fiscais como estímulo à sua valorização assim § 4º - Qualquer intervenção nas edificações existentes cons-
como de seu entorno. tantes da ZPC definidas nesta lei complementar que resultem
§ 1º - As Zonas de Proteção ao Patrimônio Cultural nos ter- na demolição, ainda que parcial, modificação de fachadas ou
mos do caput possuem parâmetros urbanísticos estabeleci- alteração de gabarito, quando da solicitação de autorização
dos nesta lei complementar, inclusive em seus Quadros, e fica obrigatório o encaminhamento à Divisão de Patrimônio
compreendem: da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, que submeterá
I - Área do Centro Histórico formada pelo polígono que se ao CONPPAC-RP quando os parâmetros de preservação não
inicia no entroncamento da Rua Alagoas com a Avenida Fá- estiverem definidos em normativos próprios, para manifes-
bio Barreto, seguindo por esta que passa a ser denominada tação no prazo máximo e improrrogável de 45 (quarenta e
de Avenida Francisco Junqueira e assim segue até o cruza- cinco) dias, contados do recebimento da documentação inicial,
mento com a Avenida da Saudade e vira por esta passando sobre o interesse cultural do imóvel objeto do processo para a
a ser denominada de Rua Saldanha Marinho, seguindo até o sua aprovação, aplicando-se na omissão pelo transcurso do
entroncamento com a Rua Mariana Junqueira, seguindo até prazo o artigo 3º, inciso IX da Lei Federal nº 13.874, de 2019.
o cruzamento com a Rua São José, seguindo por esta até o § 5º - Não se aplica a omissão prevista no parágrafo anterior
entroncamento com a Rua Américo Brasiliense, seguindo até aos imóveis enquadrados no inciso IV do parágrafo primeiro,
o cruzamento com a Rua Cerqueira Cesar, seguindo por esta onde qualquer intervenção somente será autorizada mediante
até a Rua Prudente de Moraes, seguindo até a Rua Salda- anuência prévia do órgão de preservação.
nha Marinho, seguindo por esta até o cruzamento com a Rua § 6º - Os imóveis ou áreas em regime de proteção decorrentes
Campos Sales, seguindo por esta até a Avenida Jerônimo de processos de tombamento em nível municipal, estadual
Gonçalves, seguindo por esta até o cruzamento com a Rua ou federal, inclusive suas áreas envoltórias, quando houver,
Santos Dumont, seguindo por esta até a Rua Augusto Seve- deverão atender às restrições impostas pelo respectivo ins-
ro, seguindo por esta até o cruzamento com a Rua Coronel trumento de tombamento, devendo ser anexado ao processo
Luiz da Cunha, seguindo por esta até o cruzamento com a o parecer dos órgãos de proteção.
Rua Castro Alves e seguindo por esta até encontrar o ponto § 7º - Os imóveis em regime de proteção decorrentes de
inicial deste polígono, sempre considerando os lados destas processos de tombamento em nível municipal, estadual ou
vias descritas; federal, poderão ter flexibilização das exigências edilícias e,
II - Área da Avenida Nove de Julho formada pelo polígono que excepcionalmente, dos parâmetros de ocupação e condições
se inicia no cruzamento entre a Avenida Nove de Julho e a de instalação definidos nesta lei complementar, devendo ser
Rua Amador Bueno, seguindo por esta até o entroncamento demonstrada a inviabilidade técnica ou impossibilidade física,
com a Rua Bernardino de Campos, seguindo por esta até o em função da preservação do imóvel.
cruzamento com a Rua Comandante Marcondes Salgado, § 8º - Aos imóveis pertencentes às ZPC compreendidos pelo
seguindo por esta até o cruzamento com a Rua Quintino Bo- parágrafo 1º deste artigo poderão ser aplicados como incentivo
caiúva, seguindo por esta até o cruzamento com a Avenida à sua preservação e valorização a Transferência de Potencial
Portugal, seguindo por esta até a Rua João Penteado, se- Construtivo (TPC) não utilizado, a ser regulamentado nos Pla-
guindo por esta até o cruzamento com a Avenida Santa Luzia, nos de Ação Regional (PAR).
seguindo por esta até o ponto inicial deste polígono, sempre § 9º - Para os imóveis definidos no inciso IV do Parágrafo 1º
considerando os lados destas vias descritas; deste artigo, além do previsto no parágrafo anterior, ficam
III - Área de Bonfim Paulista formada pelo polígono que se garantidos os seguintes benefícios, desde que solicitados e
inicia no cruzamento da Rua Izokiti Menoara com a Rua Padre autorizados pelo Poder Público e de acordo com os proce-
Manuto Amarante, seguindo por esta até o cruzamento com a dimentos estabelecidos em regulamentação específica a ser
Rua Capitão José Otero, seguindo por esta até a Rua Azárias apresentada pelo Executivo em até 180 (cento e oitenta) dias
Viêira de Almeida, seguindo por esta até o final da rua, seguin- após a promulgação desta lei complementar:
do por uma linha fictícia até o encontro com a Rua Capitão I - isenção total do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU);
Joaquim Felix, seguindo por esta até o cruzamento com a Rua II - isenção total do ISS incidente sobre os serviços específicos
Padre Paschoal Nicastro, seguindo por esta alterando seu de elaboração de projetos e serviços destinados ao restauro
nome quando passa sobre o ribeirão Preto para Rua Major e conservação do bem tombado;
Francisco Giandra, seguindo por esta até o cruzamento com a III - isenção de todas as taxas municipais incidentes nos ser-
Rua Barão de Ataliba, seguindo por esta até o entroncamento viços públicos de análise e aprovação de projetos e execução
com a Avenida Presidente Vargas, seguindo por esta até o da conservação e restauro dos bens tombados;
ponto inicial deste polígono, sempre considerando os lados IV - autorização para realização de parcerias público-priva-
destas vias descritas; das, convênios entre os proprietários do imóvel e isenção de
IV - os bens tombados, nas esferas federal, estadual e mu- taxas e emolumentos municipais para aprovação de projetos,
nicipal, isoladamente ou em conjunto, que compreendem as tramitação de documentos diversos e alvarás autorizativos se
expressões de vida e tradições que constituem a herança associados ao interesse da preservação e incentivos de uso
cultural e fazem referência à identidade, à ação e à memória ao imóvel tombado;
dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, V - programa de transferência de valores de taxas e emolu-
representados nos limites do município de Ribeirão Preto; mentos fiscais e tributários devidos por terceiros desde que
V - as áreas envoltórias no entorno dos bens tombados, in- direcionados exclusivamente e comprovadamente para a va-
dicado no inciso anterior, cujas dimensões estejam definidas lorização e recuperação física de imóveis tombados;
na respectiva resolução de tombamento; e, VI - transferência de investimentos aplicados diretamente ao
VI - demais áreas inseridas no Mapa do Patrimônio Cultural bem tombado e seu entorno imediato a descontos especí-
- MPC. ficos no imposto predial territorial urbano (IPTU) do imóvel
§ 2º - O Mapa do Patrimônio Cultural - MPC, descrito no pa- em questão;
rágrafo anterior, delimita os polígonos de interesse cultural VII - transferência de potencial construtivo adicional;
no município e será definido pelo CONPPAC-RP após apro- VIII - disponibilização de servidores públicos ou delegatários
vação do conselho por maioria absoluta, assim como suas para a elaboração de projetos de restauro ou intervenções
alterações. em edificações tombadas;
§ 3º - O MPC será publicado por meio de decreto do Poder IX - retrofit;
Executivo, no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias após X - reconversão do uso de imóvel;
a promulgação desta lei complementar e deverá ser atualizado XI - possibilidade de mudança do uso do imóvel de residencial
sempre que houver adequações técnicas e a necessidade de para não residencial para fins de exploração econômica, inde-
proteção cultural, histórica, paisagística e demais aspectos pendentemente de restrição convencional do parcelamento;
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XII - permissão para exploração empresarial nos limites fixa- em um prazo de até 2 (dois) anos após a promulgação desta
dos pelo Poder Público; Lei Complementar.
XIII - autorização para dedução do valor devido de IPTU e Seção I
ISS, vencido ou vincendo, devido por pessoas físicas ou ju- Das Macrozonas Urbanísticas
rídicas que promoverem ou patrocinarem a recuperação e a Artigo 27 - As Macrozonas Urbanísticas previstas no Plano
conservação de imóvel tombado próprio ou de terceiro, no Diretor são as Zona de Urbanização Controlada (ZUC), Zona
valor dispendido para tanto; de Urbanização Preferencial (ZUP), Zona de Urbanização
XIV - reconversão e/ou mudança de uso do imóvel, inclusive Restrita (ZUR), Zona de Amortecimento da Estação Ecológica
para fins de exploração econômica, independentemente de de Ribeirão Preto - Mata de Santa Tereza (ZMT-EERP), Zona
restrição convencional do parcelamento, respeitado os limites de Proteção Máxima (ZPM) e Zonas Especiais de Interesse
de uso previstos na legislação municipal; Social (ZEIS), delimitadas nos mapas do Plano Diretor, Lei
XV - autorização para dedução do valor devido de IPTU e Complementar nº 2.866/2018, e no Mapa 02 desta lei comple-
ISS, vencido ou vincendo, devido por pessoas físicas ou ju- mentar, norteiam as definições dos parâmetros urbanísticos
rídicas que promoverem ou patrocinarem a recuperação e a subdividindo as zonas nas UOP e TEP.
conservação de imóvel tombado próprio ou de terceiro, no Artigo 28 - Na Zona de Amortecimento da Estação Ecológica
valor despendido para tanto; e de Ribeirão Preto - Mata de Santa Tereza (ZMT-EERP) deve-
XVI - VETADO. rão ser atendidos os parâmetros urbanísticos estabelecidos no
§ 10 - Os incentivos listados no parágrafo anterior poderão seu Plano de Manejo e, quando omissos, os regramentos da
ser concedidos ao imóvel mediante a comprovação das se- zona em que estiver contida a sua região delimitada, ficando
guintes ações, nos termos da regulamentação descrita no permitida a instalação de Equipamentos Públicos Urbanos
parágrafo anterior: (EPU) e Equipamento Públicos Comunitários (EPC), nos ter-
I - apresentação de laudo atestando bom estado de conser- mos desta lei complementar, mediante análise e aprovação da
vação do imóvel, com a comprovação de preservação dos Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Secretaria Municipal
elementos e características previstas no documento de tom- de Planejamento e Desenvolvimento Urbano.
bamento; Artigo 29 - Zonas de Proteção Máxima (ZPM) estão definidas
II - aprovação de projetos de restauro ou intervenções que no Código Municipal do Meio Ambiente.
demonstrem a preservação do imóvel; § 1º - As ZPM, quando dos processos de urbanificação, po-
III - comprovação de uso e ocupação do imóvel. derão ter suas áreas computadas, em sua totalidade, como
Artigo 24 - As Zonas Industriais (ZIND) são porções do territó- Sistema de Áreas Verdes, quando da reserva de áreas livres
rio destinadas a atividades industriais, comerciais e de presta- públicas, desde que seja implantado, pelo empreendedor, Pla-
ção de serviços, admitindo-se empreendimentos enquadrados no de Recuperação Ambiental e adequação para uso público
como polo gerador de tráfego nível 1, 2 ou 3 (GIT-1, GIT-2 conforme diretrizes específicas fornecidas pelas Secretaria
ou GIT-3), sendo vedada a implantação de uso residencial, Municipal de Meio Ambiente e Secretaria Municipal de Pla-
assim subdivididas: nejamento e Desenvolvimento Urbano.
I - ZIND-1 - Zona Industrial 1 são áreas no município onde são § 2º - Para a aprovação de novos empreendimentos de ur-
autorizadas a implantação de atividades com até risco am- banificação, a localização e a forma dos corredores ecoló-
biental médio, classificadas com IRA até 3,0 (três), conforme gicos serão estabelecidas nas Diretrizes Ambientais, sendo
disposto nos quadros desta lei complementar, caracterizado possível sua reconfiguração, após avaliação de propostas de
pelo alto incômodo de utilização, o médio ou alto parâmetro alternativas locacionais e formais, pela Secretaria Municipal
de nocividade e o médio índice de periculosidade; de Meio Ambiente.
II - ZIND-2 - Zona Industrial 2 são áreas no município onde são Seção II
autorizadas, além das atividades definidas no inciso anterior Das Macrozonas Ambientais
deste artigo, a implantação das atividades com risco ambiental Artigo 30 - As Macrozonas Ambientais previstas no Plano Di-
alto, classificadas com IRA até 4,0 (quatro), considerando a retor e no Código Municipal do Meio Ambiente, são Zona de
periculosidade de grau alto, provocando grandes efeitos não Proteção Máxima (ZPM), Zona de Uso Especial (ZUE) e Zonas
minimizáveis, mesmo depois da aplicação dos métodos ade- de Uso Disciplinado (ZUD), sendo esta última subdividida em
quados de controle e tratamento de efluentes, a nocividade ZUD-1, ZUD-2, ZUD-3 E ZUD-4.
de grau elevado pela vibração e/ou ruídos fora dos limites da Parágrafo Único - Os parâmetros urbanísticos, assim como a
indústria e a incomodidade em grau elevado. reserva de Áreas Públicas, nos processos de urbanificação, se
§ 1º - As atividades classificadas com IRA igual a 5 deverão darão conforme o regramento exposto nesta lei complementar
receber análise especial da Secretaria Municipal do Meio Am- e, complementarmente, ao disposto no Código Municipal do
biente e da Secretaria Municipal de Planejamento e Desen- Meio Ambiente.
volvimento Urbano e, se autorizadas, somente poderão ser Subseção I
instaladas em ZIND-2. Do Uso e Ocupação do Solo Sustentável da ZUE
§ 2º - As residências comprovadamente existentes na ZIND Artigo 31 - Os parâmetros previstos nesta lei complementar,
na data da promulgação desta lei complementar poderão ser no Código do Meio Ambiente, no Código de Obras Municipal e
regularizadas e/ou ampliadas, não sendo permitidos novos nas demais leis correlatas para novas urbanificações na Zona
usos residenciais. de Uso Especial (ZUE) devem compor o Plano Estratégico
§ 3º - As edificações comprovadamente existentes na data da de Uso e Ocupação Sustentável da Zona de Uso Especial,
promulgação desta lei complementar, em desacordo com as conforme previsão do artigo 57 do Plano Diretor.
restrições impostas no Plano de Zoneamento de Ruídos do § 1º - Complementarmente ao disposto no Código Municipal
Aeródromo Leite Lopes, poderão ser regularizadas, desde que do Meio Ambiente, esta lei complementar define parâmetros
respeitadas as demais definições previstas na ZEA. especiais para o uso e a ocupação do solo de forma sustentá-
Artigo 25 - As atividades a serem desenvolvidas na Zona Ru- vel na Zona de Uso Especial (ZUE) que compreende a região
ral, além dos termos definidos nesta lei complementar, devem do município onde as características geológicas favorecem
seguir o Código Municipal do Meio Ambiente, as legislações a recarga do Sistema Aquífero Guarani (SAG), cujas ações e
federal e estadual pertinentes e receber a anuência da Se- atividades antrópicas são disciplinadas com vistas à proteção
cretaria Municipal de Meio Ambiente, mediante a existência e conservação do manancial de interesse regional.
de responsabilidade técnica de profissional habilitado perante § 2º - A delimitação da ZUE está demonstrada no Mapa 04 -
seu Conselho Profissional, obedecendo ao Código de Obras Zoneamento Urbanístico, conforme definido no Plano Diretor.
Municipal. Artigo 32 - A aprovação do parcelamento do solo ou de em-
Artigo 26 - O Plano Estratégico Rural, a ser elaborado nos preendimentos em glebas não parceladas na ZUE considerará
termos do Plano Diretor, Lei Complementar nº 2.866, de 2018, a classificação de recarga descrita abaixo, definida no Código
poderá estabelecer novos regramentos para as atividades a Municipal do Meio Ambiente, tendo como base suas caracte-
serem desenvolvidas na Zona Rural. rísticas hidrogeológicas:
Parágrafo Único - O Plano Estratégico Rural será elaborado I - Zona de Recarga Plena;
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II - Zona de Recarga Restrita; correlatas.
III - Zona de Aquitardo; e § 7º - Poderá ser contabilizado para o atendimento ao disposto
IV - Zona de Recarga Freática. no inciso II deste artigo a área institucional voltada exclusiva-
§ 1º - O enquadramento nas respectivas zonas de recarga, mente a Equipamentos Públicos Urbanos (EPU) componen-
nos termos do caput, será indicado pela Secretaria Municipal tes do sistema de detenção e/ou infiltração de deflúvio, até
de Meio Ambiente em processo de Diretrizes Ambientais. o limite de 8,75% (oito vírgula setenta e cinco por cento) da
§ 2º - Para as áreas enquadradas em zona de recarga plena área parcelada, desde que estejam garantidos os percentuais
ou restrita, os sistemas de drenagem de parcelamentos do definidos no parágrafo 3º, ou seja, 20% (vinte por cento) para
solo ou empreendimentos em glebas não parceladas previa- destinação de Sistemas de Espaços Livres de uso Público no
mente poderão estar associados a alternativas de infiltração local, devendo ser garantida sua permeabilidade.
e recarga artificial conforme disposto no Código Municipal do § 8º - Nos casos em que o imóvel a ser parcelado esteja
Meio Ambiente. inserido em zona de contato geológico entre as formações
§ 3º - A eficiência do sistema de infiltração e a qualidade da Serra Geral e Botucatu, aplica-se a reserva de Sistemas de
água infiltrada deverão ser garantidas por meio de dispositivos Espaços Livres de Uso Público conforme às disposições do
de controle de poluentes e monitoramento da qualidade da Código Municipal do Meio Ambiente.
água conforme determinações do Código Municipal do Meio Artigo 34 - O uso sustentável da ZUE, nos termos desta lei,
Ambiente. prevê controle das atividades não residenciais e respeitará o
Artigo 33 - Os parâmetros urbanísticos especiais para o uso e estabelecido nas Zonas de Uso incidentes, conforme disposto
a ocupação do solo de forma sustentável na ZUE estão pre- nesta lei complementar.
vistos nos Quadros 03 e 04, anexo a esta lei complementar, Parágrafo Único - A instalação e operação de atividades não
sendo que: residenciais na ZUE, mesmo permitidas nos termos desta lei
I - para empreendimentos edilícios, a Taxa de Permeabilidade complementar, poderá ser condicionada a medidas suplemen-
(TP) mínima será de 15% (quinze por cento) da área total do tares de mitigação e controle, justificadamente, a critério da
terreno para lotes de até 250 m² (duzentos e cinquenta metros Secretaria Municipal do Meio Ambiente no respectivo processo
quadrados) e 20% (vinte por cento) para as demais situações; de Licenciamento Ambiental.
II - para parcelamento do solo, a reserva de Sistema de Espa- Seção III
ços Livres de Uso Público será de 35% (trinta e cinco por cen- Dos conflitos e sobreposições de Zonas
to), a serem mantidos permeáveis, nos termos deste artigo; e, Artigo 35 - Quanto aos possíveis conflitos entre Zonas deve-se
III - a densidade Populacional Líquida máxima igual ou inferior respeitar:
650 hab/ha (seiscentos e cinquenta habitantes por hectare), I - a alteração, revisão ou supressão de qualquer parâmetro
podendo chegar a 850 hab/ha (oitocentos e cinquenta habi- urbanístico deverá estar de acordo com as determinações do
tantes por hectare) para empreendimentos enquadrados na Plano Diretor e de suas leis complementares;
Lei de Habitação de Interesse Social. II - na Zona Especial Aeroportuária (ZEA) deve se respeitar
§ 1º - A Taxa de Permeabilidade (TP) exigida no inciso I só as disposições pertinentes impostas pela legislação e regula-
poderá ser substituída por sistema de infiltração nos termos mentação federal e estadual, em especial as determinações
previstos no Código de Obras Municipal, em lotes com área do Comando da Aeronáutica e da legislação ambiental;
inferior a 1.000 m² (mil metros quadrados). III - quando uma área a ser parcelada estiver inserida em
§ 2º - Para atendimento ao inciso I, aplica-se o disposto nos mais de uma Macrozona Urbanística, Zona ou Zonas Espe-
parágrafos 3º e 4º do artigo 71 quanto aos casos de redução ciais, será necessário calcular proporcionalmente os valores
e dispensa da Taxa de Permeabilidade. percentuais de reserva de áreas públicas de cada um dos
§ 3º - A critério da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, trechos separadamente, podendo o valor resultante ser apli-
mediante a apresentação de levantamentos comprobatórios cado por trecho do terreno ou distribuído em todo o imóvel,
sob responsabilidade do empreendedor, a reserva de áreas a com a anuência da Secretaria Municipal do Meio Ambiente;
que se refere o inciso II deste artigo poderá ser assim disposta: IV - quanto ao uso e ocupação do solo, quando o lote ou a
I - quando se tratar de Zona de Recarga Plena, conforme gleba estiverem inseridos em mais de uma Macrozona Ur-
disposição do Código Municipal de Meio Ambiente, do total de banística, Zona, UOP ou TEP, prevalecerão os parâmetros
35% (trinta e cinco por cento), no mínimo 20% (vinte por cento) mais restritivos, com exceção dos casos previstos nas ZC e
da área objeto de análise deverá contemplar Espaços Livres nas Zonas Especiais;
de Uso Público, sendo facultado ao empreendedor utilizar o V - na sobreposição de regramento das ZC com as demais
residual de até 15% (quinze por cento) desta área pública zonas prevalecerá a permissão de uso e parâmetros de inco-
para implantação de projetos de recuperação ambiental e/ modidade menos restritivos entre as divergências, respeitado
ou fomento à geração e distribuição de energia renovável, o disposto no artigo 19 desta lei complementar, os parâmetros
desde que garanta a manutenção da permeabilidade do solo; de ocupação previstos em restrições cartoriais quando mais
II - quando se tratar de Zona de Recarga Restrita, Zona de restritivos e os regramentos das ZPA;
Aquitardo ou Zona de Recarga Freática, conforme disposição VI - as Zonas Especiais (ZE) se sobrepõem ao zoneamento
do Código de Meio Ambiente, do total de 35% (trinta e cinco urbano e rural podendo estabelecer tratamento diferenciado
por cento), no mínimo 20% (vinte por cento) da área objeto quanto aos parâmetros urbanísticos de uso e ocupação do
de análise deverá contemplar Espaços Livres de Uso Público, solo;
sendo facultado ao empreendedor utilizar o residual de até VII - na sobreposição de ZEIS sobre ZIND prevalecerá o uso
15% (quinze por cento) desta área pública na área objeto de não residencial, sendo vedado o parcelamento ou edificações
análise, ou metragem equivalente em área diversa inserida na com fins residenciais, estando desobrigado do enquadramento
ZUE, para implantação de projetos de recuperação ambiental da Lei Complementar nº 2.927/2018;
e/ou fomento à geração e distribuição de energia renovável, VIII - quando ocorrer sobreposição entre zoneamento esta-
desde que garanta a manutenção da permeabilidade do solo. belecido e restrições cartoriais prevalecerá os parâmetros de
§ 4º - Os projetos de recuperação ambiental que tratam do uso e ocupação mais restritivos, salvo as exceções previstas
parágrafo anterior deverão ser submetidos à análise e apro- nesta lei complementar.
vação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, obedecendo Artigo 36 - Os Conjuntos Habitacionais e Loteamentos de
ao disposto no Código Municipal do Meio Ambiente e demais Interesse Social existentes na data da promulgação desta lei
legislações correlatas. complementar passam a ter seus parâmetros de uso e ocu-
§ 5º - As áreas a que se refere o parágrafo 3º deverão ser pação regulamentados pela presente lei, ainda que possuam
doadas no processo de parcelamento e o regramento sobre restrições cartoriais, sendo que todos os lotes passam a ser
o fomento à geração e distribuição de energia renovável nele de uso misto, sendo destinados ao uso residencial unifamiliar,
descrito será regulamentado pelo Executivo Municipal. comercial e de serviços conforme o zoneamento do local onde
§ 6º - O tratamento ambiental e paisagístico dos Sistemas de estão inseridos, devendo ser atendidas as determinações do
Espaços Livres de Uso Público se dará em conformidade com Código Sanitário, Código de Obras, Código de Posturas e
o previsto no Código de Meio Ambiente e demais legislações demais normativos legais para seu funcionamento.
12 Quarta-feira, 19 de Abril de 2023
Parágrafo Único - Nos lotes dos empreendimentos que ori- parâmetros estabelecidos nesta lei complementar e desde
ginariamente foram previstas atividades não residenciais de que comprovem infraestrutura compatível.
acordo com os respectivos memoriais descritivos, serão permi- § 1º - A instalação de usos e atividades não residenciais nos
tidas, além das atividades descritas no caput, as previamente termos do caput somente será permitida em glebas na Zona
registradas. Rural com análise e autorização especiais, respeitando-se o
Artigo 37 - Nos parcelamentos do solo Chácaras Hípica, Resi- disposto nesta lei complementar, em especial o seu artigo 25.
dencial Portal dos Ipês, Recreio Humaitá, Chácaras Internacio- § 2º - Nas glebas localizadas na Zona Urbana e na Zona de
nal, Recreio Internacional, Chácaras Itambé, Recanto Cruzeiro Expansão Urbana com área inferior a 20.000 m² (vinte mil
do Sul, Recreio Itanhangá, Balneário Recreativa e Panorama metros quadrados), a implantação de empreendimentos de
somente serão admitidos o uso residencial unifamiliar, além qualquer natureza estará obrigada a garantir áreas permeáveis
das atividades previstas nos seus memoriais descritivos. interna, para a manutenção das características naturais de
Artigo 38 - Para os empreendimentos não listados no artigo permeabilidade do solo em, no mínimo, 35% (trinta e cinco por
anterior e que estejam internos ao perímetro urbano, aprova- cento) da área total do empreendimento objeto do pedido de
dos como Chácaras ou Sítios de Recreio, Lazer e/ou similares, licença ou autorização quando a gleba estiver localizada na
poderá ser admitido uso multifamiliar horizontal, misto e/ou uso ZUE e 20% (vinte por cento) nas demais zonas do município.
não residencial, respeitados os usos do zoneamento incidente, § 3º - Nas glebas com área entre 20.000 m² (vinte mil metros
inclusive desdobros e aglutinações, desde que: quadrados) e inferior a 40.000 m² (quarenta mil metros qua-
I - respeite o gabarito máximo de 4,0 m (quatro metros); drados), localizadas na Zona Urbana e na Zona de Expansão
II - possua sistema viário compatível, ampliando, se neces- Urbana, além do atendimento ao disposto o parágrafo anterior,
sário de forma a garantir as dimensões da via conforme ma- a implantação de empreendimentos não residenciais estará
nifestação da Divisão de Sistema Viário; obrigada a promover reserva de áreas públicas equivalentes a
III - atenda as exigências de infraestrutura urbana incidentes 5% (cinco por cento) da área da gleba como institucional e/ou
para a nova ocupação da área decorrente do empreendimento áreas sem afetação, conforme indicado pelo órgão municipal
a ser implantado, inclusive garantindo pavimentação para as responsável pelo planejamento urbano do município.
vias de veículos e as calçadas; § 4º - As glebas com área igual ou superior a 20.000 m² (vinte
IV - caso haja desdobros e aglutinações, respeite as dimen- mil metros quadrados) quando destinadas a uso residencial
sões estabelecidas pelo zoneamento, independentemente de ou misto e igual ou superior a 40.000 m² (quarenta mil metros
restrições cartoriais; e, quadrados) quando destinadas a uso não residencial, ou ainda
V - obedeça a demais procedimentos e regramentos inciden- as que promovam a abertura do sistema viário, deverão ser
tes ao zoneamento e às características específicas da moda- submetidas previamente a uma das modalidades de parce-
lidade desejada, descritas nesta lei complementar. lamento previstas nesta lei complementar.
§ 1º - Os empreendimentos listados no artigo anterior poderão § 5º - A reserva de espaços de uso comum destinados a lazer,
ter suas características enquadradas conforme o caput desde prevista no artigo 50, quando permeáveis, poderá ser utilizada
que atendam às seguintes condições: para atendimento ao disposto no parágrafo 2º deste artigo.
I - anuência dos proprietários dos lotes atingidos pela alte- § 6º - A infraestrutura compatível indicada no caput poderá ser
ração; complementada pelo empreendedor mediante manifestação
II - emissão de parecer técnico favorável da CCU, podendo dos órgãos competentes e deverão estar executadas para a
solicitar EIV; e, liberação do “habite-se” do empreendimento.
III - anuência expressa do Executivo. § 7º - As glebas com área igual ou superior a 40.000 m² (qua-
§ 2º - As disposições deste artigo serão regulamentadas por renta mil metros quadrados), quando destinadas a uso resi-
decreto do Poder Executivo. dencial, misto e não residencial, ou ainda as que promovam
TÍTULO III a abertura de sistema viário, deverão ser submetidas previa-
DO USO DO SOLO mente a uma das modalidades de parcelamento previstas
Artigo 39 - O uso do solo no município de Ribeirão Preto nesta lei complementar.
classifica-se em duas categorias: § 8º - A vedação prevista quanto à abertura de sistema viá-
I - uso residencial - que compreende habitações unifamiliares, rio não se aplica àquelas decorrentes de diretrizes viárias
multifamiliares (horizontais e verticais) e coletivas; e, indicadas em legislação municipal, às de relevante interesse
II - uso não residencial - que compreende atividades comer- público, mediante deliberação da CCU, ou a modificação de
ciais, de prestação de serviços, institucionais e industriais. vias existentes para atendimento de exigências técnicas dos
Parágrafo Único - No mesmo lote ou edificação é admitida órgãos responsáveis.
a instalação de mais de uma categoria ou subcategoria de § 9º - As glebas fracionadas após a publicação desta lei com-
uso, bem como a combinação de usos residenciais e não plementar deverão se enquadrar nas disposições referentes à
residenciais. dimensão original para efeitos deste artigo, devendo-se para
Artigo 40 - Ficam garantidos os direitos de uso do solo regu- isto comprovar suas dimensões e data de registro, sendo que
larmente constituídos com “Habite-se” ou “Alvará de Funciona- os demais casos seguirão os parâmetros definidos nesta lei
mento” anteriormente à publicação desta lei, ainda que em não complementar.
conformidade com o zoneamento aqui previsto, sendo vedada § 10 - Serão admitidas atividades rurais na zona urbana e
a ampliação das edificações para fins não permitidos nesta de expansão urbana, desde que respeitados os índices de
lei complementar para o referido zoneamento, ressalvando o incomodidade, nocividade e periculosidade em relação às
disposto no parágrafo único deste artigo. zonas em que se encontram, devendo possuir licenciamento
Parágrafo Único - A ampliação vedada no caput poderá ser estadual para os casos exigidos por normativos do Estado
autorizada mediante análise específica das Secretarias Mu- e obedecendo-se os termos da regulamentação específica.
nicipal do Meio Ambiente e da Secretaria Municipal de Plane- § 11 - VETADO.
jamento e Desenvolvimento Urbano quanto aos seus critérios § 12 - VETADO.
de incomodidade, nocividade, periculosidade e condições de Artigo 42 - Os empreendimentos implantados em glebas en-
instalação ou para adequação legal ou técnica, desde que não quadradas no parágrafo 2º e 4º artigo anterior deverão garantir
resulte em aumento do IRA, podendo ser compatibilizados por arborização interna ao empreendimento em pelo menos 10%
meio de medidas mitigadoras. (dez por cento) de sua área líquida, de maneira concentrada
Artigo 41 - A instalação de usos e atividades previstos neste e garantindo a total permeabilidade do solo dessa área.
Título, em lotes ou glebas na área urbana e de expansão ur- Parágrafo Único - O empreendimento poderá substituir tal
bana, ficará sujeita ao traçado das diretrizes viárias e ambien- obrigação comprovando o plantio de 3 (três) vezes a área
tais fornecidas pelo órgão competente do Poder Executivo, calculada nos termos do caput em local distinto, com regra-
devendo as áreas que compõem estas diretrizes serem de mento e localização indicados pela Secretaria Municipal do
observância obrigatória pelo empreendedor para doação ao Meio Ambiente, preferencialmente próximo ao local do em-
município e execução, respeitadas as dimensões máximas de preendimento.
tamanho da face de quadra em trezentos metros e demais Artigo 43 - É vedado todo e qualquer acesso de veículos por
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rotatórias ou vias expressas. Artigo 48 - Para enquadramento HIS, HMP, EHIS e EHMP
§ 1º - Nos casos de lotes já implantados originados em par- devem ser observadas as normas e parâmetros definidos pela
celamento do solo aprovado anteriormente a esta Lei Com- Lei Complementar nº 2.927/2018, que dispõe sobre HIS - Ha-
plementar poderá ser autorizado o acesso pela rotatória se bitação de Interesse Social ou outra que a substitua.
constatado apenas a testada por ela, mediante análise dos Artigo 49 - Para empreendimentos multifamiliares horizontais
órgãos responsáveis pela Mobilidade Urbana, pelo Sistema instalados em glebas ou lotes, com mais de 5 (cinco) unida-
Viário e pelo Trânsito e Transporte, desde que não se enqua- des, será exigida a arborização interna ao empreendimento na
dre como GIT. proporção de, no mínimo, 1 (uma) árvore para cada unidade
§ 2º - Nos empreendimentos regularmente existentes com residencial, conforme orientações da Secretaria Municipal do
acesso direto pela rotatória somente serão admitidas reformas Meio Ambiente.
e ampliações que não resultem em acréscimo na geração de Artigo 50 - Os empreendimentos Residenciais Multifamilia-
incômodo no tráfego. res com mais de 30 (trinta) unidades habitacionais deverão
§ 3º - Para empreendimentos lindeiros às vias expressas so- prever espaços de uso comum destinados a lazer, jardins e
mente serão autorizados acessos por via marginal devida- arborização, proporcionais ao tipo e porte do empreendimento.
mente implantada e entregue ao uso público. § 1º - Os empreendimentos verticais constituídos por uma
Artigo 44 - A instalação de atividades e usos em lotes onde única edificação isolada, cujas unidades estejam agrupadas
o sistema viário não seja compatível com o tipo e porte do em uma única torre, deverão destinar no mínimo 1,0 m² (um
empreendimento somente será autorizada se forem realizadas metro quadrado) por unidade residencial em relação ao dis-
as devidas adequações de dimensões e demais infraestruturas posto no caput.
às custas do solicitante requerente. § 2º - Os empreendimentos verticais constituídos por mais de
Parágrafo Único - A modificação das dimensões das vias a uma edificação ou os horizontais, deverão atender a relação
que se refere o caput deve atender toda a face de quadra do de 5,0 m² (cinco metros quadrados) por unidade, com no mí-
empreendimento até uma via de dimensão igual ou maior ao nimo ⅔ (dois terços) dessa área concentrada com dimensões
exigido para o empreendimento. mínimas que garantam um círculo com raio de 5,0 m (cinco
Artigo 45 - O acesso de veículos a qualquer empreendimen- metros), com o restante devendo ter largura mínima de 5,0
to deverá garantir a travessia de pedestres em nível, sendo m (cinco metros).
mantido o mesmo greide e o nivelamento regular da calçada, § 3º - Nos espaços previstos no caput serão permitidos usos
não sendo admissível o rebaixamento total da calçada. recreativos e esportivos, podendo ser feitas construções, afins
Parágrafo Único - Em caráter excepcional, poderá ser auto- àquelas atividades que ocupem até 50% (cinquenta por cento)
rizado mediante análise e aprovação pelos órgãos compe- da área do mesmo.
tentes o desvio da calçada, adentrando ao lote, garantindo § 4º - Somente serão computados os espaços que não se
que as doações e execução sejam de responsabilidade do caracterizem como circulação de acesso às unidades habita-
interessado. cionais, podendo este espaço, se permeável, ser contabilizado
Artigo 45-A - VETADO. para atendimento do exigido quanto à taxa de permeabilidade.
I - VETADO; Artigo 51 - Os empreendimentos multifamiliares que possuírem
II - VETADO; vias de circulação interna de acesso às unidades habitacio-
III - VETADO. nais, isoladas ou concentradas, ou aos bolsões de estaciona-
Parágrafo Único - VETADO. mento deverão atender às seguintes disposições:
CAPÍTULO I I - as vias internas deverão possuir largura mínima de 6,0 m
DOS USOS RESIDENCIAIS (seis metros) e declividade máxima de 15% (quinze por cen-
Artigo 46 - As Categorias de Uso Residencial, referenciada na to), devendo garantir acesso a todos os blocos habitacionais;
unidade habitacional, se dividem nas seguintes subcategorias: II - para empreendimentos horizontais as vias internas deverão
I - A1 - RESIDENCIAL UNIFAMILIAR, empreendimento com garantir, dos dois lados da via, passeio de no mínimo 1,20 m
uma única unidade habitacional por lote; (um metro e vinte centímetros) de largura, podendo ser ins-
II - A2 - RESIDENCIAL MULTIFAMILIAR, empreendimento talado em apenas um lado da via, quando houver unidades
com duas ou mais unidades habitacionais em um mesmo lote, habitacionais somente de um lado;
seja em edificações isoladas ou mais de uma edificação, dis- III - os bolsões de estacionamento deverão atender as dispo-
postos de forma horizontal ou vertical, incluindo o condomínio sições do Código de Obras do Município;
de lotes nos termos desta lei complementar; IV - deverá ser garantida rota acessível de pedestres, segre-
III - A3 - RESIDENCIAL COLETIVO, empreendimento com gada do leito carroçável da via interna, interligando todas as
uma única edificação destinada à moradia de grupos sociais, áreas de uso comum, inclusive os bolsões de estacionamento,
tais como, orfanatos, mosteiros, conventos, seminários, pen- e unidades habitacionais desde o acesso do empreendimento
sionatos, repúblicas e assemelhados, desde que não ultra- com a via pública; e
passem 16 (dezesseis) leitos isolados. V - a interligação da via interna do empreendimento com a via
§ 1º - As condições de instalação por subcategoria de uso pública deverá atender ao disposto do Artigo 45.
residencial encontram-se dispostas neste capítulo e no Quadro Artigo 52 - O acesso aos empreendimentos multifamiliares
05 desta lei complementar. com mais de 30 (trinta) unidades habitacionais, independente
§ 2º - Para empreendimentos lindeiros a mais de uma via o de possuir vias internas de circulação, deverá ser projetado
atendimento às condições de instalação indicadas no parágra- para a via oficial com recuo adequado, observando o disposto
fo anterior deverá considerar o acesso principal de veículos. no Código de Obras quanto à acumulação de veículos, res-
Artigo 47 - O uso residencial será autorizado em qualquer local peitando o mínimo de 5,0 m (cinco metros) do alinhamento
na zona urbana e de expansão urbana, exceto: predial ao controle de acesso.
I - nas Zonas de Proteção Máxima - ZPM; § 1º - O raio de concordância entre a via pública e a via interna
II - nas ZPA quando seus respectivos normativos disciplina- de acesso ao empreendimento será de 6,0 m (seis metros) de
dores assim definirem; um lado, quando a via estiver junto à divisa, e de 3,0 m (três
III - na ZEA; metros) de ambos os lados, quando a via estiver no meio do
IV - na ZEAD; lote ou gleba, medidos no alinhamento das guias.
V - na ZET; § 2º - Para empreendimentos com mais de 200 (duzentas)
VI - na ZEM, conforme regramento específico desta Zona; unidades o raio de concordância, entre a via pública e a via
VII - nas ZIND; e, de acesso de veículos ao condomínio será de 9,0 m (nove me-
VIII - nas áreas próximas às estações de tratamento de esgo- tros) de ambos os lados, medidos no alinhamento das guias,
to, aterros sanitários e locais de compostagem de lixo, onde o e o recuo do acesso estabelecido no caput será de no mínimo
afastamento mínimo exigido, em relação a estes equipamen- 10,0 m (dez metros).
tos, será de 200 m (duzentos metros), podendo esta distância CAPÍTULO II
ser alterada por meio de análise técnica da Secretaria Muni- DOS USOS NÃO RESIDENCIAIS
cipal do Meio Ambiente. Artigo 53 - A autorização para instalação de usos e atividades
14 Quarta-feira, 19 de Abril de 2023
não residenciais, em edificações novas ou existentes, na zona e atmosféricos; e,
urbana, de expansão urbana e na rural, de forma especial, 3. sem efeitos iminentes de periculosidade.
dependerá do cumprimento das normas urbanísticas contidas II - As atividades que apresentam risco ambiental médio po-
nesta lei complementar, no Código do Meio Ambiente e no dem ser classificadas com IRA 2,0 e 2,5, desde que tenham
Código de Obras, especialmente no que se refere aos limites as seguintes características:
máximos admissíveis de geração de incomodidade, nocivi- a) para IRA igual a 2,0:
dade e periculosidade em relação ao seu entorno, expressos 1. incomodidade de graus baixo ou médio, apresentando ní-
pelo Índice de Risco Ambiental (IRA) no qual a atividade se veis toleráveis de efluentes e/ou ruídos;
enquadre e por seu potencial como polo Gerador de Incômodo 2. nocividade de grau baixo, em razão dos efluentes hídricos,
no Tráfego (GIT). atmosféricos e exalação de odores e/ou material particulado;
§ 1º - Os usos e atividades não residenciais serão classifica- e,
dos de acordo com o Cadastro Nacional de Atividades Eco- 3. periculosidade de grau baixo, com efeitos minimizáveis pela
nômicas (CNAE) e o Índice Risco Ambiental (IRA), listados no aplicação de métodos adequados de controle e tratamento
quadro publicado em decreto específico do Poder Executivo. de efluentes.
§ 2º - Os empreendimentos que exercerem mais de uma ati- b) para IRA igual a 2,5:
vidade terão sua avaliação quanto à compatibilidade de uso 1. incomodidade de grau alto, apresentando níveis incômodos
do solo realizada pela atividade com maior IRA estabelecido de efluentes e/ou ruídos;
no local. 2. nocividade de graus baixo ou médio, em razão dos efluentes
§ 3º - Os usos e atividades não residenciais, agrupados por hídricos, atmosféricos e exalação de odores e/ou material
subcategoria de uso, serão classificados de acordo com o particulado; e,
Gerador de Incômodo de Tráfego (GIT) listados no Quadro 3. periculosidade de grau baixo, com efeitos minimizáveis pela
06, anexo a esta lei complementar. aplicação de métodos adequados de controle e tratamento
§ 4º - As classificações apresentadas nos quadros a que se de efluentes.
referem os parágrafos anteriores deste artigo poderão ser III - As atividades que apresentam risco ambiental alto podem
alteradas para níveis mais ou menos restritivos, em função de ser classificadas com IRA 3,0 e 4,0 desde que tenham as
análise especial da CCU, realizada com base nos requisitos seguintes características:
abaixo: a) para IRA igual a 3,0:
I - exigências federais, estaduais, municipais e normas da 1. incomodidade de grau alto, apresentando níveis incômodos
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e demais de efluentes e/ou ruídos;
normas pertinentes pela Secretaria Municipal de Planejamento 2. nocividade de graus médio ou alto, em razão dos efluentes
e Desenvolvimento Urbano; hídricos, atmosféricos e exalação de odores e/ou material
II - análise quanto ao índice de risco ambiental, efetuada pelo particulado; e,
setor responsável pelo Licenciamento Ambiental da Secretaria 3. periculosidade de graus baixo ou médio, com efeitos mini-
Municipal de Meio Ambiente; mizáveis pela aplicação de métodos adequados de controle
III - análise quanto ao seu potencial como polo gerador de e tratamento de efluentes.
incômodo no tráfego pelos setores responsáveis pelo Siste- b) para IRA igual a 4,0:
ma Viário da Secretaria Municipal de Planejamento e Desen- 1. incomodidade de grau alto, apresentando níveis incômodos
volvimento Urbano e pelo órgão responsável pelo Trânsito e de efluentes e/ou ruídos;
Transporte; 2. nocividade de graus médio ou alto, em razão dos efluentes
IV - análise quanto à segurança pública, a patrimônio cultural hídricos, atmosféricos e exalação de odores e/ou material
dentre outras especificidades inerentes aos usos e atividades, particulado; e,
pela Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento 3. periculosidade de graus médio ou alto, mesmo depois da
Urbano, ouvidos os órgãos envolvidos com o tema. aplicação de métodos adequados de controle e tratamento
§ 5º - As instituições de ensino, instaladas em imóveis loca- de efluentes.
lizados na UOP 01-CE, regularmente construídas até 31 de IV - As atividades que apresentam risco ambiental muito alto
outubro de 1995, ficarão desobrigadas de ofertar número mí- são classificadas com IRA 5,0 e caracterizam-se pela:
nimo de vagas de automóveis em estacionamentos coletivos a) incomodidade de grau muito alto, apresentando níveis muito
naquela região. incômodos de efluentes e/ou ruídos; e
Artigo 54 - Para fins de aplicação desta lei complementar, o b) nocividade de grau muito alto, em razão dos efluentes hí-
Índice de Risco Ambiental (IRA) adota as definições de inco- dricos, atmosféricos e exalação de odores fortes e/ou material
modidade, nocividade e periculosidade, descritas a seguir: particulado; e/ou,
I - Incomodidade é a classificação do impacto ambiental e ur- c) periculosidade de grau muito alto, mesmo depois da apli-
banístico provocado decorrente do funcionamento e operação cação de métodos adequados de controle e tratamento de
da atividade ou uso que por suas características resultam em efluentes.
desconforto ou inconveniência do bem-estar público; § 1º - Nos casos de solicitação de reclassificação do Índice de
II - Nocividade é a alteração adversa de características do Risco Ambiental (IRA) no processo de licenciamento ambiental
meio ambiente que resultem em dano de qualquer tipo; e, de atividades econômicas, a Secretaria Municipal do Meio
III - Periculosidade é a repercussão adversa que se manifesta Ambiente estabelecerá o IRA efetivo dos empreendimentos
de forma aguda e acidental sobre o meio ambiente. e atividades.
Artigo 55 - O IRA é definido em função da probabilidade de § 2º - Nos casos que envolvam ampliação do processo pro-
ocorrência de efeito adverso com determinada gravidade, de dutivo e/ou operacional, a classificação do empreendimento
acordo com os aspectos de incomodidade, de nocividade e de ou atividade deverá ser considerado o IRA efetivo.
periculosidade no meio físico natural ou construído. § 3º - O IRA efetivo é determinado a partir da aferição do
I - As atividades de risco ambiental baixo podem ser classi- risco ambiental, da duração e reversibilidade dos efeitos pro-
ficadas com IRA 1,0 e 1,5, desde que tenham as seguintes vocados pelos efluentes e da possibilidade de se prevenir os
características: efeitos adversos, mediante o uso de dispositivos instaláveis
a) para IRA igual a 1,0: e verificáveis.
1. incomodidade de grau baixo, apresentando níveis baixos Artigo 56 - Equipamentos Públicos Urbanos (EPU) são am-
de efluentes e/ou ruídos; bientes, edificados ou não, que permitam a permanência
2. nocividade de grau baixo, em razão dos efluentes hídricos humana, necessários para a instalação de infraestrutura re-
e atmosféricos; e, lacionados com o saneamento básico, a gestão de resíduos
3. sem efeitos iminentes de periculosidade. sólidos, o transporte de passageiros e de carga, a distribuição
b) para IRA igual a 1,5: de gás, a produção e distribuição de energia elétrica, a rede de
1. incomodidade de grau médio, apresentando níveis médios comunicação, a rede de dados e de fibra ótica, dentre outros
toleráveis de efluentes e/ou ruídos; serviços infraestrutura de utilidade pública.
2. nocividade de grau baixo, em razão dos efluentes hídricos Artigo 57 - Equipamentos Públicos Comunitários (EPC) são
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ambientes públicos ou sob concessão de uso, edificados ou desta lei complementar serão exigidos com base na fachada
não, que exerçam função social e que possibilitem a perma- principal do empreendimento, assim considerada a que tiver
nência humana, necessário para o atendimento da população o principal acesso de veículos e/ou pedestres ao imóvel.
e relacionados à educação, cultura, saúde, esporte, lazer, Parágrafo Único - Para atendimento às condições de insta-
bem-estar social, alimentação social e similares. lação indicadas no Quadro 06 desta lei complementar serão
Artigo 58 - As atividades não classificadas no Quadro 06 des- considerados os acessos principais de estacionamentos e
ta lei complementar poderão ter sua implantação autorizada de veículos de carga ou descarga, de acordo com o tipo de
mediante análise e enquadramento realizado pela Secretaria empreendimento.
de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Secretaria TÍTULO IV
Municipal do Meio Ambiente, ouvida a Comissão de Controle DA OCUPAÇÃO DO SOLO
Urbanístico, com base nos requisitos abaixo: Artigo 63 - São parâmetros de ocupação do solo no lote, den-
I - análise quanto ao porte, o processo operacional e o controle tre outros:
efetivo de risco ambiental; I - coeficiente de aproveitamento;
II - obediência às exigências federais, estaduais, municipais e II - taxa de ocupação;
normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT III - gabarito;
e demais normas pertinentes, com relação à emissão polui- IV - densidade populacional;
dora de qualquer natureza; V - taxa de permeabilidade; e,
III - análise de localização e de exigências sanitárias muni- VI - recuos.
cipais; § 1º - Os parâmetros de ocupação encontram-se distribuídos
IV - análise quanto ao impacto urbanístico; por UOP e TEP no Quadro 03, integrante desta lei comple-
V - análise quanto aos impactos gerados ao tráfego; e, mentar.
VI - análise quanto à segurança pública. § 2º - A ocupação do solo deverá atender a legislação munici-
Artigo 59 - Os empreendimentos enquadrados na subcategoria pal vigente e, quando mais restritivo, às restrições cartoriais,
EPU e EPC podem ser implantados em qualquer local do mu- salvo disposição específica prevista na legislação municipal
nicípio sendo que, nos casos em que haja incompatibilidades vigente.
de usos com o zoneamento, poderão ser autorizados mediante § 3º - Os Conjuntos Habitacionais e Loteamentos de Interesse
análise da Comissão de Controle Urbanístico. Social existentes na data da promulgação desta lei complemen-
Parágrafo Único - Nos casos de interesse de implantação tar, ainda que possuam restrições cartoriais, passam a ter seus
em áreas protegidas enquadradas como Zonas de Proteção parâmetros de ocupação regidos por esta lei complementar.
