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A principal função do coração é gerar permite que os ventrículos se contraiam depois

impulso para que o sangue chegue a todas as dos átrios, e não simultaneamente.
partes do corpo.
FEIXE DE HIS
A contração de uma câmara cardíaca é
Estrutura curta localizada imediatamente
chamada sístole e o seu relaxamento diástole.
depois do nodo atrioventricular. Divide-se em
A pressão criada nas artérias pela contração do dois ramos: direito e esquerdo.
ventrículo esquerdo é a Pressão Arterial
Ramos Direito
Sistólica (PAS).
É mais longo e mais fino, percorre o lado
A pressão arterial no final da diástole é
direito do septo interventricular. Termina nas
chamada Pressão Arterial Diastólica (PAD).
fibras de Purkinje localizadas no endocárdio
Os dois lados do coração são separados pelo do ventrículo direito.
septo atrioventricular.
Ramos Esquerdo
O sangue passa do lado direito para o lado
É mais curto e mais grosso, percorre o lado
esquerdo via sistema pulmonar (válvula
esquerdo do septo interventricular. Divide-se
pulmonar).
em 3 fasciculos: anterior, médio-septal e
A contractilidade cardíaca se deve a existência posterior.
de um sistema próprio responsável por gerar
FIBRAS DE PURKINJE
e conduzir estímulo elétrico até o miocárdio,
fazendo com que este se contraia. Este sistema Porção terminal do sistema de condução,
é formado por: localiza-se no endocárdio de ambos os
ventrículos.
⇾ Nodo sinusal ou sinoatrial;
DOENÇAS CARDIOVASCULARES
⇾ Nodo atrioventricular;
⇾ Feixe de His; São as principais causas de mortalidade na
população brasileira. Nos homens, são as
⇾ Ramos direito e esquerdo; doenças isquêmicas do coração e as doenças
⇾ Fibras de Purkinje. neuro vasculares; nas mulheres, predominam
as doenças neuro vasculares.
O processo da aterosclerose e suas
NODO SINUSAL complicações são os principais responsáveis
Onde se origina o estímulo elétrico, pela morbidade e pela mortalidade das
chamado de marca passo cardíaco. Localiza-se doenças cardiovasculares, estimuladas e
no teto do átrio direito, junta a afluência da potencializadas pelos fatores de risco como:
veia cava superior. idade, sexo, tabagismo, dislipidemia
(colesterol/triglicerídeos), diabetes e
NODO ATRIO-VENTRICULAR hipertensão arterial sistêmica.
Localiza-se na base do átrio direito, adjacente Outros fatores genéticos e ambientais estão
ao septo interventricular. Apresenta condução também envolvidos em graus variáveis de
mais lenta, retarda o impulso elétrico, o que importância.
⇾ Fisiopatologia: Ocorrem devido alterações
no distúrbio da formação do impulso, distúrbio
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO
da condução do impulso ou combinação de
(IAM)
ambos.
Desenvolvimento de necrose miocárdica
Automatismo anormal: condições
decorrente de isquemia severa. Rotura de
patológicas, diminui potencial de repouso
uma placa de ateroma e formação de um
diastólico.
trombo oclusivo que interrompe o fluxo
sanguíneo em uma artéria coronária. Causado Atividade deflagrada: potencial de ação
por placas de gordura nos vasos que reduzem normal pode deflagar despolarização anormal
o fluxo sanguíneo, interrompendo-o, gerando adicional.
isquemia cardíaca.
⇾ Achados clínicos: fraqueza, fadiga,
⇾ Fatores de risco: sedentarismo, obesidade, palpitações, sudorese fria, mal-estar geral,
