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RAYSSA S.

PATROCINIO

MANUAL
BÁSICO
NEUROFARMACOLOGIA
APLICADA

ação dos principais medicamentos usados


no tratamento de distúrbios do SN

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Neurtotransmissão
O sistema nervoso autônomo regula as funções involuntárias na
periferia. Consiste em nervos, gânglios e plexos que inervam o
coração, vasos sanguíneos, glândulas e vísceras.

É dividido em 2 partes:
Simpatico - Relacionado a luta e fuga
Parassimpático - Relacionado a funções de tranquilidade

O neurotransmissor de todas as fibras pré-ganglionares e da maioria


dos parassimpáticos pós-ganglionares é a Acetilcolina (ACH)
colinérgicas.

As fibras simpáticas pós-ganglionares são adrenérgicas e seu


transmissor é a norepinefrina (noradrenalina).

As fibras simpáticas pré-ganglionares são colinérgicas e seu


neurotransmissor é a Acetilcolina (ACH).

As etapas da neurotransmissão são importantes para a ação


farmacológica dos medicamentos.

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Etapa 1
O potencial de repouso da membrana é em torno de -70mV, visto
que têm-se uma diferença das concentrações de cargas positivas
na parte externa.

Quando corre algum estímulo na membrana ocorre a abertura dos


canais de Na+, controlados quimicamente até o limiar. Se o
potencial for suficiente para ultrapassar o limiar (principio do "tudo
ou nada) ocorre a abertura dos canais de sódio controlados por
voltagem permitindo o maior influxo de Na+ para dentro da célula,
e com isso maior número de cargas positivas no interior
despolarizando a membrana.

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Esse influxco de Na+ ocorre até quando o potencial de ação


chegar a +35mV, que é quando os canais de Na+ se fecham. Nesse
momento, ocorre a abertura dos canais de potássio causando efluxo
de K+ resultando na repolarização da membrana.

Etapa 2
Quando o potencial de ação chega na membrana axonal a
despolarização causa a abertura dos canais de cálcio dependente
de voltagem, causando o influxo de Ca2+ que causa um fusão da
membrana vesicular com a pré-sináptica acarretando na exocitose
do neurotransmissor,

Colinérgica
A colina é captada do espaço extracelular por dois sistemas de
transporte sendo um dominante dependente de sódio que pode
ser inibido por hemicolínia.
A colina com a acetilcoenzima a partir da enzima colina
acetiltransferase (CHAT) forma a ACh.
A ACh é transportada para vesículas de armazenamento por um
transportador que pode ser inibido pelo vesamicol.
A liberação da ACh por exocitose pode ser bloqueada pela
toxina botulínica
A ACh liberada pode interagir com receptores muscarínicos e
nicotínicos podendo ser bloqueados pela atropina e pela
tubocurarina respectivamente.

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Adrenérgica
Principal neurotransmissor é Norepinefina.
A tirosina extracelular entra no neurônio pré-sináptico e se
transforma em dopa que em seguida é transformada em dopamina,
a qual entra na vesícula e se transforma em Norepinefrina.

RECEPTORES ADRENÉRGICOS
A Norepinefrina liberada na fenda sinápica pode interagir com os
receptores α (alfa) e β (beta) sendo que esses receptores são
Proteína G.

Proteína G Proteína G Proteína G


Via do cálcio Inibitória Excitatória
| | |
Ptn Ga Ptn Gi Ptn Gs
| | |
α1 α2 β
| | |
Contração do M. liso Inibição simpática Estimulação Celular
| |
Vasos Pré-sináptico
Sanguíneos. |
Feedback (-)

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ALFA 1 - ADRENÉRGICOS
A estimulação dos receptores ativa a via do cálcio aumentando a
[Ca2+] intracelular.
Possui 3 subtipos:
α1A: Está no coração, pulmões, fígado, músculo liso, vasos
sanguíneos, ductos deferente, próstata, cerebelo, córtex cerebral
e hipocampo. Possui efeitos como contração do músculo liso
vasculares, promove crescimento e a estruturação do coração e
vasoconstrição das grandes arteríolas no músculo esquelético.
α1B: Localizado nos rins, pulmões, baço, vasos sanguíneos, córtex
e tronco cerebral. Promove crescimento e estruturação do
coração.
α1D: Está nas plaquetas, aorta, artérias coronárias, próstata,
córtex e hipocampo. Causa vasoconstrição na aorta e artérias
coronárias.