Máxima, observado o disposto no Código do Meio Ambiente e § 4º - Excetuado o disposto no parágrafo anterior, permane-
na legislação pertinente, os empreendimentos se sujeitarão à cem válidas as restrições de ocupação previstas em memo-
análise, manifestação e autorização de intervenção por parte riais descritivos para os lotes que tiveram seu uso alterado
da Secretaria Municipal do Meio Ambiente ou de outros órgãos por esta lei complementar.
ambientais competentes. CAPÍTULO I
Artigo 60 - Os empreendimentos, usos e atividades urbanas, DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
geradores de intensificação do tráfego de veículos automo- Artigo 64 - O coeficiente de aproveitamento é a relação entre
tores classificam-se em: a área total edificada computável e a área do terreno do em-
I - Geradores de Incômodo no Tráfego - Nível 1 (GIT-1) - usos preendimento, lote ou gleba, expressa na fórmula matemática
que, por sua natureza, ocasionam pequena intensificação abaixo:
do tráfego de automóveis e de veículos leves de carga, tais CA = AE/AT, onde:
como, furgões e caminhões de pequeno porte, e/ou trânsito CA: Coeficiente de Aproveitamento (sem unidade de me-
de pessoas; dida);
II - Geradores de Incômodo no Tráfego - Nível 2 (GIT-2) - usos AE: Área Total Edificada Computável; e,
que, por sua natureza, ocasionam média intensificação do AT: Área do Terreno do empreendimento (lote ou gleba).
tráfego de automóveis e/ou atraem veículos de carga como
caminhões, e/ou trânsito de pessoas; Equação 1 - Coeficiente de Aproveitamento
III - Geradores de Incômodo no Tráfego - Nível 3 (GIT-3) - Artigo 65 - O conceito de Coeficiente de Aproveitamento com-
usos que ocasionam grande intensificação do tráfego de au- preende:
tomóveis e transporte coletivo e/ou de cargas, dentre eles I - Coeficiente de Aproveitamento Básico (CA-B) que é o po-
shopping centers, grandes atacadistas, escolas de grande tencial construtivo gratuito inerente ao lote ou gleba urbanos,
porte, hospitais de grande porte, hipermercados de grande nos termos do Plano Diretor;
porte, terminais de carga ou passageiros e similares, e/ou II - Coeficiente de Aproveitamento Máximo (CA-Max) que é o
trânsito de pessoas. limite máximo acima do CA-B, a ser autorizado pelo Executivo
§ 1º - A classificação de usos e atividades Geradoras de Incô- Municipal por meio da aplicação de outorga onerosa do direito
modo no Tráfego (GIT) e seus respectivos parâmetros estão de construir, transferência de potencial construtivo e/ou dos
estabelecidos nos quadros integrantes desta lei complementar. incentivos das UOP e TEP, não podendo ser ultrapassado aos
§ 2º - Empreendimentos classificados como GIT deverão ser valores estabelecidos no Quadro 03 desta lei complementar,
analisados pelo órgão gestor do trânsito e transporte coletivo variando em função da zona; e,
e pela Divisão de Sistema Viário, podendo ser ouvido o De- III - Coeficiente de Aproveitamento Mínimo (CA-Min) que é o
partamento de Mobilidade Urbana. Quanto aos conflitos de limite mínimo de ocupação, sendo que, quando abaixo deste
tráfego, poderá, quando necessário, ser exigido número maior valor o imóvel poderá ser considerado subutilizado, excetuando
de vagas do que o estabelecido por esta lei complementar, as áreas onde não se aplica, tais como, os imóveis de interesse
bem como demais adequações e/ou mitigações a serem aten- ambiental, patrimônio cultural ou em áreas onde a utilização
didas no projeto, dentre outros, a localização das vagas e os seja impedida por pendências judiciais, ou que a atividade
acessos de veículos particulares e de carga. econômica não necessite de edificação para ser exercida.
Artigo 61 - Para a autorização de empreendimentos, usos Artigo 66 - Para cálculo do Coeficiente de Aproveitamento,
e atividades urbanas geradores de transporte de cargas é são consideradas áreas não computáveis:
obrigatória a reserva de área de terreno, internamente ao I - as áreas destinadas à garagem, inclusive circulação e ma-
lote, que seja suficiente para a realização de manobras e de nobra;
carga e descarga de mercadorias, com dimensão diferen- II - obras complementares definidas no Código de Obras Mu-
ciada em função das peculiaridades dos respectivos usos e nicipal;
da hierarquia funcional das vias lindeiras de circulação de III - equipamentos mecânicos destinados à acessibilidade de
veículos, conforme análise específica do órgão competente pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida;
pelo planejamento viário, trânsito e transporte coletivo. IV - as áreas de uso comum do pavimento térreo;
Artigo 62 - No caso de imóvel com testada para mais de uma V - os balcões, terraços e sacadas; e,
via, os parâmetros de incomodidade dispostos no Quadro 04 VI - as áreas não residenciais construídas no pavimento térreo
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de acesso pelo logradouro público considerada como fachada seguir os seguintes limites como gabaritos máximos, sobre-
ativa. pondo-se às definições do Quadro 03:
§ 1º - VETADO. I - 4,00 m (quatro metros) na ZPC de Bonfim Paulista (ZPC-
I - VETADO; -BP), delimitada no Mapa 04;
II - VETADO; II - 4,00 m (quatro metros) de altura ao longo da faixa de
III - VETADO. 30 (trinta) metros de largura lindeira à Rua José Bonifácio,
§ 2º - VETADO. à Avenida Nove de Julho e à Avenida Jerônimo Gonçalves;
CAPÍTULO II III - 4,00 m (quatro metros) nos parcelamentos de solo apro-
DA TAXA DE OCUPAÇÃO vados como Chácaras ou sítio de Recreio, Lazer e similar, nos
Artigo 67 - A Taxa de Ocupação (TO) do lote é a divisão entre termos previstos nos artigos 37 e 38 desta lei complementar;
a área de projeção total de todas as edificações do empreen- IV - o gabarito fixado na Lei Municipal nº 5.954/1991, de pro-
dimento no pavimento térreo e a área do terreno, expressa teção ao tráfego de micro-ondas; e,
na fórmula matemática abaixo: V - o gabarito fixado pelas disposições sobre zonas de prote-
TO = AP/AT, onde: ção de aeródromos e demais posturas da Agência Nacional
de Aviação Civil - ANAC e do Ministério da Aeronáutica.
TO: Taxa de Ocupação (expressa em porcentagem); CAPÍTULO IV
AP: Área Total da Projeção da Edificação; e, DA DENSIDADE POPULACIONAL
AT: Área do Terreno do empreendimento. Artigo 70 - Os empreendimentos habitacionais devem ser ana-
Equação 2 - Taxa de Ocupação lisados e aprovados considerando a Densidade Populacional
§ 1º - As Taxas de Ocupação Máximas (TO-Max) estão esta- Habitacional máxima das zonas onde o imóvel se localiza,
belecidas no Quadro 03 desta lei complementar. sendo medida por meio da divisão da população prevista ou
§ 2º - Para fins de cálculo da Taxa de Ocupação são consi- existente pela área total do terreno, expressa em habitantes
deradas áreas não computáveis aquelas assim definidas no por hectare (hab/ha), definida como Densidade Populacional
Código de Obras Municipal. Líquida (DPL), conforme fórmula matemática:
CAPÍTULO III DPL = P/AT, onde:
DO GABARITO
Artigo 68 - O Gabarito estabelece a altura do edifício, em me- DPL: significa densidade populacional líquida relativa a
tros lineares, e é aferida a partir do piso acabado do pavimento cada lote;
térreo até o piso acabado do último pavimento, independen- P: população estimada para o empreendimento habitacional,
temente da existência de elevador. determinada pelo número de unidades previstas, multipli-
§ 1º - Considera-se pavimento térreo aquele onde se tem o cado pelo número médio de pessoas conforme regrado no
acesso de pedestres ao edifício pelo logradouro público. parágrafo 2º deste artigo; e,
§ 2º - Quando houver mais de um acesso, o pavimento térreo AT: compreende a área do terreno no qual se deseja edificar,
será considerado aquele situado na cota do acesso informado medida em hectares.
pelo empreendedor como principal. Equação 3 - Densidade Populacional Habitacional
§ 3º - Não será computado, para fins de aferição do gabarito: § 1º - A Densidade Populacional Líquida (DPL) máxima deve
I - o subsolo, cujo piso do pavimento imediatamente superior respeitar o estabelecido pelo zoneamento conforme Quadro
(térreo), estiver até 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) 03 desta lei complementar.
acima do nível médio do passeio; § 2º - Para efeito de cálculo da Densidade Populacional Lí-
II - o último pavimento quando destinado exclusivamente para quida, será adotado:
ático, casa de máquinas ou outros ambientes de uso restrito I - o número médio de 3 (três) pessoas por unidade residen-
para atividades técnicas da edificação, sem permanência. cial; e,
§ 4º - Considera-se nível médio do passeio a média aritmética II - para os casos de edificações com até um dormitório por
entre a cota mais alta e a cota mais baixa da testada do terre- unidade residencial, o valor médio poderá ser reduzido para
no em que se situa a entrada principal de pedestres. 2 (duas) pessoas por unidade.
§ 5º - Para os casos de impedimento de escavação de subsolo CAPÍTULO V
decorrente de presença de rocha, será autorizada a implanta- DA TAXA DE PERMEABILIDADE
ção de até 2 (dois) pavimentos destinados exclusivamente à Artigo 71 - A Taxa de Permeabilidade (TP) é a divisão da
garagem, portaria de acesso ao edifício, áreas de uso comum área permeável, dentro do lote ou gleba, onde se permite a
destinadas à circulação e compartimentos sem permanên- infiltração e escoamento de água no solo, livre de qualquer
cia nos termos do Código de Obras Municipal, considerando edificação ou pavimentação, pela área total do lote ou gleba.
para aferimento do gabarito a partir do piso imediatamente § 1º - Para aplicação da TP, se deverá seguir os parâmetros
superior ao mais elevado pavimento de garagem autorizado estabelecidos no Quadro 03 desta lei complementar.
neste parágrafo. § 2º - As condições naturais de absorção das águas pluviais
§ 6º - O enquadramento do parágrafo anterior fica condiciona- nos empreendimentos poderão, como alternativa ao caput,
do à apresentação de sondagem do terreno e laudo técnico ser garantidas pelos materiais semipermeáveis e alternativas
conclusivo emitido por profissional habilitado acompanhado de de acordo com o previsto e disposto no Código de Obras e
termo de responsabilidade perante seu Conselho Profissional. demais normas técnicas vigentes, respeitado o disposto para
§ 7º - Considera-se como Gabarito Básico o valor de 10 m os imóveis na ZUE.
(dez metros) de altura para todas as edificações do Município § 3º - Nas edificações existentes na data da promulgação
de Ribeirão Preto, medidos nos termos deste artigo. desta lei, sua regularização, legalização, ampliação, reforma
§ 8º - Nos lotes lindeiros às marginais das vias expressas, às ou adaptação, a exigência de área permeável mínima será
avenidas, às avenidas parque, às vias coletoras, o gabarito reduzida pela metade.
básico somente poderá ser ultrapassado, quando estes lotes § 4º - Não se aplica o disposto neste Capítulo:
tiveram testadas mínimas de 30 m (trinta metros) para estas I - na regularização, legalização, ampliação, reforma ou adap-
vias e respeitados os recuos obrigatórios incidentes sobre o tação, cuja área total de edificação não ultrapasse a 105,00
lote. m² (cento e cinco metros quadrados) em lotes de no máximo
§ 9º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica para 250,00 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados);
os casos em que o empreendimento não possua acesso de II - na edificação existente licenciada de acordo com a legis-
veículos para a testada com a via. lação vigente anteriormente a 31 de janeiro de 2007, data da
§ 10 - Os casos não previstos pelas hipóteses acima serão entrada em vigor da Lei Complementar nº 2.157, de 2007, em
objeto de análise especial e definição da Secretaria Municipal casos de transformação ou reformas sem acréscimo de área.
de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. CAPÍTULO VI
Artigo 69 - Os gabaritos máximos das zonas estão estabele- DOS RECUOS DA EDIFICAÇÃO
cidos no Quadro 03 desta lei complementar. Artigo 72 - Os recuos da edificação em relação ao perímetro
Parágrafo Único - Para as situações abaixo descritas deve-se do lote são:
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I - recuo de vias públicas; a reutilização para o uso pretendido;
II - recuos laterais; IV - em terrenos com declividade igual ou superior a 30%
III - recuos de fundo; e, (trinta por cento), salvo se atendidas as exigências técnicas
IV - recuos entre edifícios de condomínios verticais. específicas impostas pelas autoridades competentes;
§ 1º - Os recuos mínimos indicados neste artigo deverão V - em terrenos onde a incidência de processos geológicos e
seguir os parâmetros estabelecidos no Quadro 03 desta lei geotécnicos não aconselham a edificação, conforme parecer
complementar. técnico específico do órgão competente pelo controle do meio
§ 2º - São obrigatórios os recuos mínimos nas faces lindeiras ambiente, independentemente de sua declividade, salvo os
às vias públicas, independentemente de a edificação ter frente casos em que o interessado apresentar solução técnica a
ou não para tais vias e independentemente também da via ser executada às suas expensas e aprovadas pelos órgãos
já estar implantada ou se tratar de diretrizes viárias contidas competentes;
nas diretrizes fornecidas pelo órgão municipal responsável VI - em áreas onde a poluição e/ou contaminação, em suas
pelo planejamento viário. diversas formas, impeça condições sanitárias suportáveis,
§ 3º - Os recuos exigidos no caput não serão aplicados ao sub- até a sua correção; e,
solo, enquadrado conforme artigo 68 desta lei complementar. VII - em áreas situadas em mais de um município, que devem
§ 4º - Ficam dispensadas do recuo de vias públicas, respei- ser desmembradas, antecipadamente, de forma que cada
tadas as restrições cartoriais e as condições de iluminação parcela fique, integralmente, em um único território de juris-
e ventilação necessárias e previstas no Códigos de Obras e dição municipal.
legislação pertinente, a área edificada que não ultrapassar o Artigo 76 - A Administração Municipal somente aprovará urba-
gabarito básico que: nificação em imóvel que esteja ligado à malha viária urbana
I - garantam a fachada ativa acessível ao público nos termos por meio de via pública oficial, devidamente implantada ou,
desta Lei Complementar; caso as obras e serviços de infraestrutura urbana básica,
II - garantam uso misto na edificação; e, assim como todos os custos inerentes à sua implantação,
III - possuam ou promovam o alargamento da calçada ga- incluindo nesses possíveis aquisições de áreas e/ou regula-
rantindo a largura mínima de 4m (quatro metros), nos termos rizações, forem de responsabilidade do interessado, sendo
desta lei complementar. estes executados, integralmente, às suas expensas, sem ônus
§ 5º - Será admitido o escalonamento da edificação, desde que ao município.
cada pavimento atenda ao recuo estabelecido neste artigo. § 1º - Além da infraestrutura urbana básica a que se refere
§ 6º - Ficam dispensados os recuos para as edificações tér- o caput poderão ser exigidas outras obras ou serviços de
reas destinadas às obras complementares da edificação con- infraestrutura urbana complementares, a critério da adminis-
forme disposto no Código de Obras, salvo se houver restrição tração municipal, justificadamente.
cartorial específica proibindo a implantação de tais obras con- § 2º - Na Zona de Expansão Urbana os novos empreendimen-
forme previsto neste parágrafo. tos que não sejam contíguos a empreendimentos existentes,
§ 7º - Nos lotes de esquina já implantados anteriormente a somente serão autorizados em imóveis que estejam direta-
esta lei complementar, sem indicação de chanfro ou raio de mente ligados a vias que compõem o sistema viário estrutu-
concordância, a concordância horizontal dos alinhamentos ral ou coletor, ou ao prolongamento destes, sem prejuízo do
prediais será feita por meio de chanfro, com os lados maiores disposto no caput.
ou iguais a 2,50 m (dois metros e cinquenta centímetros), Artigo 77 - A aprovação de novos empreendimentos de ur-
devendo estar fisicamente integrada ao passeio, com acesso banificação, tais como loteamentos, desmembramentos e
irrestrito, sendo admitido a ocupação de pavimento superior condomínios, deverão atender aos critérios, às exigências
em balanço, nos termos do código de obras. e às restrições desta lei complementar, no que couber, e da
TÍTULO V legislação e demais regulamentações estaduais e federais,
DA URBANIFICAÇÃO EM GERAL além dos seguintes requisitos:
Artigo 73 - A urbanificação consiste em todo empreendimento I - respeitar as faixas de Área de Preservação Permanente
de beneficiamento ou rebeneficiamento do solo para fins ur- (APP) marginais aos cursos d’água naturais, perenes e inter-
banos, tais como o parcelamento do solo para fins urbanos, mitentes e as áreas no entorno de lagos e lagoas naturais e
o reparcelamento do solo e os condomínios. de nascentes definidas pelo Código Florestal – Lei Federal nº
Parágrafo Único - As disposições presentes neste Título regu- 12.651, de 25 de maio de 2012, ao Código do Meio Ambiente
lam a atividade urbanística na Zona Urbana e de Expansão Ur- ou por legislação que venha a modificá-los, salvo regramento
bana, definidas nos incisos I e II do artigo 54 do Plano Diretor. em legislação específica;
Artigo 74 - A autorização de urbanificação estará condicionada II - as vias, quando exigidas, deverão articular-se com as vias
à manifestação dos órgãos competentes, que compõem a ad- adjacentes oficiais existentes ou projetadas, integrando-se ao
ministração pública, quanto à viabilidade técnica de implanta- sistema viário da região, harmonizando-se com a topografia
ção, ampliação e manutenção de infraestrutura urbana básica, local;
saneamento básico, e dos serviços públicos de transporte III - observar as faixas de domínio público das rodovias e
coletivo e equipamentos comunitários, nos termos previstos ferrovias, estabelecidas pelos órgãos estaduais e federais; e,
nesta lei complementar. IV - as áreas de entorno dos poços tubulares profundos em
§ 1º - A implantação de empreendimentos de urbanificação operação ou desativados deverão ser protegidas na forma
fica condicionada ao cumprimento das diretrizes ambientais, disposta no Decreto Estadual nº 32.955, de 1991, que regula-
urbanísticas, viárias e demais infraestruturas exigidas pelos menta a Lei Estadual nº 6.134, de 1988 de proteção às águas
órgãos responsáveis. subterrâneas, ou por legislação que venha a modificá-los,
§ 2º - A Administração Municipal, mediante manifestações salvo maiores exigências de legislação específica.
expressas no caput e deliberação da Secretaria Municipal Artigo 78 - O Município poderá, complementarmente, exigir a
de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, poderá sugerir reserva de faixa não edificável destinada a:
o indeferimento do pedido de urbanificação que seja consi- I - amortecimento de patrimônio cultural;
derado tecnicamente inviável ao município, encaminhando II - abastecimento de água;
parecer justificativo para deliberação final do chefe do Poder III - serviços de esgotos;
Executivo. IV - energia elétrica;
Artigo 75 - Não será permitida a urbanificação: V - coleta, retenção e infiltração de águas pluviais;
I - na Zona Rural; VI - rede de galeria de águas pluviais;
II - em terrenos alagadiços e sujeitos à inundação, antes de VII - rede de comunicação;
tomadas as providências para assegurar o escoamento das VIII - gás canalizado; e,
águas; IX - limitação administrativa prevista em regulamentação fe-
III - em terrenos suspeitos de contaminação, em terrenos deral, estadual e municipal.
contaminados e em monitoramento ambiental, sem que haja Parágrafo Único - As dimensões mínimas da faixa não edifi-
manifestação favorável do órgão ambiental competente para cável prevista no caput deverão respeitar os parâmetros téc-
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nicos indicados pela concessionária, prestadora de serviço ou às avenidas e marginais de vias expressas que compõem o
órgão regulador, executor ou gestor dos serviços ou situações sistema viário estrutural ou às vias que compõem o sistema
indicadas neste artigo. coletor, deve ter, obrigatoriamente, uso misto, salvo quando
Artigo 79 - Conforme as modalidades de urbanificação, deve- o zoneamento incidente propuser parâmetros mais restritivos.
rão ser transferidas à municipalidade as áreas destinadas ao § 1º - Poderá ser admitido, mediante análise, variação de
sistema viário, aos espaços livres de uso público, aos usos até 30% (trinta por cento) no comprimento máximo de face
institucionais e áreas sem afetação de uso específico, defini- de quadra estabelecido no inciso I para adequação do proje-
das como lotes de uso públicos, atendendo ao Quadro 03 e to urbanístico, sendo observada a adequação com a malha
demais disposições desta lei complementar. viária existente no entorno e preservação da mobilidade dos
Parágrafo Único - Passam a integrar o patrimônio público de pedestres.
domínio do município as áreas tratadas no caput deste arti- § 2º - Apenas lotes de esquina e/ou com área superior a 1.000
go, constantes do projeto e do memorial descritivo, na data m² (mil metros quadrados) poderão ter divisa para duas ou
de registro do empreendimento no Cartório de Registros de mais vias públicas, concomitantemente.
Imóveis, realizado às expensas do empreendedor. § 3º - Não estão sujeitos ao atendimento das dimensões má-
Artigo 80 - Os novos empreendimentos deverão obrigatoria- ximas estabelecidas nesta Seção e no Quadro 03 desta lei
mente estar integrados aos sistemas públicos de saneamento complementar os seguintes usos:
básico, definido como o conjunto de serviços, infraestruturas e I - base militar, corpo de bombeiros e similares;
instalações operacionais de abastecimento de água potável, II - cemitérios;
esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos III - centros de convenções;
sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, IV - clubes esportivos e clubes de campo;
salvo manifestação contrária do órgão responsável. V - estádios, autódromos e similares, parques temáticos;
Artigo 81 - A urbanificação no Município de Ribeirão Preto VI - estabelecimentos de ensino;
ocorrerá por meio das seguintes modalidades: VII - hospitais;
I - loteamento; VIII - centro de pesquisas;
II - desmembramento e remembramento; IX - shopping centers e malls;
III - conjuntos habitacionais; X - os classificados na subcategoria de EPC;
IV - desdobro e aglutinação; e, XI - os classificados na subcategoria de EPU;
V - condomínio. XII - os classificados na subcategoria de uso industrial, de-
Parágrafo Único - Será admitida a utilização, de forma inte- pósitos e comércios atacadistas de grande porte, centros de
grada e concomitante, de mais de uma modalidade acima distribuição de mercadorias;
descrita, no mesmo imóvel ou em parte dele, desde que sejam XIII - aeroporto e terminais de transportes rodoviários e fer-
atendidos todos os requisitos desta lei complementar. roviários; e,
CAPÍTULO I XIV - outros usos não residenciais que apresentem necessi-
DO PARCELAMENTO DO SOLO PARA FINS URBANOS dade de dimensionamento diferenciado para o exercício da
Artigo 82 - São entendidos como parcelamento do solo as atividade econômica pretendida devidamente justificado.
modalidades de urbanificação definidas como loteamento, Seção II
desmembramento e remembramento. Da Destinação de Sistema de Espaços Livres
Parágrafo Único - O projeto de parcelamento do solo, subme- de Uso Público, Institucionais para
tido pelo interessado à aprovação do órgão municipal com- Uso Público e Áreas sem Afetação
petente, deverá observar as disposições presentes nesta lei Artigo 85 - Ficam obrigados à reserva de áreas públicas a
complementar e demais legislações pertinentes. ser efetivada por meio de modalidade de parcelamento do
Artigo 83 - Todos os lotes e áreas públicas deverão ter frente solo nos termos da Lei Federal nº 6.766, de 1979 e desta lei
para via pública, existente ou projetada, devendo estar devi- complementar, as glebas e lotes urbanos com área superior
damente oficializada e com toda a infraestrutura implantada a 15.000 m² (quinze mil metros quadrados), exceto nos se-
para o seu recebimento. guintes casos:
§ 1º - É proibida a implantação de lotes, áreas institucionais I - o lote resultante de parcelamento do solo previsto na Lei
e áreas sem afetação: Federal nº 6.766, de 1979 e/ou legislação municipal que já
I - nos canteiros centrais e laterais das avenidas e vias ex- tenha destinado área pública;
pressas; II - imóvel tombado, mediante parecer do órgão de preser-
II - nas rotatórias; vação que ateste a impossibilidade do parcelamento ou da
III - lindeiros às vias expressas; e, destinação de área pública;
IV - nas Zonas de Proteção Máxima. III - a critério da Secretaria Municipal de Planejamento e De-
§ 2º - A proibição do § 1º com relação às vias expressas senvolvimento Urbano, reforma ou ampliação em que a confi-
permanecerá enquanto não for implantada a respectiva via guração da implantação da construção existente não permite
marginal. o parcelamento; e,
§ 3º - Serão aceitas as destinações de áreas públicas em IV - para as situações definidas no artigo 41 desta lei com-
desacordo com o caput desde que estejam adjacentes a ou- plementar.
tras áreas públicas de mesma natureza já implantadas e com Artigo 86 - Para o parcelamento do solo, deve-se garantir as
frente para via pública oficial e sejam garantidas as respectivas seguintes destinações de áreas públicas a serem doadas:
aglutinações. I - Sistema Viário, quando aplicável;
§ 4º - Os espaços livres de uso público em desacordo com o II - Área institucional destinada a Equipamentos Público Co-
caput poderão ser aceitos quando se articularem com áreas munitário (EPC) e/ou Área Sem Afetação de Uso Específico,
de interesse ambiental e mediante manifestação da Secreta- equivalente a 5% (cinco por cento); e,
ria Municipal de Meio Ambiente devendo, neste caso, serem III - Espaços Livres de Uso Público, 35% (trinta e cinco por
mantidas pelo empreendedor pelo prazo definido no Processo cento) na ZUE e 20% (vinte por cento) nas demais zonas.
de Parcelamento do Solo conforme suas particularidades, por § 1º - Para o inciso I do caput deverão ser atendidos os parâ-
mínimo de 5 (cinco) anos. metros definidos nesta lei complementar.
Seção I § 2º - Para atendimento ao inciso II, serão contabilizadas as
Das Quadras e Dos Lotes Áreas Institucionais destinadas a Equipamentos Públicos Co-
Artigo 84 - Em qualquer modalidade de urbanificação o dimen- munitários (EPC) e as Áreas Sem Afetação de uso específico,
sionamento de quadras e lotes deve observar que: que deverão atender a seguinte proporção:
I - o comprimento máximo de face de quadra é de 300 m I - nas UOP 01-CE, UOP 06-BO, UOP 07-S, UOP 16-S, UOP
(trezentos metros); 17-S, UOP 18-BP, UOP 19-S e UOP 20-O deve ser reservado,
II - a área mínima e a frente mínima do lote são definidas pela no mínimo, de 3% (três por cento) para Área Institucional e,
UOP e TEP, de acordo com o Quadro 03; e, no mínimo, 2% (dois por cento) destinado para Área Sem
III - quando o lote possuir qualquer uma de suas faces lindeiras Afetação;
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II - nas demais UOP deve ser reservado no mínimo de 5% Municipal de Meio Ambiente.
(cinco por cento) para Área Institucional; § 13 - A distribuição dos espaços livres de uso público em área
III - nos TEP deve ser reservado, no mínimo, de 3% (três verde e sistema de lazer obedecerão às diretrizes ambientais
por cento) para Área Institucional e, no mínimo, 2% (dois por e ao disposto no Código Municipal do Meio Ambiente.
cento) destinado para Área Sem Afetação. § 14 - As Zonas de Proteção Máxima - ZPM terão a destina-
§ 3º - O percentual previsto no inciso III do caput poderá ser ção de Área Verde a ser recomposta a partir de Projeto de
reduzido: Restauração Ecológica, observando as diretrizes ambientais
I - na ZUE, nos termos do artigo 33; e e o disposto no Código Municipal do Meio Ambiente.
II - fora da ZUE, proporcionalmente à destinação adicional de § 15 - A implantação de lotes com divisa para áreas verdes
área institucional quando voltada exclusivamente a Equipa- públicas só será admitida com a devida anuência da Secretaria
mentos Públicos Urbanos (EPU) componentes do sistema de Municipal de Meio Ambiente e pela Secretaria Municipal de
detenção e/ou infiltração de deflúvio, desde que seja garantida Planejamento e Desenvolvimento Urbano.
sua permeabilidade, limitando-se a 5% (cinco por cento) da § 16 - Fica dispensado dos percentuais destinados para áreas
área parcelada. institucionais, sem afetação ou espaços livres de uso público
§ 4º - Para parcelamentos de interesse social, os percentuais o imóvel que seja de propriedade ou esteja na posse do Mu-
estabelecidos nos incisos II e III do caput poderão ser reduzi- nicípio de Ribeirão Preto, bem como na hipótese do Município
dos de acordo com o estabelecido em lei municipal específica for o responsável pelo parcelamento do solo, mesmo na hi-
sobre a matéria. pótese de delegação, cabendo à Secretaria de Planejamento
§ 5º - As áreas Institucionais destinadas a Equipamentos Pú- e Desenvolvimento Urbano, justificando o interesse público
blicos Urbanos (EPU) não serão consideradas para fins de dentro do projeto de parcelamento, a definição da isenção
atendimento ao percentual mínimo estabelecido no inciso II ou os percentuais máximos e mínimos das áreas conforme
do caput. especificidades do projeto.
§ 6º - As Diretrizes Urbanísticas poderão, justificadamente, Artigo 87 - As áreas necessárias ao atendimento dos percen-
indicar a disposição e conformação dos sistemas de espaços tuais mínimos exigidos para áreas institucionais e áreas sem
livres de uso público, institucionais e áreas sem afetação, afetação poderão ser compensadas fora da área objeto do
considerando o disposto nas Diretrizes Ambientais. processo de urbanificação, de acordo com as características
§ 7º - As indicações constantes de Diretrizes Urbanísticas, do local ou do empreendimento e a critério do órgão público
previstas no parágrafo anterior, poderão ser revistas durante competente de análise, mediante a apresentação de laudo
o processo de licenciamento do empreendimento mediante técnico de profissional habilitado que a justifique e desde que
apresentação, pelo interessado, de estudos, levantamentos e seja submetido à apreciação da Comissão de Controle Urba-
justificativas quanto à demanda, localização e disponibilidade nístico (CCU), com deliberação expressa do Secretário de
de equipamentos públicos urbanos e comunitários na área Planejamento e Desenvolvimento Urbano, sendo efetuada
de influência do empreendimento, com deliberação expressa por meio das seguintes formas:
do Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. I - implantação de equipamentos públicos destinados ao es-
§ 8º - As Áreas Institucionais e as áreas sem afetação pode- porte, cultura, lazer, saúde, educação, segurança, convivência
rão ter declividades máximas de até 15% (quinze por cento). comunitária e/ou outras finalidades institucionais, mediante
§ 9º - As áreas públicas institucionais e as sem afetação, apresentação de projeto urbanístico, edilício e paisagístico que
quando da entrega ao patrimônio público, não poderão possuir garantam o atendimento à demanda, à adequação e à finali-
maciços arbóreos, fragmentos de cerrado ou outra vegetação dade do parcelamento, com prazo de execução especificado
nativa e/ou árvores isoladas imunes ao corte ou quaisquer em conjunto com cronograma de implantação do empreendi-
outros obstáculos que ultrapassem 20% (vinte por cento) de mento, validados pela Secretaria Municipal de Planejamento
sua área total, desde que se garanta a área livre e edificável, e Desenvolvimento Urbano;
mínima, de 1.000 m² (mil metros quadrados), exceto quando, II - doação ao Município de áreas públicas em regiões que
cumulativamente: apresentem déficits de atendimento à demanda existente, em
I - represente área de interesse ambiental expresso pela Se- detrimento da região do empreendimento a ser implantado,
cretaria Municipal de Meio Ambiente; caso os padrões de atendimento dos equipamentos públicos
II - a área a ser parcelada possua condicionantes ambientais, comunitários desta última sejam considerados satisfatórios,
indicados em Diretrizes Ambientais, que superem os percen- sempre a critério do Poder Executivo Municipal;
tuais a serem doados como sistema de Espaços Livres de Uso III - conversão do valor das áreas públicas a serem doadas
Público, definidos no inciso III do caput deste artigo; em recursos financeiros destinados ao Fundo Municipal de
III - possa receber usos institucionais que demandem pouca Desenvolvimento Urbano.
área edificada, inclusive de lazer; § 1º - O laudo técnico de profissional habilitado referido no
IV - se comprove, por meio de levantamentos e estudos, às caput deverá ser embasado pelas manifestações técnicas da
expensas do interessado, que a região é bem servida por equi- Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Ur-
pamentos públicos e comunitários que demandam grandes bano e das Secretarias Municipais da Educação, da Saúde e
áreas edificadas ou a disponibilidade de áreas institucionais da Assistência Social, no tocante ao planejamento, verificação
para este fim; e, e previsão de demanda de serviços públicos, considerando a
V - a área seja qualificada pelo empreendedor para receber natureza do empreendimento e a existência destes serviços
o uso definido no processo de licenciamento. no seu entorno.
§ 10 - As áreas Institucionais e áreas sem afetação deverão, § 2º - Constatada demanda negativa ou a suficiência de ser-
quando possível tecnicamente, observar a proporção de uma viços públicos, a CCU deverá, com base no laudo técnico
vez o tamanho da testada para três vezes a profundidade do de profissional habilitado, opinar sobre a compensação nas
lote e a testada mínima de 20 m (vinte metros), exceto quando formas estabelecidas no caput, indicando, conforme o caso,
implantadas junto a outra área institucional existente, garan- os locais e ou obras para atendimento dos incisos I e II, sub-
tindo área mínima de 1.000 m² (mil metros quadrados), desde metendo à deliberação do Secretário de Planejamento e De-
que respeitados os percentuais exigidos por esta legislação. senvolvimento Urbano.
§ 11 - Somente serão computadas para fins de atendimento Artigo 88 - Todas as formas de compensação, definidas nesta
dos percentuais mínimos do Sistema de Espaços Livres de Seção, terão como base a equivalência financeira do valor
Uso Público áreas com formato que permita a inscrição de da área a ser compensada, definida por análise técnica e
um círculo com raio de 10 m (dez metros) e largura mínima laudo técnico de avaliação de imóvel emitido pela Secreta-
de 10 m (dez metros), exceto quando implantado junto a outro ria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano,
Espaço Livres de Uso Público existente ou projetado, desde considerada urbanificada, independentemente da metragem
que a área resultante atenda ao disposto neste parágrafo. original e de destinação, e sua aplicação deverá ser objeto
§ 12 - Os sistemas de lazer poderão compreender declividade de regulamentação específica.
superior a 15% (quinze por cento) somente se houver inte- Artigo 89 - É de responsabilidade do empreendedor o cum-
resse paisagístico ou ambiental reconhecido pela Secretaria primento dos termos de compromisso firmados quando da
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aprovação do empreendimento, assim como a execução dualmente, pelo órgão competente municipal.
de toda a infraestrutura, o sistema viário e sua arborização, § 2º - A concordância do alinhamento predial, nas esquinas,
bem como a arborização e paisagismo do sistema de áreas se dará por meio de chanfro, em único segmento, sem que
verdes e de lazer e demais itens previstos neste Título, nas ocorra o estreitamento da calçada lindeira.
áreas públicas, quando exigidas suas reservas, o destaque Artigo 93 - As calçadas das vias urbanas lindeiras às rodovias
e a individualização do registro das mesmas perante o Oficial estaduais internas ao município não devem ser pavimenta-
de Registro de Imóveis, sendo essas condicionantes para a das, desestimulando a circulação de pedestres e ampliando
emissão dos Termos de Verificação de Obras. a segurança dos usuários nestes locais.
Seção III Parágrafo Único - Nos trechos onde houver dispositivos rodo-
Do Sistema Viário viários ou demandas urbanas para transposição da rodovia
Artigo 90 - As vias que compõem o sistema viário, destinadas por pedestres e ciclistas, o empreendimento deverá buscar
ao uso público dos empreendimentos de urbanificação, devem soluções junto aos órgãos competentes visando a segurança
promover a articulação com as vias adjacentes oficiais, exis- dos usuários.
tentes ou projetadas, observadas as condições topográficas Artigo 94 - Nas esquinas das vias públicas, assim como nos
do terreno. canteiros centrais das avenidas, o empreendedor deverá pre-
§ 1º - Essas vias são classificadas conforme hierarquia física ver e executar dispositivo que garanta a autonomia e segu-
e/ou funcional e devem atender às especificações técnicas e rança na travessia de pessoas, incluídas as com deficiência
ou mobilidade reduzida, de acordo com a legislação vigente
operacionais constantes dos Quadros 08 e 09 desta lei com-
e com as normas da ABNT.
plementar.
Artigo 95 - A interseção entre avenidas, em novos parcela-
§ 2º - As vias de que trata o caput serão transferidas para o mentos do solo, poderá se dar:
patrimônio do município, com toda infraestrutura urbana inci- I - por cruzamento direto desde que estabelecidas alças de
dente implantada, conforme determinação dos órgãos públicos retorno, para todos os sentidos de tráfego, por meio de vias
competentes, devendo ser efetivada por parte do interessado, locais que delimitam quadras com testada mínima de 80,0 m
mediante registro público, sem quaisquer ônus à municipali- (oitenta metros) e máxima de 120,0 m (cento e vinte metros)
dade, em processo administrativo próprio. nessas avenidas;
§ 3º - Para todas as modalidades de parcelamento, será II - por meio de praças rotatórias, com raio externo mínimo
obrigatória a solicitação de diretrizes viárias e aplicação, na de 75,0m (setenta e cinco metros); e,
elaboração do projeto urbanístico, sob pena de indeferimento III - por dispositivo equivalente, conforme exposto em diretrizes
do pedido. viárias ou proposta do interessado aprovada no processo de
§ 4º - Para novos empreendimentos contíguos às áreas urba- parcelamento.
nificadas ou aos empreendimentos com Certificado de Viabi- § 1º - O alinhamento predial dos lotes, na interseção descrita
lidade Urbanística em validade, o traçado de prolongamento no inciso I do caput deverá ser por chanfro, em único segmen-
das vias e/ou a solução de retorno daquelas que não sofrerão to, com distanciamento mínimo de 50,0 m (cinquenta metros)
continuação deverão obedecer às determinações fornecidas medido a partir do centro de cruzamento das avenidas, visan-
pelo órgão competente pelo planejamento do sistema viário. do a ampliação das calçadas, nas esquinas, e a criação de
Artigo 91 - Nos empreendimentos de urbanificação, a implan- largos destinados aos pedestres.
tação de todo o sistema viário incidente, público ou privado, § 2º - Para o alinhamento predial, descrito no parágrafo ante-
assim como a respectiva infraestrutura básica, pavimentações rior, é dispensado o recuo frontal para edificações com gaba-
e tratamento paisagístico, é de responsabilidade do empreen- rito máximo de 21,0 m (vinte e um metros), desde que ali se
dedor, sem ônus ao município. constitua fachada ativa, sendo vedado o acesso de veículos
§ 1º - Não é permitido o prolongamento de qualquer via, exis- pela testada chanfrada.
tente ou projetada, com redução de sua largura. § 3º - Nas avenidas existentes com faixa destinada a corredor
§ 2º - Em situações excepcionais, decorrentes de fatores am- de ônibus, o distanciamento para a configuração do chanfro
bientais, estruturais ou de atos do Poder Público alheios ao poderá ser superior a 50,0 m (cinquenta metros), observando
conhecimento do empreendedor, poderá a CCU, baseada em as disposições constantes no Plano de Mobilidade Urbana e
manifestação técnica fundamentada do GAPE, sendo ouvidos, outras legislações correlatas.
se necessário, os setores técnicos competentes, autorizar o Artigo 96 - As áreas que compõem as praças rotatórias e os
prolongamento da via existente ou projetada com redução canteiros centrais das avenidas serão computadas como siste-
de sua largura. ma viário, devendo receber tratamento paisagístico aprovado
§ 3º - Para empreendimentos enquadrados na Lei de HIS, em pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
situações excepcionais, decorrentes de fatores ambientais Artigo 97 - É proibido todo e qualquer tipo de acesso direto
aos lotes nas vias expressas e rotatórias.
ou obstáculos onerosos ao meio ambiente, o empreendedor
Artigo 98 - À margem das áreas de domínio das estradas de
poderá solicitar alteração do traçado das diretrizes viárias, de
ferro e rodovias é obrigatória reserva de faixa de terreno não
modo que seja possível a modificação do traçado do sistema
edificável, inicialmente destinada para a implantação de via
viário com menor impacto ao meio ambiente. de circulação, com as seguintes larguras:
Artigo 92 - Nas interseções viárias, o raio de concordância I - mínimo de 20,0 m (vinte metros) nas áreas industriais; e,
das esquinas, como base para o alinhamento das guias, será II - mínimo de 15,0 m (quinze metros) nas demais áreas.
dimensionado de acordo com as categorias de vias, definidas § 1º - Ao longo das faixas de domínio das estradas de ferro,
no Plano Diretor, conforme apresentado abaixo: que sejam de interesse cultural ou patrimonial, a reserva de
RAIOS DE CURVATURAS DAS ESQUINAS (metros)
faixa de terreno não edificável poderá ser destinada à implan-
tação de sistema de lazer mediante diretrizes da Secretaria
VIA LOCAL/ AVENIDA/ Municipal de Meio Ambiente e anuência do órgão responsável
VIA DE VIA VIA
DE/PARA VIA AVENIDA pelo planejamento do sistema viário e dos órgãos estaduais
ACESSO COLETORA EXPRESSA
PARQUE PARQUE
e federais responsáveis pela rodovia e pela estrada de ferro.
VIA DE ACESSO 5 6 N.S.A. N.S.A. N.S.A. § 2º - Nos parcelamentos já implantados nas zonas urbana e
VIA LOCAL/ VIA
6 6 7 9 N.S.A.
de expansão urbana, mediante análise especial e aprovação
PARQUE da Comissão de Controle Urbanístico, a reserva da faixa de
VIA COLETORA N.S.A. 7 9 9 10,5 terreno não edificável ao longo das faixas de domínio público
AVENIDA/ das rodovias poderá ser reduzida até o limite mínimo de 5,0
AVENIDA N.S.A. 9 9 10,5 12 m (cinco metros).
PARQUE Artigo 99 - Paralelamente às áreas destinadas às servidões
referentes aos dutos ou às linhas de transmissão de energia
VIA EXPRESSA N.S.A. N.S.A. 10,5 12 12
elétrica, poderá ser reservada faixa de terreno não edificável,
Tabela 1 - Raios de Curvaturas das Esquinas. com largura mínima de 15,0 m (quinze metros) de cada lado,
§ 1º - As esquinas, nos cruzamentos esconsos, deverão ter destinada à implantação de via de circulação, conforme diretri-
seu projeto e implantação analisados e autorizados, indivi- zes do órgão responsável pelo planejamento do sistema viário,
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salvo normativa específica e mais restritiva da concessionária II - obras de contenção de taludes e aterros, assim como
ou órgão responsável. de proteção às áreas terraplanadas, destinados a evitar des-
Artigo 100 - A praça de retorno, denominada cul-de-sac, das moronamento e o assoreamento de corpos d’água, além de
ruas sem saída, terá raio mínimo de 10,0 m (dez metros), outras exigências apresentadas pela Prefeitura Municipal, ob-
conforme autorização específica do órgão responsável pelo servadas as Diretrizes Ambientais e as disposições do Código
planejamento do sistema viário. Municipal do Meio Ambiente;
§ 1º - As vias a serem implantadas com praça de retorno de- III - demarcação de lotes, quadras e logradouros com a colo-
verão ter comprimento máximo de 150m (cento e cinquenta cação de marcos de concreto;
metros). IV - construção do sistema público de escoamento de águas
§ 2º - Excepcionalmente, serão admitidas vias com praças pluviais, inclusive galerias, bocas de lobos, guias e sarjetas,
de retorno de comprimento máximo de 200,0 m (duzentos canaletas ou outro sistema, conforme padrões técnicos fixados
metros) desde que terminadas em espaços livres de uso pú- pelos órgãos competentes e/ou pelo Poder Executivo;
blico, garantindo a mobilidade para pedestres e veículos não V - execução de sistema estrutural de detenção ou de infil-
motorizados. tração e/ou retenção/retardamento de deflúvio, atendendo as
Artigo 101 - Visando prover adequada infraestrutura e mitiga- normas técnicas e especificações formuladas pelos órgãos
ção dos custos de manutenção do sistema, não será admitida competentes, integrado ao sistema público descrito no inciso
a implantação de duas ou mais vias públicas paralelas, ou IV, preservando as áreas das obras de Macrodrenagem, ob-
de vias separadas apenas por canteiro estreito e/ou que seja servadas as Diretrizes Ambientais e as disposições do Código
caracterizada como infraestrutura subutilizada. Municipal do Meio Ambiente;
§ 1º - Entende-se por canteiro estreito todas as áreas que VI - construção do sistema público de esgotamento sanitário,
não possam ser enquadradas como área verde e sistema de com as respectivas derivações prediais, de acordo com nor-
lazer, ainda que vegetadas. mas e padrões técnicos da Associação Brasileira de Normas
§ 2º - Entende-se por via caracterizada como infraestrutura Técnicas ABNT e da Secretaria Municipal de Águas e Esgotos,
subutilizada aquela que não oferte, em todo o seu compri- sendo que todo o esgoto sanitário do empreendimento deverá
mento, alinhamento e acesso, quer seja para lotes, glebas, ser tratado;
ou áreas públicas institucionais, áreas sem afetação, áreas VII - construção do sistema público de abastecimento de água
verdes e sistema de lazer. potável com as respectivas derivações prediais, além das ne-
§ 3º - Excepcionalmente poderá ser admitida implantação de cessárias à instalação de hidrantes em conformidade com as
via, conforme definida no caput, quando justificada necessida- normas e orientações do Corpo de Bombeiros, e, quando for
de de prover medida, ou dispositivo, de prevenção de conflito o caso, captação, recalque e reservação de água, tudo de
ou segurança do trânsito. acordo com os padrões técnicos da Associação Brasileira de
§ 4º - Excetuam-se do disposto no caput as vias caracteriza- Normas Técnicas - ABNT e da Secretaria Municipal de Águas
das como marginais das vias expressas, as praças rotatórias, e Esgotos;
avenidas, e as lindeiras às áreas não edificáveis de faixas de VIII - implantação da rede de energia elétrica e iluminação
domínio ou de servidão de dutos ou linhas de transmissão pública em conformidade com os padrões técnicos fixados
de energia. por órgão, entidade pública competente ou concessionária e
Artigo 102 - O projeto de novas vias deverá prever a implan- pela Secretaria Municipal de Obras Públicas;
tação simultânea de ciclovias, conforme especificações es- IX - pavimentação do leito carroçável com asfalto, paralelepí-
tabelecidas nas diretrizes viárias e na Política de Mobilidade pedos ou outros materiais, aprovados pela Secretaria Muni-
Urbana de Ribeirão Preto. cipal de Obras Públicas mediante demonstrativos técnicos
Parágrafo Único - As ciclovias deverão ser computadas como da resistência e estabilidade, considerando a topografia e o
áreas do sistema viário. clima da cidade, dando preferência àqueles que permitam
Artigo 103 - A Prefeitura Municipal, em casos de necessidade maior durabilidade, melhor custo-benefício na manutenção
e interesse público, poderá prolongar ou abrir vias públicas, e a infiltração das águas pluviais no solo, conforme seja de-
conforme previsão do Plano Viário, por meio de desapropria- terminado pelo órgão competente da Prefeitura Municipal,
ção, recebimento em doação ou utilizando-se de instrumentos garantindo a uniformidade dos materiais e acessibilidade nos
urbanísticos previstos no Plano Diretor e na legislação vigente. trechos de travessia do leito, de acordo com os padrões téc-
§ 1º - Os imóveis lindeiros ou resultantes da abertura da via, se nicos da ABNT e sistema de ciclovias quando assim exigido,
e quando parcelados ou edificados, deverão submeter-se às de acordo com os manuais técnicos da Secretaria Municipal
disposições e trâmites previstos na legislação municipal apli- de Obras Públicas;
cável, sendo levado em conta a situação inicial da gleba, ou X - pavimentação de no mínimo 1,50 m (um metro e cinquenta
seja, antes do prolongamento ou abertura das vias, excetuado centímetros) do passeio das calçadas, destinado ao trânsito
quando previsão em contrário constar em escritura pública. de pedestres, com materiais regulares, firmes, estáveis e an-
§ 2º - O pagamento integral da justa indenização do imóvel tiderrapantes, livre de qualquer obstáculo para a mobilidade
desapropriado e demais custos do procedimento expropriató- de pessoas, em conformidade com as normas da ABNT, em
rio e a execução e implantação do prolongamento ou abertura especial a NBR 9050, inclusive os dispositivos de travessia
de via poderá ser custeada por terceiros, à critério da Secre- nas esquinas por meio de rebaixamento de guias ou faixas
taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, elevadas, considerando o disposto na seção anterior quanto
como medidas mitigatórias, contrapartidas, condicionantes de às calçadas que margeiam rodovias;
aprovação, compensações ou doações. XI - iluminação pública nos passeios, nos Espaços Livres de
§ 3º - Fica autorizada a Prefeitura Municipal a compensar Uso público e nos equipamentos comunitários, que garantam
valores despendidos por terceiros nos termos dos parágrafos a utilização e a segurança na mobilidade das pessoas;
anteriores por meio de compensação não-tributária ou tributá- XII - sinalização de trânsito em placas verticais, faixas de
ria de impostos, taxas e contribuição de melhoria, vencidos ou solo e placas toponímicas, nos termos da legislação em vigor,
vincendos, na forma do Código Tributário Municipal e emissão assumindo todos os custos de projeto, execução, implantação
de Certificado de Transferência de Potencial Construtivo, con- deste, mediante apresentação de projeto específico de sinali-
forme previsto nesta lei complementar. zação para o empreendimento e sua conexão com o entorno,
§ 4º - As obrigações do parágrafo 2º constarão em Termo de obedecendo aos normativos técnicos do Conselho Nacional
Compromisso a ser firmado junto à Secretaria Municipal de de Trânsito - CONTRAN, ao Código Nacional de Trânsito e
Planejamento e Desenvolvimento Urbano. regulamentação específica;
Seção IV XIII - tratamento e qualificação dos espaços livres de uso
Das Obras de Infraestrutura Urbana Pública público, com a implantação de Projeto de Paisagismo e ar-
Artigo 104 - Os empreendimentos de urbanificação deverão borização das ruas e avenidas, aprovado em conformidade
implantar as seguintes obras e equipamentos públicos urba- com as Diretrizes Ambientais e disposições do Código do Meio
nos, de acordo com os projetos executivos aprovados: Ambiente.
