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SÍNDROME CORONARIANA AGUDA (SCA)

É a instabilização da placa aterosclerótica que irá envolver erosão ou ruptura e subsequente formação de um
trombo oclusivo ou suboclusivo. O desbalanço entre a oferta e a demanda de oxigênio diminui o fluxo sanguíneo
no miocárdio, causando necrose em parte o músculo cardíaco. Essa limitação de fluxo, pode ocorrer por outros
mecanismos como vasospasmo, embolia ou dissecção coronariana.
A SCA se divide em infarto agudo com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) e síndrome coronariana
aguda sem supradesnivelamento do segmento ST (SCASSST), sendo que a SCASSST composta pelo infarto
agudo do miocárdio sem supradesnivelamento do segmento ST (IAMSSST) e a angina instável (AI). o diagnóstico
diferencial entre IAMSSST e AI, depende da presença ou não de curva de marcadores de necrose miocárdica, s

• Desnivelamento do segmento ST: É uma depressão no trecho que faz a ligação do final do segmento
QRS à onda T.
IAMCSST (artéria completamente fechada) mais grave de todos
IAMSSST (artéria parcialmente ocluída) mais grave do que a angina
Angina Instável (mais grave do que a angina estável)
Quadro clínico - Dor angionosa: (1) Dor retroesternal, precordial ou epgástrica que ocorre (2) em repouso ou
aos mínimos esforços, que (3) irradia para braço esquerdo, mandíbula ou membro superior, com (4) duração
maior que 15-20 minutos e que (5) melhora com repouso ou uso de nitrato (promove a dilatação das coronárias).
Equivalente angionoso: náusea; vômito; sudorese; dor epigástrica; dispepsia (dor ou desconforto na parte
superior do abdome) e dispneia.
Pacientes clássicos que apresentam esses equivalentes: mulheres; idosos; diabéticos; doentes renais crônicos;
transplantados cardíacos (o coração transplantado é desprovido de inervação, por isso, não vai enviar informações
de dor ao Sistema Nervoso Central).
IAMSSST - Infarto Agudo do Miocárdio Sem Supradesnivelamento do Segmento ST
É a necrose miocárdica (evidenciada por marcadores cardíacos no sangue; troponina I ou T e CK estarão elevadas)
sem elevação aguda do segmento ST. Pode haver outras alterações no ECG, como infradesnível do segmento ST,
inversão da onda T ou ambas.
IAMCSST – Infarto Agudo do Miocádio Com Supradesnivelamento do Segmento ST
É a necrose isquêmica (desequilíbrio entre a oferta e o consumo de oxigênio) causada pela oclusão do suprimento
arterial. com alterações do ECG constituídas por elevação do segmento ST, as quais não se revertem rapidamente
com nitroglicerina. A troponina I ou troponina T (enzima exclusiva do cardiomiócito) e CK são elevados.
Apresenta-se como uma dor torácica na região central, cuja natureza é classicamente descrita como “pesada”,
semelhante a uma sensação de pressão ou aperto. As principais causas são:
1. Aterosclerose: É a causa mais comum de IAM com supra de ST. A aterosclerose é o acúmulo gradual de
placas de gordura (ateromas) nas paredes das artérias coronárias, que podem se romper e formar um
coágulo sanguíneo que obstrui completamente a artéria.
2. Trombose coronária: A formação de um coágulo sanguíneo (trombo) dentro de uma artéria coronária é
outra causa comum de IAM com supra de ST. Esse coágulo pode ser formado em uma área de
aterosclerose pré-existente ou devido a outros fatores, como a ativação plaquetária e a coagulação
sanguínea.
3. Espasmo coronário: O espasmo das artérias coronárias pode levar a um estreitamento repentino e
temporário do vaso sanguíneo, resultando em uma redução do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco.
Esse espasmo pode causar um IAM com supra de ST, mesmo na ausência de obstrução significativa das
artérias coronárias.
4. Dissecção coronária: Uma dissecção coronária ocorre quando as camadas das paredes das artérias
coronárias se separam devido a uma lesão na parede arterial. Isso pode levar à formação de um coágulo
sanguíneo e obstrução do fluxo sanguíneo coronariano.
5. Principais diagnósticos diferenciais são: Angina instável; Dissecção de aorta; Pericardite; Embolia
pulmonar; Insuficiência cardíaca descompensada.
IAMSSST x AI
Em uma há infarto do miocárdio e na outra não. E como determina que houve infarto? Infarto = morte miocárdica
= liberação de enzima cardíaca = elevação de troponina. Se for SCA sem supra e se a troponina estiver positiva,
é IAMSSST, se não, é angina instável.
1. Paciente com clínica clássica, ECG mostrando alterações sugestivas e troponina negativa. Qual o
diagnóstico? Angina Instável. Primeiro Insight: no contexto da SCA sem supra, o definidor de infarto é a
troponina. Se ela é negativa, não há necrose muscular e não há infarto.
2. Paciente com clínica clássica, ECG sem alterações e troponina negativa. Qual o diagnóstico? IAM sem
supra de ST. Segundo insight: para definir o infarto, precisa de dois componentes da tríade: a troponina
positiva, obrigatoriamente, associada à alteração de ECG ou clínica de SCA.
3. Paciente com clínica clássica, mas ECG sem alterações e troponina negativa. E agora? Não parece ser
SCA? Mas é um homem, idoso, sedentário, com histórico de dislipidemia, DM2 e HAS sem tratamento.
o terceiro insight.

