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LEI ORGÂNICA.
PREÂMBULO
TÍTULO I
LEI ORGÂNICA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Art. 1º O Município de Alegrete, pessoa jurídica de direito público interno, parte integrante da
República Federativa do Brasil e do Estado Rio Grande do Sul, no pleno uso de sua autonomia
política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar,
respeitados os princípios estabelecidos na Constituição Federal e Estadual.
Art. 2ºA soberania popular será exercida por sufrágio universal e pelo voto secreto e direto
com igual valor para todos e, nos termos desta lei, mediante:
I - plebiscito;
II - referendo;
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 3º
É mantido o atual território do Município, cujos limites só poderão ser alterados nos
Art. 3º
termos da Legislação Estadual. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
I - pela eleição direta dos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito; (REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
II - pela administração própria, no que tange ao interesse local; (REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
III - pela instituição, arrecadação e aplicação de seus tributos. (REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
O Município promoverá vida digna aos seus habitantes e será administrado com base
Art. 8º
nos seguintes compromissos fundamentais:
II - moralidade administrativa;
IV - descentralização político-administrativa;
XII - conceder e permitir os serviços de transporte coletivos, táxis e outros, fixando tarifas
e itinerários atendendo a necessidade de locomoção de deficientes físicos;
III - zelar pela saúde, meio ambiente, higiene, segurança e assistência pública;
Art. 11. O Município pode celebrar convênios com a União, o Estado e outros Municípios,
para a execução de obras ou serviços públicos de interesse comum. (REDAÇÃO DADA PELA
EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
Art. 12. Compete ao Município suplementar a legislação federal e estadual no que couber e
naquilo que disser interesse.
CAPÍTULO II
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA SEÇÃO I DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 13. A Administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes do Município,
visando à promoção do bem público e a prestação de serviços a comunidade e aos indivíduos
que a compõem, observará os princípios da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da
publicidade, da legitimidade, da participação, da razoabilidade, da economicidade, da
motivação, da eficiência e, também, o seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
§ 2º Os pontos correspondentes aos títulos não poderão somar mais de vinte e cinco por
cento do total dos pontos do concurso.
Art. 16. Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar
neste último caso, definir as áreas de sua atuação.
§ 2º Qualquer pessoa poderá exigir, por via administrativa, em processo sigiloso ou não,
a retificação ou atualização das informações a seu respeito e de seus dependentes.
Art. 19.Será publicado pelo Município, em observância aos princípios estabelecidos no art.
13, além de outros atos, o seguinte:
II - mensalmente:
III - anualmente relatório pormenorizado das despesas mensais realizadas pelo município
na área de comunicação, propaganda e publicidade.
IV - no primeiro dia útil dos meses de fevereiro e agosto, o quadro de pessoal dos órgãos
e entidades da administração relativa ao último dia do semestre civil anterior, relacionando
também o número de admitidos e excluídos no mesmo período, distribuídos por faixa de
remuneração, e quadro demonstrativo dos empregados contratados, bem como o percentual
global médio de comprometimento da arrecadação, com a folha de pagamento, verificado no
exercício imediatamente anterior;
V - o resumo dos contratos firmados pelo poder público municipal nos casos e
DE DEZEMBRO DE 2014)
Art. 20. A publicação das leis e atos municipais far-se-á no órgão da imprensa oficial e por
fixação na sede da Prefeitura e da Câmara Municipal.
Art. 21. À Administração Pública é vedada a contratação de empresas que adotem práticas
discriminatórias na admissão de mão de obra, que não atendam às normas relativas à saúde,
a segurança do trabalho, a proteção do meio ambiente e que veiculem propaganda
discriminatória.
II - aos representantes das entidades mencionadas no inciso anterior, nos casos previstos
em lei, o desempenho, com dispensa de suas atividades funcionais, de mandato em diretoria
executiva de confederações, federação de servidores públicos, sem qualquer prejuízo para
sua situação funcional ou remuneratória, exceto promoção por merecimento;
Seção II
Dos Bens Patrimoniais
Art. 25. O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização conforme o interesse público coletivo ou social, nas seguintes
condições:
I - a concessão de direito real de uso de bens dominiais para uso especial far-se-á
mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, e será sempre precedida de concorrência
pública;
II - a concessão de direito real de uso de bens de uso comum somente poderá ser
outorgada mediante lei e para finalidade de habitação e educação ou assistência social;
IV - a autorização será feita, por decreto, pelo prazo máximo de noventa dias.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese o Poder Público promoverá ampla discussão com
a comunidade local.
Art. 26. O Município poderá ceder a particulares, para serviços de caráter transitório,
máquinas e operadores do Município, desde que os serviços da municipalidade não sofram
prejuízos e o interessado recolha, previamente, a remuneração arbitrada e assine termo de
responsabilidade pela conservação e devolução dos bens cedidos.
Art. 27. A concessão administrativa dos bens municipais, de uso especial e dominiais
dependerá de lei e de licitação que se fará mediante contrato e por prazo determinado sob
pena de nulidade do ato.
Seção III
Das Obras e Serviços Públicos
Art. 29. As obras e serviços públicos municipais serão executadas pela Prefeitura Municipal,
direta ou por administração indireta, em conformidade com a legislação federal, estadual e
municipal.
II - o respectivo projeto;
Art. 31. A concessão ou a permissão de serviço público somente será efetivada com
autorização da Câmara Municipal e mediante contrato precedido de licitação.
Art. 32.Os preços dos serviços públicos e de utilidade pública serão fixados pelo Prefeito, nos
termos da lei.
Art. 33. A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta
e indireta, regulando especialmente:
Art. 34. As entidades prestadoras de serviços públicos serão obrigadas, pelo menos uma vez
por ano, a dar ampla divulgação de suas atividades, informando, em especial, sobre planos de
expansão, aplicação de recursos financeiros e realização de programas de trabalho.
