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LEI ORGÂNICA.

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE


ALEGRETE

PREÂMBULO

Sob a proteção de Deus, nós vereadores, representantes do povo alegretense, promulgamos


esta Lei Orgânica do Município de Alegrete, evocando o passado histórico da instalação no
ano de 1842 da Assembleia Geral Constituinte e Legislativa da República Rio - Grandense,
com sede em Alegrete, inspirados na necessidade de aperfeiçoamento da comunidade, de
forma participativa e democrática, com a consciência voltada para os deveres e direitos do
povo, com igual espírito indômito e ideal libertário que valorizam o povo gaúcho, observando a
constitucionalidade das leis, afirmando o compromisso de convivência harmoniosa com os
poderes constituídos, a integração com os povos latino-americanos, e a fraternidade entre os
homens.

TÍTULO I
LEI ORGÂNICA MUNICIPAL

CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 1º O Município de Alegrete, pessoa jurídica de direito público interno, parte integrante da
República Federativa do Brasil e do Estado Rio Grande do Sul, no pleno uso de sua autonomia
política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar,
respeitados os princípios estabelecidos na Constituição Federal e Estadual.

Art. 2ºA soberania popular será exercida por sufrágio universal e pelo voto secreto e direto
com igual valor para todos e, nos termos desta lei, mediante:

I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular.

TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 3º

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É mantido o atual território do Município, cujos limites só poderão ser alterados nos
Art. 3º
termos da Legislação Estadual. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

Art. 4ºSão poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o


Executivo.

Parágrafo único. É vedado a qualquer dos poderes delegar atribuições e ao cidadão


investido em um dos poderes, exercer função em outro, salvo as exceções previstas na
Constituição Federal. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE
15 DE DEZEMBRO DE 2014)

O dia 25 de outubro é a data magna do Município. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA


Art. 5º
À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

Art. 6º Os símbolos do Município são: o Brasão, a Bandeira, o Hino e outros estabelecidos


em lei.

Art. 7º A autonomia do Município se expressa:

I - pela eleição direta dos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito; (REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

II - pela administração própria, no que tange ao interesse local; (REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

III - pela instituição, arrecadação e aplicação de seus tributos. (REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

O Município promoverá vida digna aos seus habitantes e será administrado com base
Art. 8º
nos seguintes compromissos fundamentais:

I - transparência pública de seus atos;

II - moralidade administrativa;

III - participação popular nas decisões;

IV - descentralização político-administrativa;

V - prestação integrada dos serviços públicos.

Art. 9º Ao Município compete, privativamente, dentre outras, as seguintes atribuições:

I - elaborar o Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual,


estimando a receita e fixando a despesa, com base no planejamento adequado;

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II - instituir e arrecadar tributos de sua competência, fixar e cobrar tarifas e preços


públicos, com a obrigação de prestar contas e publicar balancete nos prazos fixados em lei;

III - dispor sobre a administração, utilização e alienação de seus bens;

IV - adquirir bens e serviços, inclusive mediante desapropriação, por necessidade,


utilidade pública ou por interesse social;

V - organizar e prestar diretamente ou conceder e permitir, através de licitação, os


serviços públicos de interesse local e os que possuem caráter essencial;

VI - organizar os quadros e estabelecer o regime jurídico de seus servidores;

VII - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, de Saneamento Básico, e de


Proteção Ambiental, integrados;

VIII - promover o adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle de


uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;

IX - estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arruamento e de zoneamento


urbano, bem como diretrizes urbanísticas convenientes à ordenação de seu território;

X - estabelecer normas de prevenção e controle de ruídos, da poluição do meio ambiente,


do espaço aéreo e das águas;

XI - regulamentar a utilização dos logradouros públicos, sinalizando as faixas de


rolamento e zonas de silêncio;

XII - conceder e permitir os serviços de transporte coletivos, táxis e outros, fixando tarifas
e itinerários atendendo a necessidade de locomoção de deficientes físicos;

XIII - disciplinar o trânsito local, sinalizando as vias urbanas e estradas municipais,


instituindo penalidades e dispondo sobre a arrecadação de multas, especialmente as relativas
ao trânsito urbano;

XIV - disciplinar os serviços de carga e descarga, especialmente de cargas tóxicas e a


fixação de tonelagem máxima permitida;

XV - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços;

XVI - disciplinar a limpeza dos logradouros públicos, a remoção do lixo domiciliar e


detritos de qualquer natureza e dispor sobre a prevenção de incêndio;

XVII - licenciar para funcionamento os estabelecimentos industriais, comerciais, de


serviços e similares, mediante expedição de alvará de localização;

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XVIII - suspender ou cassar os alvarás de licença de estabelecimentos que se tornarem


danosos à saúde, à higiene, ao bem-estar público, ao sossego, à segurança, ao meio
ambiente ou aos bons costumes; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

XIX - fixar os feriados municipais, bem como o horário de funcionamento de


estabelecimentos comerciais, industriais, bancários, de prestação de serviço e outros;

XX - legislar sobre serviços funerários e cemitérios, fiscalizando os que pertencerem a


entidades populares;

XXI - regulamentar, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes,


anúncios, emblemas e quaisquer outros meios de publicidade e propaganda;

XXII - regulamentar, autorizar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os


divertimentos públicos;

XXIII - legislar sobre apreensão e depósito de semoventes, mercadorias e móveis em


geral, no caso de transgressão de lei e demais atos municipais, bem como sobre a forma e
condições de venda das coisas e bens apreendidos;

XXIV - legislar sobre serviços públicos e regulamentar os processos de instalação,


distribuição e consumo de água, gás, energia elétrica e todos os demais serviços de uso
coletivo;

XXV - estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e regulamentos;

XXVI - criar, organizar e suprimir distritos e bairros, consultados os munícipes e


observada a legislação pertinente;

XXVII - participar de entidade que congregue outros Municípios integrados à região, na


forma estabelecida pela lei;

XXVIII - prestar, com a cooperação técnica financeira da União e do Estado, serviços de


atendimento à saúde da população;

XXIX - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas


de educação pré-escolar e de ensino fundamental;

XXX - legislar sobre fiscalização as infrações de trânsito no Município.

Art. 10. Compete ao Município, no exercício de sua autonomia:

I - organizar-se administrativamente, observadas as legislações federal e estadual;

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II - organizar-se juridicamente, estabelecer suas leis, expedir decretos e atos relativos


aos assuntos de seu particular interesse, ou supletivamente a eles;

III - zelar pela saúde, meio ambiente, higiene, segurança e assistência pública;

IV - promover o ensino, a educação e a cultura;

V - estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como as defesas contra as formas


de exaustão do solo;

VI - abrir e conservar estradas e caminhos e determinar a execução de serviços públicos;

VII - promover a defesa sanitária e a conservação do solo;

VIII - auxiliar as autoridades sanitárias na fiscalização de gêneros alimentícios desde a


sua produção até a distribuição ao consumidor final;

IX - amparar a maternidade, a infância, a juventude e a velhice coordenando-os,


orientando os serviços no âmbito do Município;

X - estimular a prática desportiva;

XI - realizar e incentivar a construção de casa própria de caráter popular;

XII - incentivar e proteger o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo e outras


atividades com objetivo social;

XIII - proteger os documentos, as obras, e outros bens de valor histórico, artístico e


cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

XIV - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e


exploração de recursos hídricos e minerais em seu território.

Art. 11. O Município pode celebrar convênios com a União, o Estado e outros Municípios,
para a execução de obras ou serviços públicos de interesse comum. (REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

§ 1º O Município participará de organismos públicos que contribuam para integrar a


organização, o planejamento e a execução de função pública de interesse comum.

§ 2º Pode ainda o Município, através de convênios ou consórcios com outros Municípios


da mesma comunidade socioeconômica, criar entidades intermunicipais para a realização de
obras, atividades ou serviços específicos de interesse comum, devendo ser aprovados por lei
dos Municípios que deles participarem.

§ 3º É permitido delegar, entre o Estado e o Município, também por convênio, os serviços

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de competência concorrente, assegurados os recursos necessários.

Art. 12. Compete ao Município suplementar a legislação federal e estadual no que couber e
naquilo que disser interesse.

CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 13. A Administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município,
visando à promoção do bem público e a prestação de serviços a comunidade e aos indivíduos
que a compõem, observará os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da
publicidade, da legitimidade, da participação, da razoabilidade, da economicidade, da
motivação, da eficiência e, também, o seguinte:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

II - os investidos em cargos eletivos e de funções de provimento em comissão, ao


assumi-los e deixá-los, devem declarar os bens que compõem seu patrimônio;

III - a administração pública será organizada de modo a aproximar os serviços


disponíveis e seus beneficiários ou destinatários;

IV - a lei estabelecerá os casos de contratação de pessoal por tempo determinado, para


atender as necessidades temporárias de excepcional interesse público;

V - a lei reservará percentual de cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras


de deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras e serviços e as campanhas dos órgãos e


entidades da administração pública, ainda que não custeados diretamente por esta, deverão
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, nelas não podendo constatar
símbolos, expressões, nomes ou imagens que caracterizem a promoção pessoal de
autoridade ou servidores públicos.

§ 2º A ação político-administrativa do Município será acompanhada e avaliada, através


de mecanismos estáveis, por Conselhos Populares, na forma da lei.

Art. 14. A investidura em cargos ou emprego público depende de aprovação prévia em


concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com natureza e a complexidade
do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvada as nomeações para cargos de
provimento em comissão, declarados em lei de livre nomeação e exoneração.

§ 1º As provas deverão aferir, com caráter eliminatório, os conhecimentos específicos


exigidos para o exercício do cargo.

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§ 2º Os pontos correspondentes aos títulos não poderão somar mais de vinte e cinco por
cento do total dos pontos do concurso.

§ 3º A não observância do disposto neste artigo acarretará a nulidade do ato e a punição


da autoridade responsável.

Art. 15. Integram a administração indireta as autarquias, empresas públicas e fundações


instituídas ou mantidas pelo Município.

§ 1º Às empresas públicas aplicam-se as normas pertinentes às sociedades de economia


mista.

§ 2º As fundações públicas ou de direito público instituídas pelo Município são


equiparadas às autarquias, regendo-se por todas as normas a estas aplicáveis.

Art. 16. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar
neste último caso, definir as áreas de sua atuação.

Art. 17. Todas as pessoas têm direito, independentemente do pagamento de qualquer


natureza, à informação sobre o que consta a seu respeito, a qualquer título, nos registros ou
bancos de dados das entidades governamentais ou de caráter público.

§ 1º Os registros e bancos de dados não poderão conter informações referente à


convicção política, filosófica ou religiosa.

§ 2º Qualquer pessoa poderá exigir, por via administrativa, em processo sigiloso ou não,
a retificação ou atualização das informações a seu respeito e de seus dependentes.

Art. 18. A contabilidade do Município obedecerá, na organização do seu sistema


administrativo, informativo e nos seus procedimentos, aos princípios fundamentais da
contabilidade e as normas estabelecidas na legislação.

Art. 19.Será publicado pelo Município, em observância aos princípios estabelecidos no art.
13, além de outros atos, o seguinte:

I - as conclusões de todas as sindicâncias e auditorias instaladas em órgãos da


administração direta e indireta;

II - mensalmente:

a) o resumo da folha de pagamento do pessoal da administração direta, indireta e a


contribuição do Município para despesas com pessoal de cada uma das entidades da
administração indireta, especificando-se as parcela correspondentes ativos, inativos e
pensionistas, e os valores retidos a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer
natureza e de contribuições previdenciárias;

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b) o balancete econômico-financeiro, referente ao mês anterior do órgão de previdência


do município.

III - anualmente relatório pormenorizado das despesas mensais realizadas pelo município
na área de comunicação, propaganda e publicidade.

IV - no primeiro dia útil dos meses de fevereiro e agosto, o quadro de pessoal dos órgãos
e entidades da administração relativa ao último dia do semestre civil anterior, relacionando
também o número de admitidos e excluídos no mesmo período, distribuídos por faixa de
remuneração, e quadro demonstrativo dos empregados contratados, bem como o percentual
global médio de comprometimento da arrecadação, com a folha de pagamento, verificado no
exercício imediatamente anterior;

V - o resumo dos contratos firmados pelo poder público municipal nos casos e

condições disciplinados em lei. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA


Nº 12/2014, DE 15

DE DEZEMBRO DE 2014)

VI - Os Poderes Executivos e Legislativos publicarão anualmente os valores do subsídio


e da remuneração dos cargos e empregos públicos.

Art. 20. A publicação das leis e atos municipais far-se-á no órgão da imprensa oficial e por
fixação na sede da Prefeitura e da Câmara Municipal.

Art. 21. À Administração Pública é vedada a contratação de empresas que adotem práticas
discriminatórias na admissão de mão de obra, que não atendam às normas relativas à saúde,
a segurança do trabalho, a proteção do meio ambiente e que veiculem propaganda
discriminatória.

Art. 22. Os servidores públicos e empregados da administração direta e indireta, quando


assumirem cargo eletivo público, não poderão ser demitidos no período de registro de sua
candidatura até um ano depois do término do mandato, nem ser transferidos do local de
trabalho sem o seu consentimento.

Parágrafo único. Se o funcionário licenciar-se para exercício do mandato, o órgão


empregador recolherá mensalmente as obrigações sociais e garantirá ao servidor ou
empregado os serviços médicos e previdenciários dos quais era beneficiário antes de se
eleger.

Art. 23. É assegurado:

I - aos sindicatos e associações dos servidores da administração:

a) participar das decisões de interesse da categoria;

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b) descontar em folha de pagamento as mensalidades de seus associados e demais


parcelas, a favor da entidade, desde que aprovadas em assembleia geral;
c) eleger delegado sindical.

II - aos representantes das entidades mencionadas no inciso anterior, nos casos previstos
em lei, o desempenho, com dispensa de suas atividades funcionais, de mandato em diretoria
executiva de confederações, federação de servidores públicos, sem qualquer prejuízo para
sua situação funcional ou remuneratória, exceto promoção por merecimento;

III - aos servidores públicos e empregados da administração indireta, estabilidade a partir


do registro da candidatura até um ano após o término do mandato sindical, salvo demissão
precedida de processo administrativo disciplinar ou judicial.

§ 1º Ao Município é vedado qualquer ato de discriminação sindical em relação a seus


servidores e empregados, bem como influência nas respectivas organizações.

§ 2º O órgão municipal encarregado da formulação da política salarial contará com a


participação paritária de representantes dos servidores públicos e empregados da
administração pública, na forma da lei.

Seção II
Dos Bens Patrimoniais

Art. 24. Constituem o patrimônio municipal os bens imóveis, móveis e semoventes, e os


direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município.

Parágrafo único. Os bens municipais devem ser cadastrados, com identificação e


numeração respectivas, mantendo-se livro de tombo com a relação descritiva dos bens
imóveis.

Art. 25. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização conforme o interesse público coletivo ou social, nas seguintes
condições:

I - a concessão de direito real de uso de bens dominiais para uso especial far-se-á
mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, e será sempre precedida de concorrência
pública;

II - a concessão de direito real de uso de bens de uso comum somente poderá ser
outorgada mediante lei e para finalidade de habitação e educação ou assistência social;

III - a permissão será feita por decreto;

IV - a autorização será feita, por decreto, pelo prazo máximo de noventa dias.

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Parágrafo único. Em qualquer hipótese o Poder Público promoverá ampla discussão com
a comunidade local.

Art. 26. O Município poderá ceder a particulares, para serviços de caráter transitório,
máquinas e operadores do Município, desde que os serviços da municipalidade não sofram
prejuízos e o interessado recolha, previamente, a remuneração arbitrada e assine termo de
responsabilidade pela conservação e devolução dos bens cedidos.

Art. 27. A concessão administrativa dos bens municipais, de uso especial e dominiais
dependerá de lei e de licitação que se fará mediante contrato e por prazo determinado sob
pena de nulidade do ato.

Art. 28.A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse público


devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação e obedecerá ao seguinte:

I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração


direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades
paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência,
dispensada esta nos casos previstos na Lei nº 8.666/93;

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

a) Uma vez desativados, será dada preferência ao proprietário do imóvel desmembrado


originalmente.