Diagnósticos e Riscos de Enfermagem Intervenções/Cuidados de Enfermagem


Risco para diminuição do débito cardíaco Avaliação da dor torácica: localização, radiação, intensidade e duração;
Débito cardíaco diminuído; Verificar circulação: checar os pulsos periféricos em MMII e MMSS,
temperatura das extremidades, cor e edema;
Risco para aspiração; Monitorar o ritmo e frequência cardíaca;
Distúrbio no padrão do sono; Avaliar o estado neurológico;
Dor aguda Observar a respiração quanto o ritmo, frequência, esforço e profundidade;
Mobilidade física prejudicada; Realizar balanço hídrico a cada 12h;
Déficit no autocuidado Conferir pressão arterial antes de administrar medicações vasoativas;
Risco para infecção Não administrar anticoagulante no caso de suspeitas de dissecção da aorta
ou qualquer doença hemorrágica.
ANGINA PECTORIS

É uma dor torácica transitória ou uma sensação de pressão que ocorre


quando o miocárdio não recebe oxigênio suficiente.
Causas: Doença arterial coronariana – aterosclerose (estreitamento
da luz do vaso coronariano), arterite coronariana, espasmo arterial.
Distúrbios circulatórios - estenose aórtica, hipotensão (diminui
retorno de sangue ao coração), espasmo arterial. Distúrbios
sanguíneos: anemia, hipoxemia Sintomas: A isquemia do miocárdio
provoca ataques de dor de gravidade variável, desde a sensação de
pressão subesternal, até a dor agonizante com sensação de morte
iminente. Tem as seguintes características:
• Sensação: aperto, queimação, esmagamento, enforcamento,
“gases”, etc.
• Intensidade: geralmente, discreta ou moderada. Raramente, forte.
• Localização: retroesternal ou discretamente para a esquerda do esterno.
• Irradiação: ombro esquerdo - braço esquerdo – cotovelo- punho - dedos. Pescoço - braço direito -
mandíbula - região epigástrica - peito.
• Duração: normalmente, dura 5 minutos (em média), podendo durar 15 a 20 minutos, em caso de raiva
entrema.
• Alívio: repouso e nitroglicerina
• Outros sintomas: dispnéia, palidez, sudorese, tonturas, palpitações e distúrbios digestivos (náuseas,
vômitos).
Tratamento – Procedimentos
- Angioplastia coronária com implante de stent
- Cirurgia de Revascularização Miocárdica

