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Técnico em

Enfermagem
Módulo III
ADMINISTRAÇÃO EM
ENFERMAGEM
Técnico em Enfermagem
Módulo III
Bem-vindos,
novamente!

2X

ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM
Prof. Enf. Ismael Vaz
Enfermeiro. Especialista em Saúde da Família. Pós Graduando em Terapia Intensiva pela UERJ.
Enfermeiro pela Universidade UNIGRANRIO AFYA.
Professor/Docente na Instituição de Ensino Grau Técnico.
Especialista em Saúde da Família pela Faculdade Iguaçu – FI .
Especialista Técnico em Instrumentação pelo NIC SAÚDE.
Técnico em Enfermagem pelo SENAC RJ.
Membro do grupo de pesquisa Configurações do Trabalho de
Saúde e Enfermagem: Redes Sociais, Processo e Formação
(REDENF – UERJ).
Diretor de Pesquisa e Finanças da Liga Acadêmica de Atenção à
Saúde Coletiva (LAASC) e da Liga Acadêmica de Atenção ao
Paciente Imunocomprometido (LAAPI) - UNIRIO/EEAP.
Associado efetivo da Associação Brasileira de Enfermagem,
seção RJ - ABEn-RJ.
Enf. Ismael Vaz

Email: Enfismaelvaz@gmail.com | Tel: (21) 99590 1757 | @Enf.ismaelvaz


MANHÃ – ENF02

CRONOGRAMA
Administração em Enfermagem
Teremos:
7 aulas, X atividade, 1 prova – Total “6” encontros.
2 Faltas

Atividade:
27/09/2023 em Horário de Aula.
Grupo de 5 pessoas: Temática será definida ainda.

Data de prova:
04/10/2023 Inicio às 09:00 com duração de 1H 30Min.
ATIVIDADE
INTRODUTÓRIA
1. De acordo com seus conhecimentos
adquiridos até o momento, oque você entende
por administração em enfermagem?

2. Cite os locais onde a enfermagem pode atuar


de forma administrativa.

3. Qual o papel da equipe de enfermagem/


técnico em enfermagem dentro do setor
administrativo?

4. O que se entende por princípios da


administração?

5. Descreva os instrumentos e processos


administrativos, bem como, os tipos de
proteção universal.

6. Explique o que se compreende


detalhadamente por sistemas de informação
de saúde e cite 4.
Ementa
Atividades administrativas do Técnico de Enfermagem no
âmbito da enfermagem hospitalar. Processo administrativo e a
equipe de enfermagem. Estrutura administrativa do serviço de
enfermagem. Teorias de administração. Administração dos
Serviços de Saúde Pública e privada no Brasil. Avaliação em
saúde. Questões profissionais e sociais de liderança e de
administração.
Objetivo
Conhecer o processo de trabalho de saúde e de
enfermagem, organizar a unidade de trabalho e administrar os
resultados de sua atuação, compreender a estrutura
administrativa e organizacional das instituições de assistência à
saúde, reconhecer a posição da enfermagem na estrutura dos
serviços de saúde.
Introdução

Esta disciplina tem como objetivo


apresentar a importância da
administração geral e sua
contribuição para o
desenvolvimento da
Administração em Enfermagem.
Discutir as relações humanas no
trabalho de enfermagem, as
funções e o pensamento
administrativo em enfermagem
como uma extensão do cuidar.
Organização, estrutura e
funcionamento
do serviço de saúde
Fayol define o ato de administrar como:
Prever, Organizar, Comandar, Coordenar e Controlar.

Atualmente, sobretudo com as contribuições da


Abordagem Neoclássica da Administração, os princípios
foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar,
Organizar, Dirigir e Controlar - PODC.

Destas funções as que sofreram transformações na forma


de abordar foram "comandar e coordenar" que hoje
chamamos de Dirigir (Liderança).
Organização, estrutura e
funcionamento
do serviço de saúde

Teorias Administrativas, suas Ênfases e seus Principais Enfoques


Organização, estrutura e
funcionamento
do serviço de saúde

Teorias Administrativas, suas Ênfases e seus Principais Enfoques


Princípios Gerais de Administração

Divisão do Trabalho – consiste em dividir cada uma das


tarefas em operações mais simples (especialização). A
divisão proposta por Fayol em muito se assemelha à
segunda parte do método para pesquisa científica,
proposto por RENÉ DESCARTES, na qual ele propõe a
divisão do assunto a ser estudado em tantas partes
quantas forem necessárias para o seu entendimento.
Princípios Gerais de Administração

Autoridade e Responsabilidade – Conceitua a autoridade


como o poder de dar ordens e de se fazer obedecer; não
sendo possível concebê-las individualmente. Afirma que
toda regra tem de ser provida de sanção, sem a qual
desaparece na empresa o espírito de responsabilidade.