IV - a política tarifária;
Art. 36. Nenhuma obra iniciada pelo Município que já tenha vinte e cinco por cento de seu
total em andamento poderá ser interrompida ou abandonada, em detrimento de outras obras.
Art. 37.O Município retomará, sem indenização, os serviços concedidos ou permitidos, desde
que executados em desconformidade com a lei, ato ou contrato, bem como aqueles que se
revelarem insuficientes para o atendimento aos usuários.
Seção IV
Dos Servidores Públicos Municipais
I - vencimento básico ou salário básico nunca inferior ao salário mínimo fixado pela União;
III - décimo terceiro salário ou vencimento igual à remuneração integral ou no valor dos
proventos de aposentadoria;
VI - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta semanais,
facultada a compensação de horários e a redução da jornada conforme estabelecido em lei;
XI - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a
remuneração normal, e pagamento antecipado;
XIV - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e
segurança;
Art. 39.O regime jurídico dos servidores públicos do Município será estabelecido em estatuto,
através de lei complementar, observado os princípios e as normas da Constituição Federal e
desta Lei Orgânica.
Art. 40.
III - os limites máximo e mínimo de remuneração e a relação entre estes limites, sendo
aquele o valor estabelecido de acordo com o artigo 37, inciso XI, da Constituição Federal.
Art. 42.Os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser superiores aos
pagos pelo Poder Executivo.
§ 2º O índice de reajuste dos vencimentos dos servidores não poderá ser inferior ao
necessário para repor seu poder aquisitivo.
Art. 43. Os servidores municipais somente serão indicados para participarem em cursos
especializados ou capacitação técnica profissional no Município, Estado, no País ou no
exterior, com custos para o poder público, quando houver correlação entre o conteúdo
programático de tais cursos e as atribuições do cargo ou função exercidos.
Art. 44. O pagamento da remuneração mensal dos servidores públicos do Município será
realizado até o último dia útil do mês do trabalho prestado.
Art. 45. As obrigações pecuniárias dos órgãos da administração direta e indireta para com os
seus servidores nativos e inativos ou pensionistas, não cumpridas até o último dia do mês da
aquisição do direito, deverão ser liquidadas com valores atualizados pelos índices aplicados
para a realização geral da remuneração dos servidores públicos do Município.
Art. 46. O tempo de serviço público federal, estadual e municipal prestado à administração
pública direta e indireta, inclusive fundações públicas, será computado integralmente para fins
de gratificações e adicionais por tempo de serviço, aposentadoria e disponibilidade.
III - voluntariamente:
a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos trinta, se mulher, com proventos
integrais;
b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e
cinco, se professora, com proventos integrais;
c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco, se mulher, com proventos
proporcionais há esse tempo;
d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aos sessenta, se mulher, com
proventos proporcionais ao tempo de serviço;
Parágrafo único. Fica assegurada a gratificação adicional aos professores que exerçam
suas atividades educacionais no atendimento aos deficientes, superdotados ou talentosos,
devendo ser incorporada aos vencimentos após percebida por cinco anos consecutivos ou dez
intercalados.
Art. 50. Decorridos trinta dias da data em que tiver sido protocolado o recebimento da
aposentadoria, o servidor público será considerado em licença especial, podendo afastar-se
do serviço, salvo se antes tiver sido cientificado do indeferimento do pedido.
Parágrafo único. No período da licença de que trata este artigo, o servidor terá direito à
totalidade da remuneração, computando-se o tempo como de efetivo exercício para todos os
efeitos legais.
§ 4º O valor da pensão por morte será rateado, na forma de lei previdenciária própria,
entre os dependentes do servidor falecido, extinguindo-se a cota individual de pensão com a
perda da qualidade de pensionista.
Art. 52. Ao servidor público, quando adotante, ficam estendidos os direitos que assistem ao
pai e à mãe naturais, na forma a ser regulada por lei.
Art. 54. Nenhum servidor poderá ser diretor ou integrar conselho de empresas fornecedoras
ou prestadoras de serviço ou que realizem qualquer modalidade de contrato com o Município,
sob pena de demissão do serviço público.
Art. 56.São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados para cargo
de provimento efetivo em virtude de concurso público.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES CAPÍTULO I DO PODER LEGISLATIVO SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 57. O Poder Legislativo alegretense é exercido pela Câmara Municipal, composta de
15 (quinze) vereadores, eleitos na forma constitucional, para cada legislatura, entre cidadãos
em pleno exercício dos seus direitos políticos, pelo voto direto e secreto. (Redação dada pela
emenda à Lei Orgânica nº 11/2011). (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014,
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. (REDAÇÃO DADA
§ 1º As reuniões marcadas para estas datas serão transferidas para o primeiro dia útil
subsequente, quando recaírem em sábados, domingos e feriados.
Art. 59.No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com a do mandato do
Vereador, a Câmara Municipal reunir-se-á, no dia 1º de janeiro, para dar posse aos
Vereadores, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, eleger sua Mesa e para indicarem as Lideranças
de
Bancada, entrando, após, em recesso. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014,
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
Art. 60. A Câmara Municipal, sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor
pessoalmente assuntos de interesse público recebê-lo-á em sessão previamente marcada.
Art. 61.A Câmara ou suas Comissões, a requerimento da maioria de seus membros poderá
convocar secretários municipais, titulares de autarquia ou das instituições autônomas de que o
Município participa, para comparecerem perante ela a fim de prestar informações sobre o
assunto previamente designado e constante da convocação.