Cuidados de Enfermagem
Avaliar as características da dor no peito e sintomas associados.
Avaliar a respiração, a pressão sanguínea e frequência cardíaca em cada episódio de dor torácica.
Fazer um ECG, cada vez que a dor torácica surgir, para evidenciar infarto posterior.
Monitorizar a resposta ao tratamento medicamentoso.
Avisar o médico se a dor não diminuir.
Identificar junto ao cliente/paciente as atividades que provoquem dor.
Prover um ambiente confortável e silencioso para o cliente/família.
INSUFICIENCIA CARDIO CONGESTIVA – ICC

É uma condição grave na qual a quantidade de


sangue bombeada pelo coração a cada minuto (débito
cardíaco) é insuficiente para suprir as demandas
normas de oxigênio e de nutriente do organismo.
Causas: Qualquer doença que afete o coração e
interfira na circulação pode levar à insuficiência
cardíaca: hipertensão arterial; arteriosclerose
infarto do miocárdio; miocardite; endocardite
reumática; insuficiência aórtica; hipervolemia;
anemia; deficiência alimentar prolongada e
insuficiência renal.
Insuficiência cardíaca esquerda: Ocorre uma falha
do ventrículo esquerdo (VE) que o torna incapaz de bombear todo o seu conteúdo para a rede arterial periférica.
Maior Pressão no VE > Menor fluxo de sangue do AE > Maior pressão no AE> Menor fluxo de sangue dos vasos
pulmonares > Maior pressão na circulação pulmonar = Extravasamento de líquido para dentro dos tecidos
pulmonares e alvéolos = Comprometimento das trocas gasosas
Manifestações Clínicas: Dispnéia aos esforços e ortopnéia; tosse; expectoração; edema pulmonar; cianose;
fadiga; astenia (perda ou diminuição das forças); oligúria; estertores finos nas bases pumonares; cardiomegalia,
taquicardia, pulso alternante, arritmias, baixa reserva; confusão, dificuldade de concetração, cefaléia, insônia e
ansiedade.
Insuficiência Cardíaca Direita: ocorre uma falha do ventrículo direito (VD) que não consegue ejetar o sangue
para a circulação pulmonar. Maior Pressão no VD > Menor fluxo de sangue do AD > Maior pressão no AD>
Menor fluxo de sangue dos vasos venosos que chegam ao coração (veias cavas) > Maior pressão na circulação
venosa = Congestão das vísceras e dos tecidos periféricos
Manifestações Clínicas: Ingurgitamento jugular (paredes dilatam ou distendem); Hepatomegalia congestiva
(fígado maior que o normal); Edema de MMII; Ganho de peso; Ascite (acúmulo de líquido ascítico dentro do
abdômen); Anorexia; Náuseas; Fraqueza
Diagnósticos de Enfermagem Intervenções/Cuidados de Enfermagem
Dispneia Realizar ausculta pulmonar e monitorar ritmo e frequencia cardíaca
Troca de gases prejudicada Avaliar sinais de desconforto respiratório como estertores em base, tosse,
expectoração espumosa e rósea, intolerância a atividades e dessaturação
Edema de membros inferiores Elevar decúbito a 45º - posição de Fowler para facilitar a respiração
Fadiga Verificar sinais de descompensação cardíaca
Função cardíaca prejudicada Avaliar estado hemodinâmico por meio de sinais e sintomas como hipotensão,
taquicardia, redução do débito urinário para menos que 30ml/h, sudoreses fria e
pegajosa
Débito cardíaco prejudicado Administrar oxigenioterapia
Dor Auxiliar paciente no autocuidado
Risco para infecção Verificar presença de sinais flogísticos e avaliar a distensão venosa jugular, edema
periférico;
Risco para queda Incentivar o paciente a manter repouso no leito
Mobilidade física prejudicada Realizar balanço hídrico, monitorar a ingesta e a excreta a cada 2 horas; monitorizar
a resposta ao tratamento diurético;
Manter grades elevadas e leitos travados
Promover ambiente calmo e tranquilo;
ARRITMIAS CARDÍACA

