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Dermatologia para o interno: o que é preciso saber?

Dermatologia para o
interno: o que é preciso
saber?
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ÍNDICE

Introdução 4

Tipos de lesões elementares cutâneas 5

Alterações de cor = mancha ou mácula 6

Vásculo-sanguíneas 9

- POR VASODILATAÇÃO 9

- POR EXTRAVASAMENTO DE HEMÁCIAS 11

Pigmentares 14

Elevações edematosas 20

Formações sólidas 22

Coleções líquidas 28

Alterações de espessura 32

Perdas e reparações teciduais 37

Outros termos utilizados em dermatologia 42

Termos Designativos 43

- Formas, contornos e dimensões: 44

Distribuição e número 44

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Conclusão 45

Bibliografia 46

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Introdução

Olá! Tudo bem? Esperamos que você não faça cara feia pra esta apostila
de um tema tão lindo e que faz parte do dia a dia de TODO MÉDICO! Não
fazemos milagres, mas podemos te prometer uma coisa: dermato não é
um bicho de sete cabeças!
 
E sim, lesões de pele irão te perseguir ao longo da vida! E você tem duas
possibilidades: viver fugindo das perebas ou aprender sobre elas e se
destacar! Acreditamos que esta última possibilidade é MUITO mais
eficaz! :)
 
Então, vamos lá! Antes de mais nada, vamos deixar alguns pontos
claros:
 

1. A pele é o maior órgão do corpo humano e é SUPER importante pra


nossa existência
2. É dividida em 3 camadas principais: a EPIDERME (mais superficial),
a DERME (logo abaixo, onde estão os vasos sanguíneos) e o TECIDO
CELULAR SUBCUTÂNEO
3. Na epiderme estão as células que produzem pigmento, chamadas
de MELANÓCITOS. Todos os seres humanos têm a MESMA
QUANTIDADE de melanócitos, o que varia é a CAPACIDADE deles
de produzir pigmento!
4. Diversas doenças sistêmicas se manifestam na pele! Porém,
existem doenças que se manifestam EXCLUSIVAMENTE na pele.
Mas todas podem ser DESCRITAS a partir do que chamamos de
LESÕES ELEMENTARES!

 
Ok, mas o que são as lesões elementares? São diversos termos que
descrevem as lesões mais básicas da pele. São conceitos bem definidos!

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E isso é fundamental, pois quando compreendemos as lesões


elementares, nos tornamos capazes de descrever o que estamos
vendo. E pode ter CERTEZA: quando um Médico é capaz de
DESCREVER o que está vendo, isso FACILITA MUITO o diagnóstico do
paciente.
 
Principalmente na dermatologia, onde grande parte das doenças são
divididas em grupos, justamente com base nas lesões elementares.
Por exemplo: existe o grupo das doenças ERITEMATO ESCAMOSAS.
Bem, se você não souber o que é ERITEMA e o que é DESCAMAÇÃO (ou
escamas), não vai conseguir identificar que a PSORÍASE faz parte deste
grupo, por exemplo.
 
Por isso, o foco desta apostila será COMPREENDER quais são as lesões
elementares e como fazer uma boa descrição do exame físico
dermatológico.
 
 
 

 
 

Tipos de lesões elementares cutâneas

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Existem 6 grupos bem definidos de lesões:


 

1. Alterações de cor

2. Elevações edematosas

3. Formações sólidas

4. Coleções líquidas

5. Alterações de espessura

6. Perdas e reparações teciduais

Alterações de cor = mancha ou mácula

Vamos lá, você leu os 6 grupos? Repare que o primeiro é o de alterações


de cor. Sabe o que isso significa? Que aqui teremos apenas ALTERAÇÃO
DE COR, sem qualquer alteração de RELEVO! Consequentemente, nos
demais grupos HAVERÁ ALGUMA ALTERAÇÃO DE RELEVO!
 
