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CADERNO ESQUEMATIZADO
PARA CONCURSOS PÚBLICOS
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UMA BREVE INTRODUÇÃO PARA VOCÊ QUE ACABOU DE CHEGAR


Olá! Eu me chamo Núbia, sou arquiteta, mestre e
servidora pública municipal, graduada pela
Universidade Federal de Viçosa (UFV). Iniciei os
estudos para concursos públicos de arquitetura em
2017 e logo criei o @arqconcurso com o desejo de
conhecer arquitetos que estavam no mesmo rolê:
prestando concursos.
Quando eu comecei a estudar não havia bons materiais disponíveis no mercado.
Então comecei a produzir o meu material e ao longo dos anos acumulei bons
resumos que me ajudaram a ser aprovada em muitos concursos municipais, tendo
4 nomeaçõesparaprefeituras.
Essa é a MINHA forma de estudar, misturando mapas mentais e resumos
esquematizados baseados em técnicas de facilitação gráfica, utilizando cores e
figuras que me ajudam na fixação do conteúdo. Se faz sentido para você, então
esse material ÚNICO pode te ajudar nos estudos.
A missão do @arqconcurso é facilitar ao máximo um conteúdo (leis, decretos,
NBRs ou mesmo a teoria) e fazer com que você aprenda de uma maneira fácil e
eficiente e seja aprovado no concurso público que quiser. Cada detalhe foi
planejado com muito cuidado!

ORIENTAÇÕES:
Esse caderno não substitui a leitura da legislação, das NBRs ou da teoria. Utilize
fontes variadas de estudo e resolva MUITAS questões;
Sugiro que vá acrescentando informações ao caderno à medida em que for
resolvendo questões e estudando;
Nenhuma parte desse material poderá ser reproduzida ou transmitida seja quais
forem os meios empregados, sem autorização prévia da autora.

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O Estatuto da Cidade (Lei n°10.257/01) regulamenta o capítulo


"Política urbana" da Constituição Brasileira (artigos 182 e 183),
estabelecendo uma nova base jurídica para o desenvolvimento
urbano, com a inserção de relevantes instrumentos para a
construção de uma política urbana. Cabe aos Municípios aplicar PARA
as diretrizes gerais, de acordo com as suas especificidades e ENTENDER
realidade local, devendo para tanto constituir uma ordem legal
própria.

O Estatuto da Cidade é uma das leis mais cobradas em concursos públicos de arquitetura
por todas as bancas, sendo imprescindível o seu estudo e entendimento.

A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE


Prevista na Constituição Federal, a função social da propriedade urbana é o
conceito base do Estatuto da Cidade. Todo imóvel deve ser usado em prol dos
interesses da sociedade, e não apenas dos proprietários, de forma a garantir
cidades justas, em que todos desfrutem dos benefícios da urbanização.

resumo dos outros princípios norteadores do estatuto da cidade

Gestão Regularização
democrática fundiária de
Desenvolvimento Direito à Autonomia dos
assentamentos
sustentável das moradia municípios na
informais
cidades política urbana

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IX – justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes da urbanização;


DIRETRIZES GERAIS DA POLÍTICA URBANA Corrigir os prejuízos decorrentes da distribuição irregular de investimentos na cidade.
(parâmetros que devem orientar a política urbana)
X – adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos
I – garantia do direito a cidades sustentáveis para as presentes e futuras gerações; públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano;
O conceito de cidades sustentáveis abrange o direito à terra urbana, à moradia, ao Os gastos públicos devem estar alinhados aos objetivos da política de desenvolvimento urbano.
saneamento ambiental, à infraestrutura urbana, ao transporte, aos serviços públicos, ao
XI – recuperação dos investimentos do Poder Público que tenham resultado na valorização de
trabalho e ao lazer (se traduz no direito à uma vida urbana digna para todos).
imóveis urbanos;
II – gestão democrática por meio da participação popular; Por meio de mecanismos que permitam que parte dos ganhos imobiliários, alcançados a partir
Participação da população/associações na formulação, execução e acompanhamento de investimentos públicos, sejam revertidos à sociedade.
de planos, programas e projetos ligados à política urbana (gestão negociada da cidade).
III – cooperação entre os governos, a iniciativa privada e a sociedade no processo de XII – proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do patrimônio
cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
urbanização (para planejar, executar e fiscalizar a política urbana);
IV – planejar o desenvolvimento das cidades, a distribuição espacial da população e as XIII – realização de audiências públicas com a população interessada na implantação de
atividades econômicas do município; empreendimentos/atividades potencialmente negativos sobre o meio ambiente;
Ao se planejar deve-se evitar/corrigir as distorções do crescimento urbano e seus Relacionado ao direito à gestão democrática, garantindo à população afetada o poder de
efeitos negativos sobre o meio ambiente. interferência nos procedimentos para implantação de empreendimentos incômodos .

V – oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos


XIV – regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa renda
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais; mediante o estabelecimento de parâmetros urbanísticos especiais;
VI – ordenação e controle do uso do solo, para EVITAR:
(regular os usos com base na distribuição de densidades e compatibilidade) XV – simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos; edilícias, com vistas a permitir a redução dos custos e o aumento da oferta habitacional;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes;
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivo/inadequado da infraestrutura urbana; XVI – isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores empreendimentos, atendido o interesse social;
As regras de uso e ocupação do solo e licenciamento de obras devem ser respeitadas por todos
de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;
igualmente, sejam eles agentes públicos ou privados.
e) a retenção especulativa do imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas; XVII - estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações, de sistemas
g) a poluição e a degradação ambiental; operacionais, padrões construtivos e aportes tecnológicos que objetivem a redução de impactos
h) a exposição da população a riscos de desastres. ambientais e a economia de recursos naturais;
VII – integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais;
ATENÇÃO! As questões de concurso costumam afirmar que o Estatuto da Cidade e o XVIII - tratamento prioritário às obras e edificações de infraestrutura de energia,
Plano Diretor contemplam somente a área urbana. Isso é FALSO. telecomunicações, abastecimento de água e saneamento;

VIII – adotar padrões de produção/consumo de bens e serviços e de expansão urbana XIX - garantia de condições de acessibilidade, utilização e conforto nas dependências internas
compatíveis com os limites da sustentabilidade do Município; das edificações urbanas, inclusive nas destinadas à moradia e ao serviço dos trabalhadores
Fundamentado no direito às cidades sustentáveis, cujo desenvolvimento urbano ocorre domésticos, observados requisitos mínimos de dimensionamento, ventilação, iluminação,
com ordenação, sem caos e degradação. ergonomia, privacidade e qualidade dos materiais empregados.

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por exemplo:
COMPETÊNCIAS DA UNIÃO: Planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território Plano Diretor de Ordenamento
e desenvolvimento econômico e social (planos municipais não!) Territorial do Distrito Federal
I- Legislar sobre normas gerais de direito
urbanístico; por exemplo:
Planejamento das regiões Plano de Desenvolvimento Integrado da Região
Segundo Hely Lopes Meirelles, a norma geral
estabelece princípios/diretrizes de ação e se
metropolitanas, aglomerações Metropolitana de São Paulo
Plano Diretor de Mobilidade da Microrregião de
aplica a todo o território nacional. urbanas e microrregiões Conselheiro Lafaiete

II- Legislar sobre normas para a


cooperação entre a União, os Estados, o
Planejamento municipal:
Distrito Federal e os Municípios em
relação à política urbana; PARA MEMORIZAR! - plano diretor
- lei de parcelamento, uso e ocupação do solo
III- Promover, por iniciativa própria e em INSTRUMENTOS DA - zoneamento ambiental
conjunto com os Estados, o DF e os
POLÍTICA URBANA - plano plurianual
Municípios, programas de construção de
- diretrizes orçamentárias e orçamento anual
moradia, saneamento básico, melhorias - gestão orçamentária participativa
das condições habitacionais, das - planos, programas e projetos setoriais
calçadas, dos passeios públicos, do - planos de desenvolvimento econômico e social
Institutos jurídicos e políticos:
mobiliário urbano;
Institutos tributários e
IV- Instituir diretrizes para - desapropriação - direito de preempção financeiros
desenvolvimento urbano, inclusive - servidão administrativa - outorga onerosa do direito de - IPTU
habitação, saneamento básico, transporte - limitações administrativas construir e de alteração de uso
- contribuição de melhoria
- tombamento de - transferência do direito de
e mobilidade urbana, que incluam regras - incentivos e benefícios fiscais e financeiros
imóveis/mobiliário urbano construir
de acessibilidade aos locais de uso
- instituição de unidades de - operações urbanas
público; conservação consorciadas
- instituição de ZEIS - regularização fundiária Estudo prévio de
V- Elaborar e executar planos nacionais e
- concessão de direito real de - assistência técnica e jurídica impacto ambiental
regionais de ordenação do território e de
uso gratuita para baixa renda (EIA) e Estudo prévio
desenvolvimento econômico e social.
- concessão de uso especial - referendo popular e plebiscito de impacto de
A Constituição obriga a para fins de moradia - demarcação urbanística para
vizinhança (EIV)
cooperação entre os entes - parcelamento, edificação ou fins de regularização fundiária
federados na política urbana utilização compulsórios - legitimação de posse
(competência legislativa - usucapião especial de imóvel Todos os instrumentos são regidos por legislação
concorrente). urbano própria, observado o disposto no Estatuto da Cidade
- direito de superfície (legislação balizadora).

