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Câncer Cervicouterino

O colo do útero é a parte do útero localizada no final da vagina. Por localizar-se


entre os órgãos externos e internos, fica mais exposto ao risco de contrais
doenças.

Câncer cervical é um tipo de tumor que demora muitos anos para se


desenvolver, essa anomalia no útero é causado pelo agente etiológico:
papilomavírus humano (HPV) é uma doença que costuma progredir de forma
lenta, podendo levar mais de 10 anos para se desenvolver, segundo o Instituto
Nacional de Câncer (INCA), o câncer de colo de útero é o segundo tumor mais
frequente entre as mulheres, perdendo apenas para o câncer de mama, o
Câncer de Colo de Útero, não tratado, pode evoluir para uma doença mais
severa, o Carcinoma invasivo do colo uterino (tumor maligno).

Lesões pré-cancerosas causadas por vírus do câncer do colo do útero são


chamadas de neoplasia intraepitelial cervical (NIC).

Estes são divididos em 3 graus: I, II e III.

NIC I representa uma lesão benigna que geralmente não requer tratamento,
pois se resolve espontaneamente na maioria dos casos.

NIC II considerada benigno, porém moderadamente grave, o tratamento é


necessário, seja por destruição (cauterização ou vaporização) ou remoção.

NIC III precursor do câncer e sempre requer ressecção. A taxa de cura é alta e
o risco de recorrência é baixo.

Causas e Fatores de Risco


Para entender a origem do câncer precisamos buscar o conhecimento sobre
fatores de risco, que estão associados ao comportamento sexual, hábitos de
vida e algumas doenças.

Início sexual precoce

Multiplicidade de parceiros sexuais

Fumo

Imunossupressão (HIV, hepatites, diabetes, uso de corticóides, transplantadas


de órgãos.)

Desnutrição
Uso de contraceptivos hormonais

Baixo nível de imunidade

Más condições de higiene;

Histórico familiar.

A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição


do risco de contágio pelo papilomavírus humano (HPV).

* Preservativo

* Vacinação contra o HPV

* Exame Papanicolau

Sinais e sintomas
O câncer cervical é um tumor que apresenta uma história longa desde suas
lesões iniciais até atingir o câncer, sendo esse tipo de câncer identificado
apenas durante o exame preventivo ou quando o câncer já está em estágio
mais avançado, já que nessa fase podem haver sintomas, tais como:

Sangramento vaginal sem causa.

Corrimento vaginal alterado

Dor abdominal pélvica constante

Sensação de pressão ao fundo abdominal

Perda de peso

Cansaço excessivo

Dor

Inchaço nas pernas

Perdas involuntárias de urina ou de fezes

Diagnóstico
As lesões que precedem o câncer do colo do útero não têm sintomas e quando
diagnosticado precocemente, principalmente nas lesões iniciais ou pré-
cancerosas (intraepiteliais), pode ser curado em 100% dos casos.
O diagnóstico do câncer de colo de útero deve ser feito pelo ginecologista
através da realização de exame pélvico e avaliação da história clínica durante a
avaliação realizada, podem ocorrer toque vaginal e análise da vagina e do colo
do útero.

O câncer é facilmente diagnosticado e evitado através da realização de


exames preventivo: colposcopia e o papanicolau.

Papanicolau: Caso seja verificado durante o exame de papanicolau a presença


de células anormais, pode ser solicitada a realização de uma biópsia, em que é
feita a coleta de uma pequena amostra do tecido do colo do útero para ser
analisada em laboratório.

coloscopia: Nesse procedimento o médico visualiza o colo do útero com a


ajuda de um colposcópio, um instrumento com lentes de aumento, que permite
a observação da superfície do colo do útero de perto e claramente.

O diagnóstico definitivo, porém, depende do resultado da biópsia. Nos casos


em que há sinais de malignidade, além de identificar o tipo do vírus infectante,
é preciso definir o tamanho do tumor e se está situado somente no colo uterino
ou se já invadiu outros órgãos e tecidos (metástases). O médico normalmente
classifica o câncer de colo de acordo com o seu estágio de desenvolvimento,
sendo o estágio indicado no laudo médico:

Tx: Tumor primário não identificado;

T0: Sem evidência do tumor primário;

Tis ou 0: Carcinoma in situ.