Seção II
Das Atribuições da Câmara Municipal
Art. 62. Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as
matérias de competência do Município, especialmente sobre:
Municipal;
Art. 63. Compete exclusivamente à Câmara Municipal, além de outras atribuições previstas
nesta Lei Orgânica:
III - julgar, anualmente, as contas prestadas por sua Mesa e pelo Prefeito;
XIII - Solicitar informações aos órgãos Estaduais e Federais nos termos da legislação;
XVII - a iniciativa de lei para fixação dos subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos
Secretários e dos Vereadores, antes das eleições Municipais, observadas as regras da
Constituição
Federal e desta Lei Orgânica. (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA
Nº 12/2014, DE 15
DE DEZEMBRO DE 2014)
XIX - Revogado
interna;
XXIII - Mudar temporariamente sua sede, bem como o local de reunião de comissões;
XXVII - Elaborar, publicar e divulgar o seu relatório de gestão fiscal, nos termos e na
forma determinada pela Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000;
XXVIII - Propor a criação e extinção dos cargos de seu quadro de pessoal e serviços,
dispor sobre o respectivo provimento, bem como fixar a alterar seus vencimentos e outras
vantagens.
Art. 64.A Câmara Municipal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Secretários
Municipais ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados ao Prefeito Municipal
para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado,
importando em crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
Art. 65. Compete à Mesa representar a Câmara Municipal, ativa e passivamente, judicial e
extrajudicialmente, além de outras atribuições do Regimento Interno.
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa
pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar e exercer cargo, função ou emprego remunerado no âmbito do Município,
inclusive os que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior,
ressalvada a hipótese de nomeação por aprovação em concurso público.
II - desde a posse:
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões da
Casa, salvo licença ou missão por esta autorizada;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado nos delitos que
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI a perda do mandato será decidida pela Câmara
Municipal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido
político representado na Casa, assegurada ampla defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III, IV, V e VII, a perda será declarada pela Mesa, de
ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político
representado na Casa, assegurada ampla defesa.
II - licenciado pela Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias
por sessão legislativa;
III - a Vereadora gestante licenciada pela Câmara, pelo prazo de cento e vinte dias, sem
prejuízo de remuneração.
Art. 70. Os Vereadores têm livre acesso aos órgãos da administração direta e indireta do
Município, mesmo sem prévio aviso, sendo-lhes devidas todas as informações necessárias.
Art. 71.O vereador que, sem justo motivo e não estando no gozo de licença, deixar de
comparecer às sessões da Câmara Municipal terá descontado 1/8 avos de seu subsídio por
sessão.
Seção V
Das Comissões
Art. 72. A Câmara Municipal terá Comissões Permanentes e Especiais, constituídas na forma
e com as atribuições definidas nesta Lei Orgânica, no Regimento Interno ou no ato de que
resultar sua criação.
Seção VI
Do Processo Legislativo
Subseção I
Disposição Geral
II - Leis Complementares;
IV - Leis Ordinárias;
V - Decretos Legislativos;
VI - Resoluções.
Subseção II
Da Emenda à Lei Orgânica
II - do Prefeito Municipal;
§ 3º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara Municipal, com
respectivo número de ordem.
Subseção III
Das Emendas à Constituição Estadual
Art. 75.
Parágrafo único. As emendas à Constituição Estadual serão aprovas por maioria simples
dos Vereadores.
Art. 76. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou
comissão da Câmara Municipal, à Mesa, ao Prefeito Municipal e aos cidadãos, na forma e nos
casos previstos nesta Lei Orgânica.
Art. 77. Compete, privativamente, ao Prefeito Municipal a iniciativa das leis que versem sobre:
pública.
Art. 78.O Projeto de Lei que implique em despesa deverá constar a indicação das fontes de
recursos:
II - nos projetos sobre organização dos serviços da Câmara Municipal. (REDAÇÃO DADA
PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
Art. 79. Nos projetos de sua iniciativa o Prefeito poderá solicitar à Câmara Municipal que os
aprecie em regime de urgência.
§ 2º Não havendo deliberação sobre a proposição, será esta incluída na ordem do dia,
sobrestando-se a deliberação de quanto aos demais assuntos, para que ultime a votação.
Art. 80.As leis complementares somente serão aprovadas se obtiverem maioria absoluta dos
votos dos membros da Câmara Municipal.
§ 1º Serão objeto de lei complementar, dentre outras matérias previstas nesta Lei
Orgânica:
III - Código Tributário; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014,
DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
Art. 81.
Art. 81. O Projeto de Lei, se aprovado, será enviado ao Prefeito, que, aquiescendo, o
sancionará.
§ 6º Esgotado, sem deliberação o prazo previsto no § 4º, o veto será colocado na ordem
do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal,
nos casos dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em
igual prazo, caberá ao Vice-Presidente, obrigatoriamente fazê-lo.
Art. 82.A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de
novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria dos membros da
Câmara Municipal.(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15
DE DEZEMBRO DE 2014)
Art. 83.As leis vigorarão a partir do décimo dia da sua publicação oficial, salvo se, para tanto,
estabelecerem outro prazo.
Art. 84.
Seção VII
Do Plenário e Das Deliberações
Art. 85. Todos os atos da Mesa, da Presidência e das comissões estão sujeitos à decisão do
Plenário, desde que haja recurso a este.
I - lei complementares;
II - seu Regimento;
I - eleição da mesa;
§ 4º Revogado.
Art. 88.O Presidente da Câmara Municipal, ou seu substituto, só terá voto na eleição da
Mesa ou em matérias que exigirem para sua aprovação:
a) maioria absoluta;
b) dois terços dos membros da Câmara Municipal;
c) o voto de desempate.
