Você está na página 1de 44

“Texto da Lei Orgânica do Município de Peruíbe

aprovada em 05 de abril de 1990, com as alterações


adotadas pelas Emendas de nº 01 a 32”.

Câmara Municipal da Estância Balneária de


Peruíbe, em 12 de fevereiro de 2020.

PREÂMBULO

O povo peruibense, por seus representantes legislativos, em Assembléia Municipal


Constituinte, inspirados nos princípios constitucionais da República e no ideal de a to-
dos assegurar justiça e bem-estar social, promulga, sob a proteção de Deus, a

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PERUÍBE

Lei Orgânica do Município de Peruibe -1


TITULO I
Disposições Preliminares
CAPÍTULO I
Do Município

Art. 1°. O Município de Peruíbe é uma unidade da Federação da República Federativa


do Brasil, do Território do Estado de São Paulo, com personalidade jurídica de direito público e
autonomia, nos termos assegurados pelas Constituições Federal e Estadual e por esta Lei Or-
gânica. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 2°. O Governo Municipal é exercido pela Câmara de Vereadores e pelo Prefeito
Municipal, com poderes harmônicos e independentes entre si.
Art. 3°. Os limites do território do Município só poderão ser alterados na forma estabe-
lecida na Constituição Federal.
Parágrafo único. A criação, organização e supressão de Distritos compete ao Municí-
pio, observada a legislação estadual.
Art. 4°. São símbolos oficiais do Município de Peruíbe o Brasão, a Bandeira e o Hino do
Município. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

CAPÍTULO II
Da Competência

Art. 5°. Ao Município de Peruíbe compete, além de suplementar a legislação federal e a


estadual, no que couber, dispor sobre assuntos de interesse local, cabendo-lhe, entre outras,
as seguintes atribuições: (NR*)
I - elaborar o orçamento, prevendo a receita e fixando a despesa, com base em plane-
jamento adequado; (NR*)
II - instituir e arrecadar os tributos e contribuições de sua competência, fixar e cobrar
preços públicos e tarifas; (NR*)
III - arrecadar e aplicar as rendas que lhe pertencerem, na forma da Lei; (NR*)
IV - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços públicos; (NR*)
V - dispor sobre administração, utilização e alienação de seus bens; (NR*)
VI - adquirir bens, inclusive através de desapropriação por necessidade, utilidade públi-
ca, ou por interesse social; (NR*)
VII - elaborar o seu Plano Diretor, parte integrante do processo de planejamento muni-
cipal, em observância expressa aos arts. 182 e 183 da Constituição Federal, bem como à Lei
Federal 10.257, 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, devendo o mesmo ser revisto obri-
gatoriamente, pelo menos, a cada 10 (dez) anos; (NR*)
VIII - promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle
do uso, do parcelamento e da ocupação do solo; (NR*)
IX - estabelecer as servidões necessárias aos seus serviços; (NR*)

Lei Orgânica do Município de Peruibe -2


X - criar órgão municipal responsável pelo trânsito e tráfego, com as seguintes atribui-
ções, entre outras que a Lei venha a estabelecer: (NR*)
a) prover o transporte coletivo urbano, que poderá ser operado através de concessão,
fixando itinerários, pontos de parada, horários e as tarifas respectivas; (NR*)
b) disciplinar o transporte individual de passageiros, fixando os locais de estacionamen-
tos e as tarifas respectivas; (NR*)
c) disciplinar o trânsito de veículos pesados e a atividade de carga e descarga, fixando
horários e locais de trânsito de estacionamento; (NR*)
d) planificar e implantar a sinalização de trânsito no Município; (NR*)
e) regulamentar a utilização das vias públicas municipais, locais de estacionamentos de
veículos, limites das zonas de silêncio, serviços de carga e descarga, mãos de direção e tone-
lagem máxima permitida a veículos que circulem nessas vias; (NR*)
XI - sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem como regulamentar e fisca-
lizar a sua utilização; (NR*)
XII - prover sobre limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino do lixo
domiciliar e de outros resíduos de qualquer natureza; (NR*)
XIII - ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários para funcionamento
de estabelecimentos industriais, comerciais e similares; (NR*)
XIV - dispor sobre o serviço funerário e cemitérios, encarregando-se da administração
daqueles que forem públicos e fiscalizando os pertencentes a entidades privadas; (NR*)
XV - prestar serviços de atendimento à saúde da população, com a cooperação técnica
e financeira da União e do Estado, observados os percentuais orçamentários mínimos previs-
tos constitucionalmente; (NR*)
XVI - manter programas de educação infantil e de ensino fundamental, com a coopera-
ção técnica e financeira da União e do Estado, nos termos do que dispõe o art. 211 da Consti-
tuição Federal; (NR*)
XVII - regulamentar, autorizar e fiscalizar a afixação de cartazes e anúncios, bem como
a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e propaganda nos locais sujeitos ao po-
der de polícia municipal; (NR*)
XVIII - dispor sobre depósito e destino de animais e mercadorias apreendidos em de-
corrência de transgressão à legislação municipal, mantendo-se cooperação operacional, técni-
ca e financeira com as concessionárias de rodovias estaduais, em especial quando nelas ocor-
rer a apreensão dos animais; (NR*)
XIX - dispor sobre registro, vacinação e captura de animais, com a finalidade precípua
de erradicação da raiva e de outras moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;
(NR*)
XX - dispor sobre o regime jurídico dos servidores da administração pública direta, das
autarquias e das fundações públicas, instituindo e mantendo atualizado o plano de carreiras,
cargos e salários; (NR*)
XXI - constituir e manter guarda municipal destinada à proteção das instalações, bens e
serviços municipais, com poder de polícia estendido até os limites legais, com fundamento no
art. 144 da Constituição Federal; (NR*)
XXII - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação
e a ação fiscalizadora federal e estadual; (NR*)
XXIII - promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvimento social e econô-
mico; (NR*)
XXIV - quanto aos estabelecimentos industriais, comerciais e similares: (NR*)
a) conceder ou renovar licença para instalação, localização e funcionamento; (NR*)
Lei Orgânica do Município de Peruibe -3
b) revogar a licença daqueles cujas atividades se tornarem prejudiciais à saúde, ao
meio ambiente, à higiene, ao bem-estar, à recreação, ao sossego público ou aos bons costu-
mes, na forma do Código de Posturas do Município; (NR*)
c) promover o fechamento daqueles que funcionarem sem licença ou em desacordo
com a lei; (NR*)
d) incentivar e facilitar a instalação de indústrias não poluentes, e a instalação de micro-
empresas, através de ações governamentais, isoladamente ou em parceria, que viabilizem a
geração de emprego e renda no Município; (NR*)
XXV - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos; (NR*)
XXVI - promover a manutenção de estradas vicinais rurais, que atinjam ou não o interior
das áreas de preservação ambiental; (NR*)
XXVII - realizar atividades de defesa civil, inclusive a de combate a incêndios e preven-
ção de acidentes, em coordenação com o Estado e a União; (NR*)
XXVIII - criar e manter o Corpo de Guarda-Praias, subordinado ao órgão municipal
competente. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art 6°. Ao Município de Peruíbe compete, em cooperação com a União, com o Estado e
com os demais Municípios:
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conser-
var o patrimônio público;
II - cuidar da saúde e assistência às pessoas portadoras de deficiências;
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultu-
ral, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros
bens de valor histórico, artístico e cultural;
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII - estimular e disciplinar a pesca, a agricultura e a agropecuária, bem como organi-
zar o abastecimento de alimentos;
IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições de vi-
da;
X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a inte-
gração social dos setores desfavorecidos;
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e explora-
ção de recursos hídricos e minerais em seu território;
XII - promover obras de desassoreamento, canalização de rios, córregos e canais;
XIII - zelar pela Segurança Pública, apenas em colaboração com os órgãos competen-
tes dos outros Entes da Federação. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

TÍTULO II
Da Organização dos Poderes Municipais
CAPÍTULO I

Lei Orgânica do Município de Peruibe -4


Do Poder Legislativo
Seção I
Da Câmara Municipal

Art. 7º. O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta de 15 (quinze)
Vereadores eleitos através do sistema proporcional, dentre os cidadãos maiores de 18 (dezoi-
to) anos no exercício dos direitos políticos, pelo voto direto e secreto.
Parágrafo único - Cada legislatura terá a duração de 4 (quatro) anos. (NR*)
* Emenda nº 24, de 15/10/2009
Art. 8°. Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, dispor sobre as matérias de compe-
tência do Município e especialmente:
I - legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive suplementando a legislação fede-
ral e estadual;
II - legislar sobre tributos municipais, bem como autorizar isenções e anistias fiscais,
respeitando-se os requisitos da Lei Complementar Federal nº 101, de 2000; (NR*)
III - votar o orçamento anual e o plurianual de investimentos, a lei de diretrizes orça-
mentárias, bem como autorizar a abertura de créditos suplementares e especiais;
IV - autorizar a obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito, bem
como a forma e os meios de pagamento, observados os parâmetros máximos de endividamen-
to do Município, bem como o procedimento disposto no art. 32 e seguintes da Lei Complemen-
tar Federal n° 101, de 2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal; (NR*)
V - autorizar a concessão de auxílios e subvenções;
VI - autorizar a concessão de serviços públicos;
VII - autorizar a concessão de direito real de uso de bens municipais;
VIII - autorizar a concessão administrativa de uso de bens municipais;
IX - autorizar a alienação de bens imóveis;
X - autorizar a aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem en-
cargo;
XI - dispor sobre a criação, organização e supressão de Distritos, mediante prévia con-
sulta plebiscitária;
XII - dispor sobre criação, alteração e extinção de cargos públicos e funções e fixação
dos respectivos vencimentos dos servidores;
XIII - aprovar o Plano Diretor, que deverá englobar o território do Município como um
todo, e deverá ser revisto, pelo menos, a cada 10 (dez) anos; (NR*)
XIV - autorizar convênios com entidades públicas ou particulares e consórcios com ou-
tros Municípios;
XV - delimitar o perímetro urbano;
XVI - denominar ou alterar a denominação de próprios, vias e logradouros públicos.
(NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 9°. À Câmara competem privativamente as seguintes atribuições:
I - eleger sua Mesa, bem como destituí-la na forma regimental;
II - elaborar o Regimento Interno, bem como alterá-lo quando necessário ou promover
sua revisão, pelo menos, a cada 05 (cinco) anos; (NR*)

Lei Orgânica do Município de Peruibe -5


III - organizar os seus serviços administrativos;
IV - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, conhecer da sua renúncia e afastá-los de-
finitivamente do exercício do cargo;
V - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores para afastamento
do cargo;
VI - autorizar o Prefeito a ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias;
VII - fixar, até 30 (trinta) dias antes das eleições, os subsídios do Prefeito, do Vice-
Prefeito, dos Secretários Municipais, do Presidente da Câmara e dos Vereadores, ficando os
mesmos sujeitos à Revisão Geral Anual prevista no inciso X do art. 37 da Constituição Federal;
(NR*)
VIII - criar comissões especiais de inquérito, nos termos do § 3° do art. 58 da Constitui-
ção Federal, observados os parâmetros da Lei Federal n° 1.579 de 1952, investida dos pode-
res de investigação das autoridades judiciais, devendo tratar sobre fato determinado que se
inclua na competência municipal, sendo que sua constituição será automática sempre que o
requerer pelo menos um terço dos membros da Casa; (NR*)
IX - solicitar informações ao Prefeito, às autarquias e empresas de economia mista, so-
bre assuntos referentes à Administração;
X - convocar os Secretários ou Diretores Municipais para prestar informações sobre
matéria de sua competência;
XI - autorizar referendo e plebiscito;
XII - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em Lei;
XIII - decidir sobre a perda do mandato dos Vereadores, através de votação direta e
nominal, através do voto favorável da maioria absoluta de seus membros, nas hipóteses pre-
vistas nos incisos I, II, IV e VI do artigo 15, mediante provocação de qualquer membro da Câ-
mara, de partido político nela representado, de Comissão Especial de Inquérito e eventual Co-
missão Processante, observando-se, para todos os efeitos as garantias constitucionais do Ve-
reador enquanto cidadão, em especial o direito à ampla defesa; (NR*)
XIV - conceder título de cidadão honorário a pessoa que, efetivamente, tenha presta-
do serviços ao Município, mediante decreto legislativo, aprovado por dois terços de seus mem-
bros; (NRº)
XV - exercer, com auxílio do Tribunal de Contas do Estado, a fiscalização financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial do Município.
§ 1° - A Câmara Municipal delibera, mediante resolução, sobre assuntos de sua eco-
nomia interna e nos demais casos de sua competência privativa, por meio de decreto legislati-
vo.
§ 2° - É fixado em 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período, desde que solicitado
e devidamente justificado, o prazo para que o Chefe do Executivo, de posse das informações e
documentos fornecidos pelos responsáveis pelos órgãos de administração direta e indireta,
responda às indagações encaminhadas pelo Poder Legislativo, na forma do disposto na pre-
sente Lei Orgânica. (NR*)
§ 3° - O não atendimento no prazo estipulado no § 2° sujeita o Chefe do Executivo, por
tratar-se de infração político-administrativa prevista no inciso III do art. 4° do Decreto-Lei
201/67, às sanções nele previstas, sem prejuízo de outras medidas legais cabíveis. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007 e º Emenda nº 09, de 14/05/2001