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O Estatuto prevê variadas formas de intervenção social sobre o livre uso da


Entendendo um pouco mais sobre os instrumentos:
propriedade privada:
Alguns instrumentos da política urbana não possuem definição
expressa no Estatuto da Cidade, sendo citados somente a título
exemplificativo. Cabe esclarecer os conceitos básicos de forma a
facilitar o entendimento do Art 4°da referida lei. Trata-se de uma forma de intervenção estatal na propriedade mediante o qual
é estabelecido um direito real de uso sobre a propriedade alheia, em favor do
Instrumentos ligados à regularização fundiária de interesse social: Poder Público para garantir a execução de um serviço público ou de obras de
interesse coletivo. Exemplo: obrigação do proprietário em consentir a
passagem de fios elétricos, telefônicos ou redes de esgoto por sua
Trata-se da concessão de uso de terrenos públicos ou particulares
propriedade.
remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, para fins
específicos de regularização fundiária de interesse social,
urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra e outras São imposições gerais, gratuitas e unilaterais por parte do Poder Público com a
modalidades de interesse social em áreas urbanas. Salvo disposição finalidade de atender o interesse público. Exemplos: obrigatoriedade de recuo
frontal, fundo e lateral nas construções, gabarito em cada zona urbana, taxa de
em contrário, transfere-se por ato inter vivos , ou por sucessão legítima
ocupação, entreoutros.
ou testamentária, nos termos do Decreto-Lei 271/67.

Aquele que, até 22/12/16, possui como seu, por 5 anos, ininterruptos e Ato administrativo realizado pelo Poder Público para preservar bens de valor
histórico, cultural, arquitetônico e ambiental. O tombamento não altera a
sem oposição, até 250 m² de imóvel público situado em área urbana, e
propriedade de um bem, apenas proíbe que ele venha a ser destruído ou
que o utilize para sua moradia ou de sua família, tem o direito à
descaracterizado.
concessão de uso especial para fins de moradia de forma gratuita. O
direito será reconhecido apenas 1 vez. Este uso especial é somente
para moradia e foi regulamentado pela Medida Provisória nº 2.220/01. Este instrumento pode ser utilizado tanto para a regularização de áreas
ocupadas, sem observância das normas urbanísticas, quanto em áreas vazias,
para destiná-las para habitação de interesse social. Se já ocupada pode-se
Trata-se de um procedimento administrativo pelo qual o poder público, estabelecer parâmetros urbanísticos especiais que respeitem a forma de
no âmbito da regularização fundiária de interesse social, demarca ocupação do local (sistemas viários mais estreitos, consolidação de
imóvel de domínio público ou privado, definindo limites, área e ocupações em áreas de preservação ambiental e outros).
confrontantes. Após a averbação da demarcação nas matrículas dos
imóveis por ela abrangidos, o Poder Público concederá o título de
legitimação de posse aos ocupantes dos imóveis em questão.

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Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios IPTU progressivo no tempo

A manutenção de terrenos vazios em áreas urbanizadas a Em caso de descumprimento


AtÉ 5 ANOS
TERRENO
VAZIO :( espera de valorização só beneficia os especuladores. do instrumento anterior: o
IPTU
proprietário será penalizado pela
O instrumento obriga o proprietário a dar uma destinação ao
imóvel que não atende a função social aplicação do IPTU progressivo no
tempo, um tributo de valor
crescente aplicado por um
Imóvel não edificado Imóvel subutilizado Imóvel não utilizado
período de até 5 anos.

O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano será


fixado na lei específica e não excederá 2x o valor
referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima
de 15% sobre o valor do imóvel.
Aquele não ocupado, ou seja com Coeficiente de aproveitamento Imóvel construído e
Coeficiente de Aproveitamento INFERIOR ao mínimo definido em lei. desocupado pelo prazo É vedada (ou seja, proibido) a concessão de
igual a zero. definido em lei.
isenções ou de anistia na cobrança do IPTU
Esses conceitos são definidos por lei municipal e podem variar de acordo com o município. progressivo.
Cabe ao município editar lei A prefeitura notifica o proprietário (presencial
específica delimitando as áreas ou por edital após 3 tentativas) para que parcele,
passíveis de aplicação do edifique ou utilize o terreno ou edificação. A
instrumento. notificação deve ser averbada no cartório de
registro de imóveis.
A transmissão do imóvel transfere as obrigações sem interrupção de prazo.