Art. 89.Nos cento e oitenta dias que antecedem o término do mandato do Prefeito, é vedada
a apreciação de projeto de lei que importe:
Seção VIII
Da Iniciativa Popular
Art. 90. A iniciativa popular no processo legislativo será exercida pela apresentação de:
I - projeto de lei;
§ 1º A iniciativa popular, nos casos dos incisos I, II e III será tomada por, no mínimo,
cinco por cento do eleitorado que tenha votado nas últimas eleições gerais do Município.
§ 3º A proposta popular deverá ser articulada, exigindo-se, para o seu recebimento pela
Câmara, a identificação dos assinantes, mediante indicação do número do respectivo título
eleitoral, bem como a certidão expedida pelo órgão eleitoral competente, contendo a
informação do número total de eleitores do Município.
Art. 91. A Câmara Municipal poderá promover consultas referendárias e plebiscitárias sobre
atos, autorizações ou concessões do Poder Executivo e sobre matéria legislativa sancionada
ou vetada.
Seção IX
Da Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária
§ 2º Prestará contas qualquer pessoa física, jurídica ou entidade que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiro, bens ou valores públicos pelos quais o Município
responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de interesse pecuniária.
Art. 93. O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas do Estado, ao qual não será negado qualquer informação a pretexto de
sigilo.
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
Do Prefeito e do Vice-prefeito
Art. 95. O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelo Vice-Prefeito, pelos
Secretários do Município e os demais responsáveis pelos órgãos da administração.
Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data da fixada para a posse o Prefeito e
Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, não tiverem assumido o cargo, este será declarado
vago pela Câmara Municipal.
Art. 97. O Vice-Prefeito exercerá as funções de Prefeito nos casos de impedimento deste,
bem como as funções que lhe forem conferidas em lei ou delegadas pelo titular, e suceder -
lhe-á em caso de vaga.
§ 2º Em caso de vacância de ambos os cargos, far-se-á nova eleição noventa dias depois
de aberta a segunda vaga, e os eleitos completarão os períodos de seus antecessores, salvo,
se a segunda vaga ocorrer a menos de um ano do término do quatriênio, caso em que se
continuará observando o disposto no parágrafo anterior.
§ 3º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei
complementar, auxiliará o Prefeito, sempre que por ele convocado para missões especiais.
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE
2014)
Art. 98. O Prefeito e o Vice-Prefeito não poderão, sem licença da Câmara Municipal,
ausentar-se do Município ou do Estado, por mais de 15 (quinze) dias. (REDAÇÃO DADA
PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
III - para tratar de assunto de interesse particular, sem remuneração, por período de até
sessenta dias por ano.
Art. 100. Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou função na administração
pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o
disposto no art. 38, I, IV, e V da Constituição Federal.
Seção II
Das Atribuições do Prefeito
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica, nas
Constituições da República e do Estado; (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI
ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE 2014)
VIII - expor, em mensagem que remeterá à Câmara Municipal por ocasião da abertura da
sessão anual, a situação do Município e os planos do Governo;
IX - prestar, por escrito, dentro de trinta dias, as informações solicitadas pela Câmara
Municipal, comissões municipais ou entidades representativas do Município referentes aos
negócios e serviços a cargo do Poder Executivo;
XII - apresentar à Câmara Municipal e remeter ao Tribunal de Contas do Estado, até o dia
31 de março de cada ano, a prestação de contas relativas à gestão financeira municipal do
exercício imediatamente anterior, acompanhada de relatório circunstanciado das atividades e
serviços municipais, sugerindo à Câmara as providências que entender necessárias;
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE
2014)
XXIII - indicar entidades civis sem fins lucrativos para tarefas de fiscalização, a serem
exercidas em conjunto com órgãos públicos municipais, os quais não se eximem de suas
atribuições de fiscalização;
XXIV - manifestar-se, dentro de quinze dias, prorrogáveis, justificadamente, por mais sete
dias, quanto à viabilidade de atendimento de proposição solicitada pela Câmara Municipal
através de pedido de Indicação;
Seção III
Da Responsabilidade do Prefeito
Art. 102-B O processo de cassação do mandato do Prefeito pela Câmara, por infrações
definidas no artigo anterior, obedecerá ao rito definido no art. 5º do Decreto-Lei nº 201/67.
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 12/2014, DE 15 DE DEZEMBRO DE
2014)
Art. 103. Admitida a acusação contra o Prefeito Municipal, pelo voto de dois terços dos
Vereadores, será ele submetido a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado, nas
infrações penais comuns, ou perante a Câmara Municipal, nos crimes de responsabilidade.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído,
cessará o afastamento do Prefeito, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.
§ 3º O Prefeito Municipal, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por
atos estranhos ao exercício de suas funções.
Seção IV
Dos Secretários Municipais
Art. 104.Os Secretários Municipais serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um
anos e no exercício dos direitos políticos.
II - referendar os atos e decretos assinados pelo Prefeito Municipal relativos aos assuntos
da respectiva Secretaria;
V - praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo
Prefeito Municipal;
VI - comparecer à Câmara Municipal nos casos previstos nesta Lei Orgânica, a fim de
prestar informações ou esclarecimentos a respeito de assuntos compreendidos na área da
respectiva Secretaria, sob pena de responsabilidade.
I - desde a nomeação:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público ou, mesmo de direito
privado, integrante da administração indireta ou concessionária ou permissionária de serviço
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer qualquer cargo, função ou emprego, remunerado ou não, nas
entidades constantes na alínea a.
II - desde a posse:
Art. 108. A lei disporá sobre a criação, a estruturação e atribuições das Secretarias.
Seção V
Dos Sub-prefeitos
Art. 109. Os subprefeitos serão os responsáveis pela administração dos distritos de sua
competência, atuando como representantes do Prefeito nessas localidades, de acordo com as
diretrizes programáticas do governo municipal.
