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Os lipídeos tem funções estrutural nas membranas celulares, seccre-

ção de vitaminas (D), síntese de ácidos biliares (eliminação do colesterol) e


hormônios esteróides e produção e armazenamento de energia.

 Transporte realizado por lipoproteínas devido à característica apolar


e hidrofóbica dos lipídeos.
 Apoproteína (Apo) + Monocamada de fosfolipídeo externa + porção
lipídica interna + colesterol não esterificado;

 A maior produção de colesterol é endógena, que pode ser influenciada


pela alimentação (60-90% endógena).
 Após a alimentação, no intestino, os triglicerídeos são quebrados em
ácidos graxos, glcerol, monoglicerol;
 Lipoproteínas tem função de transportar colesterol e triglicerídeos
pela circulação sanguínea.
 As gorduras são absorvidas no intestino e chegam ao plasma, sob a
forma de quilomícrons, e, após degradação pela lipase lipoproteica
(LPL), ao fígado ou aos tecidos periféricos;
 Os lipídeos do fígado se direcionam aos tecidos periféricos e a
lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) é secretada pelo fígado
e, por ação da LPL, transforma-se em lipoproteína de densidade
intermediária e, posteriormente, em LDL, a qual carrega os lipídeos,
principalmente o colesterol, para os tecidos periféricos;
 O transporte reverso do colesterol, em que as gorduras,
principalmente o colesterol dos tecidos, retorna para o fígado ocorre
pelas HDL, que captam colesterol não esterificado dos tecidos
periféricos.
 Pode ocorrer também a transferência de ésteres de colesterol da HDL
para outras lipoproteínas, como as VLDL.

 A aterosclerose ocorre pelo acúmulo de placas de ateroma, devido à


passagem do LDL para os tecidos e liberação de colesterol;
 Nos tecidos são formados ERO's que reagem com o LDL. Ao ser oxi-
dado, os macrófagos não fazem a digestão do LDL oxidado, portanto,
fica acumulado e gera a apoptose dos macrófagos e ↑ inflamação e da
calcificação.

 LDL é rico em colesterol e relaciona-se com a quantidade deste no


sangue e nos hepatócitos
 Hepatócito - colesterol liga-se a um receptor nuclear (SREBP); quando
o colesterol está elevado, o receptor envia sinais a célula que em
resposta diminui a sua produção e a sua captação;
 A síntese endógena do colesterol depende do AcetilCoA, quando este
está em excesso e há estímulo para síntese do colesterol;
 Duas moléculas de AcetilCoA se juntam formando HMG-CoA, que
converte-se em mevalonato.
 A AcetilCoA participa do controle da via, quando o colesterol está
baixo, a enzima HMG-CoA redutase tem sua atividade aumentada,
gerando aumento da síntese endógena do colesterol. O contrário
também ocorre.

 Altos níveis de LDL e Lpa (mais facilmente oxidados);


 Baixos níveis de HDL (função antioxidante; ↓ oxidação do LDL);
 Níveis elevados de proteína C reativa (inflamação);
 Hiperhomocistinemia;
 Hipertensão arterial (lesão dos vasos sanguíneos → inflamação EROs)
 Diabetes - Lesões microvasculares e ↑ da formação de EROs;
 Obesidade; Tabagismo e Sexo masculino (testosterona ↑ metabolismo
do HDL).

 Pode haver aumento devido à dificuldade de retirada, genética, influ-


ência da alimentação (↑ de partículas lipídicas no sangue).
 Mudanças de hábitos de vida; Redução do peso corporal; Redução da
gordura total (colesterol, ácido graxos saturados, ácidos graxos trans);
 Atividade física, controle do stress e farmacoterapia.
 VLDL é calculado pela dosagem de triglicerídeos dividido por 5, pois
este representa 20% dos triglicerídeos;
 O colesterol total dá-se pela soma VLDL + HDL + LDL;
 O IDL tem meia vida curta, portanto não tem medição; O LDL geral-
mente é obtido pela fórmula.
 LDL colesterol varia de acordo com o risco cardiovascular do paciente,
que é calculado pelo ESCORE GLOBAL (idade, sexo, diabetes, fumo..)
 ↑ Triglicerídeos pode indicar pancreatite.

