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DECRETO-LEI N°25/1937
ORGANIZA A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL

CADERNO ESQUEMATIZADO
PARA CONCURSOS PÚBLICOS
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PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL separadamente

Os bens podem ser
Constitui o patrimônio histórico e artístico nacional: inscritos nos Livros
agrupadamente
do Tombo
O conjunto de bens móveis e imóveis existentes no país (bairros ou cidades
por exemplo)

pinturas, esculturas, castelos, igrejas, casas, praças,

PARA MEMORIZAR
artesanato, objetos de conjuntos urbanos e outros
arte sacra e outros As seguintes obras de ORIGEM ESTRANGEIRA SÃO
EXCLUÍDAS do patrimônio histórico e artístico nacional (não
podem ser tombadas):

1) que pertençam às representações diplomáticas ou consulares

A conservação desses bens é de interesse público por:
- vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil;
- excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.
Os bens culturais só serão considerados patrimônios
nacionais se forem de interesse público e inscritos nos
LIVRO DO TOMBO LIVROS DO TOMBO (ato final)
Os monumentos naturais, sítios e paisagens de
feição notável (fruto da natureza ou da ação humana)
equiparam-se aos bens e podem ser objeto de
tombamento. PAISAGENS ;)
pessoas naturais
O tombamento se aplica a
PESSOAS FÍSICAS
bens pertencentes a:
acreditadas no Brasil;
Exemplo: uma pintura de um artista francês que pertença a
embaixada da França em Brasília não pode ser considerada
parte do patrimônio nacional
2) que adornem quaisquer veículos pertencentes a empresas
estrangeiras, que façam carreira no Brasil;
Exemplo: uma multinacional inglesa possui um Rolls-Royce no
Brasil, com elegantes adornos decorativos. Estes não poderão ser
considerados parte do patrimônio nacional
3) que se incluam entre os bens referidos no art. 10 da Introdução do
Código Civíl, e que continuam sujeitas à lei pessoal do proprietário;
Exemplo: se uma pessoa estrangeira, possui em sua coleção
particular bens de valor histórico e os traz para o Brasil, após a
sua morte os herdeiros têm o direito de levar os bens embora,
não podendo considerá-los como parte do patrimônio histórico e
artístico brasileiro

pessoas jurídicas de
direito privado ou público

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4) que pertençam a casas de comércio de objetos históricos ou se fará de ofício, por ordem do
TOMBAMENTO DE BENS
artísticos; diretor do SPHAN
PERTENCENTES A UNIÃO,
Exemplo: se uma casa de antiguidades compra um bem
DF, ESTADOS E MUNICÍPIOS depois deverá ser notificado à
de origem estrangeira, esse bem não pode ser
considerado parte do patrimônio histórico e artístico (bens públicos) entidade a quem pertencer, ou sob
cuja guarda estiver o bem
5) que sejam trazidas para exposições comemorativas, educativas ou
tombado
comerciais;
Exemplo: o bem entra no país temporariamente para participar TOMBAMENTO DE BENS PERTENCENTES A PARTICULARES (PF ou PJ
de uma exposição. Nesse caso o Brasil não pode considerar de direito privado)
esse bem como parte de seu patrimônio.
VOLUNTÁRIO: COMPULSÓRIO:
6) que sejam importadas por empresas estrangeiras expressamente
para adorno dos respectivos estabelecimentos. O proprietário do bem procura o O Estado, pela via
SITUAÇÃO 1
Exemplo: uma multinacional francesa compra a Monalisa (obra de Estado para fazer o tombamento administrativa realiza o
origem estrangeira) para enfeitar a sala da presidência da tombamento mesmo se
empresa no Brasil. Essa obra também não pode integrar o O Estado notifica o proprietário o proprietário não der
SITUAÇÃO 2
patrimônio brasileiro informando que fará o anuência

4) e 5) terão guia de licença para livre trânsito fornecido pelo Serviço tombamento e o proprietário dá a
de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN) anuência

TOMBAMENTO 1) o SPHAN notificará o proprietário para concordar com

o tombamento ou oferecer impugnação (prazo de 15 dias) 15
O SPHAN possui 4 Livros do Tombo, nos quais serão inscritos as DIAS
obras (cada Livro pode ter vários volumes):

1) Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico: 2) Se não impugnar: o 3) Se a impugnação for oferecida, será
bens pertencentes às categorias de arte arqueológica, diretor do SPHAN mandará analisada em 15 dias pelo órgão
etnográfica, ameríndia e popular; por simples despacho que competente. Em seguida, o processo é
2) Livro do Tombo Histórico: bens de interesse histórico e as se proceda à inscrição da remetido ao Conselho Consultivo do
obras de arte histórica; coisa no Livro do Tombo SPHAN, que proferirá decisão a respeito,
3) Livro do Tombo das Belas Artes: bens de arte erudita, (tombamento voluntário) dentro de 60 dias (não cabe recurso).
nacional ou estrangeira;
- O proprietário tem o direito de exercer o contraditório e a ampla defesa e pode
4) Livro do Tombo das Artes Aplicadas: bens que se incluírem
alegar que não há vínculo entre o bem e o patrimônio histórico local!
na categoria das artes aplicadas, nacionais ou estrangeiras.