Disciplina – Respeito às regras estabelecidas. A boa


direção inspira obediência.
Princípios Gerais de Administração

Unidade de Comando – Cada agente, para cada ação, só


deve receber ordens de um único chefe. Aqui caberia uma
comparação com o jargão “muito chefe para pouco índio”: a
pluralidade de chefes para um único setor dilui a autoridade
de cada um deles sobre seu subordinado.

Subordinação – Prevalência dos interesses gerais da


organização. A conceituação de Fayol em muito se
assemelha a um princípio jurídico do Direito Administrativo:
o interesse geral prevalece sobre o pessoal (ou seja: em
havendo divergência entre os interesses da sociedade e os
do indivíduo, os primeiros prevalecem sobre o segundo).
Princípios Gerais de Administração

Remuneração do Pessoal – tem de ser equitativa, justa,


evitando-se a exploração. Deve haver equilíbrio entre os
interesses da empresa e os dos funcionários. O tipo de
remuneração depende da apreciação deste equilíbrio.

Centralização – Deve haver um único núcleo de comando


centralizado, atuando de forma similar ao cérebro, que
comanda o organismo. Tudo o que aumenta a importância
das funções dos subordinados é do terreno da
descentralização, tudo o que diminui a importância,
pertence à centralização.
Princípios Gerais de Administração

Hierarquia – Cadeia de comando por escalas. Afirma a


necessidade de comunicação lateral entre as escalas de
comando.

Ordem – Por meio da racionalização do trabalho, estabelece-


se o lugar de cada coisa e de cada pessoa.

Equidade – Distingue a diferença entre justiça e equidade.


Justiça poderia ser conceituada como a realização das
convenções estabelecidas, enquanto que equidade seria o
uso da razão onde não há convenção; seria a capacidade de
estimular o pessoal a empregar, no exercício de suas funções,
toda a vontade que devotamente é capaz.
Princípios Gerais de Administração

Estabilidade do Pessoal – O funcionário precisa de tempo


para adaptar-se à tarefa que lhe foi incumbida, deslocá-lo
sem que este tempo lhe for concedido (sem que sua
iniciação tenha sido finalizada) e adotar esta atitude como
premissa na administração de um organismo acarretará que
nenhuma função jamais seja desempenhada a contento.

Iniciativa – Os liderados devem ser incentivados a buscarem


por si só, as soluções para os problemas que surgirem.
Princípios Gerais de Administração

Espírito de Equipe – O corpo social deve experimentar uma


união similar à união de organismos biológicos, sem que isso
ocorra, os objetivos não serão comuns e os esforços não
serão dirigidos de forma adequada às aspirações da empresa.
Organização dos Serviços de Saúde

A organização, atividade básica de administração, serve para


agrupar pessoas e estruturar todos os recursos
organizacionais para atingir os objetivos predeterminados.

Com o fortalecimento das instituições hospitalares, tem-se


observado na enfermagem a predominância da gestão e
organização da assistência baseada no modelo da
administração científica do trabalho.
Organização dos Serviços de Saúde

Este modelo fundamenta-se na cisão entre trabalho


intelectual e manual; na valorização da autoridade, da
disciplina e da direção com subordinação da maioria às
decisões da gerência; estruturas rigidamente hierarquizadas,
onde o apego a regras, normas e regulamentos rege o
trabalho.

Esta tendência, apesar de demonstrar sinais de esgotamento,


ainda é majoritária nos serviços de enfermagem hospitalar.

Atualmente, por conta do novo modelo de gestão


implantado no hospital, a enfermagem sofre o impacto de
uma ruptura com os modelos anteriores de gestão.
Organização dos Serviços de Saúde

Diante desta nova organização, os profissionais de enfermagem


demonstram dificuldade de reorganizar a assistência em outra
lógica e de fazer emergir lideranças para a condução deste
momento.

