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Profa Ms.

Michelle Gomes 06/05/2022 1


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DIABETES

 O diabetes é um grupo de doenças metabólicas


caracterizado por níveis aumentados de glicose
no sangue (hiperglicemia),

 Em decorrência de defeitos na secreção ou na


ação da insulina, ou ambas (American Diabetes
Association [ADA], 2013).

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FATORES DE RISCO

 Histórico
familiar de diabetes ( pais ou
irmãos portadores de diabetes).

 Obesidade( ≥ 20% acima do peso corporal


desejado ou índice de massa corporal ≥
30 kg/m2).

 Idade ≥ 45 anos. 5

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 Comprometimento da glicose em jejum
ou da tolerância à glicose previamente
identificado.

 Hipertensão arterial (≥ 140/90 mmHg).

 Nívelde colesterol das lipoproteínas de


alta densidade (HDL) ≤ 35 mg/dℓ e/ou
nível de triglicerídios ≥ 250 mg/dℓ.
 Histórico
de diabetes gestacional ou parto
de recém-nascido com mais de 4 kg.
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 CLASSIFICAÇÃO

 Asprincipais classificações do diabetes


são:
 Diabetes do tipo 1,
 Diabetes do tipo 2,
 Diabetesgestacional e diabetes
associado a outras condições ou
síndromes (ADA, 2009).
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 FISIOPATOLOGIA

 A insulina é um hormônio secretado pelas células


beta, as quais constituem um dos quatro tipos de
células das ilhotas de Langerhans no pâncreas
(Porth e Matfin, 2009).

 A INSULINA é um hormônio anabólico ou de


armazenamento.
 Quando uma pessoa ingere uma refeição, a
secreção de insulina aumenta e induz o
movimento da glicose do sangue para o músculo,
o fígado e as células adiposas.
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 Nessas células, a insulina exerce as seguintes
ações:

 Transporta e metaboliza a glicose para a


produção de energia.

 Estimula o armazenamento de glicose no fígado


e no músculo (na forma de glicogênio)

 Sinaliza o fígado para interromper a liberação


de glicose.

 Intensifica o armazenamento de lipídios


dietéticos no tecido adiposo 9
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 Acelera o transporte de aminoácidos
(derivados da proteína da dieta) para dentro
das células.

A insulina também inibe a degradação da


glicose armazenada, da proteína e dos
lipídios.

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 Durante os períodos de jejum (entre as
refeições e durante a noite), o PÂNCREAS
libera continuamente uma pequena
quantidade de insulina (insulina basal);

 Outro hormônio pancreático,


denominado GLUCAGON (secretado pelas
células alfa das ilhotas de Langerhans),

 É liberado quando os níveis de glicemia


diminuem, o que estimula o fígado a liberar a
glicose armazenada.
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 A insulina e o glucagon em conjunto mantêm
um nível constante de glicose no sangue ao
estimular a liberação de glicose pelo fígado.

 No início, o fígado produz glicose por meio da


degradação do glicogênio (glicogenólise).

 Depois de 8 a 12 h sem alimento, o fígado


forma glicose a partir da degradação de
substâncias diferentes dos carboidratos,
incluindo aminoácidos (gliconeogênese).
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 DIABETES DO TIPO 1

 O diabetes do tipo 1 afeta cerca de 5 a 10% dos indivíduos com a


doença (CDC, 2011).

 Caracteriza-se pela destruição das células beta do pâncreas


(Porth e Matfin, 2009).

 Acredita-se que fatores:


 Genéticos, Imunológicos e, possivelmente, Ambientais (p. ex.,
virais)

 Combinados possam contribuir para a destruição das células


beta.

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 Embora os eventos que levam à
destruição das células beta não estejam
totalmente elucidados,

 Aceita-se,
de modo geral, a existência
de uma suscetibilidade genética como
fator subjacente comum no
desenvolvimento do diabetes do tipo 1.

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 Osindivíduos não herdam o diabetes do tipo
1 propriamente dito, mas apresentam
predisposição ou tendência genética a seu
desenvolvimento.