ALFA 2 - ADRENÉRGICOS
Acoplam em um efetor inibindo a adenilato-ciclase que ativa os
canais de K+ ativados pela proteína G resultando na
hiperpolarização da membrana inibitória.
α2A: Estão na plaqueta, neurônios simpáticos, pâncreas, vasos
coronários do SNC, tronco e medula espinal. Possui efeitos como
receptor inibitório os neurônios simpáticos e causam
vasoconstrição dos pequenos vasos pré-capilares.
α2B: Localizado no fígado, rins, vasos sanguíneos, diencéfalo,
plaquetas. É o principal mediador da α2 - vasoconstrição.
α2C: Estão no núcleo da base, córtex, cerebelo, hipocampo. É o
receptor predominante na modulação da neurotransmissão por
dopamina e na inibição de liberação de hormônios da medula
suprarrenal.

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BETA 2 - ADRENÉRGICOS
Acoplam-se à proteína G e ativam a adenilato-ciclase causando
estimulação celular.
β1: Está no coração, rins, adipócitos, músculo esquelético, núcleo
olfatório. Principal mediador de efeitos inotrópicos e
cronotrópicos positivos no coração.
β2: Localizado nos pulmões, vasos sanguíneos, músculo liso. Tem
efeito de relaxamento no músculo liso, hipertrofia do músculo
esquelético.
β3: Está no tecido adiposo, TGI e coração. Efeitos metabólicos.

Neurtotransmissão

Simpático

Torácico Tecido
Lombrar adrenérgicos

Paras-
simpático
Tecido
Cranial muscarínico
Sacral

Nn - receptor nicotínico - canais iônicos - ionotrópicos


} Ach
Receptor muscarínicos - metabotrópicos

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Agonistas Adrenérgicos
Se liga ao receptor e gera um determinado efeito.
Ação direta: Atuam diretamente sobre um ou mais receptores.
a. Não seletivos: atuam sobre vários tipos de receptores.
Oximetazolina - α1 e α2
b. Seletivos: Exibe considerável seletividade para um subtipo
específico de receptor. Fenilefrina - α1

Ação indireta: Aumentam a disponibilidade da NE estimulando


os receptores.
a. Inibidores da MAO: defrada a NE - selegilina.
b. Inibidores da COMT: degrada a NE na corrente sanguínea -
entracapose
c. Inibidores da captação: inibi a captação pré-sináptica
causando hiperestimulação - cocaína
d. Agentes de liberação: liberado mais NE das terminações
nervosas anfetamina.

A resposta final de um órgão-alvo a aminos simpatomiemétricos


(substâncias que imitam o efeito da NE) é determeinada não
apenas pela efeitos direto dos agentes, mas pelos ajustes
homeostáticos reflexos do organismo.

Estimulação dos receptors α-adrenérgicos vasculares >


vasoconstrição > aumento da PA > sustera barorreceptor aórtico :
diminuição do tônus simpático e aumento do tônus vagal >
diminioção da FC.

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Endógenos
Epinefrina:
Potente estimulador de receptores alfa e beta adrenérgicos.
No SNC como esse composto polar penetra muito pouco não
atua como um poderoso estimulador, podendo causar
inquietação, cefaleia e tremor, mas pode resultar em
manifestações diárias de ansiedade.

Efeitos - Pressão arterial:


a. Estimulação direta do miocárdio
b. Aumento FC (efeito cronotrópico +)
c. Vaso constrição em vários leitos vasculares.
OBS: Em baixas doses, a adrenalina pode diminuir a PA por atuar
nos receptors β2 no coração.

Efeitos - Vaso constritor:


a. A adrenalina diminui o fluxo sanguineo cutâneo pela via β1
agonista (disponibilizar sangue para os órgãos).
OBS: Em doses terapêuticos ou mais reduzidos aumenta o fluxo
sanguíneo pelos músculos via ação β2.

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Efeitos - Músculos
a. Liso intestinal: Relaxamento receptors alfa e beta
b. Liso uterino: Contração (alfa); Parto e ultimo mês.
c. Detrusor da bexiga: Relaxamento (beta) inibe a micção.

Efeitos - Sistema respiratório


a. Bradicardial.

Efeitos - SNC
a. A adrenalina é fortemente bloqueada pela barreira
hematoencefálica.

