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(AVC)
INTACUA, MD
HPL
Objectivos de Aprendizagem
Definir o acidente vascular cerebral (AVC).
Distinguir um acidente vascular isquémico de um
incidente vascular hemorrágico (AVC hemorrágico).
Descrever a apresentação clínica comum do AVC.
Descrever os sintomas e sinais que podem ser
sugestivos de uma hemorragia subaracnoideia.
Enumerar as etiologias possíveis de um acidente
vascular hemorrágico e um acidente vascular
isquémico
Objectivos de Aprendizagem
Desenvolver um diagnóstico diferencial para um AVC.
Definir Acidente Isquémico Transitório (AIT) e distingui-
lo clinicamente de um AVC.
Descrever os tratamentos farmacológicos e não
farmacológicos de um AVC.
Descrever a gestão de um AIT.
Listar os possíveis efeitos colaterais do tratamento de
um AVC.
Identificar os procedimentos adequados para a
transferência de um paciente com AVC, se for indicado.
Generalidades
Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma síndromes
que resulta da falta de irrigação sanguínea do
Encéfalo, levando a perda da função neurológica
do território encefálico específico afectado
Os sintomas dependerão da extensão e do
território encefálico que é afectado pela falta de
irrigação arterial.
A percentagem de óbitos entre as pessoas
atingidas por AVC é de 20 a 30%
Classificação
Classica-se em
Hemorrágica – se o comprometimento da
irrigação sanguínea resultar na ruptura de
vasos sanguíneos;
Isquémico- se o comprometimento da
irrigação sanguínea resultar da oclusão de
vasos sanguíneos (que pode ser por um
trombo, daí o nome de tromobose)
AVC hemorrágico AVC isquêmico
Fonte: CDC, http://www.cdc.gov/stroke/types_of_stroke.htm
Principais factores de risco
A Hipertensão Arterial
Diabetes
Colesterol Alto
Hábitos tabágicos
Fibrilação Auricular e outras doenças cardíacas
Obesidade
Vida Sedentária
alcoolismo
dietas desequilibradas (ricas em colesterol e
proteínas animais
A raça negra e o sexo masculino
Patogénese do AVC
AVC Isquémico
Trombótica – o trombo que oclui a artéria é formado
na respectiva artéria Encefálica(ateroesclerose)
embólica - a massa ou material que oclui na artéria
encefálica tem origem em um vaso distante (cavidades
ou válvulas cardíacas ou artéria de grande calibre).
Se a situação de oclusão total arterial se mantiver por
cerca de 5 minutos, ocorrerá morte neuronal (lesões
irreversíveis)
Classificação Fisiopatológica
Acidente Isquémico Transitório (AIT):
É um tipo de AVC isquémico em que resulta da
oclusao parcial ou por espasmo transitório ou
reversível da arteria.
As manifestações clínicas são reversíveis
porque não chega a ocorrer a morte (infarto)
cerebral extenso e duram menos de 24 horas.
O diagnóstico é geralmente retrógrado (na
altura de alta).
Classificação Fisiopatológica
AVC hemorrágico: ocorre por ruptura da artéria de um
território encefálico específico.
A hipertensão arterial maligna e ruptura de aneurisma
arterial são as principais causas.
Pode ser subclassificada em:
– Hemorragia Subaracnoidea: o derrame sanguíneo ocorre no
espaço subaracnóide(ruptura de aneurismas ou malformações
arteriovenosas)
– Hemorragia Intraparenquimatosa Encefálica
(Cerebral/Troncocerebral/Cerebelar): o derrame de sangue
ocorre dentro da massa cinzenta ou branca do encéfalo. É mais
relacionada à hipertensão arterial.
QUADRO CLÍNICO
Cada hemisfério cerebral é irrigado por 3
artérias principais derivadas do polígono de
wills: a artéria cerebral anterior, média e
posterior.
A oclusão ou ruptura destas artérias resulta
em AVC nos territórios cerebrais que elas
irrigam, nomeadamente córtex anterior,
médio ou posterior
QUADRO CLÍNICO
As fibras dos neurónios motores corticais para o
tronco e membros do indivíduo cruzam para o lado
oposto da medula espinhal ao nível do tronco
cerebral.
O paciente com AVC da artéria cerebral média,
apresentar-se-á, por tanto, com paralisia do lado
oposto ao lado afectado pelo AVC.
As fibras motoras corticais para musculatura da face
e língua não cruzam, isto é, inervam o mesmo lado
do corpo
QUADRO CLÍNICO
A paralisia na face e os défices neurológicos na
língua serão por tanto do mesmo lado que o
do AVC.
Local lesado
Lado esquerdo
Lado direito
Lado com
sintomas
Fonte: http://www.heartstroketayside.org.uk/default.aspx?navigationid=95
Clinica do AVC isquémico
Infarto do hemisfério cerebral dominante: paralisia do lado
oposto do corpo, diminuição do campo visual oposto, olhar fixo,
disartria, afasia
Infarto do hemisfério cerebral não dominante: paralisia do lado
oposto do corpo, diminuição do campo visual oposto,
incapacidade (apraxia) de desenhar/escrever, disartria
Infarto do hemisfério da artéria cerebral média: paralisia maior
dos braços e face do que da perna.
Infarto do hemisfério da artéria cerebral anterior: paralisia do
lado oposto do corpo, mais pronunciada na perna do que nos
braços e face. Há alterações de emoção e dificuldade em
reconhecer formas de desenhos (dispraxia)
Clínica do AVC isquémico
Síndrome derivado de “acidente” da artéria
vertebrobasilar (tronco cerebral e Cerebelo): tonturas,
vertingem, dupla visão, dificuldade em deglutir, paralisia
dos pares craneanos, instabilidade na marcha, paresia
bilateral dos membros
Síndrome derivado de “acidente” da artéria basilar
(tronco cerebral e Cerebelo): Quadriplegia (paralisia dos
4 membros) e Coma profunda, morte.
Síndrome derivado de “acidente” da artéria que
irrigem o córtex lacunar: défice motor ou sensitivo puro
Clínica do AVC Hemorrágico
Hemorragia intraparenquimatosa:
semelhante aos respectivos territórios do AVC
isquémico, porém associa-se frequentemente
à náuseas e vómitos
Hemorragia subaracnoidea: Cefaleia
explosiva, intensa, vómitos, meningismo,
coma.
Exames auxiliares e Diagnóstico
Hipoglicémia,
Meningoencefalites com défice neurológico
focais,
malária cerebral;
Paralisia pós convulsões;
Encefalopatias por HTA, Alcoólica ou Hepática;
Traumatismo crânio-encefálico;
Lesões ocupando espaço;
Coma hiperosmolar
Conduta
Internar para monitorar
ABC sobretudo se o paciente estiver inconsciente;
oxigenioterapia
não baixar a pressão arterial para além 160/100
mmHg.
Dar antihipertensivos somente se T.A. 220/110
mmHg.
os -bloqueadores (Propanolol) são os fármacos
de eleição se necessário controlo da HTA;
Conduta
Evitar dentro do possível o uso de Dextrose
E.V. e restringir uso de outros fluidos E.V. às
necessidades diárias.
A livre administração de fluidos E.V. pode
piorar edema intracraniano
Não usar NIFEDIPINA sublingual – pois implica
maior risco de queda súbita da T.A. e causar
agravamento do AVC.
Conduta
Pôr o paciente semi-sentado no leito. Isso
ajuda no ocontrole de eventual pressão
intracraniana aumentada.
Baixar a febre e dor se esta ocorre com
paracetamol
Instituir Fisioterapia da motricidade e da Fala
precocemente
Critérios de Transferência