PRAZOS A PARTIR DA NOTIFICAÇÃO: PARA CUMPRIR


A FUNÇÃO SOCIAL

para protocolar o projeto


ANO

(a partir da aprovação) para o início


ANOS das obras
Empreendimentos grandes: prever a conclusão por etapas

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Desapropriação com pagamento de títulos


Os 3 instrumentos apresentados foram criados para impedir e
Decorridos 5 anos de cobrança do IPTU progressivo sem que o inibir o processo de especulação imobiliária nas cidades
proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou (prática de reter bens até que eles se valorizem, muitas vezes
utilização, o imóvel poderá ser DESAPROPRIADO pois não cumpre a em função de algum investimento, inclusive público, feito nas
função social da propriedade. imediações), induzindo a ocupação de áreas já dotadas de
PARA
infraestrutura.
ENTENDER
Destinação do imóvel a
algum uso social O maior objetivo é evitar a expansão horizontal da estrutura urbana em
direção a áreas desprovidas de infraestrutura ou ambientalmente frágeis,
Iniciar o procedimento
aumentando assim a oferta de terra e moradia para atender à demanda
Proprietário do imóvel ocioso Prefeitura para concessão ou
existente. Atualmente a propriedade imobiliária ociosa é considerada
alienação a terceiros
inoportuna e passível da ação dos instrumentos que tem o dever de induzi-
la a um uso.
pagamento pela desapropriação
Cabe ressaltar que o instrumento em questão visa dar uma utilização a
O Município deve aproveitar o imóvel desapropriado no prazo um imóvel em estado de ociosidade ou subutilização. Não se trata de
máximo de 5 anos, a partir da sua incorporação ao 5 construir empreendimentos de cunho social ou de assistência direta à
ANOS camada mais pobre da população. O proprietário pode destinar ao uso que
patrimônio público.
bem desejar.
Caso o Município não promova o adequado aproveitamento do imóvel, o As questões de concurso público costumam afirmar que os
Prefeito pode responder por processo de improbidade administrativa. instrumentos do Estatuto da Cidade possuem função
ATENÇÃO!
arrecadatória. Essa afirmativa é falsa pois no âmbito do
Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e
Estatuto, a tributação urbana ganha status extrafiscal ao
serão resgatados em até 10 anos,em prestações anuais, iguais e sucessivas,
transformar-se em importante instrumento para o
assegurados o valor real da indenização e os juros legais de 6% ao ano.
cumprimento das funções sociais da cidade e da propriedade
O valor real da indenização refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, privada. O objetivo não é arrecadar mais, mas garantir a
descontado o montante incorporado em função de obras realizadas pelo indução do desenvolvimento urbano e a redistribuição à
coletividade dos benefícios decorrentes da urbanização.
Poder Público na área do imóvel após a notificação de parcelamento
compulsório e não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e
juroscompensatórios.

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Separação entre a propriedade do terreno


Usucapião especial de imóvel urbano Direito de Superfície
e o direito de usar a superfície do terreno
Área ou edificação URBANA com as seguintes condições:
Proprietário pode conceder
11- Até 250,00 m²; a outro o direito de
2 Ocupar o imóvel há 5 anos ininterruptos e sem superfície do terreno
oposição (posse mansa e pacífica), podendo contar a PARA MEMORIZAR
posse do antecessor; PARA MEMORIZAR Tempo determinado ou indetermindo; O direito de superfície

33- Não possuir outro imóvel (urbano/rural); representa a separação


Utilização do solo, subsolo e espaço aéreo;
do direito de propriedade
44- Ainda não ter sido beneficiado pelo instrumento.
Mediante escritura pública; e do direito de construir.
O título de domínio será conferido ao homem ou à mulher, ou a ambos,
Gratuito ou oneroso.
independentemente do estado civil.
O direito de superfície pode ser transferido a terceiros?
São passíveis de USUCAPIÃO COLETIVO os núcleos urbanos
SIM! Obedecidos os termos do contrato.
informais existentes sem oposição há mais de 5 anos e cuja
área total dividida seja inferior a 250m² por possuidor
Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se a
- Permite loteamentos irregulares e favelas sejam incorporadas ao
seus herdeiros? SIM!
espaço urbano.
O usucapião é declarado mediante sentença judicial que servirá de título para Extinção do direito de superfície (deve ser averbada no cartório):
registro no cartório de imóveis.
1- pelo advento (conclusão) do termo;
O juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor, independente da
2- pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo
dimensão do terreno, salvo hipótese de acordo escrito entre condôminos com
superficiário;
frações ideais diferenciadas.
3- se o superficiário der ao terreno destinação diversa daquela para a
O condomínio constituído é indivisível, não pode ser extinto, salvo por
deliberação favorável de no mínimo 2/3 dos condôminos, no caso de execução de
qual for concedida.
urbanização posterior à constituição do condomínio.
Em caso de alienação do terreno, ou do direito de superfície, o
Partes legítimas para propor a ação de usucapião: o possuidor ou a
superficiário e o proprietário, respectivamente, terão direito de preferência,
associação de moradores regularmente constituída, com personalidade jurídica e
autorização dos representados.
em igualdade de condições à oferta de terceiros.
Na ação de usucapião é obrigatória a intervenção do Ministério Público. Além O proprietário recuperará o domínio do terreno, bem como
disso garante-se ao proponente os benefícios da justiça e da assistência judiciária benfeitorias, independentemente de indenização, se as partes não
gratuita, inclusive perante o cartório de registro de imóveis. houverem estipulado o contrário no contrato.