 Inibidores da HMG-COA redutase específico, reversível e competitivo;


 Hepatócito mantêm níveis de colesterol, se a produção for bloqueada,
a síntese de receptores é aumentada e há mais captação;
 LDL é retirado mais facilmente e é reduzido, concomitante ao VLDL;
 Ligeira redução dos triglicerídeos e aumento de HDL;
 Prevenção primária de placas (↓ oxidação do LDL); e secundária (↑
HDL pode regredir o crescimento e enfraquecer a placa);
 Quando dobra-se a dose, aumenta-se a redução em 6% do colesterol,
pricipalemente o LDL.

 Age sobre o endotélio vascular (↑ atividade da NOS - ↑ óxido nítrico


vasodilatador) e inibe a endotelina (vasoconstritor);
 Ação antioxidante sobre LDL e inibe a formação de células esponjosas
 Ação antiinflamatória ↓ da proteína C reativa;
 Inibição da migração e proliferação de células musculares lisas;
 Ação antitrombótica (↓ inflamação);
 Estabilização da placa aterosclerótica;
 Ação antineoplásica (↓ colesterol);
 Modulação do sistema imune por inibir rejeição após transplante re-
nal e cardíaco;
 Ação antiosteoporótico (↓ osteoclastos ↑ osteoblastos).
 Doenças ateroscleróticas sintomáticas;
 Dislipidemias secundárias à diabetes e síndrome nefrótica;
 Pacientes com níveis elevados de colesterol total e LDL em pacientes
com hipercolesterolemia primária (IIa e IIb);
 Sem eficácia em pacientes que não produzem receptor de LDL.

 Alterações das transaminases hepáticas (monitorar função hepática);


 Miopatia (dor muscular) ou rabdmiólise (degradação muscular - raro);
 Distúrbios do TGI (náusea, vômito, constipação e diarréia);
 Reações de hipersensibilidade (raras).

 Hepatopatias;
 Gravidez (↓ colesterol - má formação do feto);
 Lactação;
 Crianças e adolescentes (falha da dieta - lovastatina > 8 anos).

 Sinvastatina e lovastina são pró-fármacos (metabolismo);


 Alimentos reduzem absorção (exceto lovastatina ↑);
 Artrovastatina (dislipidemias associadas ao tratamento do HIV);
 Eliminação hepática e renal;
 Mais utilizados a noite, horário em que a produção do colesterol é
maior (00h - 02h).

 Resinas sequestrantes de ácidos biliares, anti-histamínicos H2 (↓


absorção) β-blo-queadores (retardo do fluxo hepático e ↑ da extração
hepática) e indutores enzimáticos.
 ↑ Biodisponibilidade das estatinas ↑ Risco de Ranbdmiólise (inibido-
res enzimáticos); Cumarínicos (efeito anticoagulante).
 Resinas seqüestrantes de ácidos biliares – observando o horário dife-
rente de administração, 3h antes ou 3h depois;
 Inibidores de Absorção de colesterol -Ezetimibe;
 Fibratos: Monitoração rigorosa e mais freqüente das enzimas
hepáticas; Aumenta o risco de desenvolvimento da rabdomiólise.

 Colestiramina - sem absorção oral (intestinal);


 A eliminação do colesterol se dá a partir de ácidos e sais biliares
(absorção de gorduras);
 As resinas formam um gel que adsorvem os ácidos e sais biliares
aumentando a eliminação;
 Palatabilidade desagradável; meia vida de 6-12h;
 Dose-dependente, quanto maior a dose maior eliminação do colesterol;

 Diminui a reabsorção de ácidos e sais biliares;


 ↑ conversão do colesterol em ácidos e sais biliares;
 ↓ concentração intracelular do colesterol;
 ↑ os receptores LDL na superfície da célula (↑ captação de colesterol
do sangue);
 ↓ concentração plasmática do colesterol e LDL;
 ↑ da concentração de HDL e pode ↑Tg (↑ síntese hepática de VLDL).
Não é indicado para pessoas com Hipertrigliceridemia.