As inovações tecnológicas têm provocado importantes


mudanças no contexto empresarial, com reflexos no mercado
de trabalho, em especial, na área de saúde, reduzindo os cargos,
aumentando as diferenças salariais, criando novas profissões e
descredenciando outras, constituindo-se em um desafio para o
homem moderno que necessita promover sua adaptação, seu
desenvolvimento pessoal e profissional para conviver nessa
nova realidade.
Organização dos Serviços de Saúde

Nessa perspectiva, a enfermagem passa por um repensar e uma


redefinição de suas funções, de maneira a assegurar seu papel
e seu compromisso com a sociedade que, nesse momento,
aspira por maior qualidade na prestação da assistência à sua
saúde. É no contexto dessas mudanças que devemos situar as
novas perspectivas da enfermagem, das políticas de saúde e do
trabalho gerencial.

A inserção do enfermeiro nesse contexto de mudanças,


acompanhando a evolução do mundo globalizado, faz-se
necessária, para a busca do progresso de seu conhecimento por
meio da implantação da política do saber e fazer crítico, que
certamente, o tornaria um profissional capaz de resolver
desafios do cotidiano, desenvolvendo assim a organização.
Aspectos Relativos à Estrutura
Organizacional em serviços de saúde
A organização é um sistema planejado de esforço
cooperativo, no qual cada participante tem um papel
definido a desempenhar, para realizar deveres e tarefas a
executar.

A Organização é o estabelecimento de uma estrutura formal


de autoridade, mediante a qual se definem, dispõem e
coordenam as fases e métodos de trabalho para se atingir
um objetivo.
Aspectos Relativos à Estrutura
Organizacional em serviços de saúde
Organização Formal: É um sistema estrutural, planejado,
formalizado oficialmente, aquele que está no papel.
Determina o que cada um faz e aonde faz dentro das
organizações, evidencia as relações de autoridade e poder
existentes entre os componentes organizacionais.
Aspectos Relativos à Estrutura
Organizacional em serviços de saúde
Organização Informal: Refere-se aos aspectos que não foram
planejados formalmente. É resultado da interação
espontânea dos membros da organização, o impacto das
personalidades dos atores sobre os papéis que lhes foram
destinados. Surge, muitas vezes, pelo fato da estrutura
formal reagir lentamente às mudanças. Assim, a estrutura
informal pode ser capaz de contornar os problemas que não
estão sendo resolvidos a contento pela estrutura formal.
Principais Características da
Organização Formal
Divisão do Trabalho - Maneira pela qual um processo
complexo pode ser decomposto em uma série de pequenas
tarefas.

• Especialização - É uma forma de divisão do trabalho,


onde cada órgão ou cargo passa a ter funções
especializadas.

• Especialização Vertical - Caracteriza-se pelo aumento do


número de níveis hierárquicos (crescimento vertical do
organograma).
Principais Características da
Organização Formal
• Especialização Horizontal - Caracteriza-se pelo
crescimento horizontal do organograma. Adotada
quando se verifica a necessidade de aumentar a perícia,
a eficiência e a melhor qualidade do trabalho em si. Mais
conhecida pelo nome de departamentalização. É uma
divisão do trabalho em termos de diferenciação entre os
diversos e diferentes tipos de tarefas executadas pelos
órgãos.
Processo de Trabalho em Saúde
e de Enfermagem
A maioria dos hospitais ainda apresenta uma configuração
clássica, que vem causando diversas dificuldades gerenciais
nestas instituições, tais como:

• Concentração de poder,
• Falhas na comunicação
• Demora em se obter respostas aos problemas
emergenciais.
Processo de Trabalho em Saúde
e de Enfermagem
Dependendo da instituição hospitalar em que se localize, O
Serviço de Enfermagem pode ter várias denominações:

• Diretoria de Enfermagem;
• Departamento de Enfermagem;
• Divisão de Enfermagem;
• Coordenação de Enfermagem;
• Chefia de Enfermagem;
• Etc.
Processo de Trabalho em Saúde
e de Enfermagem
Este serviço é o órgão centralizador das questões relativas à
profissão, ligadas diretamente à assistência prestada aos
clientes e às condições de trabalho da equipe.

O processo de trabalho de enfermagem particulariza-se em


uma rede ou subprocessos que são denominados cuidar ou
assistir, administrar ou gerenciar, pesquisar e ensinar.
Processo de Trabalho em Saúde
e de Enfermagem
No processo de trabalho gerencial, os objetos de trabalho do
enfermeiro são a organização do trabalho, os trabalhos e os
recursos humanos de enfermagem.

