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Aulas 8, 9 e 10 (Toxicologia)
Disciplina: Habilidades Terapêuticas
Contratransporte de H+/Ach;
Proteína vesicular transportadora
de Ach (VAchT).
Liberação da acetilcolina:
1 Impulso Nervoso;
Complexina e
Metabotrópico/Ionotrópico
Receptores Nm/Nn/Muscarínicos:
Grastroentestinal Contração do músculo liso do TGI PLC, IP3/DAG e aberturas dos canais de Ca ++ M3
L
Este fato aconteceu em 1744. Os colonos da Virgínia capturam Opechancanough, Chefe Guerreiro dos
powhatanos e tio de Pocahontas. Openchancanough é considerado um mestre estrategista e tem a reputação de
ser um guerreiro impiedoso. Entretanto, um correspondente da colônia fornece um retrato bem diferente do
chefe capturado: “As fadigas excessivas que ele enfrentou debilitaram o seu organismo; sua carne tornou-se
flácida; os tendões perderam o seu tônus e a sua elasticidade; e suas pálpebras estavam tão pesadas que ele não
conseguia enxergar, a não ser que fossem levantadas pelos seus ajudantes. Ele era incapaz de andar; porém o seu
espírito, erguendo-se acima de seu corpo destroçado, ainda comandava [seus seguidores] da maca em que era
transportado pelos seus índios.” Enquanto Opechancanough ainda se encontrava numa prisão em Jamestown,
descobre-se que, depois de um período de inatividade, ele consegue levantar-se sozinho do chão e ficar em pé.
Acredita-se que a história de Opechancanough fornece a primeira descrição documentada da miastenia grave,
uma doença neuromuscular decorrente da produção de anticorpos de autoimunidade dirigidos contra os
receptores colinérgicos na junção neuromuscular. Em 1934, quase dois séculos depois, a médica inglesa Mary
Broadfoot Walker encontra vários pacientes com sintomas semelhantes de fraqueza muscular, que a fazem
lembrar dos sintomas de pacientes com envenenamento por tubocurare. Confiante em seus achados, a Dra.
Walker administra um antídoto, a fisostigmina, aos seus pacientes imobilizados. Os resultados são
surpreendentes — em poucos minutos, os pacientes são capazes de levantar-se e de andar pelo quarto. A Dra.
Walker descobre, assim, a primeira medicação verdadeiramente efetiva para a miastenia grave. Apesar da
importância dessa sua descoberta, ela é ridicularizada pela maior parte da comunidade científica, porque o
tratamento melhora os sintomas da miastenia grave de modo muito mais rápido e efetivo do que se poderia
acreditar. Somente muitos anos depois é que a comunidade científica aceita os seus achados.
Divisão da farmacologia colinérgica
Atuam em receptores muscarínicos:
Agonistas e Antagonistas muscarínicos.
Pilocarpus sul-americanos
Alcalóides colinomiméticos naturais:
Areca catechu
Ação direta:
Ação indireta:
vasodilatação generalizada
Músculo liso Contração e aumento do peristaltismo gastrointestinal.
(predominantemente M3) Brônquios e bexiga também contraem.
Amina quaternária:
Pouco absorvido por administração oral;
Baixa capacidade de atravessar barreira hematoencefálica;
Ação breve devida à rápida eliminação pelos rins.
Amina terciária:
Facilmente absorvidas e podem atravessar a barreira hematoencefálica;
São eliminados pelos rins e pode ser acelerada sua eliminação pelo pH ácido.
Depuração de Pilocarpina é retardada em pacientes com insuficiência hepática;
Uso terapêutico
Fármaco Uso Contraindicações ao teste
Doença ácido-péptica;
Doença cardiovascular acompanhada de bradicardia, hipotensão (diminuindo fluxo sanguíneo coronário) e hipertireoidismo
(agonistas muscarínicos podem precipitar fibrilação atrial);
Diaforese;
Diarreia;
Cólicas intestinais;
Náusea/êmese;
Aperto na bexiga;
Universitária com depressão grave, fez uso de um frasco de produto relatado como raticida.
Após cerca de uma hora da ingestão, evoluiu com sudorese importante, mal-estar, náuseas,
vômito e alteração do nível de consciência. Durante o atendimento, foi verificada uma
frequência cardíaca de 42 batimentos por minuto, sialorreia importante, pressão arterial
sistêmica de 70 mmHg, sudorese intensa, miose puntiforme e fasciculações musculares. O
Glasgow era de 12 na chegada da equipe.
