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INTRODUÇÃO AO SISTEMA

NERVOSO AUTÔNOMO

Prof. Bruno Lemos Cons


Componentes estruturais das células
nervosas
Unidade funcional e transmissão
Unidade funcional e transmissão
Características anatômicas e dos
neurotransmissores
Diferença anatômica entre os
nervos autônomos
Sistema Nervoso Parassimpático
“descanso & digestão”

• Também conhecido como sistema crânio-


sacral devido a seus neurônios pré-
ganglionares estarem no tronco cerebral ou a
nível sacral da espinha dorsal
– Nervos cranianos III,VII, IX and X
– No corno lateral da substância cinza entre S2-S4
• Inerva apenas órgao (a pele não)
• Acetilcolina é o neurotransmissor na sinapse
com o órgao bem como na sinapse pré-
ganglionar (Colinérgica)
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ÓRGÃOS INERVADOS
• Cranial
– III – constricção pupilar
– VII – Lágimas, muco nasal, saliva
– IX – Glândula salivar parótida
– X (Vagus n) – Órgão viscerais do tórax e abdômen:
• Estimula glândulas digestivas
• Aumenta a motilidade do músculo liso do trato digestivo
• Reduz a frequência cardíaca
• Causa constricção bronqueolar
• Sacral (S2-4): dos nervos esplânicos pélvicos
– Inerva segunda metada de metade do intestino grosso
– Inerva todos os órgão da pelve (genitourinário)
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• SNA Parasimpático
– Craniosacral

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Sistema Nervoso Simpático
“Luta, fuga ou medo”
• Também conhecido como sistema toraco-lombar: todos seus
neurônios vem do corno lateral da sbstância cinza (Entre T1-L2)
• Leva a toda parte do corpo (diferente do parassimpático)
– Fácil de lembrar quando nervoso, o indivíduo sua, quando com medo, os
cabelos se arrepiam, quando excitado aumenta a pressão sanguínea
(vasoconstricção)
– Também causa: boca seca, dilatação pupilar, aumento da frequência
cardíaca e respiratória que aumentam O2 para o músculo esquelético,
nervos musculares e fígado, para liberar glicose
– Norepinefrina (noradrenalina) é o neurotransmissor liberado
pela maioria das fibras pós-ganglionar do SNA parassimpático
(Adrenérgico)

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• SNA Simpático
– Toracolombar

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Distribuição anatômica das inervações dos
nervos autônomos e somáticos
Agonistas Colinérgicos
Prof. Bruno Lemos Cons
Neurônio chega no órgão e
os receptores chegam no
órgão fazendo a ação, o
receptor é chamado de ACH
acetil colina (produzido pelo
Isso ocorre sempre porém quando temos
nosso organismo, ela entra
um estímulo liberamos mais ACH com isso
liberamos mais neurotransmissores para
em uma bolsa e quando
ter uma respos maior no órgão
necessário entra na fenda
sináptica
DISTRIBUIÇÃO E ATIVIDADE DA AChE

BChE - Butirilcolinesterase ou “Pseudocolinesterase”

• Plasma

AChE - Acetilcolinesterase

• Sinapses (SNP)
• Líquor
• Fígado e TGI
RECEPTORES MUSCARÍNICOS
RECEPTOR MUSCARÍNICO M1

LOCALIZAÇÃO TRANSDUÇÃO DE EFEITO


PRINCIPAL SINAL MEDIADO

GÂNGLIOS
AUTÔNOMOS Ptn Gq Atividade SNC

SNC PLC
Secreção
gástrica
Células Parietais
IP3 e DAG
(Estômago)
RECEPTOR MUSCARÍNICO M2

CORAÇÃO
CRONOTROPISMO
Ptn Gi
NSA NEGATIVO

ÁTRIO A.Ciclase INOTROPISMO


NEGATIVO

NAV
 AMPc DROMOTROPISMO
NEGATIVO
PRÉ-SINÁPTICOS
RECEPTOR MUSCARÍNICO M3

MÚSC. LISO
Detrusor da bexiga
ESVAZIAMENTO
Esfíncter externo VESICAL
Ptn Gq
Trígono