Entendeu a jogada? Se você percebeu que há alguma alteração do relevo
(para mais ou para menos) você já pode dizer que não é do grupo 1. Ao
mesmo tempo, se você perceber que NÃO HÁ ALTERAÇÃO DE RELEVO,
já pode encaixar a lesão neste primeiro grupo e dizer que é uma
MANCHA OU MÁCULA. Ponto pra você.
 
Mas vamos lá… vamos aprofundar mais um pouco. Podemos refinar esta
descrição! Mas para isso, precisamos compreender o que dá cor à pele.
 
Em primeiro lugar, todos conhecem a famosa MELANINA. Ela é o
pigmento produzido pelos melanócitos e transferida pros
queratinócitos (que são as células de revestimento da pele). 

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Figura 1: Demonstração dos detalhes da epiderme, com as duas principais populações de

células: os melanócitos (estruturas acastanhadas na zona de membrana basal) e as

demais células, que são os queratinócitos. 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Então já conseguimos compreender que existem situações onde a
produção deste pigmento pode estar aumentada ou reduzida,
interferindo na coloração de uma lesão. 
 
Mas a melanina é apenas uma das coisas que dá cor à pele. Você já
deve ter visto alguém comentar que “fulano ficou corado” de vergonha.
Esse “corado” é quando as bochechas ficam vermelhas, o que acontece
por vasodilatação. Ou seja, o fluxo sanguíneo e o sangue também têm
relação com a cor da pele. Tanto o aumento do fluxo sanguíneo quanto
a redução dele. 
 

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Mas muito cuidado: além da alteração do fluxo (para mais ou para


menos) podemos também ter outras alterações associadas ao sangue!
Por exemplo, alterações por extravasamento de hemácias.
 
 

 
 
Aqui no exemplo usamos uma lâmina de vidro, mas no dia a dia é
possível fazer a mesma técnica usando a compressão com o dedo! Se o
vermelho desaparecer após a compressão, é porque se tratava apenas
de vasodilatação. Se não desaparecer, é porque a alteração é pelo
extravasamento de hemácias.
 
Com base nesta divisão simples, conseguimos dividir as alterações de
coloração em PIGMENTARES (quando há alteração de pigmento - com
aumento ou redução) e VÁSCULO-SANGUÍNEAS (quando há relação
com alteração do sangue).
 
E agora a coisa fica ainda mais bonita!

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Vásculo-sanguíneas

POR VASODILATAÇÃO

Vamos começar com a definição de ERITEMA: significa simplesmente


que a pele está vermelha PORQUE o fluxo sanguíneo está aumentado
na região. Você certamente já viu uma lesão ERITEMATOSA (mas talvez
não sabia descrever assim): sabe aquele vermelhão pós praia quando
você "esqueceu" de passar protetor solar? Inclusive que alguém chegava
nas suas costas e dava um tapa só pra deixar a marca (ficava "branco"
porque estava comprimindo os vasos no local)?. Esse é um exemplo de
eritema!
 
Claro que podemos detalhar um pouco mais: os eritemas podem ser
localizados ou generalizados. Os localizados podem nos auxiliar
bastante no diagnóstico se estivermos atentos à sua localização.  Por
exemplo: se o eritema acontece apenas em áreas FOTOEXPOSTAS e não
for uma queimadura solar, sabemos que pode estar relacionado a uma
doença com FOTOSSENSIBILIDADE, como é o caso do lúpus
eritematoso sistêmico. 
 
Bem, e se o eritema for generalizado? Outro nome para este tipo de
alteração é RASH (você vai ouvir muito na pediatria!). E aqui entramos
em um outro ponto bem importante, que é analisar o padrão das lesões.
Isso porque existem dois principais grupos de eritema generalizado, que
é o MORBILIFORME (RUBEOLIFORME) e o ESCARLATINIFORME.
 
 

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Figura 3: Exantema morbiliforme, com áreas de pele sã. 

Fonte: Shutterstock.

