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INTACUA, MD
MENINGITE TUBERCULOSA
Definição
A Tuberculose Meníngea (ou Meningite
Tuberculosa) é uma infecção grave das
membranas do SNC causada pelo
Mycobacterium tuberculosis (e
excepcionalmente pelo Micobacterium bovis)
Epidemiologia
Tomografia Computadorizada/Ressonância
Magnética – pede-se para investigar suspeita de
complicações (Abcessos? Tubercuomas? Pressão
Intracraniana Aumentada? Hidrocefalia
Obstructiva
Diagnóstico Diferencial:
HRZE 2 3 4 5
(comp
oral)
Fase de Manutenção (4 meses)
HR (comp 2 3 4 5
oral)
Medidas de suporte
– sinais vitais, permeabilidade das vias aéreas,
balanço hídrico - electrolítico e glicémico;
– Escala de Coma de Glasgow, reflexos pupilares,
força muscular, N.cranianos, convulsões,
fundoscopia);
– Dar Manitol ev em 20-30 min (Manutenção: 0,25
g/kg/dose, 6v/dia; Ataque:0,5-1g/kg) se suspeita
de pressão intracraniana aumentada por edema
generalizado do SNC.
– Fisipterapia
Medidas de suporte
dar Piridoxina ou Complexo B em
comprimidos para prevenir ocorrência de
neuropatia periférica
Efeitos adversos
Todos outros Anti tuberculosos – podem causar
hepatite tóxica com graus variável de
severidade e Neuropatia periférica (Parestesias).
Manitol – pode causar hipovolêmia/choque.
Prednisolona – pode favorecer ocorrência de
infecções oportunísticas.
A punção lombar em paciente com pressão
intracraniana elevada pode causar morte, por
herniação (compressão) do tronco cerebral.
Transferência/ alta
• pacientes com hipertensão intracraniana, suspeita de
abecedação intracraniana (Tuberculoma), hidrocefalia
obstrutiva e os com agravamento do coma apesar de
tratamento adequado, devem ser transferidos com as
medidas de suporte acima descritas.
• Alta:
– Estado clínico melhorando e estável; Ausência de vómitos e
com aceitação em alimentar-se; Estabilidade do estado de
hidratação e do quadro neurológico; Garantido acesso do
pessoal médico/enfermagem/agente comunitário de saúde
para administração do DOT; O doente e familiares devem estar
confortáveis e sentirem-se donos do plano de alta.
Neurossífilis
infecção causada por Treponema pallidum
A bactéria invade o SNC precocemente na infecção
pela via sexual, porém as manifestações no SNC
podem ser assintomáticas nesta fase.
décadas depois, se a Sífilis não for tratada causa
graves lesões do SNC, chamando-se Neurossífilis.
Neurossífilis é um caso com LCR reactivo à teste
VDRL (com ou sem manifestações clínicas).
Classificação, quadro Clínico, exames
auxiliares e diagnóstico
Existem 4 formas clínicas de neurosífilis:
Neurosífilis assintomática – sem sinais e sintomas de
acometimento neurológico, LCR (límpido ou turvo;
Linfócitos ++; Proteínas +; Glicose Normal ou baixa,
VDRL/RPR +).
Sífilis Meningovascular – afeta meninges e/vasos
produzindo sintomas de meningite crónica (cefaleia,
irritabilidade), paralisia dos nervos cranianos (VII, VIII, VI,
II), reflexos desiguais, pupilas irregulares com baixo
reflexos fotomotor e de acomodação, e, quando os
grandes vasos estão envolvidos, sinais e sintomas de AVC.
Classificação, quadro Clínico, exames
auxiliares e diagnóstico
Tabes Dorsalis
lesao crónica e progressiva do parênquima da
coluna posterior da medula espinhal, dos
gânglios sensoriais posteriores e raízes nervosas.
Os sinais e sintomas são: diminuição/perda da
propriocepção (sensação de posição de parte do
corpo sem olhar) e sensação de vibração,
hipotonia muscular e hiporeflexia, parestesias,
analgesia,
Classificação, quadro Clínico, exames
auxiliares e diagnóstico
Paralisia geral – dano generalizado do córtex
cerebral com início insidioso dos sinais e
sintomas: diminuição da concentração, perca
de memória, disartria, tremor dos dedos e
lábios, irritabilidade e cefaleia. Mais marcante
é a alteração de personalidade; o paciente se
torna desleixado, com confusão mental e
psicótico.
Classificação, quadro Clínico, exames
auxiliares e diagnóstico
neurossífilis assintomática é a forma mais
importante da neurossífilis. Isso é porque o paciente
assintomático pode ainda ser transmissor da sífilis,
se tratado antes dos sintomas neurológicos , haverá
cura sem sequelas neurológicas.
Alto índice de suspeita clínica (estar vigilante) é
necessário para que se faça diagnósticos precoces.
Diagnóstico será feito com base na clínica (acima
descrito) e exames auxiliares de diagnóstico
(imunológicos
Outros exames
VDRL/RPR + na amostra de sangue
• Velocidade de Hemosedimentação elevada;
• Teste de HIV e Hepatite B.
• Hemograma, Bioquimica (AST, ALT, Ureia, Creatinina,
Na+ , K +) – terão alterações inespecíficas ou
relacionadas à outras doenças de base ou coexistentes.
São análises importantes para monitorar o paciente.
• Glicemia –importante medir para comparar o valor do
LCR com Glicose do plasma
• Tomografia Computadorizada/ Ressonância Magnética
Diagnóstico Diferencial