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LEI ORGÂNICA

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE


BOSSOROCA

Preâmbulo

O Povo de Bossoroca, por seus representantes, reunidos, com poderes outorgados pelas
constituições da República Federativa e do Estado do Rio Grande do Sul, e o pensamento
voltado para construção de uma sociedade soberana, livre, equalitária, e democrática,
fundados nos princípios da justiça, do pleno exercício da cidadania, da ética, da moral e do
trabalho, promulga sob a inovação de Deus, esta LEI ORGÂNICA.

TÍTULO I

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

O município de Bossoroca, pessoa jurídica de direito público interno, parte integrante


Art. 1º
da República Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, no pleno uso de sua
autonomia política, administrativa e financeira, reger-se-á por esta Lei Orgânica e demais leis
que adotar, respeitados os princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual.

Parágrafo único. Todo Poder do município emana do povo bossoroquense que o exerce
por meio de representantes eleitos, nos termos desta Lei Orgânica.

Art. 2ºSão poderes do município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e o


Executivo.

§ 1º É vedada a delegação de atribuições entre os poderes.

§ 2º O cidadão investido na função de um deles não pode exercer a de outro.

§ 3º É mantido o atual território do município, cujos limites só podem ser alterados nos
termos da Legislação Estadual.

Art. 3º O dia quatro de março é data magna de Bossoroca.

Art. 4ºSão Símbolos do município de Bossoroca o Brasão, a Bandeira, Slogan - "Buena


Terra Missioneira", e outros estabelecidos em lei.

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Art. 5º A autonomia do município se expressa:

I - Pela eleição direta dos vereadores, que compõe o Poder Legislativo Municipal;

II - Pela eleição direta do Prefeito e Vice-Prefeito, que compõe o Poder Executivo


Municipal;

III - Pela administração própria no que respeita ao interesse local;

IV - Pela decretação e arrecadação dos tributos de sua competência e aplicação de suas


receitas.

Parágrafo único. O Município promoverá vida digna aos seus habitantes e será
administrado com base nos seguintes compromissos:

I - Transparência de seus atos.

II - Moralidade Administrativa.

III - Participação Popular nas decisões

IV - Descentralização político-administrativo.

V - Prestação integrada dos serviços públicos.

CAPÍTULO II
DA COMPETÊNCIA

Art. 6º Ao município compete privativamente:

I - elaborar o Orçamento, estimando a receita e fixando a despesa, com base em


planejamento adequado;

II - instituir e arrecadar os tributos de sua competência e fixar e cobrar tarifas públicas,


com obrigação de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;

III - organizar e prestar diretamente ou sobre regime de concessão ou permissão sempre


através de licitação os serviços de interesse local e que possuem caráter essencial, bem como
dispor eles;

IV - licenciar para funcionar os estabelecimentos comercias e industriais de serviços


similares mediante expedição de alvará de localização;

V - suspender ou cassar o alvará de localização do estabelecimento que infringir


dispositivos legais;

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VI - organizar os quadros e estabelecer o regime jurídico de seus servidores;

VII - administrar seus bens, adquiri-los e aliená-los, aceitar doações, legados e heranças
e dispor de sua aplicação;

VIII - adquirir bens e serviços e desapropriar, por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, nos casos previstos em Lei;

IX - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, estabelecendo, bem como


diretrizes urbanísticas convenientes à ordenação de seu território;

X - estabelecer normas de prevenção e controle de ruído, da poluição do meio ambiente,


do espaço aéreo e das águas;

XI - conceder e permitir os serviços de transporte coletivo, táxis e outros, fixando suas


tarifas, itinerários, pontos de estacionamento e paradas;

XII - conceder e permitir os serviços públicos locais e os que lhes sejam concernentes;

XIII - regulamentar a utilização dos logradouros públicos e sinalizar as faixas de


rolamento e zonas de silêncio;

XIV - disciplinar os serviços de carga e descarga e a fixação de tonelagem máxima,


altura e largura, permitida por lei;

XV - estabelecer servidões administrativas necessárias à realização de seus serviços;

XVI - normatizar fiscalizar e promover a limpeza dos logradouros públicos, a remoção do


lixo domiciliar e a destinação final dos resíduos sólidos e de limpeza pública e dispor sobre a
prevenção de incêndio;

XVII - fixar os feriados municipais e ponto facultativo, bem como o horário de


funcionamento dos estabelecimento comerciais, industriais, de prestação de serviços e outros;

XVIII - legislar sobre o serviço funerário e cemitério, fiscalizando os que pertenceram a


entidade particulares;

XIX - interditar edificações em ruínas ou em condições de insalubridade e fazer demolir


construções que ameacem, a segurança coletiva;

XX - regulamentar a fixação de cartazes, anúncios, emblemas e quaisquer outros meios


de publicidade e propaganda;

XXI - regulamentar e fiscalizar as competições esportivas, os espetáculos e os


divertimentos públicos;

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XXII - legislar sobre a apreensão e deposito de semoventes, mercadorias e móveis em


geral, no caso de transgressão de leis e demais atos municipais, bem como sobre a forma e
condições de venda das coisas e bens apreendidos;

XXIII - legislar sobre serviços públicos e regulamentar os processos de instalação,


distribuição e consumo de água, gás, luz e energia elétrica, telefonia e todos os demais
serviços de caráter e uso coletivo.

XXIV - criar, organizar distrito e bairros, consultados os munícipes e observada a


legislação pertinente

XXV - participar de entidades que congregue outros municípios integrados a região na


forma estabelecida em lei

XXVI - sinalizar as vias urbanas e estradas municipais;

XXVII - estabelecer e impor penalidades por infração de suas lei e regulamentos;

Art. 7º Compete ao município, no exercício de sua autonomia:

I - organizar-se administrativamente, observadas as legislações federal e estadual;

II - estabelecer suas leis, expedir decretos e atos relativos aos assuntos de interesse
local;

III - promover a tudo que concerne ao interesse local tendo como objetivo o pleno
desenvolvimento de suas funções sociais, promovendo0 o bem estas de seus habitantes;

IV - constituir a guarda municipal, destinada a proteção dos bens, serviços e instalações


municipais, conforme dispuser a lei;

V - preservar os bens e locais de valores histórico, culturais ou cientifico;

VI - dispor sobre os registros, vacinação e captura de animais, principalmente, os


doentes;

VII - implantar, regulamentar e administrar gerenciar equipamentos públicos de


abastecimentos alimentar.

Art. 8ºO município pode celebrar convênio com a União, Estado e outros Municípios,
mediante autorização da Câmara Municipal, para a execução de suas leis, serviços, obras e
decisões, bem como para executar encargos análogos dessas esferas.

§ 1º Os convênios podem visar à realização de obras ou à exploração de serviços


públicos de interesse comum;

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§ 2º Pode, ainda, o município, através de convênio ou consórcios com outros municípios


da mesma comunidade sócio-econômico, criar entidades intermunicipais para a realização de
obras, atividades ou serviços específicos de interesse comum, devendo os mesmos ser
aprovados por leis dos municípios que deles participem;

§ 3º É permitido delegar, entre o Estado e o Município, também por convênio, os serviços


de competência concorrente, assegurados os recursos necessários.

Art. 9º Compete, ainda, ao município, concorrentemente com a União ou o Estado, ou


supletivamente a eles:

I - zelar pela saúde, higiene, segurança e assistência pública;

II - promover o ensino, a educação e a cultura;

III - estimular o melhor aproveitamento da terra, bem como as defesas contra as formas
de exaustão do solo;

IV - demarcar, abrir e conservar a área física já existente das estradas gerais, vicinais e
caminhos, e determinar a execução de serviços públicos;

V - promover a defesa sanitária vegetal e animal, a extinção de insetos e animais


daninhos;

VI - proteger os documentos, obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural,


os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

VII - Impedir a evasão, a destruição, e a descaracterização de obras de arte e outros


bens de valor histórico, artístico ou cultural;

VIII - amparar a maternidade, a infância, os idosos e os desvalidos, coordenando e


orientando os serviços no âmbito do município;

IX - estimular a educação e a prática desportiva;

X - proteger a juventude contra toda exploração, bem como contra os fatores que
possam conduzi-la ao abandono físico, moral e intelectual;

XI - tomar as medidas necessárias para restringir a mortalidade e a morbidez infantil,


bem como medidas que impeçam a propagação de doenças transmissíveis;

XII - incentivar o comércio, a indústria, a agricultura, o turismo e outras atividades que


visem ao desenvolvimento econômico;

XIII - fiscalizar a proteção, a conservação, o comércio e o transporte dos gêneros

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alimentícios, destinados ao abastecimento público;

XIV - regulamentar e exercer outras atribuições não vedadas pelas Constituição Federal
e Estadual.

XV - Criar e instalar comitê de defesa do consumidor, bem como organizar e manter a


guarda municipal para proteção de seus bens, serviços e instalações, e no que couber, será
feito por convênio.

Constitui o patrimônio municipal os bens imóveis, móveis e semoventes, e os direitos


Art. 10.
e ações, que a qualquer título, pertençam ao município

§ 1º A alienação de bens municipais subordinada a existência de interesse publico


devidamente justificada será sempre precedida de avaliação e obedecerá ao seguinte:

I - quando imóveis dependerá de autorização legislativa e concorrência pública,


dispensada esta, nos casos de permuta ou de venda aos proprietários lindeiros, mas com
prévia avaliação.