Seção VI
Dos Conselhos Municipais
Seção VII
Dos Conselhos Populares
TÍTULO IV
DAS FINANÇAS, DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO
Seção I
Disposições Gerais
Art. 112.O sistema tributário do Município é regido pelo disposto nas Constituições Federal e
Estadual, nesta Lei Orgânica e em leis complementares e ordinárias.
I - impostos;
Seção II
Dos Impostos
II - transmissão intervivos a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos a sua aquisição;
Art. 114.A pessoa física ou jurídica com infração não regularizada a qualquer dispositivo legal
do Município não poderá receber benefício ou incentivo fiscal.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no "caput" deste artigo nos casos de benefício
fiscal concedido a pessoas físicas, para o Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial
Urbana, em que renda, provento ou pensão sejam requisitos.
Art. 115. São inaplicáveis quaisquer disposição legais excludentes ou limitativas do direito de
fiscalizar pessoas ou entidades vinculadas, direta ou indiretamente, ao fato gerador dos
tributos municipais.
Parágrafo único. O Município poderá firmar convênios com a União e o Estado, ficando
incumbindo de prestar informações e coligir dados, em especial os relacionados com o trânsito
de mercadorias ou produtos, com vista a resguardar o efetivo ingresso de tributos nos quais
tenham participação.
Art. 116. A lei estabelecerá as alíquotas relativas aos impostos e aos valores das taxas e
contribuições de melhoria, estabelecendo os critérios de sua cobrança.
Seção III
Da Limitação do Poder de Tributar
Art. 117. Sempre que houver discrepância, em percentual a ser fixado em lei complementar,
entre períodos consecutivos de medição dos serviços cobertos por taxas ou tarifas, cabe ao
Art. 118. A concessão de isenção, anistia, remissão ou qualquer outro benefício ou incentivos
fiscais, bem como de dilatação de prazos de pagamento de tributo e isenção de tarifas só será
feita mediante autorização legislativa.
CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
Seção I
Disposições Gerais
Art. 121. Será assegurado ao Município, sempre que ocorrer suprimento de recursos a
terceiros por forma de convênios, o controle de sua aplicação nas finalidades a que se
destinam.
Seção II
Dos Orçamentos
I - o Plano Plurianual;
II - as Diretrizes Orçamentárias;
Art. 123. O Poder Executivo publicará até o trigésimo dia após o encerramento de cada mês,
relatório resumido da execução orçamentária, bem como apresentará ao Poder Legislativo,
trimestralmente, o comportamento das finanças públicas e da evolução da dívida pública,
devendo constar do demonstrativo correspondente aos trimestres civis do ano:
II - os valores realizados desde o início do exercício até o último mês do trimestre objeto
de análise financeira;
Art. 124. O plano plurianual, as diretrizes orçamentárias, os orçamentos anuais e aos créditos
adicionais, constarão de projeto de lei encaminhados ao Poder Legislativo.
III - Emitir parecer sobre projetos de lei ordinária ou complementar, inclusive suas
emendas, que tratem de matéria financeira.
anual, desde que firmadas por, no mínimo, cem eleitores ou encaminhadas ou encaminhadas
por duas entidades representativas da sociedade.
I - o projeto de lei do plano plurianual até 30 (trinta) de julho do primeiro ano do mandato
do Prefeito;
III - o projeto de lei do orçamento anual até 15 de novembro de cada ano. REDAÇÃO
DADA PELA EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 007/2005, DE 29 DE JUNHO DE 2005.
§ 9º Os projetos de lei de que trata o parágrafo anterior deverão ser encaminhados, para
sanção, nos seguintes prazos:
III - a realização de operações de crédito, salvo por antecipação de receita, que excedam
o montante das despesas de capital, ressalvada as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovadas pelo Poder Legislativo por
maioria absoluta;
XII - os empenhos, nos últimos três meses de mandato do Prefeito, maiores do que o
duodécimo da despesa prevista no orçamento em vigor, acrescido dos créditos adicionais
Art. 127.A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os limites
estabelecidos em lei federal.
TÍTULO V
DA ORDEM ECONÔMICA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 129. Na organização de sua economia em cumprimento aos princípios adotados nas
Constituição Federal e Estadual, o Município zelará pelos seguintes princípios:
Art. 130. A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-á por meios previstos em
lei, para orientar e estimular a produção, corrigir distorções da atividade econômica e prevenir
abusos de poder econômico.
Art. 133.O Município manterá programas permanentes de prevenção e socorro nos casos de
calamidade pública em que a população tenha ameaçado os seus recursos, meios de
abastecimento ou de sobrevivência.
Art. 134.O Município revogará as doações a instituições particulares se o donatário lhes der
destinação diversa da ajustada em contrato quando, transcorridos três anos, não tiver dado
cumprimento ao fim estabelecido no ato de doação.
CAPÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO URBANO E RURAL
Seção I
Da Política e Reforma Urbana
Art. 135.A política de desenvolvimento urbano, conforme diretrizes fixadas no Plano Diretor
de Desenvolvimento Integrado tem como objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das
funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes visando a:
corretivas;
I - os planos Diretores;
V - os conselhos municipais;
VI - os códigos municipais;
Art. 137. Para assegurar as funções sociais da cidade e da propriedade, o Poder Público
promoverá e exigirá do proprietário, conforme a legislação, a adoção de medidas que visem a
direcionar a propriedade de forma a assegurar:
Art. 138. Para os fins previstos no artigo anterior o Município usará os seguintes instrumentos:
I - tributários e financeiros:
II - jurídicos:
III - administrativos:
IV - políticos:
a) planejamento urbano;
b) participação popular.