Ocorrem devido a alterações no distúrbio da formação


do impulso, da condução do impulso ou a combinação
de ambos. O coração possui um sistema elétrico
intrínseco que coordena as contrações das câmaras
cardíacas. O nódulo sinusal é o marcapasso natural do
coração, emitindo impulsos elétricos regulares que
iniciam as contrações. Quando esse nódulo não
funciona corretamente, outros pontos do coração
podem assumir o papel de marcapasso, resultando em
ritmos anormais, ou seja, Arritmias cardíacas são
sequências de batimentos cardíacos irregulares,
muito rápidos ou muito lentos, ou que percorrem o
coração por vias anormais de condução elétrica.
Caracterização das Arritmias

• Bloqueio átrio-ventricular: confusão mental, queixa de náusea e vômito, palidez e possibilidade de


desidratação, bradicardia, distúrbio eletrolítico
• Fibrilação ventricular (FV): Forte precordialgia irradiando para membro esquerdo, palidez e sudorese
fria, evolui com inconsciência, irresponsividade e necessidade de suporte ventilatório, bradipnéia seguida
de apnéia, pulso carotídeo impalpável, importante distúrbio eletrolítico. Causa comum: isquemia.
• Extra-sistolia ventricular (ESV): queixa de palpitações recorrente, taquicardia, leve hipotensão
associada, sem apresentação de tontura, dispnéia, confusão mental ou precordialgia.
• Taquicardia ventricular: produto da ocorrência de 3 ou mais ESV, >100 batimentos por minuto,
palpitações, fraqueza, tontura/vertigem, pressão/dor torácica, sensação de "batedeira" no tórax, pode
evoluir para desmaios e preceder a FV e morte súbita
• Fibrilação atrial (de 1ª detecção, paroxística e permanente): Dispnéia progressiva passando de grande
para pequenos esforços como limpar a casa, palpitações, dor e tremor torácico, capacidade física reduzida,
fraqueza, fadiga generalizada, tontura, suor, pulsos irregulares e amplitude variada, síncope, pode
apresentar edema em membros infeiores. Valvopatia mitral e hipertrofia atrial são algumas causas
• Flutter atrial: ritmo atrial regular de 250 à 350 batimentos por minuto. palpitações e, às vezes, fraqueza,
sensação de tremor no peito, queixa de "sentir pressão no peito", intolerância a esforço, dispneia e pré-
síncope
Diagnósticos e Riscos de Enfermagem Intervenções/Cuidados de Enfermagem
Ansiedade Manter paciente em repouso, calmo e informado sobre a terapêutica
farmacológica utilizada, bem como seus efeitos;
Déficit no autocuidado Auxílio na higiene oral e corporal, bem como hidratação corporal
Confusão Aguda Avaliar nível de consciência, monitorar saturação de oxigênio e avaliar
parâmetros gasométricos
Dor aguda Administrar medicamentos analgésicos conforme prescrição médica e
observar reações adversas; avaliar nível de dor conforme escala;
Risco de débito cardíaco diminuído Observar nível de consciência e alterações como: hipotensão, sonolência,
hipertermia, taquicardia, bradicardia e presença de arritmias ventriculares.
Risco de perfusão tissular cardíaca Observar sudorese, avaliar tempo de enchimento capilar e aquecer
diminuída extremidades, evitando calafrios.
Risco de queda Manter grades elevadas ou oportunizar presença do acompanhante,
principalmente em idosos; incentivar paciente manter repouso no leito
Deambulação prejudicada / intolerência à
atividade
Risco de pressão arterial instável
CRVM