Para a execução desse processo, é utilizado um conjunto de


instrumentos técnicos próprios da gerência, (planejamento,
dimensionamento de pessoal de enfermagem, recrutamento
e seleção de pessoal, educação continuada e/ ou permanente,
supervisão, avaliação de desempenho, entre outros).

Também se utilizam outros meios ou instrumentos como força


de trabalho, que são os materiais, equipamentos e instalações,
além dos diferentes saberes administrativos.
Processo de Trabalho em Saúde
e de Enfermagem
Os meios e instrumentos de que se utilizam os saberes
administrativos e suas ferramentas, tais como o planejamento,
a coordenação, o controle e a direção, dentre outros mais
específicos.

Vale destacar que as atividades, próprias da gerência, são


organizadas de determinada forma, que estão presentes a
rotinização e a normatização; a hierarquia, o controle e a
autoridade; a divisão do trabalho por categorias de
trabalhadores, por turnos, por atividade etc.
Processo de Trabalho em Saúde
e de Enfermagem

Processo de Trabalho Gerencial em Enfermagem


Posição de Enfermagem na
estrutura organizacional
As estruturas organizacionais são constituídas pelos seguintes
elementos: responsabilidade, autoridade, comunicação e
capacidade decisória:

• Responsabilidade: se refere às atividades e obrigações


que o indivíduo tem que cumprir na sua unidade de
trabalho.

• Autoridade: significa o direito de se tomar decisões e está


diretamente relacionada à hierarquia de forma
proporcional, sendo que quanto maior a hierarquia, maior
será a autoridade e vice-versa.
Posição de Enfermagem na
estrutura organizacional
• Comunicação: é caracterizada pelo processo que
transmite as informações entre os diversos profissionais
de uma empresa, sendo que seu fluxo deve percorrer
todos os sentidos: verticais, horizontais e diagonais,
integrando as diversas áreas que compõem a estrutura
organizacional.

• Capacidade decisória: possui uma importância vital para


as organizações, pois o processo decisório permite realizar
uma análise antecipada dos problemas que afrontam as
empresas, priorizando e dando consistência às decisões a
serem tomadas.
Posição de Enfermagem na
estrutura organizacional
A estrutura organizacional representa a maneira como uma
empresa se organiza, mostrando claramente a divisão das
tarefas, a distribuição da autoridade e como ocorre o fluxo de
comunicação no ambiente organizacional.

A estrutura organizacional tem o objetivo de atender a três


funções básicas de uma empresa, que estão relacionadas: às
metas a serem atingidas, ao comportamento dos indivíduos
inseridos no seu ambiente de trabalho e às relações de poder
existentes.
Posição de Enfermagem na
estrutura organizacional
A estrutura hierárquica do Serviço de Enfermagem nos
hospitais, basicamente é composta pelos seguintes
profissionais(podendo haver variações de cargos, dependendo
da instituição):

• Chefe do serviço;
• Assistente da chefia;
• Supervisoras;
• Enfermeiras chefe de unidades;
• Técnicos de enfermagem;
• Auxiliares de enfermagem;
• Secretárias.
Posição de Enfermagem na
estrutura organizacional
A chefia do Serviço de Enfermagem geralmente ocupa na
instituição a posição de Responsável Técnica (RT) nessa área
específica, responsabilizando-se pelas ações de enfermagem
desenvolvidas no hospital inteiro, respondendo legalmente
perante ao Conselho Regional de Enfermagem (COREn) por
todas as atividades técnicas e administrativas.
Posição de Enfermagem na
estrutura organizacional
Na maioria dos hospitais, a estrutura organizacional da
enfermagem foi inspirada no fayolismo, configurando uma
estrutura rígida com centralização do poder decisório,
dificultando sobremaneira a operacionalização da resolução
dos problemas ocorridos nos setores de trabalho, uma vez
que estes são passados por todos os níveis de chefia até
chegar à chefia geral do serviço.

Neste tipo de estrutura, a maioria das decisões não está


coerente com a realidade, visto que as pessoas detentoras do
poder decisório estão situadas no ápice da cadeia hierárquica,
distante do contato com os trabalhadores e com as situações
vivenciadas nos setores.
Posição de Enfermagem na
estrutura organizacional
Outro fator que influência de forma significativa o
funcionamento do Serviço de Enfermagem é a comunicação
verticalizada e extremamente formal, quando está
estruturado de forma rígida.