 
 

Figura 4: Exantema escarlatiniforme, sem áreas de pele sã. 

Fonte: Shutterstock.

 
 

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E a diferença entre eles é simples: no MORBILIFORME, existem áreas de


pele sã entre as áreas de pele acometidas. Já no ESCARLATINIFORME
TODA a pele está acometida, sem áreas de pele sã!
 
E eles são clássicos das duas doenças que estão nos seus nomes: rubéola
e escarlatina. Mas muito cuidado, que NÃO SÃO ESPECÍFICOS. Várias
doenças podem dar os dois tipos de eritema generalizado, inclusive o
COVID-19 e as erupções pós-vacina.
 
 

 
Acima descrevemos mais alguns tipos de alterações de coloração por
alteração do fluxo sanguíneo (tanto pra mais quanto pra menos).

POR EXTRAVASAMENTO DE HEMÁCIAS

Bem, descrevemos aquelas lesões vermelhas que DESAPARECEM após a


compressão. Mas e se não desaparecer? Então, aqui estamos diante de
uma alteração que não é por fluxo, mas por extravasamento das
hemácias.
 
E qual é o nome desta alteração? Depende do tamanho! Se forem
pequenas, chamamos de PETÉQUIAS (< 1 cm). Se fossem lesões maiores
(> 1 cm), o nome seria EQUIMOSE. E se formasse um tumor de sangue?
Chamaríamos de HEMATOMA (assunto este que será discutido mais
adiante).

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Figura 5: Petéquias.

Fonte: Shutterstock.

 
 

Figura 6: Equimose. 

Fonte: Shutterstock.

 
 

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Figura 7: Hematoma. 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Então repare que petéquias e equimoses são alterações de
COLORAÇÃO, sem alteração de RELEVO, sendo que a diferença entre
elas é apenas a EXTENSÃO da lesão na superfície cutânea.
 
E plaquetopenia é uma das principais causas de petéquias.
 
 

 
Até aqui já resolvemos a maior parte das lesões vermelhas da pele! Agora
vamos pras pigmentares!

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Pigmentares

Bem, como conversamos lá no início, podemos ter alterações por


AUMENTO do pigmento ou por REDUÇÃO deste. Isso nos permite dividir
as lesões em LEUCODERMIAS (que são as lesões BRANCAS ou CLARAS,
por ausência ou redução do pigmento) e as HIPERCROMIAS (que são as
lesões mais ESCURAS, por aumento de pigmentação).
 
Quando falamos das LEUCODERMIAS, precisamos entender que ela
pode ser de dois tipos (conforme a intensidade da perda do pigmento).
 
Chamamos de HIPOCROMIA, quando há REDUÇÃO DO PIGMENTO,
mas não ausência. Várias doenças causam isso, como a PITIRÍASE ALBA!
Esta é uma alteração que acontece principalmente em pacientes com
dermatite atópica, onde a pele já tem uma disfunção de barreira e os
melanócitos ficam meio “bobos”, com dificuldade de produzir
pigmento de maneira adequada. 
 
Nestes pacientes, surgem manchas claras, hipocrômicas , que
geralmente melhoram quando o paciente hidrata a pele de maneira
adequada (melhorando a barreira cutânea e o funcionamento dos
melanócitos).
 
 

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Figura 8: Hipocromia, em paciente com dermatite alba. 

Fonte: https://www.dermatologyadvisor.com/home/decision-support-in-medicine/

dermatology/pityriasis-alba/ (acesso em 06 de novembro de 2021).

 
 
Mas também podemos nos deparar com um caso onde há ACRÔMIA, ou
seja, ausência total de pigmento! Isso acontece em doenças como o
VITILIGO!
 
 

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Figura 9: Vitiligo, com lesões acrômicas no dorso das mãos. 

Fonte: Shutterstock.

 
 
E em relação às HIPERCROMIAS? Bem, temos diversas lesões que
cursam com esta alteração. Um dos principais exemplos são os NEVOS
("pintas").
 
