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É a instabilização da placa aterosclerótica que irá envolver erosão ou ruptura e subsequente formação de um
trombo oclusivo ou suboclusivo. O desbalanço entre a oferta e a demanda de oxigênio diminui o fluxo sanguíneo
no miocárdio, causando necrose em parte o músculo cardíaco. Essa limitação de fluxo, pode ocorrer por outros
mecanismos como vasospasmo, embolia ou dissecção coronariana.
A SCA se divide em infarto agudo com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) e síndrome coronariana
aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCASSST), sendo que a SCASSST composta pelo infarto
agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST) e a angina instável (AI). o diagnóstico
diferencial entre IAMSSST e AI, depende da presença ou não de curva de marcadores de necrose miocárdica, s
• Desnivelamento do segmento ST: É uma depressão no trecho que faz a ligação do final do segmento
QRS à onda T.
IAMCSST (artéria completamente fechada) mais grave de todos
IAMSSST (artéria parcialmente ocluída) mais grave do que a angina
Angina Instável (mais grave do que a angina estável)
Quadro clínico - Dor angionosa: (1) Dor retroesternal, precordial ou epgástrica que ocorre (2) em repouso ou
aos mínimos esforços, que (3) irradia para braço esquerdo, mandíbula ou membro superior, com (4) duração
maior que 15-20 minutos e que (5) melhora com repouso ou uso de nitrato (promove a dilatação das coronárias).
Equivalente angionoso: náusea; vômito; sudorese; dor epigástrica; dispepsia (dor ou desconforto na parte
superior do abdome) e dispneia.
Pacientes clássicos que apresentam esses equivalentes: mulheres; idosos; diabéticos; doentes renais crônicos;
transplantados cardíacos (o coração transplantado é desprovido de inervação, por isso, não vai enviar informações
de dor ao Sistema Nervoso Central).
IAMSSST - Infarto Agudo do Miocárdio Sem Supradesnivelamento do Segmento ST
É a necrose miocárdica (evidenciada por marcadores cardíacos no sangue; troponina I ou T e CK estarão elevadas)
sem elevação aguda do segmento ST. Pode haver outras alterações no ECG, como infradesnível do segmento ST,
inversão da onda T ou ambas.
IAMCSST – Infarto Agudo do Miocádio Com Supradesnivelamento do Segmento ST
É a necrose isquêmica (desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio) causada pela oclusão do suprimento
arterial. com alterações do ECG constituídas por elevação do segmento ST, as quais não se revertem rapidamente
com nitroglicerina. A troponina I ou troponina T (enzima exclusiva do cardiomiócito) e CK são elevados.
Apresenta-se como uma dor torácica na região central, cuja natureza é classicamente descrita como “pesada”,
semelhante a uma sensação de pressão ou aperto. As principais causas são:
1. Aterosclerose: É a causa mais comum de IAM com supra de ST. A aterosclerose é o acúmulo gradual de
placas de gordura (ateromas) nas paredes das artérias coronárias, que podem se romper e formar um
coágulo sanguíneo que obstrui completamente a artéria.
2. Trombose coronária: A formação de um coágulo sanguíneo (trombo) dentro de uma artéria coronária é
outra causa comum de IAM com supra de ST. Esse coágulo pode ser formado em uma área de
aterosclerose pré-existente ou devido a outros fatores, como a ativação plaquetária e a coagulação
sanguínea.
3. Espasmo coronário: O espasmo das artérias coronárias pode levar a um estreitamento repentino e
temporário do vaso sanguíneo, resultando em uma redução do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco.
Esse espasmo pode causar um IAM com supra de ST, mesmo na ausência de obstrução significativa das
artérias coronárias.
4. Dissecção coronária: Uma dissecção coronária ocorre quando as camadas das paredes das artérias
coronárias se separam devido a uma lesão na parede arterial. Isso pode levar à formação de um coágulo
sanguíneo e obstrução do fluxo sanguíneo coronariano.
5. Principais diagnósticos diferenciais são: Angina instável; Dissecção de aorta; Pericardite; Embolia
pulmonar; Insuficiência cardíaca descompensada.
IAMSSST x AI
Em uma há infarto do miocárdio e na outra não. E como determina que houve infarto? Infarto = morte miocárdica
= liberação de enzima cardíaca = elevação de troponina. Se for SCA sem supra e se a troponina estiver positiva,
é IAMSSST, se não, é angina instável.
1. Paciente com clínica clássica, ECG mostrando alterações sugestivas e troponina negativa. Qual o
diagnóstico? Angina Instável. Primeiro Insight: no contexto da SCA sem supra, o definidor de infarto é a
troponina. Se ela é negativa, não há necrose muscular e não há infarto.
2. Paciente com clínica clássica, ECG sem alterações e troponina negativa. Qual o diagnóstico? IAM sem
supra de ST. Segundo insight: para definir o infarto, precisa de dois componentes da tríade: a troponina
positiva, obrigatoriamente, associada à alteração de ECG ou clínica de SCA.
3. Paciente com clínica clássica, mas ECG sem alterações e troponina negativa. E agora? Não parece ser
SCA? Mas é um homem, idoso, sedentário, com histórico de dislipidemia, DM2 e HAS sem tratamento.
o terceiro insight.
