Você está na página 1de 63

ULTRASSONOGRAFIA DOS

RINS E VIAS URINÁRIAS

ANA PAULA GALHARDO – R2 RADILOGIA


HSR
EMBRIOLOGIA
ANATOMIA
• Retroperitoneais

repousam sobre o músculo psoas.


• Relações anatômicas:
- superior: supra-renais.

- - à direita: fígado.
- - à esquerda: baço.

- • Rim direito cerca de 1 a 2 cm abaixo do rim esquerdo.

- • Diâmetros longitudinais: 9 -13 cm.

- • Espessura do parênquima > 1 cm.

- • Mobilidade às manobras respiratórias.


ANATOMIA
• Parênquima renal: periférico e hipoecogênico -
contém o córtex e a pirâmide.
ANATOMIA
• Seio renal – central e hiperecogênico:
- Tecido adiposo, vasos linfáticos e inervações do SNA.
- Ramos principais da artéria e veia renal e do sistema

coletor (pelve renal).


TÉCNICA
• Decúbito dorsal e lateral.

• Cortes longitudinais e transversais são obrigatórios.


• Varreduras intercostais, utilizando o fígado e o baço como janela.
TÉCNICA
TÉCNICA
TÉCNICA
BEXIGA
ALTERAÇÕES RENAIS
DEFEITO DA JUNÇÃO PARENQUIMATOSA

• Fusão incompleta das massas renais superior e inferior.

• Banda hiperecogênica de aspecto linear ou triangular, que se estende do seio


renal até a gordura perinéfrica.

• Geralmente nas junção dos terços superior e médio do rim.


HIPERTROFIA DA COLUNA DE BERTIN

• Aproximação de duas camadas do


parênquima cortical septal, projetando-se
em direção ao seio renal

.• Banda hipoecogênica mesorrenal,


interceptando parcialmente o seio renal,
de dimensões variáveis, mais frequente à
esquerda.

• Dimensões inferiores a 3 cm.


HIPERTROFIA DAS COLUNAS DE BERTIN
LOBULAÇÃO INFRA-ESPLÊNICA
• Impressão esplênica sobre o rim esquerdo.
• Abaulamento mesorrenal na sua face lateral “corcova de
dromedário”
LOBULAÇÃO FETAL

• 50% dos adultos.


• Identações ou lobulações
suaves no contorno externo
renal, alinhadas em relação às
colunas de Bertin.
HIPERTROFIA COMPENSATÓRIA
• Difusa:
- Rim remanescente de pacientes com nefrectomia unilateral.

- Rim preservado de perda funcional renal unilateral. - Aumento das dimensões

renais.
HIPOPLASIA RENAL
• Rim de aspecto normal + Redução de pelo menos 50% de suas
dimensões.

• Contato incompleto do blastema com o broto ureteral.


• Unilateral – assintomático
• Bilateral – insuficiência renal
RIM EM FERRADURA
• 1/400.

• Polos inferiores unidos por tecido fibroso ou por


parênquima renal.

• Seio renal anteriorizado.

• Geralmete mais baixos que os rins normais.

• Polos renais alongados, de contornos borrados e uma


faixa hipoecogênica anterior à aorta.
RIM EM FERRADURA
RIM PÉLVICO
ESTENOSE CONGÊNITA DA JUP
• Desenvolvimento anômalo de fibras musculares lisas do ureter com
fibrose.
• Alteração funcional que culmina com estase e dilatação.
• Geralmente unilateral (70%) e à esquerda.
• Pode estar associado à outras malformações genitourinárias (27%).
• Achados ao US: - Hidronefrose de grau variável sem dilatação
ureteral.
- Crônica - acentuada hidronefrose, com afilamento do parênquima
renal. - Terminal - massa cística ocupando a loja renal.
ESTENOSE CONGÊNITA DA JUP
RIM EM BOLO

• Rim de dimensões geralmente


maiores, único, que corresponde aos
dois rins fundidos.
• Geralmente na cavidade pélvica
mediana ou com leve lateralização.
• Os bacinetes são anteriorizados, e
os ureteres não apresentam
cruzamento.
MEGAURETER CONGÊNITO
• O segmento mais distal do ureter esta aperistáltico
• Obstrução ao nível da junção ureterovesical.

• A dilatação ureteral pode ser focal (distal) ou em toda a sua extensão

*** DILTAÇÃO FUSIFORME DO TERÇO DISTAL DO URETER


NEFROPATIAS PARENQUIMATOSAS

• Achados inespecíficos

- Aumento difuso da ecogenicidade do parênquima renal

- perda da diferenciação corticomedular.

- Pirâmides salientes e hipoecogênicas.

- Pequena dilatação do sistema coletor, por atonia


pieloureteral.

- Pequena lâmina de líquido anecoide coletada no espaço


perirrenal.
NEFROPATIAS PARENQUIMATOSAS
NEFROCALCINOSE CORTICAL

• Necroses corticais agudas e nas


glomerulonefrites crônicas.

• Gota, oxaloses, nefropatia da


síndrome de Alport e nas infecções
oportunistas em pacientes HIV
positivos.

