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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO SÃO JOÃO

Curso de ESMI

Modulo 14 Disciplina de Liderança, Gestão e Administração em Enfermagem

3º Grupo

Tema: Práticas de Administração Em Enfermagem

Nome dos elementos: Docente:

Zena Rosário Jaime Maria Sumail Socoma

Cátia Rachide

Natércia Rosário

Severina

Lichinga, 18 de Janeiro de 2023


INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO SÃO JOÃO

Curso de ESMI

Modulo 14 Disciplina de Liderança, Gestão e Administração em Enfermagem

3º Grupo

Tema: Práticas de Administração Em Enfermagem

Nome dos elementos: Docente:

Zena Rosário Jaime Maria Sumail Socoma

Cátia Rachide

Natércia Rosário

Severina

Lichinga, 18 de Janeiro de 2023


Índice

Conteúdo

1. Introdução ............................................................................................................................... 3

1.2. Metodologia ......................................................................................................................... 3

2.0. Práticas de Administração em Enfermagem ........................................................................ 4

2.1. Conceitos ............................................................................................................................. 4

2.2. Práticas administrativas na Enfermagem ............................................................................. 4

2.3. Fluxograma e Organograma dos serviços ........................................................................... 5

2.3.1. Conceito de Fluxograma ................................................................................................... 5

2.3.2. Como criar fluxograma ..................................................................................................... 6

2.3.3. Conceito de Organograma ................................................................................................ 6

2.3.4. Aplicações práticas do Organograma ............................................................................... 7

2.4. Tipos de Organogramas ....................................................................................................... 7

3.0. Descentralização de Competências ..................................................................................... 8

3.1. Organização centralizada ..................................................................................................... 8

3.1.1. Vantagens ......................................................................................................................... 8

3.1.2. Desvantagens .................................................................................................................... 8

3.2. Organização descentralizada ............................................................................................... 9

3.2.1. Vantagens ......................................................................................................................... 9

3.2.2. Desvantagens .................................................................................................................... 9

4.0. Conclusão .......................................................................................................................... 10

5.0. Referências Bibliográficas ................................................................................................. 11


1. Introdução
O presente trabalho aborda acerca das práticas de Administração em Enfermagem, tendo
como objectivo a compreensão da importância da administração geral e sua contribuição para
o desenvolvimento da Administração em Enfermagem. Além disso, também discutir a génese
do pensamento administrativo em Enfermagem, a administração de enfermagem como uma
extensão do cuidar, as relações humanas no trabalho de enfermagem, as funções
administrativas como instrumentos para a administração em enfermagem.

A necessidade da administração existe desde as mais antigas sociedades, todavia a palavra


administração vem do latim ad (direcção, tendência para) e minister (subordinação ou
obediência), significando aquele que realiza uma função, um serviço, sob um comando, para
outro, estando frequentemente associado à função de controle.

Na sua origem a administração e o controle tinham como características a rigidez e a coerção,


com a evolução da prática e da teoria geral da administração, as formas de controle foram se
transformando incorporando a flexibilidade, participação e negociação como estratégias.

1.2. Metodologia

Para a realização e concretização do presente trabalho recorreu-se a pesquisa bibliográfica,


isto é, consulta de manuais, artigos, e pesquisa feita na internet.

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2.0. Práticas de Administração em Enfermagem

2.1. Conceitos

A administração é uma ciência, ou seja, possui um corpo de conhecimentos que lhe é


próprio. O que nós na enfermagem fazemos é utilizar esse corpo de conhecimentos aplicando-
os na nossa prática. A administração em enfermagem, nada mais é do que mais um
instrumento ou meio, para que possamos estar actuando em enfermagem. A finalidade do
nosso trabalho é o cuidar que tanto no modelo individual como no de saúde colectiva, se
operacionaliza por diferentes processos de trabalho: o de assistência à saúde; o de
administração dessa assistência, o de ensino e o de investigação científica (gerando o saber
necessário à produção) (ALMEIDA, et al. 2011).