II - quando móveis dependerá de licitação, dispensada esta nos casos de doação, que
será permitida somente por interesse social;

III - o uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante concessão,
permissão ou autorização, conforme o caso, atendido o interessa público, coletivo ou social,
com ampla discussão com a comunidade

CAPÍTULO III
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Art. 11. Administração pública do município observará os princípios da legalidade,


impessoalidade, moralidade, publicidade e economicidade da razoabilidade, da eficiência, da
legitimidade e da participação popular e o seguinte:

I - a lei especificará os cargos e funções cujo ocupantes, ao assumí-los e ao deixá-los


devem declarar os bens que compõe seu patrimônio;

II - a lei estabelecerá os casos de contratação de pessoal por tempo determinado para


atender a necessidade temporária de excepcional de interesse público;

III - a lei reservará percentual de cargos e empregos públicos para as pessoa de


deficiência e definirá os critérios de sua admissão.

Os ocupantes de cargo eletivo, secretários, presidentes e diretores de autarquias,


Art. 12.
fundações, empresas públicas e de economia mista apresentarão declaração de bens no dia
da posse, nos fins de mandatos ou nos casos de exoneração ou aposentadoria

Art. 13.

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Art. 13.A publicação de leis e atos municipais far-se-á no órgão da imprensa oficial, e por
afixação na sede da prefeitura e da câmara municipal.

Art. 14.A administração municipal devera publicar, antecipadamente, no prédio da Câmara


de Vereadores de Bossoroca, os editais, dos processos licitatórios e obrigatoriamente, no
prazo de trinta dias os de concessão serviços públicos, permissões, locações e cessão de uso
de próprio municipais.

A administração municipal manterá uma central de informação, destinada colher


Art. 15.
reclamação e prestar informação ao público.

CAPÍTULO IV
DOS SERVIDORES E CONSELHEIROS

Seção I
Dos Servidores Municipais

Art. 16.São servidores do Município todos quantos percebam remuneração pelos cofres
municipais, sendo assegurado o seguintes direitos:

I - (Revogado pela Lei nº 2110/2003)

II - licença maternidade;

III - licença paternidade;

IV - cesta básica;

V - o servidor somente será indicado a participar em cursos de especialização ou


capacitação técnica profissional custeada pelo município quando houver correlação entre
curso com as atribuições do cargo;

VI - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que a
remuneração normal, e pagamento antecipado.

VII - saúde.

§ 1º Fixar o último dia útil de cada mês, o limite máximo para o pagamento dos
vencimentos e salários do funcionalismo público municipal.

§ 2º A previdência será assegurada mediante a contribuição do município e de seus


servidores nos termos da lei.

Art. 17.O quadro de servidores pode ser constituídos de classes, carreiras funcionais ou de
cargos isolados, classificados dentro de um sistema ou, ainda, dessas formas conjugadas, de

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acordo com a lei.

Parágrafo único. O sistema de promoção obedecerá, altamente ao critério de antigüidade


e merecimento, este avaliado objetivamente.

Art. 18. Os cargos, empregos e funções públicas municipais são acessíveis a todos os
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei.

§ 1º A investidura em cargo ou emprego público, bem como nas instituições de que


participe o município, depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de
provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão, declarados em lei, de
livre nomeação e exoneração.

§ 2º Fica assegurado aos portadores de deficiência física um índice de até dez por cento
das vagas nos concursos públicos, desde que enquadrados nos requisitos do Edital e nos
termos da lei;

§ 3º Fica assegurada à funcionária municipal, mãe de deficiente físico, sensorial ou


mental, jornada de trabalho com redução de até cinqüenta por cento da carga horária, com
vencimentos integrais, desde que disciplinada em lei;

Art. 19.São estáveis, após três anos de efetivo exercício, os servidores nomeados por
concurso.

Parágrafo único. O Poder Legislativo Municipal, indicará um vereador, escolhido pelo


Plenário, para acompanhar e examinar todo o processo dos concursos públicos municipais,
realizados pela Administração Municipal. (Suprimido pela Lei nº 4539/2020)

§ 1º O Poder Legislativo Municipal, indicará comissão composta por 03 (três) vereadores,


indicados pelo Presidente da Câmara, obedecida a proporcionalidade das bancadas, para
acompanhar e examinar processos seletivos, concursos públicos, realizados pela
Administração Municipal, bem como participar fiscalizando as ações e trabalhos dos
conselhos consultivos e deliberativos no âmbito municipal. (Redação acrescida pela Lei
nº 4539/2020)

§ 2º O Poder Executivo comunicará ao Poder Legislativo da realização de todos os atos


que ensejarem o acompanhamento e participação da Câmara viabilizando o cumprimento do
que dispõe no parágrafo anterior. (Redação acrescida pela Lei nº 4539/2020)

Os servidores estáveis perderão o cargo em virtude de sentença judicial ou mediante


Art. 20.
processo administrativo, em que lhes seja assegurada ampla defesa.

§ 1º Invalidada, por sentença a demissão, o servidor será reintegrado e quem lhe


ocupava o lugar, exonerado ou, se detinha outro cargo, a este reconduzido sem direito à
indenização

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§ 2º Lei estabelecerá normas para contratação de pessoal por tempo determinado para
atender a necessidade temporária e excepcional interesse público. (Redação dada pela Lei
nº 2174/2003)

Art. 21. Ficará em disponibilidade remunerada, com vencimentos proporcionais ao tempo de


serviço, o servidor estável cujo cargo for declarado extinto ou desnecessário pelo órgão a que
servir, podendo ser aproveitado em cargo compatível, a critério da administração.

Art. 22.O tempo de serviço público federal, estadual ou de outros municípios é computado
integralmente para efeitos de aposentadoria e disponibilidade.

Art. 23. Ao servidor em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal ou estadual ficará afastado de cargo, emprego


ou função;

II - investido no mandato de prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função;

III - investido no mandato de vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá


as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo
eletivo e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu
tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por
merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão


determinados como se no exercício estivesse;

VI - o pagamento da gratificação natalina, também denominado décimo terceiro salário,


será efetuado até o dia vinte de dezembro.

Art. 24. Lei Municipal definirá os direitos dos servidores do município e acréscimos
pecuniários por tempo de serviço, assegurado a licença-prêmio por qüinqüênio.

§ 1º garantia ao Servidor Público de Legislação sobre insalubridade e periculosidade, em


graus compatíveis às funções desempenhadas.

§ 2º lei estabelecerá a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, como órgão


de prevenção de acidentes de trabalho.

§ 3º após a promulgação desta Lei Orgânica, o Poder Executivo proporá uma Reforma
Administrativa com todas as adaptações necessárias, contando na sua elaboração com a
participação de representação dos servidores municipais.

Art. 25. É vedada:

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I - a remuneração de cargos, de atribuições iguais ou assemelhadas, do Poder


Legislativo, superior à dos cargos do Poder Executivo, ressalvadas as vantagens de caráter
individual e as relativas à natureza e ao local de trabalho;

II - A vinculação ou equiparação, de qualquer natureza para efeito de remuneração do


pessoal do município;

III - A participação de servidores no produto da arrecadação de tributos e multas, inclusive


da dívida ativa;

IV - a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver


compatibilidade de horários:

a) a de dois cargos de professor;


b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cientifico;
c) a de dois cargos privativos de médico.

Parágrafo único. A proibição de acumular estende-se a cargos, funções ou empregos em


autarquias e outras instituições de que faça parte o município.

O município instituirá Regime Jurídico Único e Planos de Carreira para os servidores


Art. 26.
municipais, adequando-se com as exigências legais.

Art. 27. O servidor será aposentado na forma definida na Constituição Federal e lei própria.

Art. 28.O município responderá pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, sendo obrigatório o uso de ação regressiva contra o responsável nos casos de dolo
ou culpa, na forma da Constituição Federal e lei própria.

Art. 29. É garantido ao servidor público municipal o direito à livre associação sindical.

Seção II
Dos Conselhos

Os Conselhos Municipais são órgãos governamentais, que têm por finalidade auxiliar
Art. 30.
a administração na orientação, planejamento, interpretação e julgamento de matéria de sua
competência.

A Lei especificará as atribuições de cada Conselho, sua organização, composição,


Art. 31.
funcionamento, forma de nomeação de titular e suplente e prazo de duração do mandato.

Art. 32. Os Conselhos Municipais são compostos por número ímpar de membros,
observando, quando for o caso, a representatividade da administração, das entidades
públicas, classístas e da sociedade civil organizada.

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CAPÍTULO V
DO PODER LEGISLATIVO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 33.O Poder Legislativo do município é exercida pela Câmara Municipal de Vereadores,
que compõe-se de nove Vereadores, representantes do povo, eleitos no município, em pleito
direto pela sistema proporcional, com o número de vereadores estabelecidos em lei.

Parágrafo único. A Câmara Municipal terá autonomia orçamentária.