A Cirurgia de Revascularização do Miocárdio


(CRVM), também conhecida como bypass
coronário ou ponte de safena, é um procedimento
cirúrgico que tem como principal objetivo restaurar
o fluxo sanguíneo para o miocárdio, que foi
comprometido por uma ou mais artérias coronárias
obstruídas. No procedimento de CRVM, o
cirurgião utiliza um segmento de um vaso
sanguíneo (geralmente uma veia safena do próprio
paciente ou a artéria mamária interna) para criar um
desvio (ou “bypass”) ao redor da área bloqueada.
Este enxerto atua como uma ponte, permitindo que
o fluxo de sangue ultrapasse a obstrução,
garantindo a irrigação adequada do miocárdio. Essa cirurgia é indicada quando outros tratamentos menos
invasivos, como medicamentos ou angioplastia coronária, não são suficientes para controlar os sintomas ou
quando o paciente apresenta doença arterial coronária multiarterial ou de alto risco.
Diagnósticos e Riscos de Enfermagem Intervenções/Cuidados de enfermagem
Risco para infecção Realizar curativo da ferida operatória com técnica asséptica
Integridade da pele prejudicada Avaliação da ferida operatória
Mobilidade Física Prejudicada Prevenção e controle de infecções
Dor aguda Avaliação da dor torácica: intensidade e duração
Troca de Gases Prejudicada Manter cabeceira acima de 35°, grades da cama elevadas e
leitos travados
Comunicação verbal prejudicada Avaliar o estado neurológico
Risco para temperatura corporal alterada Auxiliar o paciente a deambular ou solicitar apoio familiar para
tal
Desobstrução Ineficaz de vias aéreas / padrão Observar a respiração quanto ao ritmo, frequência, esforço e
respiratório ineficaz profundidade
Débito cardíaco diminuído Monitorar o ritmo e frequência cardíaca
Risco para sangramento Monitorar a ferida operatória quanto aos sinais de sangramento
Risco para perfusão tissular cardíaca diminuída Atenuação a dor (diminuir a intensidade)
Risco de perfusão renal ineficaz / volume de líquidos Mensurar o débito urinário a cada 12h
desequilibrados
Insônia e ansiedade Prestar apoio emocional e escuta terapêutica ao cliente e
familiares
MARCAPASSO CARDÍACO

O MP é inserido no átrio ou ventrículo direito pela veia jugular interna ou subclávia.

O Marcapasso Cardíaco Artificiai (MP) é um dispositivo de estimulação multiprogramável capaz de substituir


impulsos elétricos e/ou ritmos ectópicos, para se obter atividade elétrica cardíaca a mais fisiológica possível, ou
seja, libera estímulos elétricos para o músculo cardíaco quando este apresenta algum problema de condução. Tem
por funções emitir um pulso elétrico que inicie o batimento cardíaco, manter o ritmo cardíaco regular com
periodicidade compatível com a vida, detectar batimento cardíaco espontâneo e inibir a emissão do pulso elétrico.
O MP é inserido no átrio ou ventrículo direito pela veia jugular interna ou subclávia.
Principais indicações:
- Bradiarritmias
- Bloqueio atrioventriculares (AV) (segundo e terceiro grau)
- Doença do nó sinusal
- Fibrilação atrial de baixa frequência ventricular
- Síndromes neuro mediadas (ação do sistema nervoso autônomo)
- Portadores da doença de Chagas que apresentam distúrbios de condução e necessidade de estimulação
cardíaca permanente devido às lesões sofridas no tecido de condução elétrica
Diagnósticos e Riscos de Enfermagem Intervenções/Cuidados de enfermagem
Deambulação prejudicada Auxiliar o paciente a deambular ou solicitar apoio familiar para tal
Intolerância à atividade Orientar o paciente para não fazer esforço, por no mínimo 30 dias,
no lado que o MP foi implantado
Déficit no autocuidado Auxílio na higiene oral e corporal, bem como hidratação corporal
Ansiedade Prestar apoio emocional e escuta terapêutica ao cliente e familiares
Risco de volume de líquidos deficiente Orientar o paciente para não se deitar no lado que o MP foi
implantado
Risco de débito cardíaco diminuído Monitorar o ritmo e frequência cardíaca
Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída Monitorização contínua dos sinais vitais e comunicação de valores
alterados
Risco de perfusão tissular cerebral ineficaz Observação e avaliação do nível de consciência, comunicar
qualquer alteração
Risco de pressão arterial instável Orientar o paciente e acompanhante sobre a importância de manter
a carteirinha do MP sempre consigo
Risco de sangramento Atentar quanto aos sinais de sangramento
Risco de queda Manter cabeceira acima de 35°, grades da cama elevadas e leitos
travados
Risco para infecção Realizar curativo com técnica asséptica
TROCA VALVAR