 

Figura 10: Nevos, representados por máculas hipercrômicas. 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Outro exemplo é o melasma, que são aquelas manchas escuras
geralmente na face, mais comuns em mulheres após a gestação.
 
 

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Figura 11: Melasma. 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Mas existem situações em que o aumento da pigmentação pode ser
GENERALIZADO, como no caso da doença de Addison. Nesta doença,
há insuficiência adrenal, que leva a hipófise a produzir hormônios que
estimulam a produção de melanina pelos melanócitos (cursando com
pigmentação cutânea difusa). Claro que aqui também há toda a
sintomatologia sistêmica associada, como perda de peso, astenia e
hipotensão. Mas a alteração cutânea é um dos sinais que podem
auxiliar o Médico no diagnóstico:
 
 

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Figura 12: Comparação da mão de paciente com doença de Addison com uma mão de

pessoa sem a doença, demonstrando a hiperpigmentação. 

Fonte: https://www.medicinenet.com/image-collection/addisons_disease_picture/

picture.htm (acesso em 06 de novembro de 2021).

 
 
E não menos importante, existem outros pigmentos no nosso
organismo que podem causar coloração na pele.
 
Vocês lembram de falamos da melanina e da vascularização no início
do capítulo? Pois é, elas são as PRINCIPAIS responsáveis pela cor, mas
não as únicas. Você já deve ter avaliado um paciente ICTÉRICO. Nada
mais é do que uma hipercromia por deposição de bilirrubina na pele. O
consumo excessivo de caroteno também pode deixar a pele amarelada, o
que chamamos de CAROTENODERMIA:
 
 

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Figura 13: Icterícia. 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Todos os exemplos acima foram de HIPERCROMIAS ENDÓGENAS, ou
seja, lesões com aumento de pigmentação por substâncias do próprio
organismo. Mas saiba que podemos ter manchas por pigmentos
EXÓGENOS, como é o caso das TATUAGENS.
 
 

Figura 14: Tatuagem.

Fonte: Shutterstock.

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Elevações edematosas

Agora vamos entrar nas alterações que têm ALTERAÇÃO DO RELEVO. E


o que vai variar entre os grupos é o MOTIVO deste relevo! Neste primeiro
grupo temos o EDEMA como protagonista. Mas é um edema transitório,
de modo que as lesões também são transitórias.
 
Isso é importante porque estas lesões costumam ser efêmeras, ou seja, o
paciente não vai te contar que está com aquela lesão elevada há 1 mês
no mesmo local. O quadro como um todo pode ser mais arrastado, mas
não é a mesma lesão que está ali de maneira contínua.
 
Vamos começar falando das famosas “urticas” , as alterações
edematosas (elevadas pelo edema naquele local) e muito pruriginosas.
Observe a imagem abaixo: 
 
 

Figura 15: Urticas, em um quadro de urticária aguda. 

Fonte: Shutterstock.

 
 

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Perceba que é uma lesão "inchada". Até a abertura dos folículos pilosos
fica mais evidente! São as lesões clássicas da URTICÁRIA. Mas há um
ponto importante: aqui estamos falando de um edema mais
SUPERFICIAL. 
 
Mas existem casos em que este edema é mais PROFUNDO, se
apresentando principalmente em lábios e pálpebras, chamado de
ANGIOEDEMA (ou edema angioneurótico). 
 
 

Figura 16: Angioedema na pálpebra superior esquerda. 

Fonte: Shutterstock.

 
Aqui, além da lesão não ser tão bem delimitada quanto na urticária, a
queixa do paciente geralmente é diferente, Não há prurido, mas
desconforto e dor.
 
 

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Formações sólidas

Vamos pro nosso terceiro grupo de lesões elementares! E aqui


precisamos de uma atenção especial, porque são alterações muito
comuns.
 