Cuidados de Enfermagem
Avaliar as características da dor no peito e sintomas associados.
Avaliar a respiração, a pressão sanguínea e frequência cardíaca em cada episódio de dor torácica.
Fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar infarto posterior.
Monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso.
Avisar o médico se a dor não diminuir.
Identificar junto ao cliente/paciente as atividades que provoquem dor.
Prover um ambiente confortável e silencioso para o cliente/família.
INSUFICIENCIA CARDIO CONGESTIVA – ICC
A Troca Valvar é um procedimento cirúrgico que envolve a substituição de uma ou mais válvulas cardíacas por
próteses artificiais. É geralmente realizada em pacientes que apresentam problemas nas válvulas cardíacas, como
estreitamento (estenose) ou vazamento (insuficiência).
Sinais e Sintomas
As válvulas cardíacas são responsáveis por garantir que o sangue flua na direção correta dentro do coração e,
quando não funcionam corretamente, podem causar uma série de problemas de saúde, como:
- Fadiga
- Falta de ar
- Dor no peito
- Inchaço nas pernas.
O aneurisma da aorta é uma dilatação progressiva que acontece em um ou mais segmentos da aorta. Essa
dilatação leva ao enfraquecimento de sua parede, uma vez distendida, torna-se cada vez mais fina, com risco
progressivo de ruptura. Por se tratar de um grande vaso, é dividida entre aorta ascendente, arco aórtico, aorta
descendente e aorta abdominal. Os aneurismas podem se formar em qualquer artéria do corpo, como as ilíacas,
femorais, poplíteas e viscerais, incluindo artérias do cérebro, porém, é mais comum se desenvolver na aorta.
Sinais e Sintomas
Quando o aneurisma é grande ou está crescendo rapidamente, o paciente pode sentir sensação de pulsação no
abdome, dor no tórax ou abdome (dependendo da localização) e dor nas costas. Portanto, quanto maior o
aneurisma maior a chance de romper. Uma vez roto há hemorragia interna. Sintomas de ruptura são:
- Dor abdominal intensa e súbita com irradiação para as costas
- Tonturas associada à pressão baixa
- Palidez
- Sudorese
- Desmaio
A trombose venosa profunda é a formação aguda/imediata de coágulos (trombos) na luz das veias profundas
(principais), causando obstrução total ou parcial ao fluxo sanguíneo, gerando um quadro de dor e edema no
membro afetado por dificuldade de passagem de sangue por este trajeto venoso. Qualquer veia do corpo pode ser
afetada: nas pernas a mais frequente é a veia femoral, no abdome, a ilíaca, nos braços a braquial e no pescoço a
jugular interna. Trombose é a forma patológica da hemostasia.
Sinais e Sintomas
- Dor e edema de membros inferiores, principalmente se unilaterais e assimétricos
- Dilatação venosa superficial
- Cianose
- Calor local
- Febre baixa
- Espasmos muscular
Diagnósticos e Riscos de Enfermagem Intervenções/Cuidados de enfermagem
Perfusão tissular periférica ineficaz relacionada - Manter membros elevados a 45 graus;
à trombose venosa profunda caracterizada - Aplicar terapia compressiva com meia elástica assim que possível
dilatação do sistema venoso superficial ou conforme prescrição médica;
- Estimular exercícios para ativação da bomba muscular da
panturrilha em parceria com o fisioterapeuta
Dor aguda relacionada ao processo infeccioso - Observar e anotar características da dor;
do sistema venoso periférico caracterizado - Administrar analgesia conforme prescrição médica;
por EVA 10 (Escala Visual Analógica que - Avaliar sinais vitais de 1 em 1 hora, registrar e comunicar
determina a intensidade da dor do paciente). alterações
Mobilidade física prejudicada relacionada - Estimular movimentação ativa e/ou passiva no leito;
restrição dos movimentos caracterizados por - Administrar analgesia regular conforme prescrição médica;
Enfraquecimento musculoesquelético e dor. - Fornecer conforto ao paciente.
Risco para hemorragia digestiva relacionado a - Observar e relatar presença de sangramentos;
sangramento por uso de Anticoagulantes. - Atentar-se para ocorrência de trombocitopenia;
- Verificar sinais vitais de 1 em 1 hora;
Hipertermia relacionada à flebite caracterizada -Orientar o paciente quanto às complicações da doença;
por aumento da temperatura - Atentar aos sinais e sintomas das doenças e condições associadas à
TVP, inspecionar a pele;
- Prover conforto e bem estar ao paciente
Risco de queda Manter as grades do leito elevadas e travadas
Utilizar coxins nas áreas vulneráveis para a distribuíção da pressão
uniforme pelo corpo
Referências:
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O que é Aneurisma da Aorta, Diagnóstico e Tratamento - Clínica Saadi. Disponível em:
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RIBEIRO, P. V.; NOGUEIRA, P. C.; POVEDA, V. de B. Diagnósticos de enfermagem ao paciente hospitalizado para
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Trombose - Uma doença perigosa e muito frequente. Disponível em: <https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas -
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em: 3 fev. 2024.
GUSMÃO, G. L. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
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