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(ESCS)/SES/DF
Unidade de Pediatria HRAS
Caso Clínico:Cardiopatia
congênita cianótica
QUEIXA PRINCIPAL
“Cansaço há 1 semana”
Caso Clínico
H.D.A
Criança de 3 meses, sabidamente cardiopata, começou a apresentar
dispnéia principalmente durante amamentação e choro, com 1 semana de
evolução, sem outros sintomas associados.
Mãe procurou PS do HRC onde criança ficou internada com diagnóstico de
pneumonia tratada por 7 dias com Cefepime . No 9º DIH, adquiriu uma
GECA, evoluiu para desidratação e choque séptico foi transferida para UTI.
Onde foi tratada novamente com Cefepime por 14 dias com boa evolução.
Recebeu alta da UTI no 28º DIH. Foi admitida na Ala A no dia 08/03/09
para desmame dos sedativos, melhor compensação cardíaca e ganho de
peso.
Caso Clínico
Revisão de Sistemas: NDN
Antecedentes Pessoais
Fisiológicos
Mãe realizou 3 consultas de pré-natal.
Durante a gestação mãe apresentou ITU tratada com
cefalexina. Fez uso de ACHO (Nordeste) nos 5 primeiros meses
da gestação pois usava hormônio de forma contínua e por isso
não sabia que estava grávida.
Nasceu de parto normal, prematuro de 35 sem e 2 d, 1.945g,
44 cm. Em aleitamento materno complementado (leite
hidrolizado). Vacinação completa.
Caso Clínico
Antecedentes Pessoais
Patológicos
Foi submetido a 2 transfusões sanguíneas devido a anemia causada por hemorragia
digestiva. Ficou internado no alojamento conjunto do HRC nos primeiros 52 dias de
vida para ganho de peso e investigação de um sopro cardíaco.
É cadastrado no INCOR onde fez várias consultas.
A equipe do INCOR tinha uma programação cirúrgica para a criança no 4ᵒ mês de
vida (sic).
Faz uso contínuo de furosemida
Antecedentes Familiares
Mãe, 31 anos, talassemia minor.
Pai, 49 anos, saudável.
3 irmãos paternos saudáveis.
Nega consanguinidade na família
Caso Clínico
Exame físico
SV: FC: 140 bcm FR: 61 irm T:?
Peso:2.460 g
Ectoscopia: BEG, irritado, taquidispnéico, cianótico (1 +/4+), afebril,
hidratado, ativo.
ACV: RCR 2T, BNF, sopro sitólico (3 +/6+) em BEE no 3 ͦ EI com
irradiação para todo precórdio.
AR: MV rude, creptos em LS do pulmão D, retração subcostal leve,
com O2 sob cateter nasal a 1l/m, Sat O2 96%.
Abdome: semi-globoso, RHA +, timpânico, flácido, indolor a palpação,
sem VCM.
Extremidades: Bem perfundidas, sem edema
Doença pulmonar
Cardiopatia congênita
Diferenciação
Hiperoxigenação
Sopro
RX ECG Ecocardiograma
Atresia Tricúspide (1-
2%)
Atresia da valva tricúspide de tal modo que não
existe comunicação entre o átrio e o ventrículo
direitos.
CIA +CIV+ hipoplasia VD.
CIA +PCA+ hipoplasia VD. Shunt E→D
Atresia Tricúspide
3 Variações anatômicas do septo IV
Determinam as manifestações clínicas
Atresia Tricúspide
Grande defeito septal
Hiperfluxo
Atresia Tricúspide
Pequeno defeito septal (estenose
pulmonar) – 70-90%
Sem hiperfluxo
Atresia Tricúspide
Septo íntegro (atresia pulmonar)
Sem hiperfluxo
Atresia Tricúspide
Com transposição de grandes artérias
CIV grande/ Hiperfluxo pulmonar
Atresia Tricúspide
Diagnóstico
↑ fluxo pulmonar ( CIV grande):
> sobrecarga de vol. em
cavidades E
Insuficiência cardíaca
Cianose discreta ao nascimento
Hiperfonese e desdobramento
de B2
Sopro sistólico em foco
pulmonar e BEE
Hipertensão arterial pulmonar
Atresia Tricúspide
↑ fluxo pulmonar:
RX:
↑Circulação pulmonar
Dilatação VE
Dilatação dos átrios
Atresia Tricúspide
↑ fluxo pulmonar:
ECG:
Desvio do eixo E
Sobrecarga biatrial e VE
Dilatação de VE
Ecocardio:
Sulco de tecido denso no assoalho do AD
Tamanho CIA, CIV
Desvio do eixo E.
Sobrecarga de AD e VE
Fluxo pulmonar é
complementado por
colaterais arteriais
sistêmicas quando a
circulação pulmonar for
muito restritiva
Tetralogia de Fallot
Manifestações Clínicas
Cianose generalizada
Pode não haver cianose
ao nascimento (canal
arterial aberto)
Crises anóxicas
Posição de cócoras
Dispnéia aos esforços
Dedos em baqueta de
tambor
Tetralogia de Fallot
Manifestações Clínicas
Sopro Sistólico ejetivo em
foco pulmonar
2ª. bulha é única.
(corresponde somente ao
fechamento da valva
aórtica).
Tetralogia de Fallot
RX
Área cardíaca normal ou
pouco
Sombra apical arredondada
Elevação do ápice cardíaco
Arco aórtico à direita
Vasos pulmonares pouco
desenvolvidos
Hilos poucos expressivos.
Tetralogia de Fallot
ECG
Eixo elétrico desviado para D
Sobrecarga de VD
Hipertrofia VD
Tetralogia de Fallot
Ecocardiograma
Grau de estenose pulmonar
Tamanho do CIV
Dextroposição da aorta
Tetralogia de Fallot
Tratamento
Crises de cianose
Posição cócoras
O2
Sedação (Morfina)
Combate às infecções e anemia
B –bloqueador
Defeito anatômico
Circulações sistêmica e
pulmonar em paralelo – não
se comunicam
Transposição
Completa das grandes
artérias
Associada a outras
alterações anatômicas
Forame oval pérvio
(50%)
CIV (40%)
Shunts intercirculatórios
– anastomoses
sistêmico-pulmonares
Shunts bidirecionais
Transposição
Completa das grandes
artérias
Determinantes da
intensidade do fluxo
pulmonar
Existência e tamanho
das comunicações
Grau de resistência
arteriolar pulmonar
Transposição
Completa das grandes
artérias
Manifestações Clínicas
Forame oval pérvio