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Enfermagem Pediátrica e Comunitária.

C 26
Tema VII: Cuidados de Enfermagem a meninos com afecções do sistema nervoso.

Sumario:
7.2 Convulsão febril.Concepto, quadro clínico, cuidados específicos de enfermaria e
educação para a saúde.
Concepto.Fisiopatología.Etiología. Quadro clínico. Fatores de riscos. Medidas de
controle. Exames complementares. Tratamento. Complicações. Cuidados
específicos de enfermaria e educação para a saúde.

7.3 Meningoencefalitis aguda viral e bacteriana.


Concepto.Fisiopatología.Etiología. Quadro clínico. Fatores de riscos. Medidas de
controle. Exames complementares. Tratamento. Complicações. Cuidados
específicos de enfermaria e educação para a saúde.

Bibliografia:-Temas de Enfermagem Pediatrica Pág 193,205


-Temas de Pediatría(Anabel) Pag-398, 318

Convulsões.
As convulsões são transtornos freqüentes na idade pediátrica, que não constituem
um diagnóstico a não ser um sintoma de transtorno subjacente do SNC.

Etiologia por idades.


Neonatales
 Encefalopatía hipóxico isquémica.
 Hipoglucemia.
 Hipocalcemia.
 Hemorragia intracraneal.
 Transtornos hidroelectróliticos e ácido base.
 Infecções pré-natais e perinatales.
 Tétano neonatal.
 Traumatismos craniais durante o parto.

Lactação
 Epilepsias.
 Infeccione intracraneales, extracraneales, pré-natais e postnatales.
 Convulsões febris.
 Transtornos hidroelectróliticos e ácido base.
 Enganos congênitos do metabolismo.
 Traumatismo cranial.
 Hipoglucemia.
 Tóxica

Período Pré-escolar e Escolar


 Epilepsia.
 Infeccione intracraneales e extracraneales.
 Traumatismos craneoencefálicos.
 Hemorragias intracraneales.

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 Isquemias cerebrais.
 Transtornos hidroelectróliticos e ácido base.
 Tumores cerebrais.

Período de adolescência
 Epilepsia.
 Traumatismos craneoencefálicos.
 Infeccione intracraneales e extracraneales.
 Tumores cerebrais.
 Transtornos metabólicos.
 Enfermidades degenerativas do SNC.
 Intoxicação por chumbo.

Classificação da convulsão febril.


1) Pelas causas que provocam a convulsão febril:
a) Simples : Aparecem em meninos normais sem antecedentes de possível dano
cerebral prévio, são breves e generalizadas com prognóstico benigno.
 Ocorre uma só vez em cada processo febril.
 Nunca dura mais de 15 minutos.
 Idade: 6 meses a 5 anos.
 Ocorrem a temperatura maior de 38º C.
 Pode haver antecedentes de convulsão febril na família.
 Não requerem tratamento médico.
 Estranha vez evolui à epilepsia.

b) Complexa: Convulsão febril com antecedentes de lesão estrutural prévia do


SNC, geralmente prolongadas, são focais ou generalizadas, seu prognóstico
é grave.
 Ocorrem várias vezes no mesmo processo febril.
 Podem durar mais de 15minutos.
 Revistam haver antecedentes patológicos pessoais.
 Ocorrem a temperaturas menores de 38º C.
 Podem haver antecedentes de convulsões febris familiares.
 Pode-se tratar com fenobarbital.
 Tem certo risco a padecer de epilepsia.

2) Convulsão por sua forma de apresentação são:


 Tónicas.
 Clónicas.
 Tónica-clónica.

3 ) Por sua extensão


 Localizadas.
 Generalizadas.

4 ) Pela intensidade e evolução


 Progressivas.
 Uniformize.

Quadro clínico convulsivo de grau febril

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 Febre.
Sonolência posterior à crise.
Movimentos tônicos, clónicos ou misturas.

Critérios para diagnóstico de uma convulsão febril.


 Hipertermia maior de 38º C. Ascensão repentina.
 Breve duração sempre menos de 15 minutos.
 Convulsão generalizada, tônico-clónica e simétricas geralmente.
 Idade do paciente entre 6 meses a 5 anos.
 Não antecedentes familiares de epilepsia.
 Não antecedentes de lesão cerebral.
 Associada a enfermidades infecciosas, freqüentes em enfermidades lhes vire.
 Antecedentes de outra convulsão febril.
 Possível repetição no mesmo processo.
 Eletroencefalograma normal.