I - abertura de vias de circulação e de acesso com implantação § 1º - Os sistemas de abastecimento de água e de coleta,
das pavimentações, guias, sarjetas, passeios acessíveis e, se elevação e afastamento de esgotos, bem como o sistema
exigido, sistema cicloviário; de drenagem deverão obedecer também a outras exigências
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técnicas que forem necessárias, conforme indicação de órgãos licenciamento ambiental conforme a legislação vigente.
ou entidades públicas competentes. Parágrafo Único - Todos os custos e procedimentos para via-
§ 2º - As calçadas mencionadas no inciso X deste artigo bilizar o estabelecido e aprovado nas obrigações dos itens
abrangem as das áreas institucionais, espaços livres de uso deste artigo correrão por conta do empreendimento e seus
público e das áreas sem afetação, e devem oferecer condi- responsáveis.
ções de caminhabilidade, segurança e conforto garantidas Artigo 108 - Nos parcelamentos para fins industriais é obri-
pela escolha adequada de pisos, ausência de obstáculos ou gatória reserva de uma faixa mínima de 20 m (vinte metros)
degraus entre os terrenos e com a implantação de mobiliário de largura ao longo das divisas com as Zonas de Uso Misto
urbano, arborização e vegetação dispostas de forma a não (ZM-1, ZM-2, ZM-3 e ZM-4), destinada à implantação de cin-
apresentar insegurança ao pedestre, tampouco às pessoas turão verde ou de sistema viário para mitigação de impactos
com deficiência ou mobilidade reduzida, no atendimento à Lei inerentes às atividades industriais.
Federal nº 13.146/2015. Parágrafo Único - Quando a gleba a ser parcelada tiver parte
§ 3º - As calçadas lindeiras aos lotes serão obrigatórias nos da sua área localizada fora de Zona Industrial deverá, obri-
padrões previstos no código de obras e deverão ser executa- gatoriamente, ser reservada faixa de 20,0 m (vinte metros)
das até 1 (um) ano após o recebimento do empreendimento destinada a cinturão verde na divisa da ZIND com o restante
ou na retirada do habite-se das edificações, o que ocorrer da gleba.
primeiro, devendo estar esta obrigação descrita no contrato Artigo 109 - Os loteamentos industriais deverão apresentar
de compra e venda dos lotes a ser levado a registro do lo-
restrição de parâmetros de uso do solo de forma que os usos
teamento.
previstos e futuramente instalados sejam compatíveis com os
§ 4º - As obras enumeradas neste artigo deverão ser executa-
das sob a responsabilidade do empreendedor após o decreto usos existentes ou previstos no seu entorno, de acordo com
de Aprovação do Empreendimento. a graduação do risco ambiental, sobretudo quanto à incomo-
§ 5º - Nos loteamentos para fins urbanos, o empreendedor didade, avaliada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
deverá executar, no mínimo, as obras e os equipamentos Seção VII
públicos urbanos relacionados neste artigo. Do Parcelamento do solo para implantação
§ 6º - Nas demais modalidades de urbanificação o empreen- de Chácaras ou Sítios de Recreio
dedor deverá executar as obras e os equipamentos públi- Artigo 110 - Os parcelamentos de solo destinados a chácaras
cos urbanos relacionados neste artigo, incidentes no imóvel ou sítios de recreio só serão permitidos na Zona de Expansão
ou intrínsecos à viabilidade do empreendimento, conforme Urbana do Município.
determinação dos órgãos responsáveis mediante diretrizes Artigo 111 - A área mínima destinada a chácaras ou sítios de
municipais. recreio será de 1.500,00 m² (mil e quinhentos metros quadra-
§ 7º - As obras a que se refere este artigo deverão seguir o dos), com frente mínima de 20 m (vinte metros).
cronograma físico financeiro do empreendimento e possuir Artigo 112 - Os parcelamentos de solo a que se refere esta
documento de responsabilidade técnica (ART, RRT ou TRT) Seção deverão atender aos mesmos requisitos exigidos para
do profissional perante seu Conselho de Classe, devendo este o loteamento quanto às disposições gerais, ao comprimento
profissional informar à Prefeitura Municipal a data de início máximo de quadra em 300,0 m (trezentos metros), ao sistema
das obras, respeitando os prazos estabelecidos no Título VIII, viário, às reservas de áreas destinadas ao uso público, em
Capítulo II, Seção IV - Da Garantia das Obras. conformidade com as zonas em que se encontrarem.
§ 8º - Excepcionalmente, nos casos de inviabilidade de utiliza- Parágrafo Único - Quanto às obras de infraestrutura, estes
ção por parte do Poder Público, por prazo indeterminado, de parcelamentos deverão atender ao disposto no artigo 104, da
obras ou equipamentos públicos urbanos, de que trata este Seção IV deste Capítulo, exceto quanto ao inciso IX, poden-
artigo, que dependam da continuidade e ou interligação às do o órgão público municipal responsável pela aprovação do
infraestruturas urbanas existentes, especialmente às relacio- parcelamento dispensar a pavimentação das ruas de trânsito
nadas ao sistema viário, poderá ser determinada à não execu- local, desde que:
ção, por deliberação da Secretaria Municipal de Planejamento I - as declividades do sistema viário respeitem os parâmetros
e Desenvolvimento Urbano, desde que o valor relativo aos estabelecidos nos Quadros 08 e 09 desta lei complementar;
custos de implantação dessas obras e equipamentos urbanos II - seja implantado tratamento primário da pista de rolamento;
do empreendimento seja depositado ao FUNDURB, sem pre- III - seja implantado sistema de drenagem que previna o de-
juízo da devida destinação de área no local, conforme o caso. senvolvimento de processos erosivos e garantam a trafega-
§ 9º - VETADO. bilidade e segurança; e,
Artigo 105 - O dimensionamento das infraestruturas do par- IV - o calçamento dos passeios seja executado pelo empreen-
celamento deverá considerar a população prevista quando da dedor de forma possibilitar boas condições de circulação de
consolidação do empreendimento, em função do tipo de uso
pedestres e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
e ocupação dos lotes projetados.
Parágrafo Único - As vias estruturais e coletoras definidas nas
Parágrafo Único - O cálculo adotado para determinação da
Diretrizes Viárias incidentes ao empreendimento deverão ser
população de projeto deverá ser apresentado e justificado,
tomando como base os critérios estabelecidos pelo órgão entregues com toda infraestrutura completa ao uso público.
responsável pelos serviços de abastecimento de água e es- Artigo 113 - Nos lotes oriundos de novos parcelamentos rea-
gotamento sanitário do município, e na ausência deste, o valor lizados na modalidade prevista nesta Seção, somente será
publicado no último censo do IBGE. admitido o uso residencial unifamiliar.
Seção V Seção VIII
Dos Empreendimentos de Interesse Social Do Desmembramento, Desdobro e da Aglutinação
Artigo 106 - O parcelamento do solo para a produção de Artigo 114 - O desmembramento de glebas, assim como o
habitação de interesse social, conforme disposto na Política desdobro e a aglutinação de lotes somente serão permitidos
Habitacional estabelecida pelo Plano Diretor, deverá observar desde que todos os imóveis resultantes tenham frente para
os parâmetros urbanísticos e ambientais desta lei comple- via pública oficial.
mentar, podendo utilizar os parâmetros especiais dispostos Artigo 115 - É proibida a aprovação de desmembramento de
pela Lei Complementar nº 2.927/2018, ou quaisquer outras glebas, assim como desdobro e aglutinação de lotes:
equivalentes, desde que atendidas as proporções de lotes I - com frente para via pública ainda não oficializada e im-
a ser destinada para as diferentes classes de HIS e demais plantada;
condicionantes da referida lei. II - que resulte em imóvel com frente para viela sanitária e/ou
Seção VI servidão de passagem; e,
Do Parcelamento do solo para III - que resulte em lotes com frente para vias expressas e
implantação de uso Industrial rotatórias sem que a via marginal esteja implantada no local.
Artigo 107 - A aprovação de qualquer parcelamento para fins Parágrafo Único - Para fins de aplicação do inciso I, enten-
industriais, enquadra-se como empreendimento de impacto de-se por via pública oficial como aquela declarada e reco-
urbanístico e ambiental, ficando sujeito à apreciação e apro- nhecida por ato do Poder Público e que esteja aquela aberta
vação pela Comissão de Controle Urbanístico, garantido o e entregue ao uso público.
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Artigo 116 - O desmembramento e aglutinação de glebas, Artigo 123 - Os lotes resultantes de desdobro, desmembra-
assim como desdobro e aglutinação de lotes obedecerão à mento ou aglutinação deverão ter dimensões mínimas e má-
legislação municipal e supletivamente às restrições do loteador ximas estabelecidas no Quadro 03 desta lei complementar.
registradas em cartório, quando existentes. § 1º - É autorizado o desdobro ou desmembramento abaixo
Parágrafo Único - Para o desmembramento e aglutinação das dimensões mínimas desde que condicionado a imediata
de glebas, assim como desdobro e aglutinação de lotes, to- aglutinação ou fusão em outro imóvel, em ato jurídico simultâ-
dos descritos no caput deste artigo, as restrições do loteador neo no mesmo processo e desde que os imóveis resultantes
registradas em cartório não se aplicam aos bairros Cândido atendam às dimensões mínimas exigidas.
Portinari e Parque São Sebastião. § 2º - O deferimento do pedido previsto no parágrafo anterior
Artigo 117 - Na aglutinação de lotes que apresentem restrições fica condicionado à análise técnica da Secretaria Municipal
de parâmetros urbanísticos e de instalação de uso distintos de Planejamento e Desenvolvimento Urbano.
prevalecerá aquelas que forem mais restritivas. § 3º - A não concretização do desdobro e fusão menciona-
Artigo 118 - Quando necessário, os desmembramentos, as- dos no parágrafo 1º deste artigo, em ato jurídico simultâneo
sim como os desdobros, estarão sujeitos à implantação ou no registro imobiliário acarretará a invalidade e anulação da
complementação de infraestrutura, devendo o proprietário certidão municipal.
ou empreendedor arcar com as despesas decorrentes das § 4º - Será autorizada a aglutinação de lotes existentes que
mesmas, conforme disposto nesta lei complementar. não atendam a testada ou área mínima estabelecidas no
§ 1º - A necessidade de implantação ou complementação da Quadro 03 desta lei complementar quando tal ato resultar na
infraestrutura terá como base os pareceres ou diretrizes emiti- redução da discordância existente.
dos pelos órgãos competentes e será definida pela Secretaria Artigo 124 - Nos terrenos que tenham, comprovadamente,
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, sendo recebido edificações distintas antes da vigência desta lei
vinculada à aprovação do parcelamento do solo. complementar, será admitido desdobro e aglutinação, inde-
§ 2º - O empreendedor deverá garantir as infraestruturas men- pendentemente das áreas e testadas resultantes, desde que
cionadas no caput por meio dos instrumentos previstos nesta atendida as seguintes condições:
lei complementar. I - as edificações constituam unidades autônomas com frente
§ 3º - As liberações das garantias se darão em conformidade para via pública oficial e implantada e que atendam os parâ-
com o disposto nesta lei. metros previstos no Código de Obras e demais legislações
Artigo 119 - Estarão isentos de reservas de áreas públicas específicas e aos parâmetros de acessibilidade;
para uso institucional e para sistema de espaços livres de uso II - seja comprovada a existência das edificações em data
público os parcelamentos enquadrados nesta seção, desde anterior à publicação desta lei complementar, por meio de
que: “Habite-se”, cadastro na Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto
I - o imóvel objeto do empreendimento seja resultante de par- com lançamento de IPTU Predial, escritura pública ou outra
celamento anterior, no qual já se tenha reservado às áreas documentação idônea; e,
públicas exigidas pela legislação municipal; ou, III - sejam respeitadas, se existentes, as restrições cartoriais
II - o imóvel a ser desmembrado possua área total de até e o zoneamento.
15.000,0 m² (quinze mil metros quadrados); ou, Parágrafo Único - Será permitido o desdobro, também, in-
III - não seja destinado à urbanificação devendo ser aprovado dependentemente das áreas e testadas resultantes quando
como áreas rurais junto aos órgãos competentes; ou, o lote:
IV - o número inicial de partes seja igual ou superior ao número I - for remanescente de área maior atingida por desapropriação
de partes resultantes após o parcelamento; ou, ou melhoramento público;
V - o imóvel seja de propriedade ou esteja na posse do Mu- II - for o objeto de usucapião, do qual tenha resultado área ou
nicípio de Ribeirão Preto, bem como se o Município for o testada inferior ao mínimo estabelecido, desde que atendidas
responsável pelo parcelamento do solo, mesmo na hipótese as condições dos incisos I e II deste caput;
de delegação. III - for destinado à regularização fundiária de interesse social.
§ 1º - Os desmembramentos localizados na ZIND, em glebas Artigo 125 - O desdobro em chácaras ou sítios de recreio, lazer
entre 15.000,0 m² (quinze mil metros quadrados) e 30.000,0 e similares, definidos no artigo 37 desta lei complementar, será
m² (trinta mil metros quadrados), que resultem no máximo autorizado pela municipalidade, desde que:
10 (dez) partes estarão isentos, apenas, da reserva de área I - não haja restrições impostas pelo loteador previstas no
institucional. Memorial Descritivo e/ou chanceladas no Oficial de Registro
§ 2º - As partes resultantes de parcelamento de glebas realiza- de Imóveis que impeçam;
do nos termos previstos do inciso IV, sem reserva de áreas pú- II - os lotes resultantes tenham testada mínima de 20,0 m (vin-
blicas, serão enquadradas como glebas e seu aproveitamento te metros) e área mínima de 1.500,0 m² (um mil e quinhentos
fica sujeito ao atendimento do disposto na legislação vigente. metros quadrados), desde que não exista lei específica ou
Artigo 120 - Os desmembramentos que não se enquadrarem memorial descritivo chancelados em Oficial de Registro de
no artigo anterior estarão sujeitos a reserva de áreas públicas Imóveis, que exija parâmetros mais restritivos; e,
(institucional e espaços livres de uso público) prevista nesta III - com frente para via oficial e que seja comprovada a exis-
lei, conforme a zona em que estiverem localizados. tência obrigatória de sistema público de coleta, elevação e
Artigo 121 - A aprovação dos desmembramentos e remem- afastamento de esgotos e mais um melhoramento urbano
bramentos se dará por meio de emissão de Certificado de dentre:
Viabilidade Urbanística para Desmembramento/Remembra- a) rede pública de distribuição e abastecimento de água;
mento e Decreto Municipal. b) pavimentação;
Parágrafo Único - Não necessitam de publicação de decre- c) rede de iluminação pública; ou,
to municipal os desmembramentos e remembramentos que d) sistema de drenagem de águas pluviais.
atendam cumulativamente os seguintes itens: Artigo 126 - Aplicam-se ao desmembramento, no que couber,
I - não sujeitos à reserva de áreas públicas conforme previsto as disposições urbanísticas vigentes para as regiões em que
nesta lei complementar; se situem ou, na ausência destas, as disposições urbanísticas
II - não impliquem aumento de densidade populacional; e, para os loteamentos.
III - não sujeitos à complementação de infraestrutura urbana. Seção IX
Artigo 122 - Estão dispensados de emissão de Certificado de Das Restrições Cartoriais
Viabilidade Urbanísticas os desmembramentos enquadrados Artigo 127 - Os Parcelamentos com Restrição Cartorial são
no artigo anterior e que resultem em até 10 (dez) partes, com porções do território com restrições específicas de parâmetros
exceção dos desmembramentos contíguos e sucessivos. urbanísticos, determinadas em consonância com a legislação
Parágrafo Único - Deverá ser exigida a apresentação da cer- vigente, quando da aprovação do parcelamento e gravadas no
tidão vintenária e/ou outro documento que comprove esta Oficial de Registro de Imóveis, cujos parâmetros devem estar
condição para a comprovação do número de partes desmem- pré-definidos em memorial descritivo, sendo que os novos
bradas do imóvel. parcelamentos:
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I - somente poderão ser diferenciados, nos novos parcela- complementar e seus anexos, assim como outros normativos
mentos, observados os parâmetros do Quadro 03 desta lei legais existentes.
complementar, desde que mais restritivos e com autorização Parágrafo Único - A responsabilidade dos serviços descritos
prévia da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Ur- neste artigo se limita à área do condomínio e não isenta o
bano os seguintes itens: mesmo e as unidades territoriais privativas das respectivas
a) densidade populacional líquida máxima; taxas de manutenção municipal ou de concessionárias.
b) categoria de uso, subcategoria de uso e/ou IRA máximo; Artigo 131 - Uma vez concluído o empreendimento, aprovado
c) coeficientes de aproveitamento máximo; pela Prefeitura Municipal, devidamente registrado no Ofício
d) taxa de ocupação máxima; Imobiliário e constituído legalmente o Condomínio, o mesmo
e) taxa de permeabilidade mínima; tornar-se-á indissolúvel, ficando sob a sua exclusiva respon-
f) recuos; sabilidade, com relação a suas áreas internas, os serviços de:
g) gabarito máximo (informado em metros lineares); e, I - instalação, manutenção e conservação de vias internas,
h) parâmetros de desdobro. inclusive sua sinalização horizontal e vertical das vias e a
II - os lotes com frente para Vias Estruturais e Vias Coletoras, acessibilidade;
obrigatoriamente, deverão ser de uso misto sendo que, para II - conservação e manutenção das áreas verdes e de lazer
estes lotes, deverá ser garantido, no mínimo, a possibilidade internas ao condomínio, bem como das edificações de uso
de edificar até gabarito básico; comum;
III - em caso de não previsão de quaisquer índices urbanís- III - recolhimento de resíduos sólidos; e,
ticos nas restrições cartoriais, prevalecerão os parâmetros IV - manutenção de rede de distribuição de energia elétrica
estabelecidos na presente lei complementar. e iluminação, rede de distribuição e abastecimento de água
§ 1º - Para parcelamentos de Interesse Social os parâmetros potável, sistema de coleta, elevação e afastamento de es-
urbanísticos listados no inciso I deste artigo deverão respeitar gotos, manutenção e operação de estação de tratamento ou
a legislação municipal vigente. elevatória de esgotos e rede de drenagem de águas pluviais,
§ 2º - As restrições urbanísticas e condições especiais de uso ramais de ligação à rede pública ou espera, todos internos
ou atividade da urbanificação serão registradas, integralmente, ao condomínio.
junto ao Registro de Imóveis competente e, a alegação de § 1º - As ligações futuras deverão ser efetuadas pelo Condo-
desconhecimento pelo adquirente do imóvel, não autorizará mínio, assim como todos os demais serviços de conservação
descumprimento destas. e integral manutenção do empreendimento instituído, na forma
CAPÍTULO II da lei e do respectivo projeto aprovado.
DOS CONDOMÍNIOS § 2º - São áreas e edificações de uso privativo e de manuten-
Artigo 128 - Os empreendimentos organizados sob o regime ção do condomínio as vias urbanas internas de comunicação,
jurídico do condomínio previsto na Lei Federal nº 4.591, de os muros, guaritas, serviços e obras de infraestrutura, equi-
1964, sejam eles horizontais ou verticais, poderão ser implan- pamentos condominiais e todas as áreas e edificações que,
tados em lotes oriundos de parcelamento do solo previsto na por sua natureza, se destinem ao uso privativo ou comum
Lei Federal nº 6.766, de 1979, com exceção aos casos previs- dos condôminos.
tos nesta lei complementar, desde que não sejam estritamente § 3º - Toda infraestrutura executada internamente ao condo-
residenciais unifamiliares. mínio, de caráter particular, deverá ser mantida pelos con-
§ 1º - Entende-se por condomínio a divisão de imóvel urbano, dôminos.
em frações ideais, correspondentes a unidades autônomas Seção II
com áreas de uso comum dos condôminos com, se necessário Das Regras Específicas
for, abertura de vias internas de domínio privado. Artigo 132 - Condomínio de Lotes, instituído pelo artigo 1.358-
§ 2º - A constituição do condomínio não caracteriza parcela- A do Código Civil de 2002, e pelo artigo 58 da Lei Federal nº
mento do solo, sendo considerada propriedade particular a 13.465, de 2017, é constituído pela divisão de lote urbano,
totalidade das áreas comuns internas aos condomínios. fruto de parcelamento prévio, em frações ideais, correspon-
Seção I dentes a unidades autônomas destinadas à edificação para
Das Regras Gerais fins residenciais, unifamiliares, cuja dimensão deve atender
Artigo 129 - Aplica-se aos condomínios, no tocante às obras aos índices urbanísticos estabelecidos para a zona de uso
inerentes à implantação do empreendimento, as disposições em que se localiza, com áreas de uso comum e privativo dos
previstas na Seção de obras de infraestrutura urbana do Ca- condôminos.
pítulo anterior. Artigo 133 - Os requisitos para a configuração do Condomínio
Artigo 130 - A implantação de um condomínio deve garantir, de Lotes são:
além das unidades autônomas, no mínimo: I - que o empreendimento seja projetado nos moldes da Lei nº
I - o atendimento da taxa de permeabilidade estabelecida para 4.591, de 1964, com as alterações constantes do Código Civil
a ocupação do imóvel em área de uso comum; vigente, em que cada lote será considerado como unidade
II - as unidades autônomas deverão ter a leitura do consu- autônoma, unifamiliar e a ele atribuindo-se uma fração ideal
mo de abastecimento de água, esgotamento sanitário e de de gleba, e compreendendo, também, áreas e edificações
energia elétrica por meio de medidores individualizados, ga- de uso comum;
rantindo-se, também, o registro dos consumos das áreas de II - que a área de implantação seja lote oriundo de gleba
uso comum, nos termos da legislação vigente; anteriormente submetida a parcelamento regularmente ana-
III - a ação livre e desimpedida das autoridades públicas e lisado, aprovado, registrado e implantado conforme previsto
concessionárias de serviços responsáveis pela segurança, na Lei Federal nº 6.766, de 1979 e/ou legislação municipal
saúde, bem-estar da população e pela infraestrutura dentro que discorra sobre o parcelamento do solo, uso e ocupação
dos limites do condomínio; do solo urbano, ou esteja em glebas conforme definido no
IV - a arborização e tratamento das áreas comuns não ocu- “Título III - Do Uso do Solo” desta lei complementar, desde
padas por edificações; que atendam as diretrizes viárias, doando-as e executando-as
V - a execução e manutenção de toda a infraestrutura interna e as diretrizes ambientais com as doações e os respectivos
ao condomínio, tais como o sistema de captação e drenagem procedimentos estabelecidos pela Secretaria Municipal de
das águas pluviais, o sistema de distribuição de água e de Meio Ambiente;
coleta e disposição de águas servidas e sistema de coleta, III - que o(s) lote(s) destinado(s) à implantação do empreendi-
elevação e afastamento de esgotos, o sistema de iluminação mento sejam servidos de infraestrutura básica de acordo com
e distribuição de energia, pavimentação, arborização, dentre o disposto nesta lei complementar;
outras; IV - que os lotes ou “unidade imobiliária integrante de condo-
VI - a execução de abrigo de resíduos sólidos, nos termos mínio de lotes” resultantes atendam as dimensões mínimas
do Código de Obras com acesso exterior para coleta urbana, de área e testada estabelecidas nesta lei complementar;
atendendo a legislação pertinente; e, V - que, se murado, este deverá ter altura máxima de 3,0m
VII - atender as condições de instalação previstas nesta lei (três metros) e garantir a permeabilidade visual em, pelo me-
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nos, 50% (cinquenta por cento) nas áreas comuns com faces ou projetadas que compõem o sistema viário público de hie-
lindeiras aos espaços e áreas públicas externas. rarquia física e/ou funcional; e,
§ 1º - As edificações a construir nas áreas privativas no III - destinar a totalidade das áreas institucionais de equipa-
Condomínio serão aprovadas pela Secretaria Municipal de mentos públicos comunitários externamente ao perímetro de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano, posteriormente à acesso controlado e no mínimo 50% (cinquenta por cento)
aprovação do projeto do Condomínio, individualmente, obede- dos espaços livres de uso público exigidos pela legislação
cendo aos parâmetros e índices construtivos incidentes sobre vigente estejam localizados externamente à área com controle
o imóvel, bem como as condições de instalação por categoria de acesso.
de uso e porte da edificação. § 1º - A instalação de guaritas, cancelas ou outros dispositi-
§ 2º - O disposto no parágrafo anterior não se aplica ao índice vos utilizados no controle de acesso poderá ser autorizada,
da Taxa de Permeabilidade prevista no Capítulo V do “Título de forma precária, sobre o sistema viário, ou ainda, em lote
IV - Da ocupação do Solo”, que deverá ser aplicado em áreas com área inferior ao mínimo previsto nesta lei complementar,
de uso comum. garantido no mínimo área de 125 m² (cento e vinte e cinco
Artigo 134 - O sistema viário de condomínio de lotes deverá metros quadrados) e testada de 5,0 m (cinco metros).
respeitar as dimensões e as condições de projeto estabeleci- § 2º - Excepcionalmente, poderá ser admitido perímetro de
das nos Quadros 08 e 09 desta lei complementar. fechamento superior ao comprimento máximo de face de
CAPÍTULO III quadra estabelecido nesta lei complementar, desde que não
DO CONJUNTO HABITACIONAL interrompa ou impeça a livre circulação de vias estruturais,
Artigo 135 - Conjunto habitacional é o ato de edificar repetida coletoras, bem como as vias locais que o município julgar
e/ou sucessivamente tipologias similares em parcelamento estratégicas, devendo obrigatoriamente prever um acesso
com a mesma titularidade do terreno e/ou de mesmo em- de veículos e pedestres para garantir a mobilidade urbana
preendedor e/ou grupo empreendedor, enquadrado ou não da área a ser fechada, a cada 300,0 m (trezentos metros),
na legislação específica de interesse social. em média, conforme orientação da Secretaria Municipal do
Parágrafo Único - Deverá ser considerado o somatório das Planejamento e Desenvolvimento Urbano.
unidades habitacionais ou lotes, das áreas construídas e dos § 3º - As vias de trânsito local, que sejam justificadamente
terrenos para o cálculo dos impactos. consideradas importantes para o trânsito ou mobilidade em
Artigo 136 - O Conjunto habitacional, a que se refere o artigo geral, ou que venham a causar o isolamento de propriedades
anterior, poderá ocorrer de forma integrada ao parcelamento lindeiras, também deverão ficar externas à área controlada do
do solo, com ou sem abertura de ruas, com a execução das loteamento, exceto se promovida adequação do sistema viário
edificações, concomitantemente à implantação das obras de do entorno, com as devidas mitigações e ou compensações
urbanização. dos impactos decorrentes sobre o trânsito e mobilidade, sem
§ 1º - O certificado de conclusão deste Conjunto Habitacional ônus para a municipalidade.
(Habite-se), mesmo que parcial, fica condicionado à obtenção § 4º - O empreendedor deve apresentar, até a publicação do
prévia do termo de recebimento das obras (TRO) de infraes- decreto de aprovação e permissão de uso dos bens públi-
trutura do parcelamento do solo, total ou parcial corresponden- cos, Termo de Compromisso de instituição de Associação de
te, emitido pelas Secretarias, Órgãos Públicos e Autarquias Proprietários dos lotes internos ao cercamento, ou entidade
competentes. a ela equiparada.
§ 2º - O empreendimento deve destinar 4,0 m² (quatro me- § 5º - A manutenção da infraestrutura interna à área cercada,
tros quadrados) de cota de terreno por unidade habitacional quais sejam, pavimentação, água, esgoto, drenagem, ilumina-
para implantação de atividades de comércio e prestação de ção pública, coleta de resíduos, vegetação em áreas públicas,
serviços, podendo estar ou não vinculadas a usos residen- dentre outras, assim como a área pública verde externa ao
ciais, desde que sejam permitidos na zona de uso em que se empreendimento que for fruto do mesmo será de responsa-
localizem e sejam atendidos os parâmetros de incomodidade bilidade da Associação de Proprietários ou entidade a ela
e as condições de instalação. equiparada, perdurando pelo período de seu cercamento e
§ 3º - Para os empreendimentos enquadrados em interes- respectivo controle de acesso.
se social, os lotes unifamiliares que receberem as unidades Artigo 139 - Para os loteamentos que requeiram o controle de
habitacionais serão de uso misto permitindo a instalação de acesso, parcial ou total, após sua aprovação, deverão respei-
atividades conforme zoneamento incidente na área, desde que tar os parâmetros do artigo anterior e suas regulamentações.
vinculada ao uso residencial, sendo vedada a descaracteriza- § 1º - Para os loteamentos aprovados em legislação ante-
ção da finalidade inicial de provimento de moradia e ocupação, rior, na impossibilidade do atendimento ao artigo anterior,
devendo ser atendidas as determinações do Código Sanitário, mediante justificativa técnica, poderá ser admitida a redução
Código de Obras, Código de Posturas e demais normativos dos percentuais de planos fechados e dos espaços de uso
legais para seu funcionamento. público, descritos do artigo anterior e, excepcionalmente suas
CAPÍTULO IV dispensas, devendo ser demonstrada a inviabilidade técnica
DO CONTROLE DE ACESSO EM LOTEAMENTOS ou impossibilidade física.
Artigo 137 - Constitui loteamento de acesso controlado a mo- § 2º - A CCU poderá, mediante justificativas técnicas, exigir al-
dalidade de loteamento nos termos da Lei Federal nº 6.766, ternativas de mitigação, a fim de garantir a mobilidade urbana
de 1979, onde o controle de acesso, concedido de forma e a integração do tecido urbano, tendo como base a análise
precária, aos espaços públicos internos ao seu cercamento técnica de estudos de trânsito, tráfego e mobilidade, desen-
estão regulados por esta lei complementar, sendo vedado o volvidos às expensas do interessado, sob orientação do órgão
impedimento de acesso a pedestres ou a condutores de veí- gestor do trânsito de Ribeirão Preto, da Secretaria Municipal
culos, não residentes, devidamente identificados, nos termos de Meio Ambiente e da Secretaria Municipal de Planejamento
do artigo 78 da Lei Federal nº 13.465, de 2017. e Desenvolvimento Urbano.
Artigo 138 - Os loteamentos poderão ser analisados e apro- Artigo 140 - O pedido de autorização para o controle de aces-
vados mediante manifestação de interesse de controle de so do loteamento nos termos do artigo anterior deverá ser
acesso devendo, neste caso: formulado por meio de processo administrativo, junto a Se-
I - a dimensão máxima da área cercada deve respeitar o ta- cretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urba-
manho máximo de quadra definido nesta lei complementar no, apresentando os documentos e seguindo as tramitações
e seu regramento, garantindo que em 50% (cinquenta por estabelecidas em Regulamentação Específica.
cento) deste perímetro de cercamento adote-se soluções Artigo 141 - O processo administrativo do pedido de Cerca-
urbanísticas que evitem a formação de planos fechados na mento e Controle de Acesso, devidamente documentado, será
interface entre as áreas internas ao perímetro de cercamento submetido à CCU para a análise quanto às suas possíveis
e os logradouros externos; medidas mitigadoras e/ou compensatórias, conforme decreto
II - o controle de acesso, total ou parcial do loteamento, em regulamentador, submetendo parecer ao Secretário Municipal
um ou mais bolsões, não poderá obstruir, impedir ou interferir de Planejamento e Desenvolvimento Urbano para deliberação
na continuidade das vias estruturais ou coletoras existentes e assinatura do Termo de Autorização e Compromisso.
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Artigo 142 - O controle do acesso é autorizado por meio de de- (cento e oitenta) dias a partir da promulgação desta lei com-
creto específico do Poder Executivo sobre a permissão de uso plementar.
dos bens públicos, dispensada a licitação, com a publicação Artigo 145 - No caso de haver mais de um bolsão com acesso
do Termo de Autorização e Compromisso, emitido pela Secre- controlado dentro de um mesmo loteamento, o pedido poderá
taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. ser formulado num mesmo processo administrativo, desde
Artigo 143 - O controle de acesso e circulação interna de es- que a entidade jurídica que assumirá a responsabilidade do
paços públicos realizado por gestão remota ou tecnologias de cumprimento das obrigações decorrentes do Termo de Auto-
automação respeitará os mesmos parâmetros apresentados rização e Compromisso represente todos os proprietários dos
neste Capítulo. lotes dos respectivos bolsões.
Parágrafo Único - Não se enquadra neste Capítulo, a adoção Artigo 146 - O acesso de pedestres ou condutores de veículos
de tecnologias de videomonitoramento por meio de circuito de não residentes nas respectivas áreas controladas deverá ser
câmeras de vigilância ou outras soluções de monitoramento garantido a qualquer dia e horário, sem consulta a terceiros,
em áreas do município onde não haja qualquer tipo de controle mediante simples identificação, não podendo ocorrer restrição
no acesso de pessoas nestes locais. à entrada e circulação de qualquer pessoa nas áreas públicas
Artigo 144 - Para que o Poder Executivo autorize a implanta- das porções controladas dos loteamentos.
ção de Cercamento e/ou Controle de Acesso a entidade jurí- § 1º - A autorizatária deverá afixar junto aos acessos e em
dica representante dos proprietários da área de acesso con- local plenamente visível a todos os munícipes e visitantes, o
trolado se responsabilizará pela conservação, modernização Termo de Autorização e Compromisso para controle de aces-
e manutenção dos bens públicos e pelos seguintes serviços so ao loteamento e placa com dimensão mínima de 0,60 m
públicos na área controlada, dentre outros que venham a ser (sessenta centímetros) x 0,90 m (noventa centímetros) infor-
solicitados durante a análise do pedido: mando que o acesso de pedestres ou condutores de veículos
I - serviços de revitalização e manutenção das áreas verdes e não residentes será livre mediante simples identificação nos
sistemas de lazer, incluindo a poda, limpeza e destinação de termos deste artigo.
galhos, massa verde e entulho e manejo da vegetação exis- § 2º - Os loteamentos já fechados na data de vigência desta lei
tente quando necessário, conforme orientações da Secretaria e que não atendem o parágrafo anterior deverão se adequar
Municipal de Meio Ambiente; em até 180 (cento e oitenta) dias.
II - manutenção e conservação das vias públicas de circula- § 3º - Para fins de aplicação do disposto no caput, entende-se
ção, do calçamento, da sinalização de trânsito e das placas por simples identificação a apresentação de documento de
toponímicas; identificação oficial, que seja considerado válido em todo o
III - coleta e remoção de lixo domiciliar internamente à área território nacional, com foto, sendo proibidas a exigência, em
controlada, o qual deverá ser depositado em local apropriado qualquer hipótese, de cadastramento ou fornecimento de ou-
a este fim, onde houver recolhimento da coleta pública, con- tros dados pessoais, bem como a exigência de manifestação
forme especificação da Prefeitura Municipal; pessoal quanto ao interesse do ingresso na área controlada.
IV - limpeza das vias públicas internas ao cercamento; § 4º - Quando for atendida a condição de identificação e mes-
V - manutenção, conservação, reparo, expansão e moderni- mo assim houver o descumprimento do previsto neste artigo
zação da rede de iluminação pública que seja de responsa- acarretar-se-á multa a ser aplicada pela Fiscalização Geral
bilidade da Prefeitura Municipal; de 10 (dez) UFESP por pedestre ou condutor de veículo que
VI - manutenção, pagamento, reparo e conservação das redes tenha sido impedido de ingressar, aplicado em dobro nas re-
públicas de água, sistema de coleta, elevação e afastamento incidências.
de esgotos e galerias pluviais, incluindo limpeza de bocas Artigo 147 - Havendo interesse público, o Termo de Autoriza-
de lobo, desde que autorizado e mediante gestão do órgão ção e Compromisso, concedido de forma precária, poderá ser
responsável pelas redes de água e esgoto; revogado ou revisado, a qualquer tempo pela municipalidade,
VII - manutenção e conservação do sistema de detenção de em virtude de superveniente razão técnica devidamente jus-
deflúvio, resguardando as condições de projeto, esteja ele tificada, sem implicar qualquer ressarcimento de benfeitoria
interna ou externamente à área fechada do loteamento; ou acessão ou gerar direito à indenização a qualquer títu-
VIII - prevenção de sinistros; e, lo, sem direito de retenção, garantindo-se a ampla defesa e
IX - outros serviços necessários, conforme características do contraditório e prazo razoável a fim de permitir a transição e
loteamento em análise, justificadamente solicitados no Termo adequações que se fizerem necessárias.
de Autorização e Compromisso. § 1º - É possível a entidade instituída como a responsável pelo
§ 1º - As infraestruturas urbanas de abastecimento de água, controle de acesso, conservação e manutenção do cercamen-
esgotamento sanitário, iluminação pública e de distribuição to, acompanhado da manifestação da maioria dos moradores,
de energia, permanecerão sob a gestão dos órgãos compe- manifestar interesse de encerramento do controle de acesso
tentes de serviços públicos, que podem celebrar instrumentos e demais obrigações decorrentes dele descritas no Termo de
contratuais específicos acerca da prestação dos serviços e Autorização e Compromisso e respectivo decreto.
de sua manutenção e conservação. § 2º - Para a concretização da extinção do controle de aces-
§ 2º - Os detalhes técnicos e operacionais dos serviços aos so, nos termos deste artigo, será necessário que a entidade
quais se refere o inciso IX deste artigo, previstos no Termo instituída como responsável pelo controle de acesso, con-
de Autorização e Compromisso, deverão constar como anexo servação e manutenção do cercamento, entregue as áreas
do referido termo. públicas inteiramente qualificadas e em condições de uso,
§ 3º - Quando da análise do pedido de controle de acesso do cujo recebimento deverá estar acompanhado de manifestação
loteamento, a municipalidade poderá, motivada pelo interesse dos órgãos municipais responsáveis por cada um dos setores
público e por razões técnicas, solicitar outras obras e serviços, envolvidos.
inclusive nas áreas externas ao perímetro a ser controlado, Artigo 148 - Deverá constar do Termo de Autorização e Com-
devendo estas obrigações também constar de Termo de Au- promisso a garantia do acesso rápido, livre e desimpedido
torização e Compromisso. das autoridades e entidades públicas em geral.
§ 4º - Obras de revitalização ou melhorias a serem executadas Artigo 149 - O Termo de Autorização e Compromisso junta-
nos espaços públicos internos ou externos à área controlada mente do mapa com delimitação do cercamento, bem como
deverão ser encaminhadas para análise, aprovação e demais seus anexos quando houver ficará disponível para consulta
procedimentos específicos do órgão competente. no site da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvol-
§ 5º - O controle de acesso do loteamento, bem como toda a vimento Urbano.
sinalização que for necessária em virtude de sua implantação, Artigo 150 - A celebração do Termo de Autorização e Com-
serão de responsabilidade da entidade jurídica representante promisso não altera ou dá poderes à autorizatária de alterar
dos proprietários de imóveis da área de acesso controlado. quaisquer normas ou restrições legais aplicáveis às áreas
§ 6º - Os empreendimentos com controle de acesso autorizado públicas, às edificações nos lotes, bem como o memorial
por legislações anteriores deverão se adequar às exigências descritivo do respectivo loteamento registrado no Oficial de
e condicionantes estabelecidas neste artigo no prazo de 180 Registro de Imóveis.
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Parágrafo Único - As comprovações de atendimento de to- de obras ficam assim definidos:
das as exigências constantes no Termo de Autorização e I - 2 (dois) anos a partir da notificação para que seja protoco-
Compromisso deverão ser apresentadas pela autorizatária lado o processo de licenciamento de projetos de urbanificação
no processo administrativo com os prazos especificamente ou de edificação; e,
estabelecidos no Termo, sob pena de aplicação das medidas II - 3 (três) anos, a partir da aprovação do projeto, para início
previstas no termo citado. das obras, para todos os imóveis, podendo em caso de em-
Artigo 151 - Quando a autorizatária descumprir as disposições preendimento de grande porte a conclusão das obras se dar
presentes neste Capítulo, bem como as obrigações assumidas em etapas, conforme cronograma apresentado e aprovado
no Termo de Autorização e Compromisso, ou houver desvirtua- pela Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
mento da utilização das áreas públicas situadas no perímetro Urbano.
de controle de acesso, inclusive para os empreendimentos § 4º. Caso as exigências do caput não sejam cumpridas, o
com controle de acesso aprovado anteriormente a esta lei proprietário estará sujeito à pena, sucessivamente, de:
complementar, a Prefeitura Municipal tomará as seguintes I - aplicação do IPTU progressivo no tempo; e,
medidas: II - desapropriação com pagamento em títulos da dívida pú-
I - aplicação de multa à autorizatária pela Fiscalização Geral, blica.
correspondente a 1 (uma) UFESP por metro quadrado, cal- § 5º. Ficam excluídos das obrigações estabelecidas no caput
culada sobre a área de cada lote pertencente ao perímetro deste artigo, os imóveis:
do controle de acesso, devendo o empecilho ser sanado em I - utilizados para atividades econômicas e sociais que não
até 30 (trinta) dias; necessitem de edificações para exercer suas finalidades;
II - a multa prevista no inciso I, decorrido o prazo de 30 (trinta) II - em que a subutilização ou não ocupação decorra de im-
dias da primeira autuação na hipótese de não solucionada a possibilidade jurídica ou resulte de pendências judiciais que
questão, deverá ser novamente aplicada em dobro; impossibilitem a edificação no imóvel;
III - Após 30 (trinta) dias da aplicação da segunda multa, nos III - que não sejam servidos da totalidade de infraestrutura
termos do inciso anterior, será aberto Processo Administrativo urbana prevista no artigo 2º, § 5º da Lei Federal nº 6.766,
para o cancelamento da autorização do Controle de Acesso, de 1979;
obrigando a personalidade jurídica da autorizatária ao reparo IV - que estejam em Zonas de Proteção Máxima ou exer-
de toda a infraestrutura modificada anteriormente. çam funções ambientais relevantes mesmo que não sejam
§ 1º - A retirada de benfeitorias, tais como fechamentos, por- ambientalmente protegidos e, também, os que apresentam
tarias e outros não incorporáveis ao patrimônio público, serão laudos técnicos de restrições ambientais em função de aspec-
de responsabilidade da permissionária e correrão às suas tos como natureza do solo, superficialidade do lençol freático
expensas e, não cumprindo a determinação, estará sujeita às em níveis próximos ao perfil do terreno, áreas sujeitas a ala-
penalidades previstas nos incisos I, II e III e cobrança judicial. gamento, restrição à construção em terrenos contaminados,
§ 2º - Previamente à aplicação da multa deverá ser feita no- declividade, dentre outros anuídos pela Secretaria Municipal
tificação com especificação das inconformidades com prazo do Meio Ambiente;
de 20 (vinte) dias para esclarecimento e plano para correção V - não utilizados ou subutilizados de interesse do patrimônio
conforme regulamentação, excetuando as irregularidades fla- cultural, anuídos pela Secretaria Municipal de Cultura e Tu-
grantes que podem ser corrigidas de imediato. rismo e/ou CONPPAC-RP, ainda que não tenham sido objeto
Artigo 152 - As disposições deste Capítulo serão regulamen- de tombamento;
tadas por decreto do Poder Executivo, que estabelecerá os VI - cuja área aproveitável do terreno possua configuração
requisitos obrigatórios de cumprimento e enquadramento para geométrica que inviabilize a sua edificação;
o deferimento do loteamento com controle de acesso. VII - utilizados para fins agrícolas, independentemente de sua
TÍTULO VI localização, sob o regime de Imposto Territorial Rural (ITR);
DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO URBANÍSTICA VIII - terrenos com área até 2.000 m² (dois mil metros quadra-
CAPÍTULO I dos), independente do uso;
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO IX - terrenos, independentemente da metragem, que sejam
OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS fruto de parcelamento do solo exclusivamente de uso residen-
Artigo 153 - Em atendimento à função social da cidade e da cial unifamiliar, assim definido no seu Memorial Descritivo, ou
propriedade, o Executivo Municipal poderá exigir do proprie- aqueles definidos como Chácaras de Lazer ou Recreio; e,
tário de imóvel localizado internamente ao Perímetro Urbano X - que contenham faixas não edificáveis, tais como, dutos,
do Município, considerado não edificado, subutilizado ou não linhas de transmissão, faixa de domínio e similares e desde
utilizado, nos termos da Lei Complementar nº 2.866, de 2018, que estas limitações comprometam completamente o apro-
que define o Plano Diretor, seu adequado aproveitamento na veitamento do imóvel.
forma de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, § 6º - Os PAR que estabelecem parâmetros de incentivos para
devendo o proprietário ser notificado pelo Executivo Municipal, as UOP e as TEP também poderão definir novas isenções nos
nos termos desta lei complementar. termos deste Capítulo.
Artigo 154 - As glebas não loteadas, os terrenos subutilizados § 7º - A transmissão do imóvel, por ato intervivos ou causa
ou não utilizados, assim como todas as áreas que não aten- mortis, posterior à data da notificação a que se refere o caput,
dam as funções sociais da cidade e da propriedade, internas transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utili-
ao Perímetro Urbano do Município, serão notificados após 5 zação aos novos adquirentes ou sucessores sem interrupção
(cinco) anos. de quaisquer prazos.
§ 1º - Considera-se não utilizados: Artigo 155 - É de competência:
I - as glebas ou terrenos não edificados que não sejam apro- I - da Secretaria Municipal da Fazenda a identificação das
veitados para o exercício de qualquer atividade que independa glebas e terrenos subutilizados ou não utilizados, assim como
de edificações para cumprir sua finalidade social; ou, a abertura de processo administrativo de enquadramento de
II - as glebas ou terrenos que, apesar de possuírem edifica- função social nos termos deste Capítulo, em especial do ar-
ções, todas elas encontram-se em ruínas ou em estado de tigo anterior;
abandono. II - da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimen-
§ 2º - Considera-se subutilizados: to Urbano a identificação de outras condições, não abrangidas
I - as glebas ou terrenos que tenham coeficiente de aprovei- pelo inciso anterior, que não atendam as funções sociais da
tamento inferior a 0,1; ou cidade e da propriedade e a respectiva abertura de proces-
II - as glebas ou terrenos que contenham obras paralisadas so administrativo nos termos deste Capítulo, em especial do
por mais de 02 (dois) anos; ou, artigo anterior;
III - as edificações ou conjunto de edificações em que 80% III - da Procuradoria Geral do Município a declaração de aten-
(oitenta por cento) das unidades imobiliárias ou de sua área dimento aos artigos anteriores;
construída total estejam desocupadas a mais de 02 (dois) anos. IV - da Secretaria Municipal de Justiça a realização de vistorias
§ 3º - Os prazos estabelecidos para o protocolo e execução e a notificação de proprietários.
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Artigo 156 - Os procedimentos para a execução deste Capítulo teriores deste Capítulo, o Executivo Municipal deverá iniciar
devem atender os seguintes regramentos: a cobrança do IPTU progressivo, mediante a majoração da
I - na hipótese de o proprietário constituir pessoa jurídica, alíquota pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos, mantendo
deverão ser notificados os sócios gerentes, sócios adminis- o Executivo a cobrança pela alíquota máxima até que se cum-
tradores, presidentes ou sócios que assinam pela empresa pra a referida obrigação, nos termos desta lei complementar.
ou associação; § 1º - O valor da alíquota a ser aplicado não excederá a duas
II - a notificação a que se refere o inciso IV do artigo anterior vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota
deverá conter menção ao prazo de 02 (dois) anos a partir máxima de 15% (quinze por cento).
da notificação para que seja protocolado o projeto de parce- § 2º - A alíquota a ser aplicada a cada ano no cálculo do IPTU
lamento do solo ou edificação e de 3 (três) anos a partir da Progressivo no Tempo respeitará os seguintes percentuais:
aprovação do projeto, para início das obras, para todos os I - alíquota 1,0% (um por cento), para o primeiro ano de apli-
imóveis notificados; cação do IPTU Progressivo no Tempo para imóveis prediais
III - a notificação a que se refere o inciso anterior deverá con- e de 3,0% (três por cento) para imóveis territoriais;
ter, também, menção ao prazo de 15 (quinze) dias contados II - alíquota 1,5% (um e meio por cento), para o segundo ano
do recebimento pelo notificado para impugnação através de de aplicação do IPTU Progressivo no Tempo para imóveis
pedido administrativo endereçado à Secretaria responsável prediais e de 4,0% (quatro por cento) para imóveis territoriais;
pela abertura do respectivo processo; III - alíquota 2,5% (dois e meio por cento), para o terceiro ano
IV - devem ser realizadas 3 (três) tentativas presenciais de de aplicação do IPTU Progressivo no Tempo para imóveis
notificação aos proprietários e, na hipótese de não localiza- prediais e 5,0% (cinco por cento) para imóveis territoriais;
ção dos mesmos, deverá o agente público emitir declaração IV - alíquota 4,5% (quatro e meio por cento), para o quarto
individualizada por tentativa que certifique o fato, o local dili- ano de aplicação do IPTU Progressivo no Tempo para imóveis
genciado, a data e o horário; prediais e 7,0% (sete por cento) para imóveis territoriais; e,
V - considera-se nova tentativa a diligência para notificação V - alíquota 7,5% (sete e meio por cento), para o quinto ano
realizada em horário diverso da anterior, mesmo que efetuada de aplicação do IPTU Progressivo no Tempo para imóveis
no mesmo dia; prediais e 10,0% (dez por cento) para imóveis territoriais.
