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GABINETE DO GOVERNADOR
REGULAMENTA A REALIZAÇÃO DE
PERÍCIAS MÉDICAS A QUE DEVEM SE
SUBMETER OS SERVIDORES PÚBLICOS
NAS HIPÓTESES EM QUE DETERMINA A
LEI ESTADUAL Nº 5.247, 26 DE JULHO DE
1991.
DECRETA:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º Mediante edição prévia de ajuste a ser firmado com o Poder Executivo para esse
fim específico, as atividades de perícia médica dispostas neste Decreto podem se aplicar,
igualmente, aos servidores titulares de cargos efetivos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do
Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública do Estado de Alagoas.
I – perícia médica: todo e qualquer ato que consiste na avaliação técnica de questões
relacionadas à saúde e à capacidade laboral, realizada na presença do periciado por médico ou
cirurgião-dentista formalmente designado;
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XVI – Laudo para Readaptação – LPR: documento pericial emitido por médicos
peritos que caracterizam a necessidade de readaptação de um determinado servidor, na forma
da lei vigente, e que deve conter a identificação do servidor, seus impedimentos ocupacionais
e as tarefas as quais está impedido de exercer, a ser enviado à Unidade de Gestão de Pessoas
da entidade ou órgão de lotação para conhecimento e conduta técnica;
XVI – parecer final: manifestação por escrito, objetiva, com fundamentação legal e
científica, exarada pelos membros médicos da Superintendência de Perícia Médica e Saúde
Ocupacional – SPMSO, acerca da capacidade laborativa de servidores de que trata este
Regulamento, que vai nortear a conduta médico-ocupacional, visando à proteção da saúde do
servidor e à manutenção da sua capacidade laboral;
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES
IV – realizar perícias médicas nos servidores para fins de licença e/ou auxílio para
tratamento de saúde, licença ao servidor acidentado no exercício de suas atribuições ou
acometido de doença profissional, licença à servidora gestante e à adotante, readaptação,
reassunção do exercício e cessação de readaptação, bem como de licença por motivo de
doença em pessoa da família, redução de carga horária para mães com filhos excepcionais e
filho maior inválido e avaliação para isenção de imposto de renda e isenção de contribuição
previdência, emitindo laudo médico;
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III – realizar a avaliação da saúde do Servidor, seu local de trabalho e sua atividade
para fins de insalubridade e periculosidade;
IV – realizar inspeção médica para a concessão das licenças previstas em lei, emissão
de ASO com vistas à posse em cargo público, seja por aprovação em concurso, reintegração
ou aproveitamento, registrando as informações no prontuário médico pericial;
Art. 7º A SPMSO poderá recorrer a outros órgãos estaduais que atuem na área de
saúde para a consecução de suas finalidades.
Art. 8º As perícias médicas admissionais, para fins de posse para exercício em cargo
ou função do serviço público civil do Estado, bem como as demissionais, serão realizadas
pelos médicos peritos da SPMSO.
Art. 9º A perícia médica admissional deverá ser solicitada pelo órgão ou entidade
para onde foi nomeado ou admitido o candidato, mediante documento oficial e publicação do
Diário Oficial do Estado.
Art. 10. Realizada a perícia médica, será expedido o ASO, nele devendo constar se o
candidato está apto, apto com restrição ou inapto para o exercício das atribuições próprias do
cargo ou da função pública.
Parágrafo único. No caso do candidato que apresenta restrição para o cargo ao qual
pleiteia, deverá constar no ASO a natureza da restrição.
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Art. 13. O laudo de aposentadoria por invalidez será expedido pela SPMSO,
devendo conter, no mínimo, 03 (três) assinaturas de médicos peritos lotados na SPMSO, data
de início da aposentadoria, data de início da patologia, o código da patologia (CID) e o
enquadramento na legislação vigente.