Seção II
Das Atribuições da Câmara

A Câmara Municipal de Vereadores reunir-se-á, independente de convocação, de 1º


Art. 34.
de fevereiro a 30 de junho e de 1º de agosto a 31 de dezembro.

Parágrafo único. Durante a sessão legislativa ordinária a Câmara funciona o mínimo,


duas vezes por mês.

Art. 35.No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coincide com a do mandato dos
vereadores, a Câmara reunir-se-à no dia 1º de janeiro, para dar posse aos Vereadores,
Prefeito e Vice-Prefeito, eleger a sua Mesa, Comissões Permanentes e para indicarem as
lideranças de bancada, conforme dispuser o regimento interno.

§ 1º No término de cada sessão legislativa ordinária, exceto a última da legislatura, são


eleitas a Mesa Diretora e as Comissões para a sessão subsequente.

§ 2º A Mesa Diretora da Câmara Municipal de Vereadores, será pelo período de um ano,


vedada a reeleição para os mesmos cargos, pela maioria absoluta dos vereadores.

A convocação extraordinária da Câmara cabe ao seu Presidente, a um terço de seus


Art. 36.
membros, à Comissão Representativa ou por solicitação do Prefeito.

§ 1º Nas sessões legislativas extraordinárias a Câmara deliberará, exclusivamente sobre


a matéria da convocação.

§ 2º Nas convocações extraordinárias a sessão legislativa ocorrerá sem ônus para


município.

Na composição da Mesa e das Comissões será assegurada, tanto quanto possível, a


Art. 37.
representação proporcional dos partidos.

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A Câmara Municipal só pode deliberar com a presença, no mínimo, da maioria de


Art. 38.
seus membros, e as deliberações são tomadas por maioria de votos dos presentes, salvo os
casos previstos nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno.

§ 1º Quando se tratar da votação do Plano Diretor, do orçamento, de empréstimo, auxílio


à empresa, concessão de privilégios e matéria que verse interesse particular, além de outros
referidos por esta Lei e pelo Regimento Interno, o quorum mínimo para deliberação será de
dois terços dos membros da Câmara e as deliberações serão por maioria absoluta.

§ 2º O Presidente da Câmara vota somente quando houver empate, quando a matéria


exigir presença de maioria absoluta, de dois terços, na eleição da Mesa e nas votações
secretas.

Art. 39. As sessões da Câmara são públicas e o voto é aberto.

Parágrafo único. O voto é secreto somente nos casos previstos nesta Lei Orgânica e no
Regimento Interno.

A prestação de contas do município, referente à gestão financeira de cada exercício,


Art. 40.
será encaminhada, ao Tribunal de Contas do Estado, até quinze de Abril do ano seguinte.

Parágrafo único. As contas do município ficarão à disposição de qualquer contribuinte, a


partir da data de remessa das mesmas ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do
Sul.

Art. 41.Anualmente, dentro de sessenta dias do início da sessão legislativa, a Câmara


receberá, em sessão especial, o Prefeito, que informará, através de relatório, o estado em que
se encontram os assuntos municipais.

Parágrafo único. Sempre que o Prefeito manifestar propósito de expor assuntos de


interesse público, a Câmara o receberá em sessão previamente designada.

Art. 42.A Câmara Municipal ou as suas Comissões, a requerimento da maioria de seus


membros, pode convocar Secretários Municipais, Titulares de Autarquias ou de instituições de
que participem o município, para comparecerem perante ela a fim de prestar informações
sobre assunto previamente designado e constante da convocação.

Parágrafo único. Independente de convocação, quando o Secretário ou Diretor desejarem


prestar esclarecimentos ou solicitar providências legislativas a qualquer comissão, esta
designará dia e hora para ouví-lo.

A Câmara pode criar Comissões Parlamentar de Inquérito sobre fato determinado,


Art. 43.
nos termos do Regimento Interno, a requerimento de, no mínimo, dois terços de seus
membros.

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Parágrafo único. Poderá a Câmara ou qualquer um dos Vereadores encaminhar


denúncias de irregularidades diretamente ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e a
Procuradoria de Prefeitos.

Cabe a Câmara Municipal legislar sobre assuntos de interesse local, observadas as


Art. 44.
determinações e a hierarquia constitucional.

Art. 45.Compete à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, legislar sobre todas as
matérias atribuídas ao município pelas Constituições da União e do Estado, e por esta Lei
Orgânica, basicamente no seguinte:

I - sistema tributário: arrecadação, distribuição das rendas, instituição de tributos, fixação


de alíquotas, insenções e anistias fiscais e de débitos;

II - matéria orçamentária: Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias Orçamentos Anuais,


operações de créditos e dívida pública;

III - planejamento urbano: Plano Diretor, planejamento e controle do parcelamento, uso e


ocupação do solo; Código de Postura;

IV - organização do território municipal: divisão em distritos observada a legislação


estadual e limitação perímetro urbano;

V - bens imóveis municipais: concessão de uso, retomada de bens cedidos, alienação e


aquisição;

VI - auxílio e subvenções à terceiros;

VII - convênios, contratos e atos assemelhados com entidades públicas ou particulares;

VIII - criação, transformação e extinção de cargos empregos e funções públicas e fixação


da remuneração de servidores do município observada aos paramentos da Lei de Diretrizes
Orçamentarias;

IX - denominação de próprios municipais vias e logradouros.

Art. 46. É de competência privativa da Câmara Municipal:

I - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, bem como declarar extinto seus mandatos
nos casos previsto em lei;

II - conceder licença ao Prefeito;

III - autorizar o Prefeito e o Vice-Prefeito a se ausentarem do município por prazo


superior a quinze dias ou do Estado e do País por qualquer tempo;

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IV - eleger sua Mesa, elaborar seu Regimento Interno e dispor sobre sua organização e
política;

V - propor a criação e extinção dos cargos de seu quadro de pessoal e serviços, dispor
sobre o provimento dos mesmos, bem como fixar e alterar seus vencimentos e outras
vantagens;

VI - emendar a Lei Orgânica ou reformá-la;

VII - representar, pela maioria de seus membros para efeito de intervenção no município;

VIII - exercer a fiscalização da administração financeira e orçamentária do município,


com o auxilio do Tribunal de Contas do Estado e julgar as contas do Prefeito;

IX - sustar atos do Poder Executivo que exorbitem da sua competência, ou se mostrem


contrários ao interesse público;

X - convocar ou convidar o Prefeito, Secretário e Diretores de Autarquia ou de Instituição


de que participe o Município, para prestar informações sobre matéria de sua competência;

XI - julgar anualmente as contas prestadas por sua mesa e pelo Prefeito;

XII - solicitar informações por escrito ao Executivo;

XIII - suspender a execução no todo ou em parte, de qualquer ato, resolução ou


regulamento municipal, que haja sido, pelo poder judiciário, declarado infringente à
Constituição, à Lei Orgânica ou às Leis;

XIV - criar Comissões Parlamentar de Inquérito:

XV - propor ao Prefeito a execução de qualquer obra ou medida que interesse a


coletividade ou ao serviço público;

XVI - apreciar os relatório anuais de sua mesa;

XVII - apreciar os relatório anuais do Prefeito sobre execução orçamentária, operações de


créditos, divida publica, convênios, concessões, permissões, situação dos imóveis, número de
servidores e política salarial;

XVII - fiscalizar e controlar os atos do poder executivo;

XVIII - solicitar informações aos órgãos estaduais e federais;

XIX - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos em lei;

XX - conceder título de cidadão honorário do município;

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XXI - dispor sobre organização, funcionamento, criação, e transformação de cargo


empregos e funções, fixação de remuneração;

XXII - fixar os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários e de Diretores, do


Assessor Jurídico e dos Vereadores e do seu Assessor Jurídico, observados os limites
constitucionais;

XXII - fixar os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, observados os


limites constitucionais; (Redação dada pela Lei nº 4907/2023)

XXIII - fixar o número de vereadores para a legislatura seguinte, até cento e vinte dias da
respectiva eleição.

Parágrafo único. No caso de não ser fixado o número de vereadores no prazo do inciso
XXIII, será mantida a composição da legislatura em curso.

Seção III
Das Comissões

Art. 47.A Câmara terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com
as atribuições previstas nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno, ressalvados o seguinte:

I - na constituição de cada comissão será observada a representação proporcional;

II - as comissões parlamentar de inquéritos serão criadas para apuração de fato


determinado e por prazo certo mediante a requerimento de a um terço dos vereadores, cujos
pareceres e conclusões, terão seu encaminhamento disciplinado no regimento interno;

III - todos os órgãos do município tem de prestar no prazo de quinze dias as informações
solicitas por quaisquer comissão instalada por vereadores;

Parágrafo único. Durante o recesso, haverá uma Comissão Representativa, eleita na


última sessão ordinária no período legislativo, com atribuições definidas no Regimento Interno,
cuja composição, quando possível, corresponderá à proporcionalidade da representação
partidária.

Seção IV
Dos Vereadores

Art. 48.Os vereadores, eleitos na forma da lei, são invioláveis por suas opiniões, palavras e
votos proferidos no exercício do mandato, e nas circunscrição do município.

Parágrafo único. Os vereadores não são obrigados a testemunhar sobre informações

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recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiarem ou deles receberem informações.

