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FISIOPATO
CONCEITOS
Medição da pressão a cada dois anos para p/ PA <= 120/80 e anualmente para < 140/90
HIPOTENSÃO ORTOSTÁTICA = queda da PAS >= 20 ou na PAD >= 10 após 3 minutos em posição supina
HIATO AUSCULTATÓRIO = desaparecimento prolongado dos sons durante a deflação do manguito,
geralmente entre final da fase I e início da fase II dos sons de Korotkoff subestimar PAS e superestimar a
PAD.
PASEUDO-HAS = idosos, devido à rigidez arterial superestima a PA manobra de osler – inflar manguito
até pulso desaparecer. Se artéria continuar palpável, é positiva
Gestantes pode aferir no braço E com a paciente em DLE
DIAGNÓSTICO E CLASSIFIAÇÃO
Aumento do risco para DCV PA >= 115/75, com risco dobrado com aumento de 20 na PAS e 10 na PAD
HAS do jaleco branco = pacientes jovens ou idosos, do sexo feminino com relato de medidas normais da PA
em casa e HAS estágio 1 no consultório
Efeito do jaleco branco = aumento em 20 na PAS e/ou 10 na PAD dentro do consultório
HAS mascarada = normotensão no consultório e aferições extra-ambulatoriais mostrando PA elevada
MRPA – medida residencial da PA = 3 medidas pela manhã e 3 pela noite, durante 5 dias. Médias >= a
135/85 são consideradas anormais (excluir o primeiro dia)
MAPA – monitorização ambulatorial da PA = aferição da PA a cada 20 minutos por 24h. Padrão ouro para
o diagnóstico de HAS. PA tem queda/dip de 10-20% durante o período de sono
Indicações de MRPA e MAPA = suspeita de HAS do jaleco branco, suspeita de HAS mascarada, identificação
do EAB em hipertensos, grandes variações da pressão no consultório, hipotensão postural/pós-prandial/na
sesta/fármaco-induzida, PA elevada ou suspeita de pré-eclâmpsia em gestantes, confirmação de
hipertensão resistente
Eduardo Frank Marsaro - UFMA
QUADRO CLÍNICO
CORAÇÃO: cardiopatia hipertensiva hipertrofia ventricular esquerda (HVE > 116 em homens e > 96
em mulheres sobrecarga + subst. Tóxicas), insuficiência cardíaca (ICC), doença coronariana
aterosclerótica
Marcadores de LOA:
ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO
Eduardo Frank Marsaro - UFMA
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
PRIMEIRA ESCOLHA
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
INIBIDORES DA ECA
ANTAGONISTAS DA ANGIOTENSINA
ANTAGONISTAS DO CÁLCIO
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS
Inibem bomba Na/Cl no túbulo contorcido distal efeito diurético e natriurético + diminuição da
resistência vascular periférica (tardia) (vasodilatação especialmente após 6 semanas)
Bloqueio da reabsorção de sódio faz com que o cálcio seja reabsorvido em seu lugar
Primeira linha ou associado
Clortalidona > hidroclorotiazida (HCT)
Vantagens: baixo custo, longa meia-vida, retém cálcio e diminui a calciúria
Desvantagens: hipovolemia, hipocalemia, hiponatremia, hipomagnesemia, distúrbios metabólicos
(hiperglicidemia/lipidemia/uricemia – contraindicado se ac úrico >13), precipitação de crise de gota,
distúrbio eletrolítico, disfunção sexual
DIURÉTICOS DE ALÇA
Bloqueiam o receptor de aldosterona ou o canal epitelial de sódio induzido pela aldosterona nas células do
túbulo coletor
1ª escolha na HAS com hiperaldosteronismo primário
Espironolactona, eplerenona, amilorida, trianterenv efeito colateral ginecomastia dolorosa
“prils”
Inibe a conversão de angiotensina I em angiotensina II e reduzem a degradação da bradicinina
vasodilatação periférica e queda da RVP
... lembrando: ações da angiotensina II vasoconstrição das arteríolas, estimula suprarrenal a liberar
aldosterona (retenção renal de sódio e excressão renal de potássio), estimula a hipófise a secretar
vasopressina (ADH) (retenção de sódio e água) aumento da pressão arterial
Menor efeito em negros
Indicações específicas: ICC sistólica, pós-IAM com supra, DM/nefropatia crônica com microalbuminúria ou
proteinúria/DRC (vasodilatação da arteríola eferente) , prevenção secundária do AVE
Vantagens: inibem o remodelamento cardíaco, dilatam preferencialmente a arteríola eferente da alça
glomerular
Desvantagens: podem precipitar insuficiência renal aguda (azotemia) e hipercalemia. Tosse seca, alterações
do paladar, erupção cutânea, hipersensibilidade, angioedema, hepatite e icterícia colestática.