Esfíncter da íris MIOSE


PLC
M. ciliares DRENAGEM AQUOSA
Brônquios Contração
IP3 e DAG SECREÇÃO
GLÂNDULAS
ENDOTÉLIO VASODILATAÇÃO
Musculatura lisa TGI Contração
AGONISTAS COLINÉRGICOS
PARASSIMPATICOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA
Betanecol: age no M1, M2 e
M3, é um agonista direto não
seletivo
BETANECOL

• Usos clínicos (VO, IV e SC):


• Retenção urinária não obstrutiva M3: bexiga
músculo liso
• Hipotonia da bexiga ACETILCOLINA
• Atonia e retenção gástrica
Músculo detrusor

M3R - Contração
AGONISTAS COLINÉRGICOS
PARASSIMPATICOMIMÉTICOS DE AÇÃO DIRETA
ALCALÓIDES COLINOMIMÉTICOS
ARECOLINA (Areca catechu) MUSCARINA (Amanita muscaria)

PILOCARPINA (Pilocarpus)

Sialagogo (aumenta secreção de saliva)


Diaforético (transpiração) N
Miótico (contração do esfincter da íris) O O N
PILOCARPINA

USOS CLÍNICOS

• XEROSTOMIA
Radioterapia
Auto-imune
Sialagogo

• GLAUCOMA DE ÂNGULO ABERTO


Miótico
AGONISTAS COLINÉRGICOS INDIRETOS OU ANTICOLINESTERÁSICOS

Classificação:
• Reversíveis: edrofônio, fisostigmina, neostigmina, piridostigmina, rivastigmina

• Irreversíveis: organofosforados (diflos, ecotiopato, paration)

Efeitos Farmacológicos:
• Aumento da atividade parassimpática, aumento de ACh nos gânglios e na
junção neuromuscular.

• Bradicardia;  das secreções;  do peristaltismo intestinal (diarréia); 


contração da bexiga; hipotensão arterial; miose; broncoespasmo;  pressão
intraocular; facilitação da transmissão neuromuscular.
Reversíveis

Fisostigmina
Piridostigmina

Neostigmina
Irreversíveis
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
PARASSIMPATICOLÍTICOS

ATROPINA
Atropa belladonna
Datura stramonium

ESCOPOLAMINA
Hyoscyamus niger
Scopolia carniolica
Efeitos centrais pronunciados
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
EFEITOS FARMACOLÓGICOS
ATROPINA Antagonista muscarínico inespecífico
SNC CORAÇÃO
AGITAÇÃO
TAQUICARDIA
DESORIENTAÇÃO
COLAPSO CIRCULATÓRIO
ELEVAÇÃO DE TEMPERATURA
SECREÇÃO
BRÔNQUIOS BOCA SECA
PQ. RED. DE SECR. GÁSTRICA
DILATAÇÃO
RED. SECREÇÃO
TGI e TGU
OLHOS RETENÇÃO URINÁRIA
MIDRÍASE RED. MOTILIDADE
CICLOPEGIA (paralisia de acomodação)
VISÃO P/ LONGE
ALCALÓIDES NATURAIS ALCALÓIDES SINTÉTICOS
ATROPINA HOMAROPINA IPRATRÓPIO
ESCOPOLAMINA TROPICAMIDA TIOTRÓPIO
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
USOS CLÍNICOS
ALCALÓIDES DA BELADONA
Coadjuvantes no tratamento do parkinsonismo

As soluções oftálmicas de atropina e escopolamina podem provocar


midríase e cicloplegia com duração de dias.

Midriáticos mais usados:


Homatropina
Ciclopentolato
Tropicamida

Desuso: Redução de secreções provocadas por anestésicos irritantes.


ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
USOS CLÍNICOS

IPRATRÓPIO Antagonista muscarínico inespecífico


Não possui ação central significativa
Não reduz a atividade mucociliar
Maior bloqueio ganglionar
BRONCODITATADOR INALATÓRIO

PIRENZEPINA Antagonista muscarínico com maior especificidade M1

Não possui ação central significativa


REDUTOR DA SECREÇÃO GÁSTRICA
ANTAGONISTAS MUSCARÍNICOS
USOS CLÍNICOS

TIOTRÓPIO
Mais seletividade brônquica
Ação mais prolongada
Menor taquicardia
Não bloqueia transporte mucociliar como a atropina

FÁRMACOS USADOS EM TRATAMENTOS NO TRATO GENITURINÁRIO:


TOLTERODINA
TRÓSPIO
FLAVOXANATO
OXIBUTININA

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