Administração em enfermagem é uma função inerente ao trabalho do enfermeiro, ou seja,


não dá para fazer enfermagem sem utilizar os conhecimentos da administração utilizamos os
preceitos da administração até na realização de um procedimento "simples" do tipo
administrar um medicamento, ou realizar um curativo. Pois, para realizar essas funções
precisa-se pensar e avaliar o que fazer, depois providenciar os recursos materiais para realizar
a actividade que será feita em um determinado ambiente e em muitos dos casos decidir se o
ambiente é ou não adequado. Pois em todas essas actividades estão implícitos conhecimentos
de administração (ALMEIDA, et al. 2011).
A Enfermagem busca na Administração uma ciência capaz de tornar a profissão
operacionalmente racional, tendo em vista que a Administração é defendida como um
instrumento de qualquer organização e que pode ser aplicada em qualquer área (SOUZA;
SOARES, 2006).

Trazendo o corpo de conhecimentos da Administração para o trabalho do enfermeiro no


cumprimento das suas funções, percebe-se que há uma forte correlação dos conceitos
apresentados pela Administração na Enfermagem (OLIVEIRA JR., 2010).

2.2. Práticas administrativas na Enfermagem

De acordo com Oliveira (2010), as principais práticas de administração em enfermagem


destacam-se:
 Distribuir os trabalhadores de acordo com a necessidade do serviço;
 Elaborar e acompanhar as escalas de serviço;
 Determinar a escala diária dos leitos;

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 Cumprir e fazer cumprir regulamentos da instituição, como: rotinas, portarias,
circulares e outros;
 Prever e solicitar materiais necessários para o funcionamento do serviço;
 Planejar, participar e estimular a equipa de enfermagem a participar de cursos, eventos
e pesquisas;
 Liderar, supervisionar e executar acções de enfermagem;
 Elaborar ou participar da elaboração de manual de normas, rotinas e procedimentos de
Enfermagem, facilitar a participação de outros membros da equipa e criar condições
para torná-los disponíveis a toda equipe no local de trabalho.
 Esses materiais são revisados periodicamente para acompanhar as mudanças.
 Emitir parecer técnico na compra ou locação de materiais ou equipamentos;
 Encaminhar materiais hospitalares danificados para manutenção;
 Estabelecer sistemas e fazer orientação contínua quanto à prevenção de riscos
ocupacionais, indispensável aos trabalhadores em admissão;
 Implementar programas de educação contínua e aperfeiçoamento das equipas de
Enfermagem;
 Avaliar o desempenho da equipe, detectar necessidades e oferecer soluções para o bom
andamento do serviço.

2.3. Fluxograma e Organograma dos serviços

O conhecimento a respeito da elaboração de fluxograma e organograma e o uso dessas


ferramentas são fundamentais em qualquer função administrativa.

As possibilidades de trabalhos que podem ser realizados utilizando-se essas ferramentas são
várias, principalmente no que tange ao mapeamento de processos.

2.3.1. Conceito de Fluxograma

Um fluxograma é um diagrama que tem como finalidade representar processos ou fluxos de


materiais e operações (diagramação lógica ou de fluxo). Geralmente confundido com o
organograma, o fluxograma possui a diferença de representar algo essencialmente dinâmico,
já o organograma é uma representação da estrutura funcional da organização (SOUZA;
SOARES, 2006).
O fluxograma designa uma representação gráfica de um determinado processo ou fluxo de
trabalho, efectuado, geralmente, com figuras geométricas normalizadas e setas unindo essas

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figuras. Por meio desta representação gráfica é possível visualizar e compreender de forma
rápida e fácil a transição de informações entre os elementos que descrevem um determinado
processo ou acção.