II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos


casos previstos na Lei nº 8.666/93.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

Seção III
Das Obras e Serviços Públicos

Art. 29. As obras e serviços públicos municipais serão executadas pela Prefeitura Municipal,
direta ou por administração indireta, em conformidade com a legislação federal, estadual e
municipal.

Nenhuma obra pública e serviços do Município, salvo os casos de extrema urgência,


Art. 30.
devidamente justificados, poderão ter seu início realizado sem que conste:

I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o interesse


público;

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II - o respectivo projeto;

III - o orçamento do seu custo;

IV - a indicação dos recursos financeiros para o atendimento das respectivas despesas;

V - os prazos para seu início e conclusão, acompanhados da respectiva justificação.

Art. 31. A concessão ou a permissão de serviço público somente será efetivada com
autorização da Câmara Municipal e mediante contrato precedido de licitação.

Parágrafo único. Os serviços concedidos ou permitidos ficarão sempre sujeitos à


regulamentação e à fiscalização municipal cabendo a aprovação da Câmara Municipal as
tarifas respectivas, bem como as suas majorações.

Art. 32.Os preços dos serviços públicos e de utilidade pública serão fixados pelo Prefeito, nos
termos da lei.

Art. 33. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta
e indireta, regulando especialmente:

I - a planos e programas de expansão de serviço;

II - a revisão da base de cálculo dos custos operacionais;

III - a política tarifária;

IV - as reclamações relativas à prestação de serviços públicos em geral, asseguradas a


manutenção de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna,
da qualidade do serviço;

V - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de


governo, observado o disposto no art. 5º, inciso X e XXXIII da Constituição Federal;

VI - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo do cargo,


emprego ou função na administração pública.

Art. 34. As entidades prestadoras de serviços públicos serão obrigadas, pelo menos uma vez
por ano, a dar ampla divulgação de suas atividades, informando, em especial, sobre planos de
expansão, aplicação de recursos financeiros e realização de programas de trabalho.

Art. 35. Os serviços públicos de competência do Município, concedidos ou permitidos, serão


disciplinados e organizados mediante lei que disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o


caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de

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caducidade, fiscalização, rescisão e de concessão ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - as normas que possam comprovar a eficácia no atendimento de interesse público,


bem como permitir a fiscalização pelo Município de modo a manter o serviço contínuo,
adequado e acessível;

IV - a política tarifária;

V - a obrigação de manter o serviço adequado.

Art. 36. Nenhuma obra iniciada pelo Município que já tenha vinte e cinco por cento de seu
total em andamento poderá ser interrompida ou abandonada, em detrimento de outras obras.

Art. 37.O Município retomará, sem indenização, os serviços concedidos ou permitidos, desde
que executados em desconformidade com a lei, ato ou contrato, bem como aqueles que se
revelarem insuficientes para o atendimento aos usuários.

Seção IV
Dos Servidores Públicos Municipais

Art. 38. O Município instituirá conselho de política de administração e remuneração de


pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes.

§ 1º a fixação dos padrões de vencimentos e dos demais componentes do sistema


remuneratório observará:

I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de


cada carreira;

II - os requisitos para a investidura;

III - as peculiaridades dos cargos.

§ 2º aplicam-se aos servidores ocupantes de cargo público:

I - vencimento básico ou salário básico nunca inferior ao salário mínimo fixado pela União;

II - irredutibilidade de vencimentos ou salários;

III - décimo terceiro salário ou vencimento igual à remuneração integral ou no valor dos
proventos de aposentadoria;

IV - remuneração do trabalho noturno superior ao diurno;

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V - salário-família ou abono familiar para seus dependentes;

VI - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada conforme estabelecido em lei;

VII - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;

VIII - remuneração do serviço extraordinário, superior, no mínimo em cinquenta por cento


à do normal;

IX - participação de representante sindical nas comissões de sindicância e inquérito que


apurem falta funcional;

X - livre acesso à associação sindical;

XI - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a
remuneração normal, e pagamento antecipado;

XII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e da remuneração, durante o prazo


previsto no Regime Jurídico dos Servidores Municipais; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À
LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

XIII - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;

XIV - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;

XV - auxílio-transporte, correspondente à necessidade de deslocamento do servidor em


atividade para o seu local de trabalho, nos termos da legislação federal;

XVI - proibição de diferenças de remuneração, de exercício de funções e de critério de


admissão, por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;

XVII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres e perigosas, na


forma da lei.

§ 3º A lei municipal disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenientes da


economia com despesas correntes em cada órgão, autarquias e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço púbico,
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.

Art. 39.O regime jurídico dos servidores públicos do Município será estabelecido em estatuto,
através de lei complementar, observado os princípios e as normas da Constituição Federal e
desta Lei Orgânica.

Art. 40.

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Art. 40. Lei Complementar estabelecerá os critérios objetivos de classificação de cargos


públicos dos Poderes, de modo a garantir a isonomia de vencimentos.

§ 1º Os planos de carreira preverão também: I


- as vantagens de caráter individual;

II - as vantagens relativas à natureza e ao local de trabalho;

III - os limites máximo e mínimo de remuneração e a relação entre estes limites, sendo
aquele o valor estabelecido de acordo com o artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal.

§ 2º As carreiras, em qualquer dos poderes, serão organizadas de modo a favorecer o


acesso generalizado aos cargos públicos.

§ 3º As promoções de grau a grau, nos casos organizados em carreira, obedecerão aos


critérios de merecimento e antiguidade, alternadamente, e a lei estabelecerá normas que
assegurem critérios objetivos na avaliação do merecimento.

§ 4º A lei poderá criar cargo de provimento efetivo isolado quando o número, no


respectivo quadro, não comportar a organização em carreira.

§ 5º Aos cargos isolados aplicar-se-á o disposto no caput.

Art. 41. As funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de


cargo efetivo e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos
casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições
de chefia e assessoramento.

§ 1º Os cargos em comissão são de livre nomeação e exoneração e não serão


organizados em carreira.

§ 2º A lei poderá estabelecer, a par dos gerais, requisitos específicos de escolaridade,


habilitação profissional, saúde e outros para investidura em cargo em comissão.

Art. 42.Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos
pagos pelo Poder Executivo.

§ 1º A remuneração dos servidores públicos ativos e inativos, dos pensionistas e o


subsídio de que trata o inciso XVII do art. 63 somente poderão ser fixados ou alterados por lei
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada a revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices.

§ 2º O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores não poderá ser inferior ao
necessário para repor seu poder aquisitivo.

§ 3º As gratificações e adicionais por tempo de serviço serão assegurados a todos os

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servidores municipais e reger-se-ão por critérios uniformes quanto à incidência, ao número e


às condições de aquisição, na forma da lei.

§ 4º A lei assegurará ao servidor que, por um quinquênio completo, não houver


interrompido a prestação de serviço ao Município e revelar assiduidade, licença prêmio de três
meses, que pode ser convertida em tempo dobrado de serviço, para os efeitos nela previsto.

§ 5º Fica vedado atribuir aos servidores da administração pública qualquer gratificação de


equivalência superior à remuneração fixada para os cargos ou funções de confiança criados
em lei.

§ 6º É vedada a participação dos servidores públicos no produto de arrecadação de


multas, inclusive da dívida ativa.

Art. 43. Os servidores municipais somente serão indicados para participarem em cursos
especializados ou capacitação técnica profissional no Município, Estado, no País ou no
exterior, com custos para o poder público, quando houver correlação entre o conteúdo
programático de tais cursos e as atribuições do cargo ou função exercidos.

§ 1º O Município fomentará a frequência dos servidores públicos em escolas de governo


para a formação e o aperfeiçoamento, constituindo-se a participação nos cursos um dos
requisitos para promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou
contratos com órgãos ou instituições.

§ 2º Não constituirá critério de evolução na carreira a realização de cursos que não


guarde correlação direta e imediata com as atribuições do cargo exercido.

Art. 44. O pagamento da remuneração mensal dos servidores públicos do Município será
realizado até o último dia útil do mês do trabalho prestado.

Parágrafo único. O pagamento da gratificação natalina, também denominada décimo


terceiro salário, será efetuado até o dia 20 de dezembro.

Art. 45. As obrigações pecuniárias dos órgãos da administração direta e indireta para com os
seus servidores nativos e inativos ou pensionistas, não cumpridas até o último dia do mês da
aquisição do direito, deverão ser liquidadas com valores atualizados pelos índices aplicados
para a realização geral da remuneração dos servidores públicos do Município.

Art. 46. O tempo de serviço público federal, estadual e municipal prestado à administração
pública direta e indireta, inclusive fundações públicas, será computado integralmente para fins
de gratificações e adicionais por tempo de serviço, aposentadoria e disponibilidade.

Parágrafo único. O tempo em que o servidor houver exercido atividade em caráter de


cedência para órgão público ou privado será computado como de efetivo serviço municipal.

Art. 47. O servidor público será aposentado:

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I - por invalidez permanente, tendo os proventos integrais, quando decorrente de


acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável,
especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo


de serviço;

III - voluntariamente:

a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos
integrais;
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e
cinco, se professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos
proporcionais há esse tempo;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;

§ 1º Lei complementar poderá estabelecer exceções ao disposto no inciso III, alíneas a e


c, no caso de exercício de atividades consideradas penosas, insalubres e perigosas.

§ 2º A lei disporá sobre a aposentadoria, em cargos ou empregos temporários.

§ 3º Os proventos da aposentadoria serão revistos, na mesma proporção e na mesma


data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também
estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos

servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do


cargo ou função em que se deu a aposentadoria.

§ 4º Na contagem do tempo para a aposentadoria do servidor, aos trinta e cinco anos de


serviço, e da servidora aos trinta, o período de exercício de atividades que assegurem direito à
aposentadoria especial será acrescido de um sexto e de um quinto, respectivamente.

§ 5º As aposentadorias dos servidores públicos municipais serão custeadas com


recursos provenientes do orçamento público e das contribuições dos servidores, na forma de
lei complementar;

§ 6º As aposentadorias dos servidores das autarquias municipais e das fundações


públicas serão custeadas com recursos provenientes da instituição correspondente e das
contribuições de seus servidores na forma da lei complementar;

§ 7º Na hipótese do parágrafo anterior, caso a entidade não possua fonte própria de


receita, ou seja, insuficiente, os recursos necessários serão complementados pelo orçamento
público, na forma da lei complementar.

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§ 8º Os recursos provenientes das contribuições de que tratam os parágrafos anteriores


serão destinados exclusivamente a integralizar os proventos de aposentadoria, tendo os
servidores a garantia de participação na gestão, acompanhamento e a fiscalização dos
servidores na sua aplicação, na forma da lei complementar.

Art. 48.O professor ou professora que trabalhem no atendimento de excepcionais poderá, a


pedido, após vinte e cinco anos ou vinte anos, respectivamente, de efetivo exercício de
regência de classe, completar seu tempo de serviço em outras atividades pedagógicas no
ensino público municipal, as quais serão consideradas como efetiva regência.

Parágrafo único. Fica assegurada a gratificação adicional aos professores que exerçam
suas atividades educacionais no atendimento aos deficientes, superdotados ou talentosos,
devendo ser incorporada aos vencimentos após percebida por cinco anos consecutivos ou dez
intercalados.

Os professores que atuarem nas classes da unidocência, a partir da pré-escola, terão


Art. 49.
uma gratificação equivalente a cinquenta por cento a mais do seu salário básico.

Art. 50. Decorridos trinta dias da data em que tiver sido protocolado o recebimento da
aposentadoria, o servidor público será considerado em licença especial, podendo afastar-se
do serviço, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido.

Parágrafo único. No período da licença de que trata este artigo, o servidor terá direito à
totalidade da remuneração, computando-se o tempo como de efetivo exercício para todos os
efeitos legais.

Art. 51. O Município manterá órgão ou entidade previdência e assistência médica,


odontológica e hospitalar para seus servidores e dependentes, mediante contribuição, na
forma da lei previdenciária própria.

§ 1º A direção da entidade previdenciária dos servidores públicos municípios será


composta paritariamente por representantes dos segurados e do Município, na forma da lei.

§ 2º Os recursos devidos ao órgão ou entidade da previdência deverão ser repassados:

I - No mesmo dia e mês do pagamento, de forma automática, quando se tratar da


contribuição dos servidores, descontada em folha de pagamento;

II - Até o dia quinze do mês seguinte ao de competência, quando se tratar de parcela


devida pelo Município e pelas entidades conveniadas;

§ 3º O beneficio da pensão por morte corresponderá à totalidade dos vencimentos ou


proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei previdenciária própria,
observado as disposições do parágrafo 3º do art. 47 desta Lei Orgânica e do inciso XI do art.
37 da Constituição Federal, sendo revisto, na mesma proporção e sempre que ocorrerem

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modificações nos vencimentos dos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes da


transformação ou reclassificação de cargo ou função em que se deu o falecimento ou a
aposentadoria, na forma da Lei.

§ 4º O valor da pensão por morte será rateado, na forma de lei previdenciária própria,
entre os dependentes do servidor falecido, extinguindo-se a cota individual de pensão com a
perda da qualidade de pensionista.

§ 5º O órgão ou entidade a que se refere o caput não poderá retardar o início de


pagamento de benefícios por mais de quarenta dias após o protocolo de requerimento,
comprovada a evidencia do fato gerador.

§ 6º O benefício da pensão por morte do segurado do Município será retirado de seu


cônjuge ou companheira em função de nova união ou casamento deste, vedada a cumulação
de percepção de benefícios, mas facultada a opção pela pensão mais conveniente, no caso de
ter direito a mais de uma.

Art. 52. Ao servidor público, quando adotante, ficam estendidos os direitos que assistem ao
pai e à mãe naturais, na forma a ser regulada por lei.

Art. 53. É assegurado aos servidores da administração municipal o atendimento gratuito de


seus filhos e dependentes, de zero a seis anos, em creches e pré-escola, na forma da lei.

Art. 54. Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresas fornecedoras
ou prestadoras de serviço ou que realizem qualquer modalidade de contrato com o Município,
sob pena de demissão do serviço público.

Art. 55.É assegurada para a aposentadoria a contagem recíproca do tempo de contribuição


previdenciária na atividade privada, mediante certidão expedida pela Previdência Social
Nacional.

Art. 56.São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.

§ 1º O servidor público só perdera o cargo:

I - Em virtude de sentença judicial transitado em julgado;

II - Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

III - Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele


reintegrado, e o eventual ocupante da vaga se estável reconduzido ao cargo de origem sem
direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com

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remuneração proporcional ao tempo de serviço.

§ 3º Extinto o cargo ou declarado a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em


disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo.

§ 4º Como condição para aquisição da estabilidade é obrigatória a avaliação especial de


desempenho por comissão instituída para esta finalidade.

TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES CAPÍTULO I DO PODER LEGISLATIVO SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 57. O Poder Legislativo alegretense é exercido pela Câmara Municipal, composta de

15 (quinze) vereadores, eleitos na forma constitucional, para cada legislatura, entre cidadãos
em pleno exercício dos seus direitos políticos, pelo voto direto e secreto. (Redação dada pela
emenda à Lei Orgânica nº 11/2011). (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014,
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. (REDAÇÃO DADA

PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

Art. 58. A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, em sua sede independente de


convocação, de 15 de fevereiro a 10 de julho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.

§ 1º As reuniões marcadas para estas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos e feriados.

§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem aprovação do projeto de lei de


diretrizes orçamentária.

§ 3º A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á pelo Prefeito Municipal,


pelo Presidente da Câmara Municipal ou a requerimento da maioria dos membros da Casa em
caso de urgência ou interesse público.

§ 4º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal somente deliberará sobre a


matéria para qual foi convocada.

Art. 59.No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com a do mandato do
Vereador, a Câmara Municipal reunir-se-á, no dia 1º de janeiro, para dar posse aos
Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, eleger sua Mesa e para indicarem as Lideranças
de

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Bancada, entrando, após, em recesso. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014,
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

Parágrafo único. Aplica-se o mesmo dispositivo do § 1º do art. 58.

Art. 60. A Câmara Municipal, sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor
pessoalmente assuntos de interesse público recebê-lo-á em sessão previamente marcada.