 Hipercolesterolemia discreta-moderada (causas ambientais ou genéti-


cas - associadas à dieta);
 Únicos fármacos utilizados em crianças e adolescentes
hiperlipidêmicos resistentes à dieta e mulheres grávidas;
 Não indicado para hiperlipidemia IIb devido ao aumento do VLDL;
 Obstrução biliar parcial - alívio do prurido causada pelo acúmulo;
 Adjuvante na síndrome diarréica crônica em doses pequenas.

 Pacientes que não apresentam receptores LDL (homozigoto tipo IIa);


 Obstrução biliar total;
 Hipertrigliceridemia.

 TGI: Náusea, meteorismo, espasmo, constipação intestinal, flatulên-


cia, irritação de hemorróidas;
 Deficiência de folato e de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K) e vita-
mina C - doses por períodos prolongados (falta de ácidos e sais bili-
ares); Hipoprotombinemia – deficiência de vitamina K.
 Outros fármacos devem ser tomados 1ou 2h antes ou 4 ou 6h depois
de uma dose de colestiramina.

 Vitamina do complexo B (B3);


 Melhor agente disponível para aumentar o HDL (30-40%) e reduz
LDL (20-30%);
 Diminui a atividade da Lipase dependente de hormônio no tecido
adiposo, e diminui a síntese de triglicerídeos nos hepatócitos;
 Indicado para intolerância à estatinas e HDL baixo;
 Pode haver rubor facial (uso de AAS).

 Inibidor seletivo de absorção de colesterol;


 Associados à estatinas possuem uma boa ação;
 Proteína transportadora do colesterol - NPC1L1 (bloqueada pelo ezeti-
mibe) age apenas sobre o colesterol;
 Diminuição do LDL; Tg; e aumento do HDL-c.

INIBIDORES DA PCKS9 - Liberada com receptor de LDL- degrada


 Utilizados para hipertrigliceridemia; menos risco de aterosclerose;
 Triglicerídeos acima de 1000 mg/dL pode gerar pancreatite;
 Agem de forma molecular pela regulação da expressão gênica PPRA-α
que causa o aumento da oxidação de ácido graxo e síntese de LPL;
 Estimula a atividade da lipoproteína lipase;
 ↑ hidrólise de Tg, VLDL e quilomicrons - rápida remoção plasmática;
 ↑ níveis de HDL e pode ↓ LDL em diferentes níveis.

 Hiperlipidemias com ↑ de Tg (tipo IIb e III);


 Hipertrigliceridemia do Tipo IV ( VLDL);
 Hipertrigliceridemia do Tipo V (VLDL elevado mais presença de
quilomícrons) que não respodem à dieta;
 Fibrato – indicado em pacientes com gota ou hiperuricemia.

 TGI: Mais comuns e discretos, podem levar a ↓ da continuidade do


tratamento; Intolerância gástrica e diarréia;
 Litíase (cálculos biliares) ↑ excreção biliar de colesterol;
 Miosite (inflamação do músculo esquelético - afeta + pacientes com in-
suficiência renal - devido a eliminação renal e acúmulo de fibratos);
 Rabdomiólise (associação com estatinas ↑ da concentração);
 Neoplasias (pode estar associado).

 Fármacos ácidos - afinidade por albumina: Warfarina (risco de hemo-


rragias); Sulfoniluréias (risco de hipoglicemias);
 Barbitúricos, fenitoína, glicosídeos cardiotônicos;
 Estatinas X fibratos (rabdomiólise);
 Colestiramina X fibratos (absorção dos fibratos).
 Ômega 3;
 Produção das VLDL e modificam o metabolismo das prostaglandinas.
 Seu efeito sobre as LP requer doses elevadas,
 Uso eventual à associação com os fibratos, em casos de hipertrigli-
ceridemias resistentes.

 Inativa de forma reversível e específica a lipase gastrintestinal (que-


bra o Tg em ácido graxo - absorção);
 A enzima inativada é incapaz de hidrolisar gordura proveniente dos
alimentos, na forma de triglicerídeos, em ácidos graxos livres e
monoglicerídeos absorvíveis.
 Apresenta absorção sistêmica mínima.

 Obesidade associada a dieta; Hipercolesterolemia.

 Distúrbios do TGI: diarréias oleosas, flatulências;


 Redução da absorção de vitaminas ADEK;
 INR em pacientes em uso de anticoagulantes orais;
 Reações de hipersensibilidade.

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