VI - não sendo concretizada a notificação do proprietário após § 3º - Considera-se ocorrido o fato gerador do IPTU Progres-
as 3 (três) tentativas de localização, a Fiscalização Geral au- sivo no Tempo em 1º de janeiro do exercício subsequente ao
tuará a notificação ou as declarações de tentativa de notifica- da constatação do descumprimento, por parte do proprietá-
ção no processo administrativo em questão e o encaminhará rio, das condições e dos prazos estabelecidos para parcela-
à Secretaria da Fazenda para ciência e publicação de edital mento, edificação ou utilização compulsórios, desde que o
de notificação no Diário Oficial do Município; descumprimento perdure até essa data, e, em 1º de janeiro
VII - sendo realizada a notificação presencial ou por meio de de cada exercício seguinte, até que se cumpra a obrigação
edital no Diário Oficial e não apresentada impugnação no de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel ou que ocorra a sua
prazo ou tenha ela sido julgada improcedente por decisão desapropriação.
administrativa, deverá ser autuado processo administrativo § 4º - É vedada a concessão ou aplicação de qualquer isen-
a ser encaminhado à Procuradoria Geral do Município para ção, desconto, incentivo, benefício fiscal, anistia, remissão,
providenciar a averbação da notificação na respectiva matrí- abatimento de juros ou correção, limite de diferença nominal
cula imobiliária ou transcrição, na forma do artigo 5º, § 2º do entre exercícios ou outros benefícios fiscais, inclusive os des-
Estatuto da Cidade e artigo 167, inciso II, alínea 18 da Lei nº contos constantes no Código Tributário Municipal relativos ao
6.015, de 1973 que dispõe de Registros Públicos e dá outras IPTU Progressivo no Tempo.
providências; § 5º - A aplicação das alíquotas a que se refere o parágrafo 2º
VIII - o Edital mencionado no inciso anterior deverá conter o deste artigo conterá aviso indicando tratar-se de tributação em
nome dos proprietários, o número do documento de identifi- razão do descumprimento da função social da propriedade.
cação, o número do cadastro municipal do imóvel e o número § 6º - Comprovado o cumprimento da obrigação de parcelar,
da matrícula imobiliária ou transcrição; edificar ou utilizar o imóvel, ocorrerá o lançamento do IPTU
IX - na hipótese de desconhecimento pela Prefeitura Municipal no exercício seguinte sem a aplicação das alíquotas previstas
do documento de identificação do proprietário, o Edital conterá nesta lei complementar.
somente o nome dos proprietários, o número do cadastro § 7º - O IPTU Progressivo no Tempo não se aplica aos imóveis
municipal do imóvel e o número da matrícula imobiliária ou que possuem isenção ou imunidade.
transcrição; § 8º - Será mantida a cobrança do IPTU Progressivo no Tem-
X - o edital deverá ainda conter os prazos descritos nos inci- po, pela alíquota majorada, até que se cumpra a obrigação
sos II e III deste artigo, contados a partir de sua publicação; de parcelar, edificar ou utilizar o imóvel ou que ocorra a sua
XI - após a publicação do edital, o notificado tem o prazo de 15 desapropriação.
(quinze) dias, contados da publicação, para impugnação por Seção II
meio de abertura de processo administrativo de regularização, Da Desapropriação Com Pagamento em Títulos
urbanificação ou edificação específico endereçado à Secre- Artigo 159 - Decorridos os 5 (cinco) anos de aplicação do IPTU
taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano; Progressivo no Tempo, nos termos do artigo anterior, sem
XII - após averbação, o processo administrativo será enca- que o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelar,
minhado à Secretaria Municipal da Fazenda para início do edificar ou utilizar o imóvel, o Executivo manterá a cobrança
processo de cobrança do IPTU Progressivo no Tempo; pela alíquota máxima até que se cumpra a referida obrigação,
XIII - poderá a administração municipal, de ofício, por meio da podendo proceder a desapropriação com pagamentos, em
Secretaria Municipal da Fazenda, instruir processo adminis- títulos da dívida pública previamente aprovados pelo Sena-
trativo para as situações previstas neste Capítulo. do Federal, e resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas,
Artigo 157. Até que se complete 5 (cinco) anos da promulga- no prazo de até 10 (dez) anos, assegurados o valor real da
ção do PAR das UOP/TEP, não serão objetos que se enqua- indenização, e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.
drem a este Capítulo os imóveis: § 1º - O valor real da indenização terá como referência a base
I - com áreas menores que 5.000 m² (cinco mil metros qua- de cálculo do imposto predial territorial urbano, sendo descon-
drados); tado o montante incorporado em função de obras realizadas
II - localizados fora da ZUP, identificado no Mapa 02 - Macro- pelo Poder Público na área onde o mesmo se localiza, após
zoneamento Urbanístico; e, a notificação, não sendo cabíveis, pela natureza da desapro-
III - localizados na UOP-09, identificada no Mapa 03 - UOP/TEP. priação, expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros
Seção I compensatórios.
Do Imposto Predial e Territorial Urbano § 2º - Uma vez executada a desapropriação, caberá ao Exe-
Progressivo no Tempo cutivo a responsabilidade de promover o adequado aprovei-
Artigo 158 - Em caso de descumprimento das condições e tamento dos imóveis no prazo máximo de cinco anos, sob
prazos estabelecidos pela notificação descrita nos artigos an- pena do Prefeito incorrer em improbidade administrativa, nos
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termos da Lei nº 8.429, de 1992, conforme dispõe o artigo 52 I - receber imóveis para o atendimento às finalidades previstas
do Estatuto da Cidade. neste artigo, oferecendo como contrapartida ao proprietário
§ 3º - O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado di- a possibilidade de transferência do potencial construtivo do
retamente pelo Poder Público ou por meio de alienação ou bem doado; ou,
concessão a terceiros. II - proceder desapropriação amigável para viabilizar o recebi-
§ 4º - Em função das responsabilidades atribuídas ao proprie- mento de imóveis de interesse público para os fins definidos
tário e ao Executivo, as áreas indicadas no Plano Diretor e neste artigo.
nesta lei complementar, passíveis de aplicação do instrumento § 2º - Nos casos em que a doação for proposta pelo proprie-
de parcelamento, edificação e utilização compulsória deverão tário para uma das finalidades descritas nos incisos do caput,
estar associadas às diretrizes do Plano de Ação Regional e deverá ser avaliada a conveniência e o interesse público no
ao interesse público. recebimento da área.
CAPÍTULO II § 3º - As indenizações devidas pelo Município em razão da
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO desapropriação de imóveis para as finalidades relacionadas
Artigo 160 - Havendo interesse público, o Executivo Municipal no caput poderão ser satisfeitas mediante a concessão ao
poderá facultar ao proprietário de área atingida pela obrigação proprietário da Transferência do Direito de Construir prevista
de parcelar, edificar ou utilizar, incluindo nestes a construção neste Capítulo.
de habitação de interesse social nas ZEIS - Zona Especial de Artigo 163 - Para os casos em que o proprietário do imóvel
Interesse Social, conforme previsto no artigo 13 da Lei Com- manifeste interesse na doação do mesmo ao município, me-
plementar nº 2.866, de 2018, que estabelece o Plano Diretor e diante a possibilidade de Transferência do Potencial Cons-
no Capítulo anterior, a requerimento deste, o estabelecimento trutivo a outro terreno, é necessária a emissão de Certificado
de Consórcio Imobiliário como forma de viabilização financeira de Transferência de Potencial Construtivo mediante Doação
do aproveitamento do imóvel. de Imóvel, pela Secretaria Municipal de Planejamento e De-
§ 1º - Considera-se Consórcio Imobiliário a forma de viabiliza- senvolvimento Urbano.
ção de planos de urbanificação ou edificação por meio da qual Parágrafo Único - Para os casos citados no caput o cálculo
o proprietário transfere ao Poder Público municipal seu imóvel do Potencial Construtivo passível de transferência seguirá a
e, após a realização das obras, recebe, como pagamento, uni- seguinte equação:
dades imobiliárias devidamente urbanificadas ou edificadas. PCT = (Atc x CAB) - PCTP, onde
§ 2º - O valor das unidades imobiliárias a serem entregues
ao proprietário será correspondente ao valor do imóvel antes PCT é o Potencial Construtivo passível de Transferência
da execução das obras, observado o valor real do mesmo. do terreno cedente;
§ 3º - Os proprietários de terrenos desocupados não situa- Atc é a área do Terreno cedente;
dos nas Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS) poderão CABc é o valor do Coeficiente de Aproveitamento Básico
propor ao Município o consórcio imobiliário, nos termos deste do Terreno; e
artigo, desde que caracterizado o interesse público e mediante PCTP é o Potencial Construtivo Transferido Previamente
enquadramento da Câmara Técnica de Habitação de Interesse para outros empreendimentos.
Social - CTHIS e parecer favorável da Secretaria Municipal Equação 4 - Potencial Construtivo a ser
de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. transferido do terreno cedente a ser doado
§ 4º - O consórcio imobiliário concluído nos termos do pará- Artigo 164 - Para os casos em que a Prefeitura declare e
grafo anterior acarretará sua automática inclusão na categoria justifique o interesse em incentivar a doação de imóvel ou
denominada Zona Especial de Interesse Social (ZEIS). indicar sua desapropriação amigável, com a concordância do
Artigo 161 - O Poder Executivo poderá, mediante licitação, proprietário, os bens poderão ser indenizados exclusivamente
conceder bem imóvel dominical para o fim de urbanificação mediante a Transferência do Potencial Construtivo calculado
ou de reurbanização à iniciativa privada. nos seguintes termos:
Parágrafo Único - A iniciativa privada será ressarcida com o PCT = [(Atd x CABd) x Fi] - PCTP, onde:
recebimento em doação de áreas urbanificadas ou unidades
autônomas, proporcionalmente aos investimentos realizados PCT é o Potencial Construtivo passível de Transferência do
para a efetivação do Consórcio Imobiliário. terreno doado ou desapropriado amigavelmente;
CAPÍTULO III Atd é a área do terreno do imóvel doado ou desapropriado
DA TRANSFERÊNCIA DO amigavelmente;
DIREITO DE CONSTRUIR - TDC CABd é o valor do Coeficiente de Aproveitamento Básico do
Artigo 162 - A Transferência do Direito de Construir - TDC - Terreno doado ou desapropriado amigavelmente;
correspondente ao potencial construtivo de imóveis públicos PCTP é o Potencial Construtivo Transferido Previamente
e privados, que não se realizou ou não exercido, passível para outros empreendimentos; e,
de ser utilizado em outro local, prevista nos termos do artigo Fi é o Fator de incentivo à doação ou à amigável desapro-
35 da Lei Federal nº 10.257, de 2001 - Estatuto da Cidade e priação.
disciplinada no Plano Diretor, observará as disposições, con-
dições e parâmetros estabelecidos nesta lei complementar, Equação 5 - Potencial Construtivo para
autorizada mediante escritura pública, para fins de viabilizar: situações em que há o interesse em incentivar
I - implantação de equipamentos públicos urbanos e comu- a doação ou a desapropriação amigável
nitários; Parágrafo Único - Segundo a finalidade de transferência, fi-
II - criação de espaços abertos de uso público; cam definidos os seguintes fatores de incentivo à doação ou
III - preservação de áreas de valor ambiental indicadas nesta à desapropriação amigável:
lei complementar ou em lei específica; I - 2,00 (dois) para melhoramentos viários para implantação
IV - preservação de áreas em Zona de Proteção Máxima; de corredores de ônibus;
V - preservação de imóvel considerado de interesse histórico, II - 1,25 (um e vinte e cinco décimos) para implantação de me-
cultural, paisagístico ambiental ou social; lhoramentos viários que não sejam destinados à implantação
VI - regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas de corredores de ônibus;
por população de baixa renda; III - 2,00 (dois) para programas de construção de Habitação
VII - constituição de reserva fundiária; de Interesse Social - Faixa 1;
VIII - execução de programas e projetos habitacionais de in- IV - 1,50 (uma e cinquenta décimos) para programas de cons-
teresse social; trução de Habitação de Interesse Social - Faixa 2;
IX - ordenamento e direcionamento da expansão urbana; e, V - 1,25 (um e vinte e cinco décimos) para programas de
X - execução de melhoramento viário. construção de Habitação de Interesse Social - Faixa 3;
§ 1º - As transferências de potencial construtivo previstas no VI - 1,25 (um e vinte e cinco décimos) para programas de
caput ficam condicionadas às disposições previstas neste regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por
Capítulo, sendo que a Prefeitura poderá: população de baixa renda;
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VII - 1,50 (um e cinquenta décimos) para implantação de par- junto à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a ser averbado
ques e praças; na matrícula do imóvel, onde o proprietário do imóvel cedente
VIII - 1,25 (um e vinte e cinco décimos) para imóveis de inte- assume as obrigações de recuperação e das características
resse ambiental que implique reserva de sistema de espaços da área, de acordo com as orientações do setor competente,
livres de uso público além do percentual mínimo previsto nesta e são definidas as sanções cabíveis previstas no caso de
lei complementar e no Código Municipal do Meio Ambiente, descumprimento dessas obrigações.
incluindo nestes os imóveis caracterizados como área mínima § 2º - Para as situações descritas no inciso I do caput deste
para o desenvolvimento arbóreo em longo prazo - AMD, carac- artigo o proprietário apresentará junto ao processo de aplica-
terizados mediante apresentação de laudo técnico específico, ção deste instrumento urbanístico, laudo técnico emitido por
emitido por profissional habilitado e anotação ou Registro de arquiteto e urbanista, acompanhado de Registro de Responsa-
Responsabilidade Técnica; e, bilidade Técnica perante seu Conselho Profissional, atestando
IX - 1,75 (um e setenta e cinco décimos) para os imóveis edi- o estado de conservação do imóvel que será validado pela
ficados tombados em qualquer instância e/ou considerados Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
de interesse histórico, arquitetônico ou cultural pela Secretaria § 3º - Nos casos de transferência do direito de construir sem
Municipal de Cultura e Turismo. doação do imóvel cedente, o potencial construtivo passível
Artigo 165 - Para os casos descritos no inciso IX do artigo an- de transferência será calculado segundo a equação a seguir,
terior é necessária a apresentação de laudo técnico assinado considerando os incentivos discriminados abaixo:
por arquiteto e urbanista e apresentação de Registro de Res- PCT = {[(Atc x CAB) - ACtc] x Fi} - PCTP, onde:
ponsabilidade Técnica declarado no Conselho de Arquitetura PCT é o Potencial Construtivo passível de Transferência do
e Urbanismo - CAU, para poder pleitear o incentivo. imóvel cedente sem doação;
Parágrafo Único - Nos casos em que as edificações a que Atc é a área do terreno do imóvel cedente sem doação;
se refere o caput estejam em ruínas ou não apresentarem o CAB é o valor do Coeficiente de Aproveitamento Básico
referido laudo técnico, o potencial construtivo a ser transferido do terreno;
considerará 25% (vinte e cinco por cento) do Coeficiente de ACtc é a Área Construída inerente ao terreno cedente;
Aproveitamento Básico, seguindo a seguinte equação: PCTP é o Potencial Construtivo Transferido Previamente
PCT = [(Atd x (CABd x 0,25) x 1,75] - PCTP, onde: para outros empreendimentos;
Fi é o fator de incentivo de 1,25 (um e vinte e cinco décimos)
PCT é o Potencial Construtivo passível de Transferência do
para o atendimento às alíneas “a” e “b” do § 1º deste artigo.
terreno doado ou desapropriado amigavelmente;
Atd é a área do terreno do imóvel doado ou desapropriado Equação 7 - Potencial Construtivo a ser transferido
amigavelmente; do terreno cedente sem doação do imóvel
CABd é o valor do Coeficiente de Aproveitamento Básico do § 4º - Quando o imóvel cedente apresentar estado de con-
Terreno doado ou desapropriado amigavelmente; servação inadequado ou insatisfatório, deverá ser exigida do
PCTP é a Potencial Construtivo Transferido Previamente proprietário a adoção de medidas de restauro ou de conser-
para outros empreendimentos; vação ficando a expedição da certidão de transferência de
0,25 (vinte e cinco décimos) corresponde ao fator de de- potencial construtivo condicionada à verificação das condições
preciação do imóvel tombado decorrente de seu estado de de conservação e preservação do imóvel cedente.
ruína; e, § 5º - Caso o proprietário do imóvel cedente do potencial
1,75 (um e setenta e cinco décimos) corresponde ao construtivo declare no processo de TPC não ter condições
incentivo da doação de imóvel com bem tombado ou de de atendimento ao parágrafo anterior, a transferência poderá
interesse histórico, arquitetônico e/ou cultural. ser autorizada pela CCU, porém ficará gravada na certidão
que o “Habite-se” do imóvel receptor ficará condicionado à
Equação 6 - Potencial Construtivo a ser transferido do comprovação técnica do estado de conservação adequado e
terreno cedente a ser doado com edificação em ruína satisfatório do imóvel cedente.
Artigo 166 - É permitida a transferência de potencial construti- Artigo 167 - A Secretaria Municipal de Planejamento e Desen-
vo sem a doação do imóvel cedente, para os seguintes casos: volvimento Urbano expedirá o Certificado de Potencial Cons-
I - imóveis enquadrados na ZPC e/ou tombados ou conside- trutivo passível de Transferência (PCT) contendo, além dos
rados Patrimônio Histórico, Arquitetônico e Cultural; dados referentes ao imóvel e seu proprietário, a informação
II - imóveis enquadrados como ZPM cadastrados na Planta de que o potencial construtivo passível de transferência foi
Genérica de Valores da Prefeitura de Ribeirão Preto; e, originado com ou sem doação do imóvel cedente, conforme
III - imóveis de interesse ambiental que implique reserva de o caso.
sistema de espaços livres de uso público além do percentual Parágrafo Único - Será considerada para a doação a data
mínimo previsto nesta lei e no Código Municipal do Meio Am- da publicação em Diário Oficial do Município da emissão da
biente, devidamente caracterizados com área mínima para Declaração de Potencial Construtivo Passível de Transferência
o desenvolvimento arbóreo em longo prazo AMD, mediante emitida pela Secretaria Municipal de Planejamento e Desen-
apresentação de laudo técnico específico, emitido por profis- volvimento Urbano.
sional habilitado e anotação ou registro de responsabilidade Artigo 168 - A utilização do direito de construir atenderá ao
técnica. critério de proporcionalidade entre os valores imobiliários do
§ 1º - A transferência de potencial construtivo prevista neste terreno doador e do terreno receptor do potencial construtivo,
artigo dependerá: estabelecidos com base no Valor Venal do terreno, definido
I - no inciso I do caput, de autorização do Conselho Gestor pelo Município para fins de cálculo do IPTU dos respectivos
do FUNDURB e de parecer favorável da Secretaria Municipal imóveis, de acordo com a seguinte equação:
de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e da Secretaria PCr = (PCTc x VVtc) / VVtr, onde:
Municipal da Cultura e Turismo, e ficarão condicionados à
celebração de Termo de Compromisso - TC, firmado junto à PCr é Potencial Construtivo receptor;
Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, a ser averbado na PCTc (ou PCTd) é o Potencial Construtivo de Transferência
matrícula do imóvel, onde o proprietário do imóvel cedente do imóvel cedente (ou doador);
assume as obrigações de recuperação com a preservação das VVtc e o Valor Venal do terreno cedente;
VVtr e o Valor Venal do terreno receptor.
principais características originais do imóvel, conforme orienta-
ções do setor competente, e são definidas as sanções cabíveis Equação 8 - Potencial Construtivo receptor
previstas no caso de descumprimento dessas obrigações; e, Parágrafo Único - Será considerada como referência para
II - nos incisos II e III do caput, de autorização do Conselho avaliação do imóvel a data do protocolo da solicitação do “Cer-
Gestor do FUNDURB e de parecer favorável das Secretaria tificado de Potencial Construtivo Passível de Transferência”
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e Se- junto à Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvi-
cretaria Municipal do Meio Ambiente, e ficarão condicionados à mento Urbano.
celebração de Termo de Compromisso Ambiental TCA, firmado Artigo 169 - A Transferência do Direito de Construir será con-
Quarta-feira, 19 de Abril de 2023 31
cedida mediante análise dos potenciais impactos ao patrimô- no ato de emissão do “Habite-se”.
nio cultural, à paisagem e ao meio ambiente, respeitados os § 2º - O aporte financeiro da OODC será efetuado de acordo
gabaritos de altura das edificações, os índices de ocupação, com o seguinte escalonamento:
de permeabilidade, os recuos e afastamentos fixados por esta I - até 3 (três) anos da publicação desta lei complementar
lei para as zonas de uso nas quais seja admitida a recepção não será cobrado o valor da OODC definido nesta lei em
de potencial construtivo adicional. nenhuma situação;
§ 1º - Na autorização do direito de construir adicional, a área II - após 3 (três) anos e até 5 (cinco) anos da publicação desta
construída para efeito do cálculo do coeficiente de aprovei- lei complementar será cobrado o valor de 10% (dez por cento)
tamento não excederá ao limite máximo estabelecido para o do estipulado no cálculo da OODC definido nesta lei, indepen-
imóvel receptor, de acordo com a aplicação do Coeficiente dentemente da data de aprovação do parcelamento do solo;
de Aproveitamento Máximo, segundo a zona de uso em que III - após 5 (cinco) anos e até 7 (sete) anos da publicação
se localize, conforme Quadro 03, integrante desta lei com- desta lei complementar será cobrado o valor de 40% (quarenta
plementar. por cento) do estipulado no cálculo da OODC definido nesta
§ 2º - Será possível a expedição de sucessivas Certidões de lei, independentemente da data de aprovação do parcela-
Transferência de Potencial Construtivo derivadas de uma mes- mento do solo;
ma Declaração de Potencial Construtivo Passível de Transfe- IV - após 7 (sete) anos e até 10 (dez) anos da publicação desta
rência, ficando a expedição dos certificados de transferência lei complementar será cobrado o valor de 70% (setenta por
de potencial construtivo sem doação do imóvel condicionada cento) do estipulado no cálculo da OODC definido nesta lei,
à comprovação do estado de conservação e preservação do independentemente da data de aprovação do parcelamento
mesmo. do solo; e,
§ 3º - O Certificado de Transferência de Potencial Construtivo, V - após 10 (dez) anos da publicação desta lei complementar
bem como a escritura de Transferência do Direito de Construir será cobrado o valor de 100% (cem por cento) do estipulado
de um imóvel para o outro, serão averbados nas respectivas no cálculo da OODC definido nesta lei, independentemente
matrículas. da data de aprovação do parcelamento do solo.
§ 4º - A Transferência do Direito de Construir de forma fra- § 3º - Após se completar 10 (dez) anos da publicação desta lei
cionada será autorizada pelo Município por meio de decisão complementar, os lotes produzidos por processo protocolado
específica para cada fração a ser utilizada. a qualquer momento estarão submetidos à outorga onerosa
§ 5º - A permissão da Transferência do Direito de Construir e a do direito de construir nos termos desta lei em sua totalidade
emissão do Certificado de Transferência de Potencial Constru- de valor.
tivo serão realizadas por ato do Executivo mediante publicação § 4º - O coeficiente de aproveitamento adicional adquirido por
do ato no Diário Oficial do Município, devendo constar todas meio de OODC terá o mesmo prazo de validade do Alvará de
as informações que compõem a Certidão. Construção, podendo ser renovado nos termos da legislação
Artigo 170 - O monitoramento das operações de Transferência vigente.
do Direito de Construir será efetuado pela Secretaria Muni- § 5º - VETADO
cipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, o qual se a) VETADO
obrigará a: b) VETADO
I - manter registro de todas as operações em arquivo espe- Artigo 172 - O potencial construtivo adicional é bem jurídico
cífico; dominical, de titularidade da Prefeitura, com funções urbanís-
II - publicar no Diário Oficial do Município, no fim de cada exer- ticas e socioambientais.
cício, o resumo das operações de transferências autorizadas § 1º - Considera-se potencial construtivo adicional a metra-
no período, constando: gem possível de ser construída acima do potencial construtivo
a) a identificação do terreno ou lote receptor, incluindo sua básico.
localização; § 2º - Para o cálculo do potencial construtivo adicional deverão
b) a identificação do imóvel doador do direito de construir; ser utilizados:
c) o direito de construir correspondente ao potencial constru- I - o coeficiente de aproveitamento básico definido pelo Plano
tivo do imóvel cedente transferido para o receptor; Diretor como sendo 1 (uma) vez a área do terreno; e,
d) o saldo de potencial construtivo remanescente, no caso
II - o coeficiente de aproveitamento máximo constante do Qua-
da utilização fracionada do direito de construir constante da
dro 03 integrante desta lei complementar para a zona de uso
Certidão; e,
onde se localiza o imóvel.
e) os certificados emitidos durante o período que não foram
Artigo 173 - A contrapartida financeira, que corresponde à
objeto de transferência efetivada, registrando o direito de
outorga onerosa de potencial construtivo adicional, é calculada
Transferência do Potencial Construtivo nos termos desta lei
complementar. pela equação:
§ 1º - O controle da transferência de potencial construtivo será CF = [AT x (CAE - CAB)] x CUB x FP x FS x FI, onde:
realizado pela Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento CF e a contrapartida financeira a ser paga ao Município
Urbano que expedirá, mediante requerimento, Declaração de em moeda corrente;
Potencial Construtivo Passível de Transferência e Certificado AT e a área do terreno;
de Transferência de Potencial Construtivo. CAE e o coeficiente de aproveitamento utilizado no
§ 2º - A Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvol- empreendimento;
vimento Urbano realizará balanço anual das operações de CAB é o coeficiente de aproveitamento básico da zona de
Transferência do Direito de Construir, avaliando os impactos uso em que se localiza o lote ou terreno;
sobre as áreas doadoras e receptoras e dando publicidade a CUB é o valor do metro quadrado da construção estabe-
estas informações. lecido no Estado de São Paulo e divulgado nos termos do
CAPÍTULO IV artigo 54 da Lei Federal nº 4.591 de 16 de dezembro de
DA OUTORGA ONEROSA DO 1964, ou outra que a venha substituir;
DIREITO DE CONSTRUIR - OODC FP é o fator de planejamento que pode variar de 0 (zero)
Artigo 171 - O Executivo Municipal poderá outorgar, nas zonas a 0,5 (cinco décimos), conforme Quadro 10 - Fator de Pla-
urbana e de expansão urbana, o direito de construir adicional nejamento;
ao permitido pelo coeficiente de aproveitamento básico apli- FS é o fator social que pode variar de 0 (zero) a 0,5 (cinco
cado ao solo urbano, se de forma onerosa, mediante aporte décimos), conforme Quadro 11 - Fator Social;
financeiro a ser prestado pelos beneficiários, nos termos dos FI é o fator incentivo que pode variar de 0 (zero) a 1 (um).
artigos 28 a 31 da Lei Federal nº 10.257, de 2001 - Estatuto
da Cidade, do Plano Diretor Municipal, Lei Complementar nº Equação 9 - Contrapartida Financeira
2.866, de 2018, e dos procedimentos estabelecidos nesta lei pelo direito de construir acima do
complementar e em seus regulamentos. Coeficiente Básico de Aproveitamento
§ 1º - A Outorga Onerosa do Direito de Construir - OODC será § 1º - O Custo Unitário Básico (CUB) citado na Equação 9
calculada na aprovação do projeto da edificação, nos termos desta lei complementar a ser adotado no cálculo da OODC
desta lei complementar, e deverá ser paga até, no máximo, seguirá o tipo e padrão da edificação, nos termos da Norma
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Brasileira ABNT NBR 12.721, ou outra que a substitua, apli- execução de melhoramento viário, o direito de, no cálculo do
cado à área computável do empreendimento. coeficiente de aproveitamento, acrescer a área doada à área
§ 2º - Os recursos resultantes da Outorga Onerosa do Direito remanescente, nestas condições a implantação do projeto
de Construir serão revertidos ao Fundo de Desenvolvimento far-se-á unicamente sobre a área remanescente sobre a qual
Urbano (FUNDURB), podendo ser aplicados nos termos do incidirão os demais parâmetros urbanísticos.
Título VIII desta lei complementar. Artigo 176 - Quando incidir sobre um mesmo empreendimento
§ 3º - O Poder Executivo, ressalvado o interesse público, po- edilício, em um mesmo processo administrativo, o recolhimen-
derá estabelecer que o pagamento do valor apurado como to de valores estabelecidos pela OODC, nos termos desta
contrapartida pelo uso da Outorga Onerosa do Direito de lei complementar, e também as contrapartidas definidas no
Construir seja realizado em parcelas mensais, de acordo com Decreto nº 273/2019, ou outro regramento que o substituir,
o cronograma de obras a ser apresentado e condicionado à será exigido apenas o pagamento do maior valor monetário
emissão do “Habite-se”, acrescido de juros mensais calcula- entre os instrumentos mencionados.
dos pela SELIC e mediante correção monetária, com base na CAPÍTULO V
legislação federal para créditos desta natureza. DA OUTORGA ONEROSA DA ALTERAÇÃO
§ 4º - Na hipótese de pagamento parcelado, a expedição do DO USO DO SOLO - OOAU
“Habite-se” do empreendimento será condicionada a compro- Artigo 177 - Para a aprovação de novos empreendimentos
vação do pagamento total das parcelas nos prazos previstos. em glebas na Zona Urbana e na Zona de Expansão Urba-
§ 5º - Para o Fator Incentivo (FI) a que se refere a Equação 9 na atualmente identificadas como de uso do solo rural, será
desta lei complementar será utilizado o valor 1 (um), podendo aplicada a outorga onerosa de alteração de uso, sendo esta
variar conforme os incentivos urbanísticos a serem definidos diferenciada de acordo com a localização do empreendimento,
por legislação específica baseada nos Planos de Ação Regio- considerando o Plano Diretor do Município, Lei Complementar
nal (PAR) estabelecidos para as Unidades de Planejamento nº 2.866, de 2018, em especial seu Capítulo II - Dos Objetivos
Local (UPL). e das Diretrizes Gerais, com as seguintes faixas e respectivos
§ 6º - No caso de desistência do coeficiente adicional adquiri- valores:
do, o valor da contrapartida financeira será devolvido mediante I - quando a gleba estiver localizada na ZUP não serão cobra-
requerimento do interessado. dos valores de Outorga Onerosa da Alteração de Uso do Solo;
§ 7º - A desistência prevista no parágrafo anterior somente II - para as glebas internas ao Perímetro Urbano e externas à
será possível com relação ao imóvel ainda não construído, ZUP, incidirá um acréscimo de 5% (cinco por cento) no valor
mediante caducidade do alvará ou mediante solicitação de estipulado à Contrapartida definida pelo Decreto nº 273, de
cancelamento de projeto, vistoria e análise da Secretaria de 2019, ou outro regramento que o substituir, como efeito de
Planejamento e Desenvolvimento Urbano e não será possível Outorga Onerosa da Alteração do Uso do Solo; e,
na hipótese de regularização de edificações. III - para as glebas internas ao Perímetro da Zona de Expan-
§ 8º - No caso de substituição de projeto que implique acrés- são Urbana, incidirá um acréscimo de 10% (dez por cento) no
cimo do valor da contrapartida financeira total, o interessado valor estipulado à Contrapartida definida pelo Decreto nº 273,
deverá efetuar o pagamento da diferença entre o novo valor de 2019 ou outro regramento que o substituir, como efeito de
e o valor já pago anteriormente. Outorga Onerosa da Alteração do Uso do Solo.
§ 9º - No caso de substituição de projeto que implique redução § 1º - Não será permitida a alteração do uso do solo rural para
do valor da contrapartida financeira total de Planejamento o uso do solo urbano das glebas localizadas na Zona Rural.
Urbano Sustentável, o interessado poderá solicitar a devolu- § 2º - Os recursos resultantes da Outorga Onerosa da Alte-
ção parcial da contrapartida financeira entre o valor já pago ração de Uso do Solo serão revertidos ao Fundo de Desen-
e o novo valor. volvimento Urbano (FUNDURB), podendo ser aplicados nos
§ 10 - Para empreendimentos que vierem a sofrer alterações termos do Título VIII desta lei complementar, observadas as
físicas ou de uso que impliquem descaracterização dos mo- regras de aplicação previstas no artigo 31 da Lei Federal nº
tivos que levaram à isenção ou redução da contrapartida fi- 10.257, de 2001.
nanceira será obrigatória a obtenção de nova aprovação e § 3º - Não será aplicada outorga de alteração de uso para
Habite-se, havendo nova apuração da contrapartida financeira, os parcelamentos do solo em áreas localizadas na Zona de
devendo o interessado efetuar o pagamento da diferença entre Expansão Urbana que não configurem fins de urbanificação
o novo valor e o valor já pago anteriormente. e as partes resultantes tenham área total superior a 20.000,0
§ 11 - Para as situações de incidência de fatores sociais varia- m² (vinte mil metros quadrados).
dos decorrente de tipologias ou usos distintos em um mesmo CAPÍTULO VI
empreendimento, a aplicação do Fator Social deverá ser efe- DA OPERAÇÃO URBANA CONSORCIADA - OUC
tuada proporcionalmente a área computável de cada situação. Artigo 178 - O Executivo Municipal poderá realizar Operações
§ 12 - Para as situações em que os imóveis estejam situados Urbanas Consorciadas - OUC, de acordo com a Lei Federal nº
em mais de uma UOP, com incidência de fatores de plane- 10.257, de 2001, com o objetivo de promover, em um determi-
jamento diferentes, a aplicação do Fator de Planejamento nado perímetro, devidamente apurado e delimitado nos PAR,
na fórmula da equação 9 desta lei complementar deverá ser transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e
efetuada proporcionalmente à área computável para cada valorização ambiental.
situação. Artigo 179 - As Operações Urbanas Consorciadas têm por
§ 13 - Ficam isentas da contrapartida financeira as edificações finalidade:
residenciais unifamiliares. I - implantar equipamentos estratégicos para o desenvolvi-
Artigo 174 - Na ocasião do Habite-se será feita a verificação mento urbano;
do cumprimento da destinação que motivou a utilização dos II - ampliar e melhorar o sistema de transporte coletivo, as
fatores sociais e de incentivo, conforme disposto nos quadros redes de infraestrutura e o sistema viário estrutural e coletor;
desta lei complementar. III - promover a recuperação ambiental de áreas passíveis
§ 1º - Em caso de não cumprimento da destinação que moti- de inundação;
vou a utilização dos fatores FS e/ou FI, o Município efetuará IV - implantar e/ou recuperar equipamentos públicos sociais,
o cancelamento da isenção ou redução e terá a sua cobrança espaços públicos e áreas verdes;
em dobro a título de multa, podendo ser efetuada a cassação V - proteger, recuperar e valorizar o patrimônio ambiental,
do Alvará de Construção. histórico e cultural;
§ 2º - Entende-se como não cumprimento da destinação que VI - promover o desenvolvimento econômico e a dinamização
motivou a utilização dos fatores FS e/ou FI, a supressão ou de áreas visando à geração de empregos;
redução dos parâmetros e das estratégias adotadas para o VII - dar aproveitamento e incentivar o uso e ocupação de
enquadramento dos fatores sociais e de incentivos. áreas vazias e/ou subutilizadas; e,
Artigo 175 - Fica assegurado aos proprietários de imóveis, VIII - melhorar as condições de moradia, trabalho, saúde,
quando doarem à Prefeitura Municipal a parcela necessária à educação, lazer e cidadania da população diretamente afe-
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tada pela área objeto da OUC, em especial às regiões de pelo Município de Ribeirão Preto, na condição de bens vagos.
baixa renda. § 1º - A intenção referida no caput deste artigo será presumida
Artigo 180 - A lei específica que regulamentar cada Operação quando o proprietário, cessados os atos de posse sobre o
Urbana Consorciada poderá prever, mediante contrapartida a imóvel, não adimplir os ônus fiscais instituídos sobre a pro-
ser fixada pelo Poder Executivo: priedade predial e territorial urbana, por 05 (cinco) anos.
I - a modificação de índices e características de parcelamen- § 2º - Outros elementos poderão ser incorporados na carac-
to, uso e ocupação do solo e subsolo, bem como alterações terização do abandono, tais como falta de uso, deterioração
das normas edilícias considerado o impacto ambiental delas física e inexistência da sua manutenção sistemática.
decorrentes; Artigo 184 - O procedimento administrativo de que trata o
II - a regularização de construções, reformas ou ampliações artigo anterior será iniciado:
executadas em desacordo com a legislação vigente; I - de ofício, pela autoridade competente;
III - a concessão de incentivos a operações urbanas que utili- II - por denúncia escrita e fundamentada por qualquer muní-
zam tecnologias visando a redução de impactos ambientais, cipe, inclusive por meio eletrônico; e,
e que comprovem a utilização, nas construções e uso de edi- III - por provocação de agentes públicos, inclusive dos órgãos
ficações urbanas, de tecnologias que reduzam os impactos de fiscalização do Município.
ambientais e economizem recursos naturais, especificadas Parágrafo Único - Compete ao Secretário Municipal da Fa-
as modalidades de design e de obras a serem contempladas; zenda autorizar a instauração do procedimento de que trata
IV - oferecimento de Certificados de Potencial Construtivo; e, o caput deste artigo.
V - cessão do espaço público terrestre, aéreo ou subterrâneo, Artigo 185 - O procedimento administrativo de arrecadação
resguardado o interesse público. de imóveis abandonados será coordenado pela Secretaria da
Parágrafo Único - As regularizações de edificações não po- Fazenda e atribuído à Comissão Permanente de Arrecadação
derão incorrer em prejuízo das condições de estabilidade, de Imóveis Urbanos Abandonados, CPAIA.
segurança e salubridade das edificações e equipamentos. Parágrafo Único - A composição da Comissão Permanente de
Artigo 181 - A lei específica que regulamentar cada Operação Arrecadação de Imóveis Urbanos Abandonados, CPAIA, assim
Urbana Consorciada deve atender aos objetivos e diretrizes como o procedimento administrativo é regulado pelo Decreto
estabelecidos nesta lei e conter no mínimo: Municipal nº 145, de 2019 ou por qualquer outra legislação
I - delimitação do perímetro de abrangência da Operação Ur- que o substituir.
bana Consorciada; Artigo 186 - O imóvel arrecadado que passar à propriedade do
II - finalidade da Operação Urbana Consorciada; Município será classificado como bem dominical e poderá ser
III - plano urbanístico; destinado a programas habitacionais, ao fomento da Regulari-
IV - programa básico de intervenções urbanas articulado com zação Fundiária de Interesse Social, para uso institucional ou
as finalidades da Operação Urbana Consorciada e com o seu será objeto de concessão de direito real de uso a entidades
plano urbanístico; sociais que comprovadamente tenham fins filantrópicos, as-
V - estudo prévio de impacto ambiental, de vizinhança, quando sistenciais, educativos, esportivos, culturais, entre outros, no
couber, associado aos estudos necessários à área de inter- interesse do Município.
venção; § 1º - Caso não haja interesse público no imóvel arrecadado,
VI - programa de atendimento econômico, social e habitacional poderá ser determinada, ainda, sua alienação, respeitados os
para a população diretamente afetada pela operação; procedimentos previstos em lei.
VII - previsão de glebas e terrenos para a produção habita- § 2º - Os valores arrecadados, validados pela Secretaria Mu-
cional de interesse social dentro de seu perímetro de abran- nicipal da Fazenda, deverão ser depositados no Fundo de
gência; Desenvolvimento Urbano - FUNDURB, instituído pelo Artigo
VIII - mecanismos de garantia de preservação dos imóveis e 51 do Plano Diretor, Lei Complementar nº 2.866, de 2018, ou
espaços urbanos de especial valor histórico, cultural, arquite- poderão ser convertidos, integral ou parcialmente, em obras,
tônico, paisagístico e ambiental, protegidos por tombamento serviços e investimentos executados diretamente pelo em-
ou lei; preendedor por meio de:
IX - contrapartidas financeiras a serem exigidas dos proprietá- I - manutenção ou execução de obras ou serviços; e,
rios, usuários permanentes e investidores privados em função II - transferência ao poder público de imóveis preferencialmen-
dos benefícios recebidos; te em áreas estratégicas para a implantação de equipamentos
X - estoques de potencial construtivo adicional; públicos, instalação de prédios públicos ou atendimento a
XI - forma de controle e gestão da operação urbana consorcia- programas habitacionais ou para regularização fundiária e
da, com a previsão de um conselho gestor paritário, formado urbanística de interesse social, justificado o interesse público.
por representantes do Poder Público e da sociedade civil; CAPÍTULO VIII
XII - fundo específico que deverá receber os recursos de con- DOS EMPREENDIMENTOS DE GRANDE
trapartidas financeiras e correntes dos benefícios urbanísticos IMPACTO URBANÍSTICO E AMBIENTAL
concedidos; e, Artigo 187 - Serão considerados de grande impacto urbanísti-
XIII - regras de transição do regime jurídico da operação ur- co e ambiental os empreendimentos que para sua aprovação
bana consorciada para o regime jurídico ordinário da Lei de demandam análise técnica multisetorial devido aos aspectos
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, aplicáveis ao final urbanísticos, ambientais, econômicos e sociais, consideradas
de cada Operação Urbana Consorciada. as condicionantes físico-territoriais e de infraestrutura urbana,
Artigo 182 - Os recursos obtidos pelo Poder Público na forma em função do porte, tipologia, incomodidade, intensificação de
do inciso IX do artigo anterior serão aplicados exclusivamente tráfego de veículos, adensamento construtivo e populacional,
na implantação do Programa de Intervenções Urbanas previs- e suporte dos serviços públicos cuja implantação, individual
to na lei de criação da Operação Urbana Consorciada. ou simultânea a outros empreendimentos:
§ 1º - No mínimo 15% (quinze por cento) dos recursos arre- I - causem alteração significativa ou sobrecarga na capaci-
cadados deverão ser aplicados em Habitação de Interesse dade de suporte dos equipamentos públicos e infraestrutura
Social no perímetro de abrangência da Operação Urbana Con- urbana instalada;
sorciada, preferencialmente na aquisição de glebas e lotes. II - atraiam ou produzam grande número de viagens, causando
§ 2º - Os recursos a que se refere o parágrafo 1º deverão ser reflexos negativos na circulação viária em seu entorno ime-
em sua origem depositados em conta específica, vinculada à diato ou prejudicando a acessibilidade de toda a região; ou,
Operação Urbana Consorciada. III - agravem as condições de segurança de veículos e pe-
CAPÍTULO VII destres e/ou que causem impactos além de suas divisas ao
DA ARRECADAÇÃO DE IMÓVEIS URBANOS meio ambiente natural ou construído.
Artigo 183 - Os imóveis urbanos em comprovada situação de Artigo 188 - São empreendimentos de grande impacto urba-
abandono, cujos proprietários não possuam a intenção de nísticos:
conservá-los em seu patrimônio, poderão ser arrecadados I - loteamentos;
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II - desmembramentos com reserva de áreas públicas nos § 7º - VETADO.
termos desta lei complementar; Artigo 190 - Os empreendimentos enquadrados como de
III - conjuntos habitacionais ou empreendimentos residenciais grande impacto urbanístico decorrentes de efeito cumulativo
com número de unidades superior a 200 (duzentas) e/ou com deverão ser objeto de avaliação conjunta em único EIV, sendo
área construída total superior a 30.000 m² (trinta mil metros que as contrapartidas decorrentes poderão ser atribuídas por
quadrados); empreendimento, ou de forma conjunta, proporcionalmente.
IV - empreendimentos geradores de tráfego (GIT-2 ou GIT-3) CAPÍTULO X
classificados nos Quadros 05 e 06 desta lei complementar; DO RELATÓRIO DE IMPACTO DE TRÂNSITO
V - mais de 2 (dois) empreendimentos não residenciais no E TRANSPORTE PÚBLICO (RITT)
mesmo imóvel enquadrados como geradores de incômodo Artigo 191 - O Relatório de Impacto de Trânsito e Transporte
de tráfego GIT-1 nos termos do Quadro 06 desta lei comple- Público (RITT) tem o objetivo de avaliar os impactos gerados
mentar; pela implantação de um empreendimento no sistema viário
VI - empreendimentos que necessitem de alteração de uso e propor as medidas mitigadoras e compensatórias neces-
do solo mediante OOAU, independente de porte ou tipologia. sárias para garantir a qualidade da circulação de veículos
§ 1º - Também devem ser considerados de grande impacto, o e pedestres no local e de dimensionamento adequado do
efeito cumulativo dos empreendimentos contíguos que fazem transporte público.
limites entre si ou na mesma área de influência, em tramitação Artigo 192 - Os empreendimentos enquadrados como de gran-
simultânea, e possuam a mesma titularidade do terreno e/ou de impacto urbanístico deverão ser submetidos à elaboração
de um mesmo grupo empreendedor, sendo, nestes casos, de RITT.
aplicada a regra considerando o somatório das unidades ha- § 1º - O RITT deverá ser protocolado no órgão responsá-
bitacionais, e das áreas construídas para enquadramento nos vel pelo trânsito e transporte no município e, quando de sua
termos deste artigo. aprovação, deverá ser firmado o Termo de Compromisso com
§ 2º - A área de influência a que se refere o parágrafo anterior as consequentes mitigações para ser anexado ao Processo
será definida por uma distância de 500 m (quinhentos metros), de EIV.
a partir do perímetro do terreno onde se situa o empreendi- § 2º - O RITT deverá conter, no mínimo, análise dos seguintes
mento. aspectos na abrangência da área analisada:
CAPÍTULO IX I - descrição do empreendimento;
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA II - área de influência;
Artigo 189 - Ficam condicionados à apresentação prévia de III - macroacessibilidade;
Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), conforme artigo 36 da IV - microacessibilidade;
Lei Federal nº 10.257, de 2001, a aprovação e licenciamento V - transporte coletivo / transporte escolar;
de empreendimentos e intervenções urbanísticas enquadra- VI - definição da área de estudo;
dos como de grande impacto urbanístico nos termos desta VII - estabelecimento das zonas de tráfego;
lei complementar, devendo conter, no mínimo, análise dos VIII - preparação da rede básica de transportes;
seguintes aspectos, na abrangência da vizinhança analisada: IX - coleta de dados;
I - adensamento populacional; X - análise de demanda atual;
II - equipamentos públicos e comunitários, especialmente uni- XI - análise de demanda futura (10 anos);
dades escolares, de saúde e de assistência social; XII - análise de demanda futura (10 anos) com o empreen-
III - uso e ocupação do solo; dimento;
IV - geração de trânsito, tráfego e demanda por transporte XIII - acessibilidade;
público; XIV - segurança viária;
V - infraestrutura pública disponível e estimativa de atendi- XV - avaliação dos impactos no sistema viário e de trans-
mento da demanda futura; porte; e,
VI - riscos ambientais; e, XVI - conclusões e proposição de medidas mitigadoras / com-
VII - geração de resíduos sólidos. pensatórias.
§ 1º - A CCU poderá exigir a outros empreendimentos a apre- § 3º - A delimitação da área de influência, pelo órgão responsá-
sentação de EIV, mediante justificativa técnica, em função de vel pelo trânsito, dependerá do tamanho do empreendimento,
seu porte, tipologia e localização. da atividade que será desenvolvida e do local de implantação.
§ 2º - Os aspectos relacionados no caput deverão ser estu- § 4º - VETADO.
dados levando-se em conta a região de entorno do empreen- CAPÍTULO XI
dimento, numa distância de no mínimo 500,0 m (quinhentos DAS MEDIDAS DE MITIGAÇÃO E CONTRAPARTIDAS
metros), a partir do perímetro do terreno onde se situa o em- Artigo 193 - A Secretaria Municipal de Planejamento e Desen-
preendimento (construído ou a construir) ou do terreno ou volvimento Urbano, que coordena os processos de licencia-
gleba a ser parcelado, considerando inclusive os passivos mento de empreendimentos no município, orientará e definirá
existentes. por meio da CCU, com base na legislação vigente, os procedi-
§ 3º - O Relatório do EIV será publicado no site da Secretaria mentos técnicos e operacionais para a mensuração e definição
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, fi- das medidas mitigadoras, compensatórias e contrapartidas
cando disponível para consulta e manifestação por qualquer dos impactos urbanísticos considerando o EIV.
interessado pelo prazo de 5 (cinco) dias úteis, sendo facultado § 1º - As medidas mitigadoras estabelecidas deverão estar
a qualquer munícipe requerer junto à Secretaria Municipal diretamente relacionadas com os impactos urbanos gerados
de Planejamento e Desenvolvimento Urbano vista de todo pelo empreendimento, sendo que para a compensação de-
o processo. ve-se considerar, além das dimensões dos impactos identi-
§ 4º - Caberá à CCU a manifestação final sobre o EIV, determi- ficados, o porte do empreendimento, seu adensamento po-
nando ao empreendedor/interessado que, às suas expensas, pulacional, a contiguidade de empreendimentos de impacto,
execute modificações em projeto ou obras necessárias para assim como suas características.
atenuar, compensar ou superar os impactos causados pelo § 2º - Consideram-se medidas mitigadoras as ações, os pro-
empreendimento. jetos, as obras e os serviços a serem executados pelo in-
§ 5º - Por solicitação do requerente e/ou a critério do Diretor teressado para atenuar e/ou eliminar os impactos diretos e
do Departamento de Urbanismo, ouvido o Secretário de Pla- indiretos gerados pelo empreendimento no entorno imediato
nejamento e Desenvolvimento Urbano, os interessados nos do terreno/gleba e na vizinhança mediata e os impactos no
projetos em análise poderão comparecer às reuniões a fim funcionamento da cidade.
de prestar esclarecimentos. Artigo 194 - Não serão consideradas como contrapartidas:
§ 6º - Poderá a CCU dispensar a realização de EIV para os I - as obras de infraestrutura básica incidentes ou outras indis-
casos de reforma e/ou ampliação de empreendimentos que pensáveis e necessárias para viabilização do empreendimento
não resultem no aumento de seu potencial de impacto. e ao seu pleno funcionamento, como melhorias viárias para
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o acesso direto e seguro ao empreendimento de qualquer mento do nível de impacto urbanístico, considerando o impac-
porte, abastecimento de água, sistema de coleta, elevação e to gerado por todos os empreendimentos em conjunto, sendo
afastamento de esgotos, vias públicas e sinalização adequa- que as contrapartidas decorrentes poderão ser atribuídas por
das, drenagem urbana, energia elétrica e iluminação pública, empreendimento, ou de forma conjunta, proporcionalmente.
entre outros; Artigo 200 - Os valores definidos a título de contrapartida,
II - a contribuição, de qualquer natureza, pela disponibilidade validados pela Secretaria Municipal de Planejamento e De-
ou melhoria da infraestrutura urbana existente no local ou em senvolvimento Urbano, deverão ser depositados no Fundo de
suas imediações, como infraestrutura viária e abastecimento Desenvolvimento Urbano - FUNDURB, instituído pelo artigo
de água e sistema de coleta, elevação e afastamento de es- 51 do Plano Diretor, Lei Complementar nº 2.866, de 2018,
goto sanitário, entre outros; e ou poderão ser convertidos, integral ou parcialmente, em
III - o paisagismo e a restauração ecológica estabelecidos em obras, serviços e investimentos executados diretamente pelo
Diretrizes Ambientais; e, empreendedor por meio de:
IV - as medidas mitigadoras ou compensatórias decorrentes I - manutenção ou execução de obras ou serviços;
de processos de Avaliação de Impacto Ambiental municipais II - execução de projetos; e,
ou estaduais. III - transferência ao poder público de imóveis preferencial-
Artigo 195 - A análise do empreendimento proposto compreen- mente em áreas estratégicas para a implantação de equipa-
derá, dentre outros aspectos, se a área e seu entorno têm con- mentos públicos, instalação de prédios públicos, construção
dições de suportar os impactos gerados por ele, assim como de unidades habitacionais ou atendimento a programas ha-
as obras, melhorias, serviços e equipamentos necessários à bitacionais ou para regularização fundiária e urbanística de
adequada inserção deste empreendimento na malha urbana, interesse social, assim como destinados à proteção da fauna
considerando, ainda, o efeito cumulativo dos empreendimen- e da vegetação nativa, das fontes hídricas e das áreas de
tos existentes e os já aprovados, porém não implantados. preservação ou para a prevenção ou mitigação de desastres
Artigo 196 - A exigência de medidas mitigadoras e compen- naturais como enchentes, incêndio e outros, justificado o in-
satórias não exclui a exigência de contrapartidas. teresse público.