 Tal tendência tem sido observada em


indivíduos com determinados tipos de
antígeno leucocitário humano.
 Há também evidências de uma resposta
autoimune no diabetes do tipo 1.
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 INDEPENDENTEMENTE DE QUAL SEJA A ETIOLOGIA
ESPECÍFICA,

 A DESTRUIÇÃO DAS CÉLULAS BETA LEVA A UMA

 DIMINUIÇÃO NA PRODUÇÃO DE INSULINA,

 PRODUÇÃO NÃO CONTROLADA DE GLICOSE PELO FÍGADO


E HIPERGLICEMIA EM JEJUM.

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 ALÉM DISSO, A GLICOSE DERIVADA DO
ALIMENTO

 NÃO PODE SER ARMAZENADA NO FÍGADO E, EM


VEZ DISSO,

 PERMANECE NA CORRENTE SANGUÍNEA E


CONTRIBUI PARA A
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 Se a concentração de glicose no sangue
ultrapassar o limiar renal para a glicose,
que costuma ser de 180 a 200 mg/dℓ,

 Os rins podem não reabsorver toda


glicose filtrada;

A glicose aparece então na urina


(glicosúria).

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 QUANDO A GLICOSE EM EXCESSO é excretada na
urina,

 É acompanhada de perda excessiva de líquidos


e eletrólitos.

 Esse processo é denominado DIURESE


OSMÓTICA.

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 Além disso, ocorre degradação das gorduras,
resultando em produção aumentada de
corpos cetônicos,

 Uma substância altamente ácida formada


quando o fígado degrada os ácidos graxos livres
na ausência de insulina.

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 A cetoacidose diabética (CAD)

 É uma perturbação metabólica que ocorre mais


comumente em indivíduos com diabetes do tipo 1
e que resulta do déficit de insulina;

 Ocorre formação de corpos cetônicos altamente


ácidos, e verifica-se o desenvolvimento de acidose
metabólica.

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 As três principais alterações metabólicas são:
hiperglicemia, cetose e acidose metabólica
(Porth e Matfin, 2009).

 A CAD (cetoacidose diabética) é comumente


precedida, em 1 dia ou mais, de:
 Poliúria, polidipsia, náuseas, vômitos e
fadiga, como desenvolvimento final de
estupor e coma, se o distúrbio não for tratado.
 O hálito tem um odor de fruta característico,
devido à presença de cetoácidos.

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 DIABETES DO TIPO 2
 O diabetes do tipo 2 afeta cerca de 90 a 95% dos
indivíduos com a doença (CDC, 2011).

 Ocorre mais comumente entre indivíduos com


mais de 30 anos de idade e obesos, embora a
sua incidência esteja aumentando rapidamente
em pessoas mais jovens, devido à epidemia
crescente de obesidade em crianças,
adolescentes e adultos jovens (CDC, 2011).

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 Os dois principais problemas relacionados com
a insulina no diabetes do tipo 2 são a
resistência à insulina e o comprometimento de
sua secreção.

 A resistência à insulina refere-se a uma


diminuição da sensibilidade dos tecidos à
insulina.

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 O DIABETES DO TIPO 2 está associado a uma
intolerância lenta e progressiva à glicose, o seu
início pode passar despercebido durante muitos
anos.

 Se o cliente tiver sintomas, eles frequentemente


são leves e podem incluir: fadiga, irritabilidade,
poliúria, polidipsia, cicatrização deficiente de
feridas da pele, infecções vaginais ou visão turva
(se os níveis de glicose estiverem muito altos).

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 Para a maioria dos clientes (cerca de 75%), o
diabetes do tipo 2 é detectado de modo
incidental (p. ex., quando são realizados exames
laboratoriais de rotina ou exames
oftalmoscópicos).

 Uma consequência do diabetes detectado


consiste no fato de que as complicações a longo
prazo do diabetes como:
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 Doença ocular,
 Neuropatia periférica,
 Doença vascular periférica.

 Podem ter se desenvolvido antes do


estabelecimento do diagnóstico efetivo de
diabetes (ADA, 2009), o que significa que o
nível de glicemia estava elevado há algum
tempo antes do diagnóstico.

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 DIABETES GESTACIONAL
 Refere-se a qualquer grau de intolerância à
glicose, com início durante a gravidez.

 A hiperglicemia desenvolve-se durante a gravidez,


devido à secreção dos hormônios placentários que
provocam resistência à insulina.