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Direito de Preempção Lei municipal deve enquadrar as áreas em que incidirão a preempção
Confere ao Poder Público a PREFERÊNCIA na nas finalidades de aquisição e fixar prazo de vigência, de até 5 anos,
compra de imóvel urbano objeto de alienação renovável a partir de 1 ano após o decurso do prazo inicial.
onerosa (venda) entre particulares
(independe do número de alienações).

QUERO VENDER O IMÓVEL! TENHO UMA PROPOSTA DE COMPRA MUNICÍPIO TORNA PÚBLICO
A NOTIFICAÇÃO
imóvel objeto do direito $$$$ JORNAL
de preempção

proprietário compradora

O proprietário deverá notificar sua Junto com a notificação, o O município publica em órgão
intenção de vender o imóvel, para proprietário deve anexar proposta oficial e em pelo menos um
que o Município, no prazo máximo de compra assinada por terceiro jornal local/regional, edital de
proprietário compradora de 30 dias, manifeste por escrito interessado na compra do imóvel, aviso da notificação recebida e
venda entre particulares seu interesse ou não em comprá-lo na qual constarão preço, da intenção de comprar o imóvel
condições de pagamento e prazo nas condições da proposta
de validade apresentada

NEGÓCIO FECHADO COMUNICAR A VENDA AO MUNICÍPIO


ATENÇÃO

Por meio deste instrumento


o Poder Público pode
proprietário compradora proprietário
adquirir imóveis sobre os
Se passar o prazo e não houver Concretizada a venda a terceiro, A alienação (venda) processada em quais exista interesse
manifestação do Poder Público o o proprietário deve apresentar condição diferente da proposta público vinculado ao
proprietário pode vender, nas ao Município, no prazo de 30 apresentada é nula. O Município poderá cumprimento das ações
condições da proposta dias, cópia do instrumento adquirir o imóvel pelo valor da base de estratégicas contidas no
público de alienação do imóvel cálculo do IPTU ou pelo valor indicado na plano diretor
proposta apresentada (o que for mais
vantajoso)

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Outorga Onerosa do Direito de Constuir (OODC)


PARA MEMORIZAR
O plano diretor pode fixar áreas onde o direito de construir
O direito de preempção será exercido Os recursos provenientes da Outorga
poderá ser exercido além do COEFICIENTE DE
sempre que o Poder Público necessitar Onerosa só podem ser utilizados para as
APROVEITAMENTO BÁSICO até o limite do Coeficiente de
de áreas para: seguintes finalidades:
Aproveitamento Máximo, mediante contrapartida a ser
prestada pelo beneficiário.

Lei municipal específica estabelecerá as


condições para a outorga, determinando:
I – a fórmula de cálculo da cobrança; 1– Regularização 2– Execução de 3– Constituição de 4– Ordenamento e
II – os casos passíveis de isenção do fundiária programas habitacionais reserva fundiária direcionamento da
de interesse social expansão urbana
pagamento da outorga;
III – a contrapartida do beneficiário.

OUTORGA ONEROSA DE ALTERAÇÃO DE USO


O plano diretor poderá fixar áreas nas quais poderá ser
permitida alteração de uso do solo, mediante contrapartida 5– Implantação de 6– Criação de 7– Criação de 8– Proteção de áreas
equipamentos espaços públicos de unidades de de interesse histórico,
a ser prestada pelo beneficiário. urbanos e lazer e áreas verdes conservação ou áreas cultural ou paisagístico
comunitários de interesse ambiental
Prefeitura
Coeficiente de Pode haver um CA básico único para toda a zona urbana
Aproveitamento
máximo ou diferenciado para cada área da cidade.

Coeficiente de
O coeficiente de aproveitamento máximo deve considerar
Aproveitamento
básico Contrapartida (não
necessariamente em a proporcionalidade entre a infraestrutura existente e o PARA ENTENDER
dinheiro)
aumento de densidade esperado em cada área.

A OODC parte do pressuposto de que existe uma "folga"


Equipamentos comunitários: ligados à educação, à cultura, à saúde, ao lazer e outros.
de infraestrutura capaz de sustentar uma ampliação de
Equipamentos urbanos: ligados ao abastecimento de água, serviços de esgoto,
índices urbanísticos.
energia elétrica, coletas de águas pluviais, r ede telefônica e gás canalizado e outros.

