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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM


CUIDADO INTEGRAL À SAÚDE DO ADULTO I

Distúrbios Convulsivos e
Epilepsia
Sistematização da Assistência de Enfermagem

Profº. Esp. Robson Gomes


DISTÚRBIOS
CONVULSIVOS
Convulsões ou Crises epiléticas

São episódios de uma atividade motora, sensorial, autônoma ou


psíquica anormal (ou combinação dessas) decorrentes da descarga
excessiva e súbita dos neurônios cerebrais.
Etiologias
 Idiopáticas

 Adquiridas:
 Hipoxemia

 Traumatismo craniano

 Hipertensão

 Infecções do sistema nervoso


central
 Condições metabólicas e tóxicas

 Tumor cerebral

 Suspensão de drogas e alergias

 Derrame e metástase cerebral.


Manifestações Clínicas -
Tipos de Convulsões
Indicação da localização
EPILEPSIA
Epilepsia
Distúrbio elétrico que ocorre nas células nervosas em uma determinada seção do
cérebro, levando-as a emitir descargas elétricas anormais, recorrentes e incontroláveis.

Adefiniçãodeepilepsiapassouasercaracterizadaporumadasseguintescondições:pelo
menos duas crises não provocadas (ou duas crises reflexas) ocorrendo em um intervalo
superior a 24 horas;uma crise não provocada (ou uma crise reflexa) eaprobabilidadede
ocorrência de futuras crises, estimada pelo risco de recorrência geral, que é de pelo
menos 60%, depois de duas crises não provocadas ao longo dos próximos dez
anos,alémdediagnósticodeumasíndromeepiléptica
Epilepsia

É caracterizada por convulsões recorrentes

Etiologia

 Primária - idiopática
 Secundária - causa é conhecida e a epilepsia é sintoma - tumor
cerebral,
- abscessos cerebrais,
- traumatismo craniano,
- doenças infecciosas,
- intoxicações,
- asfixia neonatal,
- distúrbios circulatórios, metabólicos ou nutricionais...
Fisiopatologia

Neurônios transportam mensagens por meio de descargas


elétricas que deslizam ao longo deles (despolarização)

Grupo de células continuam a se despolarizar mesmo após o


término de uma tarefa (descargas indesejadas)

Regiões do corpo controladas por neurônios desnorteados


podem funcionar de maneira errada

As manifestações variam desde reações locais brandas a


incapacitantes com perda da consciência
Avaliação Diagnóstica
Determinar o tipo de convulsão.
-Freqüência e gravidade
-Fatores que precipitam
-Exames:
EEG
TC
Exame físico e neurológico
Hematológico e sorológico

*Os exames complementares devem ser orientados pelos achados da


história e do exame físico. O principal exame é o eletroencefalograma
(EEG), cujo papel é auxiliar diagnóstico da doença. O EEG é capaz de,
quando alterado, identificar o tipo e a localização da atividade
epileptiforme e orientar na classificação da síndrome epiléptica e na
escolha do fármaco antiepiléptico.
Controle farmacológico
 Medicamentos anticonvulsivantes
carbamazepina, clonazepam, fenobarbital...

 Monitorar efeitos colaterais


tontura, sonolência, náuseas e vômitos, diplopia, fadiga...

 Atentar para surgimento de efeitos tóxicos


exantema cutâneo, hepatotoxidade, alterações hematológicas...
Sistematização da Assistência de Enfermagem
Levantamento de dados

Anamnese
 Histórico de convulsões;
 Fatores que precipitam as crises;

 Ingestão de álcool;

 Se há uma “aura” ou sensação de advertência antes


da crise;
 Estilo de vida;

 Limitações, lazer, contato social, trabalho...


Sistematização da Assistência de Enfermagem
Levantamento de dados

Exame Físico - durante a convulsão


 Onde começam os movimentos ou a rigidez,
 Posição do olhar e da cabeça,
 Tipo de movimento e parte(s) do corpo afetada(s),
 Presença ou ausência de automatismos,
 Tamanho das pupilas,
 Incontinência urinária ou fecal,
 Duração da crise convulsiva.
Sistematização da Assistência de Enfermagem

Levantamento de dados

Exame Físico - após a convulsão


 Movimentos finais;
 Nível de consciência e duração das fases;
 Paralisia ou fraqueza de membros;

 Incapacidade de falar;

 Se dorme ou não e quanto tempo;

 Estado cognitivo (confusão ou não);

 Avaliar danos e traumas mecânicos.


Sistematização da Assistência de Enfermagem
Intervenções de Enfermagem

Durante as convulsões
 Fornecer privacidade;
 Deitar o paciente no chão, se possível;
 Proteger a cabeça;
 Afrouxar roupas;
 Afastar mobílias que possam machucar;
 Se estiver no leito, remover travesseiro e elevar grades laterais (acolchoadas);
 Se ele prever a convulsão, inserir cânula de Guedel;
 Não tentar abrir boca cerrada em um espasmo para introduzir algo;
 Não tentar conter o paciente;
 Assim q possível, coloque-o em decúbito lateral coma cabeça flexionada para diante,
para facilitar drenagem;
 Aspirar secreções se necessário.
Sistematização da Assistência deEnfermagem
Intervenções de Enfermagem

Após as convulsões

 Manter o paciente em decúbito lateral, para evitar aspiração;


 Manter vias aéreas pérvias;
 Ao despertar, reorientá-lo no tempo e espaço;
 Manter uma abordagem calma, tranquila.
Sistematização da Assistência de Enfermagem
Intervenções de Enfermagem

Controle do medo e melhoria no enfrentamento


 Identificar fatores que podem precipitar a crise;
 Encorajar a seguir uma rotina regular e moderada no estilo de vida, dieta e
exercício-repouso;
 Evitar estimulação fótica, estados de tensão, bebidas alcoólicas;
 Orientar o paciente a andar com identificação;
 Encaminhar a psicólogo e grupos de apoio;
 Encorajar a participação da família;
 Orientar família a fim de evitar rejeição ou excesso de proteção.

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