 O diabetes gestacional acomete até 18% das


mulheres grávidas e aumenta o risco de
distúrbios hipertensivos durante a gestação (CDC,
2011). 28

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 As mulheres consideradas de alto risco para o
diabetes gestacional - são aquelas com
obesidade pronunciada,

 Histórico pessoal de diabetes gestacional,


glicosúria ou histórico familiar significativo de
diabetes.

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 PREVENÇÃO

 O Diabetes Prevention Program Research Group


(2002) relatou que o diabetes do tipo 2 pode
ser evitado por meio de mudanças apropriadas
no estilo de vida.

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 Os indivíduos com alto risco de diabetes do tipo
2 (índice de massa corporal [IMC] acima de 24,

 Níveis plasmáticos de glicose em jejum e pós-


prandiais elevados, mas sem alcançar níveis
diagnósticos de diabetes)

 Receberam recomendações padronizadas de


estilo de vida mais metformina, um agente
antidiabético oral.

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 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

 As manifestações clínicas dependem do nível de


hiperglicemia do cliente.

 No diabetes, as manifestações clínicas clássicas


incluem os “três P”: poliúria, polidipsia e
polifagia.

 A poliúria (aumento da micção) e a polidipsia


(sede aumentada) ocorrem em consequência
da perda excessiva de líquidos associada à
diurese osmótica.
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 Os clientes também apresentam polifagia
(aumento do apetite) em consequência do
estado catabólico induzido pelo déficit de
insulina e pela degradação das proteínas e
lipídios (Porth e Matfin, 2009).

 OUTROS SINTOMAS incluem fadiga e fraqueza,


alterações súbitas da visão, formigamento ou
dormência das mãos ou dos pés, pele seca,
lesões cutâneas ou feridas de cicatrização lenta
e infecções recorrentes.

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 O início do diabetes do tipo 1 também pode
estar associado a uma súbita perda de peso
ou náuseas, vômitos ou dor abdominal, se
houver desenvolvimento de CAD.

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 AVALIAÇÃO E ACHADOS DIAGNÓSTICOS

 O critério básico para o diagnóstico de diabetes


consiste em um nível de glicemia
anormalmente elevado.

 Podem ser utilizados os níveis de glicose


plasmática em jejum (GPJ) (determinação do
nível de glicemia realizada no laboratório após
um jejum de pelo menos 8 h)

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 glicoseplasmática aleatória e nível de
glicose em 2 h após a administração
de glicose (2 h após uma carga de
glicose) (Fischbach e Dunning, 2009).

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Para os critérios diagnósticos para o
diabetes
 1. Sintomas de diabetes mais concentração
plasmática de glicose casual igual ou superior a 200
mg/dℓ.

 O termo casual é definido como qualquer momento


do dia, sem considerar o tempo decorrido desde a
última refeição.

 Os sintomas clássicos do diabetes consistem em


poliúria, polidipsia e perda de peso sem causa
aparente. 06/05/2022
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 2. GLICOSE PLASMÁTICA EM JEJUM superior ou igual a
126 mg/dℓ.

 O jejum é definido pela ausência de aporte calórico


durante pelo menos 8 h.

 NÍVEL DE GLICOSE PÓS-PRANDIAL de 2 h igual ou


superior a 200 mg/dℓ durante um teste de tolerância à
glicose oral.

 O teste deve ser realizado conforme descrito pela World


Health Organization, usando uma carga de glicose
contendo o equivalente de 75 g de glicose dissolvidos em
água. 38

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 MANEJO CLÍNICO
 A principal meta do tratamento do diabetes consiste em
normalizar a atividade da insulina e os níveis de glicemia
para reduzir o desenvolvimento de complicações vasculares
e neuropáticas.

 O controle intensivo da glicose reduz radicalmente o


desenvolvimento e a progressão das complicações,

 Como retinopatia (lesão dos pequenos vasos sanguíneos


que nutrem a retina no olho),

 Nefropatia (lesão das células renais) e neuropatia (lesão


das células nervosas). 39

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 O MANEJO DO DIABETES INCLUI CINCO
COMPONENTES: terapia nutricional, exercício,
monitoramento, tratamento farmacológico e
orientação.

 Na atualidade, a ADA recomenda que todos os


clientes com diabetes se esforcem para
controlar a glicose (Hgb A1c inferior a 7%) para
reduzir o risco de complicações (ADA, 2013).