Art. 49. O Vereador não poderá:

I - desde a expedição do diploma, firmar contrato com a administração pública, salvo


quando o contrato obedecer a cláusula uniformes;

II - desde a posse:

a) aceitar ou exercer cargo em comissão do município ou de entidade autárquica,


sociedade de economia mista empresa pública ou concessionária, ser diretor, proprietário ou
sócio de empresa beneficiada com privilégio, isenção ou favor, em virtude de contrato com a
administração pública municipal;
b) exercer outro mandato público eletivo.
c) patrocinar causa em que seja interessado.

III - no exercício do mandato, votar em assunto de interesse particular, ou de sua família


em 2º grau.

Art. 50. Perderá o mandato o Vereador que:

I - infringir qualquer das disposições estabelecidas no artigo anterior;

II - utilizar-se do mandato para a prática de atos de corrupção, de improbidade


administrativa ou atentatórios às instituições vigentes;

III - proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o decoro
na sua conduta pública;

IV - deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, a terça parte das sessões


ordinárias e extraordinárias, salvo licença ou missão autorizada pela Câmara.

V - fixar domicilio eleitoral fora do município.

VI - que perder ou tiver suspenso os direitos políticos;

VII - que sofre condenação criminal em sentença transitada em julgado nos delitos que
impeçam o acesso à função pública;

§ 1º As ausências não serão consideradas faltas quando acatadas pelo plenário.

§ 2º É objeto de disposições regimentais o rito a ser seguido nos casos deste artigo,
respeitada a legislação estadual e federal.

Art. 51. Não perderá o mandato o Vereador que:

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I - investido no cargo de Secretário Municipal, ou Diretor, Procurador Geral do Município,


bem como em cargos equivalente, em âmbito federal ou estadual;

II - licenciado por motivo de doença, com remuneração, ou para tratar, sem remuneração,
de interesse particulares;

Nos casos do artigo anterior e nos de licença, legítimo impedimento e vaga por morte
Art. 52.
ou renúncia, o Vereador será substituído pelo Suplente, convocado nos termos da lei.

Parágrafo único. O legítimo impedimento, deve ser reconhecido pela própria Câmara e o
Vereador declarado impedido será considerado como em pleno exercício de seu mandato,
sem direito à remuneração, com a convocação do Suplente.

Art. 53.A Câmara fixará os subsídios dos Vereadores, do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos
Secretários, dos Diretores, dos Assessores Jurídicos e do Contador, se for o caso, para
vigorarem na legislatura subsequente.

§ 1º A remuneração será promulgada e publicada antes do pleito de cada legislatura;

§ 2º Se a remuneração não for promulgada e publicada no prazo do parágrafo anterior,


aplica-se, no que couber, o que dispuser a legislação Federal pertinente ao caso.

O Servidor Público eleito Vereador não pode optar entre a remuneração do respectivo
Art. 54.
cargo e a da vereança, deverá receber a de Vereador.

Parágrafo único. Havendo compatibilidade de horário perceberá a remuneração do cargo


e a inerente ao mandato à vereança.

Os vereadores tem livre acesso aos órgãos da administração do município mesmo


Art. 55.
sem prévio aviso.

Seção V
Das Leis e do Processo Legislativo

Art. 56. O processo legislativo compreende a elaboração de:

I - emendas à Lei Orgânica;

II - leis complementares

III - leis ordinárias:

IV - decretos legislativos;

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V - resoluções.

São, ainda, entre outras, objeto de deliberação da Câmara Municipal, na forma do


Art. 57.
regimento Interno:

I - autorizações;

II - indicações;

III - requerimentos.

IV - moção;

V - substitutivo;

VI - emenda

Seção VI
Da Emenda a Lei Orgânica

Art. 58. A Lei Orgânica pode ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos vereadores;

II - do Prefeito Municipal;

III - dos eleitores do município, desde que subscritas, pelo menos de cinco por cento do
eleitorado, no ano, devidamente comprovado.

§ 1º A proposta será discutida e votada em dois turnos, considerando-se aprovada se


obtiver, em ambos, dois terços de votos favoráveis, num intertício mínimo de dez dias.

§ 2º A emenda será promulgada pela mesa da Câmara Municipal na seção seguinte


àquela em que se der a aprovação, com respectivos número de ordem.

§ 3º A matéria constante na proposta de emenda rejeitada, ou havida por prejudicada,


não poderá ser objeto de proposta na mesma sessão legislativa.

Art. 59.A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de intervenção, ou estado de
defesa, ou estado de sítio.

Seção VII
Das Leis

Art. 60.

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Art. 60.A iniciativa das leis complementares e ordinárias, salvo nos casos de competência
exclusiva, cabe a qualquer Vereador, ao Prefeito Municipal e aos cidadãos, eleitores, que a
exercerá em forma de moção articulada, subscrita, no mínimo, por cinco por cento do
eleitorado do município, com a devida comprovação do número de eleitores, no ano da
apresentação.

Parágrafo único. É facultado ao Poder Executivo o encaminhamento de mensagens


retificativas ao projeto.

No início ou em qualquer fase de tramitação de Projeto de Lei, de iniciativa exclusiva


Art. 61.
do Prefeito, este poderá solicitar à Câmara Municipal que, no prazo de vinte dias a contar do
pedido, aprecie o mesmo.

§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar, sobre o Projeto, no prazo estabelecido no


" caput" deste artigo, será este incluído na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação sobre
os demais assuntos, para que se ultime a votação.

§ 2º Os prazos desse artigo e seus parágrafos não correrão nos períodos de recesso da
Câmara Municipal.

A requerimento de Vereador, os Projetos de Lei, decorridos vinte dias de seu


Art. 62.
recebimento, serão incluídos na ordem do dia, mesmo sem parecer.

Parágrafo único. O Projeto somente pode ser retirado da Ordem do Dia, a requerimento
do autor.

Art. 63.Serão objetos de lei complementar os códigos, o estatuto dos servidores públicos, as
leis do plano diretor e outras matérias previstas nesta lei orgânica.

§ 1º Dos projetos de código e respectivas exposições de motivos, antes de submetidos a


discussão da Câmara Municipal, será dada a divulgação ampla.

§ 2º Os projetos de lei complementar serão aprovados com a maioria absoluta de votos


dos membros da Câmara.

O projeto de lei, se aprovado, será enviado ao Prefeito, o qual em aquiescendo, o


Art. 64.
sancionará.

§ 1º Se o Prefeito julgar o Projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao


interesse público, vetá-lo-á, total ou parcialmente, dentro de quinze dias úteis, contados
daquele em que o recebeu, comunicando os motivos do veto ao Presidente da Câmara, dentro
de quarenta e oito horas.

§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo, parágrafo, inciso ou


alínea.

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§ 3º Decorrido prazo de quinze dias, o silêncio do Prefeito, importará em sanção,


cabendo ao Presidente da Câmara promulgá-lo.

§ 4º O veto será apreciado no prazo de trinta dias, a contar do seu recebimento.

§ 5º Não sendo a lei promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito, o
Presidente da Câmara a promulgará em igual prazo, e se este não o fizer, a lei será
promulgada pelo Vice-Presidente, em igual prazo.

§ 6º Esgotado, sem deliberação, os prazos estabelecidos, o veto será colocado na ordem


do dia da seção imediata, sobrestadas as demais preposições, até sua votação final.

Art. 65. As Resoluções e Decretos Legislativos, far-se-ão na forma do regimento.

Seção VIII
Do Plenário e Das Deliberações

Art. 66.Todos os atos da mesa da Presidência e das Comissões, estão sujeitos a decisão do
Plenário, desde que haja requerimento para isso.

Art. 67. Decorrido o prazo máximo de trinta dias, do recebimento de quaisquer proposições
em tramitação na Câmara Municipal, seu Presidente, a requerimento de Vereador, mandará
incluí-las na ordem do dia, para serem discutidas e votadas, independente de parecer.

A Câmara Municipal deliberará pela maioria dos votos, presente a maioria absoluta
Art. 68.
dos Vereadores, salvo as exceções prevista nesta Lei Orgânica e nos §§ seguintes.

§ 1º Dependerá de voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara a


aprovação das seguintes matérias:

I - leis complementares;

II - seu regimento;

III - criação de cargos funções de empregos públicos;

IV - obtenção de empréstimo particular;

V - concessão de serviços públicos, de direito real de uso, de alienação de bens e imóveis


e aquisição de bens de imóveis por doação com encargo;

§ 2º Dependerá de voto favorável de dois terços dos membros da Câmara Municipal a


aprovação das seguintes matérias:

I - rejeição de parecer prévio do Tribunal de Contas;

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II - cassação do mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e destituição de componentes da


mesa;

III - alteração dos limites do município;

IV - alteração de denominação oficial de próprios, vias e logradouros;

V - concessão de título de cidadão honorário do Município.

O Presidente da Câmara Municipal ou seu substituto só terá voto na eleição da mesa


Art. 69.
ou em matérias que exigirem, para a sua aprovação:

a) maioria absoluta;
b) dois terços dos membros da Câmara Municipal;
c) voto de desempate;
d) votações secretas

CAPÍTULO VI
DA ORGANIZAÇÃO, COMPETÊNCIA E ATRIBUIÇÕES DO PODER EXECUTIVO

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 70.O município deverá organizar sua administração e exercer sua atividades dentro de
um processo de planejamento permanente atendendo ao interesse local e aos princípios
técnicos adequados ao desenvolvimento integrado da comunidade.