Seção II
Dos Vereadores

Lei Orgânica do Município de Peruibe -6


Art. 10. No primeiro ano de cada legislatura, no dia 1° de janeiro, às dez horas, em
Sessão Solene de instalação, independentemente do número, sob a presidência do Vereador
mais votado dentre os presentes, os Vereadores prestarão compromisso e tomarão posse.
§ 1° - O Vereador que não tomar posse na Sessão prevista neste artigo deverá fazê-lo
no prazo de quinze dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara.
§ 2° - No ato da posse, os Vereadores deverão desincompatibilizar-se. (NR*)
§ 3° - Na mesma ocasião, anualmente e ao término do mandato, os Vereadores deve-
rão fazer declaração de seus bens, que será transcrita em livro próprio, constando de ata o seu
resumo. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 11. Os subsídios do Presidente da Câmara e dos demais Vereadores serão fixados
de uma Legislatura para a subsequente, por Resolução e em parcela única, observando-se os
limites máximos constantes no inciso VI alínea 'c' e no inciso VII do Art. 29, ambos da Consti-
tuição Federal e nunca serão inferiores ao fixado no inciso VI alínea 'b', da Constituição Fede-
ral.(NR*)
* Emenda nº 30, de 06/07/2017
Art. 12. O Vereador poderá licenciar-se:
I - por moléstia devidamente comprovada ou em licença maternidade ou paternidade;
(NR*)
II - para desempenhar missões temporárias de caráter cultural ou de interesse do Muni-
cípio;
III - para tratar de interesses particulares, por prazo determinado, nunca inferior a 30
(trinta) dias, não podendo reassumir o exercício do mandato antes do término da licença.
Parágrafo único. Para fins de remuneração, considerar-se-á como em exercício o Ve-
reador licenciado nos termos dos incisos I e II.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 13. Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato, na circunscrição do Município de Peruíbe.
Art. 14. O Vereador não poderá:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com a pessoa jurídica de direito público, autarquia, funda-
ção, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; (NR*)
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja
demissível “ad nutum”, nas entidades constantes de alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador, ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exerça função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível “ad nutum”, nas entidades referidas
no Inciso I, “a”;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o
Inciso I, “a”;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo federal, estadual ou municipal.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Lei Orgânica do Município de Peruibe -7


Art. 15 - Perderá o mandato o Vereador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento seja declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada Sessão Legislativa, à terça parte das sessões
ordinárias ou 3 (três) sessões consecutivas, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição;
VI - que fixar domicílio fora do Município.
§ 1° - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Regimen-
to Interno e no Código de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Peruíbe, o abu-
so das prerrogativas asseguradas a membro da Câmara Municipal e a percepção de vanta-
gens indevidas. (NR*)
§ 2° - O Vereador investido no cargo de Secretário ou Diretor Municipal não perderá o
mandato, considerando-se automaticamente licenciado, cabendo-lhe formalmente a opção pe-
lo subsídio. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 16. No caso de vaga ou licença de Vereador, o Presidente convocará o Suplente
na forma do Regimento Interno. (NR*)
§ 1° - O Suplente deverá tomar posse dentro do prazo de quinze dias, salvo motivo jus-
to aceito pela Câmara.
§ 2° - Em caso de vaga, não havendo suplente, o Presidente comunicará o fato, dentro
de quarenta e oito horas, diretamente ao Tribunal Regional Eleitoral.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 17. Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebi-
das ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confia-
ram ou deles receberam informações.

Seção III
Da Mesa da Câmara

Art. 18. Imediatamente depois da posse, os Vereadores se reunirão sob a presidência


do mais votado dentre os presentes e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara,
elegerão os componentes da Mesa, que ficarão automaticamente empossados.
Parágrafo único. Não havendo número legal, o Vereador mais votado dentre os pre-
sentes permanecerá na Presidência e convocará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa.
Art. 19. A eleição para renovação da Mesa se realizará na 2a (segunda) quinta-feira de
dezembro do último ano de mandato da Mesa que será sucedida, considerando-se automati-
camente empossados os eleitos no dia 1o de janeiro do ano seguinte à eleição. (NR*)
Parágrafo único. O Regimento disporá sobre a forma de eleição e a composição da
Mesa.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Art. 19-A. O Regimento Interno disporá sobre a forma de eleição, composição, substi-
tuição, extinção e competência dos Membros da Mesa. (AC*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Lei Orgânica do Município de Peruibe -8


Art. 20. O mandato da Mesa será de dois anos, proibida a reeleição de qualquer de
seus membros para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.
Parágrafo único. (Revogado) (* Emenda nº 21, de 17/12/2007)
Art. 21. À Mesa, dentre outras atribuições, compete:
I - propor projetos que disponham sobre a criação ou extinção de cargos e fixem seu
vencimento, além da alteração da estrutura organizacional e serviços da Câmara; (NR*)
II - elaborar e expedir, mediante Ato, a discriminação analítica das dotações orçamentá-
rias da Câmara, bem como alterá-las quando necessário;
III - apresentar projetos de Lei dispondo sobre abertura de créditos suplementares ou
especiais, através de anulação parcial ou total das dotações da Câmara, ou quando as verbas
orçamentárias forem insuficientes para atender aos encargos do Legislativo;
IV - suplementar, mediante Ato, as dotações do orçamento da Câmara, observado o li-
mite da autorização constante da Lei Orçamentária, desde que os recursos para a sua cobertu-
ra sejam provenientes de anulação total ou parcial de suas dotações orçamentárias;
V - devolver à Tesouraria da Prefeitura o saldo de caixa existente na Câmara ao final do
exercício;
VI - enviar ao Prefeito, até o dia 1 (um) de março, as contas do exercício anterior;
VII - nomear, promover, comissionar, conceder gratificações, licenças, abrir sindicân-
cias, processos administrativos, aplicação de penalidade, por em disponibilidade, exonerar,
demitir, e punir servidores da Câmara Municipal, nos termos da Lei; (NR*)
VIII - declarar a perda do mandato do Vereador, após o encerramento de procedimento
próprio onde tenha sido assegurada a ampla defesa e o contraditório. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 22. Ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições, compete:
I - representar a Câmara em juízo e fora dele;
II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos;
III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis com sanção
tácita ou cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário;
V - fazer publicar os Atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legislativos e
as leis por ele promulgados;
VI - declarar a perda do mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores, nos casos
previstos em lei;
VII –(Revogado); (* Emenda nº 21, de 17/12/2007)
VIII - apresentar no Plenário, até o dia 20 de cada mês, o balancete relativo aos recur-
sos recebidos e às despesas do mês anterior;
IX - representar sobre a inconstitucionalidade de lei ou ato municipal;
X - solicitar a intervenção no Município, nos casos admitidos pela Constituição do Esta-
do;
XI – manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força necessária para
esse fim.
Art. 23. O Presidente da Câmara ou seu substituto só terá voto:
I - na eleição da Mesa;

Lei Orgânica do Município de Peruibe -9


II - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de dois terços dos
membros da Câmara;
III - quando houver empate em qualquer votação no Plenário, independentemente do
quorum necessário para aprovação. (NR*)
§ 1° - (Revogado); (*)
§ 2° - (Revogado); (*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 23-A. Não poderá votar o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação.
(AC*)
Parágrafo único. Deverá o Vereador que tiver interesse pessoal na deliberação decla-
rar-se impedido previamente, podendo ser suscitada tal matéria por outro Vereador, o que será
decidido pelo Douto Plenário. (AC*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 23-B. O voto será sempre público nas deliberações da Câmara. (AC*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Seção IV
Da Sessão Legislativa Ordinária

Art. 24. Independente de convocação, a sessão legislativa ordinária anual desenvolve-


se de 15 de janeiro a 1º de julho e de 1º de agosto a 15 de dezembro. (NR*)
* Emenda nº 30, de 06/07/2017
§ 1° - Os dias e horários das sessões ordinárias serão regulamentados pelo Regimento
Interno. (NR*)
§ 2° - A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação do projeto
de lei de diretrizes orçamentárias ou sem a aprovação da lei orçamentária anual. (NR*)
§ 3° - A Câmara se reunirá em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes, confor-
me dispuser o seu regimento interno.(NRº)
§ 4° - As sessões extraordinárias serão convocadas pelo Presidente da Câmara em
sessão ou fora dela, na forma regimental.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007 e º Emenda nº 22, de 05/05/2008.
Art. 25. As sessões da Câmara serão sempre públicas no Município de Peruíbe. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 26. As sessões só poderão ser abertas com a presença de, no mínimo, um terço
dos membros da Câmara.

Seção V
Da Sessão Legislativa Extraordinária

Art. 27. A convocação extraordinária da Câmara Municipal se fará:


I - por solicitação do Prefeito quando ocorrer urgência justificada;
II - por dois terços dos membros da Câmara Municipal. (NR*)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 10


Parágrafo único. Durante a sessão extraordinária, a Câmara deliberará exclusivamen-
te sobre a matéria para a qual foi convocada.(NR º)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007 e º Emenda nº 22, de 05/05/2008.

Seção VI
Das Comissões

Art. 28. A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e


com as atribuições previstas no respectivo Regimento ou no ato de que resultar a sua criação.
§ 1° - Em cada Comissão será assegurada, tanto quanto possível, a representação
proporcional dos partidos que participam da Câmara. (NR*)
§ 2° - Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil ou pessoa de notória
especialização;
II - Requerer a convocação dos Secretários ou Diretores de Departamento para prestar
informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições; (NR*)
III - (Revogado); (*)
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa
contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;
V - acompanhar a elaboração da proposta orçamentária, bem como a sua posterior
execução, em momento oportuno e através dos instrumentos próprios; (NR*)
VI - (Revogado); (*)
VII - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvol-
vimento e sobre eles emitir parecer quando constem de propositura em trâmite na Câmara
Municipal. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 29. As Comissões Especiais de Inquérito terão poderes de investigação, além de
outros previstos no Regimento da Casa e serão criadas pela Câmara, independentemente de
deliberação Plenária, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração
de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas
ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou mesmo criminal dos infra-
tores. (NR*)
§ 1° - As Comissões Especiais de Inquérito, no interesse da investigação, poderão:
a) proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais e entidades
descentralizadas, onde terão livre ingresso e permanência;
b) requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação dos escla-
recimentos necessários;
c) transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali realizando os atos
que lhes competirem.
§ 2° - No exercício de suas atribuições poderão, ainda, as Comissões Especiais de In-
quérito, por intermédio de seu presidente:
a) determinar as diligências que reputarem necessárias; (NR*)
b) requerer a convocação de Secretários ou Diretor de Departamento; (NR*)
c) tomar o depoimento, mediante prévia intimação e quando couber, de quaisquer auto-
ridades do Município, intimar testemunhas e inquiri-las sob compromisso; (NR*)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 11


d) proceder à verificação contábil em livros, papéis e documentos dos órgãos da admi-
nistração direita e indireta, fundações e autarquias. (NR*)
§ 3° - Nos termos da legislação pertinente, as testemunhas serão intimadas de acordo
com as prescrições estabelecidas na legislação penal e processual penal e, em caso de não
comparecimento sem motivo justificado, a intimação será solicitada ao juiz criminal da localida-
de onde residam ou se encontrem, na forma do Código de Processo Penal inclusive, no que
tange à sua condução coercitiva. (NR*)
§ 4° - A Comissão poderá, em casos de extrema necessidade e relevância, requerer ao
Juízo competente a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal dos investigados. (AC*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Seção VII
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 30. O processo legislativo compreende:


I - emendas à Lei Orgânica do Município;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - resoluções;
V - decretos legislativos.