O uso de fluxogramas para cada processo é fundamental na simplificação e racionalização do


trabalho, permitindo a compreensão e posterior optimização dos processos desenvolvidos em
cada departamento ou sector da organização (SOUZA; SOARES, 2006).

2.3.2. Como criar fluxograma

O fluxograma possui um início, um sentido de leitura ou fluxo e um fim. Símbolos são usados
na construção do fluxograma (essas convenções podem variar):

 O círculo alongado indica o início e o fim do fluxo;


 A seta indica o sentido do fluxo;
 No rectângulo são inseridas as acções;
 O losango representa questões ou alternativas e sempre terá duas saídas;
 Linhas ou setas nunca devem se cruzar;
 Todo o texto deve ser claro e sucinto;
 Iniciar as acções com verbo no infinitivo (fazer, dizer);

É importante estabelecer o fluxograma de forma que este fique o mais claro possível, ou seja,
que fique fácil identificar as acções que devem ser executadas, ou dependendo do tipo de
fluxograma, as alternativas do processo.

Outros símbolos e modelos podem ser usados para elaborar fluxogramas, o que vai determinar
quais símbolos utilizar ou não, ou ainda, que tipo de fluxograma se deve usar é seu objectivo e
o que ele descreve (OLIVEIRA, 2010).

2.3.3. Conceito de Organograma

O organograma é uma espécie de diagrama usado para representar as relações hierárquicas


de uma instituição ou simplesmente a distribuição dos sectores, unidades funcionais, cargos e
a comunicação entre os mesmos.

Os organogramas mostram como estão dispostas as unidades funcionais, a hierarquia e as


relações de comunicação existentes entre estes.

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Em um organograma, os órgãos são dispostos em níveis que representam a hierarquia
existente entre eles. Os órgãos são unidades administrativas com funções bem definidas.

Exemplos de órgãos: Tesouraria, Departamento de Compras, Central de Material, Sector de


Imagens, Laboratório, Farmácia, Secretaria.

Os órgãos possuem um responsável, cujo cargo pode ser chefe, supervisor, gerente,
coordenador, director, secretário. Normalmente tem colaboradores (funcionários) e espaço
físico definido.

Em um organograma vertical, quanto mais alto estiver o órgão, maior a autoridade e a


abrangência da actividade.

2.3.4. Aplicações práticas do Organograma

As aplicações práticas do organograma são: demonstrar a divisão do trabalho em fracções


organizacionais, destacar a relação superior subordinado e a delegação de autoridade e
responsabilidade e facilitar a análise organizacional (KURGANT, 2008).

Não só também destacar o trabalho de cada unidade:


 Tipo de trabalho desenvolvido;
 Cargos existentes;
 Nomes dos titulares;
 Quantidade de pessoas por sector;
 A relação hierárquica.

2.4. Tipos de Organogramas

De acordo com SILVA (2010), existem dois tipos de organogramas, a saber: clássicos e não
clássicos.

2.4.1. Clássicos
O organograma clássico é também chamado de vertical. É o tipo de organograma mais
comum, elaborado com rectângulos que representam os órgãos e linhas que fazem a ligação
hierárquica e de comunicação entre eles (SILVA, 2010).

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2.4.2. Não clássicos
São os demais tipos: horizontal, circular (radial), funcional, informativo.
Organograma horizontal, também é criado com base na hierarquia da instituição, mas tem
esse ponto amenizado uma vez que é representado horizontalmente, ou seja, o cargo mais
baixo não está em posição abaixo (o que pode ser interpretado como menos importante), mas
ao lado (SILVA, 2010).
Organograma Circular radial, usado quando se quer ressaltar o trabalho em equipa, sem a
preocupação de representar hierarquia.
É o mais usado em instituições modernas ou do terceiro sector; Reduz conflitos entre superior
e subordinados, pois as linhas de autoridade ficam pouco identificadas. A hierarquia é
representada do centro para a periferia. Muitas hierarquias dificultam a elaboração (SILVA,
2010).