Continuaremos falando de alterações de pele que cursam com alteração
do relevo. Mas aqui, essa alteração NÃO É EFÊMERA (aqui não é edema).
Há relevo, mas o paciente não vai te contar que vem e vai. Pelo
contrário, na maioria dos casos a lesão vai crescendo.
 
Quando temos uma lesão elevada, com menos de 1 cm de diâmetro,
chamamos de PÁPULA:
 
 

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Figura 17: Lesões vermelhas e elevadas, com menos de 1cm de diâmetro, em paciente

com acne.

Fonte: Shutterstock.

 
 
Agora, se a lesão tiver mais do que 1 cm, chamamos de PLACA:
 
 

Figura 18: Placa eritemato escamosa em cotovelo. Paciente com diagnóstico de psoríase. 

Fonte: Shutterstock.

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Outra possibilidade é a lesão ter alteração do relevo, mas ser MAIS
PALPÁVEL do que VISÍVEL. Geralmente estas lesões têm entre 1-3 cm de
diâmetro e recebem o nome de NÓDULO:
 
 

Figura 19: Nódulo, uma lesão mais palpável do que visível, em tórax posterior. 

Fonte: Shutterstock.

 
 

Figura 20: Resultado da exérese da lesão do tronco posterior da paciente, compatível

com LIPOMA.

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Fonte: https://www.mdsaude.com/dermatologia/lipoma/ (acesso em 07 de novembro de

2021).

 
 
E se esta alteração de relevo tiver mais do que 3 cm? Nestes casos, o
termo adequado é TUMOR:
 
 

Figura 21: Tumor em região de ponta nasal, compatível com o diagnóstico de carcinoma

basocelular (CBC).

Fonte: Shutterstock.

 
 
Estas alterações acima descritas são as principais! Mas vamos trazer
mais três termos, que são mais específicos, pois são conceitos um pouco
mais elaborados. E são bem importantes na descrição das lesões, pois
uma vez identificados, podem facilitar MUITO o seu diagnóstico.
 
O primeiro termo é GOMA: trata-se de um NÓDULO que libera o
conteúdo do seu interior (alguns livros descrevem como um nódulo
que se liquefaz). 

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Existem poucas doenças que fazem este tipo de lesão, sendo que a
ESPOROTRICOSE (doença muito associada à arranhadura de gatos,
principalmente no Rio de Janeiro) é o exemplo clássico!
 
 

Figura 22: Gomas seguindo trajeto linfático em paciente com esporotricose. 

Fonte: https://dermatopatologia.com/doenca/esporotricose/.

 
 
O segundo termo é VEGETAÇÃO :  é uma lesão que está realmente
crescendo pra fora da pele, com superfície irregular. Muitos comparam
este aspecto com uma “couve-flor”. Geralmente são lesões que
facilmente sangram. Um exemplo clássico são os condilomas genitais!
 
 

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Figura 23: Lesões vegetantes em região de nádega, compatível com condiloma. 

Fonte: https://www.tuasaude.com/condiloma/.

 
 
E por fim o terceiro termo: VERRUCOSIDADE. Aqui estamos diante de
uma lesão que também está crescendo pra fora da pele, mas que é
endurecida e áspera. E nosso exemplo clássico são as VERRUGAS
VULGARES:
 
 

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Figura 24: Lesão elevada e de superfície endurecida e áspera, compatível com a descrição

de verrucosidade. Diagnóstico de verruga vulgar.

Fonte: Shutterstock.

Coleções líquidas

Seguindo o mesmo raciocínio que apresentamos nas categorias


anteriores, aqui o MOTIVO pelo qual há uma alteração de relevo é o
ACÚMULO DE LÍQUIDOS! E o que vai diferenciar as lesões é o TAMANHO
da lesão e o TIPO de líquido que acumulou.
 
Vamos começar pelo acúmulo de líquido claro (citrino) . Se ela tiver
menos do que 1 cm, chamamos de VESÍCULA:
 
 

Figura 25: Diversas vesículas sobre uma base eritematosa, clássico do herpes simples.