Subseção II
Das Emendas À Lei Orgânica

Art. 31. A Lei Orgânica do Município poderá ser emendada mediante proposta:
I - do Prefeito;
II - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara Municipal, bem como de comis-
são Especial constituída para esse fim; (NR*)
III - de no mínimo 5% (cinco por cento) dos eleitores do Município.
§ 1° - A proposta de emenda à Lei Orgânica será votada em dois turnos, considerando-
se aprovada quando obtiver em ambos o voto favorável de dois terços dos membros da Câma-
ra Municipal.
§ 2° - A emenda aprovada nos termos deste Artigo será promulgada pela Mesa da Câ-
mara Municipal, com o respectivo número de ordem.
§ 3° - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada
não poderá ser reapresentada na mesma sessão legislativa, salvo se apresentada pela maioria
absoluta dos membros da Câmara.
§ 4º - A matéria constante de proposta de emenda apresentada pelo Executivo, rejeita-
da ou havida por prejudicada, só poderá por ele ser reapresentada mais uma vez na mesma
Sessão Legislativa. (AC)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 12


Subseção III
Das Leis

Art. 32. Declarado inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de São Paulo nos autos da
ação direta de inconstitucionalidade nº. 17.818.0/2. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Art. 32-A - As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos membros
da Câmara Municipal. (NRº)
Parágrafo único. São leis complementares as concernentes às seguintes matérias: (º)
I - Código Tributário do Município; (º)
II - Código de Obras e Edificações; (º)
III - Estatuto dos Servidores Municipais; (º)
IV - criação de cargos, empregos ou funções na Administração Direta ou Indireta; (NR*)
V - Plano Diretor do Município; (º)
VI - Zoneamento Urbano de uso e ocupação do solo; (º)
VII - concessão de serviço público; (º)
VIII - concessão de direito real de uso; (º)
IX - alienação de bens imóveis; (º)
X - aquisição de bens imóveis por doação com encargo; (º)
XI - autorização para obtenção de empréstimo pelo Município, observados os requisitos
legais, em especial quanto ao atendimento ao que dispõe a Lei Complementar Federal 101, de
04 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal. (NR*)
* Emenda nº 14, de 22/02/2002 e* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 33. As leis ordinárias exigem, para sua aprovação, o voto favorável da maioria sim-
ples.
Art. 34. A votação e a discussão da matéria constante da ordem do dia só poderão ser
efetuadas com a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
Parágrafo único. A aprovação da matéria colocada em discussão dependerá do voto
favorável da maioria dos Vereadores presentes à sessão, ressalvados os casos previstos nes-
ta Lei.
Art. 35. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe ao Prefeito, à Mesa Dire-
tora, a qualquer Vereador, a Comissão da Câmara e aos cidadãos, observado o disposto nesta
Lei Orgânica. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 36. Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa dos projetos de Lei que dispo-
nham sobre:
I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos públicos na
administração direta e indireta; (NR*)
II - fixação ou aumento de remuneração dos servidores, bem como concessão da Revi-
são Geral Anual, na forma do inciso X do art. 37 da Constituição Federal, na mesma data e
sem distinção de índices; (NR*)
III - regime jurídico, provimento de cargos, avaliação periódica de desempenho e estabi-
lidade dos servidores; (NR*)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 13


IV - organização administrativa, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e
pessoal da administração;
V - criação, estruturação e atribuições dos órgãos da administração pública municipal.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 37. É da competência exclusiva da Câmara a iniciativa dos projetos que disponham
sobre: (NR*)
I - criação, extinção ou transformação de cargos, funções ou empregos de seus servi-
ços;
II - fixação ou aumento de remuneração de seus servidores;
III - organização e funcionamento dos seus serviços.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 38. Não serão admitidas emendas que aumentem a despesa prevista nos projetos
de iniciativa exclusiva do Prefeito, sem a competente indicação da fonte de custeio destinada a
suportar a realização de tais despesas, o que deverá ser demonstrado através da estimativa
do impacto orçamentário e financeiro. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 39. A iniciativa popular poderá ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal
de projeto de lei subscrito por, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado municipal.
§ 1° - A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se, para seu recebimento, a
identificação dos assinantes mediante indicação do número do respectivo título eleitoral.
§ 2° - A tramitação dos projetos de lei de iniciativa popular obedecerá às normas relati-
vas ao processo legislativo estabelecidas nesta lei Orgânica e no Regimento Interno da Câma-
ra Municipal, além de eventual regulamento próprio. (NR*)
§ 3° - Nos projetos de Lei de iniciativa popular será permitido que um dos subscritores
do projeto venha expô-lo e defendê-lo na Câmara Municipal, na fase de discussão, durante o
máximo de 30 (trinta) minutos. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 40. O Prefeito poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua inicia-
tiva considerados relevantes, os quais deverão ser apreciados no prazo de 45 (quarenta e cin-
co) dias.
§ 1° - Decorrido sem deliberação o prazo fixado no “caput” deste Artigo, o projeto será
obrigatoriamente incluído na ordem do dia das sessões subseqüentes, até que se ultime sua
votação, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, com exceção do disposto
no parágrafo 4° do Artigo 42 desta Lei Orgânica. (NR*)
§ 2° - O prazo referido neste Artigo não corre nos períodos de recesso da Câmara e
não se aplica aos projetos de leis complementares.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 41. O projeto aprovado será, no prazo máximo de 03 (três) dias úteis, enviado pelo
Presidente da Câmara ao Prefeito que, concordando, o sancionará e promulgará no prazo de
15 (quinze) dias úteis. (NR*)
Parágrafo único. Decorrido o prazo de 15 dias úteis, o silêncio do Prefeito importará
em sanção.(NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 42. Se o Prefeito julgar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário
ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de 15 (quinze) dias úteis conta-

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 14


dos da data do recebimento e comunicará, dentro de 48 horas, ao Presidente da Câmara, os
motivos do veto. (NR*)
§ 1° - O veto deverá ser sempre justificado e, quando parcial, abrangerá o texto integral
de artigo, de parágrafo, de inciso, alínea ou item. (NR*)
§ 2° - As razões aduzidas no veto serão apreciadas no prazo de 30 (trinta) dias conta-
dos de seu recebimento em uma única discussão.
§ 3° - O veto somente poderá ser rejeitado pela maioria absoluta dos Vereadores. (NRº)
§ 4° - Esgotado sem deliberação o prazo previsto no parágrafo 2° deste artigo, o veto
será colocado na ordem do dia das sessões imediatas, sobrestadas as demais proposições,
até sua votação final. (NR*)
§ 5° - Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado ao Prefeito no primeiro dia útil sub-
seqüente, que terá o prazo máximo em 48 (quarenta e oito) horas, para a promulgação. (NR*)
§ 6° - Se o Prefeito não promulgar a matéria objeto do veto rejeitado pelo Plenário no
prazo estabelecido no § 5º, o Presidente da Câmara a promulgará obrigatoriamente em igual
prazo, sendo que na impossibilidade justificada deverão fazê-lo, na ordem sucessiva, o Vice
Presidente, o 1º Secretário e o 2º Secretário, todos sob pena de responsabilidade. (NR*)
§ 7° - Nos casos de veto parcial, as disposições sancionadas pelo Prefeito serão imedi-
atamente promulgadas e enviadas à publicação, sendo que ao retornar ao Executivo, os dis-
positivos constantes do mencionado veto, objeto de acatamento pela Câmara, caso haja san-
ção e promulgação pelo Prefeito, serão enviados novamente à publicação, que ocorrerá na
íntegra, com o mesmo número, fazendo-se constar expressamente a “republicação”. (NR*)
§ 8° - O prazo previsto no parágrafo 2° não corre nos períodos de recesso da Câmara.
§ 9° - A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câma-
ra.
§ 10 - Na apreciação do veto, a Câmara não poderá introduzir qualquer modificação no
texto aprovado.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007 e º Emenda nº 09, de 14/05/2001
Art. 43. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
membros da Câmara. (NR*)
Parágrafo único. Quanto aos projetos de iniciativa do Prefeito que contenham matéria
rejeitada, poderão ser submetidos à deliberação da Câmara apenas mais uma vez dentro da
mesma sessão legislativa. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 44. O Projeto de lei que receber, quanto ao mérito, parecer contrário de todas as
Comissões será tido como rejeitado preliminarmente, sem deliberação plenária, determinando
a Mesa a realização de tal anotação e seu imediato arquivamento. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Subseção IV
Dos Decretos Legislativos, das Resoluções
e dos Atos Da Mesa

Art. 45. O decreto legislativo é a proposição destinada a regular matéria de competên-


cia exclusiva da Câmara, que produz efeitos externos e não depende de sanção do Prefeito.
Parágrafo único. O Decreto Legislativo, aprovado pelo Plenário, obedecido o disposto
no Regimento Interno, será promulgado e publicado pelo Presidente da Câmara.(NR*)
Lei Orgânica do Município de Peruibe - 15
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 46. A resolução é a proposição destinada a regular matéria político-administrativa
da Câmara, de sua competência exclusiva, e não depende da sanção do Prefeito. (NR*)
Parágrafo único. A resolução, aprovada pelo Plenário obedecido o disposto no Regi-
mento Interno, será promulgada e publicada pelo Presidente da Câmara. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 47. Os atos da Mesa destinam-se a regular matéria administrativa e independem
da aprovação do Plenário.

Seção VIII
Da Fiscalização Contábil, Financeira,
Orçamentária, Operacional e Patrimonial

Art. 48. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Município e das entidades da administração direta e indireta, será exercida pela Câmara Muni-
cipal mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada Poder.
§ 1° - Prestará contas qualquer pessoa física, entidade pública ou sociedade de eco-
nomia mista que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre bens e valores públicos ou
pelos quais o Município responda ou que em nome deste assuma obrigações de natureza pe-
cuniária.
§ 2° - Fica assegurado o exame e apreciação das contas do Município, durante 60
(sessenta) dias, anualmente, por qualquer contribuinte, que poderá questionar-lhes a legitimi-
dade, na forma da Lei.
Art. 49. A fiscalização, a cargo da Câmara Municipal, será exercida com o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado, obedecido ao disposto no Artigo 31 da Constituição Federal.
Parágrafo único. O Prefeito remeterá ao Tribunal de Contas do Estado, no prazo legal
para emissão de parecer técnico, as contas do Executivo Municipal englobando a Administra-
ção direta e indireta, com exceção das contas da Câmara apresentadas pela Mesa, separada-
mente, ao Tribunal de Contas do Estado, para fins de controle. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 50. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão em cada Poder, de forma inte-
grada, sistema de controle interno com a finalidade de avaliar o cumprimento das metas pre-
vistas no plano plurianual, execução dos programas de governo e dos orçamentos correspon-
dentes. (NR*)
§ 1° - Os responsáveis pelo controle interno de cada Poder, ao tomarem conhecimento
de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado,
sob pena de responsabilidade solidária, observado o disposto na Lei Complementar Federal
101, de 04 de maio de 2000. (NR*)
§ 2° - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para,
na forma da Lei, denunciar irregularidade perante a Câmara Municipal.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

CAPÍTULO II
Do Poder Executivo
Seção I
Do Prefeito e do Vice-Prefeito
Lei Orgânica do Município de Peruibe - 16
Art. 51. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelo Vice Prefeito, pelos
Secretários Municipais e Diretores de Departamento. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 52. O Prefeito e o Vice-Prefeito, registradas as respectivas candidaturas conjunta-
mente, serão eleitos simultaneamente, por eleição direta, em sufrágio universal e secreto, até
90 (noventa) dias antes do término do mandato de seu antecessor, dentre os brasileiros maio-
res de 21 (vinte e um) anos e no exercício de seus direitos políticos, de conformidade com o
artigo 29 da Constituição Federal.
§ 1° - Se, decorridos 15 (quinze) dias da data fixada para a posse, o Prefeito ou Vice-
Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.
§ 2° - Enquanto não ocorrer a posse do Prefeito, assumirá o Vice-Prefeito e, na falta ou
impedimento deste, o Presidente da Câmara.
§ 3° - No ato de posse, no inicio de cada exercício subseqüente e ao término dos man-
datos, o Prefeito e o Vice-Prefeito farão declaração pública de bens. (NR*)
§ 4° - O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão desincompatibilizar-se no ato da posse.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 53. O Prefeito e o Vice-Prefeito prestarão compromisso, tomarão posse e assumi-
rão os cargos na sessão solene de instalação da Câmara Municipal, no dia 1ºde janeiro do ano
subseqüente à eleição, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir esta Lei Or-
gânica, observar as leis e promover o bem geral do povo de Peruíbe. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 54. O Prefeito não poderá, desde a posse, sob pena de perda do mandato:
I - firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público;
II - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja
demissível “ad nutum”, nas entidades constantes do inciso anterior;
III - ser titular de mais de um cargo ou mandato eletivo;
IV - patrocinar causas em que seja interessada qualquer das entidades referidas no in-
ciso I;
V - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exerça função remunerada.
Art. 55. O Prefeito, o Vice-Prefeito e quem os houver sucedido ou substituído no curso
dos mandatos, poderão ser reeleitos para um único período subseqüente. (NRº)
* Emenda nº 05, de 29/10/1999
Art. 56. Para concorrerem a outros cargos eletivos, o Prefeito e o Vice-Prefeito devem
renunciar aos mandatos até 6 (seis) meses antes do pleito.