Questões complementares:
1) Identificar os sinais e sintomas correlacionando com a HD e o mecanismo de ação dos
prováveis agentes causadores do quadro clínico do paciente.
2) Qual seria sua conduta terapêutica para a paciente?
Toxicologia
Intoxicação causada pela ingestão de plantas contendo:
Pilocarpina;
Muscarina;
Pilocarpus sul-americanos
Arecolina.
Efeitos:
Exacerbação dos efeitos parassimpáticos.
Tratamento:
Administração parenteral de Atropina (doses suficientes para atravessar barreira hematoencefálica;
Medidas de suporte. Amanita muscaria
Efeitos:
Inocybe e Clitocybe: Salivação; lacrimejamento; náusea e vômito; cefaléia; distúrbios Areca catechu
visuais; cólicas abdominais; diarreia; broncoespasmo; bradicardia; hipotensão e
choque.Tratamento: Atropina 1-2mg IM a cada 30 min;
Alcaloides naturais:
Atropina e Escopolamina.
Derivados sintéticos:
Ipratrópio, Tiotrópio, Pirenzepina (M1), Darifenacina e Solifenacina (M3);
Compostos quarternários e não atravessam barreira hematoencefálica
Uso:
Relação entre estrutura e atividade
Quando administrado por via parental os derivados de amônio quarternário apresentam
atividade bloqueadora mais potente que os compostos originais no que se refere a atividade
bloqueadora dos receptores muscarínicos;
Se forem administrados por via oral, a absorção dos derivados quaternários é insatisfatória.
A integridade do Base orgânica
(tropanol) Ácido aromático Base orgânica Base tropina + Ác. mandélico A existência do
éster tropina e do OH livre na porção
(ácido trópico) (escopina)
ácido trópico é acílica do éster é
essencial à ação importante para sua
muscarínica. atividade.
Os derivados
sintéticos replicam o
ácido aromático e a
ponte de nitrogênio.
Competem com a Ach e com outros agonistas muscarínicos por um local de ligação comum
no receptor muscarínico (Antagonista competitivo);
Os antagonistas muscarínicos evitam os efeitos da ACh por bloquear sua ligação aos
Efeito farmacológico dos antagonistas muscarínicos
As funções fisiológicas dos diferentes órgãos no uso
terapêutico de antagonistas muscarínicos variam
quanto à sua sensibilidade ao bloqueio dos
receptores:
Doses pequenas e atropina reduzem as secreções
salivares e brônquicas e a sudorese;
Determinantes:
Trato urinário Diminuição do tônus normal e amplitude das contrações dos ureteres e da
bexiga
Trato biliar Ação antiespasmódica na vesícula biliar e nos ductos biliares
Os nitratos são mais eficazes que a atropina para superar ou prevenir o
acentuado espasmo e aumento na pressão do ducto biliar induzido por
opioides
Glândulas Inibição da atividade das glândulas sudoríparas tornando a pele quente e
sudoríparas e seca, podendo elevar temperatura (com altas doses e temperaturas ambientais elevadas)
temperatura
SNC Doses tóxicas de atropina: intranquilidade, irritabilidade, desorientação,
alucinações ou delírios, colapso circulatório e insuficiência respiratória após
paralisia e coma
Escopolamina em doses terapêuticas baixas tem efeitos no SNC
(depressão do SNC=sonolência, amnésia, fadiga, redução do sono REM,
pode causar euforia e levar ao abuso) dando preferência ao uso de
atropina
Escopolamina é eficaz para evitar cinetose (por bloquear vias neurais do
Absorção, distribuição e eliminação
Alcaloides naturais, derivados semissintéticos e sintéticos terciários:
Absorvidos rapidamente pelo trato GI, também chegam a circulação depois da aplicação tópica nas mucosas
do corpo, absorção pela pele intacta é pequena (Escopolamina-possibilitando uso de adesivo transdérmico).
Antagonistas quaternários:
Ipratrópio:
Administrado sob forma de aerossol ou solução para inalação;
A resposta máxima aprece após 30-90 minutos com duração de 4-6 horas;
90% da dose são deglutidos e aparece nas fezes.
Tiotrópio:
Administrado sob forma de um pó seco;
Início de ação mais lento que o Ipratrópio com duração de 24 horas.