Complicações
 Traumatismos.
 Broncoaspiración.
 Parada respiratória.
 Asfixias.
 Parada cardíaca.

Exames complementares
 Eletroencefalograma, se as condições o permitirem.
Rx de crânio e ossos largos.
Serología.
TAC

Cuidados de enfermagem
 Garantir de forma imediata a função neurológica e patrões funcionais afetados,
dependendo da terapêutica medicamentosa de urgência e atuando com muita
precisão e habilidade.
 Colocar ao menino em um plano resistente, em posição decúbito lateral e realizar
ligeira hiper extensão do pescoço.
 Realizar aspiração em presença de vômitos para evitar bronco aspiração e asfixia.
 Facilitar mecânica corporal desajustando a roupa.
 Colocar depresor montado na arcada dentaria ou gengivas .
 Colocar cateter ou máscara de oxigênio para facilitar a oxigenação.
 Manter boa mecânica respiratória e cardíaca.
 Medir S/V. fazendo ênfase na temperatura.
 Aplicar medidas antitérmicas para diminuir a febre.
 Registrar o cumprimento das ações dependentes, dose da terapêutica, assim
como as possíveis reaja adversas.
 Categorizar os dados na história clínica, refletindo as características clínicas da
convulsão.
 Avaliar estado neurológico depois da convulsão.

Meningoencefalitis:

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A meningoencefalitis é um processo inflamatório geralmente de causa infecciosa,
que compromete ao SNC e seus envoltórios, que são as meninges.
Estas se podem manifestar com sintomatologia a predomínio de sintomas
encefálicos (encefalite) ou com predomínio de signos meníngeos (meningite)

Existem dois tipos de meningoencefalitis:


 Primária :O agente causal pode ser precisado ao nível do sítio afetado
(sistema nervoso), são diretamente causadas por agentes infecciosos.
Secundárias: São subseqüentes a processos tóxicos, medicamentosos,
vacinações, estados alérgicos, etc.

Meningoencefalitis com signos encefélicos (encefalite) (viral):


É um processo inflamatório agudo do SNC, de etiologia geralmente viral que
apresenta geralmente manifestações de infecção, possíveis sintomas de irritação
meníngea e alteração da consciência com convulsões, ou alterações neurológicas
focais.

Etiologia das meningoencefalitis


1 ) Primárias
Herpes vírus.
Varicela zoster.
Citomegalovirus.
2) Secundária : Post infecciosas
Sarampo
Varicela zoster.
Gripe.
Micoplasma.
Hepatite.

3) Meningoencefalitis tóxicas

4) De etiologia múltiplo e em ocasiões desconhecidas

Quadro clínico da Meningoencefalitis Viral.


 Febre.
 Labilidade emocional.
 Alteração progressiva da consciência.
 Transtornos motores com ataxia.
 Convulsões.
 Estupor.
 Coma.
 Déficit sensorial.
 Vômitos.
 Cefaléia.
 Irritabilidade.
 Parestesia.

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 Alterações pupilares.
 Taquicardia.
 Arritmias respiratórias.

Complementares
 Hemocultivo.
 Hemograma.
 Eritrosedimentación.
 Estudo do líquido cefalorraquídeo.
 PL: Líquido claro, glicose normal , proteínas normais ou ligeiramente aumentadas.
 Cultivo do Gram ( não crescimento bacteriano)

Tratamento
 O tratamento está dirigido às complicações (convulsões, hipertermia), perfusión
cerebral, o equilíbrio hemodinámica, respiratório, metabólico, renal e a nutrição.
 Acyclovir e/v c/8h para as meningoencefalitis herpéticas.
 Medidas de sustento e tratamento das complicações:
-Repouso em cama.
-Dieta branda de acordo com o estado do paciente.
-Mudanças de posição na cama.
-Manter vias aéreas permeáveis.
-Aspiração.
-Oxigênio, traqueostomía e respiração assistida.
-Hidratação adequada.

Meningoencefalitis com signos meníngeos (meningite) (bacteriana):

Etiologia:
 Haemofilo influenzae.
 Streptococo nuemoneae e beta hemolítico.
 Estafilococo.
 Sarmonela.
 Psuedomona.
 Meningococo (fundamentalmente neumococo).

Quadro clínico: Precedidos de infecção respiratória alta.


 Irritabilidade.
 Intranqüilidade.
 Agitação
 Febre elevada.
 Calafrios.
 Anorexia.
 Vômitos em projétil não precedidos de náuseas.
 Rigidez de nuca.
 Fotofobia.
 Mudanças no caráter.
 Cefaléia.
 Abombamiento de fontanela anterior.
 Convulsione no 30%.

