Doenças cardíacas na 3ª idade Diagnósticos possíveis: hipertensão do avental branco,
sustentada e mascarada. Usar MAPA e MRPA.
HAS secundária: O envelhecimento aumenta o risco de doenças crônicas, De instalação abrupta ou piora aguda, sopro abdominal, destacando-se as cardiovasculares que dobra aproximadamente resistente a 3 ou + fármacos, aumento da creatinina acima de a cada decênio de vida. 30% com uso de IECA ou BRA, doença aterosclerótica sistêmica Epidemiologia: em dislipidêmicos e fumantes, edema pulmonar hipertensivo Principais causas de morte na América Latina e dentre elas a recorrente, feocromocitoma e hiperaldosteronismo miocardiopatia isquêmica. Investigação: Nos homens e mulheres é comum o infarto agudo do miocárdio Identificar causas, lesões em órgão-alvo* (alterações em fundo (IAM), seguido do acidente vascular encefálico. de olho, hipertrofia do VE, aterosclerose periférica e renal), Fatores de risco para doença aterosclerótica modificáveis: doenças associadas e estratificar Tabagismo: ↑adesão plaquetária no endotélio, ↓HDL-c risco cardiovascular + história (colesterol de lipoproteínas de alta densidade) e ↑LDL (colesterol clínica, testes de cognição e exame de lipoproteínas de baixa densidade). Importante causa de físico (IMC e circunferência doença cardiovascular (DCV), DPOC, fator de risco p/demência. abdominal). *Retinopatia. Obesidade: relacionada com síndrome metabólica, aumenta a Exames complementares: ECG de taxa de mortalidade e risco de DCV. repouso, exame de urina e sangue, MAPA e MRPA (24h). Avaliação é melhor usando circunferência abdominal. Hipotensão ortostática (HO- prova): *Redução de peso nos idosos está relacionado com a redução Queda de PAS > 20mmHg ou da PAD > 10 mmHg, após 3 da inflamação crônica, risco de DCV e mais qualidade de vida. minutos na posição ortostática. Sedentarismo: associado ao aparecimento ou agravamento de Verificar PA nas posições sentada, deitada e em pé. várias doenças. O exercício físico tem muitos benefícios. Causas: aterosclerose nos seios carotídeos (reduz a Dislipidemia: nas mulheres LDL aumenta com a idade sensibilidade dos barorreceptores e dos reflexos posturais), (principalmente após a menopausa) já nos homens diminui. polineuropatia periférica, Parkinson, fármacos (diurético, Associada à várias doenças, tratamento com estatinas e fibratos. antidepressivo, vasodilatador e betabloqueador). Depressão: aumenta risco de doença arterial coronariana, Hipertensão sistólica isolada (HSI) e pressão de pulso (PP): atenção aos efeitos colaterais dos antidepressivos. HSI: menor distensibilidade e elasticidade dos vasos de grande Outros: hiperuricemia, proteína C reativa, vitamina D, fatores capacitância, resultando em um aumento da velocidade da onda genéticos e escore de cálcio coronário. de pulso (VOP). Doença aterosclerótica: *Aumento da VOP -> aumento da velocidade da onda reflexa Em resposta à uma injúria, pode ocorrer (aquela que retorna da periferia à circulação central). uma lesão da camada íntima do endotélio, Metas terapêuticas no idoso com PA alta: com acúmulo de monócitos e plaquetas que Individualizadas, ajuste de dose de 4 em 4 semanas (evitar recrutam células musculares lisas e reduções abruptas de PA). macrófagos que englobam gordura Tratamento medicamentoso: formando agregados e a placa aterosclerótica. Consequências: AVC, infarto do miocárdico, doença vascular periférica, insuficiência renal...
->Principais doenças cardíacas na terceira idade:
Hipertensão arterial sistêmica (HAS): 65% dos idosos, sendo 80% em mulheres +75 anos. *No idoso há calcificação dos vasos -> + risco. Alterações vasculares: enrijecimento arterial, redução de elasticidade e complacência vascular, menor capacidade de vasodilatação, aumento da PA sistólica (PAS, nem sempre)... *Não usar inibidores da IECA com bloqueadores dos receptores Definição: elevação da PAS maior ou igual à 140mmHg e/ou PA da angiotensina. diastólica (PAD) maior ou igual à 90mmHg, medida com a técnica Insuficiência coronariana: correta em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de Coronariopatia crônica – angina estável: medicação anti-hipertensiva. Angina: dor ou desconforto em tórax ou epigástrio que pode Fatores de risco: genético, idade, sexo, etnia, sobrepeso/ irradia-se, desencadeada ou agravada com atividade física ou obesidade, ingesta de sódio e potássio, sedentarismo, apneia de estresse emocional, dura até 20 segundos e se atenua com sono, ingesta de álcool, fatores socioeconômicos. repouso e/ou nitrato. 