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Operações Urbanas Consorciadas PODERÃO SER UTILIZADOS:


Conjunto de intervenções/medidas
1- Modificação de índices/características do parcelamento;
coordenadas pelo Poder Público
2- Modificação do uso e ocupação do solo e normas edilícias;
com a participação de proprietários, 3- Regularização/reformas/ampliação em desacordo com a
moradores e investidores privados legislação vigente;
com o objetivo de alcançar 4- Concessão de incentivos a operações urbanas que utilizam
melhorias urbanísticas, tecnologias visando a redução de impactos ambientais.
transformações sociais e
Os recursos das contrapartidas financeiras, nas
ambientais.
Operações Urbanas Consorciadas, são antecipados
A OUC visa transformar estruturalmente um setor da cidade a fim de se pela venda dos Certificados de Potencial Adicional de
obter ganhos sociais, urbanísticos e ambientais (intervenção em maior Construção – CEPACs. Assim, para participar da OUC
escala). os empreendedores podem adquirir área adicional de
construção e alteração de outros limites da lei de uso e
CONTEÚDO MÍNIMO DA LEI MUNICIPAL QUE ocupação do solo, mediante o pagamento em CEPAC.
REGULAMENTA A OUC:

I – definição da área a ser atingida; Os CEPACs são valores mobiliários emitidos pelos municípios com o
II – programa básico de ocupação da área; objetivo de obter recursos a serem aplicados exclusivamente na própria
III – programa de atendimento econômico e social para a população operação urbana consorciada.

diretamente afetada pela operação;


Os CEPACs serão livremente negociados, mas conversíveis em direito de
IV – finalidades da operação;
construir somente na área objeto da operação.
V – estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI – contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes
Cada CEPAC equivale a determinado valor de m² para utilização em área
e investidores privados;
adicional de construção ou em modificação de usos e parâmetros de um
VII – forma de controle da operação, compartilhado com a sociedade
terreno ou projeto.
civil.
Regiões metropolitanas/ aglomerações: as operações urbanas consorciadas As Operações Urbanas devem ter um conselho deliberativo e
interfederativas devem ser aprovadas por leis estaduais específicas. consultivo.

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Transferência do Direito de Construir


Ao admitir e regulamentar a possibilidade de
Confere ao proprietário de um lote a possibilidade de exercer seu transferência ou alienação, o Estatuto da Cidade
potencial construtivo em outro lote, ou de vendê-lo a outro
transformou o direito de construir em bem autônomo,
proprietário mediante escritura pública. desvinculando-o do direito de propriedade do terreno. PENSANDO
Autorização de transferência de
potencial construtivo
A Transferência do Direito de Construir foi concebida com o intuito de
compensar proprietários de imóveis protegidos por tombamento ou
localizados em áreas de preservação ambiental, por não desfrutarem de todo
o potencial construtivo permitido pelos índices urbanísticos, em função da
manutenção do seu valor histórico, arquitetônico, paisagístico ou ambiental. O
principal objetivo do Estatuto ao prever este instrumento é de viabilizar a
preservação de imóveis ou áreas de importante valor histórico ou ambiental.

É importante definir índices de equivalência entre os diversos setores da


Edificação com restrição Edificação receptora de
cidade, para evitar distorções. Senão, seria possível transferir inteiramente
Ex: tombamento potencial construtivo
áreas baratas da periferia da cidade para áreas adensadas (e mais
Esse instrumento pode ser utilizado em áreas que o Poder valorizadas)do centro, o que não seria um cenário desejável.
Público considere necessárias para:
Lei municipal deverá estabelecer as condições para a

Implantação de equipamentos urbanos e aplicação da transferência do direito de construir.


comunitários;
O instrumento poderá ser concedido ao proprietário que doar seu imóvel, ou
Preservação (imóveis de interesse histórico, parte do mesmo, ao Poder Público para as finalidades citadas.
ambiental, paisagístico, social ou cultural);

Servir a programas de regularização fundiária,


urbanização de áreas ocupadas por população
de baixa renda e habitação de interesse social.

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Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)

O EIV possibilita que o Poder Público avalie as consequências da Apresentado o EIV, o município pode
instalação de empreendimentos/atividades de grande impacto que conceder a licença para o empreendimento,
podem vir a alterar a paisagem urbana e as atividades humanas já negá-la ou ainda condicionar a licença à
instaladas no local (por exemplo: sobrecarga na infraestrutura implementação de medidas de atenuação
ou compensação do impacto.
urbana e nos equipamentos e serviços públicos).

Lei municipal definirá os empreendimentos


e atividades privados ou públicos em área
urbana que dependerão de elaboração de
Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança 2 Equipamentos urbanos e 3 Uso e ocupação
(EIV) para obter as licenças de construção, comunitários do solo
ampliação ou funcionamento. 1 Adensamento
populacional
EIV deve contemplar os efeitos positivos e
negativos do empreendimento ou atividade
CONTEÚDO MÍNIMO DO ESTUDO
quanto à qualidade de vida da população
DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
residente na área e suas proximidades.
PARA MEMORIZAR

É necessário dar publicidade aos 4 Valorização imobiliária


documentos integrantes do EIV.

