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ESTADO DE ALAGOAS

GABINETE DO GOVERNADOR

DECRETO Nº 48.409, DE 12 DE MAIO DE 2016.

REGULAMENTA A REALIZAÇÃO DE
PERÍCIAS MÉDICAS A QUE DEVEM SE
SUBMETER OS SERVIDORES PÚBLICOS
NAS HIPÓTESES EM QUE DETERMINA A
LEI ESTADUAL Nº 5.247, 26 DE JULHO DE
1991.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS, no uso das atribuições que lhe


conferem os incisos II, IV e VI do art. 107 da Constituição Estadual, e tendo em vista o que
consta do Processo Administrativo nº 1700-2621/2015,

Considerando a exigência de realização de perícias médicas nos servidores públicos


civis, para os fins e nos termos da Lei Estadual nº 5.247, de 26 de julho de 1991, bem como
da legislação do Regime de Previdência Social Próprio – RPPS do Estado de Alagoas,

DECRETA:

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O presente Regulamento tem por finalidade disciplinar a realização de


perícias médicas a que são submetidos os servidores públicos civis titulares de cargos efetivos
e os candidatos a cargos ou funções públicas civis da Administração Direta, das Autarquias e
das Fundações do Estado de Alagoas, bem como disciplinar os procedimentos administrativos
subsequentes.

§ 1º O disposto neste Regulamento não se aplica aos servidores ocupantes,


exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de
cargo eletivo, bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, que se submetem
às regras do Regime Geral de Previdência Social, assim como não se aplica aos servidores
militares, integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de
Alagoas, que se submetem à disciplina prevista na legislação própria.

§ 2º Mediante edição prévia de ajuste a ser firmado com o Poder Executivo para esse
fim específico, as atividades de perícia médica dispostas neste Decreto podem se aplicar,
igualmente, aos servidores titulares de cargos efetivos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública do Estado de Alagoas.

Art. 2º Para fins deste Decreto considera-se:

I – perícia médica: todo e qualquer ato que consiste na avaliação técnica de questões
relacionadas à saúde e à capacidade laboral, realizada na presença do periciado por médico ou
cirurgião-dentista formalmente designado;
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II – avaliação pericial: procedimento realizado no curso da perícia médica, e que é


imprescindível nos processos de licença para tratamento de saúde, licença por motivo de
doença em pessoa da família, licença ao servidor acidentado no exercício de suas atribuições
ou portador de doença profissional, licença à servidora gestante, entre outros previstos na
legislação;

III – médico assistente: profissional que acompanha o paciente em sua doença e


evolução e, quando necessário, emite o devido atestado ou relatório médico;

IV – autoridade médica-perita competente: médico perito designado para ocupar


cargo de direção previsto na estrutura organizacional da Secretaria de Estado do
Planejamento, Gestão e Patrimônio – SEPLAG, habilitado a promover a análise
administrativa dos laudos e procedimentos periciais, revisões analíticas das inspeções
médicas, atestar e homologar os atendimentos dos médicos peritos;

V – médico perito: médico ou cirurgião-dentista que realiza ato pericial com o


objetivo de avaliar as condições de saúde e a capacidade laborativa do servidor, decidindo
sobre a conveniência do afastamento ou retorno às atividades laborativas habituais, de acordo
com as normatizações contidas na Lei Estadual nº 5.247, de 26 de julho de 1991 – Regime
Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis – e na legislação correlata vigente;

VI – capacidade laborativa: condição física e mental para o exercício de atividade


produtiva, sendo a expressão utilizada para habilitar o examinado a desempenhar as atividades
inerentes ao cargo ou função;

VII – servidor: pessoa legalmente investida em cargo público da Administração


Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo do Estado de Alagoas;

VIII – cargo efetivo: o conjunto de atribuições, deveres e responsabilidades


específicas definidas no estatuto aplicável à Administração Pública do Estado de Alagoas
cometidas a um servidor aprovado por meio de concurso público de provas ou de provas e
títulos;

IX – licença médica: direito de o servidor ausentar-se, sem prejuízo da remuneração


a que fizer jus, nas modalidades e dentro dos prazos previstos, conforme a legislação vigente;

X – atestado médico: documento legal em que o médico ou cirurgião-dentista


assistente, perante a lei, a sociedade e a ética registram, no âmbito de sua responsabilidade
profissional, estados doentios e outros, inclusive para justificar falta ao trabalho, e que gera a
presunção de um direito, que só se configurará com a avaliação pericial que confirme a
necessidade de afastamento;