Artigo 197 - Estão sujeitos a este regramento todos os em- § 1º - Não se aplica o inciso III às áreas que possuem obrigato-
preendimentos que por suas características peculiares de riedade de serem doadas ao Poder Público em urbanificação.
porte, natureza ou localização sejam caracterizados como § 2º - Não se enquadram neste artigo as obras, serviços e
Empreendimentos de Grande Impacto urbanístico ou ambien- investimentos executados no empreendimento não enqua-
tal, estejam eles na Zona Urbana ou na Zona de Expansão drados como contrapartida, nos termos do artigo 194 desta
Urbana, conforme estipulado no capítulo anterior. lei complementar.
Artigo 198 - As propostas de mitigação e/ou de contrapartida Artigo 201 - Os valores das contrapartidas serão direcionados
indicadas pela CCU deverão seguir as diretrizes do Comitê preferencialmente para a área de influência do empreendi-
Gestor da Política de Desenvolvimento Urbano e Habitação, mento, podendo ser aplicados em outra região do município,
e serem submetidas à Secretaria Municipal de Planejamento por justificada relevância, na execução de melhorias urbanas,
e Desenvolvimento Urbano. tais como:
§ 1º - As propostas definidas nos termos do caput devem I - soluções de demandas decorrentes de decisões judiciais
compor o Termo de Compromisso, contemplando e unifican- da área do desenvolvimento urbano, sobretudo as transitadas
do as medidas mitigadoras e contrapartidas exigidas para o em julgado com aplicação de multas;
empreendimento, bem como garantias e cronograma para II - regularização fundiária em áreas específicas de interes-
cumprimento dos compromissos. se social ou implantação de solução de moradia em casos
§ 2º - A assinatura do Termo de Compromisso é condicionante de remanejamento de moradias ou interesse da política de
para a obtenção do Alvará de aprovação ou Certidão de Via- habitação;
bilidade Urbanística do empreendimento e seu cumprimento III - elaboração de projetos e implantação parcial ou total de
é requisito para a emissão do “Habite-se” ou do Termo de infraestruturas em assentamentos integrantes do Programa
Recebimento de Obras. de Regularização Fundiária;
§ 3º - Os Termos de Compromisso serão publicados no site IV - implantação, ampliação ou manutenção de equipamentos
da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento públicos comunitários, como unidades de educação, de saúde,
Urbano, ficando disponível para consulta de qualquer inte- de assistência social, de segurança, de cultura, de esportes
ressado. e de lazer;
Artigo 199 - As exigências de contrapartidas estabelecidas V - criação, plantio e/ou conservação de áreas verdes mu-
serão proporcionais a significância do impacto do empreendi- nicipais, Unidades de Conservação, Áreas de Preservação
mento, sendo o percentual efetivo máximo definido conforme Permanente, canteiros, praças e parques;
a classificação prevista em decreto municipal específico e VI - restauro, reparo ou ampliação de imóveis de interesse
regulamentos correlatos. histórico, cultural ou paisagístico;
§ 1º - Quando houver dois ou mais empreendimentos de mes- VII - reparos, providências, obras e/ou ações preventivas, de
mo grupo empreendedor ou proprietário, em áreas contíguas socorro, assistenciais e reconstrutivas destinadas a evitar ou
ou na mesma área de influência em faixa de 300 m (trezentos minimizar os desastres naturais ou tecnológicos, assim como
metros) dos limites do empreendimento, a mitigação deverá outros determinados pela Defesa Civil;
ser aplicada considerando o somatório das unidades habita- VIII - implantação ou manutenção de infraestruturas urbanas,
cionais, do número de vagas de estacionamento, das áreas inclusive calçadas e ciclovias; e,
construídas e dos terrenos e, quando ainda não estiverem IX - aquisição de áreas ao município que se destinem à pro-
sido firmados os Termos de Compromisso citados no artigo teção da fauna e da vegetação nativa das fontes hídricas e
anterior, a distribuição de valores da contrapartida total será das áreas de preservação ou para a preservação ou mitigação
realizada proporcionalmente ao enquadramento do nível de dos desastres naturais como enchentes, incêndios e outros.
impacto urbanístico de cada empreendimento. CAPÍTULO XII
§ 2º - Quando um dos empreendimentos descritos no pa- DA CESSÃO TEMPORÁRIA
rágrafo anterior possuir o Termo de Compromisso válido e Artigo 202 - Fica autorizada a Prefeitura Municipal, a título
vinculado ao decreto de Aprovação ou Alvará de Construção, precário e discricionário, onerosamente ou gratuitamente, a
ambos em validade, ou já esteja implantado, o saldo devido ceder temporariamente o uso de imóvel municipal ou parte de
da contrapartida atribuída ao conjunto será vinculado ao em- suas dependências, edificado ou não, independentemente de
preendimento retardatário, descontados os valores já pagos. sua natureza, desde que não prejudique o interesse público,
§ 3º - Quando houver dois ou mais empreendimentos em para o exercício de atividades destinadas exclusivamente ao
áreas contíguas ou na mesma área de influência, em tramita- fomento ou promoção de caráter cultural, recreativo, seguran-
ção simultânea para expedição da certidão de viabilidade, seja ça, esportivo, psicossocial, histórico, bem-estar, habitacional,
ou não do mesmo empreendedor, será realizado enquadra- educacional, ambiental, social, beneficente ou direcionado à
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defesa de grupos étnicos, de gênero ou de grupos vulnerá- sendo sempre temporária e prevendo a finalidade exclusiva
veis legalmente protegidos, como forma de permitir a maior de servir como passagem, sem autorização para edificação
ocupação dos espaços públicos pela sociedade civil. na área pública, com exceção às obras necessárias para pos-
§ 1º - A cessão deverá ser precedida da demonstração de sibilitar o acesso do imóvel à via pública, como calçamentos
interesse público devidamente justificado, sendo dispensada e portão, sendo dispensada avaliação prévia, concorrência e
avaliação prévia e autorização legislativa. autorização legislativa.
§ 2º - A cessão deverá ser precedida de chamamento público § 3º - O particular deverá previamente solicitar autorização à
ou qualquer outro processo seletivo idôneo que assegure a Prefeitura Municipal para realização de qualquer obra sobre
isonomia e igualdade de oportunidade entre os participantes a servidão de passagem para possibilitar o acesso do imóvel
interessados na cessão. à via pública.
§ 3º - O chamamento público será dispensado nas seguintes § 4º - O proprietário do prédio dominante não poderá ceder por
hipóteses: tempo determinado ou indeterminado, gratuitamente ou one-
I - por manifestação técnica da Secretaria ou órgão público rosamente, o uso da servidão para terceiros ou sua utilização
municipal cuja atribuição legal corresponda à atividade pre- de forma diversa da constante no decreto, restringindo-se o
ponderante do objeto da cessão quando houver indicação exercício da servidão às necessidades do prédio dominante,
da especificidade da cessão e do relevante interesse público evitando-se, quanto possível, o agravamento do encargo ao
envolvido; prédio serviente.
II - quando o imóvel for necessário para execução de convê- § 5º - Deverá o particular arcar com a totalidade das despe-
nio, contrato ou parceria firmada para fomento ou promoção sas com obras existentes à instituição, conservação e uso da
de caráter cultural, recreativo, segurança, esportivo, psicos- servidão de passagem, na forma do artigo 1.381 do Código
social, histórico, bem-estar, habitacional, educacional, am- Civil, sem direito de regresso ou retenção quanto à Prefeitura
biental, social, beneficente, saúde ou direcionado à defesa Municipal.
de grupos vulneráveis legalmente protegidos, mesmo que § 6º - Deverá constar no decreto autorizador e na escritura
existente contrapartida financeira ou operacional a ser per- pública que a servidão de passagem se extinguirá com:
cebida pelo terceiro; I - o advento de novo acesso ao imóvel particular que torne
III - para eventos de curta duração realizados em imóveis pú- desnecessária a servidão de passagem constituída, cessada
blicos, de natureza recreativa, esportiva, cultural, religiosa ou a utilidade que determinou a constituição da servidão;
educacional, até o prazo máximo de 45 (quarenta e cinco) dias II - o término do prazo concedido;
corridos, incluindo montagem e desmontagem, cujos valores III - o descumprimento dos termos do decreto e desta lei com-
e requisitos serão regulamentados por decreto. plementar;
§ 4º - A Secretaria ou órgão público municipal cuja atribuição IV - a renúncia do titular de sua servidão;
legal corresponda à atividade preponderante do objeto da V - o interesse público devidamente justificado quando a Pre-
cessão será responsável pela análise, definição do prazo e feitura Municipal necessitar resgatar a servidão, assegurado
termos da cessão e parecer conclusivo para apreciação e o contraditório mediante processo administrativo e notificação
decisão do órgão competente pela gestão do patrimônio imo- prévia no prazo antecedente de 30 (trinta) dias;
biliário municipal, que formalizará o respectivo instrumento. VI - a reunião dos dois prédios no domínio da mesma pessoa;
§ 5º - A cessão temporária será formalizada por meio de termo, VII - a supressão das respectivas obras por efeito de contrato,
cujo extrato deverá ser publicado no Diário Oficial do Município ou de outro título expresso;
no prazo de até 30 (trinta) dias contados da assinatura de VIII - o não uso pelo particular, durante 10 (dez) anos con-
todos os signatários. tínuos;
§ 6º - A cessão temporária não poderá afetar o regular uso do IX - acordo comum entre as partes; e/ou,
bem público municipal, devendo as atividades desenvolvidas X - a ocorrência de causas de extinção de servidão previstas
serem abertas a toda a população interessada, observados na legislação federal, estadual e municipal.
os termos da cessão. § 7º - Na hipótese de extinção da servidão de passagem por
Artigo 203 - Os representantes legais da instituição ou entida- qualquer motivo, o particular não terá direito de retenção ou
de, da atividade ou evento serão pessoalmente responsáveis à indenização pela evicção e por acessões ou benfeitorias de
pela manutenção do bem e pela sua devolução à Prefeitura qualquer tipo e natureza, sejam necessárias, voluptuárias ou
Municipal em condições iguais ou superiores de conservação úteis, arcando o particular, igualmente, com a totalidade dos
em que foi cedido, responsabilizando-se pela manutenção custos de eventual remoção da servidão de um local para
estrutural e física, além do pagamento de todos os tributos e outro.
ônus de qualquer natureza incidentes sobre o imóvel no prazo § 8º - O particular deverá arcar com a totalidade dos custos
da autorização, incluindo energia elétrica, limpeza, água e devidos pela lavratura da escritura de servidão e seu efetivo
esgotos, de forma proporcional ao tempo de uso. registro junto ao Cartório de Registro de Imóveis, bem como
Parágrafo Único - Na cessão temporária, mesmo quando por outras despesas decorrentes da efetivação dos termos
gratuita, poderão ser cobrados, a título de ressarcimento, os do decreto, inclusive na hipótese dos custos pela extinção,
custos administrativos da Prefeitura Municipal, relacionados exceto se devidamente comprovada sua hipossuficiência eco-
direta ou indiretamente com o evento ou atividade, nos termos nômica, cuja apreciação fica a cargo da Secretaria Municipal
da regulamentação. da Fazenda.
Artigo 204 - A Prefeitura Municipal poderá retomar o bem a CAPÍTULO XIV
qualquer tempo, unilateralmente, independentemente de pré- DA PERMISSÃO DE USO
via notificação, não sendo devida indenização por acessões, Artigo 206 - Fica autorizada a Prefeitura Municipal, de modo
construções, benfeitorias ou direito de retenção discricionário e precário, onerosamente ou gratuitamente, a
CAPÍTULO XIII permitir o uso individual de quaisquer bens municipais, imóveis
DA SERVIDÃO e móveis, por terceiros ou entes públicos, por prazo indeter-
Artigo 205 - Fica autorizada a Prefeitura Municipal a possibilitar minado ou determinado, conforme o caso e quando houver
a constituição de servidão de passagem em quaisquer imó- interesse público relevante, devidamente justificado.
veis públicos municipais quando constatado por manifestação Parágrafo Único - VETADO.
técnica da Secretaria Municipal de Planejamento e Desen- Artigo 207 - A permissão de uso poderá incidir sobre qualquer
volvimento Urbano que o imóvel confrontante se encontra bem público e dependerá de concorrência e far-se-á a título
totalmente encravado, com único acesso ao sistema viário precário, mediante decreto.
através da área pública. § 1º - A concorrência fica dispensada nas hipóteses desta lei
§ 1º - A servidão de passagem será onerosa ou gratuita, de- complementar e quando o uso se destinar à concessionária
vendo o beneficiado comprovar sua renda financeira, cuja ou permissionária de serviço público, a entidades assisten-
análise sobre a onerosidade ou gratuidade da servidão caberá ciais, entidades sem fins lucrativos, associação de morado-
à Secretaria Municipal da Fazenda. res, hortas comunitárias ou quando houver interesse público
§ 2º - A servidão de passagem será autorizada por decreto, relevante, devidamente justificado.
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§ 2º - É autorizada a permissão de uso de espaço aéreo, sub- § 2º - O concessionário também é responsável pela manu-
solo e a superfície de terrenos públicos municipais, tomada tenção estrutural e física, além do pagamento de todos os
em projeção vertical. tributos e ônus de qualquer natureza incidentes sobre o imóvel
§ 3º - Do decreto de outorga constarão as condições da per- no prazo da concessão de uso, incluindo energia elétrica,
missão, dentre as quais: água e esgotos.
I - a finalidade da sua realização; § 3º - Ao término do prazo da concessão, o bem retornará à
II - os direitos e obrigações do permissionário; posse da Prefeitura Municipal, independentemente de noti-
III - o prazo de vigência ou se a permissão é por prazo inde- ficação.
terminado; § 4º - A Prefeitura Municipal poderá renovar o prazo de con-
IV - o valor da garantia de cumprimento das obrigações, quan- cessão.
do exigida, e a forma de seu recolhimento; § 5º - O concessionário deverá arcar com a totalidade dos
V - especificações de compensações ambientais ou urbanís- custos devidos pela lavratura da escritura e seu efetivo registro
ticas, conforme o caso; junto ao Cartório de Registro de Imóveis, bem como por outras
VI - as penalidades aplicáveis, nos casos de inadimplemento; despesas decorrentes da efetivação dos termos da concessão,
e inclusive na hipótese dos custos pela extinção, exceto se de-
VII - o valor e a forma de pagamento quando onerosa a per- vidamente comprovada sua hipossuficiência econômica, cuja
missão. apreciação fica a cargo da Secretaria Municipal da Fazenda.
Artigo 208 - Fica autorizada a Prefeitura Municipal a conceder CAPÍTULO XVI
permissão de uso de quaisquer áreas públicas municipais a DA CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO
ser utilizadas para atividades de agricultura urbana e criação Artigo 214 - Fica autorizada a Prefeitura Municipal, por meio
de hortas comunitárias, visando ao fortalecimento das ações de contrato, a transferir o uso, oneroso ou gratuito, de terreno
de segurança alimentar no Município e economia, nos termos público a particular ou ente público, por tempo certo ou inde-
da Lei Municipal nº 4.412, de 1983, Lei Municipal nº 14.205, terminado, como direito real resolúvel, para fins específicos de
de 2018, Decreto Municipal nº 240, de 1987 e demais regula- urbanização, industrialização, fomento ao comércio, geração
mentos, dispensada concorrência e lei autorizativa específica. de empregos, habitação, segurança, regularização fundiária,
Artigo 209. Fica autorizada a Prefeitura Municipal a conceder aproveitamento sustentável do meio ambiente, preservação
permissão de uso de quaisquer áreas públicas municipais das comunidades e seus meios de subsistência, edificação,
para instalação de equipamentos de segurança particular, cultivo da terra, ou outra utilização de interesse social, am-
dispensada concorrência e lei autorizativa, visando ao for- biental ou cultural.
talecimento das ações de proteção e segurança pública no § 1º - É permitida a concessão de uso de espaço aéreo, sub-
Município, nos termos do Decreto Municipal nº 156, de 2018 solo e a superfície de terrenos públicos municipais, tomada
e regulamentos posteriores. em projeção vertical.
Artigo 210 - A Prefeitura Municipal poderá retomar o bem a § 2º - Poderá ser objeto de concessão de direito real de uso
qualquer tempo, unilateralmente, com prévia notificação, não bem imóvel tombado pela Prefeitura Municipal, mediante pré-
sendo devida indenização por acessões, construções, benfei- vio parecer técnico do Conselho de Preservação do Patrimô-
torias ou direito de retenção. nio Cultural do Município de Ribeirão Preto - CONPPAC-RP
CAPÍTULO XV quanto à viabilidade da concessão, proferido no prazo máximo
DA CONCESSÃO DE USO e improrrogável de 45 (quarenta e cinco) dias, contados do
Artigo 211 - O uso de bens municipais imóveis por terceiros po- recebimento da documentação inicial, aplicando-se na omis-
derá ser feito mediante concessão, conforme o caso e quando são pelo transcurso do prazo o artigo 3º, inciso IX da Lei nº
houver interesse público relevante, devidamente justificado. 13.874, de 2019.
§ 1º - A concessão de uso dependerá de autorização legisla- § 3º - A concessão dependerá de autorização legislativa, ava-
tiva, avaliação prévia, concorrência e far-se-á mediante con- liação prévia, concorrência e far-se-á mediante contrato, sob
trato, sob pena de nulidade do ato. pena de nulidade do ato.
§ 2º - A concorrência fica dispensada quando se tratar de imó- § 4º - A concorrência fica dispensada quando o uso se destinar
veis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utili- à concessionária de serviço público, a entidades assistenciais
zados no âmbito habitacional ou de regularização fundiária de ou quando houver interesse público relevante, devidamente
interesse social ou quando o uso se destinar à concessionária justificado.
de serviço público, a projetos ou a entidades assistenciais, § 5º - VETADO.
culturais, esportivos, ambientais ou quando houver interesse Artigo 215 - A concessão de direito real de uso é transferível
público relevante, devidamente justificado e ratificado pelo por ato intervivos ou por sucessão legítima ou testamentária,
Prefeito Municipal. a título gratuito ou remunerado, como os demais direitos reais
§ 3º - A concorrência também fica dispensada quando o imóvel sobre coisas alheias, revertendo o imóvel à Prefeitura Munici-
for necessário para execução de convênio ou parceria firma- pal concedente se o concessionário ou seus sucessores não
da para fomento de atividades assistenciais, educacionais, lhe derem o uso definido ou o desviarem de sua finalidade
culturais, habitacionais, esportivos, ambientais, de saúde ou contratual.
segurança, mesmo que exista contrapartida financeira a ser Artigo 216 - O concessionário responderá por todos os en-
percebida pelo terceiro. cargos civis, trabalhistas, previdenciários, administrativos e
§ 4º - A concorrência também fica dispensada quando se tratar tributários que venham a incidir sobre o imóvel e suas rendas.
de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área Artigo 217 - A concessão de direito real de uso observará,
de até 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados), in- naquilo que não for incompatível, as disposições previstas
seridos no âmbito de programas de regularização fundiária de para a concessão de uso.
interesse social desenvolvidos ou aprovados por órgãos ou CAPÍTULO XVII
entidades da administração pública municipal. DA REURBANIZAÇÃO E URBANIZAÇÃO CONSORCIADA
§ 5º - VETADO. Artigo 218 - A Prefeitura Municipal poderá declarar de utilida-
Artigo 212 - O concessionário responderá por todos os en- de pública ou interesse social, para fins de desapropriação,
cargos civis, trabalhistas, previdenciários, administrativos e imóvel urbano para suprir as necessidades de habitação,
tributários que venham a incidir sobre o imóvel e suas rendas. implantação de infraestrutura, desenvolvimento urbano ou
Artigo 213 - A Prefeitura Municipal poderá retomar o bem a trabalho da população a que deve ou possa suprir com nova
qualquer tempo, unilateralmente, independentemente de pré- destinação de uso.
via notificação, não sendo devida indenização por acessões, § 1º - A reurbanização ou urbanização consorciada dependerá
construções, benfeitorias ou direito de retenção. de parecer técnico de viabilidade da Comissão de Controle
§ 1º - O concessionário é responsável pela manutenção do Urbanístico (CCU), ratificado pelo Secretário de Planejamento
bem cedido e pela sua devolução à Prefeitura Municipal em e Desenvolvimento Urbano, e independe de prévio pedido de
condições iguais ou superiores de conservação em que foi parcelamento do solo.
cedido. § 2º - O pagamento integral da justa indenização do imóvel de-
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sapropriado e demais custos do procedimento expropriatório e Artigo 223 - O número de vagas de estacionamento para todos
execução e implantação da respectiva infraestrutura ou edifi- os empreendimentos está estabelecido nos Quadros 05 e 06
cação a ser realizadas poderão ser custeados por terceiros, a desta lei complementar.
critério da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvol- § 1º - São consideradas mínimas as quantidades de vagas
vimento Urbano, como medidas mitigadoras, contrapartidas, especiais destinadas a públicos específicos nos seguintes
condicionantes de aprovação, compensações ou doações. termos:
§ 3º - Fica autorizada a Prefeitura Municipal a compensar I - para veículos que conduzem ou são conduzidos por pes-
valores despendidos por terceiros nos termos dos parágrafos soas idosas, 5% (cinco por cento) do total de vagas ofertadas
anteriores através de compensação não-tributária ou tributária nos estacionamentos coletivos com total de vagas acima de
de impostos, taxas e contribuição de melhoria, vencidos ou 10 (dez), garantindo pelo menos 1 (uma) vaga; e,
vincendos, na forma do Código Tributário Municipal. II - para veículos que conduzem ou são conduzidos por pes-
§ 4º - As obrigações da reurbanização ou urbanização con- soas com deficiência 2% (dois por cento) do total de vagas
sorciada constarão em Termo de Compromisso a ser firmado. ofertadas no estacionamento privativo ou coletivo, garantindo
TÍTULO VII pelo menos 1 (uma) vaga.
DO LICENCIAMENTO DE ATIVIDADES, DE § 2º - As vagas especiais que se referem o inciso I do parágra-
PROJETOS DE URBANIFICAÇÃO E DE EDIFICAÇÃO fo 1º deste artigo, quando em condomínio, não poderão ser
Artigo 219 - A implantação e/ou instalação de usos e atividades vinculadas a nenhuma unidade autônoma específica, devendo
nas Zonas Urbanas e de Expansão Urbana, assim como os ficar sob a administração do condomínio em área comum.
projetos de edificações e de urbanificação devem ser subme- § 3º - As vagas para veículos que conduzem ou são con-
tidos à prévia análise e autorização mediante a aprovação de duzidos por pessoas com deficiência em empreendimentos
projetos e/ou emissão das licenças pertinentes, de acordo residenciais poderão ser de uso exclusivo de moradores com
com as normas contidas nesta lei complementar, no Código deficiência, nos termos do regimento interno do condomínio,
Municipal do Meio Ambiente, no Código de Obras do Município respeitada a legislação pertinente.
e demais legislações específicas. § 4º - As vagas para veículos que conduzem ou são condu-
Artigo 220 - É de responsabilidade do empreendedor, indepen- zidos por pessoas gestantes ou com carrinho de bebê são
dentemente de eventual alteração na titularidade do imóvel, o facultativas e não serão contabilizadas no atendimento ao
cumprimento dos termos de compromisso firmados quando da parágrafo 1º deste artigo.
aprovação do empreendimento, assim como a execução de
§ 5º - As vagas reservadas para veículos que conduzem ou
toda a infraestrutura, sendo essas condicionantes para a emis-
são conduzidos por pessoas com deficiência, idosas, gestan-
são dos Termos de Recebimento de Obras e do “Habite-se”.
tes ou com carrinhos de bebê poderão ser contabilizadas no
§ 1º - As obras previstas neste artigo poderão ter seus prazos
montante mínimo exigido ao empreendimento, nos termos
de execução estipulados no processo de aprovação, mediante
desta lei complementar.
justificativa técnica na análise do processo.
§ 6º - Os percentuais de vagas especiais a que se refere
§ 2º - A execução das obras previstas neste artigo, bem como
o parágrafo 1º deverão considerar, para efeito de cálculo, o
as obras de construção das unidades residenciais ou qualquer
número total de vagas ofertadas pelos empreendimentos, e
tipo de obra relacionada à construção civil do empreendimento
será, necessariamente, vistoriada pela fiscalização do respec- não apenas os mínimos exigidos pela lei.
tivo órgão competente e seu recebimento será condicionante Artigo 224 - A urbanificação e as edificações somente pode-
à emissão do “Habite-se”. rão ser projetadas e executadas por profissionais legalmente
§ 3º - Poderão ser penhoradas áreas privativas ou exigidas habilitados, observadas as regulamentações dos respectivos
outras garantias para a execução das obras previstas neste conselhos profissionais.
artigo. Artigo 225 - A instalação de atividades não residenciais es-
CAPÍTULO I pecificadas no Código Municipal do Meio Ambiente ou em
DO LICENCIAMENTO PARA INSTALAÇÃO legislação estadual, que dependam de licença ambiental para
DOS USOS E ATIVIDADES funcionamento deverão ser precedidas do respectivo licencia-
Artigo 221 - A instalação de qualquer uso ou atividade na mento pelo órgão competente.
Zona Urbana e na Zona de Expansão Urbana dependerá de CAPÍTULO II
prévia autorização dada pela Prefeitura Municipal, por meio DO LICENCIAMENTO DE PROJETOS DE URBANIFICAÇÃO
da emissão do respectivo Alvará de Construção e/ou Alvará de Artigo 226 - Para o licenciamento de Projetos de Urbanifi-
Funcionamento, após análise do imóvel quanto à conformida- cação nas modalidades de loteamentos, conjuntos habita-
de urbanística e edilícia de acordo com disposições contidas cionais, desmembramentos com reserva de áreas públicas
nesta lei complementar, no Código de Obras do Município, e condomínios residenciais/mistos licenciados no âmbito do
no Código Municipal do Meio Ambiente e demais legislações Graprohab, nos termos do artigo 5º do Decreto nº 52.053,
pertinentes. de 2007, o proprietário da área ou seu representante legal
Parágrafo Único - As atividades ou usos das edificações a devidamente caracterizado e com os devidos poderes para
que se refere o caput só poderão ser iniciadas após análise tal, deverá atender o seguinte procedimento:
dos órgãos competentes quanto: I - solicitação de Certidão de Diretrizes Urbanísticas (CDU);
I - à conformidade urbanística e edilícia; II - solicitação de Certificado de Viabilidade Urbanística (CVU);
II - ao sistema viário, trânsito e transporte coletivo, no caso III - solicitação de Aprovação do empreendimento.
de GIT-1, GIT-2 e GIT-3; § 1º - Por manifestação do requerente o Processo de Certidão
III - quando respeitadas as condições e permissões de ins- de Diretrizes Urbanísticas poderá ser continuado para fins de
talações; emissão da Certidão de Viabilidade Urbanística.
IV - quando pertinente, ao licenciamento ambiental, conforme § 2º - A solicitação de Aprovação do empreendimento deverá
previsto em legislação federal, estadual e municipal; e, ser por meio de processo específico.
V - quando pertinente, ao licenciamento da vigilância sanitária. § 3º - As ocupações em glebas nos termos desta lei com-
Artigo 222 - Será admitida na zona rural a instalação de usos plementar deverão ser enquadradas neste artigo, podendo
e atividades não residenciais mediante Licença Ambiental, de- nas situações em que não ocorrer doação de áreas públicas
vendo as edificações atenderem os parâmetros compatíveis às serem dispensadas, desde que comprovado que o imóvel é
normas técnicas construtivas e legislação pertinentes, dentre servido de infraestrutura urbana básica, nos termos desta lei
elas o Código de Obras do Município e o Código Municipal complementar.
do Meio Ambiente. § 4º - Para a situação prevista no parágrafo anterior, bem
Parágrafo Único - Os procedimentos para obtenção das au- como para a modalidade de condomínio residencial/misto,
torizações, dos alvarás e das licenças citadas neste artigo, nos termos deste artigo, a solicitação de aprovação do em-
bem como os respectivos documentos a serem apresentados, preendimento previsto no inciso III deverá ser enquadrada no
serão regulamentados pelo Poder Executivo. Capítulo III deste título.
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Seção I resgatar, reaproveitar ou mesmo retomar os atos deste pro-
Das Certidões de Diretrizes Urbanísticas (CDU) cesso em qualquer tempo, salvo com deliberação favorável do
Artigo 227 - A Certidão de Diretrizes Urbanísticas (CDU) tem Secretário Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Ur-
o objetivo de informar os parâmetros urbanos a serem res- bano, mediante pedido expresso e justificado do interessado.
peitados, contendo diretrizes viárias, de uso e de ocupação Artigo 235 - O CVU expedido vigorará pelo prazo máximo de
do solo, assim como outras informações específicas para a 2 (dois) anos podendo, a pedido do requerente, ser renovado
urbanificação da área, nos termos de sua regulamentação. por igual período mediante justificativa a ser apreciada pela
Parágrafo Único - A documentação necessária para a tramita- Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, de-
ção do processo será regulamentada em normativo específico. vendo tal solicitação ser protocolada anteriormente ao venci-
Artigo 228 - A CDU será elaborada pela Secretaria de Plane- mento do certificado original.
jamento e Desenvolvimento Urbano e terá validade de 1 (um) Parágrafo Único - Findo os prazos estabelecidos no caput,
ano, renovável por igual período uma única vez, desde que sem o devido processo de aprovação do empreendimento
solicitado antes de seu vencimento, garantido seu conteúdo. estar protocolado, o CVU perderá sua validade, bem como
Artigo 229 - Após a emissão da Certidão das Diretrizes Ur- todos os atos e documentos que o originaram, devendo o re-
banísticas, caso haja interesse na continuidade do pedido de querente protocolar novo processo administrativo nos termos
licenciamento urbanístico, o interessado deverá apresentar o desta lei complementar.
anteprojeto urbanístico do empreendimento dentro do prazo Seção III
de validade da CDU, para que possa ser analisado pelo Grupo Da Aprovação do Empreendimento
de Análise de Projetos Especiais - GAPE para a emissão do Artigo 236 - Para a aprovação das modalidades de loteamen-
Certificado de Viabilidade Urbanística. tos e desmembramentos com reserva de áreas públicas, o res-
Parágrafo Único - Caso o requerente não apresente o ante- ponsável legal pela tramitação do processo deverá formalizar
projeto urbanístico no prazo estabelecido no caput, o processo o pedido por processo administrativo próprio.
será extinto, sem possibilidade de retomada deste. Parágrafo Único - Estando a documentação em conformidade,
Seção II o Departamento de Urbanismo emitirá a Certidão de Confor-
Dos Certificados de Viabilidade Urbanísticas (CVU) midade para fins de análise e aprovação do GRAPROHAB.
Artigo 230 - O Certificado de Viabilidade Urbanística (CVU) é Artigo 237 - O empreendedor deverá apresentar nos órgãos
o documento oficial que atesta que a proposta apresentada competentes cópia do Anteprojeto Urbanístico vinculado ao
pelo requerente, o anteprojeto urbanístico, atende a legislação CVU para a aprovação dos projetos complementares.
municipal e, especialmente, as diretrizes e objetivos da política Artigo 238 - Para continuidade do processo de Aprovação do
urbana expressos no Plano Diretor, devendo ser solicitada a empreendimento, após a emissão do Certificado do GRA-
continuidade no processo de emissão da Certidão de Diretri- PROHAB, o requerente deverá anexar ao processo admi-
zes Urbanísticas. nistrativo:
Artigo 231 - O GAPE analisará o anteprojeto urbanístico apre- I - Certificado do GRAPROHAB;
sentado e solicitará a anexação dos estudos e documentos II - projeto de terraplenagem e seu cronograma físico-financei-
previstos nas diretrizes urbanísticas e ambientais. ro devidamente aprovados pelo órgão competente, inclusive
Parágrafo Único - Outros estudos ou levantamentos que se os perfis longitudinais de todas as vias do loteamento;
mostrem necessários durante a análise do empreendimento III - projeto de distribuição de água potável e seu cronograma
poderão ser exigidos desde que sua pertinência seja emba- físico-financeiro devidamente aprovados pelo órgão compe-
sada por justificativa técnica. tente;
Artigo 232 - Antes da emissão do CVU, o GAPE solicitará ao IV - projeto de esgotamento sanitário e seu cronograma físi-
interessado a apresentação de Estudo de Impacto de Vizi- co-financeiro devidamente aprovados pelo órgão competente;
nhança (EIV) do empreendimento, nos termos desta lei com- V - projeto de drenagem, incluindo galerias de águas pluviais
plementar, apresentado em processo específico para análise e sistemas de retenção de deflúvio, e seu cronograma físico-
da CCU. -financeiro devidamente aprovados pelo órgão competente;
Parágrafo Único - O Relatório Final de Estudo de Impacto de VI - projeto de iluminação pública e seu cronograma físico-
Vizinhança (EIV), juntamente com seus Termos de Compro- -financeiro devidamente aprovado pelo órgão competente;
missos vinculados ao referido relatório emitido pela Comissão VII - projeto de sinalização viária devidamente aprovado pelo
de Controle Urbanístico - CCU serão anexados ao processo órgão competente;
de emissão da Certidão de Viabilidade Urbanística para pros- VIII - projeto de paisagismo devidamente aprovado pelos ór-
seguimento da análise do GAPE. gãos competentes;
Artigo 233 - Quando o empreendimento for enquadrado para IX - aprovação e/ou manifestação do Projeto Urbanístico junto
a produção de habitação de interesse social ou solução de ao Ministério da Aeronáutica ou órgão por ele definido, caso
moradia para habitação de interesse social, o GAPE solicitará esteja em área de influência do aeródromo;
ao Departamento de Habitação a emissão de Termo de Com- X - Certidão Negativa de Débito - CND ou a Certidão Positiva
promisso de Destinação de HIS a ser anexado ao processo com Efeitos Negativos - CPEN do IPTU, e,
de emissão do CVU. XI - Memorial Descritivo/Justificativo lote a lote, com as áreas
Artigo 234 - Após análise dos autos, estando o anteprojeto públicas e áreas sem afetação de uso específico.
urbanístico de acordo com as diretrizes expedidas e demais Artigo 239 - Atendidas as exigências do artigo anterior, após
condicionantes definidas para o empreendimento, o GAPE a conferência dos memoriais das áreas públicas, o Secretário
deliberará pela emissão do Certificado de Viabilidade Urba- Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano expedi-
nística - CVU. rá autorização para execução dos serviços de terraplanagem
§ 1º - Deverão constar no CVU as condicionantes estabeleci- e demarcação de áreas públicas, os quais serão recebidos
das pelos órgãos municipais, pelo GAPE e pela CCU, inclu- pelo órgão emissor da autorização de serviço.
sive os Termos de Compromissos, necessários à aprovação, Artigo 240 - A Secretaria Municipal de Planejamento e Desen-
implantação ou operação do empreendimento. volvimento Urbano formalizará junto ao empreendedor a forma
§ 2º - Será vinculado ao CVU o anteprojeto urbanístico apro- de garantia para a implantação da infraestrutura, conforme
vado pelo GAPE nos termos deste Capítulo, não podendo ser Seção IV deste Capítulo.
retirado dos autos. Artigo 241 - Cumpridos os requisitos técnicos e legais, será
§ 3º - Após a emissão do CVU e procedimentos administrativos realizada a assinatura do decreto de aprovação e respectiva
definidos em regulamento específico, o anteprojeto receberá publicação, devendo o requerente proceder com o pagamento
o carimbo “DE ACORDO”, para sua vinculação ao Certificado dos respectivos emolumentos de acordo com o Código Tri-
de Viabilidade Urbanística. butário Municipal.
§ 4º - Finalizados os procedimentos descritos nos parágrafos Parágrafo Único - Na sequência do disposto no caput, a Se-
anteriores, o processo que originou o Certificado de Viabili- cretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano provi-
dade Urbanística fica encerrado e é arquivado, não cabendo denciará a expedição dos projetos e memoriais descritivos
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ratificados, com a designação de APROVADO, com expressa projetos de infraestruturas, sinalização, paisagismo, elétrica e
referência à presente lei e ao decreto de aprovação. iluminação pública e pela sua respectiva fiscalização, incluindo
Artigo 242 - O Processo Administrativo de licenciamento será nestes os equipamentos públicos urbanos e comunitários,
indeferido pelo Secretário de Planejamento e Desenvolvimento devendo ser formalizada diretamente em cada secretaria ou
Urbano, subsidiado por manifestação do Departamento de órgão municipal responsável.
Urbanismo, nos seguintes casos: § 5º - O prazo máximo de validade do cronograma físico-finan-
I - quando o processo extrapolar 6 (seis) análises do GAPE; ceiro é de 4 (quatro) anos, contado da data de sua aprovação,
II - quando o processo extrapolar 6 (seis) análises da CCU; prorrogável por igual período.
III - quando estiver em total desacordo com as suas diretrizes § 6º - A aprovação da prorrogação do prazo para entrega das
ou estudos técnicos; e, obras e serviços definidos no cronograma físico-financeiro
IV - quando promover o crescimento desordenado da área aprovado, bem como a renovação da garantia, deverá ser
urbana e a criação de vazios urbanos. requisitada pelo empreendedor com no mínimo 90 (noventa)
Artigo 243. Quaisquer certidões, certificados e/ou pareceres dias de antecedência do vencimento, e terá como base o
podem ser revogados, a qualquer tempo, nas seguintes hi- último relatório mensal de acompanhamento de obras e ser-
póteses: viços apresentado pelo empreendedor, sendo de competência
I - mediante acontecimento relevante de ordem pública; de cada secretaria ou órgão municipal responsável pela fis-
II - mediante desapropriação da área pelo Poder Público; e, calização das obras e serviços, aprovar o novo cronograma
III - se constatado que o título de domínio não corresponde físico-financeiro concernente à sua atuação, e da Secretaria
ao imóvel objeto do processo. de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, a aprovação da
Seção IV prorrogação pretendida e da garantia oferecida.
Da Garantia das Obras § 7º - A garantia ofertada pela manutenção e assistência téc-
Artigo 244 - Nos parcelamentos para fins urbanos será obri- nica abrange as situações decorrentes de vícios de qualidade
gatória a execução, por parte do empreendedor, das obras e por inadequação de produtos ou serviços e não exime o em-
equipamentos urbanos, de acordo com os projetos, memoriais preendedor da responsabilidade civil prevista no artigo 618
e cronograma físico-financeiro constantes do processo ad- da Lei Federal nº 10.406, de 2002 que institui o Código Civil
ministrativo de aprovação, devendo o interessado formalizar, e das disposições previstas na Lei Federal nº 8.078, de 1990
junto à Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvi- que institui o Código de Defesa do Consumidor.
mento Urbano, a modalidade de caucionamento ou garantia Artigo 246 - Para garantia da execução das obras e respectiva
para a implantação da infraestrutura. manutenção e assistência técnica, o interessado deverá apre-
Parágrafo Único - Deverá constar dos modelos de contrato-pa- sentar, conforme valor determinado no parágrafo primeiro do
drão a serem arquivados no Oficial de Registro de Imóveis a artigo anterior, uma das seguintes modalidades garantidoras:
existência de termo de garantia e cronograma físico-financeiro I - caução em espécie;
das obras a executar. II - alienação fiduciária ou hipoteca de área de terreno fora
Artigo 245 - O caucionamento ou garantia apresentado pelo da área parcelada;
empreendedor deve prever e garantir os custos relativos a III - caução real em lotes no próprio empreendimento, median-
implantação de toda a infraestrutura prevista para o empreen- te escritura de garantia hipotecária ou alienação fiduciária;
dimento, conforme cronograma físico-financeiro, bem como os IV - seguro-garantia; e,
custos relativos à assistência técnica e manutenção das áreas, V - fiança bancária.
dos espaços públicos e das construções, obras e serviços § 1º - As modalidades de garantia poderão ser liberadas de
vinculados à infraestrutura do empreendimento, pelo prazo forma parcial, proporcional à infraestrutura executada, me-
mínimo de 5 (cinco) anos consecutivos, contado a partir da diante manifestação de cada secretaria ou órgão responsá-
emissão de Termo de Recebimento de Obras (TRO) emitido vel, conforme conclusão de etapa prevista no cronograma
por cada órgão municipal responsável pelo setor competente. físico-financeiro.
§ 1º - A implantação, bem como a manutenção e assistência § 2º - O oferecimento de seguro-garantia ou fiança bancária
técnica do empreendimento, previstos no caput, deverão ser por terceiro não proprietário da gleba parcelada deverá ser
garantidas da seguinte forma: acompanhado de termo de assunção integral de responsa-
I - para a implantação, a garantia deverá ser apresentada bilidade assinado pelos responsáveis legais do garante, com
antes da publicação do decreto de aprovação, em valor corres- firma reconhecida, devendo constar menção expressa à re-
pondente a 10% (dez por cento) superior ao total orçado para núncia do benefício de ordem do artigo 827 do Código Civil e
execução das infraestruturas previstas no empreendimento, fixação da irrevogabilidade da assunção.
conforme cronograma físico-financeiro; e, § 3º - Caso a fiança bancária não seja prestada por estabele-
II - para a manutenção e assistência técnica, a garantia deverá cimento domiciliado no Município de Ribeirão Preto, deverá
ser apresentada após a conclusão da execução de todas as constar, para a garantia apresentada, o endosso que atribua a
infraestruturas previstas no cronograma físico-financeiro, em um estabelecimento bancário domiciliado na cidade de Ribei-
valor correspondente a 3% (três por cento) dos custos totais rão Preto total comprometimento, inclusive com responsabili-
da obra, pelo período de 5 (cinco) anos; e, dade solidária, com todos os termos constantes da garantia.
III - a empresa que conseguir promover a garantia, a manu- § 4º - A caução real será realizada conforme previsto no caput
tenção e assistência técnica por um período maior do que o deste artigo e será averbada junto ao Oficial de Registro de
tratado no caput, poderá, de acordo com critérios específicos Imóveis competente.
a serem definidos pelo Poder Executivo, receber incentivos § 5º - Nos casos de urbanificações vinculadas e financiadas
correspondentes ao ramo de atividade. pela Caixa Econômica Federal - CEF ou outra instituição que
§ 2º - Quando a garantia se der através da caução real em tenha seguro, será possível prestar caução ou seguro fiança
lotes do próprio empreendimento, tal opção deverá constar no somente da execução das obras de infraestrutura externa ao
decreto de aprovação, sendo a escritura de garantia lavrada empreendimento, não cobertas pelo contrato com a finan-
e registrada após a publicação do decreto. ciadora.
§ 3º - O cronograma físico-financeiro que apresenta valores § 6º - Os empreendedores deverão garantir a execução da
e as datas de aplicações dos serviços e obras previstas para infraestrutura interna por meio de fiança ou caução, até a
implantação do empreendimento será recebido pela Secre- apresentação do contrato firmado com a financiadora nos
taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, termos deste artigo.
devendo estar compatível com as certidões de custos emi- § 7º - Os interessados que optarem pelas modalidades previs-
tidas por cada órgão municipal responsável pela aprovação tas nos incisos IV e V do caput deverão apresentar garantia
do respectivo projeto. com validade contemplando período no mínimo 120 (cento e
§ 4º - A certidão dos custos aprovados para a execução do vinte) dias superior ao prazo previsto no cronograma físico-
cronograma será feita individualmente por cada secretaria ou financeiro do empreendimento.
órgão municipal responsável pela aprovação dos respectivos § 8º - É autorizada a substituição da garantia dada anterior-
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mente por outra garantia prevista nesta lei complementar, dimento e da obtenção da autorização de início de obras o
desde que aceita pela respectiva Secretaria responsável pela empreendedor poderá dar início às obras de urbanificação.
infraestrutura. § 2º - Após comunicação, serão realizados os procedimentos
Artigo 247 - Após realizadas as obras de infraestrutura, to- necessários à abertura de cadastros com destinação especí-
tais ou parciais, a requerimento do interessado e mediante fica, para as áreas públicas, tais como Sistema de Espaços
apresentação de comprovação de execução das obras pelo Livres de Uso Público, áreas institucionais e área líquida dos
empreendedor, por meio da apresentação de Termos de Re- lotes resultantes.
cebimento de Obras emitidos conforme elencado no artigo 253 Seção VI
desta lei complementar, será expedido o Termo de Liberação Do Início, Execução e Recebimento das Obras
de Garantias, proporcionais às obras executadas. Artigo 251 - Após a publicação do decreto e registro do em-
§ 1º - As obras previstas para o empreendimento deverão preendimento, o interessado deverá solicitar autorização para
ser executadas, sob a responsabilidade do empreendedor, início de obras de urbanificação junto aos órgãos competen-
somente após a autorização dos órgãos municipais compe- tes.
tentes, em obediência ao cronograma físico-financeiro por Artigo 252 - Nos empreendimentos de urbanificação será obri-
ele proposto, com documento de responsabilidade técnica gatória a execução, por parte do empreendedor, no mínimo,
específica devidamente registrada no respectivo conselho das obras e equipamentos urbanos previstas no cronograma
de classe, nos termos previstos na Seção VI deste Capítulo. físico-financeiro e nos respectivos projetos constantes do pro-
§ 2º - A liberação total ou parcial das garantias deverá ser cesso administrativo de aprovação.
anuída por cada Secretaria ou órgão responsável pelo recebi- § 1º - A fim de organizar a gestão do cumprimento das obriga-
mento da respectiva infraestrutura, mediante emissão de TRO, ções assumidas pelo empreendedor, caberá a ele, no decorrer
total ou parcial, e elaboração da respectiva minuta de termo do prazo previsto no cronograma físico-financeiro, apresentar
de liberação, remetendo o processo administrativo ou expe- a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
diente à Procuradoria Geral do Município para manifestação Urbano a comunicação de início das obras de implantação,
e elaboração da respectiva minuta de termo de liberação e bem como relatórios técnicos mensais, devidamente funda-
posterior encaminhamento à Secretaria Municipal de Governo mentados e instruídos com documento de responsabilidade
para deliberação. técnica, que atestem o andamento das obras e serviços em
§ 3º - Vencido o cronograma apresentado, sem que tenha sido execução, demonstrando o efetivo cumprimento do cronogra-
prorrogado, o empreendedor perderá, em favor da Fazenda ma físico-financeiro.
Pública Municipal, a proporção da garantia estabelecida neste § 2º - A apresentação do relatório previsto no parágrafo an-
artigo para as obras previstas no cronograma físico-financeiro terior não desobriga o empreendedor do cumprimento de
que não tenham sido realizadas, ficando a Prefeitura Munici- eventuais exigências de acordo com os procedimentos de
pal obrigada a executá-las ou a promover ação competente cada Secretaria ou órgão responsável pela aprovação e fis-
para adjudicar ao seu patrimônio público a garantia ofertada calização das obras, inclusive quanto à entrega de relatório
para esse fim. ou diário de obras.
§ 4º - Nas modalidades descritas nos incisos II e III do artigo § 3º - Na hipótese de atraso identificado na execução das
anterior constará expressa autorização para que a Adminis- obras de responsabilidade do empreendedor, e não solicitada
tração Municipal promova a venda dos imóveis caucionados a prorrogação, ou apresentada justificativa por período poste-
ou, na qualidade de bastante procuradora dos proprietários, rior a 30 (trinta) dias, deverá cada Secretaria ou órgão respon-
para a finalidade exclusiva de execução das obras previstas sável pela respectiva infraestrutura, comunicar a Secretaria
no cronograma físico-financeiro, caso não tenham sido exe- Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e a
cutadas nos prazos fixados. Procuradoria Geral do Município para que esta última tome as
§ 5º - Caso o valor das obras remanescentes ultrapasse o medidas jurídicas cabíveis, a fim de proteger o Poder Público
montante da renda auferida com a execução das garantias, Municipal e adquirentes, garantindo que as obras e serviços
o saldo restante será cobrado do empreendedor. previstos nas obrigações do empreendedor sejam executadas.
§ 6º - A liberação total das garantias ofertadas relativas à im- § 4º - Caso as obras não sejam concluídas no prazo estipulado
plantação do empreendimento somente ocorrerá após a oferta, pelo cronograma aprovado, o empreendedor deverá apresen-
por parte do empreendedor, da garantia relativa à manutenção tar levantamento das obras faltantes, ratificado pelos órgãos
e assistência técnica das obras e serviços executados, nos públicos municipais competentes, e solicitar prorrogação do
termos previstos no artigo anterior. prazo e da garantia, mediante novo cronograma físico-finan-
Artigo 248 - A impossibilidade da execução por parte da Pre- ceiro e nova garantia, cujos prazos e valores deverão ser
feitura Municipal das garantias oferecidas na hipótese de ina- aprovados de acordo com os mesmos critérios deste Capítulo.
dimplemento quanto à execução das obras de infraestrutura, § 5º - Concluídas as obras e serviços, deverá o interessado
independentemente dos motivos, não isenta o empreendedor requerer vistoria junto a cada secretaria ou órgão responsável,
da responsabilidade de promover a sua execução, podendo a solicitando a aceitação e recebimento das mesmas.