Uso terapêutico no trato respiratório
Fármaco Uso Efeito Resultante Efeito adverso Nome comercial
Fármaco Uso
Atropina (Atrofarma, Atropion, Infarto agudo do miocárdio (onde o tônus vagal excessivo estiver
Novaton, Pasmodex, Santropina) causando bradicardia sinusal (arritmia mais comum no infarto agudo do
miocárdio) ou bloqueio AV, recuperando a frequência cardíaca a um nível para
manter o estado hemodinâmico e suprimir o bloqueio do nodo AV)
Efeitos adversos e contraindicações de antagonistas
colinérgicos
Efeitos adversos:
Xerostomia;
Constipação;
Visão turva;
Dispepsia e prejuízos cognitivos.
Contraindicações:
Questões complementares:
1) Identificar os sinais e sintomas correlacionando com a HD e o mecanismo de ação dos
prováveis agentes causadores do quadro clínico do paciente.
2) Qual seria sua conduta terapêutica para a paciente?
Fármacos que atuam na
Junção neuromuscular
Aula III
Disciplina: Habilidades Terapêuticas
Este fato aconteceu em 1744. Os colonos da Virgínia capturam Opechancanough, Chefe Guerreiro dos
powhatanos e tio de Pocahontas. Openchancanough é considerado um mestre estrategista e tem a reputação de
ser um guerreiro impiedoso. Entretanto, um correspondente da colônia fornece um retrato bem diferente do
chefe capturado: “As fadigas excessivas que ele enfrentou debilitaram o seu organismo; sua carne tornou-se
flácida; os tendões perderam o seu tônus e a sua elasticidade; e suas pálpebras estavam tão pesadas que ele não
conseguia enxergar, a não ser que fossem levantadas pelos seus ajudantes. Ele era incapaz de andar; porém o seu
espírito, erguendo-se acima de seu corpo destroçado, ainda comandava [seus seguidores] da maca em que era
transportado pelos seus índios.” Enquanto Opechancanough ainda se encontrava numa prisão em Jamestown,
descobre-se que, depois de um período de inatividade, ele consegue levantar-se sozinho do chão e ficar em pé.
Acredita-se que a história de Opechancanough fornece a primeira descrição documentada da miastenia grave,
uma doença neuromuscular decorrente da produção de anticorpos de autoimunidade dirigidos contra os
receptores colinérgicos na junção neuromuscular. Em 1934, quase dois séculos depois, a médica inglesa Mary
Broadfoot Walker encontra vários pacientes com sintomas semelhantes de fraqueza muscular, que a fazem
lembrar dos sintomas de pacientes com envenenamento por tubocurare. Confiante em seus achados, a Dra.
Walker administra um antídoto, a fisostigmina, aos seus pacientes imobilizados. Os resultados são
surpreendentes — em poucos minutos, os pacientes são capazes de levantar-se e de andar pelo quarto. A Dra.
Walker descobre, assim, a primeira medicação verdadeiramente efetiva para a miastenia grave. Apesar da
importância dessa sua descoberta, ela é ridicularizada pela maior parte da comunidade científica, porque o
tratamento melhora os sintomas da miastenia grave de modo muito mais rápido e efetivo do que se poderia
acreditar. Somente muitos anos depois é que a comunidade científica aceita os seus achados.
Pontos a serem abordados:
Bioquímica e Fisiologia da Neurotransmissão Colinérgica:
Receptores colinérgicos.
Q = potencial em miniatura da placa motora (PMPM)/ PMPM é insuficiente para gerar um potencial de ação;
Liberação de Ach na JNM (despolarização suficiente = potencial da placa terminal = potencial de ação = contração
muscular).
A transmissão neuromuscular ocorre quando há uma liberação multiquantal de Ach (mínimo de 100 vesículas-10mil
moléculas de Ach por vesícula) é exocitada da terminação nervosa para a fenda sináptica, e a Ach se liga aos receptores
nicotínicos na membrana do músculo pós-juncional .
A contração muscular depende do acúmulo de uma concentração suficiente de Ach na placa motora terminal;
Após a despolarização local, há a geração de um potencial autopropagador, que pode disseminar-se ao longo da fibra,
resultando em contração muscular.
Classes e agentes farmacológicos:
Bloqueadores:
Facilitadores:
Relação estrurura e
atividade: Bloqueadores neuromusculares competitivos aminoesteroidais
Despolarizantes: Pancurônio Vecurônio Rocurônio
Estrutura mais flexível;
Flexibilidade: 1,45mm.
Não despolarizantes:
Moléculas volumosas e
rígidas; Bloqueadores neuromusculares competitivos clorofumarato ônio-mistos
Flexibilidade: 1,0±0,1mm.