3.0. Descentralização de Competências

A Centralização é a maneira na qual a localização da tomada de decisão está próxima do topo


hierárquico da organização.
A Descentralização leva os níveis hierárquicos mais baixos a tomarem decisões. Apesar da
tendência de descentralização das organizações, isso não significa que todas as organizações
deveriam descentralizar todas as decisões. Cada organização deve ter a localização da tomada
de decisão na hierarquia de acordo com sua necessidade (KURGANT, 2008).

3.1. Organização centralizada

3.1.1. Vantagens
A organização centralizada apresenta as seguintes vantagens: Procedimentos homogéneos,
facilidade de controle, eficiência na comunicação vertical, melhor acesso à informação e
menos redundância de tarefas (OLIVEIRA, 2010).

3.1.2. Desvantagens
No que concerne as desvantagens, destaca-se a alta dependência da cúpula, menor competição
entre unidades, maior dificuldade em avaliar gerentes, desestimulo a criatividade e
ineficiência no uso de recursos (OLIVEIRA, 2010).

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3.2. Organização descentralizada

3.2.1. Vantagens

A organização descentralizada apresenta diversas vantagens, entre eles: maior autonomia para
os gerentes; Facilidade de avaliar os gerentes; Competição positiva entre unidades;
Criatividade na busca de soluções; Agilidade na tomada de decisões.

3.2.2. Desvantagens

Quanto as desvantagens, a organização descentralizada apresenta as seguintes: maior


heterogeneidade das operações; tendência ao desperdício e duplicação; comunicação menos
eficiente; dificuldade de localizar responsáveis; e a dificuldade de controle e avaliação.

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4.0. Conclusão

Chegado ao término do trabalho conclui-se que administração aplicada à enfermagem é saber


planejar, coordenar, organizar, liderar e supervisionar uma assistência adequada ao paciente
para garantir o seu bem-estar. É uma ciência que vai ensinar para o indivíduo além de ver o
homem em seu bio-psico-socioeconómico irá orientar sua equipe como executar isso.
As competências gerais do enfermeiro também estão relacionadas com a área administrativa,
que engloba tomada de decisão, liderança e administração. Dentre as funções administrativas,
destacam-se o planejamento, a organização, a coordenação, a direcção e o controle dos
serviços de saúde. As etapas dos processos de enfermagem são a colecta de dados ou
investigação, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação e
avaliação.

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5.0. Referências Bibliográficas

ALMEIDA, W. D.; Lunardi, V. L. Uma nova abordagem no ensino de enfermagem e de


administração em enfermagem como estratégia de (re) orientação da prática profissional do
enfermeiro. Rev. Texto & Contexto. v.5, n.2, p. 20-34, jul.-dez. 2011.

Anónimo, (s/d). Práticas de Administração em Enfermagem, Módulo 14: Liderança, Gestão e


Administração em Enfermagem, Curso de Enfermagem Geral.

CIAMPONE, M, H, T, Kurcgant P. O ensino de administração em enfermagem. O processo


de construção de competências gerenciais. Rev. Bras. Enferm. 2004 Jul–Ago; 5 (4): 401–7.

COLLET, N, Gomes ELR, Mishima SM. Método funcional na administração em


enfermagem: relato de experiência. Revista Bras. Enferm. 2020. Jul–Set; 47 (3): 258–64.

KURGANT. P, coordenadora. Administração em enfermagem. São Paulo (SP): EPU; 2008.

MATOS, E, Pires D. A organização do trabalho da enfermagem na perspectiva dos


trabalhadores de um hospital escola. Texto Contexto Enferm. 2002 Jan–Abr;11 (1): 187–205.

SILVA, B. E. P.; Castilho, V. Marco conceitual da assistência de enfermagem –


considerações gerais. In: Campedelli, M. C. Administração em enfermagem. São Paulo,
Ática, 2010.

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