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Art.

3º Excluem-se do patrimônio histórico e


DECRETO-LEI 25/37 -
artístico nacional as obras de origem estrangeira:

TOMBAMENTO 1) que pertençam às representações diplomáticas


ou consulares acreditadas no país;
2) que adornem quaisquer veículos pertencentes a
Tombamento é uma intervenção do Poder Público
empresas estrangeiras, que façam carreira no país;
em um bem móvel ou imóvel, material ou imaterial,
3) que se incluam entre os bens referidos no art. 10 da
público ou privado, desde que possua relevância
Introdução do Código Civil, e que continuam sujeitas à
para o patrimônio histórico e artístico nacional.1
lei pessoal do proprietário;
4) que pertençam a casas de comércio de objetos
históricos ou artísticos;
CAPÍTULO I - DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E
ARTÍSTICO NACIONAL 5) que sejam trazidas para exposições comemorativas,
educativas ou comerciais:
Art. 1º Constitui o patrimônio histórico e artístico 6) que sejam importadas por empresas estrangeiras
nacional o conjunto dos bens móveis e imóveis expressamente para adorno dos respectivos
existentes no país e cuja conservação seja de estabelecimentos.
interesse público, quer por sua vinculação a fatos Parágrafo único. As obras mencionadas nas alíneas 4
memoráveis da história do Brasil, quer por seu e 5 terão guia de licença para livre trânsito, fornecida
excepcional valor arqueológico ou etnográfico, pelo Serviço ao Patrimônio Histórico e Artístico
bibliográfico ou artístico. Nacional.
§ 1º Os bens a que se refere o presente artigo só
serão considerados parte integrante do
patrimônio histórico o artístico nacional, depois de CAPÍTULO II - DO TOMBAMENTO
inscritos separada ou agrupadamente num dos
quatro Livros do Tombo, de que trata o art. 4º desta Art. 4º O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
lei. Nacional possuirá quatro Livros do Tombo, nos
§ 2º Equiparam-se aos bens a que se refere o presente quais serão inscritas as obras a que se refere o art. 1º
artigo e são também sujeitos a tombamento os desta lei, a saber:
monumentos naturais, bem como os sítios e 1) no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e
paisagens que importe conservar e proteger pela Paisagístico, as coisas pertencentes às categorias de
feição notável com que tenham sido dotados pelo arte arqueológica, etnográfica, ameríndia e popular, e
natureza ou agenciados pelo indústria humana. bem assim as mencionadas no § 2º do citado art. 1º.
2) no Livro do Tombo Histórico, as coisas de interesse
histórico e as obras de arte histórica;
Art. 2º A presente lei se aplica às coisas 3) no Livro do Tombo das Belas Artes, as coisas de arte
pertencentes às pessoas naturais, bem como às erudita, nacional ou estrangeira;
pessoas jurídicas de direito privado e de direito 4) no Livro do Tombo das Artes Aplicadas, as obras
público interno. que se incluírem na categoria das artes aplicadas,
nacionais ou estrangeiras.
§ 1º Cada um dos Livros do Tombo poderá ter vários
volumes.
1
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Responsabilidade pela conservação do imóvel § 2º Os bens, que se incluem nas categorias
tombado. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/fb7b9ffa5462084 enumeradas nas alíneas 1, 2, 3 e 4 do presente artigo,
c5f4e7e85a093e6d7>