Gantacúrio
Todos apresentam:
Presença estrutural da
Ach;
Presença de 1 ou 2 N
quaternário;
Pouco lipossolúveis;
Polares;
Administrados por via
Bloqueadores Neuromusculares Não Despolarizantes X
Despolarizantes:
Bloqueador Não-Despolarizante (Antagonistas competitivos):
ligam-se ao receptor nicotínico para Ach na placa terminal,
bloqueando competitivamente a ligação da Ach;
Paralisia flácida total;
Reversão do bloqueio: Anticolinesterásicos (ex.
neostigmina).
Doses:
Suxametônio: 10-30 mg (intravenosa);
Hidrólise: Butirilcolinesterases plasmática e hepática: (efeito
regride rapidamente);
Despolarização prolongada: perda significativa de K+ (pode ser
fatal em pacientes com lesões extensas - hiperpotassemia).
Absorção,distribuição e eliminação:
Classificação dos agentes bloqueadores neuromusculares
FÁRMACO GRUPO PROPRIEDADES INÍCIO DA DURAÇÃO DA AÇÃO VIA DE
QUÍMICO FARMACOLÓGICAS DURAÇÃO (MIN) CLÍNICA (MIN) ELIMINAÇÃO
Duração da intervenção;
• Rocurônio é alternativa para Suxametônio
(indução rápida de anestesia para intubação);
• Gantacúrio completou a terceira fase de ensaios
clínicos – ação ultracurta (substituir Suxametônio);
Fisostigmina
Ação média
Reversível
São fármacos que se ligam à AChE e a inibem, elevando a concentração de Ach
endógena liberada na fenda sináptica = despolarização das placas terminais e paralisia
flácida;
Ação indireta (interferem na função da AChE através da sua ligação ao sítio ativo da
enzima ou atua diretamente nos receptores nicotínicos (exceção Neostigmina);
A diferença funcional mais importante entre as classes reside na sua farmacocinética!
Usos terapêuticos dos agentes anti-ChE na JNM
Doença autoimune;
Causa desconhecida;
1 a cada 2000 habitantes;
Associação com o Timo (células mioides com os receptores nicotínicos/células T
auxiliares autorreativas);
Resposta autoimune primariamente contra o receptor de Ach na placa
terminal pós-juncional;
Aparecimento de imunocomplexos juntamente com anormalidades ultraestruturais pronunciadas na
fenda sináptica e, aumento na degradação dos receptores por meio da lise na placa terminal mediada pelo
complemento.
Fraqueza muscular!
Diagnóstico:
Teste de anticolinesterase:
Edrofônio (Tensilon®)
Injeção intravenosa rápida de 2mg de cloreto de edrofônio seguida de outra dose de 8
mg se a primeira não tiver efeito em 45 s:
• Resposta positiva: Breve melhora da força, não acompanhada de fasciculação
lingual (ocorre em pacientes não miastênicos);
• Caso ocorra reação muscarínica grave: administrar imediatamente sulfato de
atropina de 0,4-0,6 mg via intravenosa.
Timectomia:
Quando a doença não é adequadamente controlada por anti-ChE e esteróides.
Imunoterapia:
Plasmaférese (resultados benéficos em pacientes que permanecem incapacitados com os
outros tratamento):
• Melhora relacionada com a redução de anticorpos dirigidos contra o receptor Ach nicotínico.
Envenenamento por inibidores da Colinesterase
(Organofosforados):
Utilizados com propósito de arma química;
Intoxicação acidental (inseticida agrícola)
Associado a mais de 200.000 mortes por ano (maioria na Ásia).
Colin
a
AcCoa+Col
ina
Vesamicol
Heterorrecep
tor Receptores
Canal
de Ach
cálcio
Ca2 Autorrecept
+ or de Ach
Toxina
Botulínica
Anticolinesterási
cos
- -
Acetilcolineste Agentes
Agentes Colina
bloqueadores não-
rase bloqueadores
- Acetat
+
despolarizantes
despolarizantes
o
Estudo de caso e questões orientadoras:
1. Uma mulher de 30 anos de idade é levada às pressas ao serviço de emergência de um
centro de traumatologia após sofrer um acidente de veículo motorizado. Apesar da dor
intensa, ela está consciente, alerta e capaz de relatar uma breve história. A paciente
conta que estava dirigindo com sinto de segurança. Não havia passageiros no carro. A
história clínica pregressa é significativa apenas por asma, razão pela qual já foi
intubada uma vez.Não tem alergia a nenhuma medicação. Há múltiplas lacerações no
rosto e nos membros e uma grande fratura exposta do fêmur direito. O cirurgião
ortopedista marca imediatamente uma cirurgia para reparo de fratura do fêmur,
enquanto o cirurgião plástico quer suturar ao mesmo tempo as lacerações faciais. Você
decide intubar a paciente para o procedimento. Que relaxante muscular você deve
escolher? Você escolheria o mesmo agente se ela tivesse sofrido uma queimadura
corporal total de 30% em um incêndio por ocasião do acidente? Qual seria o agente
selecionado se a história clínica pregressa incluísse uma hemiparesia do lado direito de
10 anos de duração?