Art. 57. O Vice-Prefeito substitui o Prefeito em caso de licença ou impedimento, e o su-


cede no caso de vaga ocorrida após a diplomação.
§ 1° - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, auxi-
liará o Prefeito sempre que por ele convocado para missões especiais.
§ 2° - O Vice-Prefeito não poderá recusar-se a substituí-lo sob pena de extinção do res-
pectivo mandato, com exceção dos casos de impedimento. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 17


Art. 58. Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, assumirá o Presidente
da Câmara. (NR*)
Parágrafo único. Enquanto o substituto legal não assumir, responderá pelo expediente
burocrático da Prefeitura Municipal o Secretário ou o Diretor dos Negócios Jurídicos, vedados
atos típicos do governo, nomeações e afins. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 59. Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, far-se-á eleição 90 (noventa)
dias depois de aberta a última vaga.
§ 1° - Ocorrendo a vacância nos 2 (dois) últimos anos de mandato, a eleição para am-
bos os cargos será feita pela Câmara Municipal, até 30 (trinta) dias depois da última vaga, na
forma da lei.
§ 2° - Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período dos seus ante-
cessores.
Art. 60. O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão ausentar-se do município ou afastar-
se do cargo sem licença da Câmara Municipal, sob pena de perda do mandato, salvo por perí-
odo não superior a 15 (quinze) dias.
Art. 61. O Prefeito poderá licenciar-se:
I - quando a serviço ou em missão de representação do Município, devendo enviar à
Câmara relatório circunstanciado dos resultados de sua viagem;
II - quando impossibilitado do exercício do cargo, por motivos de doença devidamente
comprovada;
III - por motivos particulares.
Parágrafo único. Nos casos dos incisos I e II, o Prefeito licenciado terá direito ao sub-
sídio fixado. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 62. Os subsídios do Prefeito, do Vice Prefeito, dos Secretários Municipais, dos Ve-
readores e do Presidente da Câmara serão fixados pelo Poder Legislativo, de uma Legislatura
para a subseqüente, em parcela única, até 30 (trinta) dias antes das eleições municipais, ob-
servados os limites e critérios estabelecidos pela Constituição Federal. (NR*)
º Emenda nº 22, de 05/05/2008.
Art. 63. (Revogado) * Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 64. (Revogado). * Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 65. A extinção ou a cassação do mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito, bem co-
mo a apuração dos crimes de responsabilidade e das infrações político-administrativas do Pre-
feito ou seu substituto, ocorrerão na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica e na legis-
lação federal.
Art. 66. A lei fixará critérios de indenização de despesas de viagens do Prefeito e dos
Vereadores.
Parágrafo único. A indenização de que trata este artigo não será considerada como
remuneração.

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO

Art. 67. Ao Prefeito compete privativamente:

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 18


I - nomear e exonerar os Secretários e Diretores de Departamentos;
II - exercer, com o auxílio dos Secretários e Diretores de Departamento a direção supe-
rior da administração municipal;
III - elaborar e enviar à Câmara, no prazo legal, os projetos que contenham o Plano Plu-
rianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual do Município, acompanhados dos
documentos e anexos previstos em lei; (NR*)
IV - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;
V - representar o Município em juízo e fora dele, sob assistência da Procuradoria do
Município, na forma estabelecida em lei especial; (NR*)
VI - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir re-
gulamentos para sua fiel execução;
VII - vetar, no todo ou em parte, projetos de lei, na forma prevista nesta Lei Orgânica;
VIII - decretar desapropriações e instituir servidões administrativas, com a total obser-
vância dos requisitos legais e constitucionais; (NR*)
IX - expedir decretos, portarias e outros atos administrativos;
X - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por terceiros, mediante procedimento
próprio; (NR*)
XI - permitir ou autorizar a execução de serviços públicos por terceiros, mediante pro-
cedimento próprio; (NR*)
XII - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração municipal, na for-
ma da Lei;
XIII - Propor a criação, prover e extinguir os cargos públicos municipais, e expedir os
demais atos referentes à situação funcional dos servidores, na forma da Lei; (NR*)
XIV - remeter mensagem e plano de governo à Câmara, por ocasião da abertura da
Sessão Legislativa, expondo a situação do Município e solicitando as providências que julgar
necessárias;
XV - (Revogado); (*)
XVI - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado, no prazo legal, a sua prestação de
contas bem como os balanços do exercício findo, para emissão de parecer e posterior análise
da Câmara Municipal; (NR*)
XVII - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as prestações de
contas exigidas em Lei;
XVIII - fazer publicar os atos oficiais, deles enviando cópia à Câmara no prazo de 5
(cinco) dias;
XIX - prestar à Câmara, dentro de 15 (quinze) dias, as informações solicitadas;
XX - superintender a arrecadação dos tributos, preços e contribuições, bem como a
guarda e aplicação da receita, autorizando as despesas e pagamentos dentro das disponibili-
dades orçamentárias ou dos créditos votados aprovados pela Câmara; (NR*)
XXI - colocar à disposição da Câmara, integralmente e independentemente de requisi-
ção, até o dia 20 (vinte) de cada mês, a parcela correspondente ao duodécimo de sua dotação
orçamentária, sob pena de crime de responsabilidade, na forma do § 2º do art. 29-A da Consti-
tuição Federal; (NR*)
XXII - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem como relevá-las quando impostas
irregularmente, mediante apuração em procedimento próprio. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
XXIII - Comparecer à Câmara Municipal, a cada 90 (noventa dias), acompanhado de,
caso haja necessidade, de Secretários, Diretores e demais funcionários que julgar necessário,
Lei Orgânica do Município de Peruibe - 19
para prestar esclarecimentos sobre seu mandato, bem como com relação às Secretarias, Dire-
torias, Departamentos e Autarquias, sob pena de responsabilidade, exceto em ano de eleições
municipais. (NR*)
* Emenda nº 32, de 30/05/2019

SEÇÃO III
Da Responsabilidade do Prefeito

Art. 68. São infrações político-administrativas sujeitas à apreciação pela Câmara Muni-
cipal e sancionáveis com a cassação do mandato, os atos do Prefeito que atentarem contra:
I - esta Lei Orgânica;
II - o livre exercício do Poder Legislativo;
III - a probidade na Administração, além do decoro ético e moral durante o mandato;
(NR*)
IV - quaisquer outros previstos em legislação específica.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 69. As denúncias contra o Prefeito e o Vice-Prefeito, escritas com a indicação das
provas e a exposição dos fatos, poderão ser feitas por qualquer eleitor do Município, perante a
Câmara Municipal, que poderá recebê-las pela maioria absoluta de seus membros.
§ 1° - Recebida a denúncia, a Câmara Municipal elegerá, na mesma Sessão, Comissão
Especial para apurar a denúncia, nos prazos estabelecidos em Lei pertinente e como dispuser
o Regimento Interno.
§ 2° - Ao Prefeito e ao Vice-Prefeito será sempre assegurada ampla defesa.
§ 3° - Denunciado o Prefeito ou o Vice-Prefeito por crime de responsabilidade elencado
na Legislação Federal, sua apreciação pela Câmara Municipal independerá do pronunciamento
final do Poder Judiciário.
§ 4° - A cassação do mandato do Prefeito ou do Vice-Prefeito por infração político-
administrativa ou por crime de responsabilidade dependerá da aprovação de dois terços dos
membros da Câmara.

Seção IV
Dos Secretários e Diretores do Departamento

Art. 70. Os Secretários e Diretores de Departamento serão escolhidos pelo Prefeito


dentro os brasileiros maiores de 21 (vinte e um) anos, residentes no Município e no exercício
dos direitos políticos.
§ 1º - Os cargos previstos neste Artigo são de livre nomeação e exoneração do Prefei-
to. (NR*)
§ 2º - No ato da posse, no inicio de cada exercício subseqüente e ao término do man-
dato, os secretários e diretores de departamento farão declaração de bens. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 71. A Lei disporá sobre as atribuições dos Secretários e Diretores de Departamen-
tos, como auxiliares diretos do Prefeito, definindo-lhes a competência, deveres e responsabili-
dades.

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 20


Parágrafo único. Os Secretários e Diretores de Departamentos, além de outros deve-
res, ficam obrigados a comparecer à Câmara Municipal sempre que convocados, sob pena de
responsabilidade.

Seção V
Da Procuradoria Geral do Município

Art. 72. Fica criada a Procuradoria Geral do Município da Estância Balneária de Peruí-
be.
Art. 73. A Procuradoria Geral do Município representa o Município judicial e extrajudici-
almente, cabendo-lhe, ainda, as atividades de consultoria e assessoramento do Poder Executi-
vo e, privativamente, a execução da dívida ativa municipal.
Art. 74. São funções institucionais da Procuradoria Geral do Município:
I - representar judicial e extrajudicialmente o Município;
II - exercer as funções de consultoria e assessoria jurídica do Poder Executivo e da
Administração em geral;
III - representar o Executivo perante o Tribunal de Contas;
IV - prestar assessoramento técnico-legislativo ao Prefeito Municipal;
V - promover a cobrança amigável ou judicial da dívida ativa municipal;
VI - propor ação civil pública, representando o Município;
VII - realizar procedimentos disciplinares não regulados por lei especial;
VIII - exercer outras funções que lhe forem conferidas por Lei.
Art. 75. A Procuradoria Geral do Município atenderá com relação aos seus integrantes,
ao disposto nos artigos 37, inciso XII e 39, § 1°, da Constituição Federal. (NR*)
Parágrafo único. O ingresso na carreira de Procurador Municipal se fará mediante
concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da 149a subseção de Peruíbe
da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, inclusive na elaboração de programa e
quesitos das provas, observada, nas nomeações, a ordem de classificação.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 76. A direção superior da Procuradoria Geral do Município compete ao Procurador
Geral, cujo cargo é de provimento em comissão e livre nomeação do Prefeito Municipal, a ser
ocupado por advogado de reputação ilibada e preferentemente com experiência em áreas di-
versas da Administração Municipal. (NRº)
* Emenda nº 10, de 23/08/2001