Prefeitura Municipal acioná-lo por meio de ação judicial para Artigo 253 - Após vistoria e constatada a boa execução das
tanto. obras de infraestrutura, dos equipamentos urbanos e comuni-
Seção V tários e de serviços, em conformidade com os projetos apro-
Do Registro do Empreendimento vados, será lavrado o Termo de Recebimento de Obras (TRO)
Artigo 249 - Caberá ao interessado, sem qualquer ônus para pela Secretaria ou órgão responsável.
o município, a elaboração das escrituras públicas e posterior § 1º - A emissão dos Termos de Recebimento de Obras (TRO),
registro no cartório competente, das partes envolvidas no em- pelas Secretarias ou órgãos responsáveis será realizada de
preendimento, sejam elas particulares ou doadas ao Poder acordo com o exposto abaixo:
Público, em 180 (cento e oitenta) dias, contados a partir da I - cabe à Secretaria Municipal de Meio Ambiente a emissão
data de publicação do decreto de aprovação, sob pena de de TRO das obras de paisagismo executadas;
caducidade da aprovação. II - cabe à Secretaria Municipal de Águas e Esgoto a emissão
Parágrafo Único - Na data de registro da urbanificação, pas- de TRO das obras de Saneamento (Rede de Distribuição de
sam a integrar o patrimônio municipal as vias públicas, Siste- Água Potável e de Coleta, Elevação e Afastamento de Esgo-
ma de Espaços Livres de Uso Público, área institucional, as tos) urbana executadas;
áreas sem afetação e os equipamentos públicos urbanos e III - cabe à TRANSERP ou pelo órgão, empresa, autarquia ou
comunitários. secretaria responsável pelo trânsito e transporte municipal,
Artigo 250 - Após registro perante o Oficial Registro e Imóveis, a emissão de TRO das obras de sinalização viária e demais
deverá o empreendedor efetuar comunicação deste feito e obras previstas no RITT, quando houver, executadas; e,
apresentar cópias das matrículas das áreas públicas à Secre- IV - cabe à Secretaria Municipal de Obras Públicas a emissão
taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. de TRO das obras de terraplenagem, rede de captação de
§ 1º - Somente após a comunicação do registro do empreen- águas pluviais, drenagem, sarjetas, pavimentação de vias
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e passeios públicos, acessibilidade, rede de distribuição de condomínio por titulares de frações ideais.
energia elétrica e iluminação pública. § 2º - Nenhuma guia de transmissão do Imposto sobre Trans-
§ 2º - Os TRO mencionados no parágrafo anterior deverão ser ferência de Bens Imóveis - ITBI poderá ser liberada pelos
encaminhados à Secretaria Municipal de Planejamento e De- órgãos municipais responsáveis pelas avaliações ou cadastro,
senvolvimento Urbano para, mediante apresentação por parte ou lançamento de imóveis, antes da aprovação e respectivo
do empreendedor de instrumento de garantia pela manuten- registro da urbanificação junto ao Oficial Registro de Imóveis
ção e assistência técnica pelo período de 5 (cinco) anos, nos competente.
termos previstos na Seção IV deste Capítulo, dar andamento CAPÍTULO III
nos procedimentos de liberação da garantia prestada relativa DO LICENCIAMENTO DAS EDIFICAÇÕES
a implantação do empreendimento. Artigo 259 - Qualquer construção de edificação ou de obras
§ 3º - Na aceitação das obras e dos serviços mencionados no complementares de edificação, bem como ampliações, refor-
caput deste artigo serão exigidos, além do listado no inciso IV mas ou regularizações, será permitida mediante a análise de
do parágrafo primeiro deste artigo, relativo à rede de forneci- conformidade de uso e ocupação do solo mediante a aprova-
mento de energia elétrica domiciliar e de iluminação pública, ção do projeto e emissão do respectivo Alvará de Construção,
o Termo de Recebimento de Obras ou equivalente, expedido devendo, ainda:
pela concessionária local. I - possuir frente para via pública oficial devidamente implan-
§ 4º - Se durante a execução das obras ou vistoria final for tada;
constatada a má execução dos serviços ou emprego de ma- II - respeitar os parâmetros estabelecidos no Quadro 03, den-
teriais de qualidade inferior ou, ainda, desobediência aos pro- tre outros requisitos e condições contidos nesta lei comple-
jetos aprovados, a Secretaria Municipal ou órgão responsável mentar, no Código de Obras e no Código do Meio Ambiente.
intimará o empreendedor a refazer o serviço de modo com- § 1º - O uso e a ocupação do solo serão analisados com
patível com estes projetos e de acordo com as normativas e base na legislação municipal vigente e, suplementarmente
legislações vigentes. nas restrições cartoriais, prevalecendo o mais restritivo salvo
§ 5º - Transcorrido o prazo previsto no parágrafo segundo as exceções previstas na legislação municipal vigente.
e comprovado o efetivo cumprimento das obrigações assu- § 2º - Para o atendimento ao disposto no inciso I poderá ser
midas pelo empreendedor e as relativas à responsabilidade admitida a aprovação de empreendimento com frente para
civil sobre as obras executadas e elementos urbanos, que a via com sua infraestrutura ainda não implantada mediante
tenham, eventualmente, apresentado defeitos ou vícios de Termo de Compromisso de implantação de infraestrutura fal-
execução das obras, mediante manifestação favorável dos tante, condicionando a emissão do Habite-se ao recebimento
órgãos responsáveis, será emitida Certidão pela Secretaria total das obras compromissadas.
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano ates- § 3º - A execução de obra ou serviço de baixo risco urbanístico
tando o cumprimento das obrigações para liberação da ga- poderá ser dispensada de aprovação prévia e/ou emissão de
rantia prestada relativa à assistência técnica e manutenção alvará de construção, nos termos de regulamentação.
do empreendimento.
§ 4º - É autorizada a Prefeitura Municipal quando presentes
Artigo 254 - Caso as obras não tenham sido realizadas no
razões de relevante interesse geral, mediante parecer técnico
prazo estabelecido no cronograma de obras, a Prefeitura Mu-
favorável da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento
nicipal poderá executar as obras por sua conta, cobrando do
Urbano quanto ao caso concreto e ouvida a Procuradoria Ge-
loteador, além das garantias oferecidas, conforme o caso, 20%
ral do Município, a regularização e a aprovação de edificação e
(vinte por cento) a título de taxa de administração, calculados
construção concluída até o ano 2000 nas seguintes situações:
sobre o custo total das infraestruturas, equipamentos urbanos
I - que tenha frente para via particular de circulação ou ser-
e serviços.
vidão de passagem;
Artigo 255 - Qualquer modificação no projeto ou na execução
de parcelamento do solo, nas modalidades de loteamento II - que tenha frente para diretriz viária ou viela sanitária;
e desmembramento, deverá ser submetida à aprovação da III - que tenha frente para via oficial ainda não implantada;
Prefeitura Municipal, a pedido do interessado, conforme docu- IV - que tenha frente para via implantada ainda pendente de
mentação a ser definida em legislação municipal específica. oficialização;
Artigo 256 - Os pedidos de modificações em parcelamento V - que esteja em rotatória ou canteiro central em decorrência
do solo registrados, deverão atender às seguintes condições: de desapropriação ou melhoramento público;
I - anuência do loteador; VI - que tenha frente para via de circulação prevista na planta
II - anuência dos proprietários dos lotes atingidos pela alte- do parcelamento do solo que se encontra, ainda que não
ração e seus vizinhos no entorno mínimo de 50,0 (cinquenta implantada.
metros); § 5º - Para comprovação da conclusão das construções men-
III - emissão de parecer técnico favorável da CCU, podendo cionadas no parágrafo 4º serão admitidas todas as provas
solicitar EIV; e, IV - anuência expressa do Executivo. permitidas legalmente.
§ 1º - A exigência constante no inciso I poderá ser suprida, nos § 6º - A regularização e a aprovação de edificação e constru-
casos de encerramento de atividades da empresa loteadora ção concluída até o ano 2000 dependerá obrigatoriamente de
ou de sua inércia quando legalmente notificada sobre a ne- medidas compensatórias previstas em termo de compromisso,
cessidade de manifestar-se a respeito do acordo, desde que observados os arts. 26 e 27 do Decreto-Lei nº 4.657, de 1942.
haja a anuência de maioria simples (cinquenta por cento) dos § 7º - Será admitido o desdobro ou a aglutinação para fins
proprietários do loteamento atingido. exclusivos da regularização prevista no parágrafo 4º.
§ 2º - A exigência constante no inciso II poderá ser dispensada § 8º - Nas edificações de que trata o parágrafo 4º desta lei
nos casos em que haja a regra explícita no título de aquisição complementar não serão permitidas ampliações, sendo admi-
que afaste a necessidade de tal anuência para alterações tidas somente reformas essenciais à segurança e higiene des-
propostas por parte do empreendedor. sas edificações e a instalação de equipamentos necessários.
Artigo 257 - O empreendedor deverá fazer a demarcação dos § 9º - Serão observadas as demais disposições não confron-
logradouros, quadras e lotes. tantes do Código de Obras para regularização de edificações.
Parágrafo Único - Não caberá à Administração Municipal res- Artigo 260 - Os procedimentos para a solicitação do Alvará
ponsabilidade pela diferença de medidas dos lotes ou quadras de Construção e respectivo habite-se são os que constam do
que o interessado venha a encontrar em relação às medidas Código de Obras Municipal e suas regulamentações.
dos parcelamentos aprovados. § 1º - Os empreendimentos residenciais/mistos licenciados
Artigo 258 - A Administração Municipal tomará as medidas no âmbito do Graprohab, bem como qualquer ocupação em
necessárias tendentes a impedir a formação de urbanificações glebas sujeitas a doação de áreas públicas ou não servidas
clandestinas. de infraestrutura urbana básica, nos termos previstos nesta
§ 1º - Especial fiscalização será efetuada quanto aos parce- lei complementar, deverão ser precedidos do processo de
lamentos do solo rural para fins urbanos, ou sobre o uso em viabilidade urbanística, conforme Capítulo anterior.
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§ 2º - A Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Ur- presença mínima de maioria simples dos indicados, na medida
bano poderá adotar procedimento simplificado de viabilidade das necessidades, sendo este quórum necessário para as
urbanística para os casos previstos no caput, mediante ma- manifestações de sua competência.
nifestação do Departamento de Urbanismo. Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Planejamento e
CAPÍTULO IV Desenvolvimento Urbano fornecerá todo material de apoio
DOS COLEGIADOS administrativo necessário para o bom funcionamento da Co-
Seção I missão.
DA COMISSÃO DE CONTROLE URBANÍSTICO (CCU) Artigo 264 - O procedimento administrativo da CCU é regulado
Artigo 261 - A Comissão de Controle Urbanístico de Ribeirão pelo Decreto Municipal nº 165, de 2018 ou outra legislação
Preto (CCU) instituída por esta lei complementar, é compos- que o substituir, e a nomeação se dará por meio de portaria
ta por representantes titulares e suplentes da Administração expedida pelo Secretário Municipal de Planejamento e De-
direta e indireta, e possui as seguintes atribuições: senvolvimento Urbano, onde serão especificados os proce-
I - analisar e dar parecer nos processos, referentes a: dimentos e prazos internos para o funcionamento do grupo.
a) empreendimentos de grande impacto urbanístico, nos ter- Seção II
mos do Capítulo VIII do Título VI desta lei complementar; DO GRUPO DE ANÁLISE DE
b) Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV; PROJETOS ESPECIAIS (GAPE)
c) outorga onerosa de alteração de uso; Artigo 265 - O Grupo de Análise de Projetos Especiais (GAPE)
d) aplicação de recursos financeiros do Fundo de Desenvol- é constituído por representantes da administração municipal,
vimento Urbano; nomeados por Portaria e vinculado à Secretaria Municipal de
e) autorização de controle de acesso e cercamento; e, Planejamento e Desenvolvimento Urbano com a finalidade de
f) paisagem urbana nos termos da Lei Complementar nº analisar e emitir pareceres em processos de licenciamento
12.730, de 2012, que institui a Cidade Limpa e suas altera- de projetos especiais, considerando a legislação urbanística
ções. e ambiental pertinentes bem como as diretrizes incidentes.
II - emitir relatório de efeitos gerados pelo empreendimento Parágrafo Único - São considerados projetos especiais:
e parecer quanto às contrapartidas e medidas de mitigação I - projetos de loteamentos;
e compensação, submetendo a apreciação e deliberação do II - projetos de conjuntos habitacionais; e,
Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, que III - projetos de desmembramentos com doação de áreas
a tomará com base nas diretrizes do Comitê Gestor de De- públicas.
senvolvimento Urbano e Habitação; Artigo 266 - O GAPE é composto por:
III - elaborar o Termo de Compromisso de Execução das obras I - Diretor do Departamento de Urbanismo da Secretaria Mu-
ou ações solicitadas no Relatório Final, necessárias para mi- nicipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano;
tigar ou compensar os impactos decorrentes do empreendi- II - representante titular e suplente da Divisão de Organiza-
mento, que será publicado no site da Secretaria Municipal de ção Territorial e Uso do Solo do Departamento de Urbanismo
Planejamento e Desenvolvimento Urbano; e da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
IV - gerenciar a aplicação dos instrumentos urbanísticos pre- Urbano;
vistos nesta lei complementar. III - representante titular e suplente da Divisão de Sistema
Artigo 262 - A Comissão de Controle Urbanístico será com- Viário do Departamento de Urbanismo da Secretaria Municipal
posta por representantes titulares e suplentes dos seguintes de Planejamento e Desenvolvimento Urbano;
organismos: IV - representante titular e suplente da Divisão de Licencia-
I - o Diretor(a) do Departamento de Urbanismo da Secretaria mento Urbanístico do Departamento de Urbanismo da Secre-
de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e outros 3 (três) taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano;
representantes deste departamento; V - Diretor do Departamento de Análise e Controle de Projetos
II - 1 (um) representante da Secretaria Municipal do Meio da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
Ambiente; Urbano;
III - 2 (dois) representantes do Departamento de Análise e VI - representante titular e suplente da Divisão de Análise de
Controle de Projetos da Secretaria Municipal de Planejamento Projetos do Departamento de Análise e Controle de Projetos
e Desenvolvimento Urbano; da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento
IV - 1 (um) representante do Departamento de Habitação da Urbano;
Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento VII - 2 (dois) representantes titulares e 2 (dois) suplentes do
Urbano; Departamento de Gestão Ambiental da Secretaria Municipal
V - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Água e do Meio Ambiente - SMMA;
Esgotos de Ribeirão Preto; e, VIII - representante titular e suplente da Secretaria Municipal
VI - 1 (um) representante do órgão responsável pelo trânsito de Água e Esgoto; e,
e transporte urbano de Ribeirão Preto (TRANSERP ou órgão, IX - representante titular e suplente da Empresa de Trânsito e
empresa, autarquia ou secretaria competente); e, Transporte Urbano de Ribeirão Preto (TRANSERP).
VII - 1 (um) representante da Secretaria Municipal de Inovação § 1º - Os representantes, titulares e suplentes, das secreta-
e Desenvolvimento. rias, autarquias e empresas mencionadas neste artigo serão
§ 1º - Representantes de outros órgãos poderão integrar ou designados pelos titulares de cada órgão, cuja nomeação será
participar eventualmente de reuniões da CCU, conforme o publicada no Diário Oficial Municipal pela Secretaria Municipal
assunto a ser tratado, mediante solicitação formal do Secre- de Planejamento e Desenvolvimento Urbano.
tário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano ao titular § 2º - Representantes de outros órgãos poderão integrar ou
da unidade administrativa que designará o profissional com- participar eventualmente de reuniões do GAPE, conforme o
petente, sem direito a voto. assunto a ser tratado, mediante solicitação formal do Secre-
§ 2º - Cada representante titular terá direito a um represen- tário de Planejamento e Desenvolvimento Urbano ao titular
tante do mesmo órgão na condição de Membro Suplente que da unidade administrativa que designará o profissional com-
substituirá o titular em suas ausências. petente, sem direito a voto.
§ 3º - Os titulares e suplentes, representantes das secretarias, § 3º - Cada representante será responsável pelas manifesta-
autarquias e empresas mencionadas neste artigo serão de- ções concernentes à sua área de atuação, conforme o órgão
signados pelos titulares de cada órgão, cuja nomeação será que representa.
publicada no Diário Oficial Municipal pela Secretaria Municipal Artigo 267 - O procedimento administrativo do GAPE é regu-
de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. lado pelo Decreto Municipal nº 165/2018 ou outra legislação
§ 4º - VETADO. que o substituir e a nomeação se dará por meio de Portaria
Artigo 263 - A CCU reunir-se-á por convocação do Secretário expedida pelo Secretário Municipal de Planejamento e De-
Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano com a senvolvimento Urbano, onde serão especificados os proce-
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dimentos e prazos internos para o funcionamento do Grupo. do processo.
CAPÍTULO V Artigo 272 - Nos casos em que houver a extinção ou inde-
DOS DEMAIS PRAZOS ferimento de processo administrativo o interessado deverá
Artigo 268 - No processo de licenciamento municipal, a Secre- iniciar novo processo para a apreciação da mesma ou de nova
taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano proposta de empreendimento ou atividade, com o recolhimento
observará os seguintes prazos máximos de análise, a contar das respectivas taxas aplicáveis.
da data de protocolo do requerimento pelo interessado até Parágrafo Único - O requerente poderá contestar a decisão
seu deferimento ou indeferimento: definida no caput mediante manifestação em prazo irrevogável
I - 12 (doze) meses nos casos em que houver EIV; de 30 (trinta) dias.
II - 18 (dezoito) meses nos casos que contemplem EIA-RIMA Artigo 273 - É dever do requerente manter atualizado os dados
Municipal e ou audiência pública; e, cadastrais para contato nos processos e deverá o setor res-
III - 6 (seis) meses nos demais casos. ponsável de cada secretaria municipal adotar procedimentos
§ 1º - A contagem dos prazos estipulados neste artigo será de redundância de meios de comunicação para garantir que
suspensa durante a elaboração dos estudos, projetos e escla- o interessado efetivamente receba o aviso de arquivamento.
recimentos por parte do interessado, continuando no primeiro TÍTULO VIII
dia útil após o recebimento da regularização ou complemen- DO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO URBANO
tação. Artigo 274 - O Fundo de Desenvolvimento Urbano - FUN-
§ 2º - A prorrogação dos prazos estipulados neste artigo po- DURB, instrumento financeiro da política urbana disposto nos
derá ocorrer se justificada, mediante solicitação do técnico artigos 7º e 51 do Plano Diretor, Lei Complementar Municipal
responsável pela análise do processo e deliberação superior. nº 2.866, de 2018, está subordinado à Secretaria Municipal
Artigo 269 - Os demais prazos para execução das etapas de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e regulamentado
do licenciamento de urbanificação estão assim distribuídos: pelas disposições desta lei complementar.
I - os órgãos da Administração Municipal, direta e indireta, Artigo 275 - São objetivos do FUNDURB:
tais como, as Secretarias, Empresas, Autarquias e demais I - captar recursos e aplicá-los em investimentos vinculados
estruturas administrativas públicas municipais, terão prazo de aos objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos de de-
30 (trinta) dias, a partir do recebimento da solicitação, pror- senvolvimento urbano integrantes ou decorrentes do Plano
rogável por mais 30 (trinta) dias, para emissão das diretrizes Diretor;
pertinentes conforme disposto neste Título; II - constituir-se em instrumento de intermediação adminis-
II - a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento trativo-financeira, para financiamento das intervenções, en-
Urbano terá o prazo de 30 (trinta) dias, a partir do recebimen- volvendo despesas correntes e de capital, representadas por
to da solicitação, prorrogável por mais 30 (trinta) dias, para planos, programas, projetos, obras e atividades decorrentes
emitir a CDU; das diretrizes e prioridades estabelecidas no Plano Diretor,
III - as Secretarias, Autarquias, empresas e órgãos terão o nesta lei complementar e nos Instrumentos de Política Urbana;
prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por mais 30 (trinta) dias, III - apoiar programas, projetos, obras e ações voltadas à
para encaminharem à Secretaria Municipal de Planejamento execução da política de desenvolvimento urbano e territorial
e Desenvolvimento Urbano as informações necessárias para de Ribeirão Preto, em especial nas áreas de interesse pú-
processo de licenciamento de urbanificação, contados do re- blico e de interesse histórico, áreas sem afetação, cultural e
cebimento da solicitação; e, paisagístico; e,
IV - as Secretarias, Autarquias, empresas e órgãos respon- IV - contribuir para a eficiente aplicação dos recursos públicos
sáveis pelas aprovações dos projetos complementares e cro- na área de desenvolvimento urbano, regional e institucional,
nogramas físicos-financeiros terão o prazo de 90 (noventa) promovendo, para tanto, o aperfeiçoamento dos recursos
dias, prorrogável por mais 90 (noventa) dias, contados do humanos, administrativos e financeiros voltados para essa
recebimento da solicitação, para aprovação ou o parecer de finalidade.
indeferimento respectivos. Artigo 276 - O FUNDURB tem por finalidade captar e aplicar
§ 1º - A contagem dos prazos para aprovação ou indeferimento prioritariamente seus recursos em:
será, automaticamente, suspensa, durante os esclarecimen- I - apoio à formulação de normativos legais e estudos técnicos
tos por parte do interessado, continuando no primeiro dia útil relacionados ao Plano Diretor, suas leis de regulamentação
após o recebimento da regularização ou complementação complementar e seus instrumentos;
de documentos. II - regularização fundiária de interesse social, incluindo levan-
§ 2º - Os prazos mencionados no parágrafo anterior poderão tamentos, cadastramentos, projetos, obras e serviços;
ser prorrogados nos casos de justificada necessidade do órgão III - formulação de projetos e execução de obras habitacionais
emissor, devidamente comunicada ao requerente e à Secre- de interesse social e de infraestrutura urbana;
taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. IV - implantação de espaços públicos de lazer como praças
Artigo 270 - Fica estabelecido o prazo de 30 (trinta) dias para e parques;
manifestação dos requerentes nos processos de licenciamento V - modernização tecnológica da gestão do território e do
de projetos, obras, parcelamentos e outros empreendimentos, desenvolvimento urbano;
assim como de “Habite-se” e outros correlatos da Secreta- VI - implantação de infraestrutura de rede cabeada urbana,
ria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano bem como a inserção e o desenvolvimento de tecnologias
a partir da promulgação desta lei complementar, a contar do destinadas à promoção da cidade inteligente;
recebimento da respectiva notificação, ficando suspenso este VII - apoio à fiscalização e ao controle do uso e ocupação
prazo quando: do solo;
I - as pendências forem atendidas com manifestação nos autos; VIII - implantação ou adequação de equipamentos públicos e
II - houver pedido formal e justificado de prorrogação, adotan- comunitários, especialmente unidades escolares, de saúde e
do como novo prazo o indicado pelo requerente, desde que a de assistência social;
justificativa seja acatada pelo setor competente. IX - criação de Unidades de Conservação municipais, sobre-
Artigo 271 - Transcorridos os prazos nos termos do artigo tudo nas áreas prioritárias definidas no Plano Municipal da
anterior sem que tenham sido atendidas as solicitações pelo Mata Atlântica e do Cerrado;
interessado, o requerente será comunicado por meios ofi- X - proteção e restauração ecológica de Zonas de Proteção
ciais legais sobre o arquivamento do processo por falta de Máxima e de outras áreas de interesse ambiental, sobretudo
manifestação. nas áreas prioritárias definidas no Plano Municipal da Mata
§ 1º - O desarquivamento do processo nos termos do caput Atlântica e do Cerrado;
poderá ocorrer em até 180 (cento e oitenta) dias mediante XI - proteção e recuperação de áreas de interesse histórico,
pagamento de taxas aplicáveis. cultural, arquitetônico e paisagístico;
§ 2º - Não ocorrendo o desarquivamento nos termos previstos XII - projetos e obras públicas de acessibilidade;
no parágrafo anterior, ficará autorizada a extinção e o expurgo XIII - projetos e obras de mobilidade urbana e transporte;
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XIV - aquisição, implantação ou recuperação de Mobiliário Artigo 279 - O FUNDURB será administrado pelo Secretário
urbano; e, de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, sendo que a
XV - outros que se mostrarem necessários para a qualificação Comissão de Controle Urbanístico - CCU, que analisará as
da gestão e do espaço urbano. demandas por recursos do FUNDURB, fornecerá subsídio
Artigo 277 - Constituem recursos do FUNDURB, além de ou- para aprovação e destinação destes recursos, observando as
tros previstos em leis específicas, receita formada por: diretrizes do Comitê Gestor da Política de Desenvolvimento
I - recursos oriundos da outorga onerosa do direito de cons- Urbano e Habitação.
truir, outorga onerosa de alteração de uso e transferência de § 1º - A CCU reunir-se-á extraordinariamente para esta finali-
potencial construtivo de bens; dade sempre que convocada pelo Secretário de Planejamento
II - recursos oriundos de contrapartidas dos procedimentos e Desenvolvimento Urbano em função das demandas exis-
de licenciamentos de Empreendimentos de Grande Impacto tentes e necessidades da gestão do FUNDURB.
Urbanístico; § 2º - O Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Ur-
III - recursos provenientes de doações, legados e outros recur- bano deverá publicar portaria de regulamentação dos proce-
sos de pessoas físicas, jurídicas ou de organismos públicos dimentos operacionais para solicitação de recursos ao FUN-
ou privados; DURB e do regulamento de funcionamento da CCU para esta
IV - permissão de uso de bens públicos e controle de acesso finalidade.
de loteamentos; § 3º - A CCU apreciará o Plano de Aplicação dos recursos
V - recursos provenientes de rendimentos auferidos da apli- disponíveis apresentado pela Secretaria Municipal de Plane-
cação de recursos do Fundo; jamento e Desenvolvimento Urbano em função das demandas
VI - recursos provenientes de receitas da transferência de existentes.
fundos voltados às finalidades do FUNDURB, de órgãos e § 4º - Na gestão do FUNDURB serão observadas as normas
entidades públicos e privados, recebidos diretamente ou por gerais sobre execução orçamentária e financeira, inclusive as
meio de convênios, contratos ou acordos; relativas ao controle e prestação de contas.
VII - outros recursos destinados ao Fundo consignados no Artigo 280 - Os recursos do FUNDURB não poderão ser uti-
orçamento Municipal; lizados para:
VIII - receitas que lhe forem atribuídas por lei; I - pagamento de despesas a título de taxa de administração,
IX - saldo de exercícios anteriores; gerência ou similares;
X - valores de multas, indenizações, penalidades e condena- II - pagamento de gratificação ou qualquer espécie de re-
ções judiciais obtidas em ações para defesa do meio ambiente muneração ao pessoal pertencente ao quadro da Prefeitura
urbano, fundadas em artigos do Código de Obras Municipal ou de Ribeirão Preto e de entidades da Administração Pública
nesta lei complementar, excetuadas verbas sucumbenciais, Federal, Estadual, Municipal;
bem como o valor de multas oriundas de Termos de Ajusta- III - pagamentos de impostos de imóveis urbanos, multas au-
mento de Conduta (TAC) e Termos de Compromisso com feridas quando da execução dos projetos, juros ou correção
base nessas leis, independentemente das partes nas ações monetária;
judiciais e subscritores do TAC; IV - pagamentos de dividendos ou recuperação de capital
XI - doações de entidades ou organismos nacionais e inter- investido;
nacionais; V - compra de ações, debêntures e outros valores mobiliários;
XII - valores advindos de acordos, contratos, consórcios e VI - despesas gerais das instituições executoras dos projetos
convênios, termos de cooperação e outras modalidades de financiados com recurso do Fundo;
ajustes onde exista previsão expressa de destinação ao FUN- VII - financiamento de dívida; e,
DURB; VIII - outros usos não previstos na legislação.
XIII - indenizações decorrentes de cobranças judiciais e extra- Parágrafo Único - VETADO.
judiciais de áreas institucionais e sistema viário, excetuada a a) VETADO;
verba sucumbencial, devidas em razão do ressarcimento em b) VETADO.
pecúnia de parcelamento irregular ou clandestino do solo, na TÍTULO IX
forma do artigo 43, parágrafo único, da Lei Federal nº 6.766, DA FISCALIZAÇÃO E DOS
de 1979; e, PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
XIV - os rendimentos e receitas provenientes de quaisquer Artigo 281 - A fiscalização do cumprimento desta lei comple-
aplicações financeiras dos seus recursos. mentar será efetuada pelo Poder Executivo por meio dos seus
Parágrafo Único - Os recursos auferidos com base no inciso órgãos de controle interno, sem prejuízo da fiscalização por
I deverão respeitar o contido no artigo 17, § 1º, da Lei Com- outros organismos públicos e da sociedade civil.
plementar Municipal nº 2.866, de 2018, observadas as regras § 1º - A fiscalização dos empreendimentos e atividades licen-
contidas no artigo 31 da Lei Federal nº 10.257, de 2001. ciáveis por esta lei complementar poderá ocorrer por meio
Artigo 278 - Os recursos destinados ao FUNDURB serão de- de amostragem.
positados em conta corrente específica, com a denominação § 2º - Toda obra ou imóvel, a qualquer tempo, poderá ser vis-
de Fundo de Desenvolvimento Urbano - FUNDURB, e serão toriada pelo órgão municipal responsável, desde que o encar-
movimentados pela Secretaria Municipal de Planejamento e regado da fiscalização apresente sua identificação funcional,
Desenvolvimento Urbano, órgão gestor do fundo. garantindo imediato ingresso ao local.
§ 1º - A aplicação da receita do FUNDURB seguirá as dispo- Artigo 282 - Aos empreendimentos de parcelamento do solo,
sições e prioridades previstas em seu Plano de Aplicação. na forma desta e demais leis municipais, será aplicado pela
§ 2º - Todos os recursos destinados ao Fundo deverão ser Fiscalização Geral:
contabilizados como receita orçamentária municipal e a ele I - embargo da obra para o atraso da entrega do relatório
alocados através de dotações consignadas na lei orçamentária semestral, após a notificação conforme previsto nesta lei
ou de crédito adicional, obedecendo sua aplicação às normas complementar;
gerais de direito financeiro. II - para atraso de obras nas datas previstas no cronogra-
§ 3º - A existência do Fundo a que alude a presente lei não ma aprovado, multa administrativa no valor de 10% (dez por
elide a consignação de dotações orçamentárias específicas cento) do custo da obra para a etapa em atraso previsto no
ao funcionamento regular da Secretaria Municipal de Plane- cronograma físico financeiro; e,
jamento e Desenvolvimento Urbano. III - embargo da obra quando não promover ou atrasar a re-
§ 4º - Anualmente, ao final de cada exercício, será elaborado novação da garantia oferecida e vencida.
o balanço geral da receita e despesa do Fundo, com encami- § 1º - Caberá à Secretaria, Autarquia, Empresa ou órgão mu-
nhamento ao Secretário Municipal de Governo até o dia 15 nicipal responsável pela emissão do respectivo TVO, remeter
de janeiro do ano subsequente. à Fiscalização Geral documentos e informações necessárias
§ 5º - O saldo financeiro dos recursos será transferido para para a lavratura do auto de infração.
o exercício seguinte. § 2º - A obra será embargada sem prejuízo das multas e ou-
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tras penalidades, quando houver infração ao previsto nesta nesta lei complementar, o infrator ou o responsável respon-
lei complementar. derá por perdas e danos causados ao meio ambiente e a
§ 3º - O embargo será retirado somente quando regularizada terceiros afetados por sua atividade, conforme disposições
a situação que o motivou. do Código Penal.
§ 4º - A obra será interditada quando houver descumprimento § 7º - Os débitos provenientes do descumprimento da presente
do embargo. lei complementar serão inscritos na dívida ativa e executados
§ 5º - O autuado terá o prazo de 30 (trinta) dias a contar da judicialmente.
respectiva notificação para, se pertinente, efetuar o pagamento § 8º - É assegurado ao infrator ou responsável o exercício ad-
da multa aplicada junto à Secretaria Municipal da Fazenda. ministrativo do direito de defesa de acordo com procedimento
§ 6º - Ultrapassado o prazo de 30 (trinta) dias do parágrafo fixado pelo Poder Executivo limitado ao prazo de 10 (dez)
anterior sem que ocorra o pagamento da multa, deverá a dias corridos da emissão da notificação e seu recebimento.
Fiscalização Geral encaminhar o auto de infração respectivo Artigo 284 - O procedimento administrativo para exercício do
para inscrição em dívida ativa junto à Secretaria Municipal poder de polícia para demolição de obra habitada ou não de-
da Fazenda. verá ocorrer em processo administrativo específico, garantida
§ 7º - Nas hipóteses previstas nos incisos I e II deste artigo, a ampla defesa e contraditório aos interessados mediante
poderão ser lavrados autos de infração continuados, um a prévia notificação para apresentação de defesa administrativa
cada mês, enquanto não regularizada a situação por parte e concessão de prazo mínimo de 15 (quinze) dias para deso-
do empreendedor infrator. cupação voluntária e retirada de seus pertences.
Artigo 283 - Os infratores das disposições contidas nesta lei § 1º - A apresentação de defesa administrativa terá efeito
complementar ficam sujeitos às seguintes penalidades, sem suspensivo até o julgamento administrativo por parte da Secre-
prejuízo de cumulação e demais penalidades cabíveis: taria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano.
I - advertência; § 2º - Após o transcurso do prazo concedido para desocupa-
II - multa diária pelo cometimento de infração, conforme legis- ção voluntária, a Prefeitura Municipal disponibilizará os meios
lação específica e regulamentos; para demolição da obra em desacordo com a legislação mu-
III - reaplicação da multa, caso o infrator persista na prática nicipal, podendo solicitar auxílio da Polícia Militar e da Admi-
da infração; nistração Municipal Indireta.
IV - interdição imediata dos usos proibidos por esta lei com- § 3º - A aplicação da sanção ou da multa não desobriga o infra-
plementar; tor do cumprimento das exigências que a houver determinado
V - embargo de urbanificação iniciado sem aprovação prévia nem o isenta das obrigações de reparar o dano resultante da
da autoridade competente ou em desacordo com os termos infração.
do projeto aprovado e/ou com as disposições desta lei com- Artigo 285 - Verificada qualquer infração às disposições desta
plementar e demais penalidades cabíveis previstas na legis- lei complementar, será expedida notificação preliminar con-
lação federal; tra o infrator, estabelecendo-se prazo para regularização da
VI - embargo de obra ou edificação iniciada sem aprovação situação.
prévia da autoridade competente, em desacordo com os ter- Artigo 286 - Decorrido o prazo previsto na notificação sem
mos do projeto aprovado ou com as disposições desta lei que tenha regularizado a situação notificada, será lavrado o
complementar ou do Código de Obras; competente auto de infração e multa, com notificação simul-
VII - demolição de obra ou construção que contrarie os pre- tânea do infrator, para, no prazo de 10 (dez) dias corridos,
ceitos desta lei complementar ou do Código de Obras e de- pagar ou apresentar defesa, sob pena de confirmação da
mais legislação e regulamentos, e apreensão do material, das penalidade imposta.
máquinas e dos equipamentos usados para cometimento da § 1º - Simultaneamente à imposição de multa, será lavrado
infração; auto de embargo da obra, com intimação para regularização
VIII - desfazimento de registro de urbanificação ou incorpo- da situação, nos termos da legislação específica.
ração imobiliária; § 2º - A notificação poderá ser efetuada:
IX - perda de isenções e outros incentivos tributários conce- I - pessoalmente, sempre que possível;
didos pelo Poder Público Municipal; e, II - por carta, acompanhada de via do auto de infração com
X - cassação do Alvará de Construção, quando a obra não aviso de recebimento, datado e firmado pelo destinatário ou
obedecer ao projeto aprovado. alguém do seu domicílio;
§ 1º - As penalidades indicadas neste artigo poderão ser III - por edital, se desconhecido o domicílio do infrator.
aplicadas simultânea e cumulativamente, e sem prévia ad- § 3º - A obra será embargada sem prejuízo das multas e outras
vertência. penalidades, quando houver infração a esta lei complementar.
§ 2º - Consideram-se infrações para efeito desta lei, as ações § 4º - O embargo será retirado somente quando regularizada
ou omissões praticadas pelo proprietário da obra, bem como a situação que o motivou.
pelo responsável técnico, que importem em inobservância às § 5º - A obra será interditada e se o Alvará de construção
normas pertinentes a esta lei complementar. cassado, quando houver descumprimento do embargo.
§ 3º - Consideram-se infratores: Artigo 287 - Outras limitações administrativas ao direito de
I - o possuidor do imóvel, o proprietário ou seus sucessores a construir serão instituídas por decreto, visando à proteção
qualquer título, adquirentes de lotes ou frações ideais; da saúde pública e do meio ambiente natural e artificial, não
II - o responsável pela urbanificação; sendo passíveis de indenização.
III - o incorporador, o procurador e o corretor que negociarem Parágrafo Único - As limitações administrativas poderão cons-
frações ideais de terreno e/ou empreendimentos imobiliários tituir instituição de área não edificável em razão de área de
sem previamente satisfazer às exigências desta lei comple- proteção ambiental, proteção histórico-cultural, proteção ur-
mentar e demais legislações e normativas aplicáveis; banística, passagem de infraestrutura, incidência de diretriz
IV - o proprietário, o projetista, o responsável técnico, o incor- viária, terreno impróprio à edificação ou terreno sujeito a ala-
porador que construir sem previamente satisfazer às exigên- gamento, dentre outros motivos de interesse público.
cias desta lei complementar. TÍTULO X
§ 4º - Reincidente é o infrator ou responsável que cometer DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
nova infração da mesma natureza qualquer que tenha sido o Artigo 288 - A Administração Municipal poderá promover, a
local onde tenha se verificado a infração anterior. qualquer momento, o saneamento do processo, eliminando
§ 5º - Responderá solidariamente pela infração o proprietário documentos não necessários para a tramitação do mesmo.
ou o possuidor da área de terreno na qual tenha sido prati- Artigo 289 - A elaboração dos planos municipais especificados
cada a infração, ou também quem, por si ou preposto, por nesta lei será iniciada no prazo máximo de 6 (seis) meses e
qualquer modo, a cometer, concorrer para sua prática ou dela concluída no prazo máximo de 3 (três) anos após a publicação
se beneficiar. desta lei complementar.
§ 6º - Sem prejuízo da aplicação das penalidades previstas Parágrafo Único - O prazo estabelecido neste artigo poderá
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sofrer adequações, desde que consistentemente justificadas. e faculdades;
Artigo 290 - As multas previstas nesta lei complementar serão II - a utilização e cessão gratuita de estudos e projetos de
aplicadas em dobro decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da universidades e faculdades para o setor público, sem ônus
primeira autuação na hipótese de não solucionada a questão, ao Município, autorizada contrapartida publicitária;
sendo aplicado este valor a cada nova autuação até que seja III - cooperação em projetos públicos;
resolvida a questão objeto de sua aplicação. IV - execução de obras e serviços de utilidade pública;
Artigo 291 - As áreas institucionais ociosas poderão ser desa- V - cooperação em matérias lecionadas;
fetadas e alienadas com reversão em aporte ao Fundo Muni- VI - criação de vagas de estágios para trabalho prático e téc-
cipal de Desenvolvimento Urbano, para soluções de moradia nico no desenvolvimento de projetos na área pública;
de interesse social e para utilização na construção de equi- VII - oferta de cursos de capacitação dos profissionais do
pamentos públicos comunitários, mediante lei complementar setor público; e,
municipal autorizativa, condicionado a fundamentação técnica VIII - intercâmbio de informações, dados, estudos e projetos.
que justifique a desnecessidade da área para implantação de § 1º - Nas hipóteses dos incisos II, III, VI e VII é autorizada a
equipamento público municipal e demais requisitos legais, contrapartida publicitária da universidade e faculdade colabo-
respeitando-se os dispositivos da Lei Orgânica do Município. radora, mediante divulgação de sua participação, bem como
§ 1º - As áreas Institucionais desafetadas, conforme espe- a cessão temporária de bem municipal quando necessário,
cificado no caput, deverão seguir os parâmetros de uso e conforme decreto regulamentador.
ocupação da zona urbanística incidente, salvo se legislação § 2º - O convênio ou termo de cooperação será formalizada
específica definir outras condições. por meio de termo ou contrato, cujo extrato deverá ser publi-
§ 2º - Ficam desafetadas as áreas institucionais e de siste- cado no Diário Oficial do Município no prazo de até 30 (trinta)
ma de recreio de propriedade da Prefeitura Municipal até a dias contados da assinatura de todos os signatários.
data da publicação desta lei complementar para a finalidade Artigo 295 - Caberá a Secretaria Municipal de Planejamento
de alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de e Desenvolvimento Urbano, por meio da CCU, a análise e
direito real de uso, locação, permissão de uso ou outra for- emissão de parecer quanto aos casos omissos à presente
ma de alienação de bens imóveis residenciais construídos, a lei complementar.
serem destinados ou efetivamente usados em programas de Artigo 296 - A Lei Complementar nº 2.932, de 2019 (Código de
habitação, para moradia social individual ou de regularização Obras Municipal) passa a vigorar com as seguintes alterações:
fundiária de interesse social desenvolvidos por órgão ou enti- “Artigo 48 - ..................................omissis.................................
dade da Administração Pública, dispensada a licitação na for- Parágrafo Único - REVOGADO.
ma do Artigo 76, inciso I, alínea “f” da Lei nº 14.133, de 2021. (...)
Artigo 292 - Para os loteamentos aprovados anteriormente a Artigo 56 - ..................................omissis.................................
esta lei complementar que possuam limites de IRA estabele- § 1º - Em todo estacionamento coletivo deverá ser ofertado
cidos com restrições cartoriais, as compatibilidades entre os 5% (cinco por cento) de vagas de bicicleta em relação ao total
novos regramentos serão definidas em decreto específico de ofertado de vagas de automóveis e para estacionamentos pri-
definição dos Índices de Risco Ambiental (IRA). vativos em residenciais o mínimo de 1 (uma) vaga de bicicleta
Parágrafo Único - As condições não resolvidas no caput de- a cada 10 (dez) unidades habitacionais.
verão ser analisadas pela CCU. § 2º - ..........................................omissis.................................
Artigo 293 - A presente lei complementar tem aplicação ime- (...)
diata na data de sua publicação, observadas as seguintes Artigo 83 - As edificações serão classificadas de acordo com
regras de transição: a Tabela VI - Classificação das edificações quanto a sua ocu-
I - os pedidos de aprovação de projetos de construção, regu- pação:
larização, reforma, reconstrução ou ampliação, com posterior
expedição dos respectivos alvarás, serão analisados nos ter- Tabela VI - Classificação das edificações
mos da legislação em vigor na data do seu protocolo, podendo quanto a sua ocupação
ser analisada nos termos desta lei complementar por opção GRUPO DE
do interessado; OCUPAÇÃO DIVISÃO DESCRIÇÃO
II - os pedidos de aprovação de projetos para a implanta- /USO
ção das modalidades de urbanificação descritas no Título V Residencial Unifamiliar, limitado a uma unidade habitacional
A-1
da presente lei complementar, poderão ser analisados com por lote.
base na legislação em vigor anteriormente à vigência desta A Residencial Multifamiliar, vertical ou horizontal,
lei, desde que já tenha sido emitida a respectiva Certidão de Residencial empreendimento constituído ou não em condomínio, com
A-2
Viabilidade e o pedido tenha sido protocolado durante o prazo duas ou mais unidades autônomas residenciais, isoladas,
de vigência desta última; justapostas ou sobrepostas.
III - os pedidos de Certidão de Viabilidade Urbanística para Residencial Coletivo, empreendimento destinado à
urbanificações com doação de áreas públicas que possuírem moradia de grupos sociais equivalentes à família com até
A-3
as diretrizes ambientais, de uso do solo, viárias e urbanísticas 16 leitos. (Pensionatos, internatos, mosteiros, conventos,
alojamentos (exceto abrigos geriátricos).
já emitidas, estando todas elas no seu prazo de validade,
aguardando apenas a emissão de diretrizes de outros órgãos, Hotéis e assemelhados (Hotéis, motéis, pensões,
poderão ser analisados nos termos da legislação em vigor hospedarias, albergues, casas de cômodos) e Habitações
B-1
B coletivas com mais de 16 leitos. Não abrange abrigos
anteriormente à vigência desta lei complementar e a CVU, geriátricos.
Serviços de
caso seja expedida, terá validade de 01 (um) ano, não ca- hospedagem Hotéis residenciais (Hotéis e assemelhados com cozinha
bendo revalidação. B-2 própria nos apartamentos (incluem-se apart-hotéis, hotéis
§ 1º - Os projetos protocolados antes da publicação desta lei residenciais).
complementar poderão continuar sendo analisados conforme
Comércio Varejista em geral, de pequeno porte, com área
legislação em vigor quando de seu protocolo, desde que a computável de até 500 m².
configuração e conceito do projeto não sejam alterados. C-1
(Armarinhos, tabacarias, mercearias, fruteiras, butiques
§ 2º - Os projetos em tramitação, nos termos do parágrafo e outros).
anterior, deverão cumprir os prazos estabelecidos no Capítulo Comércio Varejista de médio e grande portes, com área
V do Título VII desta lei complementar. C computável de até 10000 m².
Artigo 294 - Fica autorizada a Prefeitura Municipal a celebrar Comercial (Edifícios de lojas, lojas de departamentos, magazines,
convênios de natureza técnica com faculdades e universida- varejista C-2 galerias comerciais, supermercados em geral, mercados
des públicas ou privadas, visando à cooperação, colaboração e outros).
e transferência de informações na área de arquitetura e urba- Obs.: Empreendimentos com área computável superior a
nismo, podendo envolver: 10.000 m² serão enquadradas na categoria C3.
I - o fornecimento de projetos arquivados na Prefeitura Munici- Centros comerciais (Hipermercado, centros de compras
C-3
pal e dados públicos que não sejam sigilosos às universidades em geral, shopping centers).
48 Quarta-feira, 19 de Abril de 2023

Locais para prestação de serviços profissionais ou nitárias nas edificações, será adotada a Tabela VII - Estimativa
condução de negócios (Escritórios administrativos ou populacional nas edificações:
D-1
D técnicos, consultórios, repartições públicas, cabeleireiros, Tabela VII - Estimativa populacional nas edificações
Serviços laboratórios de análises clínicas sem internação).
profissionais, D-2 Agências bancárias e assemelhados. GRUPO DIVISÃO DESCRIÇÃO POPULAÇÃO
pessoais e Serviços de reparação (exceto os classificados em G e I) A-1 Habitações unifamiliares. 2 pessoas por dormitório
técnicos (Lavanderias, assistência técnica, reparação e manutenção A-2 Habitações multifamiliares. 2 pessoas por dormitório
D-3 A
de aparelhos eletrodomésticos, chaveiros, pintura de 2 pessoas por dormitório
letreiros e outros). Habitações coletivas (grupos
A-3 e uma pessoa por 4 m²
sociais equivalentes a família).
Escolas de educação básica, superior e outras (Educação de área de alojamento
E E-1 infantil, ensino fundamental, ensino médio, ensino técnico 1 pessoa por
Educacional profissionalizante, educação profissional e não seriado). B Serviços de hospedagem.
15 m² de área
e cultura Espaço para cultura física e Esportes coletivos (Academia, Comercial Varejista e Centros 1 pessoa por
física E-2 locais de esportes não incluídos em F-3, sauna, casas de C
de compra. 5 m² de área
fisioterapia e outros.).
1 pessoa por
Locais onde há objetos de valor inestimável (Museus, D Serviços profissional.
F-1 7 m² de área
galerias de arte, arquivos, bibliotecas e assemelhados).
E-1 Escola em geral. Ver tabela específica
Templos e auditórios (Igrejas, sinagogas, templos e E
F-2 Espaço para cultura física e 1 pessoa por 1,50 m²
auditórios em geral). E-2
esportes coletivos. de área
Centros esportivos (Estádios, ginásios e piscinas cobertas
F-3 Museus, galerias de arte,
com arquibancadas, arenas em geral). 1 pessoa por
F-1 arquivos, bibliotecas e
Estações e terminais de passageiros (Estações 3 m²
assemelhados.
F-4 rodoferroviárias, aeroportos, estações de transbordo e
outros). Templos e auditórios, teatros
F em geral, cinemas, óperas,
Locais de Locais para produção e apresentação de artes cênicas auditórios de estúdios de
reunião de F-5 (Teatros em geral, cinemas, óperas, auditórios de estúdios F F-2, F-5, F-8 rádio e televisão e outros, 1 pessoa por m² de área
público de rádio e televisão e outros). restaurantes, lanchonetes
Clubes sociais (Boates e clubes noturnos em geral, bares, cafés, refeitórios e
F-6 salões de baile, restaurantes dançantes, clubes sociais e cantinas.
assemelhado, salões de festas, buffet). Centros esportivos, clubes
F-7 Construções provisórias (Circos e assemelhados). 2 pessoas por m²
F-3, F-6, F-7 sociais construções
de área
Locais para refeições (Restaurantes, lanchonetes, bares, provisórias.
F-8
cafés, refeitórios, cantina e outros). Estações, terminais de
Recreação pública (Jardim Zoológico, parques recreativos F-4 e F-9 passageiros e Locais de Análise especial
F-9 Recreação pública.
e assemelhados).
Garagens sem acesso de público e sem abastecimento Garagens automáticas,
G-1 G-1, G-2 e garagens com acesso de 1 pessoa por 40 vagas
(Garagens automáticas).
G-3, público e sem abastecimento de veículos
Garagens com acesso de público e sem abastecimento G e locais de abastecimento.
G-2 (Garagens coletivas não-automáticas em geral, sem
abastecimento) (exceto para veículos de carga e coletivos). serviços de conservação e 1 pessoa por
G-4 e G-5
manutenção de veículos 20 m² de área
Locais dotados de abastecimento de combustível (Postos
G G-3 de abastecimento e serviço, garagens, exceto para veículos Hospitais veterinários e 1 pessoa por
H-1
Serviços de carga e coletivos). assemelhados 7 m² de área
automotivos Serviços de conservação, manutenção e reparos (Postos Asilos, orfanatos, abrigos 2 pessoas por dormitório
G-4 de serviço sem abastecimento, borracharia, oficinas de H-2 geriátricos, reformatórios sem e 1 por 4 m² de área do
conserto de veículos, exceto de carga e coletivos). celas e outros alojamento
Serviços de manutenção em veículos de grande porte e 1 pessoa por leito + 1
retificadoras em geral (Oficinas e garagens de veículos H-3 Hospitais e assemelhados pessoa por 7 m² de área
G-5 H do ambulatório
de carga e coletivos, máquinas agrícolas e rodoviárias,
retificadoras de motores). Locais para quartéis, centrais
H-1 Hospitais veterinários e assemelhados. de polícia, delegacias distritais
, postos policiais e outros,
Asilos, orfanatos, abrigos geriátricos, Reformatórios sem
H-2 H-4 , H-5 hospitais psiquiátricos, Análise especial
H celas e outros.
reformatórios, prisões
Serviços H-3 Hospitais e assemelhados, postos de saúde. em geral e instituições
de saúde e H-4 Hospitais psiquiátrico. assemelhadas
institucionais
Locais para quartéis, centrais de polícia, delegacias 1 pessoa por 10 m² de
I Indústrias
H-5 distritais, postos policiais e outros, reformatórios, prisões área
em geral e instituições assemelhadas. Comércio atacadista e 1 pessoa por
J
Atividades industriais com manipulação e exploração depósitos 30 m² de área
I de matérias-primas e fontes energéticas, bem como a (...)