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 Tira de conscientiza do estupor até o coma.
 Hiperreflexia tendinomuscular e cutânea incrementada.
 Podem aparecer: parestesias e paralisia, estrabismo, ptosis parpebral,

No Recièn nacido.
 Hipotermia
 Febre
 Distrés respiratório
 Ictero
 Rechaço ao alimento
 Alterações da consciência e hipotonia.

No lactante:
 Febre alta.
 Mal estado geral.
 Vômitos em projétil não precedidos de náuseas.
 Rechaço ao alimento.
 Irritabilidade.
 Pranto que não para.
 Convulsões freqüentes.
 Fontanela tensa.
 A rigidez de nuca pode ou não estar presente.

Complicações
Imediatas
 Shock séptico
 Shock hiponatrémico.

Mediatas
 Abscesso cerebral.
 Pioventriculitis

Tardias : som as seqüelas que deixa a enfermidade


 Epilepsia.
 Paralisia cerebral infantil.
 Limitações barcos a motor.
 Atraso mental.
 Transtornos dos órgãos dos sentidos.
 Transtornos da conduta.
 Hidrocefalia.
 Em casos mais graves estados vegetativos persistentes

Complementares
 Exsudado Faríngeo:
 Hemograma completo
 Punção Lombar: Líquido turvo, hipertenso, como água de arroz, glicoses,
diminuídas e proteínas aumentadas.
 Cultivo do Gram: Presença de bactérias.

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Tratamento:
 Monitorar os signos vitais.
 Garantir 2 vias venosas e logo que as condições do paciente o permitem uma
central (vigiar sobre tudo o edema cerebral).
 Medir diurese horaria (0.5ml Kg. /hora).
 Sonda levine aberta.
 Tira de complementares (hemograma, LRC, glicemia, gasometría, ionograma,
coagulograma, osmolaridad em sangue e urina, uréia e createnina.).
 HBHM.
 Manter ao paciente hemodinámicamente estável
 Diminuição do edema cerebral: manitol 20%, dexametasona.
 Profilaxia das convulsões: fenobarbital, convulsin
 Dexametazona c/ 6h X 3 dias.(para a lisis celular)

Tratamento específico em relação com a idade do paciente e o agente etiológico


Recém-nascido ou lactante menor de 3 meses:
 Combinação de aminoglucósidos e ampicilina (para cobrir os gérmenes grande
negativo, estafilococo e o estreptococo do grupo A).
 Cefalosporinas de última geração.
 Manter o tratamento deve manter-se por 2 ou 3 semanas.

Meninos maiores:
 Cefalosporinas de 3era geração, em caso de ser o neumococo o agente causal
deve associar-se à Penicilina ou vancomicina.
 Pode combinar-se Penicilina cristalina + cloranfenicol, durante 10 dias.

Cuidados de Enfermagem
 Cooperar com o médico e o material necessário para realizar PL.
 Vigiar os signos vitais do menino (temperatura, tensão arterial, e freqüência
cardíaca e respiratória), monitorar em caso necessário.
 Vigiar os ganhos e as eliminações para controlar os electrólitos e evitar o edema
cerebral por administrar grandes quantidades de líquidos.
 Vigiar infecções secundárias.
 Vigiar o nível de consciência e signos neurológicos.
 Reduzir a temperatura com antipirético.
 Manter o equilíbrio hidroelectrolítico.
 Isolar completamente ao menino por 24 a 48h para evitar contágio e mantê-lo
em uma habitação tranqüila .
 Identificar aos contatos íntimos e aos meninos de alto risco para fazer uma boa
profilaxia.
 Desinfecção dos locais onde esteve o menino em menos de 24h.
 Efetuar uma boa quimioprofilaxis. Sobre tudo a meninos que estiveram em
contato com o menino doente: administrar rifampicina: 10mg/Kg. durante dois
dias em meninos maiores de 1 mês e 5mg/Kg. durante dois dias em meninos
menores de 1 mês.
 Importante a educação sanitária: vacinação meningococo tipo C aos 2; 4 e 6
meses e Haemophilus influenzae aos 2; 4; 6 e 18 meses. Contra com o
meningococo do tipo B não há vacina.
 Educar e aconselhar aos pais ante a possibilidade da aparição de seqüelas:
Hidrocefalia.

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Problemas neurológicos:
Motores: paralisia, convulsões e estrabismo.
Sensoriais: parestesias.
Psíquicos: atraso mental e a alteração conductual.

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