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RESUMO: FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO - ADRENÉRGICOS
ALUNO: JÚNIOR
FACULDADE DE FARMÁCIA - UNIFATECIE
ADRENÉRGICOS E ANTIADRENÉRGICOS
Anatomia do SNA
Transmissores do SNP
No ramo simpático, o neurônio pré-ganglionar também libera Ach que vai estimular
receptores nicotínicos nos corpos celulares de neurônios pós-ganglionares, os quais vão
responder a esse estímulo liberando a noradrenalina. Contudo, esse arranjo é levemente
diferentemente quando se considera as glândulas sudoríparas, pois o pós-ganglionar do ramo
simpático vai liberar Ach nesse caso, ativando receptores muscarínicos. Dessa forma, ao haver
uma estimulação simpática, o indivíduo vai apresentar uma grande sudorese. Esse ramo,
portanto, é um ramo colinérgico do sistema simpático, constituindo como uma exceção.
Existe ainda uma segunda exceção, que se trata da medula da adrenal. Esta possui
células “A” e “N”. As A armazenam adrenalina, enquanto as N armazenam noradrenalina. Na
periferia da medula adrenal, há células N que são capazes de liberar NE na circulação. No
entanto, 80% da medula é constituída de células A. Pode-se considerar então a medula adrenal
como neurônios pós ganglionares modificados. Dessa forma, o pré-ganglionar liberando Ach,
que vai atuar em receptores nicotínicos, estimula as células A e N a liberar seu conteúdo na
circulação sanguínea.
- Síntese de NA
- Armazenamento
- Liberação
- Ligação da NE ao receptor
- Remoção do neurotransmissor da fenda sináptica
Síntese de Noradrenalina
Inicia-se a partir da tirosina, a qual não é uma catecolamina, mas, a partir de uma enzima
denominada de tirosina hidroxilase, ela recebe um grupo hidroxila, tornando-se DOPA. Por ação
de uma segunda enzima denominada de DOPA descarboxilase, há a perda do grupo carboxil,
gerando um neurotransmissor que se acumula em alguns neurônios, como na região negra do
SNC, que é a dopamina. Esta funciona como intermediário na síntese de adrenalina e
noradrenalina. Para que a conversão à NA ocorra, existe a ação da dopamina beta-hidroxilase,
que adiciona um hidroxil no carbono beta da cadeia lateral aminada, resultando em NA. Nos
neurônios pós-ganglionares simpáticos ocorre uma parada da reação nessa etapa, e quanto mais
NA estiver acumulada naquele neurônio, mais ela poderá atuar com retroalimentação negativa
sobre a tirosina hidroxilase, bloqueando uma nova síntese de NA. Quando há baixos níveis de
NA, não haverá interação com a tirosina hidroxilase, então ela poderá atuar normalmente.
Devido a isso, refere-se que essa etapa é a limitante da velocidade de síntese de NA. Quando
os hormônios glicocorticóides passam a exercer efeito na medula, há o
estímulo para as células N se diferenciarem em células A, então elas passam a expressar a
enzima feniletanolamina N-metiltransferase, que adiciona um grupo metil a NA, gerando a
adrenalina.
Armazenamento de Noradrenalina
Armazenada em vesículas pré
sinápticas (terminal adrenérgico e
varicosidades). O armazenamento se dá por
meio de moléculas transportadoras,
denominadas transportadores vesiculares de
monoaminas (VMAT). Esta transporta a NA e
concentra a NA dentro da vesícula. A NA fica
ligada a ATP e proteínas (diminuir difusão,
evitar destruição enzimática, complexo
inativo) até liberação por um estímulo.
Estas moléculas podem ser degradadas por duas enzimas: monoamina oxidase (MAO) e
a catecol-o-metiltransferase (COMT). Nos neurônios, há um predomínio de MAO, nas células
alvo, um predomínio de COMT. Existem fármacos antidepressivos que inibem a MAO, como é o
caso da selegilina. O metabolismo gera diversos produtos metabólitos, cujo maior metabólito
que se acumula em maior quantidade e é eliminado na urina é o ácido vanilmandélico (VMA),
que pode ser utilizado como marcador da doença feocromocitoma.
Transmissão Noradrenérgica
Receptores Adrenérgicos
> Alfa
liberação do
neurotransmissor
NA na fenda
sináptica.
β 1, β 2 e β 3 Gs Estimula a ● Ativação de
adenililciclase, canais de Ca2+ -
aumentando os níveis aumento da FC e
intracelulares de contratilidade
AMPc, aumentando a ● Inativação MKCL:
atividade de proteína vasodilatação.
quinase A. Ocorre em β2,
pois a
fosforilação fecha
o canal de Ca2+.
● Regulação de
enzimas do
metabolismo
energético.
● Antagonistas não-seletivos
- fenoxibenzamina: ligação covalente, sendo um antagonista competitivo
irreversível, usado em situação cirúrgica de retirada de tumor de
feocromocitoma. Para evitar os mecanismos de hipertensão amplificada
ocasionada por um excesso de descarga simpática liberada na retirada do
tumor, utiliza-se a fenoxibenzamina. Também pode ser utilizado atenolol.
- fentolamina: inespecífico para alfa-adrenoceptores, apresenta ligação
reversível
- Como efeito, há uma regulação da pressão arterial, havendo vasodilatação
periférica importante, o que explica a taquicardia sentida pelos pacientes,
sendo esta uma taquicardia reflexa.
● Antagonistas alfa-1 seletivos:
- prazosina, doxazosina e terazosina
- Bloqueio competitivo dos receptores adrenérgicos alfa-1, com redução da
resistência vascular arterial e venosa
- Cefaleia, tontura, síncope, taquicardia reflexa menos acentuada do que a
causada pelos antagonistas não seletivos.
● Antagonistas alfa-2 seletivos: ioimbina e idazoxano.
Transportadores de Monoaminas
Os anfetamínicos entram pelo mecanismo de captura 1, mas eles precisam ser trocados
pela NA por um antiporte, não havendo necessidade de despolarização do neurônio com
consequente fusão da vesícula com a membrana para liberação de NA.
Cocaína e desipramina: atuam inibindo a captura 1, via NET. A partir disso, há maior
nível de NA na fenda sináptica. Cocaína utilizada como droga de abuso, desipramina como
antidepressivo.