I
Industrial transformação de produtos semiacabados em bens de
produção ou de consumo.
Artigo 131 - REVOGADO.
I e II - REVOGADO.
J
Comércio atacadista, depósitos e transportadoras, §§ 1º a 4º - REVOGADO.
Depósitos
J destinado à comercialização e/ou armazenamento de Artigo 132 - O atendimento da área permeável estabelecida
e comercial
grandes quantidades de materiais e/ou produtos na Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo poderá
atacadista
ser substituído por execução de sistema de contenção ou
Observações: infiltração, de acordo com a Tabela IX.
1 - Auditórios e assemelhados, em escolas, bem como salões Tabela IX - Caixa de Retenção de
de festas e centros de convenções em hotéis são conside- Deflúvio e/ou Sistema de Infiltração
rados nos grupos de ocupação F-2, F-6 e outros, conforme Sistema de
o caso. ZONEAMENTO Caixa de Retenção
Infiltração
2 - A parte de atendimento ao público de comércio atacadista
Zona de Urbanização Preferencial (ZUP) Lote ≤ 1000m² Lote > 1000m²
e/ou depósito (Grupo-J) deve ser considerada como do grupo
Zona de Urbanização Controlado (ZUC) Lote ≤ 500 m² Lote > 500m²
C, conforme Tabela VI deste artigo.
Artigo 84 - Para quantificação do número das instalações sa- Zona de Urbanização Restrita (ZUR) - Todos
Quarta-feira, 19 de Abril de 2023 49
§ 1º - Nos lotes localizados na Zona de Uso Especial (ZUE) tes anexos:
descrita no Zoneamento Ambiental estabelecido na Lei Com- I - Quadros
plementar nº 2.866/2018, a substituição prevista no caput so- a) Quadro 01 - Conceitos e Definições;
mente será admitida em lotes com área de até 1.000 m² (mil b) Quadro 02 - Descrição das Unidades de Ocupação Plane-
metros quadrados), nos termos da Lei de Parcelamento, Uso jadas (UOP) e dos Territórios de Expansão Planejada (TEP);
e Ocupação do Solo, sendo que o volume de água pluvial c) Quadro 03 - Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo Por
captado deverá ser conduzido a um sistema de infiltração, Zona de Uso;
visando a recarga forçada do Aquífero Guarani. d) Quadro 04 - Parâmetros de Incomodidade por Zona;
§§ 2º a 4º - ..............................omissis...................................” e) Quadro 05 - Condições de Instalação do Uso Residencial;
Artigo 297 - A Lei Complementar nº 2.927, de 2018 (Normas f) Quadro 06 - Condições de Instalação do Uso Não Resi-
edilícias para Habitação de Interesse Social, Empreendimento dencial;
de Habitação de Interesse Social e Empreendimento em Zona g) Quadro 07 - Zona de Comércio e Serviços (ZCC e ZCCR);
Especial de Interesse Social no Município de Ribeirão Preto) h) Quadro 08 - Sistema Viário - Padrões de Projeto;
passa a vigorar com as seguintes alterações: i) Quadro 09 - Sistema Viário - Seção Transversal;
“Artigo 16 - As edificações até gabarito básico enquadradas j) Quadro 10 - Fator de Planejamento (Fp); e,
como EHIS e EHMP/HIS, ficam dispensadas do atendimento k) Quadro 11 - Fator Social (Fs).
de recuo obrigatório, definido na lei de Parcelamento, Uso e II - Mapas
Ocupação do Solo, para as vias de circulação. a) Mapa 01 - Divisão Territorial;
I a III - REVOGADO. b) Mapa 02 - Macrozoneamento Urbanístico;
§ 1º - O Recuo poderá ser dispensado para gabarito até 18,0 c) Mapa 03 - Unidades de Ocupação Planejada (UOP) e Ter-
m (dezoito metros) mediante implantação de fachada ativa ritórios de Expansão Planejada (TEP);
no térreo, uso misto e garantia de calçada mínima de 4,0 m d) Mapa 04 - Zoneamento Urbanístico.
(quatro metros), nos termos da Lei de Parcelamento, Uso e Artigo 300 - A presente lei complementar somente poderá ser
Ocupação do Solo. revista após o quinto ano de sua publicação.
§ 2º - Será admitido o escalonamento da edificação desde que Artigo 301 - Fica revogada a Lei Complementar nº 2.157, de
cada pavimento atenda ao recuo estabelecido, calculado de 2007 e suas alterações.
acordo com a lei de parcelamento, uso e ocupação do solo Artigo 302 - Esta lei complementar entra em vigor na data de
em função. sua publicação.
(...) Palácio Rio Branco
Artigo 19 - .................................omissis..................................
DUARTE NOGUEIRA
Parágrafo Único - REVOGADO.
Prefeito Municipal
Artigo 20 - Para o cálculo do Coeficiente de Aproveitamento
ANTÔNIO DAAS ABBOUD
(CA), em EHIS e EHMP/HIS, considera-se como área não
Secretário de Governo
computável:
ALESSANDRO HIRATA
I - as áreas destinadas à garagem;
Secretário da Casa Civil
II - obras complementares definidas no Código de Obras Mu-
nicipal;
III - equipamentos mecânicos destinados à acessibilidade de
QUADRO 01
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; CONCEITOS E DEFINIÇÕES
IV - as áreas de uso comum do pavimento térreo; Acessibilidade - possibilidade e condição de alcance para uti-
V - os balcões, terraços e sacadas; e, lização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários,
VI - as áreas não residenciais construídas no pavimento térreo equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação
de acesso pelo logradouro público considerada como fachada e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem
ativa. como de outros serviços e instalações abertos ao público,
Parágrafo Único - REVOGADO. de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona
(...) urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com
Artigo 21 - O gabarito máximo para os empreendimentos en- mobilidade reduzida.
quadrados como EHIS e EHMP/HIS será o definido na Lei Acessível - caracterização do espaço, edifício, mobiliário,
de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de acordo com a equipamento ou outro elemento que possa ser alcançado,
UOP/TEP em que se situe. visitado, compreendido e utilizado por qualquer pessoa, in-
§1º - REVOGADO. clusive aquelas com necessidades especiais;
§ § 2º a 4º - .................................omissis...............................” Aglutinação - unificação de dois ou mais lotes lindeiros ou
Artigo 298 - Os limites da Zona Urbana, da Zona de Expan- partes deles;
são Urbana e Zona Rural definidos na Lei Complementar nº Alinhamento Predial - linha divisória entre o lote e o logra-
2.866/2018 que dispõe sobre a Revisão do Plano Diretor, ficam douro público.
alterados, com base em seu Artigo 55, passando a vigorar Ampliação - é a obra em acréscimo à edificação existente
com as seguintes alterações: em uma mesma propriedade, ligada ou não a mesma, que no
I - O ANEXO I - ZONA URBANA, DE EXPANSÃO URBANA sentido horizontal ou vertical, formam novos compartimentos
E ZONA RURAL passa a vigorar com o título de Mapa 1 - ou ampliam os já existentes, considera-se como existente a
Divisão Territorial: Zona Urbana, Zona de Expansão Urbana obra aprovada e com respectivo habite-se. Em casos especí-
e Zona Rural, disposto na alínea “a” do Anexo II desta Lei ficos, poderão ser admitidas como existentes as edificações
Complementar; construídas anteriormente a 1966 ou ainda aquelas que não
II - O ANEXO II - DESCRIÇÃO DA ZONA URBANA, DE EX- possuem projeto aprovado e estejam averbadas em título
PANSÃO URBANA E ZONA RURAL passam a vigorar com registrado.
as novas descrições contidas no Quadro 2 do Anexo I desta Área para Carga e Descarga - Espaços, cobertos ou não,
Lei Complementar; destinados à circulação e estacionamento de veículos de carga
III - O ANEXO IV - MACROZONEAMENTO URBANÍSTICO para embarque e desembarque de mercadorias.
passa a vigorar com o título de Mapa 2 - Macrozoneamen- Área Dominical ou área sem afetação - área que integra
to Urbanístico, disposto na alínea “b” do Anexo II desta Lei o patrimônio municipal sem afetação de uso, podendo ser
Complementar. destinada a usos de interesse público, social, comunitário ou
Parágrafo Único - Todas as menções e citações do Plano uso particular por meio de permissão, concessão ou alienação,
Diretor, estabelecidas pela Lei Complementar nº 2.866/2018, conforme previsto no art. 99, inciso III, do Código Civil.
que mencionam os termos dos incisos deste artigo ficam au- Área Institucional - área pública destinada à implantação
tomaticamente substituídos pelos novos instrumentos aqui de edificações e/ou equipamentos públicos urbanos ou de
mencionados. uso comunitário.
Artigo 299 - Integram a presente lei complementar os seguin- Área Verde - porção de terra que compõe o sistema de espa-
Quarta-feira, 19 de Abril de 2023 49
§ 1º - Nos lotes localizados na Zona de Uso Especial (ZUE) tes anexos:
descrita no Zoneamento Ambiental estabelecido na Lei Com- I - Quadros
plementar nº 2.866/2018, a substituição prevista no caput so- a) Quadro 01 - Conceitos e Definições;
mente será admitida em lotes com área de até 1.000 m² (mil b) Quadro 02 - Descrição das Unidades de Ocupação Plane-
metros quadrados), nos termos da Lei de Parcelamento, Uso jadas (UOP) e dos Territórios de Expansão Planejada (TEP);
e Ocupação do Solo, sendo que o volume de água pluvial c) Quadro 03 - Parâmetros de Uso e Ocupação do Solo Por
captado deverá ser conduzido a um sistema de infiltração, Zona de Uso;
visando a recarga forçada do Aquífero Guarani. d) Quadro 04 - Parâmetros de Incomodidade por Zona;
§§ 2º a 4º - ..............................omissis...................................” e) Quadro 05 - Condições de Instalação do Uso Residencial;
Artigo 297 - A Lei Complementar nº 2.927, de 2018 (Normas f) Quadro 06 - Condições de Instalação do Uso Não Resi-
edilícias para Habitação de Interesse Social, Empreendimento dencial;
de Habitação de Interesse Social e Empreendimento em Zona g) Quadro 07 - Zona de Comércio e Serviços (ZCC e ZCCR);
Especial de Interesse Social no Município de Ribeirão Preto) h) Quadro 08 - Sistema Viário - Padrões de Projeto;
passa a vigorar com as seguintes alterações: i) Quadro 09 - Sistema Viário - Seção Transversal;
“Artigo 16 - As edificações até gabarito básico enquadradas j) Quadro 10 - Fator de Planejamento (Fp); e,
como EHIS e EHMP/HIS, ficam dispensadas do atendimento k) Quadro 11 - Fator Social (Fs).
de recuo obrigatório, definido na lei de Parcelamento, Uso e II - Mapas
Ocupação do Solo, para as vias de circulação. a) Mapa 01 - Divisão Territorial;
I a III - REVOGADO. b) Mapa 02 - Macrozoneamento Urbanístico;
§ 1º - O Recuo poderá ser dispensado para gabarito até 18,0 c) Mapa 03 - Unidades de Ocupação Planejada (UOP) e Ter-
m (dezoito metros) mediante implantação de fachada ativa ritórios de Expansão Planejada (TEP);
no térreo, uso misto e garantia de calçada mínima de 4,0 m d) Mapa 04 - Zoneamento Urbanístico.
(quatro metros), nos termos da Lei de Parcelamento, Uso e Artigo 300 - A presente lei complementar somente poderá ser
Ocupação do Solo. revista após o quinto ano de sua publicação.
§ 2º - Será admitido o escalonamento da edificação desde que Artigo 301 - Fica revogada a Lei Complementar nº 2.157, de
cada pavimento atenda ao recuo estabelecido, calculado de 2007 e suas alterações.
acordo com a lei de parcelamento, uso e ocupação do solo Artigo 302 - Esta lei complementar entra em vigor na data de
em função. sua publicação.
(...) Palácio Rio Branco
Artigo 19 - .................................omissis..................................
DUARTE NOGUEIRA
Parágrafo Único - REVOGADO.
Prefeito Municipal
Artigo 20 - Para o cálculo do Coeficiente de Aproveitamento
ANTÔNIO DAAS ABBOUD
(CA), em EHIS e EHMP/HIS, considera-se como área não
Secretário de Governo
computável:
ALESSANDRO HIRATA
I - as áreas destinadas à garagem;
Secretário da Casa Civil
II - obras complementares definidas no Código de Obras Mu-
nicipal;
III - equipamentos mecânicos destinados à acessibilidade de
QUADRO 01
pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida; CONCEITOS E DEFINIÇÕES
IV - as áreas de uso comum do pavimento térreo; Acessibilidade - possibilidade e condição de alcance para uti-
V - os balcões, terraços e sacadas; e, lização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários,
VI - as áreas não residenciais construídas no pavimento térreo equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação
de acesso pelo logradouro público considerada como fachada e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem
ativa. como de outros serviços e instalações abertos ao público,
Parágrafo Único - REVOGADO. de uso público ou privados de uso coletivo, tanto na zona
(...) urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou com
Artigo 21 - O gabarito máximo para os empreendimentos en- mobilidade reduzida.
quadrados como EHIS e EHMP/HIS será o definido na Lei Acessível - caracterização do espaço, edifício, mobiliário,
de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo de acordo com a equipamento ou outro elemento que possa ser alcançado,
UOP/TEP em que se situe. visitado, compreendido e utilizado por qualquer pessoa, in-
§1º - REVOGADO. clusive aquelas com necessidades especiais;
§ § 2º a 4º - .................................omissis...............................” Aglutinação - unificação de dois ou mais lotes lindeiros ou
Artigo 298 - Os limites da Zona Urbana, da Zona de Expan- partes deles;
são Urbana e Zona Rural definidos na Lei Complementar nº Alinhamento Predial - linha divisória entre o lote e o logra-
2.866/2018 que dispõe sobre a Revisão do Plano Diretor, ficam douro público.
alterados, com base em seu Artigo 55, passando a vigorar Ampliação - é a obra em acréscimo à edificação existente
com as seguintes alterações: em uma mesma propriedade, ligada ou não a mesma, que no
I - O ANEXO I - ZONA URBANA, DE EXPANSÃO URBANA sentido horizontal ou vertical, formam novos compartimentos
E ZONA RURAL passa a vigorar com o título de Mapa 1 - ou ampliam os já existentes, considera-se como existente a
Divisão Territorial: Zona Urbana, Zona de Expansão Urbana obra aprovada e com respectivo habite-se. Em casos especí-
e Zona Rural, disposto na alínea “a” do Anexo II desta Lei ficos, poderão ser admitidas como existentes as edificações
Complementar; construídas anteriormente a 1966 ou ainda aquelas que não
II - O ANEXO II - DESCRIÇÃO DA ZONA URBANA, DE EX- possuem projeto aprovado e estejam averbadas em título
PANSÃO URBANA E ZONA RURAL passam a vigorar com registrado.
as novas descrições contidas no Quadro 2 do Anexo I desta Área para Carga e Descarga - Espaços, cobertos ou não,
Lei Complementar; destinados à circulação e estacionamento de veículos de carga
III - O ANEXO IV - MACROZONEAMENTO URBANÍSTICO para embarque e desembarque de mercadorias.
passa a vigorar com o título de Mapa 2 - Macrozoneamen- Área Dominical ou área sem afetação - área que integra
to Urbanístico, disposto na alínea “b” do Anexo II desta Lei o patrimônio municipal sem afetação de uso, podendo ser
Complementar. destinada a usos de interesse público, social, comunitário ou
Parágrafo Único - Todas as menções e citações do Plano uso particular por meio de permissão, concessão ou alienação,
Diretor, estabelecidas pela Lei Complementar nº 2.866/2018, conforme previsto no art. 99, inciso III, do Código Civil.
que mencionam os termos dos incisos deste artigo ficam au- Área Institucional - área pública destinada à implantação
tomaticamente substituídos pelos novos instrumentos aqui de edificações e/ou equipamentos públicos urbanos ou de
mencionados. uso comunitário.
Artigo 299 - Integram a presente lei complementar os seguin- Área Verde - porção de terra que compõe o sistema de espa-
50 Quarta-feira, 19 de Abril de 2023
ços livres de uso público e compreende as áreas de preserva- em duas partes.
ção, conservação e renovação ambiental, assim como as ZPM, Desmembramento - divisão de gleba não parcelada com
devendo ser vegetadas ou revegetadas conforme diretrizes aproveitamento do sistema viário existente, sem abertura de
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e observadas às novas vias ou arruamentos.
normas do Código do Meio Ambiente. Desmembramento integrado à edificação - modalidade de
Área Total Edificada - soma das áreas de construção de uma desmembramento em que a construção das edificações nos
edificação, medidas externamente, conforme estabelecido no lotes é feita pelo empreendedor, concomitante à implantação
Código de Obras Municipal. das obras de urbanização;
Arruamento - ato ou efeito de arruar que compreende alinha- Divisa - linha divisória legal que separa lotes lindeiros, assim
mento ou disposição das ruas, alteração de traçado e abertura como o lote do logradouro público.
de via de circulação em solo urbano, de natureza pública ou Edificação - obra de construção com a finalidade de abrigar
privada e carácter rodoviário e/ou pedonal. atividades humanas e/ou qualquer instalação, equipamento ou
Barreira Arquitetônica ou Urbanística - entendida como material, caracterizada pelo uso residencial ou não residencial,
qualquer elemento natural, instalado ou edificado que impeça inclusive equipamento público urbano e comunitários.
a plena acessibilidade de rota, espaço, mobiliário ou equipa- Empreendedor - proprietário do imóvel, responsável pela
mento urbano. implantação da urbanificação e/ou edificação. Esta definição
Calçada - parte do logradouro público, normalmente segrega- também se aplica ao compromissário comprador, cessionário
da e em nível diferente, compreendida entre o alinhamento ou promitente cessionário, mediante autorização expressa
predial e a guia, em geral mais alta que a área de circulação do proprietário e assunção de compromisso onde este último
de veículos, não destinada à circulação de veículos, reservada sub-rogue-se nas obrigações do compromissário comprador,
ao trânsito de pedestres com autonomia e segurança, bem cessionário ou promitente cessionário, em caso de extinção
como, quando possível, à implantação de mobiliário urbano, do contrato.
sinalização, equipamentos de infraestrutura, faixas de vege- Equipamentos Públicos Comunitários (EPC) - são ambien-
tação e outros fins previstos em leis específicas. tes públicos ou sob concessão de uso, edificados ou não,
Calçadas Verdes - compreendida como as faixas dentro da que exerçam função social e que possibilitem a permanência
calçada que podem ser ajardinadas ou arborizadas. humana, necessário para o atendimento da população e rela-
Canteiro Central - obstáculo físico construído como separador cionados à educação, cultura, saúde, esporte, lazer, bem-estar
das duas pistas de rolamento. social, alimentação social e similares.
Condomínio edilício - são edificações ou conjuntos de edi- Equipamentos Públicos Urbanos (EPU) - são ambientes,
ficações, de um ou mais pavimentos (horizontal, vertical ou edificados ou não, que permitam a permanência humana,
misto), implantadas em lotes oriundos de parcelamento do necessários para a instalação de infraestrutura relacionados
solo urbano, ou em glebas nos limites estabelecidos nesta com o saneamento básico, a gestão de resíduos sólidos, o
lei complementar, divididas em áreas de uso comum e de uso transporte de passageiros e de carga, a distribuição de gás,
privativo, construídos sob a forma de unidades isoladas entre a produção e distribuição de energia elétrica, a rede de co-
si, destinadas a fins residenciais, não residenciais, industriais municação, a rede de dados e de fibra ótica, dentre outros
ou de logística, e constituindo-se, cada unidade, por proprie- serviços infraestrutura de utilidade pública.
dade autônoma nos termos da Lei Federal nº. 4.591/1964 Estacionamento - local destinado à guarda e/ou parada de
ficando a construção das edificações e de toda a infraestrutura veículo por tempo superior ao necessário para embarque ou
necessária ao empreendimento sob a responsabilidade do desembarque, podendo ser coberto ou não.
empreendedor. Fachada Ativa - condição de implantação de atividade não
Condomínio de lotes - instituído pelo artigo 58 da Lei Fede- residencial, obrigatoriamente sem recuo aos acessos abertos
ral 13.465/2017, que dá nova redação ao artigo 1.358-A do ao nível do logradouro ou à área de fruição pública devendo-
CCB/02, é a modalidade de condomínio em que a unidade -se garantir, em cada testada, pelo menos 25% (vinte e cinco
autônoma corresponde a um lote, onde se deve discriminar por cento) de permeabilidade visual de fachada visualmente
a parte do terreno de utilização exclusiva dessas unidades, ativas com vitrines, portas e/ou janelas, com no mínimo 3,0 m
bem como a fração ideal do todo do terreno e de partes co- (três metros) de extensão sendo permitida a manutenção dos
muns, devendo as unidades serem servidas de infraestrutura recuos em relação ao alinhamento somente quando ocupados
básica, e com dimensões que atendam a zona de uso em por área de fruição pública.
que se localiza. Fração Ideal - parte indivisível e indeterminável das áreas
Conjunto Habitacional - Conjunto habitacional é o ato de comuns e do terreno de um condomínio proporcional à uni-
edificar repetida e/ou sucessivamente tipologias similares em dade autônoma de cada condômino, como regra geral ela
parcelamento com a mesma titularidade do terreno e/ou de é composta de uma parte comum e de uma parte privativa.
mesmo empreendedor e/ou grupo empreendedor, enquadrado Fruição Pública - área livre que estabelece a ligação do lote
ou não na legislação específica de interesse social. com um ou mais logradouros, que poderá ser externa ou in-
Construção - ato de edificar uma obra de qualquer natureza e/ terna às edificações, localizada no pavimento de acesso aos
ou o conjunto de atividades necessárias para se construir algo. logradouros públicos, destinada à circulação de pessoas.
Corredores Viários de Ônibus e/ou de Transporte Público - vias Gabarito - altura do edifício, em metros lineares, aferida a
ou conjunto de vias criadas para otimizar o desempenho do partir do piso acabado do pavimento térreo até o piso aca-
sistema de transporte urbano.   bado do último pavimento, independentemente da existência
Cruzamento - compreendido como o local ou área onde 2 de elevador.
(duas) ou mais vias se cruzam em um mesmo nível. Gleba - porção de terra, urbana ou rural, não resultante de
Declividade - relação percentual entre a diferença das cotas parcelamento do solo para fins urbanos regular.
altimétricas de dois pontos e sua distância horizontal. Guia - elemento de separação ou borda entre o passeio pú-
Densidade Populacional Bruta - quociente resultante da blico e o leito carroçável, da rua, rodovia ou limite de pas-
divisão do número de habitantes, calculados segundo os pa- seio, geralmente construída com concreto ou pedra, que cria
râmetros desta lei e do Código de Obras (Lei Complementar barreira física entre a via, a faixa e o passeio, propiciando
nº 2932/2019), pela área bruta da gleba (em hectares). Resulta ambiente mais seguro para os pedestres e facilidades para
habitantes por hectares (hab/ha). a drenagem da via.
Densidade Populacional Líquida - quociente resultante da Guia de balizamento - elemento edificado ou instalado junto
divisão do número de habitantes, calculados segundo os parâ- dos limites laterais das superfícies de piso, destinado a definir
metros desta lei e do Código de Obras (Lei Complementar nº. claramente os limites da área de circulação de pedestres, de
2932/2019), pela área líquida, ou seja, aquela a somatória modo a serem perceptíveis por pessoas com deficiência visual;
dos lotes resultantes do parcelamento (em hectares). Resulta Habite-se - documento expedido pela municipalidade que
habitantes por hectares (hab/ha). atesta que o imóvel foi construído ou reformado conforme as
Desdobro - divisão de lote, resultante de parcelamento regular, exigências legais estabelecidas pelo município, especialmente
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o Código de Obras e autoriza a ocupação da edificação.   rebaixamento de calçada e guia para acesso de veículos entre
Infraestrutura urbana básica - composta pela existência de a rua e uma área específica ou não trafegável.  
via de circulação pavimentada, inclusive calçadas, contendo Rebaixamento de calçada e guia - rampa construída ou
sistemas de drenagem, de esgotamento sanitário e de abaste- instalada no passeio, destinada a promover a concordância
cimento de água potável, rede de energia elétrica, iluminação de nível entre o passeio e o leito carroçável.
pública e com sinalização de trânsito. Para empreendimentos Reconstrução ou Restauro - ato de reparar recuperar, recom-
aprovados anteriormente à vigência da LC 2157/07, a infraes- por ou atuar de forma preventiva em edificação que, devido a
trutura urbana básica é aquela definida na Lei 6.766/79; sua antiguidade ou estado de conservação, seja necessária
Infraestrutura Urbana verde - alternativa ao reaproveitamento uma intervenção para preservar sua integridade física, assim
de água da chuva de forma econômica, sustentável e amigável como seu valor artístico, respeitando ao máximo a essência
ao meio ambiente. As práticas de Infraestrutura Verde incluem e as características originais da edificação.
os jardins de chuva, ecopavimento, ecotelhado, reservatórios Reforma - obra que implica em uma ou mais das seguintes
de infiltração, jardins verticais, brise vegetal e cisternas de modificações com ou sem alteração de uso: área construída,
captação de água da chuva. estrutura, compartimentação horizontal ou vertical, volumetria.
Interseção - todo cruzamento em nível, entroncamento ou Remembramento - unificação de duas ou mais glebas lin-
bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, deiras ou partes delas.
entroncamentos e bifurcações. Rota Acessível - trajeto contínuo, desobstruído e sinalizado
Logradouro Público - toda parcela de território de propriedade que conecta os elementos e espaços internos ou externos de
pública e de uso comum pela população. um local e pode ser utilizado de forma autônoma e segura por
Lote - é área de terra definida como unidade imobiliária autô- todas as pessoas, inclusive aquelas com deficiência ou com
noma ou unidade imobiliária integrante de condomínio de lotes, mobilidade reduzida, sendo que:  
oriunda de parcelamento regular do solo para fins urbanos, a. a rota acessível interna pode incorporar corredores, pisos,
dotada de infraestrutura urbana básica;   rampas, escadas, elevadores entre outros; e,
Loteamento - subdivisão de imóvel destinado à edificação, b. a rota acessível externa pode incorporar estacionamentos,
que implique em abertura de novas vias de circulação ou calçadas e guias rebaixadas, faixas de travessia de pedestres,
prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. rampas, entre outros.
Loteamento com controle de acesso - loteamento que possua Sarjeta - escoadouro para as águas das chuvas que, nas ruas
dispositivo de controle de acesso ao público, como guaritas, e praças, beira o meio-fio dos passeios.
portarias, portões, cancelas e/ou gestão remota ou tecnologias Sinalização - conjunto de sinais e dispositivos de segurança
de automação de controle de acesso automatizado, podendo colocados na via pública com o objetivo de orientar e garantir
ter seu perímetro circundado, no todo ou em parte, por muro a utilização adequada da via pública por motoristas, pedestres
ou outro elemento de vedação. e ciclistas.
Mobiliário urbano - compreende todos os objetos, elementos Sistema de Lazer - área que compõe o sistema de espaços
e pequenas construções integrantes da paisagem urbana, de livres de usos público, destinado à implantação de praças,
natureza utilitária ou não, implantados, mediante autorização parques, áreas com equipamentos de lazer, culturais ou
do Poder Público, em espaços públicos e privados. esportivos, como playgrounds, quadras, campos de jogos,
Obra - realização de trabalho em imóvel, desde seu início até devendo ser qualificada a partir de Projeto de Paisagismo,
a sua conclusão, cujo resultado implique na alteração de seu observando as Diretrizes Ambientais e o disposto no Código
estado físico anterior. do Meio Ambiente;
Paisagem Urbana - característica visual determinada por Sistema Viário - compreende a rede de infraestrutura de vias
elementos como estruturas, edificações, vegetação, vias de existentes e projetadas, quer sejam municipais, estaduais e
tráfego, espaços livres públicos, mobiliário urbano, dentre federais, e que se constitui na planta oficial do Município e/
outros componentes naturais ou construídos pelo homem. ou no plano viário.
Passeio - parte da calçada ou da pista de rolamento, separa- Trânsito - movimentação e imobilização de veículos, pessoas
da, no último caso, por pintura ou elemento físico separador, e animais nas vias terrestres.
livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de Território de Expansão Planejada (TEP) - porções de áreas
pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas. do tecido urbano, limitadas à Zona de Expansão Urbana e
Pátio de Manobra - São os espaços, cobertos ou não, des- determinadas pelos estudos dos vetores de expansão urbana
tinados à manobra de veículos. e pelas limitações de infraestrutura local e seu entorno, assim
Pavimento - conjunto de compartimentos situados no mesmo como dos equipamentos públicos e sociais para atendimen-
nível numa edificação, é o plano horizontal do piso que divide, to à população prevista para o local onde a urbanificação é
nas edificações, dois andares consecutivos ou andar térreo controlada.
e subsolo. Testada do Lote - medida do lote dada pelo seu alinhamento
Pedestre - pessoa que anda ou está a pé, em cadeira de com o logradouro público.
rodas ou conduzindo bicicleta na qual não esteja montada. Unidade Autônoma - unidade imobiliária que compõe o con-
Pista ou leito carroçável - parte da via normalmente utilizada domínio, destinada à edificação e ao uso privativo.
para a circulação de veículos, identificada por elementos se- Unidades de Ocupação Planejada (UOP) - porções de áreas
paradores ou por diferença de nível em relação aos passeios, do tecido urbano, constituídas pela agregação de setores,
ilhas ou canteiros centrais. com variados tipos de uso de solo, com características espe-
Ponto de ônibus - trecho ao longo da via reservado ao em- cíficas: sociais, econômicas e ambientais, desempenhando
barque e desembarque de usuários do transporte coletivo. cada uma, papel singular para o desenvolvimento futuro da
População Flutuante - número total médio de pessoas que cidade, para as quais são estabelecidas diretrizes e incentivos,
não habitam, não trabalham e não estudam na área em ques- visando à transformação de cada território em função da sua
tão, mas que a ela se dirigem diariamente sobretudo para localização, usos e ocupação do solo, e acessibilidade aos
consumo de mercadorias, bens e serviços. meios de transporte público, atendendo ao estabelecido pelo
Poste - estrutura utilizada para suportar cabos de infraes- Plano Diretor.
trutura, tais como de eletricidade, telefonia, ônibus eletrifica- Unidades de Planejamento Local (UPL) - porções de áreas
dos, bem como para fixação de elementos de iluminação e do tecido urbano com variados tipos de uso do solo, caracte-
sinalização. rísticas sociais, econômicas e ambientais específicas, para as
Quadra - porção de espaço urbano delimitada por vias públicas quais são estabelecidos diretrizes e incentivos, visando exer-
oficiais de circulação. cer papel estratégico no desenvolvimento urbano da cidade
Rampa - elemento de inclinação da superfície de piso, lon- atendendo ao estabelecido pelo Plano Diretor.
gitudinal ao sentido do fluxo de pedestres, com declividade Urbanificação - compreendida como:
igual entre a rua e uma área específica ou não trafegável. a. todo empreendimento de beneficiamento ou rebeneficia-
Rampa de veículos - parte da via ou passagem provida de mento do solo para fins urbanos, tais como parcelamento
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do solo para fins urbanos, o reparcelamento do solo, e os tos metros) da rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira (Anel
condomínios urbanísticos. Viário Sul); deste ponto deflete à esquerda, seguindo por essa
b. a intervenção urbana pública ou privada com vistas a trans- linha paralela, até atingir a divisa com o município de Sertão-
formar o meio urbano e criar novas formas urbanas, podendo a zinho; deste ponto deflete a direita seguindo por essa divisa
URBANIFICAÇÃO ser entendida também, como um processo até atingir uma linha paralela distante 1.000 m (mil metros) da
de renovação urbana e correção da urbanização. rodovia Alexandre Balbo; deste ponto deflete à direita seguin-
Uso Comum ou Coletivo - compreendem os espaços, salas do por esta paralela até atingir a divisa do terminal da Petro-
ou elementos internos ou externos, disponibilizados para o uso brás, deste ponto deflete à esquerda seguindo por esta divisa
de grupo específico de pessoas, tais como áreas ocupadas até atingir novamente uma paralela distante 1.000 m (mil
por funcionários, colaboradores e eventuais visitantes. metros) da rodovia Alexandre Balbo; deste ponto deflete à
Uso Público - compreendem os espaços, salas ou elemen- esquerda seguindo por esta paralela até atingir o córrego da
tos internos ou externos, disponibilizados para o público em Macaúba; deste ponto deflete à esquerda seguindo por esse
geral, podendo ocorrer em edificações ou equipamentos de córrego no sentido das águas, até atingir a sua foz junto ao
propriedade pública ou privada. ribeirão Preto; deste ponto deflete à direita seguindo por esse
Uso Não Residencial - compreende as atividades de comér- ribeirão, no sentido oposto das águas, até atingir a divisa do
cio varejista e atacadista, de prestação de serviços de uso distrito empresarial “Prefeito Luiz Roberto Jábali”; deste pon-
individual ou coletivo e industriais. to deflete à esquerda seguindo por esta divisa e depois uma
Uso Residencial - compreende edificações, a atividade ha- linha imaginária na mesma direção até atingir o lado direito
bitacional permanente expressa no formato unifamiliar ou da rodovia Anhanguera, sentido da capital para o interior;
multifamiliar, horizontal ou vertical. deste ponto deflete à direita seguindo por essa rodovia, até
Uso Restrito - compreendem os espaços, salas ou elemen- atingir a rodovia Alexandre Balbo (Anel Viário Norte); deste
tos internos ou externos, disponibilizados estritamente para ponto deflete à esquerda seguindo por essa rodovia até atin-
pessoas autorizadas gir a estrada municipal RPR 148 (antiga estrada de ligação
Via Compartilhada - são vias que comportam diversos modos ao município de Jardinópolis); deste ponto segue por essa
de transporte no mesmo espaço, com prioridade à circulação estrada até atingir a entrada das chácaras “Nosso Recanto”;
dos modos ativos: à pé ou bicicleta. Em áreas de alta atrativi- deste ponto deflete à direita sempre em linha reta seguindo
dade de pedestres as condições de segurança viária devem por esta entrada (acesso) e também pela divisa das citadas
ser potencializadas. chácaras até atingir a margem esquerda do rio Pardo; deste
Via de Pedestre - superfície por onde transitam exclusiva- ponto deflete à direita e segue por essa margem no sentido
mente pessoas, podendo haver a circulação de modais não oposto das águas até atingir o prolongamento da rua José
motorizados, porém com restrição específica de uso. Raymundo Filho (condomínio “Balneário Recreativa”); deste
Via Estrutural - compreende a via pública caracterizada ponto deflete à direita saindo da margem esquerda do referi-
como arterial (via expressa) e principal (avenida e avenida do rio e seguindo por este prolongamento e rua, até atingir a
parque), conforme definido no Plano Diretor Lei Complementar rua Maria Aparecida de S. Diniz Guimarães; deste ponto de-
nº 2.866/2018.
flete à esquerda seguindo por essa rua até atingir a linha
Via Pública Oficial de Circulação - superfície por onde tran-
férrea; deste ponto deflete à direita seguindo por essa linha
sitam veículos, pessoas e animais, distanciadas entre si no
férrea até atingir a rodovia Anhanguera; deste ponto deflete
máximo trezentos metros, compreendendo a calçada, a pista, o
à esquerda, seguindo por essa rodovia até atingir a rodovia
acostamento, a ilha, o canteiro central e similares, situada em
Cândido Portinari; deste ponto deflete à esquerda, seguindo
áreas urbanas e caracterizadas principalmente por possuírem
por essa rodovia até atingir a divisa do município de Jardinó-
imóveis edificados ao longo de sua extensão, considerada
polis, margem esquerda do rio Pardo; deste ponto deflete à
aberta e entregue ao uso público, aceita e declarada ou re-
direita seguindo por essa margem, no sentido oposto das
conhecida como oficial por ato do Poder Público.
Via Pública Oficial devidamente implantada - Via pública águas, até atingir o prolongamento da divisa do loteamento
oficial de circulação que esteja servida de infraestrutura urbana “Jardim Antônio Palocci” com a divisa do Projeto de Desen-
básica conforme caracterizada nesta lei. volvimento Sustentável “Fazenda da Barra”; deste ponto de-
flete à direita seguindo por este prolongamento e também
QUADRO 02 divisas do “Jardim Antônio Palocci”, “Jardim Diva Tarlá de
Carvalho”, “Jardim Pedra Branca”, “Recanto das Palmeiras”
DESCRIÇÃO DOS PERÍMETROS DA ZONA URBANA, e “Jardim Florestan Fernandes”, até atingir o córrego das
DA ZONA DE EXPANSÃO URBANA, DAS UNIDADES DE Palmeiras; deste ponto deflete à esquerda, no sentido oposto
OCUPAÇÃO PLANEJADA (UOP) E DOS TERRITÓRIOS das águas, até atingir a avenida Thomaz Alberto Whately;
DE EXPANSÃO PLANEJADA (TEP) deste ponto deflete à esquerda, seguindo por essa avenida e
1. A Zona Urbana tem seu perímetro iniciando na zona sul do seu prolongamento até atingir a linha férrea; deste ponto se-
município em um ponto definido pelo cruzamento das rodovias gue por essa linha férrea até atingir a avenida Alfredo Rava-
José Fregonezi com Antônio Machado Sant’Anna; deste pon- neli; deste ponto deflete à esquerda seguindo por essa ave-
to segue pela rodovia Antônio Machado Sant’Anna, no senti- nida, até atingir a divisa do condomínio “Mil Pássaros”; deste
do de Araraquara a Ribeirão Preto, na distância de 1.000 m ponto deflete à esquerda seguindo por essa divisa até atingir
(mil metros) deste ponto deflete a esquerda em linha reta, até o córrego afluente da margem esquerda do córrego das Pal-
atingir a ponte do córrego do Tamburi, localizada na estrada meiras II (divisa de fundo do referido condomínio); deste pon-
denominada de Wilson Justiniano, deste ponto deflete à di- to segue por esse córrego até atingir o córrego das Palmeiras
reita em linha reta, até atingir a ponte do córrego Serraria, II; deste ponto deflete à direita seguindo por esse córrego, no
localizada na estrada Eugênio do Val; deste ponto deflete à sentido oposto das águas, até atingir a divisa do “Recreio
esquerda seguindo pelo referido córrego, no sentido oposto Internacional”; deste ponto deflete à esquerda seguindo por
das águas, até atingir a divisa do loteamento “Real Sul”; des- essa divisa até atingir a divisa do condomínio “Chácaras In-
te ponto segue pelo citado córrego e divisa do loteamento por ternacional”; deste ponto segue por essa divisa e seu prolon-
toda a extensão de fundo da área verde 2 (dois) do mesmo gamento em linha reta até atingir uma paralela distante 500
loteamento; deste ponto deflete à direita, saindo do córrego m (quinhentos metros) do lado direito da rodovia Abrão Assed
e seguindo pela divisa do loteamento “Real Sul” e sempre por (sentido de Ribeirão Preto a Serrana); deste ponto deflete à
ela, até atingir a rua 1 (um) do referido loteamento (estrada direita e segue por essa paralela até atingir a divisa do lotea-
municipal/prolongamento da avenida Patriarca); deste ponto mento Santa Iria; deste ponto deflete à esquerda, seguindo
segue pelo prolongamento da divisa do loteamento “Real Sul” por esta divisa até atingir a linha de alta tensão; deste ponto
em linha reta, até atingir o córrego Vista Alegre; deste ponto deflete à esquerda seguindo por esta linha de alta tensão até
deflete à direita seguindo por esse córrego no sentido das atingir uma linha paralela distante 500 m (quinhentos metros)
águas, até atingir uma linha paralela distante 500 m (quinhen- da rodovia Anhanguera; deste ponto deflete à esquerda e
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segue por essa paralela até atingir a estrada municipal do gue por esta divisa até atingir uma linha paralela distante 500
Picadão (RPR 256); deste ponto deflete à esquerda e segue m (quinhentos metros) da rodovia Anhanguera; deste ponto
por esta estrada até atingir a divisa do loteamento “Quinta da deflete à esquerda seguindo por esta paralela, até atingir a
Mata”; deste ponto segue por esta mesma estrada e divisa do divisa com o município de Cravinhos, seguindo por esta divisa
loteamento “Quinta da Mata” até atingir a divisa do loteamen- e sempre por ela até atingir a divisa do município de Serrana
to “Fazenda Santa Rita do Picadão”; deste ponto segue por com o município de Ribeirão Preto; deste ponto segue por
esta estrada e divisa do loteamento “Fazenda Santa Rita do esta divisa e sempre por ela, até atingir a margem esquerda
Picadão” e sempre por esta divisa, até atingir a divisa do lo- do rio Pardo; deste ponto deflete à esquerda e segue por esta
teamento “Quinta da Mata”; deste ponto segue por esta divisa margem até atingir a divisa do Projeto de Desenvolvimento
até atingir uma linha paralela distante 500 m (quinhentos me- Sustentável “Fazenda da Barra”; deste ponto deflete à esquer-
tros) da rodovia Anhanguera; deste ponto deflete à esquerda da seguindo por esta divisa até atingir a linha férrea; deste
e segue por esta paralela até atingir a divisa com o município ponto deflete à esquerda seguindo por esta linha férrea, até
de Cravinhos, deste ponto deflete à direita e segue por esta encontrar a avenida Alfredo Ravaneli, ponto onde teve início
divisa até atingir uma paralela distante 2.000 m (dois mil me- e tem fim a presente descrição perimétrica.