Fonte: Shutterstock.

 
 
Agora, se for maior do que 1 cm, recebe o nome de BOLHA:

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Figura 26: Bolhas em região de ombro em paciente com pênfigo. 

Fonte: https://ucfhealth.com/our-services/dermatology/pemphigus-vulgaris/.

 
 
E se tiver uma PAREDE PRÓPRIA? Ou seja, a lesão não se resolver
sozinha, pois realmente é uma formação que tem parede própria?
Nestes casos, chamamos de CISTO:
 
 

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Figura 27: Cisto epidermóide em tórax posterior. 

Fonte: https://dermnetnz.org/topics/cutaneous-cysts-and-pseudocysts.

 
 
E se for coleção líquida de PUS? Se tiver menos de 1 cm chamamos de
PÚSTULA:
 
 

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Figura 28: Pústulas foliculares, em um quadro de foliculite. 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Mas se a coleção de pus for maior do que 1 cm, chamamos de
ABSCESSO!
 
 

Figura 29: Abscesso em região de fronte. 

Fonte: Shutterstock.

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E, como já comentamos anteriormente, quando estivermos diante de
uma COLEÇÃO DE SANGUE que cause AUMENTO DE VOLUME, o termo
correto é HEMATOMA.

Alterações de espessura

Ufa, as principais descrições que você precisava saber já foram


apresentadas! Daqui pra frente é um refinamento, com termos que são
usados na maioria das vezes pra complementar a sua descrição do
exame físico.
 
Vamos começar apresentando a QUERATOSE: que é um espessamento
da pele; duro, inelástico e geralmente amarelado. Quando você passa a
mão na lesão, percebe que ela é áspera. Um exemplo clássico é a
queratose seborreica, uma lesão que geralmente acomete pacientes de
mais idade:
 
 

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Figura 30: Lesões ceratóticas em tórax posterior, compatíveis com queratoses seborreicas.

Fonte: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/seborrheic-keratosis/symptoms-

causes/syc-20353878#dialogId10414100.

 
 
Um segundo tipo de espessamento é a LIQUENIFICAÇÃO. Este é bem
frequente no dia a dia do Médico, basta parar e prestar atenção pra
perceber!. Acontece espessamento da pele devido ao ato CRÔNICO DE
COÇAR! E a definição é: espessamento da pele com ACENTUAÇÃO DOS
SULCOS, deixando a pele afetada, com aspecto quadriculado. Observe a
imagem abaixo:
 
 

Figura 31: Lesão liquenificada em região de fronte, devido ao ato crônico de coçar,

ocasionado por dermatite de contato ao shampoo. Observe a acentuação dos sulcos da

pele. 

Fonte: https://www.dermatologyadvisor.com/home/decision-support-in-medicine/

dermatology/lichen-simplex-chronicus-neurodermatitis-prurigo/.

 
 

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Já o EDEMA é o aumento de espessura DEPRESSÍVEL, com cor própria


da pele ou rósea, por extravasamento de plasma na derme ou
hipoderme:
 
 

Figura 32: Aumento de volume da perna esquerda, às custas de extravasamento de

plasma.

Fonte: Shutterstock.

 
 
Um termo muito usado (porém muitas vezes de maneira incorreta) é a
INFILTRAÇÃO. Quando dizemos que uma lesão é infiltrada , estamos
nos referindo a uma ALTERAÇÃO da espessura e da CONSISTÊNCIA DA
PELE, devido a presença de infiltrado celular na derme. Esse infiltrado
pode ser tanto de células INFLAMATÓRIAS quanto de células
NEOPLÁSICAS. Essa descrição é muito importante nas neoplasias
cutâneas, pois lesões infiltradas têm maior chance de ser uma lesão
maligna!
 
 

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Figura 33: Lesões infiltradas e eritemato-violáceas em tórax, caso de metástase cutânea

de câncer de mama. 