Na maioria das vezes, a comunicação se processa por um fluxo


descendente, onde as ordens partem de cima para baixo, quer
dizer, da alta direção para os funcionários.

Já no sentido ascendente, nota-se que as informações,


geralmente essenciais ao processo decisório, muitas vezes se
perdem ou são distorcidas, passando por vários níveis
hierárquicos.
Posição de Enfermagem na
estrutura organizacional
Assim, a obstrução do fluxo de comunicação é notável, sendo
que a demora na tomada de decisão e as distorções nas
informações fazem com que os trabalhadores não tenham
retorno imediato da resolução da maioria dos problemas
levados à chefia geral do Serviço.

As estruturas administrativas da enfermagem de modo geral,


em vários hospitais ainda apresentam concepções rígidas de
poder decisório e autoridade, impondo-se de forma
distanciada e isolada da base operacional, apresentando um
fluxo de comunicação truncado, não permitindo que os atores
institucionais entrem em sintonia com os seus parceiros e com
os próprios problemas do seu local de trabalho.
Formas de trabalho

Modelos ou métodos de trabalho são formas de organização


do trabalho da equipe de enfermagem de maneira que essa
possa atender adequadamente às necessidades de cuidado
da clientela sob sua responsabilidade.
Formas de trabalho

Método integral: Cada membro da equipe de enfermagem


assume a responsabilidade de atender a todas as necessidades
de cuidado dos pacientes a eles designados.

Baseia-se no conceito de cuidado global, onde o atendimento


não é fragmentado durante o turno de trabalho. O cuidado de
todos os pacientes é responsabilidade de um enfermeiro líder,
que avalia e coordena os cuidados.

A desvantagem desse método reside na falta de preparo


profissional ou número limitado de colaboradores para assumir
tais atividades. Outro ponto de conflito refere-se aos rodízios
de turnos, o que expõe o paciente a diferentes cuidadores
durante o processo de hospitalização.
Formas de trabalho

Método funcional: Consiste na distribuição das tarefas


relacionadas aos cuidados entre os diferentes colaboradores da
equipe de enfermagem. O processo global de trabalho é
fracionado em atribuições e cada colaborador é responsabilizado
pela concretização de parte dessas tarefas.

Essas, por sua vez, são previamente definidas quanto à sua


sequência e execução. Assim, a execução repetida de atividades
com desempenho rápido e simples refletem o princípio taylorista
de parcelização. A ênfase é “fazer com que seja feito”. Esse
método de trabalho surgiu durante a Segunda Guerra Mundial
em consequência do deficiente número de profissionais de
enfermagem para atender a demanda de clientes.
Formas de trabalho

Assim, profissionais não qualificados foram designados a assumir


tarefas de menor complexidade e tornavam-se habilidosos por
repetição. Dessa forma, os enfermeiros passaram a gerenciar o
cuidado.

Sua principal vantagem à eficiência, pois as tarefas são


executadas com rapidez e com pouca confusão relativa a
responsabilidades. Além disso, possibilita o atendimento com
uma quantidade mínima de colaboradores de enfermagem.

Para os administradores isso é bastante significativo, já que se


podem reduzir enormemente os custos com salários e encargos
funcionais. Entretanto, percebe-se nessa perspectiva que o
atendimento holístico e qualificado não é considerado essencial.
Formas de trabalho

As desvantagens residem principalmente na fragmentação da


assistência e negligência das reais necessidades do paciente,
resultando em baixa qualificação do cuidado prestado.

A crença de que poupar o enfermeiro de determinadas tarefas


pode aumentar o tempo para atividades mais complexas é
questionada quando reporta-se ao tempo dispendido nas
atividades de supervisão da equipe.

Soma-se ainda a monotonia no trabalho e falta de desafios, o que


gera insatisfação no trabalho e baixa produtividade.
Formas de trabalho

Método de Enfermagem em equipe: Neste modelo assistencial,


um grupo de profissionais da equipe de enfermagem, sob o
comando de um enfermeiro, colaboram no atendimento a um
grupo de pacientes.

“Como líder da equipe, o enfermeiro é responsável por


conhecer a condição e as necessidades de todos os pacientes
designados à equipe e pelo planejamento do atendimento
individual” (MARQUIS; HUSTON, 2010: p. 340).