XI – Guia de Avaliação Pericial – GAP: documento obrigatório para a realização de


perícia médica para fins de licença médica, readaptação, reassunção e aposentadoria;
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XII – Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT: documento emitido para


reconhecer um acidente de trabalho ou de trajeto;

XIII – acidente de trabalho ou de trajeto: aquele que ocorre no exercício da atividade


profissional a serviço ou no deslocamento residência x trabalho x residência e que venha a
provocar lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução permanente
ou temporária, da capacidade para o trabalho ou, em último caso, o óbito do Servidor, nos
termos definidos na legislação do Regime Próprio de Previdência Social;

XIV – Protocolo de Inspeção Médica – PIM: documento que informa o resultado do


atendimento pericial e que deve conter a modalidade da licença, o tempo de afastamento, com
início e fim provisório, sendo o período de afastamento definitivo publicado no Diário Oficial
do Estado;

XV – readaptação: investidura do servidor em cargo de atribuições e


responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou
mental verificada em inspeção médica;

XVI – Laudo para Readaptação – LPR: documento pericial emitido por médicos
peritos que caracterizam a necessidade de readaptação de um determinado servidor, na forma
da lei vigente, e que deve conter a identificação do servidor, seus impedimentos ocupacionais
e as tarefas as quais está impedido de exercer, a ser enviado à Unidade de Gestão de Pessoas
da entidade ou órgão de lotação para conhecimento e conduta técnica;

XVI – parecer final: manifestação por escrito, objetiva, com fundamentação legal e
científica, exarada pelos membros médicos da Superintendência de Perícia Médica e Saúde
Ocupacional – SPMSO, acerca da capacidade laborativa de servidores de que trata este
Regulamento, que vai nortear a conduta médico-ocupacional, visando à proteção da saúde do
servidor e à manutenção da sua capacidade laboral;

XVIII – Atestado de Saúde Ocupacional – ASO: documento que atesta as condições


de saúde do servidor e que define se o mesmo está apto ou inapto à realização de suas
funções;

XIX – CID: Código da Classificação Estatística Internacional de Doenças e


Problemas Relacionados à Saúde;

XX – perícia em trânsito: avaliação técnica de questões relacionadas à saúde e à


capacidade laboral que ocorre nos casos em que o servidor estiver fora do local de lotação ou
exercício;
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XXI – Regime Próprio de Previdência Social – RPPS: regime de previdência,


estabelecido no âmbito do Estado de Alagoas, nos termos da lei, que assegura aos seus
servidores titulares de cargo efetivo, ao servidor inativo e aos seus dependentes, dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, do Ministério Público, do Tribunal de Contas, da
Defensoria Pública do Estado de Alagoas, e seus órgãos da Administração Direta, Autárquica
e Fundacional, os benefícios previdenciários previstos no art. 40 da Constituição Federal; e

XXII – Regime Geral de Previdência Social – RGPS: regime de previdência,


estabelecido nos termos da legislação federal, que assegura aos trabalhadores da iniciativa
privada e aos servidores dos entes federativos ocupantes, exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração, de cargo eletivo, bem como de
outro cargo temporário ou de emprego público, os benefícios previdenciários previstos no art.
201 da Constituição Federal.

CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES

Art. 3º Compete à Secretaria de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio –


SEPLAG, por meio da Superintendência de Perícia Médica e Saúde Ocupacional – SPMSO, a
realização de exames periciais na área médica e odontológica nos servidores vinculados à
Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo do Estado,
observado o disposto no Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis e na legislação
correlata vigente.