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serão definidos e especificados no regulamento que 2) no caso de não haver impugnação dentro do
for expedido para execução da presente lei. prazo assinado, que é fatal, o diretor do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mandará
por simples despacho que se proceda à inscrição
Art. 5º O tombamento dos bens pertencentes à da coisa no competente Livro do Tombo.
União, aos Estados e aos Municípios se fará de 3) se a impugnação for oferecida dentro do prazo
ofício, por ordem do diretor do Serviço do Patrimônio assinado, far-se-á vista da mesma, dentro de outros
Histórico e Artístico Nacional, mas deverá ser 15 dias fatais, ao órgão de que houver emanado a
notificado à entidade a quem pertencer, ou sob cuja iniciativa do tombamento, afim de sustentá-la. Em
guarda estiver a coisa tombada, afim de produzir os seguida, independentemente de custas, será o
necessários efeitos. processo remetido ao Conselho Consultivo do Serviço
do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que
proferirá decisão a respeito, dentro do prazo de 60
Art. 6º O tombamento de coisa pertencente à dias, a contar do seu recebimento. DESSA DECISÃO
pessoa natural ou à pessoa jurídica de direito NÃO CABERÁ RECURSO.
privado se fará VOLUNTÁRIA ou
COMPULSORIAMENTE.
Art. 10. O tombamento dos bens, a que se refere o
art. 6º desta lei, será considerado provisório ou
Art. 7º Proceder-se-á ao TOMBAMENTO definitivo, conforme esteja o respectivo processo
VOLUNTÁRIO sempre que o proprietário o pedir e a iniciado pela notificação ou concluído pela inscrição
coisa se revestir dos requisitos necessários para dos referidos bens no competente Livro do Tombo.
constituir parte integrante do patrimônio histórico e Parágrafo único. Para todas os efeitos, salvo a
artístico nacional, a juízo do Conselho Consultivo do disposição do art. 13 desta lei, o tombamento
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, provisório se equiparará ao definitivo.
ou sempre que o mesmo proprietário anuir, por
escrito, à notificação, que se lhe fizer, para a
inscrição da coisa em qualquer dos Livros do Tombo. CAPÍTULO III - DOS EFEITOS DO TOMBAMENTO

Art. 11. As coisas tombadas, que pertençam à União,


Art. 8º Proceder-se-á ao TOMBAMENTO aos Estados ou aos Municípios, inalienáveis por
COMPULSÓRIO quando o proprietário se recusar a natureza, só poderão ser transferidas de uma à
anuir à inscrição da coisa. outra das referidas entidades.
Parágrafo único. Feita a transferência, dela deve o
adquirente dar imediato conhecimento ao Serviço do
Art. 9º O tombamento compulsório se fará de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
acordo com o seguinte processo:
1) o Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, por seu órgão competente, notificará o Art. 12. A alienabilidade das obras históricas ou
proprietário para anuir ao tombamento, dentro do artísticas tombadas, de propriedade de pessoas
prazo de 15 dias, a contar do recebimento da naturais ou jurídicas de direito privado sofrerá as
notificação, ou para, si o quiser impugnar, oferecer restrições constantes da presente lei.
dentro do mesmo prazo as razões de sua impugnação.

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parágrafos anteriores, incorrerá, nas penas cominadas
Art. 13. O tombamento definitivo dos bens de no Código Penal para o crime de contrabando.
propriedade particular será, por iniciativa do órgão
competente do Serviço do Patrimônio Histórico e
Artístico Nacional, transcrito para os devidos efeitos Art. 16. No caso de extravio ou furto de qualquer
em livro a cargo dos oficiais do registro de imóveis e objeto tombado, o respectivo proprietário deverá dar
averbado ao lado da transcrição do domínio. conhecimento do fato ao Serviço do Patrimônio
§ 1º No caso de transferência de propriedade dos Histórico e Artístico Nacional, dentro do prazo de 5
bens de que trata este artigo, deverá o adquirente, dias, sob pena de multa de 10% sobre o valor da
dentro do prazo de 30 dias, sob pena de multa de coisa.
10% sobre o respectivo valor, fazê-la constar do
registro, ainda que se trate de transmissão judicial
ou causa mortis. Art. 17. As coisas tombadas não poderão, em caso
§ 2º Na hipótese de deslocação de tais bens, deverá o nenhum ser destruídas, demolidas ou mutiladas,
proprietário, dentro do mesmo prazo e sob pena da nem, sem prévia autorização especial do Serviço do
mesma multa, inscrevê-los no registro do lugar para Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ser
que tiverem sido deslocados. reparadas, pintadas ou restauradas, sob pena de
§ 3º A transferência deve ser comunicada pelo multa de 50% do dano causado.
adquirente, e a deslocação pelo proprietário, ao Parágrafo único. Tratando-se de bens pertencentes á
Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, União, aos Estados ou aos municípios, a autoridade
dentro do mesmo prazo e sob a mesma pena. responsável pela infração do presente artigo incorrerá
pessoalmente na multa.