Art. 61.A Câmara ou suas Comissões, a requerimento da maioria de seus membros poderá
convocar secretários municipais, titulares de autarquia ou das instituições autônomas de que o
Município participa, para comparecerem perante ela a fim de prestar informações sobre o
assunto previamente designado e constante da convocação.

§ 1º Formalizada a convocação, o Secretário e os titulares dos cargos citados terão o


prazo máximo de quinze dias para o seu comparecimento.

§ 2º Por deliberação do Plenário, quando se tratar de assunto de caráter urgente, o prazo


aludido no parágrafo anterior será de oito dias.

Seção II
Das Atribuições da Câmara Municipal

Art. 62. Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as
matérias de competência do Município, especialmente sobre:

I - sistema tributário: arrecadação e distribuição de rendas, instituição de tributos e


fixação de alíquotas, isenções e anistias fiscais e de débitos;

II - matéria orçamentária, plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual,


operações de crédito e dívida pública;

III - planejamento urbano: planos diretores, em especial planejamento e controle do


parcelamento, uso e ocupação do solo;

IV - organização do território municipal: criação, organização e supressão de distritos e


delimitação do perímetro urbano;

V - bens imóveis municipais: concessão de uso, retomada de bens cedidos às instituições


filantrópicas e de utilidade pública, com a finalidade da prática de programas de relevante
interesse social, alienação e aquisição, salvo quando se tratar de doação, sem encargo, ao
Município.

VI - auxílios e subvenções a terceiros;

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VII - declarado inconstitucional pela ADIN 70007775802

VIII - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas e


fixação da respectiva remuneração de servidores do Município, observados os parâmetros da
lei de diretrizes orçamentárias;

Municipal;

IX - denominação de próprios municipais, vias e logradouros públicos;

X - legislar sobre serviços de água e esgoto;

XI - concessão e permissão de serviços públicos;

XII - criação, estruturação e atribuição das secretarias e órgãos da Administração

XIII - planos e programas municipais de desenvolvimento.

Art. 63. Compete exclusivamente à Câmara Municipal, além de outras atribuições previstas
nesta Lei Orgânica:

I - receber o compromisso do Prefeito e ao Vice-Prefeito do Município, dar-lhes posse,


conceder-lhes licença e receber sua renúncia;

II - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a afastarem-se do Município ou do Estado,

no exercício do cargo, por mais de 15 (quinze) dias.

ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI

III - julgar, anualmente, as contas prestadas por sua Mesa e pelo Prefeito;

IV - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar;

V - Apreciar os relatórios do Prefeito sobre a execução orçamentária, operações de


crédito, dívida pública, aplicação das leis relativas ao planejamento urbano, à concessão ou
permissão de serviços públicos ao desenvolvimento dos convênios, a situação dos bens
imóveis

do Município, ao número de servidores públicos e ao preenchimento de cargos, empregos e


funções, bem como à política salarial e a execução dos planos integrados de governo;

VI - Eleger sua Mesa Diretora, bem como destituí - la;

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VII - Apreciar relatórios anuais de Sua Mesa;

VIII - Fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo, incluídos os da


Administração indireta e fundacional;

IX - Solicitar informações ao Prefeito sobre assuntos referentes à administração;

X - Julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito, os Secretários e os vereadores do Município nos


casos previstos nesta lei;

XI - Dispor através de resolução sobre sua organização, funcionamento, política, criação,


transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços e iniciativa de lei
para a fixação da respectiva remuneração, observada os parâmetros estabelecidos na lei de
diretrizes orçamentárias;

XII - Criar Comissões Parlamentares de Inquérito;

XIII - Solicitar informações aos órgãos Estaduais e Federais nos termos da legislação;

XIV - Elaborar o seu Regimento Interno;

XV - Zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição


normativa do Poder Executivo;

XVI - Ordenar a sustação de contrato impugnado pelo Tribunal de Contas;

XVII - a iniciativa de lei para fixação dos subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos
Secretários e dos Vereadores, antes das eleições Municipais, observadas as regras da
Constituição

Federal e desta Lei Orgânica. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014, DE 15

DE DEZEMBRO DE 2014)

XVIII - Emendar a Lei Orgânica, expedir decretos legislativos e resoluções;

XIX - Revogado

interna;

XX - Deliberar sobre assuntos de sua competência privativa e de sua economia

XXI - Conceder título honorífico do Município;

XXII - Solicitar intervenção Estadual ou Federal no Município para garantir o livre

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exercício de suas funções;

XXIII - Mudar temporariamente sua sede, bem como o local de reunião de comissões;

XXIV - Receber renúncia de Vereador;

XXV - Apreciar vetos;

XXVI - Administrar os bens móveis e imóveis utilizados em seus serviços;

XXVII - Elaborar, publicar e divulgar o seu relatório de gestão fiscal, nos termos e na
forma determinada pela Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000;

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

XXVIII - Propor a criação e extinção dos cargos de seu quadro de pessoal e serviços,
dispor sobre o respectivo provimento, bem como fixar a alterar seus vencimentos e outras
vantagens.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

Art. 64.A Câmara Municipal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Secretários
Municipais ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados ao Prefeito Municipal
para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado,
importando em crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.

§ 1º Os Secretários Municipais poderão comparecer à Câmara Municipal, ou a qualquer


de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa, para expor
assunto de relevância de sua Secretaria.

§ 2º A Mesa poderá encaminhar pedidos escritos de informação a Secretários Municipais


ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de
responsabilidade a recusa, ou o não atendimento, no prazo de trinta dias, bem como a
prestação de informações falsas.(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

Seção III da Mesa

Art. 65. Compete à Mesa representar a Câmara Municipal, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente, além de outras atribuições do Regimento Interno.

Seção IV Dos Vereadores

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Os Vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do


Art. 66.
mandato e na circunscrição do Município.

Parágrafo único. Os vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações


recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberem informações.

Art. 67. Os vereadores não poderão:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar e exercer cargo, função ou emprego remunerado no âmbito do Município,
inclusive os que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior,
ressalvada a hipótese de nomeação por aprovação em concurso público.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

II - desde a posse:

a) ser proprietário, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente


de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas
no inciso I, a;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o
inciso I, a;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 68. Perderá o mandato o vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões da
Casa, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado nos delitos que

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impeçam o acesso à função pública;

VII - que fixar residência fora do Município.

§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar ainda dos casos definidos no Regimento


Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas aos membros da Câmara Municipal ou a
percepção de vantagens indevidas.

§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI a perda do mandato será decidida pela Câmara
Municipal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido
político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

§ 3º Nos casos previstos nos incisos III, IV, V e VII, a perda será declarada pela Mesa, de
ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado na Casa, assegurada ampla defesa.

§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do


mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de
que tratam os § 2º e § 3º

Art. 69. Não perderá o mandato o Vereador:

I - investido no cargo de Secretário Municipal, Procurador Geral do Município,


Coordenador Regional, Diretor Geral, bem como em cargos equivalentes em âmbito estadual
ou federal;

II - licenciado pela Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias
por sessão legislativa;

III - a Vereadora gestante licenciada pela Câmara, pelo prazo de cento e vinte dias, sem
prejuízo de remuneração.

Parágrafo único. O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em


funções previstas neste artigo ou de licença superior a quinze dias.

Art. 70. Os Vereadores têm livre acesso aos órgãos da administração direta e indireta do
Município, mesmo sem prévio aviso, sendo-lhes devidas todas as informações necessárias.

Art. 71.O vereador que, sem justo motivo e não estando no gozo de licença, deixar de
comparecer às sessões da Câmara Municipal terá descontado 1/8 avos de seu subsídio por
sessão.

Seção V
Das Comissões

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Art. 72. A Câmara Municipal terá Comissões Permanentes e Especiais, constituídas na forma
e com as atribuições definidas nesta Lei Orgânica, no Regimento Interno ou no ato de que
resultar sua criação.

§ 1º Na constituição de cada comissão será assegurada tanto quanto possível a


representação proporcional dos Partidos ou dos blocos parlamentares.

§ 2º As comissões, em razão da matéria de sua competência, cabem, entre outras


definidas no Regimento, as seguintes atribuições:

I - realizar audiências públicas, com entidades da sociedade civil;

II - convocar secretários municipais e dirigentes de órgãos da administração ou qualquer


servidor público para prestar informações sobre assuntos de sua atividade ou atribuições;

III - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa


contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

IV - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

V - apreciar programas de obras, planos municipais, distrital e setorial de


desenvolvimento e sobre eles emitir parecer;

VI - emitir parecer sobre matéria de competência.

§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação


próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, serão
criadas mediante requerimento de um terço dos Vereadores, para apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao
Ministério Público, para que promova a responsabilidade cível ou criminal dos infratores.

§ 4º Durante o recesso, haverá uma Comissão Representativa da Câmara Municipal,


eleita na última Sessão Ordinária do período Legislativo, com atribuições definidas no
Regimento Interno, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da
representação de partidos ou blocos parlamentares.

§ 5º O Poder Legislativo poderá credenciar entidades civis, representativas de


seguimentos sociais, legalmente constituídas, para participar em atividades das comissões
permanentes, com direito a voz.

Seção VI
Do Processo Legislativo

Subseção I

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Disposição Geral

Art. 73. O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emenda à Lei Orgânica;

II - Leis Complementares;

III - emendas à Constituição Estadual;

IV - Leis Ordinárias;

V - Decretos Legislativos;

VI - Resoluções.

Subseção II
Da Emenda à Lei Orgânica

Art. 74. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos Vereadores;

II - do Prefeito Municipal;

III - de iniciativa popular.

§ 1º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de intervenção Estadual ou


Federal no Município, estado de defesa ou estado de sítio.

§ 2º A proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada


quando obtiver, em ambos, o voto favorável de dois terços dos membros da Câmara
Municipal.

§ 3º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com
respectivo número de ordem.

§ 4º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não


poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Subseção III
Das Emendas à Constituição Estadual

Art. 75.

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A iniciativa das emendas à Constituição Estadual cabe a mais de um quinto das


Art. 75.
Câmaras Municipais, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus
membros.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

Parágrafo único. As emendas à Constituição Estadual serão aprovas por maioria simples
dos Vereadores.

Subseção IV Das Leis

Art. 76. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
comissão da Câmara Municipal, à Mesa, ao Prefeito Municipal e aos cidadãos, na forma e nos
casos previstos nesta Lei Orgânica.

Art. 77. Compete, privativamente, ao Prefeito Municipal a iniciativa das leis que versem sobre:

I - criação e aumento da remuneração de cargos, funções ou empregos públicos da


administração;

II - organização administrativa, matéria tributária e orçamentária, serviços público e


pessoal da administração Municipal;

III - servidores do Município, seu regime jurídico, planos de carreira, provimento de


cargos, estabilidade e aposentadoria;

IV - criação, estruturação e atribuições das Secretarias e órgãos da administração

pública.

Art. 78.O Projeto de Lei que implique em despesa deverá constar a indicação das fontes de
recursos:

Parágrafo único. Não será admitido aumento de despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa privada do Prefeito, ressalvadas o disposto no art. 122, § 3º

II - nos projetos sobre organização dos serviços da Câmara Municipal. (REDAÇÃO DADA
PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

Art. 79. Nos projetos de sua iniciativa o Prefeito poderá solicitar à Câmara Municipal que os
aprecie em regime de urgência.

§ 1º Recebida, em qualquer fase, a solicitação do Prefeito, a Câmara Municipal terá trinta

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dias para apreciação do projeto de que trata o pedido.

§ 2º Não havendo deliberação sobre a proposição, será esta incluída na ordem do dia,
sobrestando-se a deliberação de quanto aos demais assuntos, para que ultime a votação.

§ 3º Os prazos do § 1º não correm nos períodos de recesso da Câmara Municipal, nem


se aplicam aos projetos de código.

Art. 80.As leis complementares somente serão aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos
votos dos membros da Câmara Municipal.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

§ 1º Serão objeto de lei complementar, dentre outras matérias previstas nesta Lei
Orgânica:

I - Código de Obras; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014,


DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

II - Código de Posturas; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA


Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

III - Código Tributário; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014,
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

IV - Lei do Plano Diretor; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA


Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

V - Lei do Meio Ambiente; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA


Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

VI - Lei instituidora do Regime Jurídico dos Servidores Municipais. (REDAÇÃO DADA


PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

§ 2º Dos projetos de códigos e respectivas exposições de motivos, antes de submetidos


à discussão da Câmara Municipal, será dada mais ampla divulgação possível. (REDAÇÃO
DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

§ 3º Dentro de 15 (quinze dias) dias, contados da data em que se publicarem os


respectivos projetos de lei complementar previsto no § 1º, qualquer entidade da sociedade
civil organizada poderá apresentar sugestões ao Poder Legislativo.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

Art. 81.

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Art. 81. O Projeto de Lei, se aprovado, será enviado ao Prefeito, que, aquiescendo, o
sancionará.

§ 1º Se o Prefeito considerar o Projeto, no todo ou em parte, inconstitucional, ou contrário


ao interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados
da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da
Câmara Municipal os motivos do veto.

§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, inciso ou


alínea, cabendo ao Prefeito promulgar e publicar como lei os dispositivos não vetados, caso
entenda necessário.
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE
2014)

§ 3º Decorrid o o prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito Municipal implicará em


sanção.

§ 4º O veto será apreciado no prazo de trinta dias, a contar de seu recebimento, só


podendo ser rejeitado pela maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

§ 5º Se o veto for rejeitado, o projeto será enviado, para promulgação, ao Prefeito


Municipal.

§ 6º Esgotado, sem deliberação o prazo previsto no § 4º, o veto será colocado na ordem
do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.

§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal,
nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em
igual prazo, caberá ao Vice-Presidente, obrigatoriamente fazê-lo.

§ 8º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela


Câmara.

§ 9º Se o veto for mantido, será o projeto arquivado, com comunicação ao Prefeito.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

Art. 82.A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria dos membros da
Câmara Municipal.(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15
DE DEZEMBRO DE 2014)

Art. 83.As leis vigorarão a partir do décimo dia da sua publicação oficial, salvo se, para tanto,
estabelecerem outro prazo.

Art. 84.

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Art. 84. A elaboração das resoluções e decretos legislativos obedecerá ao disposto


no Regimento Interno da Câmara Municipal.

Seção VII
Do Plenário e Das Deliberações

Art. 85. Todos os atos da Mesa, da Presidência e das comissões estão sujeitos à decisão do
Plenário, desde que haja recurso a este.

Art. 86. Transcorridos trinta dias do recebimento de quaisquer proposições em tramitação na


Câmara Municipal, seu Presidente, a requerimento de qualquer dos Vereadores, mandará
incluí-las na ordem do dia, para ser discutida e votada, desde que com parecer da Comissão
de Constituição e Justiça.

§ 1º A Comissão de Constituição e Justiça, no caso de ainda não se ter manifestado


quanto a proposição terá prazo de três dias úteis, contados da data da entrada do
requerimento de que trata este artigo, para apresentar parecer.

§ 2º A proposição somente será retirada da ordem do dia se o Autor desistir do


requerimento.

Art. 87. O quórum para as deliberações da Câmara Municipal de Vereadores e suas


Comissões é de maioria simples, presente a maioria absoluta de seus membros, salvo
disposição constitucional em contrário. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

§ 1º Dependerá de voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal


a aprovação das seguintes matérias:

I - lei complementares;

II - seu Regimento;

III - criação de cargos, funções ou empregos públicos, aumento de remuneração,


vantagens, estabilidade e aposentadoria dos servidores;

IV - alteração da denominação de próprios, vias e logradouros públicos;

V - obtenção de empréstimo de particular;

VI - concessão de serviços públicos;

VII - concessão de direito real de uso;

VIII - alienação de bens imóveis;

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IX - aquisição de bens imóveis por doação com encargo.

§ 2º Dependerá de voto favorável de dois terços dos membros da Câmara Municipal a


aprovação das seguintes matérias:

I - rejeição de parecer prévio do Tribunal de Contas;

II - cassação do mandato do Prefeito ou do Vice-Prefeito e destituição de componentes


da Mesa;

III - alteração dos limites do Município;

VI - concessão de títulos de cidadão honorário do Município.