TÍTULO III
Da Organização do Governo Municipal

CAPÍTULO I
Do Planejamento Municipal

Art. 77. O Município deverá organizar a sua administração, exercer suas atividades e
promover sua política de desenvolvimento urbano dentro de um processo de planejamento
Lei Orgânica do Município de Peruibe - 21
permanente, com a participação da coletividade, atendendo aos objetivos e diretrizes estabele-
cidos no Plano Diretor e mediante adequado Sistema de Planejamento.
§ 1° - O Plano Diretor é o instrumento orientador básico dos processos de ordenamento
e transformação do espaço urbano e rural e de sua estrutura territorial, servindo de referência
para todos os agentes públicos e privados que atuam na cidade, e será elaborado em confor-
midade com os princípios e normas de preservação ambiental previstos nesta Lei Orgânica,
em harmonia com as legislações federal e estadual, em estrita observância ao disposto na Lei
Federal 10.257, de 2.001 - Estatuto das Cidades - e especialmente a referente ao Plano Esta-
dual de Gerenciamento Costeiro – Lei Estadual nº 10.019, de 03 de julho de 1998. (NR*)
§ 2° - Alterações ao Plano Diretor no que concerne à Legislação sobre construção de
edifícios com mais de 2 (dois) andares (térreo mais um), nas áreas compreendidas entre a
Avenida Padre Anchieta e seu prolongamento até a Estância Santa Cruz, na divisa com o Mu-
nicípio de Itanhaém, e a orla marítima, desde o Rio Preto até a divisa com Itanhaém, e nos
bairros do Guaraú, Prainha e Jardim Guaraú (Costão), só poderão ser efetuadas após consulta
à população através de plebiscito, marcado com trinta dias de antecedência, amplamente di-
vulgado e coordenado pelo Legislativo. (NRº)
§ 3° - Sistema de Planejamento é o conjunto de órgãos, normas, recursos humanos e
técnicos voltados à coordenação da ação planejada da administração municipal.
§ 4º - O Plano Diretor deverá ser atualizado, ouvindo-se amplamente a comunidade, pe-
lo menos, a cada 10 (dez) anos. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007 e Emenda nº 08, de 22/03/2001
Art. 78. A delimitação do perímetro urbano, cuja alteração só poderá ser promovida
uma vez por ano, será definida por lei, observado o estabelecido no Plano Diretor ou constar
expressamente do mesmo. (NR*)
Parágrafo único. O Plano Diretor deverá ser atualizado, ouvindo-se amplamente a co-
munidade, no prazo máximo de 10 (dez) anos. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 79. É vedada à administração pública direta e indireta, inclusive fundações instituí-
das ou mantidas pelo poder público, a contratação de serviços e obras de empresas que não
atendam às normas relativas à saúde e segurança no trabalho, à proteção do meio ambiente,
à vedação do trabalho infantil, e que não atendam ainda às normas relativas à inclusão das
pessoas portadoras de deficiência. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 79-A. Fica vedada, no âmbito do Município, a emissão dos compostos químicos
deniminados Óxidos de Nitrogênio (NOx) e de Enxofre (SO2 e SO3) de origem antrópica, pro-
veniente de fonte estacionária, capaz de produzir precipitação atmosférica ácida. (AC*).
Parágrafo único – O disposto neste artigo não se aplica às atividades hoteleiras, do-
mésticas, recreativas, religiosas, festivas, gastronômicas, culinárias, alimentícias e nem a
queima de biomassa. (AC*).
* Emenda nº 31, de 01/02/2018

CAPÍTULO II
Da Administração Municipal

Art. 80. A Administração Pública compreende:


I - Administração direta: secretarias ou órgãos equiparados;

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 22


II - Administração indireta: autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de
economia mista. (NR*)
Parágrafo único. As entidades compreendidas na administração pública municipal se-
rão criadas por lei específica. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 81. A Administração Municipal, direta ou indireta, obedecerá aos princípios da lega-
lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, e eficiência. (NR*)
§ 1° - Todo órgão ou entidade municipal prestará aos interessados, no prazo da Lei,
sob pena de responsabilidade funcional, as informações de interesse particular, coletivo ou ge-
ral, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível, nos casos referidos na Constituição
Federal.
§ 2° - O atendimento à petição formulada em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
abuso de poder, bem como a obtenção de certidões junto a repartições públicas para defesa
de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal, independerá de pagamento
de taxas.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007 e Emenda nº 26, de 04/09/2014.
§ 3º- A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos pú-
blicos ou Entidades Municipais deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação soci-
al, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pesso-
al de autoridades ou Servidores públicos.(NR*)
* Emenda nº 29, de 08/06/2017.
Art. 82. Independentemente da criação, organização e supressão de Distritos, garanti-
das ao Município, na conformidade do Art. 30, inciso IV da Constituição Federal, compete-lhe,
também, a criação de Administrações Regionais dos bairros em que a situação o exigir.
Art. 83. A publicação das leis e atos municipais será feita pela Imprensa Oficial do Mu-
nicípio. (NR*)
§ 1° - A publicação dos atos não normativos poderá ser resumida.
§ 2° - Os atos de efeitos externos, só os produzirão após sua publicação.
§ 3° - (Revogado). (*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

CAPÍTULO III
Das Obras e Serviços Municipais

Art. 84. A realização de obras públicas municipais deverá estar adequada às diretrizes
do Plano Diretor.

Art. 85. Ressalvadas as atividades de planejamento e controle, a administração munici-


pal poderá desobrigar-se da realização material de tarefas executivas, recorrendo, sempre que
conveniente ao interesse público, à execução indireta, mediante concessão ou permissão de
serviço público ou de utilidade pública, verificando que a iniciativa privada esteja suficientemen-
te desenvolvida e capacitada para o seu desempenho.
§ 1° - A permissão para execução ou prestação de serviço público ou de utilidade públi-
ca, sempre a titulo precário, fazendo-se constar o prazo determinado, será outorgada por de-
creto após edital de chamamento de interessados para escolha do melhor pretendente, desde
que o mesmo cumpra todos os requisitos e seja garantida a ampla publicidade do procedimen-
to, sob pena de nulidade. (NR*)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 23


§ 2° - A concessão somente será outorgada mediante autorização legislativa, sendo
formalizada através de contratação precedida de concorrência, sem exclusão dos demais re-
quisitos legais inerentes às contratações com a Administração Pública. (NR*)
§ 3° - O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos ou conce-
didos, desde que executados em desconformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles
que se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários, havendo motivação e justifica-
tiva técnica para tanto. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 86. Lei específica disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos ou
de utilidade pública, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação e as condições de
caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão:
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado;
V - as reclamações relativas à prestação de serviços públicos ou de utilidade pública.
Parágrafo único. As tarifas dos serviços públicos ou de utilidade pública serão fixadas
pelo Executivo, tendo em vista a justa remuneração, quando os serviços forem prestados dire-
tamente, bem como o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos, quando tratar-se de per-
missão ou concessão, o que será analisado mediante apresentação de planilhas de custo de-
talhadas. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 87. Ressalvados os casos específicos na legislação, as obras, serviços, compras,
alienações, serão contratados mediante processo de licitação que assegure igualdade de con-
dições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam as obrigações de pagamento,
mantidas as condições efetivas de proposta, nos termos da Lei, que somente permitirá as exi-
gências de qualificação técnica e econômicas indispensáveis à garantia do cumprimento das
obrigações.
Art. 87-A Todo contrato celebrado, em caráter emergencial, entre a Prefeitura Municipal
e fornecedores ou prestadores de serviços, deverá ter cópia encaminhada à Câmara Munici-
pal, no prazo máximo de sete (07) dias, contados a partir da assinatura do mesmo, devendo
também ser publicado no Boletim Oficial do Município, até a segunda edição subseqüente à
assinatura do referido contrato (ACº)
* Emenda nº 20, de 24/04/2006
Art. 88. O Município poderá realizar obras e serviços de interesse comum mediante
convênio com o Estado, a União, entidades particulares desde que haja autorização através de
lei específica ou consórcio com outros Municípios. (NR*)
§ 1° - A constituição de convênios e consórcios intermunicipais dependerá de autoriza-
ção legislativa.
§ 2° - Os consórcios manterão um Conselho Consultivo do qual participarão os Municí-
pios integrantes, além de uma autoridade executiva e um Conselho Fiscal de munícipes não
pertencentes ao serviço público.
§ 3° - Independerá de autorização legislativa e das exigências estabelecidas no pará-
grafo anterior o consórcio constituído entre Municípios para a realização de obras e serviços
cujo valor não atinja o limite exigido para licitação mediante convite.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

CAPÍTULO IV

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 24


Dos Bens Municipais

Art. 89. Constituem bens municipais todas as coisas móveis e imóveis, direitos e ações
que, a qualquer título, pertençam ao Município.
Art. 90. Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a competên-
cia da Câmara quanto àqueles utilizados em seus serviços.
Art. 91. A alienação dos bens municipais, subordinada à existência de interesse público
devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes nor-
mas:
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência, dispensada a
concorrência nos casos de permuta e de doação, devendo constar obrigatoriamente do contra-
to os encargos do donatário, o prazo de seu cumprimento e a cláusula de retrocessão, sob pe-
na de nulidade do ato. (NR*)
* Emenda nº 25, de 26/01/2012
II – quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos casos de permuta e
doação, sendo neste último caso permitida a dispensa exclusivamente para fins de interesse
social. (NR*)
* Emenda nº 25, de 26/01/2012
a) (Revogado);(*)
b) (Revogado);(*)
c) (Revogado); (*)
d) (Revogado); (*)
§ 1° - O Município poderá outorgar concessão de direito real de uso, por prazo determi-
nado, mediante prévia autorização legislativa e licitação na modalidade concorrência; (NR*)
§ 2° - A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas remanescentes e
inaproveitáveis para edificação, resultantes de obra pública, dependerá apenas de prévia ava-
liação e autorização legislativa, sendo que as áreas resultantes de modificação de alinhamento
serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam aproveitáveis ou não. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 92. A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá de prévia
avaliação e autorização legislativa.
Art. 93. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão, ou autorização, conforme o caso e quando houver interesse público devidamente
justificado.
§ 1° - A concessão de uso dos bens públicos de usos especiais e dominiais dependerá
de lei específica e licitação na modalidade concorrência, formalizando-se através de contrato
administrativo que disciplinará os termos da concessão, sob pena de nulidade do ato, podendo
ser dispensada mediante Lei quando o uso se destinar às entidades assistenciais, declaradas
de utilidade pública, havendo interesse público relevante, devidamente justificado. (NR*)
§ 2° - A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente será outor-
gada mediante autorização legislativa, e prévia desafetação, quando esta não for vedada.
(NR*)
§ 3° - A permissão será feita a título precário, por decreto, revogável a qualquer tempo,
sem ônus para o Município, pelo prazo máximo de 360 (trezentos e sessenta) dias, podendo
este prazo ser superior mediante autorização legislativa. (NRº)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 25


§ 4° - A autorização será feita por portaria, para atividades ou usos específicos e transi-
tórios, pelo prazo máximo de 30 (trinta) dias, salvo quando para o fim de formar canteiro de
obra pública, caso em que o prazo corresponderá ao da duração da obra.
º Emenda nº 04, de 27/08/1999 e * Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 94. (Revogado). * Emenda nº 21, de 17/12/2007.
Art. 95. Poderá ser permitido a particular, com aprovação do Legislativo, a título onero-
so ou gratuito, conforme o caso, o uso do subsolo ou do espaço aéreo de logradouros públicos
para construção de passagem destinada à segurança ou conforto dos transeuntes e usuários
ou para outros fins de interesse urbanístico.