Art. 14. A coisa tombada não poderá sair do país,


senão por curto prazo, sem transferência de Art. 18. Sem prévia autorização do Serviço do
domínio e para fim de intercâmbio cultural, a juízo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, não se
do Conselho Consultivo do Serviço do Patrimônio poderá, na vizinhança da coisa tombada, fazer
Histórico e Artístico Nacional. construção que lhe impeça ou reduza a
visibilidade, nem nela colocar anúncios ou
cartazes, sob pena de ser mandada destruir a obra ou
Art. 15. Tentada, a não ser no caso previsto no artigo retirar o objeto, impondo-se neste caso a multa de
anterior, a exportação, para fora do país, da coisa 50% do valor do mesmo objeto.
tombada, será esta sequestrada pela União ou pelo
Estado em que se encontrar.
§ 1º Apurada a responsabilidade do proprietário, Art. 19. O proprietário de coisa tombada, que não
ser-lhe-á imposta a multa de 50% do valor da coisa, dispuser de recursos para proceder às obras de
que permanecerá sequestrada em garantia do conservação e reparação que a mesma requerer,
pagamento, e até que este se faça. levará ao conhecimento do Serviço do Patrimônio
§ 2º No caso de reincidência, a multa será elevada ao Histórico e Artístico Nacional a necessidade das
dobro. mencionadas obras, sob pena de multa
§ 3º A pessoa que tentar a exportação de coisa correspondente ao dobro da importância em que for
tombada, além de incidir na multa a que se referem os avaliado o dano sofrido pela mesma coisa.

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§ 1º Recebida a comunicação, e consideradas
necessárias as obras, o diretor do Serviço do Art. 24. A União manterá, para a conservação e a
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional mandará exposição de obras históricas e artísticas de sua
executá-las, a expensas da União, devendo as propriedade, além do Museu Histórico Nacional e do
mesmas ser iniciadas dentro do prazo de 6 meses, Museu Nacional de Belas Artes, tantos outros museus
ou providenciará para que seja feita a desapropriação nacionais quantos se tornarem necessários, devendo
da coisa. outrossim providenciar no sentido de favorecer a
§ 2º À falta de qualquer das providências previstas instituição de museus estaduais e municipais, com
no parágrafo anterior, poderá o proprietário finalidades similares.
requerer que seja cancelado o tombamento da
coisa.
§ 3º Uma vez que verifique haver urgência na Art. 25. O Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
realização de obras e conservação ou reparação em Nacional procurará entendimentos com as
qualquer coisa tombada, poderá o Serviço do autoridades eclesiásticas, instituições científicas,
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tomar a históricas ou artísticas e pessoas naturais o jurídicas,
iniciativa de projetá-las e executá-las, a expensas com o objetivo de obter a cooperação das mesmas em
da União, independentemente da comunicação a benefício do patrimônio histórico e artístico nacional.
que alude este artigo, por parte do proprietário.

Art. 26. Os negociantes de antiguidades, de obras de


Art. 20. As coisas tombadas ficam sujeitas à vigilância arte de qualquer natureza, de manuscritos e livros
permanente do Serviço do Patrimônio Histórico e antigos ou raros são obrigados a um registro especial
Artístico Nacional, que poderá inspecioná-los sempre no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico
que for julgado conveniente, não podendo os Nacional, cumprindo-lhes outrossim apresentar
respectivos proprietários ou responsáveis criar semestralmente ao mesmo relações completas das
obstáculos à inspeção, sob pena de multa de cem mil coisas históricas e artísticas que possuírem.
réis, elevada ao dobro em caso de reincidência.