tabagismo, hipertensão arterial alta, pulso fino, hipotensão arterial convergente,
hipercolesterolemia, diabetes, estresse, idade taquicardia, bradicardia, ritmo de galope na 3ª
+30 anos, sexo masculino, mulheres que usam bulha, alteração do nível de consciência,
contraceptivos orais. hipoperfusão periférica, cianose, síncope,
ingurgitamento de jugular, dispneia.
⇾ Fisiopatologia: Fissura/rotura da superfície
fibrosa da placa aterosclerótica, ativação do ⇾ Exames complementares: ECG, oximetria
sistema intrínseco da coagulação, ativação e de pulso, monitorização cardíaca, holter, teste
agregação plaquetária, formação de trombo ergométrico, estudo eletrofisiológico.
oclusivo, formação de fibrina.
⇾ Tratamento: antiarritimicos, implante de
⇾ Achados clínicos: Sudorese fria, náuseas e marca-passo, ablação por radiofrequencia,
vômitos, dispneia, síncope, bloqueio cardíaco, cardioversão (choque).
taquiarritmias;
CRISE HIPERTENSIVA
Em idosos: falta de ar, tontura, arritmia.
Elevação acentuada da pressão arterial, PAD
⇾ Exames complementares: ECG, maior ou igual a 120 mmHg. Divide-se em:
marcadores cardíacos, RX de tórax,
gasometria arterial, oximetria de pulso, ⇾ Urgência hipertensiva: Aumento nos
angiografia coronária imediata ou tardia. níveis de pressão arterial que pode ocorrer
pela primeira vez ou ser uma descompensação.
⇾ Tratamento: oxigênio, AAS, nitratos, Não apresenta sintomas, nem risco,
fármacos antiplaquetários, antianginosos, recomenda-se o uso de meciamentos para
anticoagulantes, fibrinolíticos ou angiografia regular a pressão.
ou cirurgia de revascularização miocárdica.
⇾ Emergência hipertensiva: Aumento súbito
ARRITMIAS CARDÍACAS da pressão arterial associado a lesão de algum
órgão, podendo se relacionar com IAM,
Distúrbios decorrentes de anormalidades na
encefalopatia hipertensiva, edema agudo de
geração ou condução do estímulo elétrico.
pulmão, AVC hemorrágico ou dissecção de
⇾ Fatores de risco: tabagismo, aorta.
sedentarisomo, sobrepeso, obesidade, apneia,
⇾ Pseudocrise Hipertensiva: devido
alcoolismo, distúrbios de tireoide, hipertensão,
ansiedade ou dor.
diabetes, estresse, predisposição genética.
⇾ Fatores de risco: tabagismo, sedentarismo, ⇾ Sintomas: dores no peito, dor de cabeça,
sobrepeso, obesidade, apneia, alcoolismo, tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão
distúrbios da tireoide, hipertensão, diabetes, embaçada e sangramento nasal.
estresse, predisposição genética.
⇾ Exames complementares: ECG, oximetria
⇾ Fisiopatologia: Perda da integridade do de pulso, monitoração cardíaca, holter, teste
endotélio devido pressão na parede do vaso, ergométrico, estudo eletrofisiológico.
causando aumento de substâncias
⇾ Tratamento: anti-hipertensivos,
vasoconstritoras. Resulta na coagulação,
monitoração continua, proteção do órgão-alvo.
agregação de plaquetas, hemólise
intravascular. Provoca isquemia dos órgãos- CHOQUE SISTEMICO
alvos, liberando substâncias vasoativas,
vasoconstrição. Estado de hipoperfusão celular generalizado
no qual a liberação de oxigênio em nível
celular é inadequada para atender as
necessidades metabólicas.
Redução da perfusão ⇾ Diminuição de O2 e
nutrientes = Morte Celular
Metabolismo anaeróbico = Diminuição de O2
= Produção de Ácido Lático.
ATIVIDADES EMERGÊNCIAS CARDÍACAS