Estágio 1:

T1 ou I: Carcinoma cervical somente no útero;

T1 a ou IA: Carcinoma invasor, diagnosticado somente pela microscopia;

T1 a1 ou IA1: Invasão de até 3 mm de profundidade ou até 7 mm na horizontal;

T1 a2 ou IA2: Invasão 3 e 5 mm de profundidade ou até 7 mm na horizontal;

T1b ou IB: Lesão clinicamente visível, somente no colo do útero, ou lesão


microscópica maior que T1a2 ou IA2;

T1b1 ou IB1: Lesão clinicamente visível com 4 cm ou menos em sua maior


dimensão;

T1b2 IB2: Lesão clinicamente visível com mais de 4 cm em sua maior


dimensão.

Estágio 2:
T2 ou II: Tumor encontrado dentro e fora do útero, mas não atinge a parede
pélvica ou o terço inferior da vagina;

T2a ou IIA: Sem invasão do paramétrico;

T2b ou IIB: Com invasão do paramétrico.

Estágio 3:

T3 ou III: Tumor que se estende à parede pélvica, compromete a parte inferior


da vagina, ou causa alteração nos rins;

T3a ou IIIA: Tumor que compromete o terço inferior da vagina, sem extensão à


parede pélvica;

T3b ou IIIB: Tumor que se estende à parede pélvica, ou causa alteração nos


rins

Estágio 4:

T4 ou IVA: Tumor que invade a mucosa vesical ou retal, ou que se estende


além da pélvis.

Tratamento
O tratamento para câncer de colo do útero depende do estágio em que o tumor
se encontra, se existem metástases da doença, da idade e do estado de saúde
geral da mulher.

Conização : A conização consiste na retirada de uma pequena parte do colo do


útero, em forma de cone.

Histerectomia total: remove apenas o útero e o colo do útero

Histerectomia radical: além do útero e do colo do útero, também são removidos


a parte superior da vagina e os tecidos próximos.

Traquelectomia: cirurgia que remove apenas o colo do útero e o terço superior


da vagina

exenteração pélvica: é uma cirurgia mais extensa, nesta cirurgia são retirados o
útero, o colo do útero, os gânglios da pélvis, podendo também ser necessário
retirar outros órgãos como ovários, trompas, vagina, bexiga e parte do final do
intestino.

Radioterapia e quimioterapia

Cuidados da enfermagem
A enfermagem tem uma função essencial durante essa fase, além de apoiar
emocionalmente o paciente já diagnosticado, deve se incentivar a coleta do
exame Papanicolau, solicitar e avaliar resultados de exames, examinar e
avaliar pacientes com sinais e sintomas, realizar cuidado paliativo, avaliar
periodicamente os clientes que precisam de acompanhamento, contribuir,
realizar e participar das atividades de educação por meio de palestras.

A consulta de enfermagem tem grande atribuição pois a enfermagem cria um


elo entre confiança e segurança, o que facilita a troca de informações
importantes para a detecção de problemas que afetam a saúde e a qualidade
de vida dessa mulher.

BIBLIOGRAFIA
CÂNCER DE COLO DE ÚTERO. Inca, 2021. Disponível em: <
https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero/profissional-
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https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-do-colo-do-utero.> acesso em:
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Câncer do colo de útero. Bvsms, 2007. Disponível em: <


https://bvsms.saude.gov.br/cancer-do-colo-de-utero/ > acesso em: 13, de maio
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TUDO SOBRE O CÂNCER DE ÚTERO. mulher consciente. Disponível em: <


https://www.google.com/amp/s/mulherconsciente.com.br/amp/cancer-colo-de-
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SEDICIAS, Sheila. Sintomas de câncer de colo de útero, diagnóstico e


tratamento. mulher condicente, 2021. Disponível em: <
https://www.google.com/amp/s/www.tuasaude.com/sintomas-de-cancer-de-
colo-de-utero/amp/ >

Acesso em: 13, de maio de 2022

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