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CAPÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES
Art. 1º Ficam sob a proteção especial do Poder Público Municipal os bens móveis e imóveis
existentes em seus limites, constituindo assim o Patrimônio Histórico, Artístico e Natural do
Município de Pomerode, cuja conservação e preservação é de interesse público, e dever de
todos os seus cidadãos.
Parágrafo Único - São sujeitos ao tombamento, e equiparam-se aos bens a que se refere
o presente artigo, os monumentos naturais, bem como, os sítios e paisagens que importe
conservar e proteger pela feição notável com que tenham sido dotados pela natureza e os
descritos na Lei Complementar nº 162 de 12 de dezembro de 2008, ou em Lei específica.
Art. 3º O município procederá ao tombamento dos bens que constituem o seu Patrimônio
Histórico, Artístico e Natural, segundo os procedimentos e regulamentos desta lei, através do
CONSELHO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO E
NATURAL, igualmente criado por esta lei.
Parágrafo Único - O disposto nesta lei aplica-se aos bens pertencentes às pessoas
naturais, bem como às pessoas jurídicas de direito privado e de direito público interno.
CAPÍTULO II
DO CONSELHO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO E
NATURAL
XII - Um (1) representante da Fundação Cultural de Pomerode. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 311/2017)
VIII - elaborar e aprovar seu regimento interno no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias
após a posse de seus conselheiros.
CAPÍTULO III
DOS INTRUMENTOS DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO E
NATURAL DO MUNICÍPIO
Seção I
Do Inventário
Seção II
Do Tombamento
Art. 13O processo de tombamento será instruído com os estudos necessários à apreciação
do interesse do bem e com as características motivadoras do tombamento e encaminhadas
ao Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural, para
avaliação.
Art. 14
Art. 15 O proprietário ou o titular de domínio útil do bem terá o prazo de 30 (trinta) dias
contados do recebimento da notificação para anuir ao tombamento ou para, se o quiser
impugnar, oferecer as razões de sua impugnação.
§ 1º Caso não haja impugnação no prazo estipulado no caput deste artigo, o presidente
do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural, determinará,
por despacho, que se proceda à inscrição do bem no livro de tombo correspondente.
Art. 16 O tombamento só poderá ser cancelado ou revisto por decisão unânime dos membros
do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural, homologada
pelo Prefeito.
Art. 21 A alienação onerosa de bem tombado na forma desta lei fica sujeita ao direito de
preferência a ser exercido pelo Município, em conformidade com as disposições do Decreto-
Lei nº 25, de 30 de novembro de 1937.
CAPÍTULO IV
DA PROTEÇÃO E CONSERVAÇÃO DE BENS TOMBADOS
Art. 24 Cabe ao poder público municipal a instituição de incentivos legais que estimulem o
proprietário ao cumprimento do art. 19 e aqueles que vierem a ser instituídos mediante a
edição desta lei.
Art. 28 Não cumprindo, o proprietário do bem tombado, o prazo fixado para início das obras
recomendadas, o Município as executará, lançando em dívida ativa o montante expendido,
salvo em caso de comprovada incapacidade financeira do proprietário.
Art. 29 No caso de extravio ou furto do bem tombado, o proprietário deverá dar conhecimento
do fato ao Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural, no
prazo de 48 horas, sob pena de não o fazendo incidir multa de 20% (vinte por cento) do valor
do objeto.
Parágrafo Único - Qualquer venda judicial de bem tombado deverá ser autorizada pelo
município, cabendo a este o direito de preferência.
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES ADMINISTRATIVAS
Art. 31 As pessoas físicas ou jurídicas que promovam ações que caracterizem intervenção,
sem a prévia autorização do órgão competente, em objeto ou aspecto, estrutura de edificação
ou local especialmente protegido ou em seu entorno por lei, ato administrativo ou decisão
judicial, em razão de seu valor histórico, artístico e natural, sem prejuízo das sanções civis e
penais cabíveis, incorrerão nas seguintes penalidades:
I - advertência;
V - restritiva de direitos.
§ 3º A pena de advertência será aplicada pela inobservância das disposições desta lei e
da legislação em vigor, sem prejuízo das outras sanções previstas neste artigo.
III - proibição de contratar com a administração pública municipal pelo período de até 5
(cinco) anos.
Art. 32 Na aplicação das penalidades a que se refere o artigo anterior, serão levadas em
conta a natureza da infração cometida e a relevância do bem lesado, classificando-se em:
Art. 33 O valor das multas, que tem como base a Unidade Fiscal do Município - UFM, a que
se refere esta lei, será recolhido ao Fundo Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico,
Artístico e Natural, na seguinte conformidade, considerada a relevância do bem:
§ 1º A multa estipulada no inciso III será aplicada por dia enquanto não recuperado o
bem protegido, ou, em não sendo possível a recuperação, o valor da multa será igual a 100%
(cem por cento) do valor do bem sob proteção.
§ 2º O valor do bem sob proteção será definido pela comissão de avaliação a qual se
refere o parágrafo único do art. 435 da LC nº 75 de 12 de dezembro de 2001.
Art. 34 Os valores das multas previstas no artigo anterior serão atualizadas mensalmente até
a efetiva recuperação dos bens protegidos.
Art. 36 As multas diárias previstas nesta lei poderão ser suspensas quando o infrator,
mediante assinatura de termo de compromisso com o Conselho Municipal de Proteção do
Patrimônio Histórico, Artístico e Natural, obrigar-se a promover medidas especificadas para
fazer cessar ou corrigir o dano causado.
Parágrafo Único - A infração a este artigo implicará em multa diária não inferior a 300
UFM`s, até a efetiva remoção do objeto de localização irregular.
Art. 39 Os bens tombados, inclusive seu entorno, serão fiscalizados periodicamente pelo
Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural com o auxílio da
Secretaria Planejamento, que poderão inspecioná-los sempre que julgar conveniente, sendo
vedado aos respectivos proprietários ou responsáveis criar obstáculos à inspeção, sob pena
de multa, elevada ao dobro em caso de reincidência.
Art. 40 O proprietário de bem tombado que não dispuser de recursos para proceder às obras
de conservação e reparação do bem comunicará ao Conselho Municipal de Proteção do
Patrimônio Histórico, Artístico e Natural sobre a necessidade das obras, sob pena de multa
nos termos do inciso I do art. 33.
Art. 42 A Gerência de Patrimônio Histórico é o órgão responsável pela aplicação das multas
instituídas por esta Lei.
CAPÍTULO VI
DO FUNDO MUNICIPAL DE PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO E
NATURAL
I - dotações orçamentárias;
Art. 47O Fundo Municipal de Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural funcionará
junto à Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte, sob a orientação do Conselho Municipal de
Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico e Natural.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES GERAIS
III - aplicar multa ou sanção administrativa cabível no caso de infração ao disposto nesta
lei; e
Art. 52 Poderão ser realizadas parcerias entre o poder público e a iniciativa privada sempre
que necessárias e indispensáveis à proteção do patrimônio histórico, artístico e natural do
município.
Art. 54A letra "s" do inciso II, art. 32 da Lei Complementar nº 167 de 30 de janeiro de 2009,
passa a ter a seguinte redação:
Art. 55Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogados o Decreto nº 1.902 de
12 de dezembro de 2002 e a Lei nº 1.639 de 05 de abril de 2002.
ROLF NICOLODELLI
Prefeito Municipal