Uma equipe trabalhando em colaboração e respeito mútuo


pelas dificuldades e um sentido de responsabilidade
compartilhado para completar o trabalho que os uniu,
desenvolver um espírito de cooperação.
Formas de trabalho

O instrumento mais importante nesse método é a comunicação,


que de maneira formal ou informal, consolidará o atendimento
completo aos pacientes e o planejamento das atividades da equipe.

Os membros da equipe, nesse modelo assistencial, podem


colaborar com suas habilidades e conhecimentos técnicos,
trazendo assim grande satisfação no trabalho. O líder deve ser
capaz de reconhecer as capacidades individuais de cada
colaborador e designar as atividades de modo que as
potencialidades de cada
um possam ser bem exploradas.

Portanto, o líder deverá ter habilidades de comunicação,


organização, administração e liderança para implementar a
Formas de trabalho

As desvantagens desse método são frequentemente associadas as


dificuldades de implantação do modelo. Em geral o tempo é
escasso ao planejamento e comunicação, o que pode gerar
dificuldade em compreender as responsabilidades, erros no
cuidado ao paciente e atenção fragmentada.
.
Formas de trabalho

A vantagem desse método reside no atendimento holístico


proporcionado por um trabalho consistente e direto ao paciente
prestado por um número reduzido de pessoas. Além disso, o grau
de satisfação no trabalho é elevado, pois os enfermeiros sentem-se
desafiados e recompensados.

As desvantagens recaem novamente na implantação inadequada,


além da falta de preparo do enfermeiro para coordenar uma
equipe, identificar necessidades complexas ou mesmo mudanças
na condição do paciente. Soma-se ainda o fato de que em nossa
realidade, a maioria das instituições não conta com equipes
exclusivas de enfermeiros.
Formas de trabalho

Enfermagem primária: A enfermagem primária surgiu na


década de 1970 e utiliza alguns conceitos do atendimento
integral ao paciente, trazendo a figura do enfermeiro
novamente para o cuidado direto com o paciente. “De
acordo com a configuração original, a enfermagem primária
exige um corpo de funcionários composto somente por
enfermeiros. O enfermeiro primário tem responsabilidade
de planejar o atendimento 24 horas, de um ou mais
pacientes, desde a internação hospitalar, ou início do
tratamento até a alta, ou término do tratamento. Durante as
horas de trabalho o enfermeiro primário presta atendimento
integral a esse paciente” (MARQUIS; HUSTON, 2010). Por
isso, esse método é também chamado de enfermagem
baseado nas relações.
Formas de trabalho

Cada paciente está vinculado a um enfermeiro primário, que


é responsável pelos cuidados totais 24 horas por dia, durante
todo o internamento. Dessa forma, a enfermagem primária
garante avaliação individual dos efeitos dos cuidados.

O objetivo principal é a humanização dos cuidados e a


descentralização das tomadas de decisão, garantindo
assistência qualificada e individualizada. O cliente participa
ativamente quanto possível. Assim, demonstra-se o valor
essencial da prática da enfermagem nos resultados dos
clientes.
Formas de trabalho

Os enfermeiros associados são responsáveis pela


continuidade do atendimento quando o enfermeiro primário
está ausente. Cabe ao enfermeiro primário também,
estabelecer comunicação com os enfermeiros associados,
médico e demais profissionais que atendem ao paciente, além
de buscar feedback dos outros enfermeiros na coordenação
do atendimento ao paciente.

A vantagem desse método reside no atendimento holístico


proporcionado por um trabalho consistente e direto ao
paciente prestado por um número reduzido de pessoas. Além
disso, o grau de satisfação no trabalho é elevado, pois os
enfermeiros sentem-se desafiados e recompensados.
Formas de trabalho

As desvantagens recaem novamente na implantação inadequada,


além da falta de preparo do enfermeiro para coordenar uma
equipe, identificar necessidades complexas ou mesmo mudanças
na condição do paciente. Soma-se ainda o fato de que em nossa
realidade, a maioria das instituições não conta com equipes
exclusivas de enfermeiros.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Para desenvolver os processos administrativos dentro da
enfermagem são necessários algumas ferramentas que
facilitarão a implantação do mesmo.

Os manuais, instrumentos integrantes do sistema de


informação da organização, transmitem, por escrito,
orientações aos elementos da equipe de enfermagem para o
desenvolvimento das atividades.

Enquanto instrumentos de informação, os manuais reproduzem


a estrutura formal (informação escrita) do serviço de
enfermagem.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Para desenvolver os processos administrativos dentro da
enfermagem são necessários algumas ferramentas que
facilitarão a implantação do mesmo.