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TOMBAMENTO PROVISÓRIO OU DEFINITIVO O adquirente tem a obrigação de fazer o registro no cartório

Tombamento definitivo: Tombamento provisório:

dentro do prazo de 30 dias, sob pena de multa de 10% sobre 30
o respectivo valor DIAS
Quando já houve a Quando houve a notificação do
inscrição do bem no Livro proprietário sobre o tombamento e o Quem compra um bem tombado passa a sofrer as restrições
do Tombo Estado com intuito de proteger o bem faz constantes na lei
logo o tombamento provisório no curso do
procedimento (logo após a notificação) VENDI UM BEM TOMBADO
Dar imediato conhecimento
realizar a
ao IPHAN: no Livro do
transferência da
(não é a regra, sendo utilizado apenas se houver necessidade Tombo deve ser feita a
propriedade no
ou risco de destruição/descaracterização do bem) anotação do atual
Cartório
proprietário
- Os tombamentos provisório e definitivo se equiparam (produzem os
mesmos efeitos). - O Poder Público deve possuir ciência de quem é o proprietário do bem
(responsável pelas obrigações legais)
EFEITOS DO TOMBAMENTO
O poder público pode transferir um bem tombado?
para o proprietário
O tombamento gera - SIM! Bens tombados pela União, Estados, DF e Municípios só
para os vizinhos do
efeitos pode ser transferido para outro ente público (não pode ser
bem tombado
alienado a particular)
para o IPHAN
Pode haver deslocamento de bem móvel tombado?
OBRIGAÇÕES DOS PROPRIETÁRIOS DE BENS TOMBADOS - SIM! Se houver DESLOCAMENTO (mudança de endereço), o
proprietário deve registrar o bem no novo local e comunicar ao SPHAN.
Após a inscrição no Livro do Tombo é necessário fazer o
registro do tombamento no Cartório competente para dar - O prazo é de 30 dias para fazer o registro e a
publicidade aos atos praticados comunicação, sob pena de multa de 10% sobre o 30
respectivo valor DIAS
O particular pode transferir um bem tombado?

- SIM! Pode haver transferência de propriedade de bens tombados (ato

intervivos, causa mortis ou transmissão judical)

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O bem tombado poderá sair do Brasil?
- Em regra NÃO. As exceções são:
Senão por curto prazo, sem transferência de domínio e
para fim de intercâmbio cultural, a juízo do Conselho
Consultivo do SPHAN
Se houver tentativa de exportação: a União sequestrará
o bem tombado
Apurada a responsabilidade do proprietário, será aplicada
multa de 50% do valor do bem, que permanecerá
sequestrado em garantia até a efetivação do pagamento
No caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro
A pessoa que tentar a exportação de bem tombado,
além da multa responderá pelo crime de contrabando,
nos termos do Código Penal
Qual o procedimento em casos de extravio ou furto de bem tombado?
- O proprietário deverá dar conhecimento do fato ao
SPHAN dentro do prazo de 5 dias, sob pena de multa de
10% sobre o valor do bem.
- Os bens tombados:
PARA MEMORIZAR
não podem ser destruídos, demolidos ou mutilados
não podem ser reparados, pintados ou restaurados sem
PRÉVIA AUTORIZAÇÃO DO SPHAN
sob pena de multa de 50% do dano causado
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OBRIGAÇÃO DOS PROPRIETÁRIOS DE IMÓVEIS VIZINHOS DE BENS
TOMBADOS
não podem fazer construção que impeça ou reduza a visibilidade
do bem tombado
não podem colocar anúncios ou cartazes
sob pena de mandar destruir a obra ou retirar o objeto, impondo-
se neste caso a multa de 50% do valor do bem
PARA MEMORIZAR
CONSERVAÇÃO E REPARAÇÃO DE BENS TOMBADOS
O proprietário de bem Se não tiver recursos financeiros para
tombado tem a obrigação de realizar as obras de conservação e
conservá-lo (em regra) reparação necessárias
Deverá levar ao conhecimento do SPHAN, sob
pena de multa correspondente ao dobro da
importância em que for avaliado o dano sofrido
pelo bem
Recebida a comunicação, e consideradas
necessárias as obras, o diretor mandará executá-
las a expensas da União
As obras deverão ser iniciadas dentro do prazo de 6
meses ou então providenciar a desapropriação do bem 06
MESES
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O SPHAN procurará entendimentos com as autoridades eclesiásticas,