§ 3º Serão obrigatoriamente público, nos seguintes casos:

I - eleição da mesa;

II - deliberação sobre as contas do Prefeito e da Mesa;

III - julgamento do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores.

§ 4º Revogado.

Art. 88.O Presidente da Câmara Municipal, ou seu substituto, só terá voto na eleição da
Mesa ou em matérias que exigirem para sua aprovação:

a) maioria absoluta;
b) dois terços dos membros da Câmara Municipal;
c) o voto de desempate.

Art. 89.Nos cento e oitenta dias que antecedem o término do mandato do Prefeito, é vedada
a apreciação de projeto de lei que importe:

I - alienação gratuita de bens municipais;

II - aumento salarial acima dos índices inflacionários;

III - renúncia de arrecadação.

Seção VIII
Da Iniciativa Popular

Art. 90. A iniciativa popular no processo legislativo será exercida pela apresentação de:

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I - projeto de lei;

II - proposta de emenda à Lei Orgânica;

III - emenda a projeto de lei orçamentária, de lei de diretrizes orçamentárias e de lei de


plano plurianual, conforme disciplinado no art. 122, § 6º

§ 1º A iniciativa popular, nos casos dos incisos I, II e III será tomada por, no mínimo,
cinco por cento do eleitorado que tenha votado nas últimas eleições gerais do Município.

§ 2º Quando se tratar de interesse específico no âmbito de Bairro ou distrito, a iniciativa


popular poderá ser tomada por cinco por cento dos eleitores inscritos ali domiciliados.

§ 3º A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se, para o seu recebimento pela
Câmara, a identificação dos assinantes, mediante indicação do número do respectivo título
eleitoral, bem como a certidão expedida pelo órgão eleitoral competente, contendo a
informação do número total de eleitores do Município.

§ 4º Recebido o requerimento, a Câmara Municipal verificará o cumprimento dos


requisitos previstos no § 1º, dando-lhe tramitação idêntica à dos demais projetos.

Art. 91. A Câmara Municipal poderá promover consultas referendárias e plebiscitárias sobre
atos, autorizações ou concessões do Poder Executivo e sobre matéria legislativa sancionada
ou vetada.

Parágrafo único. As condutas referendárias e plebiscitárias serão formuladas em termos


de aprovação ou rejeição dos atos, autorizações ou concessões do Poder Executivo, bem
como do teor da matéria legislativa.

Seção IX
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária

Art. 92. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Município e dos órgãos da administração e de quaisquer entidades constituídas ou mantidas
pelo Município, quanto à legalidade, legitimidade, moralidade, publicidade, eficiência, eficácia,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncias de receitas, será exercida pela
Câmara de Vereadores, mediante controle externo, pelo sistema de controle interno de cada
um dos poderes, observando a legislação federal e estadual, bem como pelos conselhos
populares.

§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade, ou ilegalidade dela darão ciência sob pena de responsabilidade, ao Tribunal de
Contas do Estado, ao qual comunicará a ocorrência, em caráter reservado à Mesa da Câmara
Municipal.

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§ 2º Prestará contas qualquer pessoa física, jurídica ou entidade que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens ou valores públicos pelos quais o Município
responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de interesse pecuniária.

Art. 93. O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado, ao qual não será negado qualquer informação a pretexto de
sigilo.

§ 1º A Mesa ou as Comissões da Câmara Municipal poderão requisitar, em caráter


reservado, informações sobre inspeções realizadas pelo Tribunal de Contas, ainda que as
conclusões não tenham sido julgadas ou aprovadas.

§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na


forma da lei denunciar irregularidades ou ilegalidades de que tenha conhecimento, vedado o
anonimato.

Art. 94. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada, sistema de


controle interno, com as atribuições estabelecidas no art. 74 Constituição Federal, adaptadas
ao Município.

CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO

Seção I
Do Prefeito e do Vice-prefeito

Art. 95. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelo Vice-Prefeito, pelos
Secretários do Município e os demais responsáveis pelos órgãos da administração.

Art. 96. O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º de janeiro subsequente à


eleição, em sessão solene da Câmara Municipal, ocasião em que prestarão o seguinte
compromisso: "Prometo manter, defender e cumprir a Constituição Federal, a Estadual e a Lei
Orgânica Municipal, observar as leis e promover o bem comum do povo Alegretense".

Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data da fixada para a posse o Prefeito e
Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiverem assumido o cargo, este será declarado
vago pela Câmara Municipal.

Art. 97. O Vice-Prefeito exercerá as funções de Prefeito nos casos de impedimento deste,
bem como as funções que lhe forem conferidas em lei ou delegadas pelo titular, e suceder -
lhe-á em caso de vaga.

§ 1º Em caso de impedimento simultâneo do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou de vacância


de ambos os cargos, serão sucessivamente chamados a exercer o cargo de Prefeito o

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Presidente e o 1º Vice-Presidente da Câmara Municipal.

§ 2º Em caso de vacância de ambos os cargos, far-se-á nova eleição noventa dias depois
de aberta a segunda vaga, e os eleitos completarão os períodos de seus antecessores, salvo,
se a segunda vaga ocorrer a menos de um ano do término do quatriênio, caso em que se
continuará observando o disposto no parágrafo anterior.

§ 3º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei
complementar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para missões especiais.
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE
2014)

Art. 98. O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, sem licença da Câmara Municipal,
ausentar-se do Município ou do Estado, por mais de 15 (quinze) dias. (REDAÇÃO DADA
PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

Art. 99. O Prefeito e o Vice-Prefeito poderão licenciar-se:

I - quando em serviço ou em missão de representação do Município;

II - quando impossibilitado do exercício do cargo por motivo de doença devidamente


comprovada, ou em licença gestante, ou em licença paternidade;

III - para tratar de assunto de interesse particular, sem remuneração, por período de até
sessenta dias por ano.

§ 1º No caso do inciso I o pedido de licença, amplamente fundamentado, indicará,


especialmente, os motivos da viagem o roteiro e a previsão dos gastos.

§ 2º O Prefeito licenciado nos casos dos incisos I e II receberá a remuneração integral.

Art. 100. Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o
disposto no art. 38, I, IV, e V da Constituição Federal.

Seção II
Das Atribuições do Prefeito

Art. 101. Compete ao Prefeito, privativamente:

I - nomear e exonerar os secretários municipais;

II - exercer, com o auxilio dos Secretários Municipais, a direção superior da administração


municipal;

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III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica, nas
Constituições da República e do Estado; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI
ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e


regulamentos para sua fiel execução;

V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VI - dispor sobre a estrutura, a organização e o funcionamento da administração


municipal;

VII - prover e extinguir os cargos do Poder, na forma da lei;

VIII - expor, em mensagem que remeterá à Câmara Municipal por ocasião da abertura da
sessão anual, a situação do Município e os planos do Governo;

IX - prestar, por escrito, dentro de trinta dias, as informações solicitadas pela Câmara
Municipal, comissões municipais ou entidades representativas do Município referentes aos
negócios e serviços a cargo do Poder Executivo;

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

X - apresentar anualmente relatório sobre o estado das obras e serviços à Câmara


Municipal;

XI - enviar à Câmara Municipal os projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes


orçamentárias e dos orçamentos anuais, previstos nesta Lei Orgânica;

XII - apresentar à Câmara Municipal e remeter ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia
31 de março de cada ano, a prestação de contas relativas à gestão financeira municipal do
exercício imediatamente anterior, acompanhada de relatório circunstanciado das atividades e
serviços municipais, sugerindo à Câmara as providências que entender necessárias;
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE
2014)

XIII - decretar desapropriação por utilidade ou necessidade pública, ou o interesse social;

XIV - representar o Município;

XV - contrair empréstimos e realizar operações de crédito, mediante prévia autorização


da Câmara Municipal;

XVI - administrar os bens e as rendas municipais, e promover o lançamento, a


fiscalização e a arrecadação dos tributos;

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XVII - propor o arrendamento, o aforamento ou a alienação dos próprios municipais


mediante prévia autorização da Câmara Municipal;

XVIII - conferir condecorações honoríficas;

XIX - propor convênios, ajustes e contratos de interesse do Município;

XX - propor a divisão administrativa do Município, de acordo com a lei;

XXI - decretar estado de emergência ou de calamidade pública;

XXII - propor ação direta de inconstitucionalidade (ADIN);

XXIII - indicar entidades civis sem fins lucrativos para tarefas de fiscalização, a serem
exercidas em conjunto com órgãos públicos municipais, os quais não se eximem de suas
atribuições de fiscalização;

XXIV - manifestar-se, dentro de quinze dias, prorrogáveis, justificadamente, por mais sete
dias, quanto à viabilidade de atendimento de proposição solicitada pela Câmara Municipal
através de pedido de Indicação;

XXV - colocar à disposição da Câmara Municipal os recursos correspondentes às


dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados
aos órgãos do Poder Legislativo, até o dia 20 (vinte) de cada mês, em duodécimos, na forma
da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º, da Constituição Federal.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

Seção III
Da Responsabilidade do Prefeito

Art. 102.Os crimes de responsabilidade do Prefeito e do Vice-Prefeito, bem como o processo


de julgamento, são os definidos no art. 1º do Decreto-Lei nº 201/67.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

Art. 102-A São infrações político-administrativas do Prefeito e do Vice-Prefeito, sujeitas ao


julgamento pela Câmara de Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato, as
elencadas no art. 4º do Decreto-Lei nº 201/67.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

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Art. 102-B O processo de cassação do mandato do Prefeito pela Câmara, por infrações
definidas no artigo anterior, obedecerá ao rito definido no art. 5º do Decreto-Lei nº 201/67.
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE
2014)

Art. 103. Admitida a acusação contra o Prefeito Municipal, pelo voto de dois terços dos
Vereadores, será ele submetido a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado, nas
infrações penais comuns, ou perante a Câmara Municipal, nos crimes de responsabilidade.

§ 1º O Prefeito ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Tribunal de


Justiça do Estado;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pela Câmara


Municipal.

§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
cessará o afastamento do Prefeito, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 3º O Prefeito Municipal, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções.

Seção IV
Dos Secretários Municipais

Art. 104.Os Secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um
anos e no exercício dos direitos políticos.

Parágrafo único. Compete ao Secretário Municipal, além de outras atribuições


estabelecidas nesta Lei Orgânica e na lei:

I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da


administração municipal na área de sua competência;

II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito Municipal relativos aos assuntos
da respectiva Secretaria;

III - expedir instruções para a execução de lei, decretos e regulamentos;

IV - apresentar ao Prefeito Municipal relatório anual de sua gestão na Secretaria;

V - praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Prefeito Municipal;

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VI - comparecer à Câmara Municipal nos casos previstos nesta Lei Orgânica, a fim de
prestar informações ou esclarecimentos a respeito de assuntos compreendidos na área da
respectiva Secretaria, sob pena de responsabilidade.

Art. 105. No impedimento do Secretário Municipal, suas atribuições serão desempenhadas


por servidor da Pasta, designado pelo Prefeito, ocorrendo o mesmo na vacância do cargo, até
a nomeação do novo titular.

Art. 106. Os Secretários Municipais não poderão:

I - desde a nomeação:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público ou, mesmo de direito
privado, integrante da administração indireta ou concessionária ou permissionária de serviço
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer qualquer cargo, função ou emprego, remunerado ou não, nas
entidades constantes na alínea a.

II - desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente


de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) aceitar ou exercer qualquer cargo, função ou emprego, remunerado ou não, em
qualquer empresa comercial ou industrial, ou em corporação ou fundação que goze de favor
do Poder Público;
c) exercer qualquer outro cargo público ou desempenhar mandato público eletivo.

§ 1º O disposto no inciso I, alínea b, não abrange a posse em cargo público consequente


de aprovação em concurso público.

§ 2º Desde a posse, os Secretários Municipais detentores de mandato eletivo afastar -


se-ão de seu exercício, podendo os Vereadores optar por sua remuneração.

Art. 107. Os Secretários Municipais incorrerão em crimes de responsabilidade nas hipóteses


referidas no art.102.

Art. 108. A lei disporá sobre a criação, a estruturação e atribuições das Secretarias.

Seção V
Dos Sub-prefeitos

Art. 109. Os subprefeitos serão os responsáveis pela administração dos distritos de sua
competência, atuando como representantes do Prefeito nessas localidades, de acordo com as
diretrizes programáticas do governo municipal.

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Seção VI
Dos Conselhos Municipais

Art. 110. Os conselhos municipais são órgãos de participação direta da comunidade na


administração pública, tendo por finalidade propor, fiscalizar e deliberar matérias referentes a
cada setor da administração, nos termos da lei complementar.

Parágrafo único. Os Conselhos Municipais são compostos por número ímpar de


membros, observada a representatividade das entidades comunitárias de moradores,
entidades de classe e da administração municipal.

Seção VII
Dos Conselhos Populares

Art. 111.O Poder Público reconhecerá a existência de conselhos populares regionais,


autônomos, não subordinados à administração municipal.

Parágrafo único. Os conselhos populares são instâncias regionais a partir de discussão e


formulação de políticas municipais, formados a partir de entidades representativas de todos os
segmentos sociais da região.

TÍTULO IV
DAS FINANÇAS, DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 112.O sistema tributário do Município é regido pelo disposto nas Constituições Federal e
Estadual, nesta Lei Orgânica e em leis complementares e ordinárias.

Parágrafo único. O sistema tributário a que se refere o caput, compreende os seguintes


tributos;

I - impostos;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou


potencial de serviços públicos específicos e divisíveis prestados ao contribuinte ou postos à
sua disposição;

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III - contribuição de melhorias, decorrentes de obras públicas.

Seção II
Dos Impostos

Art. 113. Compete ao Município instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana, progressivamente, nos termos da lei


complementar;

II - transmissão intervivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos a sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza, definidos em lei complementar.

Parágrafo único. Pertencem ainda ao Município a participação no produto da arrecadação


dos tributos federais e estaduais previstos na Constituição Federal e outros recursos
adicionais que lhe sejam conferidos.

Art. 114.A pessoa física ou jurídica com infração não regularizada a qualquer dispositivo legal
do Município não poderá receber benefício ou incentivo fiscal.

Parágrafo único. Não se aplica o disposto no "caput" deste artigo nos casos de benefício
fiscal concedido a pessoas físicas, para o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana, em que renda, provento ou pensão sejam requisitos.

Art. 115. São inaplicáveis quaisquer disposição legais excludentes ou limitativas do direito de
fiscalizar pessoas ou entidades vinculadas, direta ou indiretamente, ao fato gerador dos
tributos municipais.

Parágrafo único. O Município poderá firmar convênios com a União e o Estado, ficando
incumbindo de prestar informações e coligir dados, em especial os relacionados com o trânsito
de mercadorias ou produtos, com vista a resguardar o efetivo ingresso de tributos nos quais
tenham participação.

Art. 116. A lei estabelecerá as alíquotas relativas aos impostos e aos valores das taxas e
contribuições de melhoria, estabelecendo os critérios de sua cobrança.

Seção III
Da Limitação do Poder de Tributar

Art. 117. Sempre que houver discrepância, em percentual a ser fixado em lei complementar,
entre períodos consecutivos de medição dos serviços cobertos por taxas ou tarifas, cabe ao

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Município o ônus de comprovar que o serviço foi efetivamente prestado ou colocado à


disposição do usuário, inclusive quanto à correção das medidas.

Art. 118. A concessão de isenção, anistia, remissão ou qualquer outro benefício ou incentivos
fiscais, bem como de dilatação de prazos de pagamento de tributo e isenção de tarifas só será
feita mediante autorização legislativa.

§ 1º O Poder Legislativo, deve avaliar a cada legislatura os efeitos de disposição legal


que conceda anistia, remissão, isenção ou qualquer outro tipo de benefício ou incentivo que
envolva matéria tributária.

§ 2º Os direitos deferidos neste artigo terão por princípio a transferência da concessão,


devendo a Câmara Municipal publicar periodicamente a relação de beneficiários de incentivos,
respectivos montantes, a justificação do ato concessivo e o prazo do benefício.

§ 3º Os benefícios a que se refere este artigo, excluídas as imunidades, serão


concedidos por prazo determinado.

§ 4º Ficam estendidas, às entidades de cultura, recreativas, de lazer e esportivas, sem


fins lucrativos, as imunidades consagradas no art. 150, VI, C, da Constituição Federal.

CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 119. Revogado.

Art. 120.As rendas e disponibilidades de caixa da administração direta e indireta do Município


serão depositados em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei.

Art. 121. Será assegurado ao Município, sempre que ocorrer suprimento de recursos a
terceiros por forma de convênios, o controle de sua aplicação nas finalidades a que se
destinam.

Seção II
Dos Orçamentos

Art. 122. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:

I - o Plano Plurianual;

II - as Diretrizes Orçamentárias;

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III - os Orçamentos Anuais.

§ 1º Fica garantida a participação da comunidade, a partir das regiões do Município, nas


etapas de elaboração, definição e acompanhamento da execução do plano plurianual,
diretrizes orçamentárias e do orçamento anual.

§ 2º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as


diretrizes, objetivos e metas, quantificados física e financeiramente, dos programas da
administração pública municipal direta e indireta para as despesas de capital e outras delas
decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

§ 3º O plano plurianual será elaborado em consonância com o plano global de


desenvolvimento econômico e social do Município, podendo ser revisado quando necessário.

§ 4º A Lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na
legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação financeira oficial de fomento.

§ 5º Os planos e programas municipais, regionais e setoriais previstos nesta Lei


Orgânica serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara
Municipal.

§ 6º A Lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento geral da administração direta compreendendo as receitas e despesas dos


Poderes do Município, seus órgãos e fundos;

II - os orçamentos das autarquias municipais;

III - os orçamentos das fundações municipais.

§ 7º O orçamento geral da administração direta será acompanhado:

I - do demonstrativo do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de isenções,


anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária, tarifária e
creditícia;

II - do demonstrativo de todas as despesas realizadas mensalmente no primeiro semestre


do exercício da elaboração da proposta orçamentária.

§ 8º As leis orçamentárias incluirão obrigatoriamente na previsão da receita e de sua


aplicação todos os recursos de transferências, inclusive os oriundos de convênios com outras
esferas de governo e os destinados a fundos especiais.

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§ 9º As despesas com publicidade de quaisquer órgãos da administração direta e indireta


deverão ser objeto de dotação orçamentária específica, com denominação publicidade, de
cada órgão, fundo, empresa ou subdivisão administrativa dos Poderes, a qual não pode ser
complementada ou suplementada senão através de lei específica.

§ 10 Os orçamentos anuais e a lei de diretrizes orçamentárias, compatibilizados com o


plano plurianual, deverão ser regionalizados e terão, entre suas finalidades, a de reduzir
desigualdades sociais e regionais.

§ 11 A lei orçamentária não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação


da despesa, excluindo-se da proibição:

I - a autorização para a abertura de créditos suplementares;

II - a contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos


termos da lei;

III - a forma de aplicação do superávit ou o modo de cobrir o déficit.

§ 12 Cabe à lei complementar:

I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a


organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias, da lei orçamentária anual;

II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e


indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.

Art. 123. O Poder Executivo publicará até o trigésimo dia após o encerramento de cada mês,
relatório resumido da execução orçamentária, bem como apresentará ao Poder Legislativo,
trimestralmente, o comportamento das finanças públicas e da evolução da dívida pública,
devendo constar do demonstrativo correspondente aos trimestres civis do ano:

I - as receitas, despesas e a evolução da dívida pública da administração municipal


constante do seu orçamento, em seus valores mensais;

II - os valores realizados desde o início do exercício até o último mês do trimestre objeto
de análise financeira;

III - a comparação mensal entre os valores do inciso anterior com os correspondentes


previstos no orçamento já atualizado por suas alterações;

IV - as previsões atualizadas dos seus valores até o final do exercício financeiro.

Parágrafo único. O governo municipal e as instituições integrantes da administração


municipal encaminharão à Câmara Municipal, bimestralmente, demonstrativo do trabalho de
seu fluxo de caixa.

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Art. 124. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias, os orçamentos anuais e aos créditos
adicionais, constarão de projeto de lei encaminhados ao Poder Legislativo.

§ 1º Caberá à Comissão de Finanças e Orçamento, dentre outras atribuições previstas


no Regimento:

I - examinar projetos referidos neste artigo e as contas apresentadas anualmente pelo


Prefeito Municipal, emitindo parecer;

II - examinar os planos e programas municipais, regionais e setoriais previstos nesta Lei


Orgânica, emitindo parecer, e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem
prejuízo da atuação das demais comissões da Câmara Municipal, criadas de acordo com esta
Lei Orgânica;

III - Emitir parecer sobre projetos de lei ordinária ou complementar, inclusive suas
emendas, que tratem de matéria financeira.

§ 2º As emendas serão apresentadas na comissão, que sobre elas emitirá parecer, e


apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário.

§ 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem


somente podem ser aprovadas quando:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de


despesas, excluídos os que indicam sobre:

a) dotação para pessoal e seus encargos;


b) serviço de dívida.

III - sejam relacionadas com:

a) a correção de erros ou omissões;


b) os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não serão aprovadas


quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 5º O Executivo Municipal poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor


modificações nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação, na
Comissão de Finanças e Orçamento, da parte cuja alteração se propõe.

§ 6º Durante o período de pauta regimental, poderão ser apresentadas emendas


populares aos projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e do orçamento

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anual, desde que firmadas por, no mínimo, cem eleitores ou encaminhadas ou encaminhadas
por duas entidades representativas da sociedade.

§ 7º O Poder Legislativo dará conhecimento, a toda instituição e pessoa interessada, dos


projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual,
franqueando-os ao público, no mínimo quinze dias antes de submetê-los à apreciação do
Plenário.

§ 8º Os Projetos de lei sobre o plano plurianual, diretrizes orçamentárias e orçamentos


anuais serão enviados pelo Prefeito Municipal ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:

I - o projeto de lei do plano plurianual até 30 (trinta) de julho do primeiro ano do mandato
do Prefeito;

II - o projeto das diretrizes orçamentárias anualmente, até 30 (trinta) de setembro;

III - o projeto de lei do orçamento anual até 15 de novembro de cada ano. REDAÇÃO
DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 007/2005, DE 29 DE JUNHO DE 2005.

§ 9º Os projetos de lei de que trata o parágrafo anterior deverão ser encaminhados, para
sanção, nos seguintes prazos:

I - O projeto de lei do plano plurianual até 15 (quinze) de setembro do primeiro ano do


mandato do Prefeito, e o projeto de lei das diretrizes orçamentárias até 30 (trinta) de outubro
de cada ano;

II - os projetos de lei dos orçamentos anuais até 15 de dezembro de cada ano.

REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 007/2005, DE 29 DE JUNHO DE


2005.

§ 10 Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariem o


disposto nesta seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 11 Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de lei


orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme
o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização
legislativa.

Art. 125. São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - A realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os


créditos orçamentários originais ou adicionais;

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III - a realização de operações de crédito, salvo por antecipação de receita, que excedam
o montante das despesas de capital, ressalvada as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovadas pelo Poder Legislativo por
maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos e de transferências oriundas de impostos


federais e estaduais a órgãos, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos, a destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento
do ensino e da pesquisa científica e tecnológica, bem como a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação da receita;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra ou de um órgão para o outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do orçamento fiscal


e da seguridade social, para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresa, fundações e
fundos especiais;

IX - a instituição de fundos especiais de qualquer natureza, sem prévia autorização


legislativa;

X - a concessão de subvenções ou auxílios financeiros do Poder Público à pessoa


jurídica de direito privado com fins lucrativos;

XI - dotações orçamentárias, para fins de distribuição de auxílios e subvenções a


entidades, exceto àquelas reconhecidas como de utilidade pública;

XII - os empenhos, nos últimos três meses de mandato do Prefeito, maiores do que o
duodécimo da despesa prevista no orçamento em vigor, acrescido dos créditos adicionais

autorizados no exercício, salvo as dotações destinadas ao pagamento da folha de pessoal e


dos encargos sociais dela decorrentes.

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser


iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena
de crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que


forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, serão incorporados ao
orçamento do exercício financeiro subsequente.

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§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender as


despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de calamidade pública, devendo
submetê - los, no prazo de dez dias, à Câmara Municipal, que, estando em recesso, será
convocada extraordinariamente.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

§ 4º Na hipótese do parágrafo anterior, a medida perderá sua eficácia desde a edição se


não for convertida em lei no prazo de vinte dias a contar da data da sua publicação, devendo a
Câmara Municipal disciplinar as relações jurídicas dela decorrentes.

§ 5º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se refere


o art. 113 para a prestação de garantias à União e ao Estado e para pagamento de débitos
para com estes, limitando a 10% da receita própria do Município, mediante autorização
legislativa prévia e especifica.

Art. 126. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os


créditos suplementares e especiais, destinados à Câmara Municipal serão entregues até o dia
10 de cada mês, em quotas correspondentes a um duodécimo.

Art. 127.A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei federal.

Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a


criação de cargos ou alteração da estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, só poderão se
feitas:

a) se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de


despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;
b) se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias.

TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 128. Os interesses da iniciativa privada não podem sobrepor-se ao da coletividade.

Art. 129. Na organização de sua economia em cumprimento aos princípios adotados nas
Constituição Federal e Estadual, o Município zelará pelos seguintes princípios:

I - promoção do bem estar do homem como fim essencial da produção e do


desenvolvimento econômico;

II - valorização econômica e social do trabalho e do trabalhador associada a uma política

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de expansão das oportunidades de emprego e de humanização do processo social de


produção com a defesa dos interesses do povo;

III - integração das economias regionais;

IV - planificação do desenvolvimento determinante para o setor público e indicativo para


o setor privado;

V - integração e descentralização das ações públicas setoriais;

VI - proteção da natureza e ordenação territorial;

VII - integração dos estudos na região fronteira-oeste em programas conjuntos;

VIII - promover, através de órgão especial, a nível de secretaria, o planejamento e o


desenvolvimento industrial do município.

Art. 130. A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á por meios previstos em
lei, para orientar e estimular a produção, corrigir distorções da atividade econômica e prevenir
abusos de poder econômico.

Parágrafo único. No caso de paralisação da produção por decisão patronal pode o


Município tendo em vista o direito da população ao serviço ou produto, intervir em determinada
indústria ou atividade, respeitada a legislação federal e os direitos dos trabalhadores.

Art. 131.Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob o regime de


concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias ou permissionárias o caráter especial do seu


contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão
da concessão ou permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - a política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviços adequados.

Art. 132.O Município instituirá incentivos ao investimento e à fixação de atividade econômica


objetivando desenvolver suas potencialidades municipais.

Parágrafo único. Os incentivos serão concedidos preferencialmente:

I - às formas associativas e cooperativas;

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II - às pequenas e micro empresas econômicas;

III - às empresas que em seus estatutos estabeleçam a participação:

a) dos trabalhadores em lucros;


b) aos empregados mediante eleição direta por estes em sua direção.

Art. 133.O Município manterá programas permanentes de prevenção e socorro nos casos de
calamidade pública em que a população tenha ameaçado os seus recursos, meios de
abastecimento ou de sobrevivência.

§ 1º O Município constituirá fundo contábil, para organizar sistemas e programas


permanentes, que previnam contra os casos de calamidade pública.

§ 2º Lei Complementar disporá sobre o sistema municipal de Defesa Civil, a decretação e


o reconhecimento do estado de calamidade pública, bem como sobre a aplicação dos
recursos destinados a atender às despesas extraordinárias decorrentes.

Art. 134.O Município revogará as doações a instituições particulares se o donatário lhes der
destinação diversa da ajustada em contrato quando, transcorridos três anos, não tiver dado
cumprimento ao fim estabelecido no ato de doação.

CAPÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO URBANO E RURAL

Seção I
Da Política e Reforma Urbana

Art. 135.A política de desenvolvimento urbano, conforme diretrizes fixadas no Plano Diretor
de Desenvolvimento Integrado tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes visando a:

I - melhorar a qualidade de vida na cidade;

II - promover a definição e a realização da função social da sociedade urbana;

III - promover a ordenação territorial, integrando as diversas atividades e funções


urbanas;

IV - prevenir e corrigir as distorções do crescimento urbano;

V - promover a erradicação de sub-moradias, sua integração e articulação com a malha


urbana;

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VI - integrar as atividades urbanas e rurais;

VII - distribuir os benefícios e encargos do processo de desenvolvimento da cidade,


inibindo a especulação imobiliária e a excessiva concentração urbana;

VIII - impedir as agressões ao meio ambiente estimulando ações preventivas e

corretivas;

IX - promover a integração, racionalização e otimização da infra-estrutura urbana básica,


priorizando os alongamentos de maior densidade populacional e as populações de menor
renda;

X - preservar os sítios, as edificações e os monumentos de valores históricos, artísticos e


culturais;

XI - promover o desenvolvimento econômico;

Art. 136. São instrumentos do desenvolvimento urbano, a serem definidos em lei:

I - os planos Diretores;

II - o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano;

III - o plano plurianual de investimentos, a lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento


anual;

IV - o sistema cartográfico municipal e a atualização permanente do cadastro de imóveis;

V - os conselhos municipais;

VI - os códigos municipais;

VII - o solo criado;

VIII - a regionalização e descentralização administrativa;

IX - os planos e projetos de iniciativa da comunidade.

Art. 137. Para assegurar as funções sociais da cidade e da propriedade, o Poder Público
promoverá e exigirá do proprietário, conforme a legislação, a adoção de medidas que visem a
direcionar a propriedade de forma a assegurar:

I - a democratização do uso, ocupação e posse do solo urbano;

II - a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;

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III - a adequação do direito de construir às normas urbanísticas;

IV - meio ambiente ecologicamente equilibrado, como bem de uso comum do povo,


essencial à sadia qualidade de vida, preservando e restaurando os processos ecológicos,
provendo o manejo ecológico das espécies e ecossistemas, e controlando a produção, a
comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a
qualidade de vida.

Art. 138. Para os fins previstos no artigo anterior o Município usará os seguintes instrumentos:

I - tributários e financeiros:

a) Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo;


b) taxas diferenciadas por zona, segundo os serviços públicos;
c) contribuição de melhoria;
d) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
e) fundos especiais;

II - jurídicos:

a) discriminação de terras públicas;


b) desapropriação por interesse social ou utilidade pública;
c) parcelamento ou edificação compulsórios;
d) servidão administrativa;
e) restrição administrativa;
f) inventários, registros e tombamentos de imóveis;
g) declaração de área de preservação ou proteção ambiental;
h) medidas previstas no art. 182, § 4º, da Constituição Federal;
i) concessão do direito real de uso;
j) usucapião especial, nos termos do art.183 da Constituição Federal;
k) solo criado.

III - administrativos:

a) reserva de áreas para utilização pública;


b) licença para construir;
c) autorização para parcelamento do solo;
d) regularização fundiária.

IV - políticos:

a) planejamento urbano;
b) participação popular.

V - outros previstos em lei.

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Art. 139. O Município elaborará o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado nos limites da
competência municipal, das funções da vida coletiva, abrangendo habitação, trabalho,
circulação e recreação, e considerando em conjunto os aspectos físicos, econômicos, sociais,
históricos, culturais e administrativos, nos seguintes termos:

I - no tocante ao aspecto físico territorial, o plano deverá conter disposições sobre o


sistema viário urbano e rural, o zoneamento urbano, o loteamento urbano ou para fins
urbanos, a edificação e os serviços públicos locais;

II - no que se refere ao aspecto econômico, o plano deverá inscrever disposições sobre


desenvolvimento econômico e integração da economia municipal à regional;

III - no referente ao aspecto social, deverá o plano conter normas de promoção social da
comunidade e condições de bem estar da população;

IV - no referente ao aspecto histórico e cultural, deverá o plano conter normas que


possibilitem a preservação do patrimônio histórico e cultural brasileiro;

V - no que respeita o aspecto administrativo, deverá o plano consignar normas de


organização institucional que possibilitem a permanente planificação diferenciada das
atividades públicas municipais e sua integração no plano estadual e nacional.

Parágrafo único. As normas municipais de edificação, zoneamento ou loteamento, ou


para fins urbanos atenderão as peculiaridades locais e legislação federal e estadual
pertinentes.