Art. 4º Compete à SPMSO:

I – apoiar o desenvolvimento de ações de atenção à saúde, segurança do trabalho e


perícia oficial em saúde;

II – realizar perícias médicas de avaliação da sanidade física e mental dos candidatos


a cargos ou funções públicas do serviço civil estadual, emitir os certificados, atestados, laudos
e pareceres delas decorrentes;

III – realizar perícias médicas nos servidores para comprovação da invalidez


permanente para fins de aposentadoria, proferir a decisão final e emitir o competente laudo;

IV – realizar perícias médicas nos servidores para fins de licença e/ou auxílio para
tratamento de saúde, licença ao servidor acidentado no exercício de suas atribuições ou
acometido de doença profissional, licença à servidora gestante e à adotante, readaptação,
reassunção do exercício e cessação de readaptação, bem como de licença por motivo de
doença em pessoa da família, redução de carga horária para mães com filhos excepcionais e
filho maior inválido e avaliação para isenção de imposto de renda e isenção de contribuição
previdência, emitindo laudo médico;
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V – realizar perícias médicas determinadas em face de decisões judiciais;

VI – realizar perícias para identificação e classificação da insalubridade e a


caracterização da atividade perigosa ou penosa a que esteja sujeito o servidor, segundo as
normas do Ministério do Trabalho e emitir laudos técnicos com base nas Normas Técnicas
Regulamentares – NTR, na legislação federal, nos trabalhos técnicos pertinentes e na
literatura especializada;

VII – exercer apoio administrativo nas atividades médico-odontológicas, relativas às


perícias médicas procedidas em servidores, representando à autoridade superior e aos órgãos
de classe quando de desrespeito à ética profissional;

VIII – orientar, acompanhar e avaliar o cumprimento das atividades relacionadas ao


atendimento e triagem, apoio administrativo e inspeção médica;

IX – disponibilizar quadro de horário para agendamento das inspeções médicas, bem


como acompanhar o fluxo dos atendimentos;

X – promover a análise administrativa dos laudos e procedimentos periciais,


realizando, quando julgar necessário, revisões analíticas das inspeções médicas realizadas por
autoridade médica-perita competente;

XI – submeter à Unidade Gestora responsável pela folha de pagamento do Estado de


Alagoas os casos da modalidade de auxílio-doença concedidos ao servidor mediante exame
médico-pericial, para fins de enquadramento da remuneração nos termos da legislação vigente
do RPPS;

XII – despachar em processos administrativos que versem sobre suas atribuições;

XIII – atestar e homologar os atendimentos dos médicos peritos;

XIV – expedir normas, instruções e comunicados no âmbito do serviço interno e


externo, de forma a orientar e aperfeiçoar a realização de perícias médicas, na fixação dos
prazos e nos critérios a serem observados para o correto atendimento aos servidores
periciados; e

XV – outras atribuições que decorram da legislação vigente.

Parágrafo único. Compete exclusivamente à SPMSO, a realização das perícias para


fins de readaptação.

Art. 5º Aos Médicos Peritos e aos Peritos Odontólogos competem as seguintes


atribuições:
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I – assistir ao servidor, elaborar seu prontuário médico e fazer todos os


encaminhamentos devidos;

II – avaliar a capacidade de trabalho do servidor, por meio do exame clínico,


analisando documentos, provas e laudos ou pareceres referentes ao caso;

III – realizar a avaliação da saúde do Servidor, seu local de trabalho e sua atividade
para fins de insalubridade e periculosidade;

IV – realizar inspeção médica para a concessão das licenças previstas em lei, emissão
de ASO com vistas à posse em cargo público, seja por aprovação em concurso, reintegração
ou aproveitamento, registrando as informações no prontuário médico pericial;

V – emitir laudos médicos periciais contendo o diagnóstico (CID e extensão da


incapacidade);

VI – pronunciar-se conclusivamente sobre condições de saúde e capacidade


laborativa do servidor, preenchendo os campos da GAP e LPR, este último sempre que se
referir a restrição parcial da capacidade laborativa, a seu encargo, para fins de enquadramento
na legislação vigente;

VII – preencher os laudos médicos e os campos da conclusão de perícia médica de


sua competência, assim como todos os demais formulários pertinentes ao caso, atentando às
modalidades de licenças e as datas;

VIII – manter-se atualizado sobre Legislação referente à concessão de benefícios por


afastamento de serviço, incapacidade, deficiência ou previdenciário;

IX – proceder a atendimento médico-pericial domiciliar ou hospitalar sempre que se


fizer necessário;

X – promover a análise técnica dos laudos e procedimentos periciais, realizando,


quando julgar necessário, revisões analíticas das inspeções médicas realizadas;

XI – zelar pela privacidade do paciente e sigilo profissional durante o exame médico


pericial; e

XII – zelar pela observância do Código de Ética Médica e do Código de Ética


Odontológica.