Art. 27. Sempre que os agentes de leilões tiverem de


Art. 21. Os atentados cometidos contra os bens de vender objetos de natureza idêntica à dos
que trata o art. 1º desta lei são equiparados aos mencionados no artigo anterior, deverão apresentar a
cometidos contra o patrimônio nacional. respectiva relação ao órgão competente do Serviço do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, sob pena de
incidirem na multa de 50% sobre o valor dos objetos

CAPÍTULO V - DISPOSIÇÕES GERAIS vendidos.

Art. 23. O Poder Executivo providenciará a realização


de acordos entre a União e os Estados, para melhor Art. 28. Nenhum objeto de natureza idêntica à dos
coordenação e desenvolvimento das atividades referidos no art. 26 desta lei poderá ser posto à venda
relativas à proteção do patrimônio histórico e artístico pelos comerciantes ou agentes de leilões, sem que
nacional e para a uniformização da legislação estadual tenha sido previamente autenticado pelo Serviço do
complementar sobre o mesmo assunto. Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, ou por perito

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em que o mesmo se louvar, sob pena de multa de JURISPRUDÊNCIA EM TESES DO STJ
50% sobre o valor atribuído ao objeto.
EDIÇÃO N. 127: INTERVENÇÃO DO ESTADO NA
Parágrafo único. A. autenticação do mencionado
PROPRIEDADE PRIVADA
objeto será feita mediante o pagamento de uma taxa
de peritagem de cinco por cento sobre o valor da 1) O ato de tombamento geral não precisa
coisa, se este for inferior ou equivalente a um conto individualizar os bens abarcados pelo tombo, pois
de réis, e de mais cinco mil réis por conto de réis ou as restrições impostas pelo Decreto-Lei n. 25/1937 se
fração, que exceder. estendem à totalidade dos imóveis pertencentes à
área tombada.

2) Inexistindo ofensa à harmonia estética de


Art. 29. O titular do direito de preferência goza de
conjunto arquitetônico tombado, não há falar em
privilégio especial sobre o valor produzido em
demolição de construção acrescida.
praça por bens tombados, quanto ao pagamento de
multas impostas em virtude de infrações da presente 3) O tombamento do Plano Piloto de Brasília abrange

lei. o seu singular conceito urbanístico e paisagístico,

Parágrafo único. Só terão prioridade sobre o que expressa e forma a própria identidade da capital

privilégio a que se refere este artigo os créditos federal.

inscritos no registro competente, antes do 4) A indenização pela limitação administrativa ao


tombamento da coisa pelo Serviço do Patrimônio direito de edificar, advinda da criação de área non
Histórico e Artístico Nacional. aedificandi, somente é devida se imposta sobre
imóvel urbano e desde que fique demonstrado o
A responsabilidade de reparar e conservar o imóvel prejuízo causado ao proprietário da área.
tombado é do proprietário, salvo quando
5) É indevido o direito à indenização se o imóvel
demonstrado que ele não dispõe de recurso para
expropriado foi adquirido após a imposição de
proceder à reparação. STJ. 2ª Turma. AgRg no AREsp
limitação administrativa, porque se supõe que as
176140-BA, Rel. Min. Castro Meira, julgado em
restrições de uso e gozo da propriedade já foram
18/10/2012 (Info 507).
consideradas na fixação do preço do imóvel.
O PRINCÍPIO DA HIERARQUIA VERTICALIZADA,
6) As restrições relativas à exploração da mata
previsto no Decreto-Lei 3.365/1941, não se aplica ao
atlântica estabelecidas pelo Decreto n. 750/1993
tombamento, disciplinado no Decreto-Lei
constituem mera limitação administrativa, e não
25/1937. A lei de tombamento apenas indica ser
desapropriação indireta, sujeitando-se, portanto, à
aplicável a bens pertencentes a pessoas físicas e
prescrição quinquenal.
pessoas jurídicas de direito privado e de direito
público interno. Ademais, o tombamento feito por 7) A indenização referente à cobertura vegetal deve
ato legislativo possui caráter provisório, ficando o ser calculada em separado do valor da terra nua
tombamento permanente, este sim, restrito a ato do quando comprovada a exploração dos recursos
Executivo. Por fim, o tombamento provisório por ato vegetais de forma lícita e anterior ao processo
legislativo não precisa ser precedido de notificação interventivo na propriedade.
prévia da União, exigência restrita ao procedimento A indenização pela cobertura vegetal, de forma
definitivo promovido pelo Executivo estadual. STF. destacada da terra nua, está condicionada à efetiva
Plenário. ACO 1208 AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, comprovação da exploração econômica lícita dos
julgado em 24/11/2017 (não divulgado em info). recursos vegetais, situação não demonstrada nos