Art. 140.A elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado deverá compreender


as seguintes fases com extensão e profundidade, respeitadas as peculiaridades do município.

I - estudo preliminar abrangendo:

a) estudo preliminar de desenvolvimento;


b) avaliação das condições da administração.

II - diagnóstico:

a) do desenvolvimento econômico e social;


b) da organização territorial;
c) das atividades fim da prefeitura;
d) da organização administrativa e das atividades meio da prefeitura.

III - definição de diretrizes, compreendendo:

a) a política de desenvolvimento;
b) diretrizes de desenvolvimento econômico e social;

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c) diretrizes de organização territorial.

IV - instrumentação incluindo:

a) instrumento legal do plano;


b) programas relativos às atividades-fim;
c) programas relativos as atividade-meio;
d) programas dependentes da cooperação de outras entidades públicas.

Seção II
Da Habitação

Art. 141.O Município, em convênio com o Estado e com a União, estabelecerá programas
destinados a facilitar o acesso da população à habitação, como condição essencial à
qualidade de vida e ao desenvolvimento.

§ 1º Os programas de interesse social serão promovidos e executados com a


participação da sociedade de acordo com as diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento
Integrado, através do Conselho Municipal de Habitação e objetivarão prioritariamente:

I - a regularizar, organizar e equipar as áreas habitacionais irregulares formadas


espontaneamente, dando prioridade às necessidades sociais de seus habitantes;

II - a dotação de infraestrutura básica e de equipamentos sociais para implantação de


empreendimentos habitacionais de carentes, estabelecidos no plano diretor de
desenvolvimento integrado;

III - a implantação de empreendimentos habitacionais;

IV - participação, com terra urbanizada inalienável pertencente ao Município, na oferta e


cessão de espaço edificável a cooperativas habitacionais ou outras formas de organizações
congêneres, comprovadamente carentes, conforme a lei;

V - a criação de bancos de materiais usados e olarias municipais para a construção de


habitações populares.

Art. 142. A execução de programas habitacionais será de responsabilidade do município, que:

I - administrará a produção habitacional;

II - estimulará novos sistemas construtivos, na busca de alternativas tecnológicas de


baixo custo, sem prejuízo da qualidade e segurança;

III - incentivará a construção de moradias populares realizadas pelos próprios


interessados, por cooperativas habitacionais, principalmente as organizadas por associações

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de moradores e sindicatos de trabalhadores e outras modalidades de associações voluntárias,


dirigidas pelos próprios interessados, como formas de incremento à execução de programas
de construção habitacional e melhoria ou expansão de infraestrutura e equipamentos urbanos
em conjunto e loteamentos residenciais já existentes;

IV - instituirá programa de assistência técnica gratuita no projeto e construção de


moradias para famílias de baixa renda.

Art. 143.Nas ações coletivas com fins de regularização fundiária, o município propiciará, aos
pretendentes, formas de apoio técnico e jurídico necessário.

Seção III
Da Política Agrícola e do Abastecimento

Art. 144.O Município, dentro dos princípios de sua organização econômica, e nos limites de
sua competência, planejará e executará política de incentivo à produção agropecuária, com os
seguintes objetivos:

I - desenvolvimento da propriedade em todas as potencialidades, a partir da vocação e


da capacidade de uso do solo, levando em conta a proteção ao meio ambiente, consoante a
legislação vigente. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15
DE DEZEMBRO DE 2014)

II - a participação em programas de recuperação e conservação do solo, de


reflorestamento, de irrigação, de aproveitamento de recursos hídricos e de recursos naturais;

III - estimular o fomento da produção agropecuária, a organização do abastecimento


alimentar e o incentivo à produção de alimentos, de consumo interno e armazenagem;

IV - o incentivo à agroindústria;

V - o incentivo ao cooperativismo, ao sindicalismo e ao associativismo;

VI - a implantação de cinturões verdes na periferia urbana.

Art. 145. O Município, juntamente com o Estado e a União, manterá serviços de extensão
rural, de assistência técnica e de pesquisa e tecnologia agropecuária, dispensando cuidados
especiais aos pequenos e médios produtores, bem como as suas associações e cooperativas.

Art. 146. Fica criado o Fundo de Apoio Municipal ao Desenvolvimento dos Pequenos
Estabelecimentos Rurais, destinado ao financiamento de programas de infraestrutura, à
preservação dos recursos naturais, à pequena moradia, visando à elevação da qualidade dos
padrões social e econômico do meio rural, na propriedade.

Art. 147. O Município, através do Conselho Municipal de Agropecuária, regulamentado por lei,

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estabelecerá os critérios para a aplicação de projetos e recursos, além da fiscalização.

Art. 148.O Município, como incentivo ao desenvolvimento agrícola, priorizará a conservação


e ampliação da rede de estradas vicinais, de eletrificação e telefonia rurais, bem como de
escolas, ambulatórios e outros serviços que propiciem a permanência do homem no meio
rural.

CAPÍTULO III
TRANSPORTE COLETIVO E DO TRÂNSITO

Art. 149. O Município estabelecerá política de transporte público de passageiros, para a


organização, o planejamento e a execução deste serviço essencial, devendo ser estruturado
de acordo com os seguintes princípios:

Parágrafo único. A política de transporte público de passageiros deverá ser


compatibilizada com os objetivos das políticas de desenvolvimento integrado do município, e
visará:

I - atendimento a toda a população assegurando o acesso da população aos locais de


emprego e consumo, de educação e saúde, e de lazer e cultura, bem como outros fins
econômicos e sociais essenciais;

II - otimizar os serviços, para a melhoria da qualidade de vida da população;

III - redução da poluição ambiental em todas as suas formas e minimizar os níveis de


interferência no meio ambiente;

IV - qualidade do serviço prestado a toda a população segundo critérios estabelecidos


pelo Poder Público;

V - desenvolvimento pleno de todas as tecnologias disponíveis, que se adaptem às


características da cidade;

VI - integração entre os diferentes meios de transporte e implantação dos equipamentos


de apoio.

Art. 150.O Município verificará, sempre que necessário, a necessidade de extensão de novas
linhas para atendimento da população e abrirá concorrência pública para suprir tais
necessidades.

Parágrafo único. Terão prioridade no atendimento:

I - os bairros mais distantes do centro;

II - população de baixa renda;

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III - áreas escolares e zonas de desenvolvimento industrial, levando-se em conta a


proporcionalidade da mão de obra empregada;

IV - população da zona rural.

Art. 151. O Executivo Municipal definirá, segundo o critério do plano de desenvolvimento


diretor integrado, a frequência e o percurso do transporte coletivo local.

Parágrafo único. Devido ao aspecto geográfico, do perímetro urbano do Município, a


ligação entre os bairros, prioritariamente, deverá ser transversal.

Art. 152. O Poder Público Municipal só permitirá a entrada em circulação de veículos de


transporte coletivo que estejam adaptados para o livre acesso e circulação das pessoas
portadoras de deficiência física e motora.

CAPÍTULO IV
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Art. 153. São objetivos gerais do planejamento do desenvolvimento, em consonância com os


princípios da ordem econômica e a legislação vigente:

I - incentivar a participação comunitária no processo de planejamento;

II - promover a ordenação do crescimento do Município em seus aspectos físicos,


econômicos, sociais, culturais e administrativos;

III - aproveitar plenamente os recursos administrativos, financeiros, naturais, culturais e


comunitários;

IV - atender as necessidades e carências básicas da população quanto às funções de


habitação, trabalho, lazer, cultura, mobilidade, saúde, abastecimento e convívio com a
natureza, promovendo a melhoria da qualidade de vida da população;

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

V - proteger o meio ambiente e preservar o patrimônio paisagístico e cultural do


Município;

VI - integrar a ação municipal com a dos órgãos e entidades internacionais, federais,


estaduais, regionais;

VII - ordenar o uso e ocupação do solo em consonância com a função social da


propriedade;

VIII - estimular a permanência do homem no campo e o desenvolvimento social e

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econômico sustentável.

§ 1º O Poder Executivo fica autorizado, na forma da lei, a introduzir critérios ecológicos


em todos os níveis de seu planejamento político, econômico, social e de incentivo à
modernização tecnológica. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014,
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

§ 2º O Município, dentro de seus planos de desenvolvimento e de obras, priorizará a


utilização de fontes de energia alternativa não poluente, bem como de tecnologias poupadoras
de energia.

Art. 154.O planejamento das atividades do governo municipal far-se-á através do plano global
de desenvolvimento municipal, em consonância com plano diretor de desenvolvimento
integrado e as leis orçamentárias.

Art. 155. O Município, por iniciativa própria, ou com a colaboração do Estado, providenciará o
estabelecimento de um sistema estatístico, cartográfico e de geologia, que servirá como base
para o planejamento.

Art. 156. O município submeterá à apreciação das associações antes de encaminhá-lo à


Câmara Municipal, os projetos de Lei do Plano Plurianual, do Orçamento anual e do Plano
Diretor, a fim de receber sugestões quanto à oportunidade e o restabelecimento das
prioridades das medidas propostas.

Parágrafo único. Os projetos de que trata este artigo ficarão à disposição das
associações durante dez dias antes da sua remessa à Câmara Municipal.

TÍTULO VI
DA ORDEM SOCIAL

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 157. A Ordem Social, pela qual o Município é responsável, tem como base o primado do
trabalho e por objetivo o bem estar e a justiça social.

Art. 158. A ordem social é garantida por um conjunto de ações do Município em convênio com
o Estado, a União e com a participação da sociedade destinada a tornar efetivo os direitos ao
trabalho, à educação, à cultura, ao desporto, ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência
social, asseguradas ao indivíduo pela Constituição Federal, guardadas as peculiaridades
locais.

§ 1º Será estimulada e valorizada a participação da população através de organizações


representativas, na integração e controle da execução das ações mencionadas neste artigo.

§ 2º Os projetos de cunho comunitário terão preferência nos financiamentos públicos e

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nos incentivos fiscais além de outros.

Art. 159. O Município prestará assistência social visando, entre outros, aos seguintes
objetivos:

I - proteção à família, a maternidade, a infância, à adolescência e à velhice;

II - amparo aos carentes e desassistidos;

III - promoção da integração no mercado de trabalho;

IV - habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e promoção de sua


integração na vida social e comunitária.

V - proteção a vítimas de violência, instituindo serviços de atenção integral e apoio, bem


como criação de redes de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica. (REDAÇÃO
DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

Art. 160. A lei definirá a participação do Município nos programas municipais relativo a
emprego, a acidentes do trabalho e outros que assegurem o exercício dos direitos laborais
previstos na Constituição Federal.

O Município implementará política especial de proteção e atendimento às pessoas


Art. 161.
com necessidades especiais, visando a integrá-las socialmente.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

§ 1º Os logradouros e edifícios públicos serão adaptados para permitir o livre acesso às


pessoas com necessidades especiais. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

§ 2º Os funcionários municipais que tiverem filhos com necessidades especiais, terão


suas jornadas de trabalho reduzidas, sem prejuízo de vencimento ou vantagem, desde que
comprovada que sua presença seja imprescindível.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

§ 3º O serviço público municipal destinará, no mínimo, dois por cento das vagas dos
cargos de provimento efetivo para serem preenchidos através de concurso, por pessoas com
necessidades especiais, consideradas aptas ao seu exercício.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

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§ 4º Os empresários que empregarem pessoas com necessidades especiais terão uma


redução nos impostos municipais a ser fixada em lei complementar. (REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

§ 5º O Executivo Municipal manterá um programa de prevenção da excepcionalidade


com técnicos que orientem as famílias, especialmente as de baixa renda e que tenham filhos
excepcionais.

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

Art. 162. O Município deverá construir creches nos bairros populares para atender as famílias
de baixa renda, com recursos próprios ou em convênios com órgãos do Estado ou da União.

CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DO DESPORTO E LAZER SEÇÃO I DA EDUCAÇÃO

Art. 163. A educação, direito de todos e dever do município e da família, baseada na justiça
social, na democracia e no respeito aos direitos humano, meio ambiente e valores culturais
visa ao desenvolvimento do educando como pessoa e a sua qualificação para o trabalho e o
exercício da cidadania, com consciência social e crítica.

Art. 164. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

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III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições


públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais;

V - valorização dos profissionais do ensino;

VI - gestão demográfica do ensino público;

VII - garantia do padrão de qualidade.

Art. 165. É dever do Município, com a participação do Estado e da União:

I - garantir ao ensino fundamental, público, obrigatório e gratuito, inclusive para os que


não tiveram acesso a ele na idade própria;

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II - prestar atendimento educacional, às pessoas com necessidades especiais e aos


superdotados;

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

III - apoiar a progressiva expansão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

IV - manter a quantidade necessária de:

a) creches;
b) escolas de ensino fundamental completo com atendimento ao pré-escolar.

V - oferecer ensino noturno regular adequado às condições do educando;

VI - manter cursos profissionalizantes abertos à comunidade em geral; (REDAÇÃO


DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

VII - prover meios para que seja oferecido horário integral aos alunos de ensino
fundamental, caso estes optarem.

VIII - incentivar a publicação de obras e pesquisas no campo da educação.

Art. 166. O Município aplicará, anualmente, no mínimo trinta e cinco por cento da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, nas áreas da
educação, da cultura, do desporto e do lazer (em conformidade com o capítulo da Educação),
respeitados os vinte e cinco por cento na manutenção e desenvolvimento do ensino.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11/2011)

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

Parágrafo único. É vedada às escolas públicas a cobrança de taxas ou contribuições a


qualquer título.

Art. 167. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 1º O não oferecimento de ensino obrigatório e gratuito ou a sua oferta irregular, pelo


Poder Público, importam responsabilidade da autoridade competente.

§ 2º Compete ao Município, articulado com o Estado e a União, recensear os educandos


para o ensino fundamental, fazendo-lhes a chamada anualmente.

§ 3º Transcorridos dez dias úteis do pedido de vaga, incorrerá em responsabilidade


administrativa a autoridade municipal competente que não garantir, ao interessado,
devidamente habilitado, o acesso à escola fundamental.

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§ 4º A comprovação do cumprimento do dever de frequência obrigatória dos alunos de


ensino fundamental será feita por meio de instrumentos apropriados, regulados em lei.

Art. 168.Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigido às
escolas comunitárias confessionais ou filantrópicas, definidas em lei que:

I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em


educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou


confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

Art. 169.Anualmente o Poder Executivo publicará relatório da execução financeira da


despesa em educação, por fonte de recurso, discriminando os gastos mensais.

§ 1º Será fornecido ao Conselho Municipal de Educação, semestralmente, relatório de


execução financeira da despesa em educação, discriminando os gastos mensais, em especial
os aplicados na construção, reformas, manutenção ou conservação das escolas, as fontes e
critérios de distribuição de recursos e nos estabelecimentos e instituições beneficiadas.

§ 2º A autoridade competente será responsabilizada pelo não cumprimento no disposto


nesse artigo.

Art. 170. Revogado.

Art. 171. A lei estabelecerá plano municipal de educação, de duração plurianual, em


consonância com os planos nacional e estadual de educação, visando à articulação e ao
desenvolvimento do ensino nos diversos níveis, e à integração das ações desenvolvidas pelo
Poder Público que conduzam à:

I - alfabetização;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica.

Parágrafo único. O Plano de que trata do caput do referido art. será definido e avaliado
através de conferência municipal, convocada de dois em dois anos.

Art. 172. O Conselho Municipal de Educação assegurará ao sistema municipal de ensino


flexibilidade técnico pedagógico-administrativo, para o atendimento das peculiaridades sócio

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culturais, econômicas ou outras específicas da comunidade.

§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários


normais das escolas públicas do ensino fundamental e médio.

§ 2º Será estimulado o pluralismo de idiomas nas escolas, na medida em que atenda a


uma demanda significativa de grupos interessados ou de origens étnicas diferentes.

Art. 173. É assegurado o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, garantida a


valorização da qualificação e da titulação profissional do magistério, independente do nível
escolar em que atuem, mediante a fixação de piso salarial.

Parágrafo único. Na organização do sistema municipal de ensino, serão considerados


profissionais do magistério público municipal os professores e os especialistas da educação.

