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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA


CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

sUBSÍDIOS PARA
IMPLANTAÇÃO DA SAE
Profa. Dra. Suzana Mangueira

VITÓRIA DE SANTO ANTÃO – PE


2015
IMPLANTAÇÃO DA SAE EM
INSTITUIÇÕES HOSPITALARES
Introduzida no Brasil na década de 1970, por Wanda de
Aguiar Horta;

Resolução n° 272/2002 do COFEN - Dispõe sobre a


Sistematização da Assistência de Enfermagem - SAE -
nas Instituições de Saúde Brasileiras

RESOLUÇÃO 358/2009 - Dispõe sobre a


Sistematização da Assistência de Enfermagem e a
implementação do Processo de Enfermagem em
ambientes públicos ou privados, em que ocorre o
cuidado profissional de enfermagem, e dá outras
providências
MODELO PROPOSTO POR
FAWCETT (1995)
Metaparadigma (pessoa, ambiente, saúde, enfermagem)

Filosofia (visão de mundo)

Modelos conceituais

Teorias

Indicadores empíricos
Etapas de implementação de um Sistema
CTE, segundo Fawcett (1995)
ETAPAS DESCRIÇÃO
1. Idéia ou visão O que a prática de Enfermagem é e como
deveria ser
2. Formação de uma força Incluir pessoas-chave e representação da
tarefa instituição de saúde
3. Comitê de planejamento e Comitê: membros da força tarefa e outros
plano de longo alcance profissionais;
Plano: linha de tempo, recursos humanos e
materiais necessários, metas e gastos
4. Revisão de documentos Todos que servem como base para a prática de
Enfermagem, visando reafirmar ou modificar
5. Seleção e desenvolvimento Análise de todos os modelos e teorias existentes;
de um Sistema Conceitual- comparação com a filosofia da instituição e
Teórico-Empírico sua congruência; selecionar o mais
apropriado
Etapas de implementação de um Sistema
CTE, segundo Fawcett (1995)
ETAPAS DESCRIÇÃO
6. Educação da equipe de Seminários de educação continuada,
Enfermagem workshops, retiros, discussões em
grupo, conferências, rodas, cursos...
7. Locais de Unidades piloto para avaliação da
demonstração experiência
8. Implementação em Deve-se implementar, monitorar e refinar
toda a instituição
9. Avaliação dos Deve ocorrer periodicamente,
resultados discutindo-se estratégias para o
aprimoramento
10. Disseminação dos Publicação em meios científicos,
procedimentos e compartilhando o que foi feito para
resultados do projeto que possa servir de subsídio para
de implementação experiências posteriores
COMO IMPLANTAR E
IMPLEMENTAR A SAE?

Introduzir, estabelecer,
IMPLANTAR
inserir...

IMPLEMENTAR executar, cumprir...


ETAPAS:
1. Reconhecimento da realidade institucional: valores, clientela,
recursos, capacidade produtiva, facilidades, dificuldades,
peculiaridades...

1.1 Estrutura política de gestão institucional

1.2 Interesse institucional pela proposta e sua viabilidade prática

1.3 Estrutura organizacional (missão, filosofia, objetivos)

1.4 Recursos disponíveis


- Estrutura física das unidades;
- N° de enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem;
- Impressos;
- Capacitação profissional;
- Clientela (necessidades específicas/perfil)
ETAPAS:
2. Sensibilizar toda a equipe de Enfermagem

3. Definir a missão, filosofia e objetivos do


Serviço de Enfermagem da instituição

4. Preparo intelectual da equipe de


Enfermagem
4.1 Estudo das teorias de Enfermagem
4.2 Compreensão dos modelos teóricos de Processo de
Enfermagem
ETAPAS:
5. Definição do Referencial Teórico

6. Elaboração dos instrumentos do


Processo de Enfermagem

7. Preparo prático para a implementação


da SAE
(HERMIDA; ARAÚJO, 2006)
PERSPECTIVA DE
TRANSFORMAÇÃO
ESTABILIDADE DISSONÂNCIA

RECONCEITUALIZAÇÃO CONFUSÃO

RESOLUÇÃO HABITAÇÃO
COM INCERTEZA

SÍNTESE SATURAÇÃO
PERSPECTIVA DE
TRANSFORMAÇÃO
Estabilidade inicial: é rompida quando a
ideia de implementar um sistema CTE é
incorporada;

Dissonância: As enfermeiras passam a


analisar a sua prática à luz do novo
modelo e começam a ver as discrepâncias
entre a atual forma de prática e que a
prática de enfermagem poderia ser.
PERSPECTIVA DE
TRANSFORMAÇÃO
Confusão: À medida que lutam para
estudar mais sobre o assunto, as
enfermeiras freqüentemente se sentem
ansiosas, irritadas e incapazes de pensar.
O significado atual de sua prática não faz
mais sentido, no entanto, a nova
perspectiva não está suficientemente
interiorizada para fornecer a resolução.
PERSPECTIVA DE
TRANSFORMAÇÃO
Habitação com incerteza: as enfermeiras
estão reconhecem que a confusão não é
decorrente de alguma inadequação
pessoal. Elas estão imersas em
informações que freqüentemente parecem
obscuras e irrelevantes, mas que aos
poucos vai clarificando. A ansiedade é
substituída pela liberdade de explorar
novas perspectivas.
PERSPECTIVA DE
TRANSFORMAÇÃO
Saturação: as enfermeiras sentem que
elas não podem pensar ou aprender algo
mais sobre o sistema CTE

Síntese: São os insights, que permitem


tornar o conteúdo do modelo conceitual ou
teoria coerente e significativo.
PERSPECTIVA DE
TRANSFORMAÇÃO
Resolução: as enfermeiras sentem uma
sensação de conforto com o novo modelo.
A sensação é de empoderamento.

Reconceitualização: As enfermeiras
conseguem, conscientemente,
reconceituar a prática de enfermagem
com um novo significado.
PERSPECTIVA DE
TRANSFORMAÇÃO
Estabilidade final: A fase final, o retorno
à estabilidade, ocorre quando a
perspectiva do novo significado prevalece,
isto é, quando a prática de enfermagem é
baseado em um sistema CTE explícito.
Dificuldades para
implantação da SAE
Falta de compromisso da gestão;
Falta de sensibilização da equipe de
enfermagem (desvalorização da SAE);
Déficit de conhecimento de profissionais sobre
as etapas da SAE (exame físico, manuseio de
taxonomias...) e teorias;
Déficit de quantitativo de profissionais;
Estrutura física precária;
Instrumentos ineficientes; etc.
Estratégias de superação
Sensibilizar a gestão por meio de estudos que
comprovem a eficácia da SAE, como diminuição
de gastos, de tempo de internação, de índices
de infecção, aumento da qualidade da
assistência e satisfação do cliente. Para tanto, a
gestão deve fornecer subsídios, como:
contratação de pessoal, capacitação da equipe,
melhoria da estrutura física, fornecimento de
materiais e suprimentos necessários.
Estratégias de superação
Sensibilizar a equipe de enfermagem quanto
à importância da SAE para a autonomia da
profissão e satisfação profissional.
Capacitar a equipe de enfermagem por meio
de cursos, workshops, seminários, rodas de
discussão, etc.
Reformulação de instrumentos, de modo a
torná-los específicos para a clientela assistida e
de fácil manuseio pela equipe.

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