§ 1º Para o planejamento é garantida a participação popular nas diversas esferas de


discussão e deliberação.

§ 2º O Poder Executivo definirá, em lei, a forma de efetivara descentralização político-


administrativo e da participação popular.

§ 3º O município, por lei, instituirá o serviço público de assistência judiciária que deverá
ser prestado gratuitamente às pessoas e entidades sem recursos para prover, por seus
próprios meios, a defesa de seus direitos, através de servidores de seus quadro e/ou por
estagiários, mediante Convênios com a Universidade.

Seção II
Do Prefeito e do Vice-prefeito

Art. 71.O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado pelo Vice-Prefeito, Secretários
e Diretores Municipais e demais Assessores do município.

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O Prefeito e o Vice-Prefeito são eleitos para mandato de quatro anos, e tomarão


Art. 72.
posse em sessão da Câmara Municipal, prestando compromisso de cumprir a Lei Orgânica e
as Constituições Federal e Estadual, defendendo a Justiça Social e a Eqüidade dos
Munícipes.

Parágrafo único. Se o Prefeito ou Vice-Prefeito não tomar posse, decorridos dez dias da
data fixada, salvo motivo de força maior, o cargo será declarado vago.

Art. 73.O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito em seus impedimentos e ausências e suceder-


lhe-á no caso de vaga.

§ 1º No caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, assumirá o cargo o


Presidente da Câmara Municipal.

§ 2º No caso de impedimento do Presidente da Câmara, assumirá o Procurador Geral do


município e na sua impossibilidade o Vereador no exercício da Presidência da Câmara.

Art. 74. O Prefeito e o Vice poderão licenciar-se:

I - quando em serviço ou missão de representação do município, comunicando a Câmara


seu afastamento, indicando os motivos da viagem, o roteiro e a previsão de gastos, que
deverá ser aprovado pelo Plenário.

II - quando impossibilitado do exercício do cargo por motivo de doença, comprovada ou


em licença de gestante ou paternidade, com remuneração integral;

III - para tratar de assunto particular, sem remuneração por período de até sessenta dias
do ano.

Art. 75.O Vice-Prefeito possui a atribuição de auxiliar a administração pública municipal e por
ela será remunerada.

Seção III
Das Atribuições do Prefeito

Art. 76. Compete privativamente ao Prefeito:

I - representar o município em juízo e fora dele;

II - nomear e exonerar os Secretários Municipais, os Diretores de Autarquia e


Departamentos, além de Titulares de Instituições de que participe o município, na forma da lei;

III - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta lei;

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IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e


regulamentos para a sua fiel execução;

V - vetar Projetos de Lei, total ou parcialmente;

VI - dispor sobre a estrutura, a organização e o funcionamento da Administração


Municipal, na forma da lei;

VII - declarar a utilidade ou necessidade pública, ou o interesse social, de bens para fins
de desapropriação ou servidão administrativa;

VIII - expedir atos próprios de sua atividades administrativas;

IX - contratar a prestação de serviços e obras, observando o processo licitatório;

X - planejar e promover a execução dos serviços públicos municipais;

XI - prover os cargos públicos e expedir os demais atos referentes a situação funcional


dos servidores, salvo os do Poder Legislativo;

XII - enviar ao Poder Legislativo o Plano Plurianual, o Projeto de Lei de Diretrizes


Orçamentárias e as Propostas de Orçamento previstos nesta Lei;

XIII - prestar, anualmente, ao Poder Legislativo, após a abertura do ano legislativo, as


contas referentes ao exercício anterior;

XIV - prestar a Câmara Municipal, dentro de quinze dias, as informações solicitadas,


sobre fatos relacionados ao Poder Executivo e sobre matéria legislativa em tramitação na
Câmara, ou sujeita à fiscalização do Poder Legislativo;

XV - colocar à disposição da Câmara Municipal, dentro de quinze dias de sua requisição,


as quantias que devem ser despendidas, de uma só vez, e, até o dia vinte de cada mês, a
parcela correspondente ao duodécimo de sua dotação orçamentária;

XVI -

RESOLVE:r sobre requerimentos, reclamações ou representações que lhe forem dirigidos em


matéria de competência do executivo Municipal;

XVII - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis às vias e logradouros


públicos;

XVIII - aprovar projetos de edificações e planos de loteamento arruamento e zoneamento


urbano ou para fins urbanos;

XIX - solicitar o auxílio da Polícia do Estado, para a garantia do cumprimento de seus

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atos;

XX - revogar atos administrativos por razões de interesse público e anulá-los por vício de
legalidade, observando o devido processo legal;

XXI - administrar os bens e as rendas municipais, promover o lançamento, a fiscalização


e arrecadação de tributos;

XXII - providenciar sobre o ensino público;

XXIII - propor o arrendamento, o afloramento ou a alienação de próprios municipais, bem


como a aquisição de outros, mediante prévia autorização da Câmara Municipal;

XXIV - propor a divisão administrativa do município de acordo com a lei.

XXV - propor convênios, ajustes e contratos;

XXVI - propor ação direta de inconstitucionalidade;

XXVII - decretar o estado de calamidade;

XXVIII - subscrever ou adquirir ações;

Art. 77. O Prefeito poderá solicitar urgência nos projetos de Lei de sua iniciativa.

Seção IV
Da Responsabilidade do Prefeito

Art. 78.São crimes de responsabilidade dos atos do Prefeito e do Vice-Prefeito que atentem
contra a Lei Orgânica, as Constituições Federal e Estadual e, especialmente:

I - o livre exercício da Câmara Municipal;

II - o exercício dos poderes individuais, políticos e sociais;

III - a probidade na administração;

IV - a lei orçamentária;

V - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

VI - a existência do município;

VII - o livre funcionamento dos conselhos;

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Parágrafo único. O Prefeito e o Vice-Prefeito responderá perante a Câmara pelas


infrações político-administrativo.

Seção V
Dos Secretários do Município

Art. 79.Os Secretários do Município, de livre nomeação e demissão pelo Prefeito, são
escolhidos dentre brasileiros, maiores de vinte e um anos, no gozo dos direitos políticos e
estão sujeitos, desde a posse, às mesmas incompatibilidades e proibições estabelecidos para
os Vereadores, no que couber.

Art. 80. Além das atribuições fixadas em Lei Ordinária, compete aos Secretários do Município:

I - orientar, coordenar e executar as atividades do órgão e entidades da II - administração


municipal, na área de sua competência;

III - referendar os atos e decretos do Prefeito e expedir instruções para a execução das
leis, decretos e regulamentos relativos aos assuntos de suas Secretarias;

III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços realizados por suas Secretarias;

IV - comparecer à Câmara Municipal nos casos previstos nesta Lei Orgânica.

V - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem delegadas pelo Prefeito.

Parágrafo único. Os decretos, atos e regulamentos referentes aos serviços autônomos


serão subscritos pelo Secretário de Administração.

Aplicam-se aos Titulares de Autarquias e de Instituições, de que participe o município,


Art. 81.
o disposto nesta seção, no que couber.

TÍTULO II
DOS TRIBUTOS, DAS FINANÇAS E DOS ORÇAMENTOS

CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO

Seção I
Da Competência Tributária

Art. 82.Respeitados o princípios estabelecidos na Constituição Federal, na Lei Orgânica em


Leis complementares e ordinárias, e nas demais normas gerais de direito tributária, são
tributos municipais os impostos, as taxas e as contribuições de melhoria, instituídos por lei do
município.

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Art. 83. Compete ao município instituir imposto sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão " inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por
natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como
cessão de direitos a sua aquisição;

III - serviços de qualquer natureza, exceto os da competência estadual definidos em lei


complementar federal.

§ 1º O imposto de que trata o inciso I poderá ser progressivo, nos termos de Lei
Municipal de forma assegurar o cumprimento da função social da propriedade;.

§ 2º Pertence ainda ao município a participação no produto da arrecadação dos tributos


federais e estaduais previstos na Constituição Federal e outros recursos adicionais que lhe
sejam conferidos, especialmente os disposto no art. 158 e seus incisos e parágrafo.

Art. 84. Ao município é vedado:

I - Permitir ou fazer usos de estabelecimento gráfico, jornal, estação de rádio, televisão,


serviço de alto-falante ou qualquer outro meio de comunicação de sua propriedade para
propaganda político-partidário ou fins estranhos à administração;

II - Estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o exercício


ou manter com seus representantes relações de dependência ou aliança;

III - Contrair empréstimo externo sem prévia autorização do Senado Federal;

IV - Instituir ou aumentar tributos sem que a lei o estabeleça.

CAPÍTULO II
DOS ORÇAMENTOS

Art. 85. Leis de iniciativa do Poder Executivo Municipal, estabelecerão:

I - O Plano Plurianual;

II - As Diretrizes Orçamentárias;

III - Os Orçamentos Anuais.

§ 1º A lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá as diretrizes, objetivos e metas da


administração pública municipal para as despesa de capital e outras delas decorrentes e para
as relativas aos programas de duração continuada.