Art. 139. O Município elaborará o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado nos limites da
competência municipal, das funções da vida coletiva, abrangendo habitação, trabalho,
circulação e recreação, e considerando em conjunto os aspectos físicos, econômicos, sociais,
históricos, culturais e administrativos, nos seguintes termos:
III - no referente ao aspecto social, deverá o plano conter normas de promoção social da
comunidade e condições de bem estar da população;
II - diagnóstico:
a) a política de desenvolvimento;
b) diretrizes de desenvolvimento econômico e social;
IV - instrumentação incluindo:
Seção II
Da Habitação
Art. 141.O Município, em convênio com o Estado e com a União, estabelecerá programas
destinados a facilitar o acesso da população à habitação, como condição essencial à
qualidade de vida e ao desenvolvimento.
Art. 143.Nas ações coletivas com fins de regularização fundiária, o município propiciará, aos
pretendentes, formas de apoio técnico e jurídico necessário.
Seção III
Da Política Agrícola e do Abastecimento
Art. 144.O Município, dentro dos princípios de sua organização econômica, e nos limites de
sua competência, planejará e executará política de incentivo à produção agropecuária, com os
seguintes objetivos:
IV - o incentivo à agroindústria;
Art. 145. O Município, juntamente com o Estado e a União, manterá serviços de extensão
rural, de assistência técnica e de pesquisa e tecnologia agropecuária, dispensando cuidados
especiais aos pequenos e médios produtores, bem como as suas associações e cooperativas.
Art. 146. Fica criado o Fundo de Apoio Municipal ao Desenvolvimento dos Pequenos
Estabelecimentos Rurais, destinado ao financiamento de programas de infraestrutura, à
preservação dos recursos naturais, à pequena moradia, visando à elevação da qualidade dos
padrões social e econômico do meio rural, na propriedade.
Art. 147. O Município, através do Conselho Municipal de Agropecuária, regulamentado por lei,
CAPÍTULO III
TRANSPORTE COLETIVO E DO TRÂNSITO
Art. 150.O Município verificará, sempre que necessário, a necessidade de extensão de novas
linhas para atendimento da população e abrirá concorrência pública para suprir tais
necessidades.
CAPÍTULO IV
DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL
econômico sustentável.
Art. 154.O planejamento das atividades do governo municipal far-se-á através do plano global
de desenvolvimento municipal, em consonância com plano diretor de desenvolvimento
integrado e as leis orçamentárias.
Art. 155. O Município, por iniciativa própria, ou com a colaboração do Estado, providenciará o
estabelecimento de um sistema estatístico, cartográfico e de geologia, que servirá como base
para o planejamento.
Parágrafo único. Os projetos de que trata este artigo ficarão à disposição das
associações durante dez dias antes da sua remessa à Câmara Municipal.
TÍTULO VI
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 157. A Ordem Social, pela qual o Município é responsável, tem como base o primado do
trabalho e por objetivo o bem estar e a justiça social.
Art. 158. A ordem social é garantida por um conjunto de ações do Município em convênio com
o Estado, a União e com a participação da sociedade destinada a tornar efetivo os direitos ao
trabalho, à educação, à cultura, ao desporto, ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência
social, asseguradas ao indivíduo pela Constituição Federal, guardadas as peculiaridades
locais.
Art. 159. O Município prestará assistência social visando, entre outros, aos seguintes
objetivos:
Art. 160. A lei definirá a participação do Município nos programas municipais relativo a
emprego, a acidentes do trabalho e outros que assegurem o exercício dos direitos laborais
previstos na Constituição Federal.
§ 3º O serviço público municipal destinará, no mínimo, dois por cento das vagas dos
cargos de provimento efetivo para serem preenchidos através de concurso, por pessoas com
necessidades especiais, consideradas aptas ao seu exercício.
Art. 162. O Município deverá construir creches nos bairros populares para atender as famílias
de baixa renda, com recursos próprios ou em convênios com órgãos do Estado ou da União.
CAPÍTULO II
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA, DO DESPORTO E LAZER SEÇÃO I DA EDUCAÇÃO
Art. 163. A educação, direito de todos e dever do município e da família, baseada na justiça
social, na democracia e no respeito aos direitos humano, meio ambiente e valores culturais
visa ao desenvolvimento do educando como pessoa e a sua qualificação para o trabalho e o
exercício da cidadania, com consciência social e crítica.
Art. 164. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
69
a) creches;
b) escolas de ensino fundamental completo com atendimento ao pré-escolar.
VII - prover meios para que seja oferecido horário integral aos alunos de ensino
fundamental, caso estes optarem.
Art. 166. O Município aplicará, anualmente, no mínimo trinta e cinco por cento da receita
resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, nas áreas da
educação, da cultura, do desporto e do lazer (em conformidade com o capítulo da Educação),
respeitados os vinte e cinco por cento na manutenção e desenvolvimento do ensino.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 11/2011)
Art. 168.Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigido às
escolas comunitárias confessionais ou filantrópicas, definidas em lei que:
I - alfabetização;
Parágrafo único. O Plano de que trata do caput do referido art. será definido e avaliado
através de conferência municipal, convocada de dois em dois anos.
I - política com vista à formação profissional nas áreas do ensino público municipal em
que houver carência de professores;
III - política especial para a formação, em nível médio, de professores das séries iniciais
de seu ensino fundamental.
Art. 175.É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se em todos
os estabelecimentos de ensino através de associações, grêmios ou outras formas.
Art. 176. As escolas públicas municipais contarão com conselhos escolares constituídos pela
direção da escola e por representantes dos seguimentos da comunidade escolar, tendo
caráter consultivo, normativo, deliberativo e fiscalizador, na forma da lei.
Art. 178.O Município implantará, na sua rede municipal de ensino, no mínimo uma escola
com cursos profissionalizantes.