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 EXAME PARA A HEMOGLOBINA GLICADA

 A hemoglobina glicada (também designada como hemoglobina


glicosilada, HgbA1C ou A1C) é uma medida do controle da
glicose, que resulta da ligação da molécula de glicose à
hemoglobina durante o tempo de sobrevida do eritrócito (ADA,
2013).

 Quando os níveis de glicemia estão elevados, as moléculas de


glicose ligam-se à hemoglobina nos eritrócitos.

 Esse complexo (hemoglobina ligada à glicose) é permanente e


persiste durante o tempo de sobrevida de cada eritrócito, que é
de aproximadamente 120 dias.
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TABELA DE EQUIVALÊNCIA
hemoglobina Glicada

GLICEMIA EM JEJUM HEMOGLOBINA GLICADA

97mg/dl 5,00%
111mg/dl 5,50%
126mg/dl 6,00%
140mg/dl 6,50%
154mg/dl 7,00%
169mg/dl 7,50%
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GLICEMIA EM JEJUM HEMOGLOBINA GLICADA
183mg/dl 8,00%
197mg/dl 8,50%
212mg/dl 9,00%
226mg/dl 9,50%
240mg/dl 10,00%
255mg/dl 10,50%
269mg/dl 11,00%
283mg/dl 11,50%
298mg/dl 12,00%
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 Terapia farmacológica

A insulina é secretada pelas células beta das


ilhotas de Langerhans e diminui o nível de
glicemia depois das refeições, facilitando a
captação e a utilização da glicose pelas
células musculares, adiposas e hepáticas.

 Na ausência de insulina adequada, a


tratamento farmacológico torna-se
essencial.
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 Insulinoterapia

 No diabetes do tipo 1, a insulina exógena precisa ser


administrada durante toda vida, visto que o organismo
perde a sua capacidade de produzir insulina.

 No diabetes do tipo 2, a insulina pode ser necessária a


longo prazo para controlar os níveis de glicemia quando
o planejamento das refeições e os agentes
hipoglicemiantes orais são inefetivos, ou quando ocorre
deficiência de insulina.

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Tempo de
Agente Início Pico Duração Indicações
ação
Ação Lispro 10 a 15 min 1h 2a4h Utilizada para uma
rápida redução do
rápida Asparte 5 a 15 min 40 a 50 min 2a4h nível de glicose, para
Glulisina 5 a 15 min 30 a 60 min 2h o tratamento da
hiperglicemia pós-
prandial e/ou para
prevenção da
hipoglicemia noturna

Atualmente
administrada 20 a 30
min antes de uma
refeição; pode ser
Ação Regular 1½ a 1 h 2a3h 4a6h administrada
isoladamente ou em
curta associação a uma
insulina de ação mais
longa

Ação 2a4h 4 a 12 h 16 a 20 h Geralmente


intermediária NPH administrada depois
3a4h 4 a 12 h 16 a 20 h da alimentação

Ação muito Glargina 1h Contínua (sem 24 h46 Utilizada para dose


longa basal
Determir pico)
 As insulinas de ação rápida produzem um efeito
mais rápido, cuja duração é mais curta que a
da insulina regular.

 Em virtude de seu rápido início, o cliente deve


ser instruído a se alimentar até 5 a 15 min.

 Em decorrência da curta duração de ação


desses análogos da insulina, os clientes
portadores de diabetes do tipo 1 e alguns
clientes com diabetes do tipo 2 ou com
diabetes gestacional também necessitam de
uma insulina de ação longa (insulina basal) para
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manter o controle da glicose. 06/05/2022


 A insulina basal é necessária para manter os níveis
de glicemia, independentemente das refeições.

 É necessário manter um nível constante de insulina


em todos os momentos. As insulinas de ação
intermediária atuam como as insulinas basais;
contudo, pode ser necessário dividi-las em duas
injeções para obter uma cobertura de 24 h.

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 As insulinas de ação curta são
denominadas insulina regular (marcadas com R
no frasco).

 A insulina regular é uma solução transparente,


geralmente administrada 20 a 30 min antes de
uma refeição, isoladamente ou em associação a
uma insulina de ação mais longa.
 A INSULINA REGULAR é a única insulina
aprovada para uso intravenoso.

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OBRIGADA!!!!

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