CAPÍTULO V
Dos Servidores Municipais

Art. 96. O Município estabelecerá em Lei o regime jurídicos de seus servidores, aten-
dendo às disposições, aos princípios e aos direitos que lhes são aplicáveis pela Constituição
Federal, dentre os quais os concernentes a:
I - salário mínimo capaz de atender às necessidades vitais básicas do servidor e de sua
família;
II - irredutibilidade dos salários ou vencimentos;
III - garantia de salário nunca inferior ao mínimo para os que percebem remuneração
variável;
IV - décimo terceiro salário, com base na remuneração integral ou no valor da aposen-
tadoria;
V - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
VI - salário-família aos dependentes;
VII - duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas diárias e 40 (quarenta)
semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, na forma da Lei;
VIII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
IX - serviço extraordinário com remuneração no mínimo superior em 50% (cinquenta
por cento) à do normal;
X - gozo de férias anuais remuneradas em pelo menos um terço a mais do que o salá-
rio normal;
XI - licença remunerada à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a dura-
ção de 120 (cento e vinte) dias, bem como licença paternidade, nos termos fixados em Lei;
XII - redução de riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
XIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na
forma da Lei;
XIV - proibição de diferença de salário e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil.
Art. 97. É garantido o direito à livre associação sindical, nos termos do disposto na
Constituição Federal.
Art. 98. A primeira investidura em cargo ou emprego público depende sempre de apro-
vação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 26


para cargo em comissão declarado em Lei de livre nomeação e exoneração e as funções tem-
porárias, para as quais será obrigatória a realização de processo seletivo simplificado. (NR*)
Parágrafo único. O prazo de validade de concurso será de até dois anos, prorrogável
por uma vez, por igual período. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 99. Será convocado para assumir cargo ou emprego aquele que for aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos, com prioridade, durante o prazo previsto no
edital de convocação, sobre novos concursados, na carreira.
Art. 100. O Município instituirá regime jurídico para os servidores da administração pú-
blica direta, das autarquias e fundações públicas, bem como planos de carreira, de aplicabili-
dade obrigatória, sob pena de responsabilidade. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 101. São estáveis, após 3 (três) anos de efetivo exercício, os servidores nomeados
em virtude de concurso público. (NR*)
§ 1° - O servidor público estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada em julgado, ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla
defesa.
§ 2° - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reinte-
grado e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito
a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço. (NR*)
§ 3° - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável ficará em
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço até seu adequado aprovei-
tamento em outro cargo. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 102. Os cargos em comissão e funções de confiança da administração pública se-
rão de livre nomeação e exoneração pelo Prefeito e os da Câmara Municipal pela Mesa Direto-
ra. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 103. Lei específica reservará percentual dos empregos públicos para as pessoas
portadoras de deficiências e definirá os critérios de sua admissão.
Art. 104. Lei específica estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado,
para atender necessidade temporária de excepcional interesse público, mediante processo se-
letivo simplificado. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 105. São aplicáveis aos servidores municipais, no que couber, as disposições do
art. 40 da Constituição Federal, em especial no que tange à aposentadoria e aos benefícios
previdenciários e nos termos da legislação municipal específica. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Art. 106. A revisão geral anual, com base no inciso X do art. 37, da Constituição Fede-
ral, será feita na mesma data e sem distinção de índices, aplicável aos Agentes Políticos, des-
de que haja expressa disposição legal. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 107. A Lei fixará o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor
remuneração dos servidores públicos da administração direta ou indireta, observado, como li-
mite máximo, os valores percebidos como remuneração pelo Prefeito.

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 27


Art. 108. Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo.
Art. 109. A Lei assegurará aos servidores da administração direta, isonomia de venci-
mentos entre cargos de atribuições iguais ou assemelhados no mesmo Poder, ou entre servi-
dores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as
relativas à natureza ou ao local de trabalho.
Art. 110. É vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos para efeito de remune-
ração de pessoal de servidor público municipal, ressalvado o disposto no Artigo anterior.
Art. 111. É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando hou-
ver compatibilidade de horários:
a) de dois cargos de professor; (NR*)
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; (NR*)
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profis-
sões regulamentadas. (NR*)
Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a empregos e funções e
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas sub-
sidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 112. Os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão compu-
tados nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título
ou idêntico fundamento.
Art. 113. Os cargos públicos serão criados por Lei, que fixará sua denominação, padrão
de vencimentos, condições de provimento, descrição de suas atribuições e indicará os recur-
sos pelos quais serão pagos seus ocupantes. (NR*)
Parágrafo único. A criação e extinção dos cargos da Câmara, bem como a fixação e
alteração de seus vencimentos, dependerão de projeto de lei de iniciativa da Mesa Diretora.
(NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 114. O Servidor Municipal será responsável civil, criminal e administrativamente pe-
los atos que praticar no exercício do cargo ou função, ou a pretexto de exercê-lo.
Parágrafo único. Caberá ao Prefeito e ao Presidente da Câmara decretar a prisão ad-
ministrativa dos servidores que lhes sejam subordinados, quando forem praticados, nas res-
pectivas dependências, crimes onde fique caracterizado o flagrante, em especial no trato do
dinheiro público, lesão ao erário, dano aos bens públicos e demais casos previstos. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 115. O Servidor Municipal poderá exercer mandato eletivo, obedecidas às disposi-
ções legais e constitucionais vigentes. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Art. 116. O Município estabelecerá, por Lei, o regime previdenciário de seus servidores.

TÍTULO IV
Da Administração Financeira
CAPÍTULO I
Dos Tributos Municipais

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 28


Art. 117. Compete ao Município instituir e, observada sua competência, arrecadar os
seguintes tributos: (NR*)
I - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana;
II - Imposto sobre Transmissão “Inter-Vivos” a qualquer título, por ato oneroso:
a) de bens imóveis de natureza ou acessão física;
b) de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia;
c) cessão de direitos para aquisição de imóvel;
III - (Revogado); (*)
IV - Imposto Sobre Serviço, de qualquer natureza, não incluídos na competência esta-
dual compreendida no Artigo 155, I, “b” da Constituição Federal, definidos em Lei complemen-
tar;
V - Taxas:
a) em razão do exercício do poder de polícia;
b) pela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, pres-
tados ao contribuinte ou postos à sua disposição;
VI - Contribuição de melhoria, decorrente de obra pública;
VII - Contribuição para custeio de sistemas de previdência e assistência social;
VIII - Contribuição para o custeio da iluminação pública. (NR*)
§ 1° - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, na forma a ser estabeleci-
da em Lei, de modo a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.
§ 2° - O imposto previsto no inciso II:
a) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de
pessoas jurídicas em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos de-
correntes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses ca-
sos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos,
locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
b) incide sobre imóveis situados na zona territorial do Município.
§ 3° - As taxas não poderão ter a mesma base de cálculo dos impostos.
§ 4° - A contribuição prevista no inciso VII será cobrada dos servidores municipais e em
benefício destes.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

Art. 118. Anualmente, dentro de 180 dias após o encerramento do exercício, os créditos
fiscais não quitados deverão estar inscritos na dívida ativa, dispondo o Departamento Jurídico
de mais 12 meses para ajuizá-los para Execução Fiscal.(NRº)
Parágrafo Único – Antes de ajuizada a execução fiscal do débito, deve ser promovida,
obrigatoriamente, pelo menos uma cobrança amigável. (NRº)
º Emenda nº 13, de 22/02/2002

CAPÍTULO II
Das Limitações ao Poder de Tributar

Art. 119. É vedado ao Município:

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 29


I - exigir ou aumentar tributo sem que a Lei o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equi-
valente, observada a proibição constante do Artigo 150, inciso II, da Constituição Federal;
III - cobrar tributos:
a) relativamente a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da Lei que os
houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a Lei que os instituiu ou
aumentou;
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - instituir imposto sobre:
a) patrimônio e serviços da União e dos Estados;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio e serviços dos partidos políticos, das suas fundações, das entidades sin-
dicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrati-
vos, atendidos os requisitos da Lei;
VI - conceder qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previden-
ciária, senão mediante a edição de lei municipal específica, que traga as medidas de compen-
sação visando evitar a renúncia de receita prevista na Lei Complementar Federal nº 101, de 04
de maio de 2.000 - Lei de Responsabilidade Fiscal. (NR*)
VII - estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza em ra-
zão de sua procedência ou destino;
VIII - instituir taxas que atentem contra:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade
ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclare-
cimentos de situações de interesse pessoal.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007

CAPITULO III
Do Orçamento

Art. 120. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
§ 1° - A Lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma setorizada, as diretri-
zes, objetivos e metas da Administração para as despesas de capital e outras delas decorren-
tes, bem como as relativas aos programas de duração continuada.
§ 2° - A Lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da admi-
nistração, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a
elaboração da Lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.
§ 3° - O Poder Executivo publicará, até 30 (trinta) dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório da execução orçamentária, disponibilizando-o inclusive por meios eletrôni-
cos. (NR*)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 30


§ 4° - Os planos e programas setoriais serão elaborados em consonância com o plano
plurianual e apreciados pela Câmara Municipal.
§ 5° - A elaboração dos projetos de Lei previstos no caput deste artigo será precedida
de audiências públicas regionais com a população, na forma da Lei. (ACº)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007 e º Emenda nº 06 de 25/11/1999
§ 6º. O Prefeito(a) enviará à Câmara Municipal: (AC*)
I- Até 30 de junho do primeiro ano de mandato do Prefeito(a), o Projeto de Lei dispon-
do sobre o Plano Plurianual;
II- Até 30 de junho, anualmente, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias; e
III- Até 30 de setembro, anualmente, o Projeto de Lei da Proposta Orçamentária para o
exercício seguinte.
* Emenda nº 23, de 23/03/2009
Art. 121. A Lei orçamentária anual compreenderá:
I - O orçamento fiscal referente aos Poderes Municipais, fundos, órgãos e entidades da
administração direta e indireta inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - O orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta ou indire-
tamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;
III - O orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela
vinculados, da administração direta ou indireta, bem como fundos e fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público.
§ 1° - O projeto de Lei orçamentário será instruído com demonstrativo setorizado do
efeito sobre as receitas e despesas decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
§ 2° - A Lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para a abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, inclusive por antecipação de receita nos
termos da Lei.
Art. 122. Os projetos de Lei relativos ao orçamento anual, ao plano plurianual, às dire-
trizes orçamentárias e aos créditos adicionais serão apreciados pela Câmara Municipal na for-
ma de seu Regimento.
§1º - Caberá à Comissão de Finanças e Orçamento:
I - examinar e emitir parecer sobre projetos e programas e bem assim sobre as contas
apresentadas pelo Prefeito;
II - exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária.
III - promover, ao final de cada quadrimestre, Audiências Públicas para verificação do
cumprimento das Metas Fiscais, por parte do Executivo. (NR*)
§ 2° - As emendas aos projetos serão apresentadas à Comissão, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas pela Câmara Municipal. (NR*)
§ 3° - As emendas ao projeto de Lei do orçamento anual de créditos adicionais somente
poderão ser aprovadas quando:
I - compatíveis com o plano plurianual e com a Lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação
de despesas e excluídos os que incidem sobre:
a) dotação para pessoal e seus encargos;
b) serviços da dívida;

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 31


III - relacionados com a correção de erros ou omissões;
IV - relacionados com os dispositivos do texto do projeto de Lei.
§ 4° - As emendas ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias somente poderão ser
aprovadas quando compatíveis com o plano plurianual.
§ 5° - O Poder Executivo poderá enviar mensagem à Câmara para propor modificação
nos projetos a que se refere este Artigo enquanto não iniciada a votação, na Câmara, da parte
cuja alteração é proposta.
§ 6° - Os projetos de Lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orça-
mento anual serão enviados pelo Prefeito à Câmara Municipal, obedecidos aos critérios a se-
rem estabelecidos em Lei complementar.
§ 7° - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariar o dis-
posto neste Capítulo, as demais normas relativas ao processo legislativo.
§ 8° - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda, ou rejeição do projeto de Lei
Orçamentário anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados mediante
créditos especiais suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
§ 9º As emendas individuais ao Projeto de Lei Orçamentária serão aprovadas no limite
de 1% (um por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder
Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos
de saúde. (AC*)
§ 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previsto
no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso III do § 2º do art.
198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais. (AC*)
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se
refere o § 9º deste artigo, em montante correspondente a 1 (um por cento) da receita corrente
líquida realizada no exercício anterior, conforme critérios para a execução equitativa da pro-
gramação. (AC*)
§ 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste artigo não serão de exe-
cução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica. (AC*)
§ 13. Lei complementar disporá sobre os critérios para a execução equitativa, além de
procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumpri-
mento de restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a realiza-
ção do disposto no § 11 deste artigo. (AC*)
§ 14. No caso de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre
a programação, na forma do § 11 deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas: (AC*)
I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo
enviará ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento;
II - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I, o Poder Legislativo
indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo impedimento seja insupe-
rável;
III - até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder Executivo encaminha-
rá projeto de lei sobre o remanejamento da programação cujo impedimento seja insuperável;
IV - se, até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso III, o Poder Legis-
lativo não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será implementado por ato do Poder
Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária.
§ 15. Após o prazo previsto no inciso IV do § 14 deste artigo, as programações orça-
mentárias previstas no § 11 não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos
justificados na notificação prevista no inciso I do § 14 deste artigo. (AC*)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 32


§ 16. Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execu-
ção financeira prevista no § 11 deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior. (AC*)
§ 17. Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no
não cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, o
montante previsto no § 11 deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da limi-
tação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias. (AC*)
§ 18. Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que
atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da au-
toria. (AC*)
* Emenda nº 27, de 06/08/2015.
Art. 123. São vedados:
I - o início de programas ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária anual;
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais;
III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com finali-
dade precisa, aprovados pela Câmara por maioria absoluta;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a desti-
nação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como estabelecido na
Constituição Federal, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de
receita;
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e
sem indicação dos recursos correspondentes;
VI - a transposição, o remanejamento ou transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
VII - concessão ou utilização de créditos ilimitados;
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos
fiscal e da seguridade social para suprir necessidades ou cobrir déficit de empresas, fundações
e fundos;
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.
§ 1° - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem Lei que autorize a inclusão, sob
pena de crime de responsabilidade.
§ 2° - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao
orçamento no exercício financeiro subseqüente.
§ 3° - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender a despe-
sas imprevisíveis e urgentes.
Art. 124. Os recursos correspondentes a dotações orçamentárias, inclusive créditos
suplementares e especiais, destinados ao Poder Legislativo, lhe serão entregues até dia 20
(vinte) de cada mês, sob pena de responsabilidade do Chefe do Executivo. (NR*)
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 125. A despesa total com pessoal em cada período de apuração não poderá exce-
der a 60% (sessenta por cento) da receita corrente líquida, sendo:
I – 6% (seis por cento) para Legislativo.