1. Descreva o sistema responsável pela contratilidade cardíaca. É o sistema responsável por


conduzir o estímulo elétrico até o miocárdio.
2. Descreva a fisiopatologia do infarto e cite alguns fatores de risco. É a necrose miocárdica
decorrente da isquemia severa, ruptura de uma placa de ateroma e formação de um trombo oclusivo
que interrompe o fluxo sanguíneo. Fatores de risco: sedentarismo, obesidade, tabagismo e diabetes.
3. Descreva os achados clínicos do IAM. Pele fria, náuseas, vômitos, forte dor torácica, síncope
e dispneia.
4. Quais são os sinais e sintomas das arritmias? Fraqueza, fadiga, palpitações, sudorese fria,
pulso filiforme, ingurgitamento da jugular, ritmo de galope na 3ª bulha, alteração no nível de
consciência.
5. Diferencie Urgência Hipertensiva de Emergência Hipertensiva e Pseudo Crise Hipertensiva.
Urgência Hipertensiva: Aumento da PA pela primeira vez ou por descompensação;
Emergência Hipertensiva: Elevação da PA associada a lesão de um órgão, controle rigoroso +
medicação;
Pseudocrise Hipertensiva: falsa crise relacionada à dor ou ansiedade.
6. Qual a função dos digitálicos e seus principais cuidados de enfermagem na sua
administração? Fortalecer o músculo cardíaco. Cuidados: Observar as doses, verificar o pulso antes
de administrar a medicação, dose lenta, observar efeitos tóxicos que pode causar anorexia, náusea,
cafaleia e confusão mental.
7. Cite 5 cuidados de Enfermagem aos pacientes em emergências cardíacas. Restringir o
paciente ao leito, orientar sobre situação, controle rigoroso dos sinais vitais, balanço hídrico,
avaliação da perfusão periférica, medicar CPM.
8. Sudorese, palidez cutânea, pele fria e pegajosa, dor retroesternal e mão em garra são sinais
sugestivos de? Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
9. Bradicardia, taquicardia, síncope, 3ª bulha presente são sinais de? Arritmia cardíaca.
10. Descreva os mecanismos de ação das drogas hipotensoras. São responsáveis pela diminuição
da pressão arterial.
11. Descreva a função do Nodo Sinusal e do Nodo átrio-sinusal.
Nodo sinusal: onde inicia o impulso elétrico, marca passo cardíaco;
Nodo atrioventricular: retarda o impulso para que haja contração dos ventrículos.
12. Ao realizar a classificação de risco a um paciente que apresenta como sintomas dor
precordial, bradicardia, saturação em 85% e síncope o enfermeiro classificou este paciente como
classificação verde. Esta classificação está correta? Não, pois seria classificação vermelha. Sintomas
de arritmia ou de infarto. É uma urgência-emergência cardíaca.

ATIVIDADES CHOQUE SISTÊMICO

1. O que é choque sistêmico? É uma hipoperfusão celular generalizada na qual a liberação de O2 em


nível celular é inadequada para atender as necessidades metabólicas, ocorrendo morte celular e
produção de ácido lático.
2. Cite sinais e sintomas do Choque sistêmico. Palidez, pele fria, cianose, sudorese, taquicardia ou
bradicardia, taquipneia ou bradipneia, arritmias, rebaixamento do nível de consciência e alteração da
pressão arterial.
3. O que é choque hipovolêmico? Diminuição do volume de fluidos do corpo: perda de líquido ou
sangue em grandes quantidades.
4. Cite e explique as fases do choque hipovolêmico identificando os principais sinais.
Fase 1: choque compensatório, estado de hemostasia;
Fase 2: choque descompensado ou progressivo, atinge órgãos (disfunção renal, cardíaca, pulmonar,
neurológica e metabólica);
Fase 3: Choque irreversível, falência dos órgãos.

5. Conceitue: choque cardiogênico, choque obstrutivo, e Choque distributivo.


Choque cardiogênico: Quando o coração não consegue bombear o sangue (Infarto ou arritmia);
Choque obstrutivo: obstrução cardíaca, tamponamento cardíaco, pneumotórax;
Choque distributivo: presença inadequada de fluxo sanguíneo, falta O2, distribuindo CO2 e
matando tecidos (séptico, neurogênico e anafilático).
6. Cite sinais e sintomas do Choque neurogênico. Pele quente, seca, rosada, pressão arterial
diminuída, nível de consciência normal, enchimento capilar normal e diminuição do tônus muscular.
7. Descreva cuidados de enfermagem para a assistência do paciente em choque. Manter via aérea
permeável, oxigenioterapia, acesso venoso calibroso, controle das hemorragias, avaliação constante
dos sinais vitais e consciência, evitar a hipotermia, medicar CPM, observar as alterações quando
aplicar drogas vasoativas.

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