• Achados ao US: calcificações


corticais periféricas e em colunas de
Bertin, poupando as pirâmides renais.
NEFROCALCINOSE MEDULAR

• Envolve as pirâmides renais (hiperecogênicas), com grande contraste em


relação ao córtex renal preservado adjacente.
• Mais frequente no sexo masculino.
• Causas metabólicas -  absorção Ca – hipervitaminose D, sarcoidose,
Síndrome do “leite de cálcio”. -  mobilização Ca – hiperparatireoidismo,
imobilização física e meta óssea. - Lesão tubular distal – Acidose tubular rena

• Causas anatômicas - Dilatação císticas dos túbulos coletores distais – Rim


esponja-medular.
NEFROCALCINOSE MEDULAR
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
• Achados ao US:

- Rins de dimensões reduzidas. -


Hiperecogenicidade e afilamento
do parênquima.
- Perda da diferenciação
corticomedular.
• A redução volumétrica renal
apresenta boa correlação com o
grau de lesão histológica.
CALCIFICAÇÕES DISTRÓFICAS
• Principal diagnóstico diferencial das urolitíases.
• Toda formação que não se inclua no diagnóstico das litíases e das
nefrocalcinoses.
• Compreendendo:
- Calcificações em paredes de vasos
- Calcificações tumorais.
- Calcificações parietais císticas.
- Massas inflamatórias.
- Calcificações sequelares.
UROLITÍASE
• 3H:1M.

• Pode associar-se a infecções recorrentes e insuficiência renal.


• Achados US: - Imagem hiperecogênica formadora de sombra acústica
localizada nos grupamentos calicinais, ureter ou no interior da bexiga
- Avaliar se há componente obstrutivo

- Grande precisão para cálculos a partir de 5 mm

- Imagens < 3 mm: especificidade reduzida (~ calcificações distróficas)


= TC
UROLITÍASE
UROLITÍASE
• Quadros dolorosos – pesquisar cálculos obstrutivos ou semi-obstrutivos.

• Os cálculos “em trânsito” mais frequentemente se localizam nos “pontos de


estreitamento” (95%):
- Junção ureteropiélica (JUP).

- Cruzamento com os vasos ilíacos.

- Junção ureterovesical (JUV).


UROLITÍASE
• Cálculos coraliformes - Apresentam morfologia coraliforme, com
“pontas” em múltiplos eixos, simulando muitas vezes a presença de
vários cálculos diferentes em múltiplos grupamentos calicinais.
HIDRONEFROSE
• É papel do ultrassonografista evidenciar se o quadro é agudo
ou crônico.
HIDRONEFROSE
• Pesquisa fator etiológico:
- Urolitíase.
- Estenose ureteral.

- Fibrose periureteral.

- Tumores retroperitoneais e pélvicos .


- Anomalias congênitas.

- Patologias e disfunções da bexiga.

- Não-obstrutivas: refluxo vesicoureteral, quadro residual de hidronefrose


pregressa prolongada e doenças inflamatórias, como a tuberculose.
HIDRONEFROSE
• • Classificação ultrassonográfica:

• Leve: dilatação da pelve renal e/ou grupamentos caliciais,


em grau inicial.
• Moderada: dilatação mais evidente da pelve e cálices,
sem alterações associadas do parênquima renal.

• Acentuada: dilatação global do sistema pielocalicial,


associada a afilamento da cortical renal.
HIDRONEFROSE
HIDRONEFROSE
• Fase Tardia

-Progressiva redução da massa renal.


-Afilamento do parênquima.
-Sistema pieloureteral
- aspecto de saculação flácida, ou
múltiplas áreas císticas
coalescentes.
- - Diagnóstico diferencial: formação
cística complexa renal.
PIELONEFRITE
• No US, maioria tem aspecto normal

• Alterações: - aumento do tamanho do rim

- compressãodo seio renal

- ecotextura anormal

- perda da diferenciação córticomedular

- massas mal deleimitadas

- gás no interior do parênquima renal


PIELONEFRITE AGUDA
PIELONEFRITE

• Pielonefrite crônica: cálice rombo e dilatado


associado a cicatriz cortical ou a atrofia
cortical sobrejacentes
ABSCESSO RENAL

• Ao US, massas
complexas,
arredondadas,
hipoecóicas e com
parede espessada
que podem exibir
reforço posterior;
ABSCESSO
RENAL
ANGIOMIOLIPOMA
• Tumores renais benignos-
tecido adiposo, células
musculares lisas e vaso
sanguíneos;
• Esporadicamente ou
esclerose múltipla;
• No US, o padrão dos ecos
depende da proporção de
cada elemento;
• Interior do parênquima renal
ou exofítico
CISTOS CORTICAIS
• Cistos renais simples:
benignos, incidência
aumenta com a idade,
maioria assintomática,
• US: anecóico, contornos
bem definidos e paredee
imperceptível, redondo
ou ovóide, reforço
acústico posterior;
CISTOS CORTICAIS
• Cistos renais
complexos: ecos
internos, septações,
calcificações,
paredes definidas e
perceptíveis e
nódulos murais
Cistos parapélvicos

• Não se comunicam com o


sistema coletor;
• Podem se originar de linfáticos
ou de restos embrionários;
• Maioria assintomática;

• US: massas anecóicas bem


definidas no seio renal;
• Diferenciar de hidronefrose;
DIVERTÍCULOS DA BEXIGA
• Congênitos
( HUTCH) ou
adquiridos;
• US: saculações
exofíticas da
bexiga;
DIVERTÍCULOS DA BEXIGA
CISTITE INFECCIOSA
• Espessamento
difuso da
parede da
bexiga;
• Se focal,
formação de
pseudopólipos;
CISTITE INFECCIOSA
CÁLCULOS VESICAIS
• Migração de
cálculos renais ou
de estase vesical;
• Ao US, foco
ecogênicomóvel
com sobra
acústica distal;
URETEROCELE

• Dilatação cística da
porção intramural do
ureter distal,
• Ao US, estrutura
semelhante à um cisto e
redonda no interior da
bexiga;
BIBLIOGRAFIA
• MADALOSSO, B.H.Manual do residente de
radiologia. Guanabara editora, 2009: Rio de
janeiro
• Brant,W.E Fundamentos de
radiologia.Guanabara editora,2008:São Paulo

Você também pode gostar