3. Por que é perigoso administrar fisostigmina a todo paciente com fraqueza muscular?
Agentes anticolinesterásicos são substâncias capazes de inibir a ação da enzima
acetilcolinesterase, com variado grau de toxicidade para os seres humanos. Esses
compostos vêm sendo desenvolvidos e utilizados desde o século XIX. Durante a
Segunda Guerra Mundial, foram empregados como gases de guerra (Tabum e Sarin).
Atualmente, são usados como medicamentos (fisostigmina e neostigmina), no controle
e no combate a pragas (acaricidas, nematicidas e fungicidas), tanto na agricultura
como na pecuária, além de inseticidas de uso domiciliar. Hoje, existe no mercado
grande número de compostos cujos princípios ativos são organofosforados e(ou)
carbamatos, principais responsáveis pelas intoxicações provocadas por
anticolinesterásicos. Devido ao uso desses produtos, tanto em ambiente de trabalho
(atividades relacionadas com agricultura, pecuária, indústria de pesticidas, comércio
de produtos agroveterinários, empresas de dedetização etc.) como no domicílio, o
acesso a eles é muito fácil, tornando bastante frequente a intoxicação acidental,
principalmente em crianças e trabalhadores que lidam diretamente com essas
substâncias, além da intoxicação proposital, nas tentativas de autoextermínio. A.
Andrade Filho e C. Romano. Anticolinesterásicos. In: Toxicologia na prática clínica.
Belo Horizonte: Folium, 2001, p.53 (com adaptações). Com relação aos agentes
anticolinesterásicos e às intoxicações relacionadas a essas substâncias, assinale a
alternativa correta.
•a) O quadro clínico da intoxicação aguda por essas substâncias é caracterizado pela ausência de
atividade colinérgica.
•b) A reação entre um praguicida organofosforado e o sítio ativo (uma hidroxila de um resíduo de serina)
da enzima acetilcolinesterase leva à formação de um complexo estável, fosforilado. Essa
enzimacomplexada, que é inativa, é restaurada de maneira muito lenta em condições normais.
•c) Chumbinho é uma designação genérica para diversas substâncias praguicidas da classe dos
organoclorados.
•d) A avaliação laboratorial das intoxicações por anticolinesterásicos pode ser realizada por meio da
aferição da atividade da enzima colinesterase no plasma ou nos eritrócitos. A colinesterase presente nos
eritrócitos recebe o nome de pseudocolinesterase ou butirilcolinesterase.
•e) O número de óbitos relacionados às intoxicações agudas acidentais por agentes anticolinesterásicos é
proporcionalmente (número de óbitos / total de intoxicações nessa circunstância) maior que aquele relativo
a tentativas de autoextermínio.
Grupo- Manuelle - B
Grupo 4 turma A azul: Ana Helena Grilo; Barbara Bendzius; Larissa Tinoco; Marília de
Carvalho; Nicole Peña; Rebeca Szilagy.
Questão de bloqueador neuromuscular
Funiversa – 2012
A respeito dos bloqueadores neuromusculares, assinale a alternativa correta.
a) Atuam sobre os receptores colinérgicos do tipo alfa, induzindo uma liberação de
potássio no meio citossólico, o que impede a contração muscular.
b) Podem ser despolarizantes ou não-despolarizantes e têm como exemplos
suxametônio e atracurônio, respectivamente.
c) A ação de um relaxante muscular (bloqueador neuromuscular) não-despolarizante
pode ser revertida com o uso de um agente anticolinesterásico.
d) A ação de um relaxante muscular despolarizante é muito curta, pois drogas dessa
classe podem ser degradadas pela acetilcolinesterase.
e) O vencurônio é um relaxante muscular de largo emprego, sobretudo em lesões
musculares resultantes da prática desportiva.