Art. 6º São atribuições das Unidades de Gestão de Pessoas integrantes da


Administração Pública Direta, Autárquica e Fundacional do Poder Executivo do Estado:

I – adotar e divulgar as normas, instruções e os procedimentos orientados pela


SPMSO para a realização de perícias médicas;
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II – realizar o agendamento da perícia médica do servidor, por meio eletrônico,


usando o Sistema de Perícia Médica;

III – providenciar, no prazo de até 24 (vinte e quatro) horas, a expedição e entrega da


GAP ao servidor ou ao seu representante;

IV – informar oficialmente à SPMSO os casos que necessitar de avaliação pericial


em trânsito;

V – acompanhar a temporalidade das licenças para tratamento de saúde dos


servidores, dispensadas de avaliação pericial, gozadas nos 12 (doze) meses anteriores;

VI – encaminhar para avaliação pericial, para confirmação de patologias, os casos de


licenças para tratamento de saúde, que foram dispensadas de avaliação pericial, mas
ultrapassem o período previsto no art. 20 deste Decreto; e

VII – acompanhar o desenvolvimento do servidor durante o processo de readaptação,


nas atribuições indicadas no LPR, assegurando que as condições de trabalho estejam
contribuindo para a recuperação da saúde do beneficiado.

Art. 7º A SPMSO poderá recorrer a outros órgãos estaduais que atuem na área de
saúde para a consecução de suas finalidades.

Art. 8º As perícias médicas admissionais, para fins de posse para exercício em cargo
ou função do serviço público civil do Estado, bem como as demissionais, serão realizadas
pelos médicos peritos da SPMSO.

Parágrafo único. A exigência de exames específicos a que devam se submeter os


candidatos aprovados em concursos públicos antes da posse, em razão da especificidade das
atribuições dos cargos ou funções a serem ocupados, deve constar do edital do concurso
público.

Art. 9º A perícia médica admissional deverá ser solicitada pelo órgão ou entidade
para onde foi nomeado ou admitido o candidato, mediante documento oficial e publicação do
Diário Oficial do Estado.

Art. 10. Realizada a perícia médica, será expedido o ASO, nele devendo constar se o
candidato está apto, apto com restrição ou inapto para o exercício das atribuições próprias do
cargo ou da função pública.

Parágrafo único. No caso do candidato que apresenta restrição para o cargo ao qual
pleiteia, deverá constar no ASO a natureza da restrição.
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Art. 11. As perícias médicas destinadas a comprovar a invalidez total e permanente


do servidor para qualquer cargo ou função pública, para isenção do Imposto de Renda Pessoa
Física e contribuições previdenciárias serão realizadas na sede da SPMSO, e homologadas
por, no mínimo, 03 (três) médicos peritos lotados na SPMSO.

Art. 12. Tratando-se de decisão contrária à aposentadoria, o corpo médico de peritos


da SPMSO deverá pronunciar-se quanto à continuação de licença para tratamento de saúde,
observando os prazos legais, ou pelo retorno ao trabalho, com ou sem, readaptação.

Art. 13. O laudo de aposentadoria por invalidez será expedido pela SPMSO,
devendo conter, no mínimo, 03 (três) assinaturas de médicos peritos lotados na SPMSO, data
de início da aposentadoria, data de início da patologia, o código da patologia (CID) e o
enquadramento na legislação vigente.

Art. 14. A licença para tratamento de saúde dependerá de perícia médica, realizada
na sede da SPMSO, e poderá ser concedida ex officio ou a pedido do servidor.

Art. 15. O superior imediato ou mediato, diante de uma situação de mal súbito de um
servidor, após encaminhamento para um serviço médico de urgência, poderá solicitar a
concessão de licença para tratamento de saúde ex officio, expedindo a competente GAP para a
SPMSO.

Parágrafo único. Havendo recusa do servidor em se submeter à perícia, a SPMSO


deverá ser oficiada para que faça a sua convocação, aplicando-se, no caso de não atendimento,
o disposto na art. 118, incisos III, IV e art. 119, incisos I, IV e XIV, da Lei Estadual nº 5.247,
de 26 de julho de 1991.

Art. 16. O servidor que, diante de suas condições de saúde, necessitar que a perícia
médica ocorra em seu domicílio ou em unidade hospitalar em que se encontre internado,
deverá solicitar, por meio de seu representante, tal procedimento à SPMSO e mencionar o fato
na liberação da GAP.