tros) da rodovia Anhanguera, lado direito, no sentido de Ri- 2.2. A Zona de Expansão Urbana 2 tem início na zona sul do
beirão Preto a Cravinhos; deste ponto deflete à direita seguin- município em um ponto definido pelo cruzamento das rodovias
do por esta paralela até atingir o córrego da Limeira (também José Fregonezi com Antônio Machado Sant’Anna; deste ponto
conhecido como da Limeirinha); deste ponto segue por este segue pela Rodovia Antônio Machado Sant’Anna, no sentido
córrego, no sentido das águas, até encontrar a rodovia Antô- de Araraquara a Ribeirão Preto, na distância de 1.000 m (mil
nio Machado Sant’Anna; deste ponto deflete à esquerda, se- metros) deste ponto deflete a esquerda em linha reta, até
guindo por esta rodovia até atingir o córrego Santa Cecília atingir a ponte do córrego do Tamburi, localizada na estra-
(trevo de acesso ao condomínio “Chácaras de Recreio Hu- da denominada de Wilson Justiniano, deste ponto deflete à
maitá”); deste ponto deflete à esquerda, seguindo por este direita em linha reta, até atingir a ponte do córrego Serraria,
córrego, no sentido oposto das águas, até a sua nascente; localizada na estrada Eugênio do Val; deste ponto deflete à
deste ponto deflete à direita seguindo em linha reta, até atin- esquerda seguindo pelo referido córrego, no sentido oposto
gir a divisa do condomínio “Chácaras de Recreio Humaitá”, das águas, até atingir a divisa do loteamento “Real Sul”; deste
ponto mais extremo do lote 7 (sete) da quadra “C” do referido ponto segue pelo citado córrego e divisa do loteamento por
condomínio; deste ponto deflete à direita e segue por esta toda a extensão de fundo da área verde 2 (dois) do mesmo
divisa e fundo dos lotes 7 (sete), 6 (seis), 5 (cinco), 4 (quatro), loteamento; deste ponto deflete à direita, saindo do córrego
3 (três), 2 (dois) e 1 (um) da quadra “C” e lateral do lote 11 e seguindo pela divisa do loteamento Real Sul e sempre por
(onze) da quadra “B” do mesmo condomínio, até atingir o ela, até atingir a rua 1 (um) do referido loteamento (estrada
ponto mais extremo do lote 11 (onze) da quadra “B” do refe- municipal/prolongamento da avenida Patriarca); deste ponto
rido condomínio; deste ponto deflete à esquerda, seguindo segue pelo prolongamento da divisa do loteamento “Real
em linha reta até atingir a divisa do condomínio “Panorama Sul” em linha reta, até atingir o córrego Vista Alegre; deste
Sítios de Recreio”; deste ponto deflete ligeiramente à esquer- ponto deflete à direita seguindo por esse córrego no sentido
da e segue por esta divisa e sempre por ela, até atingira ro- das águas, até atingir uma linha paralela distante 500 m (qui-
dovia Antônio Machado Sant’Anna; deste ponto deflete à di- nhentos metros) da rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira
reita, seguindo por esta rodovia até atingir a rodovia José (Anel Viário Sul); deste ponto deflete à esquerda, seguindo
Fregonezi, ponto onde teve início e tem fim a presente des- por essa linha paralela, até atingir a divisa com o município
crição perimétrica. de Sertãozinho; deste ponto deflete à esquerda seguindo por
2. A Zona de Expansão Urbana é composta por 4 (quatro) esta divisa até atingir o riacho Santa Lídia; deste ponto deflete
polígonos assim descritos: à esquerda seguindo por este riacho, no sentido oposto das
2.1. A Zona de Expansão Urbana 1 tem início na zona leste do águas até a sua nascente, deste ponto segue em linha reta e
município em um ponto definido pelo cruzamento da avenida imaginária, em direção à nascente do córrego Boa Vista, até
Alfredo Ravaneli com a linha férrea; deste ponto segue por atingir o divisor de águas do ribeirão Preto; deste ponto deflete
essa avenida, no sentido do centro para o bairro, até atingir à direita seguindo por este divisor, até atingir um ponto esta-
a divisa do condomínio “Mil Pássaros”; deste ponto deflete belecido por um linha reta imaginária que interliga a nascente
à esquerda seguindo por essa divisa até atingir o córrego do córrego Cruzeiro e a ponte localizada sobre o córrego do
afluente da margem esquerda do córrego das Palmeiras II Tamburi e a estrada denominada Wilson Justiniano; deste
(divisa de fundo do referido condomínio); deste ponto segue ponto deflete à direita seguindo por esta linha reta até atingir
por esse córrego, no sentido das águas, até atingir o córrego a nascente do córrego Cruzeiro; deste ponto segue por este
das Palmeiras II; deste ponto deflete à direita seguindo por córrego, no sentido das águas até a divisa com o município
esse córrego, no sentido oposto das águas, até atingir a divisa de Cravinhos; deste ponto deflete à esquerda seguindo por
do “Recreio Internacional”; deste ponto deflete à esquerda esta divisa e sempre por ela até atingir uma linha paralela
seguindo por essa divisa até atingir a divisa do condomínio distante 2.000 m (dois mil metros) da rodovia Anhanguera,
“Chácaras Internacional”; deste ponto segue por essa divisa lado esquerdo desta rodovia (no sentido de Ribeirão Preto para
e seu prolongamento em linha reta até atingir uma paralela Jardinópolis); deste ponto deflete à esquerda seguindo por esta
distante 500 m (quinhentos metros) do lado direito da rodo- paralela até atingir o córrego da Limeira (também conhecido
via Abrão Assed, no sentido de Ribeirão Preto para Serrana; como da Limeirinha); deste ponto segue por este córrego, no
deste ponto deflete à direita e segue por essa paralela até sentido das águas, até encontrar a rodovia Antônio Machado
atingir a divisa do loteamento Santa Iria; deste ponto deflete Sant’Anna; deste ponto deflete à esquerda, seguindo por esta
à esquerda, seguindo por esta divisa até atingir a linha de rodovia até atingir o córrego Santa Cecília (trevo de acesso
alta tensão; deste ponto deflete à esquerda seguindo por esta ao condomínio Chácaras de Recreio Humaitá); deste ponto
linha de alta tensão até atingir uma linha paralela distante 500 deflete à esquerda, seguindo por este córrego, no sentido
m (quinhentos metros) da rodovia Anhanguera; deste ponto oposto das águas até a sua nascente; deste ponto deflete à
deflete à esquerda e segue por essa paralela até atingir a direita seguindo em linha reta, até atingir a divisa do condo-
estrada municipal do Picadão (RPR 256); deste ponto deflete mínio “Chácaras de Recreio Humaitá”, ponto mais extremo
à esquerda e segue por esta estrada até atingir a divisa do do lote 7 (sete) da quadra “C” do referido condomínio; deste
loteamento “Quinta da Mata”; deste ponto segue por esta ponto deflete à direita e segue por esta divisa e fundo dos
mesma estrada e divisa do loteamento “Quinta da Mata” até lotes 7 (sete), 6 (seis), 5 (cinco), 4 (quatro), 3 (três), 2 (dois)
atingir a divisa do loteamento “Fazenda Santa Rita do Picadão”; e 1 (um) da quadra “C” e lateral do lote 11 (onze) da quadra
deste ponto segue por esta estrada e divisa do loteamento “B” do mesmo condomínio, até atingir o ponto mais extremo
Fazenda Santa Rita do Picadão e sempre por esta divisa, até do lote 11 (onze) da quadra “B” do referido condomínio; deste
atingir a divisa do loteamento Quinta da Mata; deste ponto se- ponto deflete à esquerda, seguindo em linha reta até atingir
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a divisa do condomínio “Panorama Sítios de Recreio”; deste ribeirão Preto, passa sobre ele e deflete à esquerda na rua
ponto deflete ligeiramente à esquerda e segue por esta divi- Felipe Camarão; segue pela rua Felipe Camarão até o encontro
sa e sempre por ela, até atingir a rodovia Antônio Machado com o córrego Laureano; segue pelo córrego Laureano no
Sant’Anna; deste ponto deflete à direita, seguindo por esta sentido oposto às águas até a rua Lucien Lison; deflete à direita
rodovia até atingir a rodovia José Fregonezi, ponto onde teve na rua Lucien Lison e segue por ela até a avenida do Café;
início e tem fim a presente descrição perimétrica. deflete à direita da avenida do Café e segue por ela até a rua
2.3. A Zona de Expansão Urbana 3 tem início na zona nor- Roque Nacarato; deflete à esquerda na rua Roque Nacarato e
te do município em um ponto definido pelo cruzamento das segue por ela até a avenida Antônio e Helena Zerrener; segue
rodovias Alexandre Balbo e Anhanguera; deste ponto segue por esta até encontrar o ribeirão Preto; deflete à esquerda no
pela rodovia Alexandre Balbo, até atingir a estrada municipal ribeirão Preto e segue por ele até o ponto onde teve início e
RPR 148 (antiga estrada de ligação ao município de Jardi- tem fim a presente descrição perimétrica;
nópolis); deste ponto segue por esta estrada até atingir uma 3.2. Unidade de Ocupação Planejada 02 - (UOP 02-N) -
linha paralela distante 500 m (quinhentos metros) da rodovia tem início na zona oeste da cidade no encontro do córrego
Anhanguera; deste ponto deflete à esquerda e segue por esta Tanquinho com o ribeirão Preto; segue por este no sentido
paralela até atingir a margem esquerda do Rio Pardo; deste das águas, transpõe a Rodovia Alexandre Balbo até atingir o
ponto segue por esta margem, até atingir a foz do córrego limite do Perímetro Urbano no limite do Distrito Empresarial
do Jatobá; deste ponto deflete à esquerda seguindo por este “Prefeito Luiz Roberto Jábali”; deflete à direita pelo Perímetro
córrego, no sentido oposto das águas, até a sua nascente; Urbano ao longo da divisa do Distrito Empresarial “Prefeito Luiz
deste ponto segue pelo prolongamento imaginário do referido Roberto Jábali” até encontrar a rodovia Anhanguera; deflete
córrego, até atingir a linha férrea; deste ponto deflete à direita, à direita na rodovia Anhanguera e segue por esta no sentido
seguindo por esta linha férrea, até atingir a divisa com o muni- de Jardinópolis para São Paulo até encontrar o ramal ferro-
cípio de Sertãozinho; deste ponto deflete à esquerda seguindo viário junto ao Parque Industrial Avelino Alves Palma; deflete
por esta divisa, até atingir uma paralela distante 1.000 m (mil à direita no ramal ferroviário e segue por este até encontrar
metros) da rodovia Alexandre Balbo; deste ponto deflete à o prolongamento imaginário da avenida Cavalheiro Paschoal
esquerda seguindo por esta paralela até atingir a divisa do Innecchi; deflete à direita e segue pela avenida Cavalheiro
terminal da Petrobrás, deste ponto deflete à esquerda seguindo Paschoal Innecchi até encontrar o córrego Tanquinho; deflete
por esta divisa até atingir uma paralela distante 1.000 m (mil à direita no córrego Tanquinho e segue por este até o ponto
metros) da rodovia Alexandre Balbo; deste ponto deflete à onde teve início e tem fim a presente descrição perimétrica;
esquerda seguindo por esta paralela até atingir o córrego da 3.3. Unidade de Ocupação Planejada Urbano 03 - Aero-
Macaúba; deste ponto deflete à esquerda seguindo por esse porto (UOP 03-AER) - tem início na zona oeste da cidade no
córrego no sentido das águas, até atingir a sua foz junto ao entroncamento entre a rodovia Anhanguera e a linha férrea
ribeirão Preto; deste ponto deflete à direita seguindo por esse junto ao Parque Industrial Avelino Alves Palma; segue por esta
ribeirão, no sentido oposto das águas, até atingir a divisa do rodovia no sentido de Jardinópolis para São Paulo até atingir
distrito empresarial “Prefeito Luiz Roberto Jábali”; deste ponto a linha férrea próxima à rua David Capistrano da Costa Filho;
deflete à esquerda seguindo por esta divisa e depois uma deflete à direita na linha férrea e segue por esta até o ponto
linha imaginária na mesma direção até atingir o lado direito onde teve início e tem fim a presente descrição perimétrica;
da rodovia Anhanguera, no sentido da capital para o interior; 3.4. Unidade de Ocupação Planejada 04 - Leste (UOP 04-
deste ponto deflete à direita seguindo por essa rodovia, até L) - tem início na zona leste da cidade no entroncamento
atingir a rodovia Alexandre Balbo ponto onde teve início e tem da linha férrea com o prolongamento imaginário da avenida
fim a presente descrição perimétrica. Cavalheiro Paschoal Innecchi; segue pela linha férrea para-
2.4. A Zona de Expansão Urbana 4 tem início na zona nor- lelamente ao longo da avenida Oscar de Moura Lacerda até
te do município, em um ponto definido pelo cruzamento da atingir a rodovia Anhanguera, próxima à rua David Capistrano
rodovia Cândido Portinari com a margem esquerda do rio da Costa Filho; deflete à direita na rodovia Anhanguera e segue
Pardo; deste ponto segue pela rodovia Cândido Portinari, no por ela no sentido de Jardinópolis para São Paulo até atingir
sentido de Brodowski para Ribeirão Preto, até atingir a rodovia o prolongamento imaginário da avenida Barão do Bananal;
Anhanguera; deste ponto deflete à direita seguido por essa deflete à direita na avenida Barão do Bananal e segue por
rodovia, até atingir a linha férrea; deste ponto deflete à direita esta até a avenida Antônio Gomes da Silva Júnior; até o canal
seguindo por essa linha férrea, até atingir a rua Maria Apareci- de drenagem que desagua no córrego Tanquinho; deflete à
da de Souza Diniz Guimarães; deste ponto deflete à esquerda direita no córrego Tanquinho e segue por este no sentido das
seguindo por essa rua, até atingir a rua José Raimundo Filho águas até o entroncamento com a avenida Av. Cavalheiro
(condomínio “Balneário Recreativa”); deste ponto deflete à Paschoal Innecchi; deflete à direita nesta avenida e segue
direita seguindo por essa divisa e seu prolongamento até por ela até o ponto onde teve início e tem fim a presente
atingir a margem esquerda do rio Pardo; deste ponto deflete descrição perimétrica;
à direita seguindo por essa margem, no sentido oposto das 3.5. Unidade de Ocupação Planejada 05 - Leste (UOP 05-
águas, até atingir a rodovia Cândido Portinari, ponto onde teve L) - tem início na zona leste da cidade no entroncamento do
início e tem fim a presente descrição perimétrica. prolongamento imaginário da avenida Barão do Bananal com
3. As Unidades de Ocupação Planejada (UOP) ficam delimi- a rodovia Anhanguera; deflete à direita na rodovia Anhanguera
tados pelos seguintes traçados perimétricos, conforme Mapa e segue por ela no sentido de Jardinópolis para São Paulo
03 desta Lei Complementar: até o entroncamento viário, trevo Waldo Adalberto da Silveira;
3.1. Unidade de Ocupação Planejada 01 - Centro Expan- deflete à direita na rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira e
dido (UOP 01-CE) - tem início na zona oeste no encontro segue por esta até o viaduto Antônio Barquete sobre a avenida
do ribeirão Preto com o córrego Tanquinho; segue por este Maurílio Biagi; deflete à direita no córrego Retiro Saudoso que
córrego no sentido oposto das águas até a linha imaginária margeia a avenida Maurílio Biagi; segue pelo córrego Retiro
de continuidade da avenida Clovis Bevilaqua; deste ponto Saudoso no sentido das águas até o entroncamento com a
deflete à direita e segue pela avenida Clovis Bevilaqua até o avenida Maria de Jesus Condeixa; deflete à direita na avenida
encontro com a avenida Castelo Branco; segue pela Rotatória Maria de Jesus Condeixa e segue por ela até a rotatória com
no sentido contrário ao trânsito e continua pela avenida Maria a avenida Castelo Branco; segue por esta rotatória no sentido
de Jesus Condeixa até o córrego Retiro Saudoso; deflete à do trânsito e deflete à direita na avenida Clóvis Bevilaqua e
esquerda e segue por este no sentido oposto das águas até o segue por ela até o entroncamento de seu prolongamento com
viaduto Ayrton Sena; deflete à direita na avenida Nove de Julho o córrego Tanquinho; deflete à direita no córrego Tanquinho e
e segue por esta até a rua Amador Bueno; deflete à direita na segue por ele até o entroncamento de seu prolongamento com
rua Amador Bueno e segue por esta até a rua Rui Barbosa; a avenida Antônio Gomes da Silva Júnior; deflete à esquerda
deflete à esquerda na rua Rui Barbosa e segue por ela até o nesta avenida e segue por ela até o entroncamento com a
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avenida Barão do Bananal; deflete à direita nesta avenida e rodovia Alexandre Balbo (Anel Viário Norte) com a avenida
segue por ela até o ponto onde teve início e tem fim a presente Manoel Resano (antigo eixo da via férrea); segue por esta
descrição perimétrica; avenida até o entroncamento com a avenida Dr.ª Nadir Aguiar;
3.6. Unidade de Ocupação Planejada 06 - Boulevard (UOP deflete à direita na avenida Dr.ª Nadir Aguiar e segue por ela
06-BO) - tem início na zona sul da cidade no entroncamento até a rotatória do entroncamento com a avenida Rio Pardo;
da avenida Nove de Julho no viaduto Ayrton Senna com o contorna esta rotatória no sentido contrário a trânsito até o
córrego Retiro Saudoso; segue por este córrego no sentido entroncamento com a avenida Governador Lucas Nogueira
oposto às águas, margeando a avenida Maurílio Biagi, até Garcez; segue pela avenida Governador Lucas Nogueira Gar-
a rua Fiorígio Casilo; deflete à direita na rua Fiorígio Casilo cez até o entroncamento com a avenida Luigi Rosiello; deflete
e segue por ela até a avenida Portugal; deflete à direita na à direita pela avenida Luigi Rosiello e segue até os fundos dos
avenida Portugal e segue por ela até o entroncamento com lotes a rua Curupaiti no lado ímpar; segue pelo fundo destes
a avenida Senador César Vergueiro; deflete à esquerda na lotes e continua por um prolongamento imaginário desta rua
avenida Senador César Vergueiro e segue por ela até a rua Curupaiti, passando pelos fundos dos lotes com divisa com
do Professor; segue pela rua do Professor até o entronca- a USP e a pedreira Santa Luzia, até o entroncamento entre
mento com a avenida Presidente Vargas; deflete à esquerda a rua Inácio Bruno da Costa e rua Albert Einstein; deflete à
na avenida Presidente Vargas e segue por ela até a avenida direita na rua Albert Einstein e segue por ela até o entronca-
Fernando Ferreira Leite; deflete à direita na avenida Fernando mento com a rua Carlos Aprobato; deflete à esquerda na rua
Ferreira Leite e segue por ele e na sequência pelo córrego Carlos Aprobato e segue por ela até o entroncamento com a
Califórnia até o entroncamento com o ribeirão Preto; deflete à rua Maracaju; deflete à direita nesta rua e segue por ela até
direita no ribeirão Preto e segue por ele no sentido das águas o entroncamento com a rua Manuel Duarte Ortigoso; deflete
até o prolongamento da rua Rui Barbosa; deflete à direita na à direita neste entroncamento com uma linha imaginária até
rua Rui Barbosa e segue por ela até a rua Amador Bueno; o entroncamento entre a rua Albert Einstein com a rua Roque
deflete à direita na rua Amador Bueno e segue por ela até o Nacarato; deflete à direita na rua Roque Nacarato e segue
entroncamento com a avenida Nove de Julho; deflete à es- por ela até o entroncamento com a avenida do Café; deflete à
querda na avenida Nove de Julho e segue por ela até o ponto direita na avenida do Café e segue por ela até o entroncamento
onde teve início e tem fim a presente descrição perimétrica; com o córrego Monte Alegre; deflete à esquerda neste córrego
3.7. Unidade de Ocupação Planejada 07 - Sul (UOP 07- e segue por ele até o entroncamento com a rodovia Prefeito
S) - tem início na zona sul da cidade no entroncamento do Antônio Duarte Nogueira (Anel Viário Sul); segue pela rodovia
prolongamento da rua Fiorígio Casilo com o córrego Retiro Prefeito Antônio Duarte Nogueira até atingir a linha de alta
Saudoso; segue por este córrego no sentido oposto às águas, tensão; deflete à direita nesta linha de alta tensão e segue por
margeando a avenida Maurílio Biagi, até o viaduto Antônio ela até a rodovia Alexandre Balbo (Anel Viário Norte); deflete
Barquete no entroncamento com a rodovia Prefeito Antônio à direita nesta rodovia e segue por ela até o ponto onde teve
Duarte Nogueira; deflete à direita na rodovia Prefeito Antônio início e tem fim a presente descrição perimétrica;
Duarte Nogueira e segue por ela até o dispositivo de acesso 3.10. Unidade de Ocupação Planejada 10 - Oeste (UOP
ao contorno do bairro City Ribeirão, onde se mantem o per- 10-O) - tem início na zona oeste da cidade no entroncamen-
curso com o mesmo nome de rodovia Prefeito Antônio Duarte to do ribeirão Preto com o córrego dos Campos; segue por
Nogueira (Anel Viário Sul), paralelo à rua Professor Mario este córrego até a avenida D. Pedro I; deflete à esquerda na
Autuori (localizada no citado bairro); deflete neste dispositivo avenida D. Pedro I e segue por ela até a avenida Rio Pardo;
de acesso à rodovia e segue por ela até o entroncamento deflete à direita na avenida Rio Pardo e segue por ela até a
com o ribeirão Preto, próximo à avenida Adelmo Perdizza; rotatória no entroncamento com a avenida Dr.ª Nadir Aguiar;
deflete à direita no ribeirão Preto e segue por ele, no sentido deflete à esquerda nesta rotatória no sentido oposto ao trân-
das águas, até o entroncamento com o córrego Califórnia; sito até o entroncamento com a avenida Governador Lucas
deflete à direita neste córrego e segue por ele e depois pela Nogueira Garcez; segue pela avenida Governador Lucas
avenida Fernando Ferreira Leite até o entroncamento com a Nogueira Garcez até o entroncamento com a avenida Luigi
avenida Presidente Vargas; deflete à esquerda pela avenida Rosiello; deflete à direita pela avenida Luigi Rosiello e segue
Presidente Vargas e segue por ela até o entroncamento com até os fundos dos lotes a rua Curupaiti no lado ímpar; segue
a rua do Professor; deflete à direita por esta rua até o entron- pelo fundo destes lotes e continua por um prolongamento
camento com a avenida Senador César Vergueiro; segue por imaginário desta rua Curupaiti, passando pelos fundos dos
esta avenida até o entroncamento com a avenida Portugal; lotes com divisa com a USP e a pedreira Santa Luzia, até o
deflete à direita na avenida Portugal e segue por ela até o entroncamento entre a rua Inácio Bruno da Costa e rua Albert
entroncamento com a rua Fiorígio Casilo; deflete à esquerda Einstein; deflete à direita na rua Albert Einstein e segue por
na rua Fiorígio Casilo e segue por ela até o ponto onde teve ela até o entroncamento com a rua Carlos Aprobato; deflete
início e tem fim a presente descrição perimétrica. à esquerda na rua Carlos Aprobato e segue por ela até o
3.8. Unidade de Ocupação Planejada 08 - Oeste (UOP 08- entroncamento com a rua Maracaju; deflete à direita nesta
O) - tem início na zona oeste da cidade no entroncamento rua e segue por ela até o entroncamento com a rua Manuel
do córrego Laureano com o ribeirão Preto; segue por este Duarte Ortigoso; deflete à direita neste entroncamento com
ribeirão até o entroncamento com a rodovia Prefeito Antônio uma linha imaginária até o entroncamento entre a rua Albert
Duarte Nogueira; deflete à direita nesta rodovia e segue por Einstein com a rua Roque Nacarato; deflete à esquerda na
ela o entroncamento com o córrego Vista Alegre; deste ponto rua Roque Nacarato e segue por ela até o entroncamento
deflete à direita no córrego Vista Alegre e segue por este até o com o córrego Antártica; paralelamente à avenida Antônio e
entroncamento com o prolongamento da divisa da Fundação Helena Zerrener segue pelo córrego Antártica, no sentido das
Casa, seguindo por esta divisa e prolongando esta via até águas, até o entroncamento com o ribeirão Preto; deflete à
transpor a rodovia Geovana Aparecida Deliberto até atingir esquerda pelo ribeirão Preto e segue por ele no sentido das
o córrego Monte Alegre; deflete à direita no córrego Monte águas, paralelamente à via Norte, até o ponto onde teve início
Alegre e segue por ele até o entroncamento com a avenida e tem fim a presente descrição perimétrica;
Bandeirantes; deflete à direita na avenida Bandeirantes e 3.11. Unidade de Ocupação Planejada 11 - Oeste (UOP
segue por ela até o entroncamento com a rua Lucien Lison; 11-O) - tem início na zona oeste da cidade no entroncamento
deflete à esquerda com a rua Lucien Lison e segue por ela do ribeirão Preto com o córrego dos Campos; segue por este
até o entroncamento com o córrego Laureano; deflete à direita córrego até o entroncamento com a avenida D. Pedro I; de-
no córrego Laureano e segue por ele até o ponto onde teve flete à esquerda na avenida D. Pedro I e segue por ela até o
início e tem fim a presente descrição perimétrica; entroncamento com a avenida Rio Pardo; deflete à direita na
3.9. Unidade de Ocupação Planejada 09 - Oeste (UOP 09- avenida Rio Pardo e segue por ela até a rotatória no entron-
O) - tem início na zona oeste da cidade no entroncamento da camento com a avenida Dr.ª Nadir Aguiar; deflete à esquerda
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nesta rotatória no sentido oposto ao trânsito até o limite do à direita no prolongamento desta linha imaginária por 500 m
campus da Universidade de São Paulo - USP e segue por este (quinhentos metros), seguindo o limite do Perímetro Urbano, e
limite, paralelo à avenida Dr.ª Nadir Aguiar, deflete à esquerda deflete à direita e segue por uma paralela imaginária à rodovia
no limite da USP com o Sistema de Lazer instalado no lote Abraão Assed no sentido de Serrana para Ribeirão Preto até
16 do loteamento “Liliana Tenuto Rossi” e segue pela avenida atingir a divisa do loteamento Santa Iria; deste ponto deflete
Manoel Resano (Manoel Marceneiro), que coincide com a à esquerda, seguindo por esta divisa até atingir a linha de alta
linha férrea no sentido a Sertãozinho, até o entroncamento tensão; ainda seguindo o limite do Perímetro Urbano, deflete
com a rodovia Alexandre Balbo (Anel Viário Norte); deflete à à esquerda seguindo por esta linha de alta tensão até atingir
direita na rodovia Alexandre Balbo e segue por ela no sentido uma linha paralela distante 500 m (quinhentos metros) da ro-
de Sertãozinho para Jardinópolis até o entroncamento com o dovia Anhanguera; deste ponto deflete à esquerda e segue por
ribeirão Preto; deflete à direita no ribeirão Preto e segue por essa paralela até atingir a estrada municipal do Picadão (RPR
ele no sentido oposto às águas até o ponto onde teve início 256); deste ponto deflete à esquerda e segue por esta estrada
e tem fim a presente descrição perimétrica; até atingir a divisa do loteamento “Quinta da Mata”; deste
3.12. Unidade de Ocupação Planejada 12 - Norte (UOP ponto segue por esta mesma estrada e divisa do loteamento
12-N) - tem início na zona norte da cidade no entroncamento “Quinta da Mata” até atingir a divisa do loteamento “Fazenda
da rodovia Anhanguera com a rodovia Alexandre Balbo (Anel Santa Rita do Picadão”; deste ponto segue por esta estrada
Viário Norte); segue por essa rodovia até atingir a estrada e divisa do loteamento “Fazenda Santa Rita do Picadão” e
municipal RPR 148 (antiga estrada de ligação ao município sempre por esta divisa, até atingir a divisa do loteamento
de Jardinópolis) sobrepondo o perímetro urbano e segue por “Quinta da Mata”; sempre sobrepondo o limite do Perímetro
este em seu percurso já descrito até encontrar novamente a Urbano, segue por esta divisa até atingir uma linha paralela
rodovia Anhanguera no entroncamento com a linha férrea; distante 500 m (quinhentos metros) da rodovia Anhanguera;
deflete à direita na rodovia Anhanguera no sentido de São deste ponto deflete à esquerda e segue por esta paralela até
Paulo para Jardinópolis e segue por ela até o ponto onde teve atingir a divisa com o município de Cravinhos; deste ponto
início e tem fim a presente descrição perimétrica; deflete à direita e segue por esta divisa até atingir a rodovia
3.13. Unidade de Ocupação Planejada 13 - Leste (UOP Anhanguera e segue por ela, no sentido de São Paulo para
13-L) - tem início na zona leste da cidade no entroncamento Jardinópolis até o trevo Waldo Adalberto de Oliveira, ponto
da rodovia Anhanguera com a rodovia Cândido Portinari e onde teve início e tem fim a presente descrição perimétrica;
segue por esta até o entroncamento com o rio Pardo; deflete 3.16. Unidade de Ocupação Planejada 16 - Sul (UOP 16-S)
à direita no rio Pardo e segue no sentido oposto às águas, - tem início na zona sul da cidade no trevo Waldo Adalberto de
sobrepondo o limite do perímetro urbano; segue pelo citado Oliveira no entroncamento da rodovia Prefeito Antônio Duarte
limite do perímetro urbano contornando as divisas do Projeto Nogueira e a rodovia Anhanguera; segue por esta rodovia no
de Desenvolvimento Sustentável “Fazenda da Barra” com o sentido de Jardinópolis para São Paulo até a divisa com o
“Jardim Antônio Palocci”, o “Jardim Diva Tarlá de Carvalho”, o município de Cravinhos; deste ponto deflete à direita e segue
“Jardim Pedra Branca”, o “Recanto das Palmeiras”, o “Jardim pelo limite de divisa entre os municípios de Ribeirão Preto e
Florestan Fernandes” e o córrego das Palmeiras até atingir Cravinhos até o entroncamento com uma linha imaginária
a avenida Thomaz Alberto Whately; deste ponto deflete à traçada por uma paralela distante 2.000 m (dois mil metros)
esquerda, ainda sobrepondo o limite do Perímetro Urbano, da rodovia Anhanguera, lado direito, no sentido de Jardinó-
seguindo por essa avenida e seu prolongamento até atingir polis a São Paulo, sobrepondo o limite do Perímetro Urbano;
a linha férrea; deste ponto deflete à direita na linha férrea deste ponto deflete à direita seguindo por esta linha imaginária
e segue por ela até atingir a rodovia Anhanguera; deflete à paralela até atingir o córrego da Limeira (também conhecido
direita na rodovia Anhanguera e segue por ela no sentido de como da Limeirinha); deste ponto segue por este córrego, no
São Paulo para Jardinópolis até o ponto onde teve início e sentido das águas, até encontrar a rodovia Antônio Machado
tem fim a presente descrição perimétrica; Sant’Anna; deste ponto deflete à direita na rodovia Antônio
3.14. Unidade de Ocupação Planejada 14 - Leste (UOP 14-L) Machado Sant’Anna (que depois é renomeada de rodovia Pre-
- tem início na zona leste da cidade no trevo Waldo Adalberto feito Antônio Duarte Nogueira), no sentido de Araraquara para
de Oliveira no entroncamento da rodovia Abraão Assed com Ribeirão Preto, até o trevo Waldo Adalberto de Oliveira, ponto
a rodovia Anhanguera; segue pela rodovia Anhanguera no onde teve início e tem fim a presente descrição perimétrica;
sentido de São Paulo para Jardinópolis até o entroncamento 3.17. Unidade de Ocupação Planejada 17 - Sul (UOP 17-S)
com o ramal ferroviário, na altura da Rua David Capistrano - tem início na zona sul da cidade no dispositivo de entronca-
da Costa Filho e próximo ao KM 312 Norte da rodovia Anhan- mento da rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira e a rodovia
guera; deflete à direita na linha férrea e segue por ela até a Antônio Machado Sant’Anna e segue por esta até o córrego
avenida Alfredo Ravaneli; segue por esta avenida, sobrepondo Limeira (também conhecido como da Limeirinha); deste ponto
o limite do Perímetro Urbano, até atingir a divisa do condomínio deflete à direita no córrego da Limeira e segue por ele, no
“Mil Pássaros”; deste ponto continua seguindo pelo perímetro sentido das águas, até o entroncamento com a rodovia José
urbano até o entroncamento com a rodovia Abraão Assed, Fregonezi, próximo ao seu KM 309 Norte; deste pondo deflete
contornando o condomínio “Mil Pássaros”, passando pelo à direita na rodovia José Fregonezi e segue por ela, no sentido
córrego afluente da margem esquerda do córrego das Pal- de Bonfim Paulista para Ribeirão Preto, até o entroncamento
meiras II (divisa de fundo do referido condomínio) e seguindo com a rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira; deste ponto
por ele no sentido oposto das águas e depois pelas divisas reflete à direita na rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira e
com o “Recreio Internacional” e com o condomínio “Chácaras segue por ela até o ponto onde teve início e tem fim a presente
Internacional”, e finalizando com o prolongamento imaginário descrição perimétrica;
em linha reta até atingir a referida rodovia; deste ponto deflete 3.18. Unidade de Ocupação Planejada 18 - Bonfim Paulista
à direita na rodovia Abraão Assed e segue por ela, no sentido (UOP 18-BP) - tem início na zona sul da cidade no entron-
de Serrana para Ribeirão Preto até o ponto onde teve início e camento do córrego da Limeira (também conhecido como
tem fim a presente descrição perimétrica; da Limeirinha) com a rodovia Antônio Machado Sant’Anna e
3.15. Unidade de Ocupação Planejada 15 - Leste (UOP segue por esta rodovia até atingir o córrego Santa Cecília (trevo
15-L) - tem início na zona leste da cidade no trevo Waldo de acesso ao condomínio “Chácaras de Recreio Humaitá”);
Adalberto de Oliveira no entroncamento da rodovia Anhanguera deste ponto deflete à esquerda, seguindo por este córrego,
com a rodovia Abraão Assed; segue por esta rodovia até o no sentido oposto das águas, até a sua nascente; deste ponto
seu entroncamento com o prolongamento da linha imaginária deflete à direita seguindo em linha reta, até atingir a divisa
que passa pelos fundos do “Recreio Internacional” e do con- do condomínio “Chácaras de Recreio Humaitá”, ponto mais
domínio “Chácaras Internacional”, próximo ao KM 49 Leste no extremo do lote 7 (sete) da quadra “C” do referido condomínio;
sentido de Ribeirão Preto para Serrana; deste ponto deflete deste ponto deflete à direita e segue por esta divisa e fundo dos
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lotes 7 (sete), 6 (seis), 5 (cinco), 4 (quatro), 3 (três), 2 (dois) Nogueira e segue por esta rodovia, no sentido da rodovia
e 1 (um) da quadra “C” e lateral do lote 11 (onze) da quadra Antônio Machado Sant’Anna para a rodovia Alexandre Balbo,
“B” do mesmo condomínio, até atingir o ponto mais extremo até o entroncamento com o córrego Vista Alegre; deste ponto
do lote 11 (onze) da quadra “B” do referido condomínio; deste deflete à esquerda no córrego Vista Alegre e segue por ele,
ponto deflete à esquerda, seguindo em linha reta até atingir no sentido oposto às águas até o entroncamento de um linha
a divisa do condomínio “Panorama Sítios de Recreio”; deste imaginária que segue em linha reta da rua 1 (um) do lotea-
ponto deflete ligeiramente à esquerda e segue por esta divi- mento “Real Sul” a partir do seu entroncamento com estrada
sa e sempre por ela, até atingira rodovia Antônio Machado municipal (prolongamento da avenida Patriarca); deste ponto
Sant’Anna; deste ponto deflete à direita, seguindo por esta segue por esta linha imaginária até o limite do loteamento
rodovia, no sentido de Araraquara a Ribeirão Preto, até atingir “Real Sul”; deste ponto deflete à direita na estrada municipal
a distância de 1.000 m (mil metros) depois do entroncamento (prolongamento da avenida Patriarca) e segue pelo limite do
entre a rodovia José Fregonezi e a rodovia Antônio Machado loteamento “Real Sul”, coincidindo com o limite do Perímetro
Sant’Anna; deste ponto deflete a esquerda em linha reta até Urbano, até o entroncamento com o córrego Boa Vista; deste
atingir o riacho Pacificador por uma linha imaginária que vai ponto deflete à esquerda no córrego Boa Vista e segue por
até a ponte do córrego do Tamburi com a estrada denominada ele, no sentido da águas, até a ponte na estrada denominada
Wilson Justiniano; do ponto de encontro desta linha com o Eugênio do Val; deste ponto deflete à direita por uma linha
riacho Pacificador deflete à direita pelo riacho e segue por ele, imaginária que vai até a ponte na estrada denominada de
no sentido das águas, até o entroncamento com o córrego do Wilson Justiniano, sobre o córrego do Tamburi; no entronca-
Tamburi, próximo à avenida Tânia Aparecida Farias Lassali; mento desta linha imaginária com o prolongamento do limite
deste ponto deflete à direita no córrego do Tamburi e segue do loteamento “Terras de Florença” (paralelo à rua Luiz Carlos
por ele, no sentido das águas, até atingir o ribeirão Preto; Bianchi) tem-se conexão com o córrego Retiro do Ipê, de onde
deste ponto deflete à esquerda no ribeirão Preto e segue por continua o perímetro deste polígono, defletindo à esquerda
ele, no sentido das águas até o entroncamento com a avenida no córrego Retiro do Ipê e seguindo por este, no sentido das
Rebouças; deste ponto deflete à direita na avenida Rebouças águas, até o entroncamento com o córrego da Serraria; deste
e segue por ela até o entroncamento com a rodovia José ponto deflete à direita no córrego da Serraria e segue por ele,
Fregonezi; deste ponto deflete à esquerda na rodovia José no sentido das águas, até o entroncamento com o ribeirão
Fregonezi e segue por ela até o entroncamento com o córrego Preto; deste ponto deflete à esquerda no ribeirão Preto e segue
da Limeira; deste ponto deflete à direita no córrego da Limeira por este, no sentido das águas, até o entroncamento com a
e segue por ele, no sentido oposto às águas, até o ponto onde rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira, ponto onde teve
teve início e tem fim a presente descrição perimétrica; início e tem fim a presente descrição perimétrica;
3.19. Unidade de Ocupação Planejada 19 - Sul (UOP 19-S) - 3.21. Unidade de Ocupação Planejada 21 - Oeste (UOP
tem início na zona sul da cidade no entroncamento do ribeirão 21-O) - tem início na zona oeste da cidade no entroncamento
Preto com a rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira e segue da rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira com o córrego
por esta rodovia, no sentido da rodovia Alexandre Balbo para Vista Alegre, seguindo por este no sentido oposto às águas até
a rodovia Antônio Machado Sant’Anna, até o entroncamento atingir uma linha paralela distante 500 m (quinhentos metros)
com a rodovia José Fregonezi; deste ponto deflete à direita na da rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira (Anel Viário Sul),
rodovia José Fregonezi e segue por ela, no sentido de Ribeirão coincidente com o limite do Perímetro Urbano; deste ponto
Preto para Bonfim Paulista, até o entroncamento com a avenida deflete à esquerda, seguindo por essa linha paralela, até atingir
Rebouças; deste ponto deflete à direita na rodovia Rebouças a divisa com o município de Sertãozinho; deste ponto deflete a
e segue por ela até o entroncamento com o ribeirão Preto; direita seguindo por essa divisa até atingir uma linha paralela
deste ponto deflete à esquerda no ribeirão Preto e segue por distante 1.000 m (mil metros) da rodovia Alexandre Balbo;
ele, no sentido oposto às águas até o entroncamento com o deste ponto deflete à direita seguindo por esta paralela até
córrego do Tamburi; deste ponto deflete à direita no córrego atingir a divisa do terminal da Petrobrás, deste ponto deflete à
do Tamburi e segue por ele, no sentido oposto às águas, até o esquerda seguindo por esta divisa até atingir novamente uma
entroncamento com o riacho Pacificador; deste ponto deflete paralela distante 1.000 m (mil metros) da rodovia Alexandre
à esquerda no riacho Pacificador e segue por ele, no sentido Balbo; deste ponto, ainda coincidente com o limite do Perímetro
oposto às águas, até o entroncamento com a linha imaginária Urbano, deflete à esquerda seguindo por esta paralela até
que vai do ponto distante de 1.000 m (mil metros) depois do atingir o córrego da Macaúba; deste ponto deflete à esquerda
entroncamento entre a rodovia José Fregonezi e a rodovia seguindo por esse córrego no sentido das águas, até atingir
Antônio Machado Sant’Anna, no sentido de Araraquara para o limite do loteamento “Macaúba”, próximo à via José Luiz
Ribeirão Preto até a ponte do córrego do Tamburi com a es- Galvão, seguindo por esta divisa até o entroncamento com a
trada denominada Wilson Justiniano; deste ponto do riacho rodovia Alexandre Balbo; deste ponto da rodovia Alexandre
Pacificador deflete à direita e segue pela linha imaginária até Balbo (Anel Viário Norte) deflete à direita e segue por ela, no
o entroncamento com a ponte do córrego do Tamburi com a sentido da rodovia Anhanguera para a rodovia Atílio Balbo, até
estrada denominada Wilson Justiniano; deste ponto deflete o entroncamento com a linha de alta tensão, próxima ao KM
à direita por uma linha imaginária que vai até a ponte na es- 325 Sul da rodovia Alexandre Balbo; deste ponto do entronca-
trada denominada Eugênio do Val sobre o córrego Boa Vista mento com a linha de alta tensão deflete à esquerda e segue
(afluente do córrego Serraria); no entroncamento desta linha por esta linha até o seu entroncamento com a rodovia Prefeito
imaginária com o prolongamento do limite do loteamento “Ter- Antônio Duarte Nogueira; deste ponto deflete à esquerda na
ras de Florença” (paralelo à rua Luiz Carlos Bianchi) tem-se rodovia Prefeito Antônio Duarte Nogueira e segue por ela, no
conexão com o córrego Retiro do Ipê, de onde continua o sentido da rodovia Atílio Balbo para a rodovia Antônio Machado
perímetro deste polígono, defletindo à esquerda no córrego Sant’Anna, até o entroncamento com o córrego Monte Alegre;
Retiro do Ipê e seguindo por este, no sentido das águas, até o deste ponto deflete à esquerda no córrego Monte Alegre e se-
entroncamento com o córrego da Serraria; deste ponto deflete gue por este, no sentido das águas, até o entroncamento com
à direita no córrego da Serraria e segue por ele, no sentido a linha imaginária de prolongamento da divisa da Fundação
das águas, até o entroncamento com o ribeirão Preto; deste Casa; deste ponto deflete à direita e segue pelo prolongamento
ponto deflete à esquerda no ribeirão Preto e segue por este, da divisa da Fundação Casa, transpassa a rodovia Geovana
no sentido das águas, até o entroncamento com a rodovia Aparecida Deliberto e segue pela divisa da Fundação Casa
Prefeito Antônio Duarte Nogueira, até o ponto onde teve início até o entroncamento com o córrego Vista Alegre; deste ponto
e tem fim a presente descrição perimétrica; deflete à direita no córrego Vista Alegre e segue por ele, no
3.20. Unidade de Ocupação Planejada 20 - Oeste (UOP sentido oposto às águas, até o entroncamento com a rodovia
20-O) - tem início na zona oeste da cidade no entroncamen- Prefeito Antônio Duarte Nogueira, ponto onde teve início e
to do ribeirão Preto com a rodovia Prefeito Antônio Duarte tem fim a presente descrição perimétrica; e,
58 Quarta-feira, 19 de Abril de 2023
3.22. Unidade de Ocupação Planejada 22 - Oeste (UOP 22- cional” e do condomínio “Chácaras Internacional”, próximo
O) - tem início na zona oeste da cidade no entroncamento do ao KM 49 Leste no sentido de Ribeirão Preto para Serrana;
ribeirão Preto com a rodovia Alexandre Balbo, seguindo por deste ponto deflete à direita no prolongamento desta linha
esta rodovia no sentido da rodovia Anhanguera para a rodovia imaginária por 500 m (quinhentos metros), seguindo o limite do
Atílio Balbo (Anel Viário Norte) até o entroncamento com a Perímetro Urbano, e deflete à direita, seguindo por esta para-
avenida Waldemar Coraucci, próximo ao KM 329 Sul; deflete lela imaginária à rodovia Abraão Assed no sentido de Serrana
à direita na avenida Waldemar Coraucci até o encontro com para Ribeirão Preto até atingir a divisa do loteamento Santa
a divisa do loteamento “Macaúba” e contorna este limite de Iria em linha reta; deste ponto deflete à esquerda, seguindo
divisa até o entroncamento com o córrego Macaúba; deste por esta divisa até atingir a linha de alta tensão; deste ponto
ponto do córrego Macaúba deflete à direita e segue por ele, deflete à esquerda seguindo por esta linha de alta tensão até
no sentido das águas, coincidindo com o limite do Perímetro atingir uma linha paralela distante 500 m (quinhentos metros)
Urbano, até encontrar o ribeirão Preto; deste ponto deflete à da rodovia Anhanguera; deste ponto deflete à esquerda e
direita no ribeirão Preto e segue por ele até o entroncamento segue por essa paralela até atingir a estrada municipal do
com a rodovia Alexandre Balbo, ponto onde teve início e tem Picadão (RPR 256); deste ponto deflete à esquerda e segue
fim a presente descrição perimétrica. por esta estrada até atingir a divisa do loteamento “Quinta da
4. Os Territórios de Expansão Planejada (TEP), definidos Mata”; deste ponto segue por esta mesma estrada e divisa do
nesta lei e demarcados no Mapa 03, estão assim delimitados: loteamento “Quinta da Mata” até atingir a divisa do loteamento
4.1. Território de Expansão Planejada Norte (TEP-N) - tem “Fazenda Santa Rita do Picadão”; deste ponto segue por esta
início na zona norte do município, em um ponto definido pelo estrada e divisa do loteamento Fazenda Santa Rita do Picadão
cruzamento da rodovia Cândido Portinari com a margem es- e sempre por esta divisa, até atingir a divisa do loteamento
querda do rio Pardo, no sentido das águas; deste ponto segue Quinta da Mata; deste ponto segue por esta divisa até atingir
pela rodovia Cândido Portinari, no sentido de Brodowski para uma linha paralela distante 500 m (quinhentos metros) da
Ribeirão Preto, até atingir a rodovia Anhanguera; deste ponto rodovia Anhanguera; deste ponto deflete à esquerda seguin-
deflete à direita seguindo por essa rodovia, no sentido de Ri- do por esta paralela, até atingir a divisa com o município de
beirão Preto para Jardinópolis, até atingir a linha férrea; deste Cravinhos; deste ponto, deflete à direita e segue pelo limite
ponto deflete à direita seguindo por essa linha férrea, até atingir com o município de Cravinhos até o ponto onde teve início e
a Rua Maria Aparecida de Souza Diniz Guimarães; deste ponto tem fim a presente descrição perimétrica;
deflete à esquerda seguindo por essa rua, até atingir a divisa 4.4. Território de Expansão Planejada Sul (TEP-S) - tem
do condomínio Balneário Recreativa (Rua José Raimundo início na zona sul do município no entroncamento do córrego
Filho); deste ponto deflete à direita seguindo por essa divisa, da Limeira (também conhecido como da Limeirinha) com a
até encontrar a margem esquerda do rio Pardo; deste ponto rodovia Antônio Machado Sant’Anna e segue por esta rodovia
deflete à direita seguindo por essa margem, sentido oposto até atingir o córrego Santa Cecília (trevo de acesso ao condo-
das águas, até atingir a Rodovia Cândido Portinari, ponto mínio “Chácaras de Recreio Humaitá”); deste ponto deflete à
onde teve início e tem fim a presente descrição perimétrica; esquerda, seguindo por este córrego, no sentido oposto das
4.2. Território de Expansão Planejada Leste (TEP-L) - tem águas, até a sua nascente; deste ponto deflete à direita seguin-
início na zona leste do município em um ponto definido pelo do em linha reta, até atingir a divisa do condomínio “Chácaras
entroncamento da avenida Alfredo Ravaneli com a linha férrea; de Recreio Humaitá”, ponto mais extremo do lote 7 (sete) da
deste ponto segue por essa avenida, no sentido do centro para quadra “C” do referido condomínio; deste ponto deflete à direita
o bairro, até atingir a divisa do condomínio “Mil Pássaros”; e segue por esta divisa e fundo dos lotes 7 (sete), 6 (seis), 5
deste ponto deflete à esquerda seguindo por essa divisa até (cinco), 4 (quatro), 3 (três), 2 (dois) e 1 (um) da quadra “C” e
atingir o córrego afluente da margem esquerda do córrego lateral do lote 11 (onze) da quadra “B” do mesmo condomínio,
das Palmeiras II (divisa de fundo do referido condomínio); até atingir o ponto mais extremo do lote 11 (onze) da quadra
deste ponto segue por esse córrego, no sentido das águas, “B” do referido condomínio; deste ponto deflete à esquerda,
até atingir o córrego das Palmeiras II; deste ponto deflete seguindo em linha reta até atingir a rodovia José Fregonezi;
à direita seguindo por esse córrego, no sentido oposto das deste ponto deflete à esquerda da rodovia José Fregonezi e
águas, até atingir a divisa do “Recreio Internacional”; deste segue por ela, no sentido de Ribeirão Preto para Cravinho, até
ponto deflete à esquerda seguindo por essa divisa até atingir a divisa com o município de Cravinhos; deste ponto deflete à
a divisa do condomínio “Chácaras Internacional”; deste ponto esquerda e segue pelo divisa com o município até o entron-
segue por essa divisa e seu prolongamento em linha reta até camento com uma linha imaginária traçada por uma paralela
atingir a rodovia Abrão Assed, no sentido de Ribeirão Preto distante 2.000 m (dois mil metros) da rodovia Anhanguera,
para Serrana; deste ponto deflete à esquerda na rodovia Abrão lado direito, no sentido de Jardinópolis a São Paulo; deste
Assed e segue por ela até o limite de divisa com o município ponto deflete à esquerda seguindo por esta linha imaginária
de Serrana, com o entroncamento com córrego do Espraiado paralela até atingir o córrego da Limeira; deste ponto segue
(ou do Arantes, como também é conhecido); deste ponto por este córrego, no sentido das águas, até encontrar a rodovia
deflete à esquerda no córrego do Espraiado e segue por ele, Antônio Machado Sant’Anna, ponto onde teve início e tem fim
no sentido das águas, até o entroncamento com o ribeirão do a presente descrição perimétrica;
Tamanduá (ou da Figueira) e segue por ele, no sentido das 4.5. Território de Expansão Planejada Sudoeste (TEP-SO) -
águas, até o entroncamento com o rio Pardo; deste ponto de- tem início na zona sul do município no entroncamento da rodo-
flete à esquerda no rio Pardo e segue por ele, no sentido das via José Fregonezi com a rodovia Antônio Machado Sant’Anna
águas até a divisa do Projeto de Desenvolvimento Sustentável e segue por esta rodovia, no sentido de Araraquara a Ribeirão
“Fazenda da Barra”; deste ponto deflete à esquerda seguindo Preto, até atingir a distância de 1.000 m (mil metros) depois
por esta divisa até atingir a linha férrea; deste ponto deflete do entroncamento destas duas rodovias; deste ponto deflete
à esquerda seguindo por esta linha férrea, até encontrar a a esquerda em linha reta até atingir a ponte do córrego do
avenida Alfredo Ravaneli, ponto onde teve início e tem fim a Tamburi com a estrada denominada Wilson Justiniano; deste
presente descrição perimétrica; ponto deflete à direita e segue por uma linha imaginária que
4.3. Território de Expansão Planejada Sudeste (TEP-SE) - vai até a ponte do córrego Boa Vista na estrada denominada
tem início na zona sudeste do município em um ponto definido Eugênio do Val RPR - 349); deste ponto deflete à esquerda
pelo entroncamento da rodovia Abrão Assed com o córrego do na estrada denominada Eugênio do Val e segue por ela no
Espraiado (ou do Arantes, como também é conhecido), que sentido de Ribeirão Preto para Guatapará até o encontro com
também é o limite com o município de Serrana; deste ponto o limite da expansão urbana; deste ponto deflete à esquerda
segue pela rodovia Abrão Assed, no sentido de Serrana para e segue pelo limite da expansão urbana até o encontro com
Ribeirão Preto, até o encontro com o prolongamento de uma a divisa com o município de Cravinhos; deste ponto, deflete
linha imaginária que passa pelos fundos do “Recreio Interna- à esquerda na divisa com o município de Cravinhos e segue
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por ela até o entroncamento com a rodovia José Fregonezi; ponte sobre o córrego Serraria, ponto onde teve início e tem
deste ponto deflete à esquerda e segue pela rodovia José fim a presente descrição perimétrica; e,
Fregonezi, no sentido de Cravinhos para Ribeirão Preto, até 4.7. Território de Expansão Planejada Noroeste (TEP NO)
o entroncamento com a linha reta do limite de divisa do con- - Este Território de Expansão Planejada coincide com a Zona
domínio “Panorama Sítios de Recreio”; deste ponto segue de Expansão Urbana 3 com início na zona norte do município
pela divisa do referido condomínio até o entroncamento com em um ponto definido pelo cruzamento das rodovias Alexandre
a rodovia Antônio Machado Sant’Anna; deste ponto deflete à Balbo e Anhanguera; deste ponto segue pela rodovia Alexandre
direita na rodovia e segue por ela, no sentido de Araraquara Balbo, até atingir a estrada municipal RPR 148 (antiga estrada
para Ribeirão Preto, até ponto onde teve início e tem fim a de ligação ao município de Jardinópolis); deste ponto segue
presente descrição perimétrica; por esta estrada até atingir uma linha paralela distante 500
4.6. Território de Expansão Planejada Oeste (TEP O) - tem m (quinhentos metros) da rodovia Anhanguera; deste ponto
início na zona oeste do município na ponte do córrego Serraria, deflete à esquerda e segue por esta paralela até atingir a
localizada na estrada denominada “Eugênio do Val”; deste margem esquerda do Rio Pardo; deste ponto segue por esta
ponto deflete à esquerda seguindo pelo referido córrego, no margem, até atingir a foz do córrego do Jatobá; deste ponto
sentido oposto das águas, até atingir a divisa do loteamento deflete à esquerda seguindo por este córrego, no sentido
“Real Sul”; deste ponto segue pelo citado córrego e divisa oposto das águas, até a sua nascente; deste ponto segue
do loteamento por toda a extensão de fundo da área verde pelo prolongamento imaginário do referido córrego, até atin-
2 (dois) do mesmo loteamento; deste ponto deflete à direita, gir a linha férrea; deste ponto deflete à direita, seguindo por
saindo do córrego e seguindo pela divisa do loteamento Real esta linha férrea, até atingir a divisa com o município de Ser-
Sul e sempre por ela, até atingir a rua 1 (um) do referido tãozinho; deste ponto deflete à esquerda seguindo por esta
loteamento (estrada municipal/prolongamento da avenida divisa, até atingir uma paralela distante 1.000 m (mil metros)
Patriarca); deste ponto segue pelo prolongamento da divisa da rodovia Alexandre Balbo; deste ponto deflete à esquerda
do loteamento “Real Sul” em linha reta, até atingir o córrego seguindo por esta paralela até atingir a divisa do terminal da
Vista Alegre; deste ponto deflete à direita seguindo por esse Petrobrás, deste ponto deflete à esquerda seguindo por esta
córrego no sentido das águas, até atingir uma linha paralela divisa até atingir uma paralela distante 1.000 m (mil metros)
distante 500 m (quinhentos metros) da rodovia Prefeito An- da rodovia Alexandre Balbo; deste ponto deflete à esquerda
tônio Duarte Nogueira (Anel Viário Sul); deste ponto deflete seguindo por esta paralela até atingir o córrego da Macaúba;
à esquerda, seguindo por essa linha paralela, até atingir a deste ponto deflete à esquerda seguindo por esse córrego
divisa com o município de Sertãozinho; deste ponto deflete à no sentido das águas, até atingir a sua foz junto ao ribeirão
esquerda seguindo por esta divisa até atingir o riacho Santa Preto; deste ponto deflete à direita seguindo por esse ribeirão,
Lídia; deste ponto deflete à esquerda seguindo por este riacho, no sentido oposto das águas, até atingir a divisa do distrito
no sentido oposto das águas até a sua nascente, deste ponto empresarial “Prefeito Luiz Roberto Jábali”; deste ponto deflete
segue em linha reta e imaginária, em direção à nascente do à esquerda seguindo por esta divisa e depois uma linha ima-
córrego Boa Vista, até atingir o divisor de águas do ribeirão ginária na mesma direção até atingir o lado direito da rodovia
Preto; deste ponto deflete à direita seguindo por este divisor, Anhanguera, no sentido da capital para o interior; deste ponto
até atingir a estrada denominada “Eugênio do Val”; deste ponto deflete à direita seguindo por essa rodovia, até atingir a rodovia
deflete à direita e segue pela estrada denominada “Eugênio Alexandre Balbo ponto onde teve início e tem fim a presente
do Val”, no sentido de Guatapará para Ribeirão Preto, até a descrição perimétrica.

QUADRO 03
PARÂMETROS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Recuos (metros) (e) (f) (m) (o)


Coeficiente de Recuo entre edifícios Quadra
Taxa de ocupação (%) Taxa de Densidade Gabarito De vias de Lote (n)
Aproveitamento Laterais e Fundos de condomínios (h)
UOP/ Permeabilidade Líquida máximo circulação
verticais
TEP mínima máxima (metros)
Não (%) (a) (Hab/ha) (b) (c) H ≤ Frente Área Face
H≤ 4<H H> H≤ 4<H
Mínimo Máximo Residencial Residencial/ H>4m H > 10m mín. Mín. Máx.
4m 4 m ≤ 10 m 10m 4 m ≤ 10 m
Misto (metros) (m²) (metros)
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 10 2000 (d) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 5 125 300
01-CE mín. 5,0m
2,0m m
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 10 1200 (d) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 5 125 300
02-N mín. 5,0m
2,0m m
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 10 650 (d) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 5 125 300
03-AER mín. 5,0m
2,0m m
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 10 1600 (d) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 5 125 300
04-L mín. 5,0m
2,0m m
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 10 1600 (d) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 10 250 300
05-L mín. 5,0m
2,0m m
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 10 1600 21 (g) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 10 250 300
06-BO mín. 5,0m
2,0m m
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 10 1600 (d) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 10 250 300
07-S mín. 5,0m
2,0m m
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 10 1600 (d) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 5 125 300
08-O mín. 5,0m
2,0m m
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 15 1200 (d) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 5 125 300
09-O mín. 5,0m
2,0m m
H/6 H/3
UOP (H/3) - LV
0,10 5,0 75 80 10 1600 (d) N.A. N.A. N.A. mín. N.A. 4,0 mín.6,0 5 125 300
10-O mín. 5,0m
2,0m m

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