Seção II Cultura
Art. 179. O Município, através de órgão específico, estimulará a cultura em suas múltiplas
manifestações, garantindo o pleno e efetivo exercício dos respectivos direitos culturais e o
acesso a suas fontes em nível nacional e regional, apoiando e incentivando a produção, a
valorização e a difusão das manifestações culturais.
Art. 182.O Poder Público Municipal manterá atualizado o cadastro das obras de arte e do
acervo cultural, público e privado existente no Município de Alegrete.
Art. 185. Os recursos destinados à cultura serão democraticamente aplicados dentro de uma
visão social abrangente, valorizando as manifestações autênticas da cultura popular, a par da
universalização da cultura erudita.
Seção III
Do Desporto e do Lazer
Art. 186. É dever do município fomentar e amparar o desporto, o lazer e a recreação, como
direito de todos, mediante:
recreação;
Art. 187.Compete ao Município legislar sobre a utilização das áreas de recreação e lazer, e
sobre a demarcação dos locais destinados ao repouso, à pesca profissional ou amadora e ao
desporto em geral nos rios e lagoas do Município.
Art. 188. O desporto e o lazer serão supervisionados, por órgão competente, visando a:
As áreas de lazer do Município são intocáveis, não podendo ser cedidas, vendidas,
Art. 189.
emprestadas ou alugadas sob qualquer pretexto, ficando proibida sua utilização para outro fim.
CAPÍTULO III
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Art. 192. Incumbe ao Poder Executivo manter banco de dados com estatísticas, diagnóstico
físico, territorial e outras informações relativas às atividades comerciais, industriais e de
serviços, destinando-se a servir de suporte para as ações de planejamento e desenvolvimento
tecnológico.
CAPÍTULO IV DO TURISMO
Art. 193.O Município instituirá política de turismo e definirá as diretrizes a observar nas ações
públicas e privadas, com vistas a promover e incentivar o turismo como fator de
desenvolvimento social e econômico.
III - implantação de ações que visem ao permanente controle de qualidade dos bens e
serviços turísticos;
V - elaboração sistemática de pesquisa sobre oferta e demanda turística, com análise dos
fatores de oscilação do mercado;
CAPÍTULO V
DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço a plena liberdade de
informação jornalística em qualquer veículo, empresa e o órgão de comunicação social,
observado o disposto no artigo 5º, inciso IV, V, X, XIII e XIV da Constituição Federal.
CAPÍTULO VI
DA SAÚDE E DO SANEAMENTO SEÇÃO I DA SAÚDE
Art. 195.A saúde é direito de todos e dever do Município, em convênio com o Estado e com a
União, através de sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 196. As ações e serviços públicos de saúde no Município são promovidos pela Secretaria
Municipal de Saúde, através do Sistema Único de Saúde - SUS - observadas às seguintes
diretrizes:
Art. 197. Ao sistema único de saúde, no âmbito do município, além de suas atribuições
inerentes, incumbe na forma de lei:
e coletiva;
à saúde.
Parágrafo único. Não menos de dez por cento do orçamento Municipal será destinado
Seção II
Do Saneamento Básico
Art. 201. O saneamento básico é ação de saúde e serviço público essencial, implicando seu
direito garantia inalienável ao cidadão.
Art. 202.O Município de forma integrada ao Sistema Único de Saúde, formulará a política e o
planejamento da execução das ações de saneamento básico, respeitadas as diretrizes
municipais quanto ao meio ambiente, recursos hídricos e desenvolvimento urbano.
Art. 203. O Município manterá órgão técnico normativo de serviços de saneamento básico
para, entre outras atribuições, exigir da concessionária que:
III - execute as políticas ditadas em nível federal e estadual estabelecidas para o setor,
garantindo os benefícios do saneamento básico à totalidade da população, compatibilizando o
planejamento municipal com o do órgão gestor das bacias hidrográficas em que estiver parcial
ou totalmente inserido.
Art. 204. Nos novos loteamentos urbanos e rurais o município implantara sistema de
distribuição de água potável.
Art. 205. A conservação e proteção das águas superficiais e subterrâneas são tarefas do
Município, em ação conjunta com o Estado.
Art. 206. O Município adotara a coleta seletiva e reciclagem de matérias como forma de
tratamento dos resíduos sólidos domiciliares e de limpeza urbana, sendo que o material
residual devera ser condicionado de maneira a minimizar ao Maximo o impacto ambiental, em
locais especialmente indicados pelos planos diretores de desenvolvimento integrado, de
saneamento básico e de proteção ambiental.
Art. 208. São proibidos os depósitos de materiais orgânicos e inorgânicos, bem como a
destinação de resíduos sólidos ou líquidos em locais não apropriados para tal.
CAPÍTULO VII
DO MEIO AMBIENTE
Art. 209.O meio ambiente é bem de uso comum do povo, e a manutenção de seu equilíbrio é
essencial à sadia qualidade de vida.
VII - Proteger a flora, a fauna, e a paisagem natural, vedadas as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica e paisagística. Provoquem extinção de espécie ou submetam
os animais à crueldade;
XIII - Incentivar os métodos naturais para combater as pragas nas atividades agrícolas.
Art. 213. Quaisquer empreendimentos de alto potencial poluente, bem como de quaisquer
obras de grande porte que possam causar dano à vida ou alterar significativamente ou
irreversivelmente o ambiente, dependerá da autorização do órgão ambiental, da aprovação da
Câmara Municipal ou de concordância da população manifestada por plebiscito convocado na
forma da lei.
Art. 214.É vedado, em todo o território municipal o transporte e o deposito ou qualquer outra
forma de disposição de resíduos que tenha sua origem na utilização de energia nuclear e de
resíduos tóxicos ou radioativos, quando provenientes de outros municípios, Estado ou países.