A Troca Valvar é um procedimento cirúrgico que envolve a substituição de uma ou mais válvulas cardíacas por
próteses artificiais. É geralmente realizada em pacientes que apresentam problemas nas válvulas cardíacas, como
estreitamento (estenose) ou vazamento (insuficiência).
Sinais e Sintomas
As válvulas cardíacas são responsáveis por garantir que o sangue flua na direção correta dentro do coração e,
quando não funcionam corretamente, podem causar uma série de problemas de saúde, como:
- Fadiga
- Falta de ar
- Dor no peito
- Inchaço nas pernas.

Diagnósticos e Riscos de Enfermagem Intervenções/Cuidados de enfermagem


Mobilidade Física Prejudicada Auxiliar o paciente a deambular ou solicitar apoio familiar para tal
Débito Cardíaco Diminuído Monitorar o ritmo e frequência cardíaca
Comunicação Verbal Prejudicada Avaliar o estado neurológico
Risco de Integridade da Pele Prejudicada Avaliação da ferida operatória
Risco de Volume de Líquido Deficiente Mensurar débito urinário a cada 12 horas
Risco de Infecção Realizar curativo da ferida operatória com técnica asséptica
Risco de Queda Manter cabeceira acima de 35°, grades da cama elevadas e leitos
travados
Integridade Tissular Prejudicada Observar a respiração quanto ao ritmo, frequência, esforço e
profundidade
Risco para sangramento Avaliar quanto aos sinais de sangramento
Risco de glicemia instável Administrar o anticoagulante de acordo com a prescrição médica
Risco de Aspiração Atenuação a dor
ANEURISMA DE AORTA

O aneurisma da aorta é uma dilatação progressiva que acontece em um ou mais segmentos da aorta. Essa
dilatação leva ao enfraquecimento de sua parede, uma vez distendida, torna-se cada vez mais fina, com risco
progressivo de ruptura. Por se tratar de um grande vaso, é dividida entre aorta ascendente, arco aórtico, aorta
descendente e aorta abdominal. Os aneurismas podem se formar em qualquer artéria do corpo, como as ilíacas,
femorais, poplíteas e viscerais, incluindo artérias do cérebro, porém, é mais comum se desenvolver na aorta.
Sinais e Sintomas

Quando o aneurisma é grande ou está crescendo rapidamente, o paciente pode sentir sensação de pulsação no
abdome, dor no tórax ou abdome (dependendo da localização) e dor nas costas. Portanto, quanto maior o
aneurisma maior a chance de romper. Uma vez roto há hemorragia interna. Sintomas de ruptura são:
- Dor abdominal intensa e súbita com irradiação para as costas
- Tonturas associada à pressão baixa
- Palidez
- Sudorese
- Desmaio

Diagnósticos e Riscos de Enfermagem Intervenções/Cuidados de enfermagem


Déficit no autocuidado Auxiliar na higiene oral e corporal, bem como hidratação corporal
Débito cardíaco diminuído Monitorização dos sinais vitais e comunicação de valores alterados
Mobilidade física prejudicada Auxiliar o paciente a deambular ou solicitar apoio familiar para tal
Integridade tissular prejudicada Observar sudorese, avaliar tempo de enchimento capilar e aquecer
extremidades, evitando calafrios.
Ansiedade Prestar apoio emocional e escuta terapêutica ao cliente e familiares
Risco de glicemia instável Avaliar sinais de hiperglicemia e hipoglicemia
Risco de Constipação Avaliar presença de dor
Risco de débito cardíaco diminuído Orientar o paciente a manter repouso no leito
Risco de integridade da pele prejudicada
Risco de infecção Prevenção e controle de infecções
Risco de queda Manter cabeceira e grades da cama elevas e leitos travados
TROMBOSE VENOSA PROFUNDA – TVP