Assinale a alternativa que apresenta uma substância que não faz parte
da classe dos fármacos da classe dos anticolinesterásicos.
a) Ergotamina.
b) Fisostigmina.
c) Neostigmina .
d) Ecotiopato.
e) Piridostigmina.
Grupo Manuelle - A
Sobre a hipertermia maligna, é correto afirmar:
a) sinais clínicos incluem contratura, rigidez e alcalose metabólica
b) o tratamento inclui administração intravenosa de dantroleno
c) a suscetibilidade é originada por um traço autossômico recessivo
d) a intervenção se dá por aquecimento do corpo, a inalação de O2
a 100%.
Grupo: Ingrid....
Grupo: Bianca....
Com relação aos efeitos da Atropina (Bloqueador colinérgico), assinale
a alternativa correta:
a) Provocam taquicardia moderada
b) Quando administrada em dose sub-clínica pode gerar bradicardia
c) Provomovem hipotensão arterial acentuada
d) As alternativas A e B estão corretas
e) As alternativas B e C estão corretas
Grupo 2:
Bárbara Cherubina
Diego Vianez
Felipp Andrade
João Bresser
Pedro Ladeira
Petrus Paraiso
Rodrigo Bracco da Silva
Grupo: Luciana.....
Quando usamos um fármaco colinérgico
indireto, percebemos:
a) Bradicardia e broncoconstrição;
b) Bradicardia e broncodilatação;
c) Taquicardia e vasodilatação periférica;
d) Taquicardia e relaxamento uterino;
e) N.D.A.
Grupo: Rodrigo
Sistema Nervoso Autônomo. Em relação ao Sistema
Nervoso Autônomo, assinale a alternativa correta.
a) Neurônios colinérgicos são perdidos na doença de
Alzheimer. Inibidores da acetilcolinesterase são usados em
tratamento nesses pacientes.
b) Na transmissão colinérgica, a enzima colina-
acetiltransferase é responsável pela degradação da
acetilcolina.
c) A atropina causa: no olho, midríase, na bexiga urinária,
relaxamento e no trato respiratório, estímulo das secreções.
d) A atropina causa: no olho, midríase, na bexiga urinária,
relaxamento e no trato respiratório, estímulo das secreções.
e) A tubocurarina, um composto aminoesteróide, pode
diminuir a pressão arterial e é comumente usada na terapia
intensiva.
Grupo: Milena-A
Grupo 4 turma A azul: Ana Helena Grilo; Barbara Bendzius; Larissa Tinoco; Marília de Carvalho; Nicole Peña;
Rebeca Szilagy.
Grupo: Maria.....
Concurso público- perito-policial civil-2009 - Grupo: Rodrigo.... Manuelle....
A doença de Alzheimer é a principal causa do declínio cognitivo em adultos,
sobretudo idosos, representando mais da metade dos casos de demência. As vias
neurais pertencentes ao sistema colinérgico e suas conexões são
preferencialmente atingidas nessa doença, sendo a terapia colinérgica a mais
utilizada. Considerando a transmissão colinérgica nesse contexto, julgue os
itens abaixo.
I A síntese e a liberação de acetilcolina no SNC diferem das observadas no
sistema nervoso periférico.
II Os fármacos que melhoram os processos cognitivos, como o aumento da
disponibilidade da acetilcolina na fenda sináptica, são chamados de
psicodislépticos.
III A terapia colinérgica envolve a utilização de drogas que aumentam a
disponibilidade sináptica de acetilcolina, como o aumento da atividade da
enzima colina-acetiltransferase, responsável pela síntese de acetilcolina.
IV Uma das estratégias da terapia colinérgica é a inibição das principais
enzimas catalíticas, como a acetil e a butirilcolinesterase.
Estão certos apenas os itens:
a) I e II
b) I e III
c) II e III
Grupo: Filipe....
UFJF- Residência 2015
O Alzheimer é o tipo mais comum de demência, havendo perda gradual ou
repentina da memória e de outras funções cognitivas. A doença é ocasionada
por uma degeneração progressiva do encéfalo com uma perda relativamente
seletiva de neurônios colinérgicos.Assim, uma das estratégias terapêuticas da
doença inclui o aumento na função colinérgica, com a utilização de:
a) Antagonistas de receptores muscarínicos.
b) Antagonista de receptores α-adrenérgicos.
c) Agonistas D2 ou D3.
d) Inibidores da acetilcolinesterase (AchE).
Grupo: Marília.....
Grupo: Rodrigo....