A elaboração do EIV não substitui a elaboração e a


ATENÇÃO!
aprovação de estudo de impacto ambiental (EIA). As
questões de concurso costumam afirmar que EIV
5 Geração de tráfego e 6 Ventilação e 7 Paisagem urbana e patrimônio
substitui EIA. Isso é falso. demanda por transporte público iluminação natural e cultural

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PLANO DIRETOR CONTEÚDO MÍNIMO DO PLANO DIRETOR:


O Plano Diretor é o instrumento básico I – a delimitação das áreas urbanas onde poderá ser aplicado o parcelamento,
para orientar a política de edificação ou utilização compulsórios, considerando a existência de infraestrutura e
desenvolvimento e de ordenamento da de demanda para utilização;
expansão urbana do município. II – disposições requeridas para o exercício do direito de preempção (art. 35), da
outorga onerosa do direito de construir (art. 28), da permissão para alteração do
O Plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o orçamento uso do solo mediante contrapartida (art. 29), das operações urbanas consorciadas
(art. 32) e da transferência do direito de construir (art. 35);
anual devem incorporar as diretrizes e as prioridades do PLANO
III – sistema de acompanhamento e controle.
DIRETOR.

PARA MEMORIZAR Inseridas na área de influência


de empreendimentos/atividades
A lei que instituir o plano diretor deverá ser revista,
10 com significativo impacto ambiental,
ANOS pelo menos, a cada 10 anos. regional ou nacional

Cidades com + de 500 mil habitantes: PARA MEMORIZAR


Com + de
Deverá ser elaborado um plano de transporte
20 mil habitantes
urbano integrado, compatível com o plano O Plano Diretor
diretor ou nele inserido. é obrigatório Integrantes de áreas de
para cidades especial interesse turístico

No processo de elaboração do Plano Diretor é OBRIGATÓRIO:

Promover audiências públicas e debates com a participação


Integrantes de regiões
da população e de associações representativas; metropolitanas e
Dar publicidade aos documentos e informações produzidos; aglomerações urbanas

Permitir o acesso de qualquer interessado aos documentos e Incluídas no Cadastro Nacional


de Municípios com áreas
informações produzidas.
suscetíveis à deslizamentos,
O Plano Diretor pode, portanto, ser compreendido como uma das inundações ou processos geológicos
Onde o Poder Público ou hidrológicos
formas do Poder Público Municipal garantir o mínimo bem-estar e
municipal pretenda
qualidade de vida aos habitantes do espaço urbano. utilizar os instrumentos

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GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE


PARA MEMORIZAR
Instrumentos para garantir a gestão democrática da cidade:

Órgãos colegiados de política urbana (nacionais, estaduais e


municipais);

Debates, audiências e consultas públicas;

Conferências sobre assuntos de interesse urbano (nacionais,


estaduais e municipais);

Iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e


projetos de desenvolvimento urbano.

Ao garantir a participação da população na elaboração e fiscalização do


A não realização de audiências públicas pelos poderes planejamento urbano, o Estatuto da Cidade rompe barreiras, quebrando com a
Legislativo e Executivo municipais no processo de elaboração tradição do planejamento meramente tecnocrático.
do Plano Diretor implica vício processual.
Busca-se a construção de uma nova política urbana , a partir da
institucionalização da participação direta da população no governo da cidade,
ATENÇÃO! NÃO fazem parte dos instrumentos de gestão isto é, uma política que envolva a população local de uma forma democrática
participativa: o referendo popular e plebiscito (são e participativa.
instrumentos de política urbana).

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Os Municípios que pretendam AMPLIAR O SEU PERÍMETRO URBANO após


PLANO DIRETOR
a data de inclusão dos artigos no Estatuto da Cidade deverão elaborar projeto
A Lei nº13.146/2015 - Estatuto da Pessoa com Deficiência
alterou o Estatuto da Cidade, contemplando a específico que contenha, no mínimo:
acessibilidade urbana. As cidades cujo plano diretor é I - demarcação do novo perímetro urbano;

obrigatório devem elaborar PLANO DE ROTAS II - delimitação dos trechos com restrições à urbanização e trechos sujeitos a controle
em função de ameaça de desastres naturais;
ACESSÍVEIS, compatível com o plano diretor.
III - definição de diretrizes específicas e de áreas que serão utilizadas para
Em 2012, sob influência dos graves desastres ambientais que infraestrutura, sistema viário, equipamentos e instalações públicas, urbanas e sociais;
ocorreram no país, principalmente na Serra Fluminense, foi editada a Lei IV - definição de parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, promovendo
Federal nº12.608/12 que institui a Política Nacional de Proteção e múltiplos usos e contribuindo para a geração de emprego;