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§ 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da


administração pública municipal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro
subseqüente, e orientará a elaboração da Lei Orçamentária Anual e disporá sobre as
alterações da legislação tributária, mudança na política de administração e de remuneração de
pessoal.

§ 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre,
O relatório da execução orçamentária.

§ 4º Os planos e programa serão elaborados em consonância com o Plano Plurianual e


apreciados pelos Poder Legislativo Municipal.

§ 5º A Lei Orçamentária Anual compreenderá:

a) O orçamento físico referente aos poderes do município, órgãos e entidades das


administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
Municipal;
b) O orçamento de investimento das empresa em que o município, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social, com direito a voto;
c) O orçamento da seguridade social, nele incluído a saúde, a assistência e a previdência
social.

§ 6º O Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo do efeito, sobre


as receitas e despesas, decorrentes de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
de natureza financeira ou tributária.

§ 7º A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à


fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de crédito
suplementares e contratação de operações de créditos, inclusive por antecipação da receita,
nos termos da lei.

§ 8º A abertura de crédito suplementares prevista no parágrafo anterior não poderá


exceder a trinta por cento da receita orçada.

É obrigatória a execução orçamentária e financeira da programação incluída por


Art. 85-A
emendas individuais do Legislativo Municipal em Lei Orçamentária Anual.

§ 1º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de


1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício
anterior, sendo que a metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de
saúde.

§ 2º A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde previstos


no § 1º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso III do § 2º, do
art. 198 da Constituição Federal, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou

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encargos sociais.

§ 3º É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se


refere o § 1º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por
cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a
execução equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art.
165 da Constituição Federal.

§ 4º As programações orçamentárias previstas no § 1º deste artigo não serão de


execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica.

§ 5º Quando o Município for o destinatário de transferências obrigatórias da União, para a


execução de programação de emendas parlamentares, estas não integrarão a base de
cálculos da receita corrente liquida para fins de aplicação dos limites de despesas de pessoal
de que trata o caput do art. 169 da Constituição Federal.

§ 6º Nos casos de impedimento de ordem técnica, no empenho de despesa que integre a


programação, na forma do § 3º deste artigo, serão adotadas as seguintes medidas:

I - até 120 (cento e vinte) dias após a publicação da lei orçamentária, o Poder Executivo
enviará ao Poder Legislativo as justificativas do impedimento;

LI - até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no inciso I deste parágrafo, o
Poder Legislativo indicará ao Poder Executivo o remanejamento da programação cujo
impedimento seja insuperável;

III - até 30 de setembro, ou até 30 (trinta) dias após o prazo previsto no inciso II, o Poder
Executivo encaminhará projeto de lei ao Legislativo Municipal sobre o remanejamento da
programação prevista inicialmente cujo impedimento seja insuperável; e

IV - se, até 20 de novembro, ou até 30 (trinta) dias após o término do prazo previsto no
inciso IIl, o Legislativo Municipal não deliberar sobre o projeto, o remanejamento será
implementado por ato do Poder Executivo, nos termos previstos na lei orçamentária anual.

§ 7º Após o prazo previsto no inciso IV do § 6º as programações orçamentárias previstas


no § 3º não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimentos justificados na
notificação prevista no inciso I do § 6º

§ 8º Os restos a pagar poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução


financeira prevista no § 3º deste artigo, até o limite de 0,6% (seis décimos por cento) da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior.

§ 9º Se for verificado que a reestimativa da receita e da despesa poderá resultar no não


cumprimento da meta de resultado fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, no
montante previsto no § 3º deste artigo poderá ser reduzido em até a mesma proporção da
limitação incidente sobre o conjunto das despesas discricionárias.

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§ 10 Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que


atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresentadas, independentemente da
autoria. (Redação acrescida pela Lei nº 4359/2018)

Art. 86.Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do Projeto de Lei
Orçamentária Anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados,
conforme o caso mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.

Art. 87. São vedados:

I - O início de programa ou projetos não incluídos na Lei Orçamentária Anual;

II - A realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os


critérios orçamentários ou adicionais;

III - A realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de


capital, ressalvadas as autorizadas mediante crédito suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo, por maioria absoluta;

IV - A vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a


destinação de recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino e a prestação de
garantias às operações de crédito por antecipação de receita;

V - A abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes;

VI - A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - A concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - A utilização, sem autorização legislativa específica de recursos do município para


suprir necessidade ou cobrir crédito de empresas ou qualquer entidade de que o município
participe;

IX - A instituição de fundos de qualquer natureza sem prévia autorização legislativa:

§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser


iniciado sem prévia inclusão no Plano Plurianual, ou em lei que autoriza a inclusão sob pena
de crime de responsabilidade.

§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que


forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses
daquele exercício, caso em que, reaberto nos limites de seus saldos, serão incorporados ao

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orçamento do exercício financeiro subsequente.

Art. 88.Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos


suplementares e especiais, destinados ao Poder Legislativo, ser-lhe-ao entregue até o dia
vinte de cada mês.

Art. 89. A despesa com pessoal ativo e inativo não poderá exceder os limites estabelecidos
em lei.

Parágrafo único. A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a


criação de cargos ou alteração de estrutura de carreira, bem como a admissão de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas:

I - Se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de


despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - Se houver autorização específica na Lei de Diretrizes Orçamentárias, ressalvadas as


empresas públicas e as sociedades de economia mista.

Art. 90.As despesas com publicidade dos poderes do município deverão ser objeto de
dotação orçamentária específica.

Os Projetos de Lei sobre o Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias e Orçamento


Art. 91.
Anual serão enviados pelo Prefeito ao Poder Legislativo nos seguintes prazos:

I - O Projeto de Lei do Plano Plurianual, até trinta de Maio do primeiro ano do mandato do
Prefeito;

II - O Projeto das Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até trinta de Agosto;

III - Os Projetos de Lei dos Orçamentos Anuais, até trinta de Outubro de cada ano.

Art. 92. Os Projetos de Lei de que trata o artigo anterior, após a apreciação do Poder
Legislativo, deverão ser encaminhados para sanção nos seguintes prazos:

I - O Projeto de Lei do Plano Plurianual, até quinze de Agosto do primeiro ano de mandato
do Prefeito e o Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias, até trinta de Setembro de cada
ano;

II - Os Projetos de Lei dos Orçamentos Anuais, até trinta de Novembro de cada ano.

Parágrafo único. Não atendidos os prazos estabelecidos no presente artigo, os projetos


nele previstos serão promulgados por lei.

Art. 93. Caso o Prefeito não envie o Projeto do Orçamento Anual no prazo legal, serão

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abertos créditos suplementares, nos termos da legislação em vigor.

TÍTULO III
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS

Na organização de sua economia, em cumprimento do que estabelece a Constituição


Art. 94.
Federal e a Constituição Estadual, o município zelará pelos seguintes princípios:

I - promoção do bem estar do homem com o fim essencial da produção e do


desenvolvimento econômico;

II - valorização econômica e social do trabalho e do trabalhador, associada a uma política


de expansão das oportunidades de emprego e de humanização do processo social de
produção, com a defesa dos interesse do povo;

III - democratização do acesso à propriedade dos meios de produção;

IV - planificação do desenvolvimento, determinante para o setor público e indicativo para


o setor privado;

V - integração e descentralização das ações públicas setoriais;

VI - proteção da natureza e ordenação territorial;

VII - condenação dos atos de exploração do homem pelo homem e de exploração


predatória da natureza, considerando-se juridicamente ilícito e moralmente indefensável
qualquer ganho individual ou social auferido com base neles;

VIII - integração das ações do Município com as da União e do estado, no sentido de


garantir a segurança social, destinadas a tornar efetivos os direitos ao trabalho, à educação, à
cultura, ao desporto, ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência social;

IX - estímulo à participação da comunidade através de organizações representativas


dela;

X - preferência aos projetos de cunho comunitário nos financiamentos públicos e


incentivos fiscais;

XI - o Município designará área pública ou privada para a criação do Distrito Industrial.

XII - todo o produtor rural, cuja exploração econômica se faça no território do Município,
deve obrigatoriamente, além da inscrição do produtor, usar o bloco de nota fiscal de produtor
e, apresentá-lo à fiscalização na Prefeitura sempre que exigido;

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XIII - os proprietários de veículos automotores, cuja predominância econômica seja no


município e, necessitem de serviços públicos municipais, devem ter os mesmos licenciados no
município.

CAPÍTULO II
DA POLÍTICA SOCIAL

Art. 95. A intervenção do Município no domínio econômico dar-se-à por meios previstos em
lei, para orientar e estimular a produção, corrigir distorções da atividade econômica e prevenir
abusos do poder econômico.

Parágrafo único. No caso de ameaças ou efetiva paralisação de serviços ou atividade


essencial por decisão patronal, pode o Município intervir, tendo em vista o direito da produção
ao serviço ou atividade, respeitada a legislação federal e estadual e os direitos dos
trabalhadores.

Na organização de sua economia, o município combaterá a miséria, o analfabetismo,


Art. 96.
o desemprego, a propriedade improdutiva, a marginalização do indivíduo, o êxodo rural, a
economia predatória e todas as formas de degradação da condição humana.