CANCELAMENTO!!! instituições científicas, históricas ou artísticas e pessoas naturais ou
Se o poder público se mostrar o proprietário pode requerer o jurídicas, com o objetivo de obter a cooperação das mesmas em
inerte e não tomar nenhuma CANCELAMENTO DO benefício do patrimônio.
providência TOMBAMENTO
Os negociantes de antiguidades, de obras de arte, de
Se houver urgência na realização de obras de conservação ou manuscritos e livros antigos ou raros são obrigados a um
reparação, o SPHAN pode tomar a iniciativa de projetá-las e registro especial no SPHAN, devendo apresentar
executá-las, a expensas da União, independentemente da semestralmente relações completas das coisas históricas e
comunicação ao proprietário. artísticas que possuírem.

- Sempre que os agentes de leilões tiverem de vender objetos

Os bens tombados ficam sujeitas à vigilância permanente
(antiguidades, de obras de arte, de manuscritos e livros antigos ou
do SPHAN que poderá inspecioná-los sempre que julgar
raros) deverão apresentar a relação ao órgão competente no SPHAN
conveniente
sob pena de incidirem na multa de 50% sobre o valor dos objetos
o proprietário NÃO PODE criar obstáculos à inspeção

DISPOSIÇÕES FINAIS Esses objetos colocados à venda pelos comerciantes ou

agentes de leilões, devem ser previamente autenticados
O Poder Executivo providenciará a realização de acordos
pelo SPHAN, ou por perito sob pena de incidirem na
entre a União e os Estados para melhor coordenação e
multa de 50% sobre o valor atribuido ao objeto
desenvolvimento das atividade ligadas ao patrimônio e
para a uniformização da legislação estadual
A autenticação do objeto será feita mediante o
complementar.
pagamento de uma taxa de peritagem de 5% sobre o
valor do bem
A União manterá além do Museu Histórico Nacional e do
Museu Nacional de Belas Artes, tantos outros museus
nacionais quantos se tornarem necessários.

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Tombamento é um ato administrativo aplicável
a pessoas naturais e pessoas jurídicas (direito
público ou privado)
não é um ato isolado, é um processo administrativo
no qual deve ser seguido o devido processo legal
O mesmo bem pode ser tombado por mais de
um ente federativo, podendo ser inscrito em
mais de um Livro do Tombo
Tombamento é um dos instrumentos
utilizados para proteger um bem de
valor histórico, impedindo sua
destruição, descaracterização ou ainda
a evasão do território brasileiro
IPHAN: Autarquia federal que
atualmente cuida das questões
relativas à preservação do patrimônio
cultural brasileiro
Precedida pelo Servico do Patrimônio
histórico e artístico nacional - SPHAN
(1937)
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Tombamento de bens públicos é feito
Bens pertencentes à União, Estados, DF e
de ofício. A transferência de bens
Municípios (bens públicos)
tombados pertencentes à União, aos
OU Estados, ao DF e aos Municípios só é
Bens pertencentes à pessoa natural ou PJ de possível entre entes públicos.
direito privado
O tombamento é uma intervenção RESTRITIVA (e não
supressiva) do Estado na propriedade. O particular
continua com a propriedade do bem, mas passa a sofrer
limitações ao direito de propriedade em nome do interesse
público
TOMBAMENTO
Via de regra, o tombamento Artigo 216 da Constituição Federal (1.988)
não dá direito à indenização Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de
(apenas se o proprietário natureza material e imaterial, tomados individualmente
comprovar o prejuízo causado) ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à
ação, à memória dos diferentes grupos formadores da
sociedade brasileira
Observe que o Decreto-Lei nº25/37 trata do tombamento
de bens de natureza material. Em relação ao tombamento
TOMBAMENTO: INTEGRAL OU PARCIAL
de bens imateriais (por exemplo uma dança, uma receita,
Imóvel todo Partes específicas um saber e até o toque dos sinos das igrejas mineiras) há
(interno + externo) (volumetria, posições doutrinárias distintas. No entanto, grande parte
fachada, cobertura) da doutrina entende que os bens imateriais são passíveis
de REGISTRO (e não tombamento).
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 EI, VOCÊ.... FINALIZOU MAIS UM
CADERNO? UHULLLL

SEJA ATIVO NO SEU APRENDIZADO,

FAÇA PERGUNTAS, ESCREVA,
RABISQUE, DESENHE;

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