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 33


II – 54% (cinqüenta e quatro por cento) para o Executivo.
Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a
criação de cargos ou alteração de estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive funda-
ções instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender as projeções de des-
pesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
II - se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as
empresas públicas e as sociedades de economia mista.
* Emenda nº 17, de 15/05/2003

TÍTULO V
Da Ordem Social E Econômica
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Seção I

Art. 126. Ao Município, dentro de sua competência, cumpre assegurar o bem-estar so-
cial, garantindo acesso aos bens e serviços essenciais e ao desenvolvimento individual e cole-
tivo.
Parágrafo único. É assegurado o direito de reunião pacífica, sem armas, em locais
abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não se frustre outra reunião
convocada anteriormente para o mesmo local, sendo apenas exigido aviso prévio à autoridade
competente.
Art. 127. O Município garantirá, em seu território, o planejamento e desenvolvimento de
programas que viabilizem, no âmbito de sua competência, os princípios de seguridade social
previstos nos Artigos 194 e 195 da Constituição Federal.

Seção II
Da Saúde

Art. 128. A Saúde é direito de todos e dever do Poder Público, garantido mediante polí-
tica social e econômica que vise à redução de risco de doença e de outros agravos e ao aces-
so universal e igualitário às ações e serviços de saúde, em todos os níveis, garantindo-se a
aplicação mínima de 15% (quinze por cento) da receita do Município nas ações corresponden-
tes, sendo esse percentual progressivo na forma da Constituição Federal. (NR*)
§ 1° - O Município, integrando o Sistema Único de Saúde definido na Constituição Fe-
deral, prestará, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de
atendimento à saúde da população.
§ 2° - As ações e serviços da Saúde são de relevância pública, cabendo ao Poder Pú-
blico Municipal dispor, nos termos da Lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,
nos limites de sua competência, devendo a execução ser feita diretamente ou através de ter-
ceiros e também por pessoa física ou jurídica de direito privado.
§ 3° - As ações e serviços de Saúde pública integram uma rede regionalizada e hierar-
quizada e constituem o sistema estadual de Saúde, organizado de acordo com as seguintes
diretrizes:

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 34


I - Municipalização dos recursos, serviços e ações com posterior regionalização dos
mesmos;
II - integralidade na prestação das ações, preventivas e curativas.
§ 4° - A assistência à Saúde é livre à iniciativa privada.
§ 5° - As instituições privadas poderão participar de forma complementar do Sistema
Único de Saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio,
tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.
§ 6° - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções a insti-
tuições privadas com fins lucrativos.
§ 7° - É vedada a cobrança ao usuário pela prestação de serviços de assistência à Sa-
úde mantidos pelo Poder Público ou serviços privados contratados ou conveniados pelo Siste-
ma Único de Saúde.
§ 8° - A rede conveniada ou contratada é responsável pela qualidade dos serviços pres-
tados, podendo o Município fiscalizar, intervir ou desapropriar os serviços de natureza privada
necessários ao alcance dos objetivos do sistema, de conformidade com a Lei.
* Emenda nº 21, de 17/12/2007
Art. 129. Ao Município compete, além das atribuições do Sistema Único de Saúde, nos
termos da Lei, promover:
I - vigilância sanitária;
II - vigilância epidemiológica;
III - saúde do trabalhador, do idoso, da mulher, da criança, do adolescente e de porta-
dores de deficiência física;
IV - formação de consciência sanitária na primeira idade, através do ensino primário;
V - serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a União e o Estado, bem
como com as iniciativas particulares e filantrópicas;
VI - combate às moléstias contagiosas e infecto-contagiosas;
VII - combate ao uso de tóxicos;
VIII - serviço de assistência à maternidade e à infância;
IX - inspeção médica de caráter obrigatório nos estabelecimentos de ensino municipal.
Art. 130. Ficam criadas no âmbito do Município duas instâncias colegiadas de caráter
deliberativo: a conferência e o conselho municipal de saúde.
§ 1° - A conferência municipal de saúde, convocada pelo Prefeito Municipal com ampla
representação da comunidade, objetiva a avaliar a situação do Município e fixar as diretrizes da
política municipal de saúde.
§ 2° - O Conselho Municipal de Saúde, com sua composição, organização e competên-
cia fixadas em Lei, contará, na elaboração e controle das políticas de Saúde, bem como na
formulação, fiscalização e acompanhamento do Sistema Único de Saúde, com a participação
de representantes da comunidade, em especial, dos trabalhadores, entidades e prestadores de
serviços da área de Saúde.
Art. 131. É vedada a nomeação ou designação, para cargo ou função de chefia ou as-
sessoramento na área de Saúde, em qualquer nível, de pessoa que participe da direção, ge-
rência ou administração de entidades que mantenham contrato, ou convênio com o SUS, a ní-
vel municipal, ou seja por ele credenciada.

Seção III
Da Promoção Social
Lei Orgânica do Município de Peruibe - 35
Art. 132. O Município, dentro de sua competência, regulará a assistência social favore-
cendo e coordenando as iniciativas particulares que visem este objetivo.
§ 1° - Caberá ao Município promover e executar as obras que, por sua natureza e ex-
tensão, não possam ser atendidas pelas instituições de caráter privado.
§ 2° - O programa de promoção social do Município, com a participação da comunidade
nos termos que a lei estabelecer, terá por objetivo a correção dos desequilíbrios do sistema
social e a recuperação dos elementos desajustados, visando ao desenvolvimento social e har-
mônico, consoante previsto no Artigo 203 da Constituição Federal.
§ 3° - O Município poderá criar e regulamentar o Programa de Integração do Menor Ca-
rente à Sociedade e o vinculará ao Departamento de Promoção Social.
§ 4° - O Município promoverá a distribuição eqüitativa anual de subvenção específica a
Entidades de caráter filantrópico, de assistência Social e de Amparo ao Menor e à Velhice, re-
gularmente constituídas, de âmbito efetivo e estritamente local, sediadas e em plena atividade
neste Município.

CAPÍTULO II
Da Educação, da Cultura, dos Esportes e Lazer
Seção I
Da Educação

Art. 133. A educação, ministrada com base nos princípios estabelecidos nas Constitui-
ções Federal e Estadual, inspirada nos ideais de liberdade e solidariedade humana, tem por
objetivos:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram
acesso na idade própria;
II - atendimento em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade;
III - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suple-
mentares abrangendo material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde;
IV - o desenvolvimento integral da personalidade humana e a sua participação na obra
do bem comum;
V - o preparo do indivíduo para o domínio dos conhecimentos científicos e tecnológicos.
Art. 134. O órgão próprio de Educação do Município será responsável pela elaboração
de normas e funcionamento das creches, das pré-escolas e do ensino público e privado do
Município.
§ 1° - Constituirá exigência indispensável à matricula a apresentação de atestado de
vacina contra moléstias infecto-contagiosas.
§ 2° - Nos três níveis de ensino, será estimulada a prática de esportes individuais e co-
letivos, como complemento à formação integral do indivíduo.
§ 3° - Com vistas à complementação da formação integral do indivíduo, será estimulada
a educação cívica, com o aprendizado dos Hinos Nacional e do Município.
§ 4° - É permitida a matrícula no ensino fundamental a partir dos seis anos de idade,
desde que plenamente atendida a demanda das crianças de sete anos de idade.
§ 5° - Ecologia, Meio Ambiente, Turismo, Cidadania e Direitos Humanos, passam a
constar do currículo escolar, obrigatoriamente. (NRº)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 36


º Emenda nº 15, de 16/05/2002
Art. 135. O ensino é livre na iniciativa privada, atendido o cumprimento das normas ge-
rais de Educação.
Art. 136. O Município aplicará, anualmente, no ensino fundamental público nunca me-
nos de 25% (vinte e cinco por cento) da receita proveniente de impostos, compreendida a pro-
veniente de transferência.
Art. 137. Ao Município compete suplementar, quando necessário, a legislação Federal
e a Estadual dispondo sobre a Educação.

Seção II
Da Cultura

Art. 138. O Município promoverá o acesso às fontes de Cultura e apoiará e incentivará


a valorização e a difusão de suas manifestações.
Art. 139. Constituem patrimônio cultural do Município os bens de natureza material e
imaterial nos quais se incluem:
I - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinadas às mani-
festações artístico-culturais;
II - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, turístico, artístico, ar-
queológico, paleontológico, ecológico e científico.
Art. 140. O Poder Público incentivará a livre manifestação cultural mediante:
I - criação, manutenção e abertura de espaços públicos devidamente equipados e ca-
pazes de garantir a produção, divulgação e apresentação das manifestações culturais e artísti-
cas;
II - desenvolvimento de intercâmbio cultural e artístico com os demais Municípios, inte-
gração de programas culturais e apoio à instalação de casas de cultura e de bibliotecas públi-
cas;
III - preservação dos documentos, obras e demais registros de valor histórico ou cientí-
fico.

Seção III
Dos Esportes e Lazer

Art. 141. O Município apoiará e incentivará as práticas esportivas como direito de todos,
e o lazer como forma de integração social.
Art. 142. As ações do Poder Público e a destinação de recursos orçamentários para o
setor darão prioridade:
I - ao esporte educacional e ao esporte comunitário;
II - ao lazer popular;
III - à construção e manutenção de espaços devidamente equipados para as práticas
esportivas e o lazer;
IV - à promoção, estímulo e orientação à prática e difusão da educação física, em es-
pecial nas escolas municipais.
Parágrafo único. O Município estimulará e apoiará as entidades e associações dedica-
das às práticas esportivas.

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 37


CAPÍTULO III
Da Ciência e Tecnologia

Art. 143. O Município apoiará e estimulará instituições e empresas que invistam em


pesquisas e criação de tecnologia, particularmente aquelas voltadas às peculiaridades do Mu-
nicípio.

CAPÍTULO IV
Da Comunicação Social

Art. 144. O Município promoverá a publicidade dos atos, programas, obras e campa-
nhas do Legislativo e do Executivo, que deverão ter caráter educativo, informativo ou de orien-
tação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promo-
ção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

CAPÍTULO V
Da Defesa do Consumidor

Art. 145. O Município promoverá a Defesa do Consumidor, firmando convênios com o


Estado e a União, regulando, através de Lei, a orientação e os meios de fiscalização e punição
necessários.
Parágrafo único. O Município poderá criar, através de Lei, órgão de deliberação e
apoio ao Consumidor.