Art. 174. O Município promoverá:

I - política com vista à formação profissional nas áreas do ensino público municipal em
que houver carência de professores;

II - cursos de atualização e aperfeiçoamento aos seus professores e especialistas nas


áreas em que estes atuarem, e em que houver necessidade;

III - política especial para a formação, em nível médio, de professores das séries iniciais
de seu ensino fundamental.

§ 1º Para a implementação do disposto nos incisos I e II, o Município poderá celebrar


convênio com instituições.

§ 2º O estágio relacionado com a formação mencionada no inciso III será remunerado, na


forma da lei.

Art. 175.É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se em todos
os estabelecimentos de ensino através de associações, grêmios ou outras formas.

Parágrafo único. Será responsabilizada a autoridade educacional que embaraçar ou


impedir a organização ou o funcionamento das entidades referidas neste artigo.

Art. 176. As escolas públicas municipais contarão com conselhos escolares constituídos pela
direção da escola e por representantes dos seguimentos da comunidade escolar, tendo
caráter consultivo, normativo, deliberativo e fiscalizador, na forma da lei.

§ 1º Os diretores das escolas públicas municipais serão escolhidos mediante eleição


direta e uninominal pela comunidade escolar, na forma da lei.

§ 2º Os estabelecimentos públicos de ensino estarão à disposição da comunidade

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através de programações organizadas em comum.

Art. 177. O Município, com a participação da comunidade escolar, desenvolverá programa de


transporte escolar rural que assegurem os recursos financeiros indispensáveis para garantir o
acesso de todos os alunos à escola, conforme dispuser a legislação.

Art. 178.O Município implantará, na sua rede municipal de ensino, no mínimo uma escola
com cursos profissionalizantes.

Seção II Cultura

Art. 179. O Município, através de órgão específico, estimulará a cultura em suas múltiplas
manifestações, garantindo o pleno e efetivo exercício dos respectivos direitos culturais e o
acesso a suas fontes em nível nacional e regional, apoiando e incentivando a produção, a
valorização e a difusão das manifestações culturais.

Parágrafo único. É dever do Município proteger e estimular as manifestações culturais


dos diferentes grupos étnicos formadores da sociedade alegretense.

Art. 180. Constituem direitos culturais garantidos pelo Município:

I - liberdade de criação e expressões artísticas;

II - acesso à educação artística e ao desenvolvimento da criatividade, principalmente nos


estabelecimentos de ensino, nas escolas de arte, nos centros culturais e espaços de
associações de bairros;

III - amplo acesso a todas as formas de expressão cultural;

IV - apoio e incentivo à produção, difusão e circulação dos bens culturais;

V - acesso ao patrimônio cultural do Município;

VI - as feiras de artesanato e de artes plásticas e os espaços de livre expressão artística-


popular.

Art. 181. O Município, com a colaboração da comunidade, protegerá o patrimônio cultural e


histórico por meio de inventários, registros, vigilância, tombamentos, desapropriações e outras
formas de acautelamento e preservação.

§ 1º Os proprietários de bens de qualquer natureza tombados pelo Estado receberão


incentivos para preservá-los e conservá-los conforme definido em lei.

§ 2º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos na forma da lei.

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§ 3º As instituições públicas municipais ocuparão preferencialmente prédios tombados,


desde que não haja ofensa a sua preservação.

Art. 182.O Poder Público Municipal manterá atualizado o cadastro das obras de arte e do
acervo cultural, público e privado existente no Município de Alegrete.

Parágrafo único. O plano diretor de desenvolvimento integrado disporá, necessariamente,


sobre a proteção do patrimônio histórico e cultural.

Art. 183. As entidades da administração descentralizada do Município sujeitas a tributos


federais, quando a lei facultar a destinação de parte destes a título de incentivo fiscal, deverão
aplicá-los nas instituições dos diversos segmentos da produção cultural vinculados ao órgão
municipal responsável pela cultura, sob pena de responsabilidade, sem prejuízo da dotação
orçamentária à cultura.

Art. 184.O Municipal de forma democrática, participativa e integrada adotará medidas de


planejamento das ações culturais, podendo instituir um sistema municipal de cultura para:

I - estabelecer diretrizes operacionais e prioridades para o desenvolvimento cultural do


Município;

II - integrar ações governamentais na área das artes e do lazer cultural.

Art. 185. Os recursos destinados à cultura serão democraticamente aplicados dentro de uma
visão social abrangente, valorizando as manifestações autênticas da cultura popular, a par da
universalização da cultura erudita.

Seção III
Do Desporto e do Lazer

Art. 186. É dever do município fomentar e amparar o desporto, o lazer e a recreação, como
direito de todos, mediante:

I - a promoção prioritária do desporto educacional, amador e profissional, em termos de


recursos humanos, financeiros e materiais, em suas atividades meio e fim;

II - a dotação de instalações esportivas e recreativas para as instituições escolares


públicas e amadorísticas;

III - o incentivo à pesquisa no campo da educação física, do desporto, do lazer e da

recreação;

IV - a garantia de condições para a prática de educação física, do lazer e do esporte ao


deficiente físico, sensorial e mental.

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Parágrafo único. Os estabelecimentos especializados em atividades de educação física,


esporte e recreação ficam sujeitos a registro, supervisão e orientação normativa do Município,
na forma da lei.

Art. 187.Compete ao Município legislar sobre a utilização das áreas de recreação e lazer, e
sobre a demarcação dos locais destinados ao repouso, à pesca profissional ou amadora e ao
desporto em geral nos rios e lagoas do Município.

Art. 188. O desporto e o lazer serão supervisionados, por órgão competente, visando a:

I - cumprir diretrizes e prioridades para crescimento e agilização do desporto no


Município;

II - estimular a execução dos projetos esportivos;

III - coordenar e acompanhar as atividades esportivas comunitárias;

IV - emitir pareceres sobre questões de esporte e lazer.

As áreas de lazer do Município são intocáveis, não podendo ser cedidas, vendidas,
Art. 189.
emprestadas ou alugadas sob qualquer pretexto, ficando proibida sua utilização para outro fim.

CAPÍTULO III
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 190.O Município promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a


capacitação tecnológica, destinando recursos orçamentários próprios e estabelecendo
convênios com órgãos públicos e privados.

Art. 191.O Município apoiará e estimulará as empresas e entidades que investirem em


pesquisa e desenvolvimento tecnológico e na formação e aperfeiçoamento de recursos
humanos.

Art. 192. Incumbe ao Poder Executivo manter banco de dados com estatísticas, diagnóstico
físico, territorial e outras informações relativas às atividades comerciais, industriais e de
serviços, destinando-se a servir de suporte para as ações de planejamento e desenvolvimento
tecnológico.

CAPÍTULO IV DO TURISMO

Art. 193.O Município instituirá política de turismo e definirá as diretrizes a observar nas ações
públicas e privadas, com vistas a promover e incentivar o turismo como fator de
desenvolvimento social e econômico.

§ 1º Para o cumprimento do disposto neste artigo, cabe ao Poder Executivo, através de

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órgão específico, promover:

I - o inventário e a regulamentação do uso, ocupação e fruição dos bens naturais e


culturais de interesse turístico;

II - a infraestrutura básica necessária à prática do turismo, apoiando e realizando os


investimentos na produção, criação e qualificação dos empreendimentos, equipamentos e
instalações ou serviços turísticos através de linhas de crédito especiais e incentivos;

III - implantação de ações que visem ao permanente controle de qualidade dos bens e
serviços turísticos;

IV - medidas específicas para o desenvolvimento dos recursos humanos para o setor;

V - elaboração sistemática de pesquisa sobre oferta e demanda turística, com análise dos
fatores de oscilação do mercado;

VI - fomento ao intercâmbio permanente com outros municípios, estados e com o


exterior, em especial com os países do Prata, visando ao fortalecimento do espírito de
fraternidade e aumento do fluxo turístico nos dois sentidos, bem como à elevação da média de
permanência do turista em território do Município;

VII - construção de albergues populares.

§ 2º As iniciativas previstas neste artigo estender-se-ão aos pequenos proprietários


rurais, localizados em regiões demarcadas em lei, como forma de viabilizar alternativas
econômicas que estimulem sua permanência no meio rural.

CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 194. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sobre


qualquer forma, processo ou vínculo, não sofrerão qualquer restrição, observando o disposto
na Constituição Federal e na Constituição Estadual.

§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço a plena liberdade de
informação jornalística em qualquer veículo, empresa e o órgão de comunicação social,
observado o disposto no artigo 5º, inciso IV, V, X, XIII e XIV da Constituição Federal.

§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica ou artística.

§ 3º A publicação de veículo impresso de comunicação independe de licença de


autoridade.

CAPÍTULO VI
DA SAÚDE E DO SANEAMENTO SEÇÃO I DA SAÚDE

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Art. 195.A saúde é direito de todos e dever do Município, em convênio com o Estado e com a
União, através de sua promoção, proteção e recuperação.

Parágrafo único. O dever do Município, garantido por adequada política social e


econômica, não exclui o do indivíduo, da família e de instituições e empresas que produzam
riscos ou danos à saúde individual ou da coletividade.

Art. 196. As ações e serviços públicos de saúde no Município são promovidos pela Secretaria
Municipal de Saúde, através do Sistema Único de Saúde - SUS - observadas às seguintes
diretrizes:

I - descentralizada e com direção do Município;

II - integralidade na prestação de ações preventivas, curativas e reabilitadoras,


adequadas às diversas realidades epidemiológicas;

III - universalização e equidade em todos os níveis de atenção à saúde para a população


urbana e rural;

IV - participação, com poder decisório, das entidades populares representativas de


usuários e trabalhadores da saúde, na formulação, gestão, controle e fiscalização das políticas
de saúde.

Art. 197. Ao sistema único de saúde, no âmbito do município, além de suas atribuições
inerentes, incumbe na forma de lei:

I - coordenar e integrar as ações e serviços municipais e estaduais de saúde individual

e coletiva;

II - definir as prioridades e estratégias locais de promoção de saúde;

III - regulamentar, controlar e fiscalizar as ações e serviços públicos de saúde;

IV - controlar e fiscalizar qualquer atividade e serviço que comporte risco à saúde, à


segurança ou ao bem estar físico e psíquico do indivíduo e da coletividade, bem como ao meio
ambiente;

V - fomentar a pesquisa, o ensino e o aprimoramento científico, tecnológico e de


recursos humanos no desenvolvimento da área de saúde;

VI - estimular a formação da consciência pública voltada à preservação da saúde e do


meio ambiente;

VII - realizar a vigilância sanitária, epidemiológica, toxicológica e farmacológica;

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VIII - garantir a formação e funcionamento de serviços públicos de saúde, inclusive


hospitalares e ambulatoriais, visando atender às necessidades municipais;

IX - estabelecer normas, critérios e padrões de coleta, processamento, armazenamento e


transfusão de sangue humano e seus derivados garantindo a qualidade destes produtos
durante

todo processo, vedado qualquer título de comercialização, estimulando a doação e


propiciando informações e acompanhamento aos doadores;

X - organizar, controlar e fiscalizar a produção e distribuição dos insumos farmacêuticos,


medicamentos e correlatos, imunobiológicos, produtos biotecnológicos, odontológicos e
químicos essenciais às ações de saúde, materiais de acondicionamento e embalagem,
equipamentos e outros meios de prevenção, tratamento e diagnóstico, promovendo o
desenvolvimento de novas tecnologias e priorizando as necessidades do município;

XI - desenvolver ações específicas de prevenção contra deficiências, bem como a


recuperação e habilitação das pessoas com necessidades especiais referidas no Capítulo IX.
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE
2014)

XII - supletivamente à ação federal estabelecer critérios, normas, padrões de controle e


fiscalização dos procedimentos relativos a:

a) remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa


ou tratamento, vedada a sua comercialização;
b) transporte, armazenamento, manuseio, e destino final de produtos tóxicos e
radioativos, bem como de equipamentos que geram radiação ionizante ou utilizam material
radioativo.

XIII - em complementação à atividade federal e estadual, regulamentar, controlar e


fiscalizar os alimentos, da fonte de produção até o consumidor;

XIV - propiciar recursos educacionais e os meios de científicos que assegurem o direito


ao planejamento familiar, de acordo com a livre decisão do casal;

XV - em cumprimento à legislação referente à salubridade e segurança dos ambientes de


trabalho, promover e fiscalizar as ações em benefício da saúde integral do trabalhador rural e
urbano;

XVI - promover a integração das ações de saúde escolar ao SUS;

XVII - prestar assistência clínica-ginecológica, que consiste na identificação, diagnóstico


e tratamento das patologias sistêmicas e do aparelho reprodutivo, inclusive a prevenção do
câncer de colo uterino e da mama;

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XVIII - assistência à saúde oral.

XIX - desenvolver ações de fiscalização, prevenção e recuperação de lesões por esforços


repetitivos ou doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho.

Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a organização, financiamento, controle


e gestão do Sistema Único de Saúde no âmbito do Município.

O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será financiado, dentre outros,


Art. 198.
com recursos de seguridade social da União, do Estado e do Município.

à saúde.

Parágrafo único. Não menos de dez por cento do orçamento Municipal será destinado

Art. 199. A transferência dos recursos financeiros ao Município destina-se ao custeio de


serviços e investimentos na área da saúde, vedada sua utilização para outras finalidades.

O Município concederá estímulos especiais em favor da saúde, na forma da lei, às


Art. 200.
pessoas físicas com capacidade civil plena que doarem órgãos passíveis de transplante
quando da sua morte.

Seção II
Do Saneamento Básico

Art. 201. O saneamento básico é ação de saúde e serviço público essencial, implicando seu
direito garantia inalienável ao cidadão.

§ 1º O saneamento básico compreende a captação, o tratamento e a distribuição de


água potável, a coleta, o tratamento e disposição final de esgotos cloacais e do lixo, bem
como a drenagem urbana.

§ 2º É dever do Município, com a participação do Estado e da União, a extensão


progressiva do saneamento básico a toda a população urbana e rural, como condição básica
de qualidade de vida, da proteção ambiental e do desenvolvimento social.

§ 3º A lei disporá sobre o controle, a fiscalização, o processamento e a destinação do


lixo dos resíduos urbanos, industriais, hospitalares e laboratoriais de pesquisa, de análises
clínicas e assemelhadas.

Art. 202.O Município de forma integrada ao Sistema Único de Saúde, formulará a política e o
planejamento da execução das ações de saneamento básico, respeitadas as diretrizes
municipais quanto ao meio ambiente, recursos hídricos e desenvolvimento urbano.

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§ 1º O município manterá o seu sistema próprio de saneamento.

§ 2º No distrito industrial, o arroio Capivari será tratado e reciclado de forma integrada


pelas empresas através de condomínio de tratamento de resíduos.

Art. 203. O Município manterá órgão técnico normativo de serviços de saneamento básico
para, entre outras atribuições, exigir da concessionária que:

I - preste serviços público de água e esgoto a toda a população; II

- integre os sistemas locais de saneamento básico;

III - execute as políticas ditadas em nível federal e estadual estabelecidas para o setor,
garantindo os benefícios do saneamento básico à totalidade da população, compatibilizando o
planejamento municipal com o do órgão gestor das bacias hidrográficas em que estiver parcial
ou totalmente inserido.

Art. 204. Nos novos loteamentos urbanos e rurais o município implantara sistema de
distribuição de água potável.

Art. 205. A conservação e proteção das águas superficiais e subterrâneas são tarefas do
Município, em ação conjunta com o Estado.

Parágrafo único. No aproveitamento das águas superficiais e subterrâneas é prioritário o


abastecimento da população.

Art. 206. O Município adotara a coleta seletiva e reciclagem de matérias como forma de
tratamento dos resíduos sólidos domiciliares e de limpeza urbana, sendo que o material
residual devera ser condicionado de maneira a minimizar ao Maximo o impacto ambiental, em
locais especialmente indicados pelos planos diretores de desenvolvimento integrado, de
saneamento básico e de proteção ambiental.

Art. 207. O poder público desenvolvera programas de informação, através da educação


formal e informal, sobre materiais recicláveis e sobre materiais biodegradáveis.

Art. 208. São proibidos os depósitos de materiais orgânicos e inorgânicos, bem como a
destinação de resíduos sólidos ou líquidos em locais não apropriados para tal.

Parágrafo único. O Município pio apoiara a construção de centrais de materiais


descontaminados.