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autos (STJ. 2ª Turma. AgInt no REsp 1841079/TO, Rel. 10) Não incide imposto de renda sobre os valores
Min. Assusete Magalhães, julgado em 05/03/2020). indenizatórios recebidos pelo particular em razão de
servidão administrativa instituída pelo Poder Público.
8) Nas hipóteses em que ficar demonstrado que a
servidão de passagem abrange área superior 11) Admite-se a possibilidade de construções que
àquela prevista na escritura pública, impõe-se o não afetem a prestação do serviço público na faixa
dever de indenizar, sob pena de violação do de servidão (art. 3º do Decreto n. 35.851/1954)
princípio do justo preço.

9) Os juros compensatórios incidem pela simples


LEI 10520/02 – PREGÃO
perda antecipada da posse, no caso de
desapropriação, e pela limitação da propriedade, no
Art. 1º Para AQUISIÇÃO DE BENS E SERVIÇOS
caso de servidão administrativa nos termos da
COMUNS, poderá ser adotada a licitação na
Súmula n. 56/STJ.
modalidade de pregão, que será regida por esta Lei.
Apesar de ainda não termos uma posição expressa
Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços
do STJ, penso que essa parte riscada encontra-se
comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles
superada. Explico.
cujos padrões de desempenho e qualidade possam
Os §§ 1º e 2º do art. 15-A do DL 3.365/41 preveem o
ser objetivamente definidos pelo edital, por meio
seguinte:
de especificações usuais no mercado.
Art. 15-A (...)
§ 1º Os juros compensatórios destinam-se, apenas, a
compensar a perda de renda comprovadamente JDA 26 A Lei n. 10.520/2002 define o bem ou serviço
sofrida pelo proprietário. (Incluído pela MP 2.183-56, comum baseada em critérios eminentemente
de 2001) mercadológicos, de modo que a complexidade
§ 2º Não serão devidos juros compensatórios técnica ou a natureza intelectual do bem ou serviço
quando o imóvel possuir graus de utilização da terra não impede a aplicação do pregão se o mercado
e de eficiência na exploração iguais a zero. (Incluído possui definições usualmente praticadas em relação
pela MP 2.183-56, de 2001) ao objeto da licitação.
O Plenário do STF, ao julgar a ADI 2332/DF, em
17/5/2018 (Info 902), declarou a constitucionalidade
desses dispositivos. Art. 2º
Assim, a Corte concluiu que, para o Poder Público ser § 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da
condenado ao pagamento dos juros compensatórios, utilização de recursos de tecnologia da
é necessário o cumprimento dos seguintes informação, nos termos de regulamentação
requisitos: específica – PREGÃO ELETRÔNICO
a) ter ocorrido imissão provisória na posse do § 2º Será facultado, nos termos de regulamentos
imóvel; próprios da União, Estados, Distrito Federal e
b) a comprovação pelo proprietário da perda da Municípios, a participação de bolsas de mercadorias
renda sofrida pela privação da posse; no apoio técnico e operacional aos órgãos e entidades
c) o imóvel possuir graus de utilização da terra e de promotores da modalidade de pregão, utilizando-se
eficiência na exploração superiores a zero. de recursos de tecnologia da informação.
Logo, não basta a perda antecipada da posse para § 3º As bolsas a que se referem o § 2o deverão estar
gerar direito aos juros compensatórios. organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins
lucrativos e com a participação plural de corretoras

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