Art. 97.A Lei Municipal deferirá normas de incentivo às formas associativas e cooperativas,
às pequenas e microunidades econômicas e às empresas que estabelecerem participação
dos trabalhadores nos lucros de sua gestão.

Parágrafo único. O Município estabelecerá normas através de lei complementar,


concedendo incentivo fiscal de até quinze anos, bem como doação, concessão ou comodato
de área de terras para empresas que desejarem estabelecer-se no município, observadas a
idoneidade do grupo e a capacidade geradora de emprego.

O Município organizará sistemas e programas de prevenção e socorro nos casos de


Art. 98.
calamidade pública em que a população tenha ameaçados os seus recursos, meios de
abastecimento ou de sobrevivência.

Os planos de desenvolvimento econômico do município terão o objetivo de promover


Art. 99.
a melhoria da qualidade de vida da população, a distribuição eqüitativa da riqueza produzida,
o estímulo à permanência do homem no campo e o desenvolvimento social e econômico
sustentável.

Os investimentos do município atenderão, em caráter prioritário, às necessidades


Art. 100.
básicas da população, e deverão estar compatibilizados com o plano de desenvolvimento
econômico.

Art. 101.O Plano Plurianual do Município e seu orçamento anual contemplarão


expressamente recursos destinados ao desenvolvimento de uma política habitacional de
interesse social, compatível com os programas estaduais dessa área.

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O Município promoverá programas de interesse social destinados a facilitar o acesso


Art. 102.
da população à habitação, priorizando:

I - a regularização fundiária;

II - a dotação de infra-estrutura básica e de equipamentos sociais;

III - a implantação de empreendimento habitacionais.

Parágrafo único. O Município apoiará a construção de moradias populares realizadas


pelos próprios interessados, por regime de mutirão, por cooperativas habitacionais e outras
formas alternativas.

Art. 103.Na elaboração do planejamento e na ordenação de usos, atividades e funções de


interesse social, o município visará a:

I - melhorar a qualidade de vida da população;

II - promover a definição e a realização da função social da propriedade urbana;

III - promover a ordenação territorial, integrando as diversas atividades e funções


urbanas;

IV - prevenir e corrigir as distorções do crescimento urbano;

V - distribuir os benefícios e encargos do processo de desenvolvimento do município,


inibindo a especulação imobiliária, os vazios urbanos e a excessiva concentração urbana;

VI - promover a integração, a racionalização e otimização da infra-estrutura básica


urbana, priorizando os aglomerados de maior densidade populacional e as populações de
menor renda;

VII - impedir as agressões ao meio ambiente, estimulando ações preventivas e corretivas;

VIII - preservar os sítios, as edificações e os monumentos de valor histórico, cultural e


artístico;

IX - promover o desenvolvimento econômico local;

X - preservar as zonas de proteção de aeródromos.

O parcelamento do solo para fins urbanos deverá estar inserido em área urbana ou
Art. 104.
de expansão urbana a ser definida em Lei Municipal.

Art. 105. Na aprovação de qualquer projeto para a construção de conjuntos habitacionais, o

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município exigirá a edificação, pelos incorporadores, de escola com capacidade para atender
à demanda gerada pelo conjunto.

Art. 106. O Município assegurará a participação das entidades comunitárias e das


representativas da sociedade civil organizada, legalmente constituídas, na definição do plano
diretor e das diretrizes gerais de ocupação do território, bem como na elaboração e
implementação dos planos, programas e projetos que lhes sejam concernentes.

Art. 107. O Município, no desempenho de sua organização econômica, planejará e executará


políticas voltadas para a agricultura e o abastecimento, especialmente quanto:

I - ao desenvolvimento da propriedade em todas as suas potencialidades, a partir da


vocação e da capacidade de uso do solo, levada em conta a proteção do meio ambiente;

II - ao fomento à produção agropecuária e a de alimentos de consumo interno;

III - ao incentivo à agroindústria:

IV - ao incentivo ao cooperativismo, ao sindicalismo e ao associativismo;

V - à implantação de cinturões verdes;

VI - ao estímulo à criação de centrais de compras para abastecimento de microempresas,


microprodutores rurais e empresas de pequeno porte, com vistas à diminuição do preço final
das mercadorias e produtos na venda ao consumidor;

VII - ao incentivo à ampliação e à conservação da rede de estradas vicinais, e da rede de


eletrificação rural.

Art. 108.O Município definirá formas de participação na política de combate ao uso de


entorpecentes, objetivando a educação preventiva e a assistência e recuperação dos
dependentes de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou
psíquica e ao AA.

A Lei Municipal estabelecerá normas de construção dos logradouros e dos edifícios


Art. 109.
de uso público, a fim de garantir acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência física.

Parágrafo único. O Poder Executivo Municipal adaptará os logradouros e edifícios


públicos ao acesso de deficientes físicos.

TÍTULO IV
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO

Art. 110.A educação, direito de todos e dever do Estado, do Município e da família, baseada
na justiça social, na democracia e no respeito aos direitos humanos, ao meio ambiente e aos
valores culturais, visa ao desenvolvimento do educando como pessoa e a sua qualificação

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para o exercício da cidadania e o trabalho.

Art. 111. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de apender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e concepções pedagógicas e coexistência de instituições


públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público nos estabelecimentos oficiais;

VI - gestão democrática do ensino público; e,

VII - garantia de padrão de qualidade.

O Município, em colaboração com o Estado, complementará o ensino público com


Art. 112.
programas permanentes e gratuitos de material didático, transporte, alimentação, assistência
à saúde e de atividades culturais e esportivas.

§ 1º A clientela escolar das escolas municipais deverá receber, pelo menos uma vez, em
cada ano letivo, uma inspeção médica e odontológica na escola que freqüenta.

§ 2º A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, deverá promover a educação


ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização da criança e da comunidade
escolar para a proteção do meio ambiente.

§ 3º A Secretaria Municipal de Educação e Cultura, deverá promover a educação cívica


em todos os níveis de ensino, conscientizando o educando e a comunidade escolar, quanto
aos símbolos da Pátria, hinos, datas e eventos e a participação nas Paradas Cívicas durante o
ano letivo.

Art. 113.Os programas de que trata este artigo serão mantidos, nas escolas, com recursos
financeiros específicos que não os destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino, e
serão desenvolvidos com recursos humanos e dos respectivos órgãos da administração
pública.

Os Diretores e Responsáveis pelas escolas municipais, serão eleitos mediante


Art. 114.
gestão democrática, nos termos de lei própria

Art. 115. É dever do município, em colaboração com o Estado:

I - garantir o ensino fundamental, público, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a


ele não tiveram acesso na idade própria;

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II - promover a progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuídade ao ensino médio;

III - manter cursos profissionalizantes, abertos à comunidade em geral;

IV - proporcionar atendimento educacional aos portadores de deficiência e aos


superdotados.

Art. 116.As escolas municipais a serem construídas no interior do município, deverão


previamente estarem assegurados ao seu redor uma área, de no mínimo, dez mil metros
quadrados incluindo a área edificada.

Art. 117. O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.

§ 1º O não oferecimento do ensino obrigatório gratuito, pelo Poder Público, ou a sua


oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.

§ 2º Compete ao município, articulado com o Estado recensear os educandos para o


ensino fundamental, fazendo-lhes a chamada anualmente.

§ 3º Transcorridos dez dias úteis do pedido de vaga, incorporará em responsabilidade


administrativas a autoridade municipal competente que não garantir ao interessado
devidamente habilitado, o acesso à escola fundamental.

§ 4º A comprovação do cumprimento do dever de freqüência obrigatória dos alunos do


ensino fundamental será feita por meio de instrumento apropriado, regulado em lei.

Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a


Art. 118.
escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei que:

I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiras em


educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou


confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados à bolsa integral de
estudos para o ensino fundamental, médio e superior, na forma da lei, para os que
demonstrarem comprovadamente insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e
cursos regulares na rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder
Público obrigado a investir, prioritariamente, na expansão de sua rede na localidade.

§ 2º A lei disciplinará os critérios e a forma de concessão e de fiscalização, pela


comunidade, das entidades mencionadas no " caput" deste artigo, a fim de verificar o
cumprimento dos requisitos dos incisos I e II.

Art. 119. O município aplicará, no exercício financeiro, no mínimo, vinte e cinco por cento da

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receita resultante de impostos, compreendida e proveniente de transferência, na manutenção


e desenvolvimento do ensino público.

§ 1º No mínimo três por cento dos recurso destinados neste artigo serão aplicados na
manutenção e conservação das escolas públicas municipais e no mínimo quatro por cento
destinados ao transporte escolar.

§ 2º É vedada às escolas públicas e cobrança de taxas ou contribuições a qualquer título.

§ 3º O transporte escolar, próprio ou terceirizado, será oferecido gratuitamente.

Anualmente, o Prefeito publicará relatório da execução financeira das despesas em


Art. 120.
educação, por fonte de recursos, discriminando os gastos mensais.

Parágrafo único. Autoridade competente será responsabilizada pelo não cumprimento ao


disposto neste artigo.

O Município organizará o seu sistema de ensino em regime de colaboração com os


Art. 121.
sistemas federal e estadual.