Art. 14. A licença para tratamento de saúde dependerá de perícia médica, realizada
na sede da SPMSO, e poderá ser concedida ex officio ou a pedido do servidor.
Art. 15. O superior imediato ou mediato, diante de uma situação de mal súbito de um
servidor, após encaminhamento para um serviço médico de urgência, poderá solicitar a
concessão de licença para tratamento de saúde ex officio, expedindo a competente GAP para a
SPMSO.
Art. 16. O servidor que, diante de suas condições de saúde, necessitar que a perícia
médica ocorra em seu domicílio ou em unidade hospitalar em que se encontre internado,
deverá solicitar, por meio de seu representante, tal procedimento à SPMSO e mencionar o fato
na liberação da GAP.
II – o servidor, ou seu representante terá o prazo de até 03 (três) dias úteis para a
apresentação do atestado médico ou odontológico, a partir do primeiro dia de afastamento da
licença concedida pelo médico assistente, à Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou
órgão de lotação;
III – o servidor que necessitar de licença para tratamento de saúde deverá solicitar,
diretamente ou por meio de seu representante, à Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou
órgão de lotação a expedição da GAP, a fim de ser submetido à necessária perícia médica;
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Art. 18. A Unidade de Gestão de Pessoas poderá recusar a emissão da GAP nos
seguintes casos:
III – for apresentada depois do primeiro dia útil subsequente ao de sua expedição.
Art. 20. A avaliação pericial poderá ser dispensada para a concessão de licença
médica ou odontológica desde que a licença concedida, somada a outras licenças dispensadas
de avaliação pericial para tratamento de saúde, gozadas nos 12 (doze) meses anteriores, seja
inferior a 31 (trinta e um) dias.
Art. 21. O servidor que, durante o período de 12 (doze) meses, atingir o limite de
concessão de licenças dispensadas de avaliação pericial, disposto no art. 20 deste Decreto,
para a concessão de nova licença, independentemente do prazo de sua duração, será
encaminhado pela Unidade de Gestão de Pessoas à SPMSO para comprovação de patologia.
Art. 22. A não apresentação do atestado médico pelo servidor, no prazo estabelecido
no inciso II do art. 17 deste Decreto, caracterizará falta injustificada ao serviço.
Art. 23. Os dias de afastamento do servidor por licenças indevidas, quando não
tenham sido atendidas as exigências estabelecidas no art. 17 deste Decreto, serão considerado
como faltas injustificadas, ficando o servidor sujeito às penalidades prevista na Lei Estadual
nº 5.247, de 26 de julho de 1991.
Art. 24. Para ser submetido à avaliação pericial, o servidor deve comparecer à sede
da SPMSO munido dos seguintes documentos:
Art. 25. O servidor em trânsito que precisar de avaliação pericial para a concessão de
licença deverá informar à Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou órgão de sua lotação
que necessitará de perícia em trânsito.
§ 2º A comprovação da hipótese de que trata o caput deverá ser feita por meio de
atestado do médico assistente, o qual deve indicar o CID correspondente, exames
complementares e/ou declaração da unidade hospitalar onde se encontrar internado o servidor.
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Art. 27. O servidor poderá obter licença por motivo de doença em pessoa da família
nos termos da legislação vigente.
Art. 28. A autoridade competente para proferir o parecer final sobre o pedido de
licença deverá levar em consideração, além dos aspectos médicos, os de natureza social do
benefício.
Art. 30. O servidor poderá ser convocado para nova perícia médica, se houver
divergência entre as avaliações dos peritos médicos ou quando a autoridade médica-perita
competente para proferir o parecer final julgar conveniente.
Art. 38. As licenças médicas não justificadas ou não homologadas, nos termos deste
Regulamento, serão encaminhadas à Unidade de Gestão de Pessoas da entidade ou órgão de
lotação do servidor, para fins de desconto, a título de falta injustificada no serviço, observado
o disposto nos arts. 22 e 23 deste Decreto.