CAPÍTULO VI
Da Política Urbana

Art. 146. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Munici-
pal, conforme diretrizes gerais em Leis, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais e garantir o bem-estar de seus habitantes.
§ 1° - O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o instrumento básico da polí-
tica de desenvolvimento e de expansão urbana.
§ 2° - Dar-se-á publicidade às alterações propostas ao Plano Diretor, em jornais locais,
no prazo mínimo de 30 (trinta) dias, antes da aprovação da proposição.
§ 3° - As desapropriações de imóveis serão feitas com prévia e justa indenização em
dinheiro.
§ 4° - O Executivo, com a prévia autorização do Legislativo, poderá criar o Fundo Muni-
cipal de Desenvolvimento Habitacional, cuja função visará, unicamente, a criação de núcleos
habitacionais, para atender os trabalhadores que percebem de 1 (hum) a 5 (cinco) salários mí-
nimos.
Art. 147. O direito à propriedade é inerente à natureza do homem, dependendo seu uso
da conveniência social.

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 38


Parágrafo único. O Município poderá, mediante Lei específica, para área incluída no
Plano Diretor, exigir, nos termos da Lei Federal, do proprietário do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento sob pena de:
I - parcelamento ou edificação compulsória;
II - Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante título da dívida pública, com prazo de
resgate de até 10 (dez) anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor da
indenização e os juros legais.
Art. 148. A liberação de lotes caucionados pela aprovação de loteamentos fica condici-
onada a aprovação pelo Departamento de Obras, atestando a regular e efetiva implantação de
rede de energia elétrica e iluminação das vias públicas, rede de água, sistema de drenagem
necessário ao loteamento, guias, sarjetas e calçamento em pelo menos 60% do loteamento.
Parágrafo único. Fica o loteador desobrigado a implantar calçamento em vias públicas
em caso de loteamentos populares de caráter social, visando população de baixa renda. (ACº)
º Emenda nº 02, de 12/11/1998
Art. 149. O Município, em consonância com a sua política urbana e urbanística, asse-
gurará:
I - A criação e manutenção de áreas de especial interesse histórico, urbanístico, ambi-
ental, turístico e de utilização pública;
II - a observância das normas urbanísticas, de higiene e qualidade de vida;
III - a restrição à utilização de áreas de riscos geológicos;
IV - a urbanização, regularização de áreas ocupadas pela população de baixa renda.
Art. 150. Lei Complementar específica regulamentará a política de incentivo à agricultu-
ra e à agropecuária, nos termos dos Artigos 184 a 191 da Constituição Federal.

CAPÍTULO VII
Do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Seção I

Art. 151. O Município promoverá, sempre que possível com a participação da coletivi-
dade, a preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente, nomea-
damente:
I - promovendo educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
II - protegendo a fauna e a flora, vedadas na forma da Lei as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica e provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a
crueldade;
III - promovendo o reflorestamento, em especial às margens dos rios, visando a sua pe-
renidade;
IV - incentivando e auxiliando tecnicamente as Associações de Proteção ao Meio Ambi-
ente, constituídas na forma da Lei, respeitando a sua autonomia e independência de atuação;
V - instituindo programas especiais mediante a integração de todos os seus órgãos ob-
jetivando incentivar os proprietários rurais a executarem a prática de conservação do solo e
dos cursos de água, de preservação e reposição das matas ciliares e replantio de espécies na-
tivas;

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 39


VI - mantendo o Conselho Comunitário de Defesa do Meio Ambiente (CONDEMA), cu-
jas atividades e funcionamento serão regulamentadas em Lei Complementar específica;
VII - especificando, através de Lei Complementar, as árvores consideradas como imu-
nes ao corte.
§ 1° - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma
da Lei.
§ 2° - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os in-
fratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas independentemente
da obrigação de reparar os danos causados.
§ 3° - O Município envidará esforços para participar das gestões, em qualquer âmbito
da administração pública, que envolvam questões ambientais em locais geograficamente loca-
lizados em seus limites administrativos e/ou territoriais.
Art. 152. O Executivo garantirá, anualmente, em seu Orçamento, recursos suficientes
destinados à arborização da Zona Urbana, utilizando árvores frutíferas de médio e grande por-
te.
Parágrafo único. Os loteamentos que programarem, em seus cronogramas de obras,
a arborização, serão fiscalizados objetivando a efetiva implantação de tais programas.
Art. 153. São áreas de proteção permanente:
I - os manguezais;
II - as áreas estuarinas;
III - as nascentes, os mananciais e as matas ciliares;
IV - as restingas;
V - as áreas que abriguem exemplares raros da fauna e flora, bem como aquelas que
sirvam como local de pouso ou reprodução de espécies migratórias;
VI - as árvores significativas existentes na área urbana;
VII - as áreas verdes e os parques públicos necessários ao lazer e à qualidade de vida
da população;
VIII - as paisagens notáveis definidas em Lei;
IX - os prédios, os monumentos e as áreas de valor histórico, cultural ou arqueológico,
como as Ruínas do Abarebebê e o Caminho do Imperador, e os edifícios urbanos que fazem
parte da identidade histórica, cultural e ambiental do Município;
X - a área da Estação Ecológica da Juréia-Itatins, compreendida no município de Peruí-
be.

Art. 154. Todo e qualquer projeto de desenvolvimento sustentado, para as áreas de re-
serva ecológica e preservação ambiental, no perímetro da administração de Peruíbe, só será
levado à prática se previamente receber a aprovação do Legislativo e do Executivo Municipais.
Art. 155. O Município, em conjunto com o Estado, providenciará para que as comuni-
dades caiçaras, ribeirinhas e rurais, já existentes, tenham a garantia de permanecer, inclusive
sem prejuízo de suas atividades produtivas, no interior das reservas ecológicas que abrangem
áreas limítrofes do Município de Peruíbe.

Seção II
Do Saneamento

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 40


Art. 156. Lei Complementar específica estabelecerá a política das ações e obras de sa-
neamento básico, obedecidos os princípios estabelecidos no Artigo 215 da Constituição do Es-
tado de São Paulo.
Art. 156-A (Revogado) (º Emenda nº 19, de 16/09/2005)

Seção III
Do Turismo

Art. 157. O Município de Peruíbe, como Estância Balneária, tem no Turismo a sua vo-
cação primeira.
Parágrafo único. Lei Complementar específica regulamentará a freqüência das praias
e das atrações turísticas, bem como as normas que regerão todas as atividades relacionadas
com o Turismo.

TÍTULO VI
Das Disposições Gerais

Art. 158. A emancipação político-administrativa do Município será comemorada anual-


mente no dia 18 de fevereiro, feriado municipal.
Art. 159. O Prefeito Municipal enviará à Câmara, no último mês de cada exercício, rela-
ção dos servidores municipais, na qual conste a forma e data da contratação, o cargo e o ven-
cimento completo do mês imediatamente anterior.
Art. 160. Nenhuma isenção seja de que natureza for, poderá ser concedida sem prévia
autorização legislativa.
Art. 161. O Município providenciará, com a colaboração do Estado, a abertura e manu-
tenção de acessos públicos às praias de seu território, com o fim específico de evitar a privati-
zação das mesmas.
Art. 162. O Poder Executivo poderá criar o Corpo de Bombeiros Voluntários, conforme
previsto na Legislação Estadual e respeitada a Constituição Federal.
Art. 163. Para observância do disposto no artigo 231 da Constituição Federal, e nos Ar-
tigos 282 e 283, da Constituição Estadual, o Município envidará esforços para participar das
gestões que envolvam interesses indígenas, em locais geograficamente localizados em seus
limites administrativos e/ou territoriais.

Das Disposições Transitórias

Art. 1°. É de um ano o prazo para apresentação e aprovação dos projetos de Leis
Complementares previstos nesta Lei.
Art. 2°. Até a promulgação das Leis Complementares previstas no Artigo anterior, pre-
valecerá, no que couber, o disposto na legislação ordinária vigente.
Art. 3°. O Poder Executivo promoverá uma edição popular do texto integral desta Lei
Orgânica que será entregue gratuitamente a qualquer munícipe que a requeira.
Art. 4°. A revisão desta Lei Orgânica será iniciada imediatamente após aprovada a revi-
são da Constituição Estadual prevista no Artigo 3° do Ato das Disposições Transitórias da
Constituição Estadual e será aprovada pela maioria absoluta dos membros da Câmara Munici-
pal.

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 41


Art. 5°. A Câmara Municipal, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, adaptará o seu
Regimento Interno às disposições desta Lei.

Sala das Sessões, em 05 de abril de 1990.

Roberto Gaiofatto
Presidente

José Augusto Pires


Vice-Presidente

Eduardo Monteiro Ribas


1° Secretário

Nelson de Castro Moura


2° Secretário

Wilma Carmen Castan


Presidente da Comissão de Sistematização

Marcos Ensel Wizentier


Relator da Comissão de Sistematização

Vereadores Constituintes
Benedito Carlos Libert
Euclydes Kunio Fujita
Jairo Costa
José Carlos Rúbia de Barros
José Ignácio Monte Oliva Filho
Manoel Fernando Victória Alves
Raldes de Almeida Pereira
Rosalino Alves
Sérgio José Ferreira

Suplente
Oswaldo Linardi

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE PERUIBE

Sumário
PREÂMBULO

TÍTULO I - Disposições Preliminares

Capítulo I Do Município (arts. 1º a 4º)


Capítulo II Da Competência (arts. 5º e 6º)

TÍTULO II - Da Organização dos Poderes Municipais

Capítulo I Do Poder Legislativo


Seção I Da Câmara Municipal (arts. 7º a 9º)
Seção II Dos Vereadores (arts. 10 a 17)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 42


Seção III Da Mesa da Câmara (arts. 18 a 23-B)
Seção IV Da Sessão Legislativa Ordinária (arts. 24 a 26)
Seção V Da Sessão Legislativa Extraordinária (art. 27)
Seção VI Das Comissões (arts. 28 e 29)
Seção VII Do Processo Legislativo
Subseção I Disposições Gerais (art. 30)
Subseção II Das Emendas à Lei Orgânica (art. 31)
Subseção III Das Leis (arts. 32 a 44)
Subseção IV Dos Decretos Legislativos, das Resoluções e dos Atos da Me-
sa (arts. 45 a 47)
Seção VIII Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patri-
monial (arts. 48 a 50)

Capítulo II Do Poder Executivo


Seção I Do Prefeito e do Vice-Prefeito (arts. 51 a 66)
Seção II Das Atribuições do Prefeito (art. 67)
Seção III Da Responsabilidade do Prefeito (arts. 68 e 69)
Seção IV Dos Secretários e Diretores de Departamento (arts. 70 e 71)
Seção V Da Procuradoria Geral do Município (artigos 72 ao 76)

Título III Da Organização do Governo Municipal

Capítulo I Do Planejamento Municipal (arts. 77 a 79)


Capítulo II Da Administração Municipal (arts. 80 a 83)
Capítulo III Das Obras e Serviços Municipais (arts. 84 a 88)
Capítulo IV Dos Bens Municipais (arts. 89 a 95)
Capítulo V Dos Servidores Municipais (arts. 96 a 116)

Título IV Da Administração Financeira

Capítulo I Dos Tributos Municipais (arts. 117 e 118)


Capítulo II Das Limitações ao Poder de Tributar (art. 119)
Capítulo III Do Orçamento (arts. 120 a 125)

Título V Da Ordem Social e Econômica

Capítulo I
Seção I Disposições Gerais (arts. 126 e 127)............
Seção II Da Saúde (arts. 128 a 131)
Seção III Da Promoção Social (art. 132)
Capítulo II Da Educação, da Cultura, Dos Esportes e Lazer
Seção I Da Educação (arts. 133 a 137)
Seção II Da Cultura (arts. 138 a 140)
Seção III Dos Esportes e Lazer (141 e 142)
Capítulo III Da Ciência e Tecnologia (art. 143)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 43


Capítulo IV Da Comunicação Social (art. 144)
Capítulo V Da Defesa do Consumidor (art. 145)
Capítulo VI Da Política Urbana (arts. 146 a 150)
Capítulo VII Do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Seção I Do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (arts. 151 a 155)
Seção II Do Saneamento (art. 156)
Seção III Do Turismo (art. 157)

Título VI Das Disposições Gerais (arts. 158 a 163)

Das Disposições Transitórias (artigos 1º ao 5º)

Lei Orgânica do Município de Peruibe - 44

Você também pode gostar