A trombose venosa profunda é a formação aguda/imediata de coágulos (trombos) na luz das veias profundas
(principais), causando obstrução total ou parcial ao fluxo sanguíneo, gerando um quadro de dor e edema no
membro afetado por dificuldade de passagem de sangue por este trajeto venoso. Qualquer veia do corpo pode ser
afetada: nas pernas a mais frequente é a veia femoral, no abdome, a ilíaca, nos braços a braquial e no pescoço a
jugular interna. Trombose é a forma patológica da hemostasia.
Sinais e Sintomas
- Dor e edema de membros inferiores, principalmente se unilaterais e assimétricos
- Dilatação venosa superficial
- Cianose
- Calor local
- Febre baixa
- Espasmos muscular
Diagnósticos e Riscos de Enfermagem Intervenções/Cuidados de enfermagem
Perfusão tissular periférica ineficaz relacionada - Manter membros elevados a 45 graus;
à trombose venosa profunda caracterizada - Aplicar terapia compressiva com meia elástica assim que possível
dilatação do sistema venoso superficial ou conforme prescrição médica;
- Estimular exercícios para ativação da bomba muscular da
panturrilha em parceria com o fisioterapeuta
Dor aguda relacionada ao processo infeccioso - Observar e anotar características da dor;
do sistema venoso periférico caracterizado - Administrar analgesia conforme prescrição médica;
por EVA 10 (Escala Visual Analógica que - Avaliar sinais vitais de 1 em 1 hora, registrar e comunicar
determina a intensidade da dor do paciente). alterações
Mobilidade física prejudicada relacionada - Estimular movimentação ativa e/ou passiva no leito;
restrição dos movimentos caracterizados por - Administrar analgesia regular conforme prescrição médica;
Enfraquecimento musculoesquelético e dor. - Fornecer conforto ao paciente.
Risco para hemorragia digestiva relacionado a - Observar e relatar presença de sangramentos;
sangramento por uso de Anticoagulantes. - Atentar-se para ocorrência de trombocitopenia;
- Verificar sinais vitais de 1 em 1 hora;
Hipertermia relacionada à flebite caracterizada -Orientar o paciente quanto às complicações da doença;
por aumento da temperatura - Atentar aos sinais e sintomas das doenças e condições associadas à
TVP, inspecionar a pele;
- Prover conforto e bem estar ao paciente
Risco de queda Manter as grades do leito elevadas e travadas
Utilizar coxins nas áreas vulneráveis para a distribuíção da pressão
uniforme pelo corpo
Referências:
RAMOS SOUZA, P. V. et al. ANGINA INSTÁVEL E INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO SEM
SUPRADESNIVELAMENTO DE ST: TRATAMENTO E PROGNÓSTICO. Revista da SOCESP, v. 28, n. 4, p. 403–
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Disponível em: <https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/agudo -do-
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SILVA, T. L. S. DA et al. Diagnósticos e intervenções de enfermagem para pacientes com insuficiência cardíaca
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Acesso em: 3 fev. 2024b.
PAEZ, R. P. Troca Valvar: Cirurgia de Substituição da Válvula Cardíaca. Disponível em:
<https://www.rodrigopaez.com.br/publicacoes/troca-valvar-cirurgia-de-substituicao-da-valvula-cardiaca/>. Acesso em: 3
fev. 2024.
O que é Aneurisma da Aorta, Diagnóstico e Tratamento - Clínica Saadi. Disponível em:
<https://clinicasaadi.com.br/aneurisma-da-aorta/>. Acesso em: 3 fev. 2024.
RIBEIRO, P. V.; NOGUEIRA, P. C.; POVEDA, V. de B. Diagnósticos de enfermagem ao paciente hospitalizado para
correção de aneurisma de aorta. Revista de Enfermagem da UFSM, [S. l.], v. 7, n. 2, p. 222 –235, 2017. DOI:
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Trombose - Uma doença perigosa e muito frequente. Disponível em: <https://www.tjdft.jus.br/informacoes/programas -
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em: 3 fev. 2024.
GUSMÃO, G. L. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO TRATAMENTO DA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
EM PACIENTES CRÍTICOS. Disponível em:
<https://ojs3.perspectivasonline.com.br/biologicas_e_saude/article/download/533/494/>. Acesso em: 3 fev. 2024.

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