Art. 17. Devem ser observados os seguintes procedimentos, exigências e prazos:

I – a licença médica para tratamento de saúde superior a 03 (três) dias consecutivos


dependerá obrigatoriamente de perícia médica;

II – o servidor, ou seu representante terá o prazo de até 03 (três) dias úteis para a
apresentação do atestado médico ou odontológico, a partir do primeiro dia de afastamento da
licença concedida pelo médico assistente, à Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou
órgão de lotação;

III – o servidor que necessitar de licença para tratamento de saúde deverá solicitar,
diretamente ou por meio de seu representante, à Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou
órgão de lotação a expedição da GAP, a fim de ser submetido à necessária perícia médica;
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IV – quando se tratar de solicitação de licença por acidente de trabalho, será


necessária, para o seu enquadramento, a emissão da CAT pela entidade ou órgão de lotação
do servidor, e deverá ser anexada à GAP;

V – o servidor, ou seu representante, deverá agendar dia e horário para a avaliação


pericial, a qual deverá ser feita imediatamente ou no prazo máximo de até 01 (um) dia útil, a
contar do dia de recebimento da GAP;

VI – o servidor deverá no prazo de até 02 (dois) dias úteis, após a realização da


Perícia, proceder à entrega do PIM à Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou órgão de
lotação;

VII – o atestado médico ou odontológico entregue fora do prazo estabelecido no


inciso II deste artigo, ou constatando-se irregularidades na sua apresentação, será indeferido
pela SPMSO; e

VIII – a licença para tratamento de saúde ou auxílio-doença poderá retroagir até a


data citada pelo médico assistente, desde que sejam cumpridos as condições e prazos dos
incisos I, II, III e V deste artigo.

Art. 18. A Unidade de Gestão de Pessoas poderá recusar a emissão da GAP nos
seguintes casos:

I – quando o servidor, ou seu representante, não cumprir os prazos estabelecidos no


inciso II do art. 17 deste Decreto; ou

II – quando o servidor não apresentar o Atestado Médico devidamente preenchido,


com carimbo do médico, CID e sem rasuras.

Art. 19. A SPMSO poderá recusar o recebimento da GAP quando esta:

I – estiver incorretamente preenchida;

II – contiver rasura que comprometa sua autenticidade; ou

III – for apresentada depois do primeiro dia útil subsequente ao de sua expedição.

Art. 20. A avaliação pericial poderá ser dispensada para a concessão de licença
médica ou odontológica desde que a licença concedida, somada a outras licenças dispensadas
de avaliação pericial para tratamento de saúde, gozadas nos 12 (doze) meses anteriores, seja
inferior a 31 (trinta e um) dias.

§ 1º A dispensa da avaliação pericial fica condicionada à apresentação de atestado


médico ou odontológico na Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou órgão de lotação.
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§ 2º Ainda que configurados os requisitos para a dispensa da avaliação pericial,


previstos no caput, o servidor será submetido à avaliação pericial a qualquer momento,
mediante recomendação do perito médico, a pedido da chefia do servidor ou da Unidade de
Gestão de Pessoas da entidade ou órgão de lotação.

Art. 21. O servidor que, durante o período de 12 (doze) meses, atingir o limite de
concessão de licenças dispensadas de avaliação pericial, disposto no art. 20 deste Decreto,
para a concessão de nova licença, independentemente do prazo de sua duração, será
encaminhado pela Unidade de Gestão de Pessoas à SPMSO para comprovação de patologia.

Art. 22. A não apresentação do atestado médico pelo servidor, no prazo estabelecido
no inciso II do art. 17 deste Decreto, caracterizará falta injustificada ao serviço.

Art. 23. Os dias de afastamento do servidor por licenças indevidas, quando não
tenham sido atendidas as exigências estabelecidas no art. 17 deste Decreto, serão considerado
como faltas injustificadas, ficando o servidor sujeito às penalidades prevista na Lei Estadual
nº 5.247, de 26 de julho de 1991.

Art. 24. Para ser submetido à avaliação pericial, o servidor deve comparecer à sede
da SPMSO munido dos seguintes documentos:

I – documento oficial de identificação com foto;

II – atestado médico ou odontológico, original e legível, sem rasuras, especificando a


restrição/limitação para o exercício da função;

III – GAP em duas vias;

IV – exames complementares comprobatórios da situação clínica, se aplicável;

V – registro de nascimento ou certidão de nascido vivo, em caso de licença à


gestante; e

VI – declaração do hospital em caso de procedimento cirúrgico e/ou internação.