Efeitos - Metabólicos
a. Aumento de glicose sanguínea
b. Aumento (alfa 2) ou inibição (beta 2) de insulina
c. Aumento de glucagon

Noradrenalina
Receptores α1, α1 e β2.
Efeitos: Aumento da PA, diminuição da FC, DC e da
vasodilatação coronariana.
Fígado (α1) - Aumento da glicemia
Sudoríparas - Aumento da sudorese

Norepinefrina
Potente agonista α
Possui pouca ação nos receptores β2.

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Agonistas
Oximetazolina
São Noradrenalina α-agonistas de ação direta
Descongestionantes tópicos promovendo a constrição nasal
Receptores α2A

Clonidina
Receptores α2-seletivos
Descongestionante nasal
Intravenosa causa elevação da pressão arterial ativando os
receptores α2 pós-sináptico no músculo liso

Antiepiléticos
O mecanismo de ação dos fármacos antiepiléticos podem atuar de
3 maneiras:

1. Modificação das condutâncias tônicas inativando canais de


sódio
2. Aumento da inibição simpática mediada pelo GABA
3. Inibição dos canais de Ca2+ ativados por voltagem

Esses fármacos são depurados pelo fígado.

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Seleção
Se baseia no tipo de crise a ser combatida, características do
paciente.

Crises
Parciais e tônico-cônicas generalizadas:

Os neurônios sofrem despolarização e disparam potenciais de ação


em frequências altas, reduzindo a capacidade de recuperação dos
canais de Na+ inativos no período refratário.

1. Fenitoína: Anticonvulsivante não sedativo. Bloqueia disparo


repetitivo de alta frequência, diminuindo a velocidade de
recuperação da inativação de canais de Na+.
2. Carbamezepina: Inibe os canais de sódio em neurônios com alta
frequência. Em Níveis pré-sinápticos reduz a transmissão
sináptica.
3. Fenobarbital: Mais antigo se liga no sítio regulador do GABA
prolongando a abertura dos canais de Cl-. Além de diminuir a
liberação do glutamato.
4. Topiramato: Atua nos canais de Na+ e Ca2+, potencializa o
efeito do GABA e deprime a ação excitatório do glutamato.

Crises Generalizada
Atuam tanto nos canais de Na+ quanto nos canais de Ca2+.

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Hipertensão
Aumento prolongado da pressão arterial acima de 140/90mmHg,

Terapia
NÃO-FARMACOLÓGICA
Perda de peso
Restrição de sódio na alimentação
Aumento de exercício aeróbico
Moderação no consumo de álcool

FARMACOLÓGICA
Classificados de acordo com os locais e mecanismo de ação.
Reduz a pressão agindo u na resistência periférica, ou débito
cardíaco ou em ambos.

1. Débito cardíaco: Inibem a contabilidade do miocárdio ou


reduzindo a pressão de enchimento do ventrículo pela ação no
tônus venoso o volume de sangue renal.
2. Resistência periférica: Provocando relaxamento dos músculos
lisos vasculares ou interferindo na atividade dos sistemas que
produzem a constrição dos vasos de resistência.

É muito utilizado fármacos de diferentes classes para alcançar o


controle eficiente da pressão arterial enquanto reduz os efeitos
adversos relacionados à dose.

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Diureticos
Possuem efeitos anti-hipertensivos quando usados sozinhos e eles
potencializam a eficácia dos outros.

Eles reduzem o volume extracelular ao interagir com o


cotransportador e NaCl sensível à tiazida no túbulo contorcido
distal, potencializando a excreção de Na+ na urina e causando
uma queda no débito cardíaco.

Pode ocorrer a perda de potássio por conta da bomba de sódio-


potássio.

Pode causar disfunção erétil. A hidrocortiazida pode causar


hiponatremia de hipercalcemia já que inibem a excreção de Ca2+.

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Antagonistas β-adrenérgicos
Diminuem a contratilidade do miocárdio da frequência cardíaca e
débito cardíaco.

Os bloqueadores β1-adrenpergicos atuam nos complexos justa


glomerulares reduzindo a secreção de renina e consequentemente
de Ang II.

Antagonistas α1-adrenérgicos
Sem afetar os α2.

Reduzem a resistência arteriolar e aumenta a capacidade venosa.

Reduzem os concentrações plasmáticas de triglicerídeos.

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Antagonistas do canal de Ca2+


Como a contração do músculo liso depende da [Ca2+], a inibição
do movimento transmembrana de Ca2+ causam relaxamento do
músculo liso da artéria reduzindo a resistência vascular periférica.

Inibidores ECA
Ajudam na diabetes.

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