Contraindicados em gestantes, em pcts com creatinina > 3 ou com estenose bilateral de artéria renal ou
estenose unilateral em rim único.
Suspensos se franca hipercalemia ou aumento de creatinina > 30% so basal
Eduardo Frank Marsaro - UFMA
“sartans”
Efeitos semelhantes aos dos IECA
Desestimula receptores AT1 (vasoconstritores) aumenta AGT II sérica estímulo de AT2
(vasodilatadores)
Não apresentam tosse e angioedema como efeito adverso, menor incidência de DM 2 (diminuem
proteinúria - preferíveis aos IECA), efeito uricosúrico (losartan). Mesmas desvantagens dos IECA, exceto a
tosse
ANTAGONISTAS DO CÁLCIO
Paciente com edema maleolar devido ao uso de antagonistas do cálcio associar IECA, devido a
capacidade de vasodilatação das vênulas
BETABLOQUEADORES
“lols”
Bloqueiam receptores beta-1-adrenérgicos do coração
Reduzem débito cardíaco (inotropismo, cronotropismo e dromotropismo negativos), diminuem produção
de renina (inibe a catecolamina nos nervos renais), diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas.
Carvedilol vasodilatação periférica
Nebivolol aumento da síntese de NO
Efeito anti-HAS menor em negros
Eficácia maior em > 60 anos
Antianginosos, reduzem a chance de reinfarto após IAMST, antiarritmicos
Lipossolúveis atravessam barreira hematoencefálica
Tto da hipertensão porta reduz DC, inibem vasodilatação esplâncnica (beta-2)
1ª geração não seletivos propanolol
2ª geração seletivos beta-1 atenolol
3ª geração não seletivos (carvedilol) / seletivos beta-1 (nebivolol)
Desvantagens: podem precipitar broncoespasmo em asmáticos e DPOC, vasoconstrição periférica,
hiperglicemia e dislipidemia, dificultam a resposta de defesa à hipoglicemia iatrogênica, não podem ser
administrados em pcts com ICC descompensada ou BARV 2 e 3 graus, insônia, pesadelo, depressão, astenia,
disfunção sexual
RASILEZ
Hidralazina: opção para HAS em gestantes, tolerada na ICC sistólica, taquicardia reflexa (associar com
diurético e betabloqueador) e lúpus farmacoinduzido
Minoxidil: retenção hidrossalina e hipertricose
RESERPINA
Alfametildopa e clonidina
Agonistas alfa-2-adrenérgicos inibem neurônios do centro hipotalâmico redução da noradrenalina nas
sinapses dos nervos periféricos
Metildopa HAS na gestação
ALFA-1-BLOQUEADORES
HIPERTENSÃO RESISTENTE
Falta de resposta à terapia com três drogas (sendo uma delas tiazídico)
Idade avançada, afrodescendentes, obesidade, HVE, DM, nefropatia crônica, síndrome metabólica,
aumento da ingestão de sódio we menor atividade física
Descartar sempre: medida inadequada, HAS com efeito do jaleco branco, tratamento inadequado, fatores
inerentes ao paciente, HAS secundária
Associar espironolactona (25-50mg/dia) bloqueador do receptor de mineralocorticoide (uso devido ao
possivel hiperaldosteronismo associado)
Outras opções simpaticolitcos centrais, betabloqueadores vasodilatadores (nebivolol), bloqueadores
alfa-1-adrenérgicos, vasodilatadores diretos (hidralazina e minoxidil – combinar com diuréticos e
betabloqueador, devido à taquicardia reflexa)
Eduardo Frank Marsaro - UFMA
ATEROSCLEROSE
CRISE HIPERTENSIVA
URGÊNCIA HIPERTENSIVA PA muito alta, porém sem prejuízo orgânico agudo. PAD > 120 risco de
evoluir para emergência hipertensiva
Tratar com antiHAS oral redução da PA em 24 horas
Eduardo Frank Marsaro - UFMA