Fonte: https://www.scielo.br/j/abd/a/fqzSGt8CNvzVbJsHCGBPNTs/?lang=en#ModalFigf1.

 
 
ESCLEROSE é uma alteração da espessura que também tem aumento
da consistência da pele, mas aqui a mesma se torna coriácea, rígida, de
modo que não é possível realizar o pregueamento da pele! Na
infiltração, a alteração da consistência era por infiltrado celular. Aqui na
fibrose, ocorre por fibrose do colágeno!
 
 

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Figura 34: Placa de esclerose na pele, diagnóstico de esclerodermia. 

Fonte:

https://sbr-reader.manoleeducacao.com.br/epub_2ed/9786555763379.epub_FILES/OEBPS/

Text/chapter032.xhtml

 
 
E por fim temos a ATROFIA, que é a redução da espessura da pele. Aqui
ela fica bem fina, de modo que seu pregueamento fica mais fácil. O
motivo é a redução dos constituintes teciduais, por diferentes motivos,
de modo que a pele fica realmente mais fina:
 
 

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Figura 35: Atrofia dermo-epidérmica, com visualização dos vasos da derme devido a

redução dos tecidos acima dos mesmos. Quadro compatível com necrobiose lipoídica.

Fonte: Shutterstock.

Perdas e reparações teciduais

E pra fechar com chave de ouro a nossa apostila, vamos falar do sexto e
último grupo de lesões elementares: as perdas e reparações teciduais. 
 
O primeiro conceito que você precisa entender é: ESCAMAS são massas
furfuráceas ou foliáceas que se desprendem da superfície cutânea.
Isso mesmo! É a parte mais superficial da pele se soltando! 
 
Por isso usamos o termo "escamoso" ou "descamativo”, nos referindo a
este aspecto de ”ele se soltando". Ou seja, aqui o que nos chama a
atenção é o processo de "saída" da pele , não a alteração que ficou
embaixo:
 
 

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Figura 36: Escamas em couro cabeludo, compatível com dermatite seborreica ("caspa"). 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Agora, se além de restos da epiderme houver também outros materiais,
como serosidade, pus ou sangue, chamamos de CROSTA. Geralmente
este acúmulo de vários tipos de materiais formam massas amareladas,
esverdeadas ou vermelho-escuras (conforme o tipo de material que
predominar). Mas não é "sequinho" como as escamas:
 
 

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Figura 37: Crosta melicérica (semelhante a mel), característica de impetigo (infecção

bacteriana da pele). 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Acima falamos das "perdas" da pele, ou seja, quando a alteração que
nos chama a atenção é o que está saindo! Mas os próximos 5 termos
que iremos abordar são relativos à REPARAÇÃO da pele (ou seja, o que
fica embaixo após a perda).
 
Se a perda for superficial (apenas da epiderme), chamamos de
EROSÃO (OU EXULCERAÇÃO) a alteração que ficou abaixo. E se esta
perda superficial for por trauma, recebe o nome de ESCORIAÇÃO:
 
 

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Figura 38: Escoriação em joelho, após queda (trauma). 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Por fim, se a perda for profunda (epiderme, derme ou até mesmo
chegar ao subcutâneo ou outros tecidos mais profundos), chamamos
de ULCERAÇÃO (são as famosas úlceras):
 
 

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Figura 39: Úlceras em região de trauma da pele. 

Fonte: Shutterstock.

 
 
Se esta úlcera for linear, chamamos de FISSURA (que geralmente
ocorre ao redor de orificios naturais do corpo, como a regiao anal ou em
locais de pregas e dobras.
 
E a ESCARA? Você irá escutar muito este termo, principalmente nas
enfermarias, onde os pacientes ficam por longos períodos internados.
Este termo se refere à alteração que acontece na pele devido à necrose
tecidual. 
 