Art. 215. São vedados o abate, a poda e o corte de árvores sitiadas no município.
Parágrafo único. Lei complementar definirá os casos em que, por risco a pessoas, danos
ao patrimônio ou necessidade de obra pública ou privada se admitirá o abate, a poda ou o
corte, e definirá sanções para os casos de transgressão ao disposto no "caput".
Art. 216. As áreas verdes, praças, parques, jardins unidades de conservação e reservas
ecológicas municipais são patrimônio público inalienável.
Art. 217.O Município deverá implantar e manter áreas verdes, de preservação permanente,
perseguindo proporção nunca inferior a quinze metros quadrados por habitante.
Art. 218.A lei criará incentivos especiais para a preservação das áreas de interesse ecológico
em propriedades privadas.
Art. 219. O Município, através de órgão especifico, elaborará política de assistência técnica
aos proprietários rurais de terras em áreas de risco de desertificação.
Art. 220. Fica instituído o Sistema Municipal de recursos Hídricos integrado ao sistema
estadual e nacional de gerenciamento desses recursos, adotando a bacia hidrográfica do rio
Ibicuí como unidade básica de planejamento e gestão observados os aspectos de uso e
ocupação do solo com vista a promover:
CAPÍTULO VIII
DA ASSISTÊNCIA E DA AÇÃO COMUNITÁRIA
SEÇAO I
Da Família, Da Criança, Do Adolescente e Do Idoso
Seção II
Da Defesa do Consumidor
A ação referida no artigo anterior será planejada e executada pelo Poder Executivo,
Art. 225.
com a participação de entidades representativas do Consumidor, de empresários e
trabalhadores, visando, especialmente, aos seguintes objetivos:
V - fiscalizar a qualidade de bens e serviços, assim como seus preços, pesos e medidas,
Art. 226. Esta Lei Orgânica e o ato das Disposições Transitórias, depois de assinados pelos
Vereadores, serão promulgados simultaneamente pela Mesa da Câmara Municipal de
Alegrete e entrarão em vigor na data de sua promulgação.
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 2ºNo prazo de cento e oitenta dias da promulgação da Lei Orgânica o Poder Executivo
submeterá ao Poder Legislativo projeto de lei regulamentando o funcionamento do Fundo de
Apoio Municipal ao Desenvolvimento.
Art. 3º No prazo de doze meses o Poder Executivo encaminhará ao Poder Legislativo projeto
de lei regulamentando o funcionamento do órgão ou entidade de previdência e assistência
médica, odontológica e hospitalar ouvidas as entidades representativas do funcionalismo
municipal.
Art. 5º No prazo de cento e oitenta dias o Poder Executivo enviará ao Poder Legislativo
projeto de lei regulamentando o Sistema Municipal de Defesa Civil.
III - Plano Diretor de Proteção Ambiental, previsto nos arts. 211, 215, 218 e 220.
Art. 8º No prazo de doze meses o Poder Executivo elaborará e o Poder Legislativo apreciará
projeto de lei dispondo sobre o transporte coletivo.
Art. 9º
Art. 10. No prazo de cento e oitenta dias da promulgação desta Lei Orgânica o Poder
Executivo encaminhará ao Poder Legislativo projeto de lei estabelecendo o Plano Municipal
de educação, de duração plurianual, aprovado pelo Conselho Municipal de Educação de que
trata o art. 171.
Art. 11.Dentro de cento e oitenta dias a contar da promulgação desta Lei Orgânica, será
regulamentado o funcionamento dos Conselhos Escolares.
Art. 12. No prazo de seis meses da promulgação da Lei Orgânica o Poder Executivo
encaminhará a Câmara Municipal projeto de lei regulamentando a utilização das áreas de
recreação e laser e demarcará as áreas destinadas ao repouso, à pesca e ao desporto nos
rios.
Art. 13. No prazo de cento e oitenta dias o Poder Executivo montará e colocará em
funcionamento o banco de dados de que trata o art. 192.
Art. 14.No prazo de cento e oitenta dias o Poder Executivo encaminhará ao Poder legislativo
projeto de lei dispondo sobre o funcionamento de órgão técnico normativo de serviço de
saneamento básico, disciplinando ao disposto nos arts. 201 a 208.
§ 1º do art. 221.
Art. 16. No prazo dezoito meses da promulgação desta Lei Orgânica, nas áreas Sub -
urbanas de Alegrete, onde posseiros desprovidos de titulo de domínio de terrenos demarcados
e ocupados, o Município, através de sua procuradoria jurídica, no âmbito de suas atribuições
legais, orientará os interessados, encaminhando-os a buscar Assistência jurídica Gratuita.
Parágrafo único. Para execução do estabelecido neste artigo, bem como dos
trabalhadores de urbanização das mesmas áreas, o município abrirá Mao de seu direito de
ressarcimento que os posseiros interessados comprovem suas condições precárias de
finanças e habitabilidade.
Art. 17. No prazo de vinte e quatro meses, a contar da data da promulgação desta lei
Orgânica, o município, através do Poder Executivo, deverá promover a legislação dos lotes de
terreno do Bairro Macedo.
Art. 18. Após a promulgação desta lei Orgânica, a Câmara Municipal terá o prazo de cento e
vinte dias para elaborar, discutir e votar seu regimento interno.
Art. 19. No prazo de um ano, a contar da promulgação desta Lei Orgânica, o município
§ 1º As áreas sem ocupação ou sem finalidade social terão o prazo estipulado em lei
para a sua ocupação.
Art. 21. O Poder Público Municipal revisará, no prazo máximo de um ano, a partir da
promulgação da nova Lei Orgânica do Município, todas as doações, concessões, autorizações
e permissões de uso de terras públicas ou patrimônio público realizado no Município.
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