Art. 122.A lei estabelecerá o Plano Municipal de Educação, de duração Plurianual, em


consonância com os planos nacional e estadual de educação, visando à articulação e ao
desenvolvimento do ensino, e a integração das ações desenvolvidas pelo Poder Público que
conduzam a:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica.

Art. 123. O município, em colaboração com o Estado promoverá:

I - política de formação profissional nas áreas em que houver carência de professores


para atendimento de sua clientela;

II - curso de atualização e aperfeiçoamento aos seus professores e especialistas nas


áreas em que estes atuarem e em que houver necessidade;

III - política especial para formação, a nível médio, de professores para séries iniciais do
ensino fundamental.

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§ 1º Para a consecução do previsto nos incisos I e II, o município poderá celebrar


convênios com instituições.

§ 2º O estágio decorrente da formação referida no inciso III será remunerada, na forma


da lei.

É assegurado aos pais, professores, alunos e funcionários organizarem-se em todos


Art. 124.
os estabelecimentos de ensino através de associações, grêmios e outras formas.

Parágrafo único. Será responsabilizada a autoridade educacional que embaraçar ou


impedir a organização ou o funcionamento das entidades referidas neste artigo.

As escolas públicas municipais contarão com Conselhos Escolares constituídos pela


Art. 125.
direção da escola e representantes dos seguimentos da comunidade escolar, na forma da lei.

Os estabelecimentos públicos municipais de ensino estarão à disposição da


Art. 126.
comunidade, através de programação organizada em comum.

Art. 127. É responsabilidade do Poder Público a garantia de educação especial aos


deficientes, em qualquer idade, bem como aos superdotados, nas localidades que lhes forem
adequadas.

Art. 128.O Poder Público garantirá, com recursos, o atendimento em creches e pré-escolas
às crianças de zero a seis anos de idade.

§ 1º Nas escolas públicas de ensino fundamental haverá, obrigatoriamente, o


atendimento ao pré-escolar.

§ 2º Toda a atividade de implantação, controle e supervisão de creches e pré-escolas


fica a cargo dos órgãos responsáveis pela educação.

Todo estabelecimento de ensino da zona urbana poderá Ter o atendimento completo


Art. 129.
do ensino fundamental.

O município, em cooperação com o Estado, desenvolverá programas de transporte


Art. 130.
para garantir o acesso de todos os alunos à escola.

Art. 131. O município, nos termos da lei, organizará o Conselho Municipal de Educação.

Art. 132.O município, estimulará a cultura em suas múltiplas manifestações, garantindo o


pleno e efetivo exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura, apoiando e
incentivando a produção, a valorização e a difusão das manifestações culturais.

Art. 133.O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá o


patrimônio cultural, por meio de inventários, registros, vigilância, tombamento e
desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.

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Art. 134. É dever do município fomentar práticas desportivas formais e não formais, com
direito de cada um, observados:

I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua


organização e funcionamento;

II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto


educacional;

III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não profissional;

IV - incentivar, amparar e participar das atividades desportivas, de lazer e recreativas;

V - destinar recursos orçamentários para o Conselho Municipal de Desporto - CMD

VI - instalar quadras esportivas, praças e parques recreativos.

TÍTULO V
DO MEIO AMBIENTE

O meio ambiente é bem de uso comum do povo e a manutenção de seu equilíbrio é


Art. 135.
essencial à sadia qualidade de vida.

Art. 136. A tutela do meio ambiente é exercida por todos os órgãos da administração
municipal.

Parágrafo único. Poderá ser criado, por lei, incentivos especiais para a preservação das
áreas de interesse ecológico em propriedades privadas.

Lei disporá sobre a organização do Sistema Municipal de Proteção Ambiental que


Art. 137.
terá como atribuições a elaboração, implementação, execução e controle da política ambiental
do município.

Parágrafo único. O causador de poluição ou dano ambiental será responsabilizado e


deverá assumir ou ressarcir ao município, se for o caso, todos os custos financeiros, imediatos
ou futuros do saneamento do dano.

Art. 138.Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, impondo-se ao


Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo, preservá-lo e restaurá-lo para as
presentes e futuras gerações, cabendo a todos exigir do Poder Público a adoção de medidas
nesse sentido.

Parágrafo único. Para assegurar a efetividade desse direito, o município desenvolverá


ações permanentes de proteção, restauração e fiscalização do meio ambiente, incumbindo-
lhe, primordialmente:

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I - prevenir, combater e controlar á poluição e a erosão em qualquer de suas formas;

II - fiscalizar e normatizar a produção, o armazenamento, o transporte, o uso e o destino


final de produtos, embalagens e substâncias potencialmente perigosas à saúde e aos
recursos naturais;

III - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização


pública para a proteção do meio ambiente,

TÍTULO VI
DA SAÚDE

O Poder Público Municipal, em conjunto com o Estado e a União deve assegurar a


Art. 139.
todo o município, o direito à saúde, implementando políticas sociais e econômicas que visem
a eliminação de doenças e, permitam o acesso universal e igualitário de todos quanto a
prevenção e a cura da doença.

Art. 140. Para que esse objetivo será atingido, o município promoverá:

I - condições dignas de trabalho, saneamento básico, moradia condigna, educação e


lazer;

II - respeito ao meio ambiente e poluição ambiental;

III - respeito à família e o direito desta à informação e à livre opção quanto ao tamanho
da prole;

IV - igualdade para todos os habitantes do município nas ações e serviços de saúde, sem
qualquer discriminação.

Art. 141. As ações de saúde são de alto interesse público, devendo suas ações e execução
ser feitas através de serviços oficiais e, complementarmente, por meio de serviços de
terceiros.

§ 1º As instituições privadas poderão participar de forma complementar do serviço da


saúde, mediante contrato de Direito Público ou Convênio, sempre com preferência às
entidades filantrópicas, ou as que não tenham fins lucrativos.

§ 2º O município sob hipótese alguma, poderá cobrar do beneficiado pela prestação de


serviços de assistências à saúde, mantidos pelo Poder Público ou contratados com terceiros.

São atribuições do município, no âmbito do Sistema Único de Saúde ou do Conselho


Art. 142.
Municipal de Saúde;

I - executar as ações de vigilância sanitária ou epidemiológica, bem como as da saúde

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em geral;

II - manter veículos e ambulâncias, sempre em condições de prestar socorro e translado


de doentes, mediante solicitação de profissional da área da saúde;

III - implementar uma política de recursos humanos no município, em acordo com a


política estadual e nacional, dando prioridade à formação de profissionais especializados em
saúde comunitária;

IV - destinar e administrar no orçamento anual recursos para a saúde, nos termos dos
percentuais definidos em lei.

O Sistema Único de Saúde, no âmbito do município, será custeado com recursos do


Art. 143.
orçamento do município, Estado e da União, da seguridade social e, de outras fontes.

TÍTULO VII
DA CIDADANIA

Art. 144.O município deve promover o direito a cidadania e ao lazer com proteção a
maternidade e a infância, assistência ao desamparado, ao transporte, a habitação entre
outros, mediante o seguinte:

I - Promoção de ação sistemática de proteção ao consumidor;

II - Promoção de assistência social a quem necessitar, com benefícios e serviços para o


acesso a renda mínima;

III - Fomentação e amparo ao lazer e recreação como direito de todos;

IV - Preservação do meio ambiente com a finalidade de alcançar a melhoria da qualidade


de vida e incrementar o bem estar da população;

V - Superação da falta de moradia para os cidadãos desprovidos de poder aquisitivo


familiar suficiente para obtê-la no mercado.

TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 145.Esta Lei Orgânica e os atos das disposições finais e transitórias, depois de
assinados pelos Vereadores será promulgada pela Mesa da Câmara e entrará em vigor na
data de sua publicação.

ATO DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

O município tem o prazo de um ano, contado da vigência da Lei Orgânica para fazer
Art. 1º
as adequações necessárias para a implementação de programas e ações para atender o

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serviços e as obrigações determinados nesta lei Orgânica.

Art. 2ºO Poder Executivo promoverá, no prazo de seis meses da promulgação da Lei
Orgânica, a revisão de todos os alvarás concedidos até a data da promulgação;

Art. 3ºTodos os servidores públicos municipais, que constatado em desvio de função,


deverão retornar a sua função de nomeação.

Art. 4º Lei estabelecerá critérios objetivos de classificação e reclassificação, bem como


reorganização da estrutura administrativa;

O feriado municipal do dia do município será comemorado no dia doze de Outubro,


Art. 5º
sem qualquer antecipação.

No prazo máximo de um ano, a contar da data da promulgação desta Lei Orgânica, o


Art. 6º
Governo municipal mandará imprimir e distribuirá, gratuitamente, exemplares desta Lei
Orgânica às escolas, bibliotecas, entidades sindicais, associações e outras entidades da
sociedade civil.

Revogam-se as disposições em contrário, especialmente a Lei Orgânica promulgada


Art. 7º
em 31 de março de 1990.

Art. 8º Esta Lei Orgânica entra em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da Presidência do Palácio Municipal 12 de Outubro, em 04 de Outubro de 2000.

Vereador Diomedes Rech


Presidente

Elton Souza Pereira


Secretário

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