CAPÍTULO VII
DO MEIO AMBIENTE

Art. 209.O meio ambiente é bem de uso comum do povo, e a manutenção de seu equilíbrio é
essencial à sadia qualidade de vida.

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§ 1º A tutela do meio ambiente é exercida por todos os órgãos do município.

§ 2º O causador da poluição ou do dano ambiental será responsabilizado e deverá

assumir ou ressarcir ao Município, se for o caso, todos os custos financeiros, imediatos ou


futuros, decorrentes do saneamento do dano.

Art. 210.Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo - se ao


poder público e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo e restaurá-lo para as
presentes e futuras gerações cabendo a todos exigir do Poder Público a adoção de medidas
neste sentido.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito o Município desenvolvera ações


permanentes de proteção, restauração, fiscalização do meio ambiente, incumbindo-lhe
primordialmente.

I - Prevenir, combater e controlar a poluição e a erosão em qualquer das suas formas;

II - Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais, obras e monumentos


artísticos, históricos e culturais, e promover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas
definindo em leis os espaços territoriais a serem protegidos.

III - Fiscalizar e normatizar a produção, o armazenamento, o transporte, o uso e o


destino final dos produtos, embalagens e substancias potencialmente perigosas a saúde e
aos recursos naturais;

IV - Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização


publica para a proteção do meio ambiente;

V - Exigir estudo de impacto ambiental com alternativas de localização para operação de


obras ou atividades públicas ou privadas que possam causar degradação ou transformação no
meio ambiente dando a esse estudo a indispensável publicidade;

VI - Preservar e restaurar a diversidade e a integridade do patrimônio genético contido


em seu território, fiscalizando às entidades dedicadas à pesquisa e a manipulação de material
genético;

VII - Proteger a flora, a fauna, e a paisagem natural, vedadas as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica e paisagística. Provoquem extinção de espécie ou submetam
os animais à crueldade;

VIII - Definir critérios ecológicos em todos os níveis de planejamento político, social e


econômico;

IX - Incentivar e auxiliar tecnicamente os movimentos comunitários e entidades de caráter

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cultural, científico e educacional, com finalidades ecológicas;

X - Promover o manejo ecológico dos solos, respeitando sua vocação quanto à


capacidade de uso;

XI - Fomentar a conservação das matas, o florestamento ecológico e a Área de


Preservação Permanente do Ibirapuitã, na forma da lei;

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

XII - Incentivar e promover a recuperação das margens do rio Ibirapuitã e de outros


corpos d´ água, e das encostas sujeitas a erosão;

XIII - Incentivar os métodos naturais para combater as pragas nas atividades agrícolas.

§ 2º As pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que exerçam atividades


consideradas poluidoras ou potencialmente poluidoras são responsáveis, direta ou
indiretamente, pelo acondicionamento, coleta e tratamento e destinação final dos resíduos por
elas produzidos.

§ 3º O Município, respeitando o direito de propriedade, poderá executar levantamentos,


estudos, projetos e pesquisas necessários ao conhecimento do meio físico, assegurando ao
proprietário indenização ulterior, se houver dano.

A lei disporá sobre a organização do sistema municipal de proteção ambiental,


Art. 211.
através do plano diretor de proteção ambiental, que terá como atribuições a elaboração
implementação, execução e controle da política ambiental do Município.

Art. 212.É vedada a produção, o transporte, a comercialização e o uso de medicamentos,


biocidas agrotóxicos ou produtos químicos e biológicos cujo emprego tenha sido comprovado
como nocivo em qualquer parte do território nacional ou por razões toxicológicas ou de
degradação ambiental.

Art. 213. Quaisquer empreendimentos de alto potencial poluente, bem como de quaisquer
obras de grande porte que possam causar dano à vida ou alterar significativamente ou
irreversivelmente o ambiente, dependerá da autorização do órgão ambiental, da aprovação da
Câmara Municipal ou de concordância da população manifestada por plebiscito convocado na
forma da lei.

Art. 214.É vedado, em todo o território municipal o transporte e o deposito ou qualquer outra
forma de disposição de resíduos que tenha sua origem na utilização de energia nuclear e de
resíduos tóxicos ou radioativos, quando provenientes de outros municípios, Estado ou países.

Art. 215. São vedados o abate, a poda e o corte de árvores sitiadas no município.

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Parágrafo único. Lei complementar definirá os casos em que, por risco a pessoas, danos
ao patrimônio ou necessidade de obra pública ou privada se admitirá o abate, a poda ou o
corte, e definirá sanções para os casos de transgressão ao disposto no "caput".

Art. 216. As áreas verdes, praças, parques, jardins unidades de conservação e reservas
ecológicas municipais são patrimônio público inalienável.

Art. 217.O Município deverá implantar e manter áreas verdes, de preservação permanente,
perseguindo proporção nunca inferior a quinze metros quadrados por habitante.

Art. 218.A lei criará incentivos especiais para a preservação das áreas de interesse ecológico
em propriedades privadas.

Art. 219. O Município, através de órgão especifico, elaborará política de assistência técnica
aos proprietários rurais de terras em áreas de risco de desertificação.

Art. 220. Fica instituído o Sistema Municipal de recursos Hídricos integrado ao sistema
estadual e nacional de gerenciamento desses recursos, adotando a bacia hidrográfica do rio
Ibicuí como unidade básica de planejamento e gestão observados os aspectos de uso e
ocupação do solo com vista a promover:

I - A melhoria de qualidade dos recursos hídricos da região;

II - O regular abastecimento de água à população urbana e rural, às indústrias e os


estabelecimentos agrícolas.

§ 1º O sistema de que trata este artigo compreende critérios de outorga de uso, o


respectivo acompanhamento, fiscalização e tarifação de modo a proteger e controlar as águas
superficiais e subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, assim como racionalizar e
compatibilizar os usos inclusive quando a construção de reservatórios, barragens e a usinas
elétricas ou termoelétrica.

§ 2º No aproveitamento das águas superficiais e subterrâneas será considerado de


absoluta prioridade o abastecimento da população.

§ 3º Os recursos arrecadados pela utilização da água deverão ser destinados a obras e a


gestão dos recursos hídricos na própria bacia, garantindo sua conservação e a dos recursos
ambientais, como prioridade para as ações preventivas.

CAPÍTULO VIII
DA ASSISTÊNCIA E DA AÇÃO COMUNITÁRIA

SEÇAO I
Da Família, Da Criança, Do Adolescente e Do Idoso

Art. 221. O Município desenvolverá política e programa de assistência social e proteção à

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criança, ao adolescente e ao idoso, com ou sem necessidades especiais, com a participação


de entidades civis, obedecendo aos seguintes preceitos: (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA
À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

I - Aplicação, na assistência materno-infantil, de percentual mínimo fixado em lei dos


recursos públicos, destinados à saúde;

II - A criação de programas de prevenção e atendimento especializado à criança e aos


adolescentes dependentes de entorpecente e drogas afins;

III - Criação de programas de prevenção, de integração social, de preparo para o


trabalho, de acesso facilitado aos bens e serviços e à escola e de atendimento especializado
para crianças e adolescentes portadores de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla;

IV - Exigência obrigatória de existência de quadro técnico responsável em todos os


órgãos com atuação nesses programas;

V - Execução de programas que priorizem o atendimento no ambiente familiar e


comunitário;

VI - Criação de incentivos fiscais e creditícios às pessoas físicas ou jurídicas que


participarem da execução dos programas;

VII - Atenção especial às crianças, adolescentes e mulheres em estado de


miserabilidade, explorados sexualmente, doentes mentais, órgãos, abandonados e vítimas de
violência.

§ 1º A coordenação, o acompanhamento e a fiscalização dos programas a que se refere


este artigo, caberão a conselhos comunitários, cuja organização, composição, funcionamento
e atribuições, serão disciplinados em lei, assegurada a participação de representantes de
órgãos públicos e de seguimentos da sociedade civil organizada.

§ 2º O Conselho Municipal da Criança e do Adolescente e o Conselho Tutelar, como


determina a legislação Federal, além de outras atribuições, denúncia referentes à violência
praticadas contra crianças e adolescentes bem como a responsabilidade pelo
encaminhamento e acompanhamento das respectivas providencias cabíveis.

Art. 222. Compete ao Município:

I - Dar prioridade às pessoas menores de quatorze anos e maiores de sessenta anos, em


todos os programas de natureza sócio-econômica, desde que comprovada a insuficiência de
meios materiais;

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

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II - Prestar assistência social especial às vitimas de violência de âmbito familiar, inclusive


através de atendimento jurídico e assistência social a família;

III - Prestar assistência à criança e ao adolescente abandonado, proporcionando aos


meios adequados a sua manutenção, educação, encaminhamento a emprego e a integração a
sociedade;

IV - Estabelecer programas de assistência aos idosos, com necessidades especiais ou


não, com o objetivo de lhes proporcionar segurança econômica, defesa da dignidade e bem
estar, prevenção de doenças, integração e participação ativa na comunidade;

(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE


2014)

V - Manter casas-albergue ou moradia transitória para idosos, mendigos, crianças e


adolescentes abandonados, com necessidades especiais ou não, sem lar ou família, aos quais
se darão as condições de bem estar e dignidade humana. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA
À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)

É assegurada à gratuidade no transporte coletivo municipal aos maiores de sessenta


Art. 223.
e cinco anos e aos deficientes comprovadamente carentes.

Seção II
Da Defesa do Consumidor

Art. 224. O Município promoverá ação sistemática de proteção ao consumidor, de modo a


garantir-lhe a segurança e a saúde, e a defesa de seus interesses econômicos.

A ação referida no artigo anterior será planejada e executada pelo Poder Executivo,
Art. 225.
com a participação de entidades representativas do Consumidor, de empresários e
trabalhadores, visando, especialmente, aos seguintes objetivos:

I - instituir o sistema municipal de defesa do consumidor;

II - estimular as cooperativas ou outras formas de associativismo de consumo;

III - propiciar meios que possibilitem ao consumidor o exercício do direito à informação, à


escolha, à defesa de seus interesses econômicos, à segurança e à saúde, e que facilitem o
acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vista à prevenção e reparação de danos
individuais e coletivos;

IV - incentivar a formação de consciência pública voltada para a defesa dos interesses do


consumidor;

V - fiscalizar a qualidade de bens e serviços, assim como seus preços, pesos e medidas,

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observadas a competência do Estado e da União.

TÍTULO VII Disposição Final

Art. 226. Esta Lei Orgânica e o ato das Disposições Transitórias, depois de assinados pelos
Vereadores, serão promulgados simultaneamente pela Mesa da Câmara Municipal de
Alegrete e entrarão em vigor na data de sua promulgação.

DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1ºO Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores prestaram o compromisso de manter,


defender e cumprir a Lei Orgânica no ato e na data da sua promulgação.

Art. 2ºNo prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Lei Orgânica o Poder Executivo
submeterá ao Poder Legislativo projeto de lei regulamentando o funcionamento do Fundo de
Apoio Municipal ao Desenvolvimento.

Art. 3º No prazo de doze meses o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo projeto
de lei regulamentando o funcionamento do órgão ou entidade de previdência e assistência
médica, odontológica e hospitalar ouvidas as entidades representativas do funcionalismo
municipal.

Art. 4º No prazo de noventa dias os Poderes Executivo e Legislativo regulamentarão o


funcionamento das Comissões de controle interno a que se refere o art. 92.

Art. 5º No prazo de cento e oitenta dias o Poder Executivo enviará ao Poder Legislativo
projeto de lei regulamentando o Sistema Municipal de Defesa Civil.

Art. 6º No Prazo de doze meses da promulgação da Lei Orgânica serão editados:

I - O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado de acordo com os art. 135 a 140.

II - Plano Global de Desenvolvimento Municipal, previsto no art. 154.

III - Plano Diretor de Proteção Ambiental, previsto nos arts. 211, 215, 218 e 220.

IV - Plano de Desenvolvimento Rural, previsto no Inciso VII do art. 153.

Art. 7º O Poder Executivo, ouvido o Conselho Municipal de Agropecuária, apresentará no


prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Lei Orgânica, projeto de lei regulamentando
o funcionamento do Fundo de Apoio Municipal ao Desenvolvimento dos Pequenos
Estabelecimentos Rurais.

Art. 8º No prazo de doze meses o Poder Executivo elaborará e o Poder Legislativo apreciará
projeto de lei dispondo sobre o transporte coletivo.

Art. 9º

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Art. 9º No prazo de dezoito meses o Poder Executivo adaptará todos os logradouros e


prédios públicos para o cumprimento no disposto no § 1º do art. 161.

Art. 10. No prazo de cento e oitenta dias da promulgação desta Lei Orgânica o Poder
Executivo encaminhará ao Poder Legislativo projeto de lei estabelecendo o Plano Municipal
de educação, de duração plurianual, aprovado pelo Conselho Municipal de Educação de que
trata o art. 171.

Art. 11.Dentro de cento e oitenta dias a contar da promulgação desta Lei Orgânica, será
regulamentado o funcionamento dos Conselhos Escolares.

Art. 12. No prazo de seis meses da promulgação da Lei Orgânica o Poder Executivo
encaminhará a Câmara Municipal projeto de lei regulamentando a utilização das áreas de
recreação e laser e demarcará as áreas destinadas ao repouso, à pesca e ao desporto nos
rios.

Art. 13. No prazo de cento e oitenta dias o Poder Executivo montará e colocará em
funcionamento o banco de dados de que trata o art. 192.

Art. 14.No prazo de cento e oitenta dias o Poder Executivo encaminhará ao Poder legislativo
projeto de lei dispondo sobre o funcionamento de órgão técnico normativo de serviço de
saneamento básico, disciplinando ao disposto nos arts. 201 a 208.

No prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Presente Lei o Poder Executivo


Art. 15.
encaminhará ao Poder Legislativo projeto de lei disciplinando o disposto no art.

§ 1º do art. 221.

Art. 16. No prazo dezoito meses da promulgação desta Lei Orgânica, nas áreas Sub -
urbanas de Alegrete, onde posseiros desprovidos de titulo de domínio de terrenos demarcados
e ocupados, o Município, através de sua procuradoria jurídica, no âmbito de suas atribuições
legais, orientará os interessados, encaminhando-os a buscar Assistência jurídica Gratuita.

Parágrafo único. Para execução do estabelecido neste artigo, bem como dos
trabalhadores de urbanização das mesmas áreas, o município abrirá Mao de seu direito de
ressarcimento que os posseiros interessados comprovem suas condições precárias de
finanças e habitabilidade.

Art. 17. No prazo de vinte e quatro meses, a contar da data da promulgação desta lei
Orgânica, o município, através do Poder Executivo, deverá promover a legislação dos lotes de
terreno do Bairro Macedo.

Art. 18. Após a promulgação desta lei Orgânica, a Câmara Municipal terá o prazo de cento e
vinte dias para elaborar, discutir e votar seu regimento interno.

Art. 19. No prazo de um ano, a contar da promulgação desta Lei Orgânica, o município

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deverá elaborar um cadastramento minucioso de toda a área urbana disponível.

§ 1º As áreas sem ocupação ou sem finalidade social terão o prazo estipulado em lei
para a sua ocupação.

§ 2º Não cumprindo o disposto no parágrafo primeiro, o Município, tornará de utilidade


pública para assentamento, através de um programa municipal de habitação, as referidas
áreas, que serão destinadas àquelas pessoas que não possuam imóveis onde possam residir
com sua família e que sejam comprovadamente carentes.

§ 3º os critérios para atendimento no disposto no parágrafo anterior serão delineados em


lei ordinária.

Art. 20. Os veículos de transporte coletivo que se encontrar em circulação na data de


promulgação desta Lei Orgânica terão o prazo de (24) vinte e quatro meses para atender o
disposto no art. 152 desta lei.

Art. 21. O Poder Público Municipal revisará, no prazo máximo de um ano, a partir da
promulgação da nova Lei Orgânica do Município, todas as doações, concessões, autorizações
e permissões de uso de terras públicas ou patrimônio público realizado no Município.

Sala das Sessões, Alegrete, 25 de abril de 2000.

Carlos Renato de Lima Costa


Presidente

Pedro Alex Oliveiro Xavier


1º secretário

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