Inicialmente a pele fica com uma coloração lívida, que evoluiu com
escurecimento (percebemos que a lesão fica enegrecida). Por fim, este
material necrótico é eliminado, ficando uma úlcera abaixo:
 
 

Figura 40: Escara em região sacral de paciente após longo período de internação. 

Fonte: http://www.rbcp.org.br/details/861/pt-BR/tratamento-cirurgico-de-ulceras-por-

pressao--experiencia-de-dois-anos.

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E nosso último termo é a CICATRIZ. Este é fácil! É uma lesão resultante
do processo de cicatrização da pele! Ela geralmente é atrófica (ou seja,
com perda de tecido e ficando mais baixa em relação ao tecido sadio
adjacente!). Mas pode ser elevada também, quando chamamos de
cicatriz HIPERTRÓFICA ou QUELÓIDE (a diferença entre elas será vista
na parte de cirurgia):
 
 

Figura 41: Cicatriz atrófica na região anterior da perna, após cirurgia ortopédica. 

Fonte: Shutterstock.

Outros termos utilizados em


dermatologia

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Agora, vamos apenas falar sobre mais alguns termos frequentemente


usados, que deixam a sua descrição mais elaborada! 
 

1. Afta: pequena ulceração em mucosa

2. Alopecia: ausência de pelos em áreas pilosas

3. Calo ou calosidade: hiperqueratose em cunha que se introduz,


causando dor. Ocorre em virtude de irritação ou pressão mecânica
nos pés

4. Comedo: acúmulo de corneócitos no infundíbulo folicular (cravo


branco) ou de queratina e sebo em um folículo piloso dilatado
(cravo preto)

5. Corno: excrescência cutânea circunscrita e elevada, formada por


queratina

6. Fístula: canal com pertuito na pele, que drena foco de supuração


ou necrose

7. Milium (mília): pequeno cisto de queratina, branco-amarelado,


superficial na pele

8. Sero-pápula: formada por uma vesícula no centro de uma pequena


urticária. É a lesão característica do estrófulo (picada de insetos)

Termos Designativos

São termos usados para descrever a FORMA como as lesões elementares


se apresentam:

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Formas, contornos e dimensões:

1. Anular (em anel)

2. Arcada (em arco)

3. Circinada (em círculo)

4. Corimbosa (em corimbo, lesão central e outros satélites)

5. Discoide (em forma de disco)

Figura 42: Formas. 

Fonte: Medway

Distribuição e número

Usamos os termos abaixo para descrever como as lesões elementares se


distribuem no tegumento!
 

1. Localizada: erupção em uma ou algumas regiões

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2. Disseminada: erupção com lesões individuais em várias regiões


cutâneas

3. Generalizada: erupção difusa e uniforme, atingindo várias regiões


cutâneas

4. Universal: comprometimento total da pele, incluindo o couro


cabeludo

Figura 43: Distribuição.

Fonte: Medway

Conclusão

Aqui finalizamos a nossa apostila de dermatologia! Sabemos que são


muitos termos novos, muita coisa diferente que (infelizmente) muitos
não têm contato durante a faculdade! Mas conhecer as lesões
elementares e saber descrever uma lesão é muito importante na
formação médica, pois doenças de pele são muito comuns e irão
aparecer na sua vida, seja em um plantão tumultuado de emergência ou
em uma avaliação de rotina ambulatorial.
 
Sucesso queridos! E até a próxima!

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Bibliografia

1. Azulay RD, Azulay DR. Dermatologia. 7ª. edição. Rio de Janeiro:


Ed. Guanabara Koogan; 2017. – Belda Junior W, Di Chiacchio N,
Criado PR. Tratado de Dermatologia. 3ª. edição. São Paulo: Ed.
Atheneu; 2018.
2. RiIviti EA. Dermatologia. 4a edição . São Paulo: Artes médicas.
2018.
3. Belda Junior W, Chiacchio N di, Criado PR. Tratado de
dermatologia. 2010.

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