Defesa Civil. Essa lei, entre outras funções, alterou o Estatuto da Cidade V - a previsão de áreas para habitação de interesse social (demarcação de ZEIS);
VI - definição de diretrizes e instrumentos específicos para proteção ambiental e do
e incluiu diretrizes para o Plano Diretor de municípios inseridos no
patrimônio histórico e cultural;
Cadastro Nacional de Municípios com áreas suscetíveis à
VII - definição de mecanismos para garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios
deslizamentos, inundações ou processos geológicos ou hidrológicos
decorrentes do processo de urbanização do território de expansão urbana e a
além de critérios para a expansão do perímetro urbano dos municípios. recuperação para a coletividade da valorização imobiliária resultante da ação do Poder

O Plano Diretor desses municípios ALÉM DO CONTEÚDO MÍNIMO, Público.

DEVE INCLUIR:
I- parâmetros de parcelamento, uso e ocupação do solo, de modo a promover a
diversidade de usos e a contribuir para a geração de emprego e renda;
II- mapeamento das áreas suscetíveis à ocorrência de deslizamentos,
inundações ou processos geológicos ou hidrológicos; INUNDAÇÕES

III- planejamento de ações de intervenção preventiva e realocação de PROCESSOS GEOLÓGICOS DESLIZAMENTOS


população de áreas de risco de desastre;
Dessa forma, a delimitação do perímetro urbano deve ser precedida de amplo
IV - medidas de drenagem urbana necessárias à prevenção e à mitigação de
planejamento e constar de projeto específico com diversos estudos, uma vez que se
impactos de desastres;
tem atribuído à expansão urbana irresponsável a ocupação irregular de áreas
V- diretrizes para a regularização fundiária e previsão de áreas para habitação
ambientalmente frágeis.
de interesse social por meio da demarcação de ZEIS;
Conforme o mencionado no artigo 42-B do Estatuto da Cidade, a alteração do
VI- identificação e diretrizes para a preservação e ocupação das áreas verdes
perímetro urbano deve ser atividade prevista no plano diretor, ou constar de projeto
municipais, quando for o caso, com vistas à redução da impermeabilização.
específico contendo todos os requisitos, devendo ser aprovado por lei municipal.

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CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
Considera-se consórcio imobiliário um negócio jurídico realizado entre o Poder Público A Lei 13.465/2017 ampliou a aplicabilidade do
e os proprietários de imóveis necessários à execução de projetos urbanísticos de interesse consórcio imobiliário, para incluir a hipótese de
público. É uma forma de viabilização de planos de urbanização, de regularização fundiária regularização fundiária.
ou de reforma, conservaçãoou construçãodeedificação. Quando a terra é pública, a solução é simples: cabe ao
titular ou ao município elaborar o projeto urbanístico,
O proprietário transfere o seu imóvel ao Poder Público e, após o parcelamento ou realizar as obras de urbanização e transferir, gratuita ou

realização das obras, recebe, como pagamento, parcelas do terreno ou unidades onerosamente, os lotes regularizados aos ocupantes.

imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas, ficando as demais unidades


incorporadasao patrimôniopúblico.
O consórcio imobiliário é formalizado
através de contrato entre a
Cumprimento da função social da propriedade
Administração Pública Municipal e o
Prefeitura pode O proprietário recebe $$$$
parcelar o imóvel parcelas do terreno com proprietário do imóvel, no qual
valor correspondente ao

CONSÓRCIO COM
imóvel antes da realização deverão constar as condições de
das obras
proprietário do imóvel A PREFEITURA transferência do imóvel para o Poder

O proprietário recebe
Público, as condições de realização
unidades imobiliárias com
Prefeitura pode valor correspondente ao
das obras e a forma de pagamento.
edificar o imóvel imóvel antes da realização
das obras

Ao invés de aplicar o IPTU progressivo ou a desapropriação, procedimentos


conflituosos de longa duração, o consórcio viabiliza a execução das obras por um
agente do Poder Público, sem a necessidade de desapropriação. Como a
execução das obras valoriza as propriedades, via de regra, o valor dos imóveis
PENSANDO produzidos é suficiente para financiar o projeto sem a necessidade de aporte.

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OBRIGADA!
Cada página desse caderno foi pensada para facilitar o
entendimento do Estatuto da Cidade. Espero que esse
material tenha sido útil para você assim como tem sido
útil para mim. Se você conhece mais alguém que tá no
mesmo rolê que a gente em busca da aprovação em um
concurso público compartilha esse caderno ;)
Feedbacks são bem-vindos! Se quiser compartilhar a sua
opinião e pegar umas dicas de estudo, é só ir lá no
@arqconcurso ou enviar um e-mail para:
nubia@metodoarqconcurso.com.br

Ah, e se quiser conhecer os outros cadernos passa lá no


site: www.metodoarqconcurso.com.br

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