Art. 25. O servidor em trânsito que precisar de avaliação pericial para a concessão de
licença deverá informar à Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou órgão de sua lotação
que necessitará de perícia em trânsito.

§ 1º Na hipótese a que se refere o caput deste artigo, a avaliação pericial será


realizada por intermédio de médico perito do Estado em que o servidor se encontrar.

§ 2º A comprovação da hipótese de que trata o caput deverá ser feita por meio de
atestado do médico assistente, o qual deve indicar o CID correspondente, exames
complementares e/ou declaração da unidade hospitalar onde se encontrar internado o servidor.
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Art. 26. Quando o comprometimento da saúde do servidor restringir o exercício de


sua função, o médico perito deverá solicitar a lista de atribuições inerentes ao cargo à Unidade
de Gestão de Pessoas da entidade ou órgão de lotação do servidor periciando, para fins de
avaliação da restrição.

Parágrafo único. Concluída a avaliação, a SPMSO encaminhará o LPR para a


Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou órgão de lotação do servidor, indicando as
restrições quanto às atividades e/ou ambientes que deverão ser evitados.

Art. 27. O servidor poderá obter licença por motivo de doença em pessoa da família
nos termos da legislação vigente.

Parágrafo único. A comprovação da doença em pessoa da família deverá ser feita


por meio de atestado do médico assistente, o qual deve indicar o CID correspondente, exames
complementares e/ou declaração da unidade hospitalar onde se encontrar internado o familiar.

Art. 28. A autoridade competente para proferir o parecer final sobre o pedido de
licença deverá levar em consideração, além dos aspectos médicos, os de natureza social do
benefício.

Art. 29. Após a realização da avaliação médica, o servidor receberá o PIM,


indicando a decisão e a data de inicio e fim da licença concedida, em todas as suas
modalidades.

Art. 30. O servidor poderá ser convocado para nova perícia médica, se houver
divergência entre as avaliações dos peritos médicos ou quando a autoridade médica-perita
competente para proferir o parecer final julgar conveniente.

Art. 31. Negado o afastamento ou havendo discordância entre o tempo de


afastamento solicitado pelo médico assistente e o concedido pelo médico perito, o servidor
poderá, no prazo de até 05 (cinco) dias úteis da data da comunicação da decisão pericial,
entrar com pedido de reconsideração ou recurso de perícia médica.

Parágrafo único. O pedido de reconsideração ou recurso deverá ser protocolado na


SPMSO.

Art. 32. A autoridade médica-perita competente para decidir do recurso poderá


determinar novas providências, inclusive perícia médica, que se efetuará por médico perito da
SPMSO, que não tenha, primitivamente, efetivado a perícia médica questionada.

Art. 33. Serão sumariamente arquivados os pedidos de reconsideração e recursos


formulados fora do prazo previsto no art. 31 deste Decreto.
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Art. 34. Realizada a perícia médica, concluídas as diligências que se fizerem


necessárias e transcorrido o prazo previsto no art. 31 deste Decreto sem que haja recurso por
parte do servidor, ou não havendo discordância, será homologado o período de afastamento a
ser concedido ao servidor.

Art. 35. A licença somente produz efeitos administrativos depois de homologada


pela autoridade médica-perita competente.

Art. 36. Homologada a licença médica, serão os autos encaminhados ao Secretário


de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio para concessão da mesma, a qual deverá ser
publicada no Diário Oficial do Estado.

Art. 37. Findo o prazo da licença, o servidor que necessitar de prorrogação do


benefício deve ser submetido à nova inspeção pelo corpo médico de peritos da SPMSO.

Art. 38. As licenças médicas não justificadas ou não homologadas, nos termos deste
Regulamento, serão encaminhadas à Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou órgão de
lotação do servidor, para fins de desconto, a título de falta injustificada no serviço, observado
o disposto nos arts. 22 e 23 deste Decreto.

Art. 39. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 40. Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO REPÚBLICA DOS PALMARES, em Maceió, 12 de maio de 2016,


200º da Emancipação Política e 128º da República.

JOSÉ RENAN VASCONCELOS CALHEIROS FILHO


Governador

Este texto não substitui o publicado no DOE do dia 13.05.2016.

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