2 meses c/essas características. * Manguitos menores podem superestimar a PA do paciente e Isquemia com equivalentes anginosos (fadiga, dispneia, maior podem subestimar (erro é menor). desconforto epigástrico). Exame físico inespecífico, pode ter pistas como HAS, Primária (alteração histológica na valva), secundária (valva anormalidade de ritmo e doença arterial periférica. normal, IM funcional), IM aguda (ligada a doença arterial Exames complementares: ECG de repouso, radiografia de tórax coronariana por disfunção do m. papilar ou ruptura da cordoalha e ecocardiograma transtorácico, testes funcionais para isquemia tendínea). (ergométrico, ecocardiograma sob estresse e cintilografia Sintomas: dispneia de esforço e fadiga, sopro protossistólico em miocárdica de perfusão) e testes anatômicos (angiotomografia de foco mitral, ictus deslocado, deformidades torácicas. coronárias, cineangiocoronariografia). Exames complementares: ECG, radiografia de tórax, Tratamento: medidas gerais, medicamentos antiateroscleróticos, ecocardiograma transtorácico e transesofágico, cateterismo antianginosos e revascularização miocárdica. cardíaco, ergoespirométrico. Coronariopatia aguda – angina instável: Tratamento: medicamentoso e cirúrgico. IAM sem supra de ST (onda do eletro) ou com. Estenose aórtica: Evoluções desfavoráveis (pior prognóstico nos idosos). Obstrução da via de saída do VE por calcificação das estruturas Idoso: apresentação clínica atípica, dor torácica (40%), 8,4% não valvares, associada ou não a fusão das válvulas. apresentam dor precordial no infarto, + comum dispneia, Assintomático, ictus cordis impulsivo, pulso parvus et tardus, sudorese, náuseas, vômitos, síncope, pré-síncope. sopro mesossistólico, 2ª bulha hipofonética. Exame físico: normal, sinais de hipoperfusão periférica e Etiologia: degeneração e espessamento da válvula + fibrose e ausculta pulmonar com sinais de congestão. calcificação (idosos) e valva aórtica bicúspide + febre reumática Exames complementares: ECG, laboratório, ecocardiografia. (menores de 70 anos). Síndrome coronariana aguda: Exames complementares: ECG, radiografia de tórax, Principal característica é instabilização da placa aterosclerótica, ecocardiografia. envolvendo erosão ou ruptura e subsequente formação de Tratamento: diuréticos, IECA, betabloqueadores, estatinas, trombo oclusivo ou suboclusivo. cirúrgico. Síndrome coronariana aguda sem supra de ST (SCASSST) ou Insuficiência aórtica: com supra (SCACSST). Lesão regurgitante onde o fluxo sanguíneo retorna ao VE Angina instável (s/alteração de marcadores de lesão miocárdica). durante a sístole, várias causas. Estratificação de risco de evento nos idosos: TIMI riski. Assintomático, evolui de forma lenta e insidiosa. Tratamento: individualizado, atenção as farmacocinéticas, ajustar Exame físico: sopro diastólico, ictus deslocado, pressão dose, tratamento medicamentoso, terapia invasiva e periférica aumentada. revascularização precoce. Exames complementares: ECG, radiografia de tórax, Insuficiência cardíaca (IC): ecocardiografia, ressonância magnética, cateterismo cardíaco. Síndrome clínica na qual o coração é incapaz de bombear Tratamento: clínico, cirúrgico e percutâneo. sangue de forma a atender às necessidades metabólicas, ou Arritmias cardíacas: fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Sequências de batimentos cardíacos irregulares (rápidos ou 20% dos pacientes são idosos. lentos) ou que percorrem o coração por vias anômalas de Apresentação clínica: atípica. condução elétrica. Comum no idoso, várias causas. Estágios: em risco, pré-insuficiência, insuficiência e IC avançada. Palpitações, dispneia, dor precordial, fadiga, desmaio, enjoos e Exames complementares: laboratoriais, biomarcadores, ECG, vertigem, no idoso pode ocasionar quedas inexplicadas e radiografia de tórax, ecocardiograma, cintilografia miocárdica, confusão mental intermitente, trombose, síncope. ressonância cardíaca. Bradiarritmias: doença do nó sinusal ou bloqueios Tratamento: farmacológico, TRC e transplante, o objetivo é atrioventriculares, relacionados à síncope. reduzir a mortalidade e internação, melhorar a capacidade Diagnósticos diferenciais: síndromes demenciais, hipotensão funcional e a qualidade de vida. pós-prandial, síncopes neuromediadas, de causa neurológica e Valvopatias: como manifestação atípica de IAM. Estenose mitral (rara): Exames p/diagnóstico: ECG, holter, loopeer, estudo Resistência ao fluxo sanguíneo transmitral em razão do eletrofisiológico e teste ergométrico. espessamento e da imobilidade dos folheteos valvares. Tratamento: multifatorial. Dispneia, tosse, expectoração hemoptoica. Taquiarritmias: ‘’liga-desliga’’, início súbito sem pródromos de Exame físico: hiperfonese da 1ª bulha e sopro mesodiastólico curta duração, sem relação com posição ortostática e de apical com frêmito ausente ou presente, FC elevada. recuperação rápida, + prevalente com a idade. Exames complementares: ECG, radiografia do tórax, *Score EGSYS2: preditores da síncope cardiogênica. ecocardiográfia. Tipos: supraventriculares, extrassístoles atriais, ventriculares. Tratamento: varfarina, diuréticos de alça, betabloqueadores, Fibrilação atrial: espironolactona, cirúrgico. Ocorre quando os átrios não se contraem de forma sincronizada Insuficiência mitral (IM): com os ventrículos, persistente e comum no idoso, várias causas Regurgitação sanguínea para o átrio esquerdo durante a sístole Diagnóstico: exame físico, anamnese e ECG. ventricular, pode decorrer de anormalidades do aparato valvar. Sintomas: dispneia, astenia, tontura, fadiga, sudorese, poliúria... Comum em idosos. Relacionada a eventos tromboembólicos, cognitivos e motores.