Os manuais, instrumentos integrantes do sistema de


informação da organização, transmitem, por escrito,
orientações aos elementos da equipe de enfermagem para o
desenvolvimento das atividades.

Enquanto instrumentos de informação, os manuais reproduzem


a estrutura formal (informação escrita) do serviço de
enfermagem.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Manuais

• Entende-se por manual de enfermagem o instrumento que


reúne, de forma sistematizada, normas, rotinas, procedimentos
e outras informações necessárias para a execução das ações de
enfermagem.

• Essas informações podem estar agrupadas em um único


manual ou divididas de acordo com sua finalidade: manual de
normas, rotinas e procedimentos; manual de educação em
serviço; manual de funcionários, manual de formulários e
outros.

• Servem para esclarecer dúvidas e orientar a execução das ações


de enfermagem, constituindo um instrumento de consulta.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Elaboração dos Manuais:

A elaboração de um manual de enfermagem podem ser


sintetizadas em 05 (cinco) etapas como:

1 – Diagnóstico da situação;
2 – Determinação dos assuntos;
3 – Estruturação e confecção dos instrumentos;
4 – Implantação;
5 – Avaliação.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Diagnóstico da Situação:

O diagnóstico é feito, com base no levantamento e na análise


de informações do serviço de enfermagem. Algumas
informações básicas para ele:

• A estrutura organizacional em que o serviço está


inserido;
• Os objetivos que devem ser alcançados em função das
necessidades de saúde da sua clientela;
• As ações de enfermagem que devem ser
desenvolvidas e por quem;
Instrumentos e Processos
Administrativos
Diagnóstico da Situação:

• Problemas enfrentados na prestação da assistência de


enfermagem e etc.
• Essas informações podem ser levantadas pela
utilização de algumas técnicas, como: entrevista,
questionário, observação e discussão em grupo. De
posse dessas informações, o próximo passo é analisá-
las para o alcance do diagnóstico da situação.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Estruturação e Confecção dos Instrumentos:

• A estruturação do conteúdo informativo envolve a ordenação e


apresentação dos assuntos. A estruturação física do manual
envolve a definição do tipo de papel, meio de localização do
assunto etc.

• Após essas definições de estrutura, cabe discutir quem irá


escrever os instrumentos: enfermeiro(a), um grupo escolhido
ou todos aqueles que utilizarão o manual. Independentemente
de quem irá escrever, é importante que o conteúdo seja
analisado pela pessoa diretamente envolvida na situação.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Estruturação e Confecção dos Instrumentos:

• A cópia provisória do manual deve ser submetida a uma revisão


para a correção de possíveis erros, após a verificação, será feita
a impressão final e montagem dos instrumentos. Terminada a
elaboração do manual, ele deve ser aprovado nos níveis
hierárquicos superiores.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Implantação:

• A implantação do manual, quando elaborado por todos, torna-


se mais fácil, pois as informações nele contidas representam o
consenso do grupo que o colocará em pratica.

• Na fase de implantação, deve-se considerar, também, o local de


permanência do manual, sendo preferível mantê-lo em lugar
acessível aos usuários.

• Pois ele se destina aos usuários, devendo ser por eles utilizado;
caso contrário foge às suas finalidades.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Avaliação:

• O manual deve ser utilizado e, para isto, suas informações


devem sofrer constantes avaliações e reformulações. Um
material desatualizado provavelmente se tornará
desacreditado.
Instrumentos e Processos
Administrativos
Conteúdo do Manual:

O conteúdo do manual é determinado pela necessidade de


informação da unidade onde será implantado. O manual poderá
conter:

• A estrutura administrativa de organização e do serviço de


enfermagem;
• As normas, rotinas e procedimentos relacionados ao pessoal, à
assistência que deverá ser prestada ao cliente, aos materiais e etc.
• Os diagnósticos de enfermagem e seus referidos cuidados;
• A descrição das funções que cada elemento da equipe deve
realizar;
• O quadro do pessoal da unidade.
Manual de Normas

As normas são conjuntos de regras ou instruções para


determinar procedimentos, métodos, organização, que
são utilizados no desenvolvimento das atividades de
enfermagem. São leis, guias que definem o modo e quem
deve realizar as ações de enfermagem.
Manual de Normas

Critérios para Elaboração:

Segundo a Associação Brasileira de Enfermagem, uma norma, para


servir de guia, deve ser formulada obedecendo alguns critérios:

• É estabelecida por uma autoridade reconhecida, como por


exemplo, o enfermeiro da unidade.
• Baseia-se num princípio, por exemplo: princípio da assepsia;
• Traduz objetivos e descreve as condições necessárias para
alcançar um ideal;
• Deve ser flexível, permitindo o raciocínio e a iniciativa;
• Deve ser ampla e expressa de maneira clara e concisa,
adequada a propósitos, e definida para poder determinar se foi
ou não cumprida;
Manual de Normas

Exemplos de Normas:

• A prescrição dos cuidados de enfermagem deverá ser feita pelo


enfermeiro encarregado, segundo condutas estabelecidas.
• Todo acidente ocorrido com o pessoal de enfermagem, durante
a realização das atividades, deverá ser imediatamente
informado à chefia de enfermagem.
• Os materiais para exame laboratorial de rotina deverão ser
encaminhados ao laboratório, diariamente, até as 9 horas.
• Todo paciente cardíaco deverá ser pesado, diariamente, pelo
atendente de enfermagem designado para cuidá-lo.
• Os funcionários de enfermagem deverão estar na unidade onde
trabalham devidamente uniformizados, até as 7 horas.
Manual de Rotinas

A rotina, conforme definição do Ministério da Saúde é o


conjunto de elementos que especifica a maneira exata
pela qual uma ou mais atividades devem ser realizados.

É a descrição sistematizada dos passos a serem dados para


a realização das ações componentes de uma atividade, na
sequência da execução.
Manual de Rotinas

Critérios para Elaboração:

A rotina é específica de cada unidade, uma vez que seus passos e


agentes dependem dos recursos existentes nessa unidade.
As rotinas podem conter as seguintes informações:

• Nome da organização da saúde;


• Nome da unidade a quem se destina;
• Título da rotina;
• Normas inerentes à rotina, quando couber;
• Identificação do agente da ação;
• Ações a serem realizadas.
Tipos de Rotinas

Rotina forma de coluna: oferece rápida visualização da


informação necessária, facilitando sua consulta. É
composta de três colunas básicas: o agente (quem), ação
(o quê) e observação (onde).

Os agentes são os únicos elementos (podendo nesse caso


ser colocado numa norma) e a coluna dos mesmos cita os
tipos de profissionais envolvidos na rotina (equipe de
enfermagem ou multidisciplinar);
Tipos de Rotinas

Rotina textual: Como o próprio nome diz – é a forma de


texto, podendo seguir tópicos (normas, agentes, ações,
observação) da rotina de colunas;

Rotina fluxograma: Representa graficamente as ações a


serem realizadas,utilizando símbolos identificados em
uma legenda. Pode ser vertical ou horizontal dependendo
da disposição em que ocorre a sequência das ações.
Também é composta por colunas: convenções, agentes,
descrição das ações.
Manual de Procedimentos

Procedimento é a descrição detalhada e sequencial de


como uma atividade deve ser realizada. É sinônimo de
técnica.

O procedimento, ao contrário da rotina, geralmente é


uniforme para toda a organização, pois está baseado em
princípios científicos e, assim, não se modifica,
independentemente de quem o realiza.
Manual de Procedimentos

Critérios para Elaboração:

Informações para elaboração de manual de procedimento:

• Nome da organização da saúde;


• Nome da unidade de enfermagem;
• Título do procedimento;
• Finalidade;
• Princípios a serem observados
• Material necessário;
• Preparo do paciente;
• Preparo do ambiente;
• Descrição dos passos;
• Anotação no prontuário.
Manual de Procedimentos

Tipos de Procedimentos:

Procedimento textual - é descritivo como um texto.

• Procedimento de colunas - pode unir várias informações, como,


por exemplo, finalidade e descrição dos passos, material e
descrição dos passos, e outros, de acordo com a informação
que se quer salientar.

Observação - O manual como instrumento de consulta ajuda na


solução das dúvidas, mas sozinho não é efetivo. Há necessidade de
se aliar a consulta ao manual à supervisão das atividades
desenvolvidas, pois, mesmo com todo cuidado na elaboração,
podem ainda surgir dúvidas e necessidades de orientação.
Parâmetros de avaliação da qualidade
da assistência de enfermagem
Como formas de avaliação da qualidade da assistência,
destacam-se os seguintes parâmetros:

• Identificação do paciente - O prontuário do paciente é um


documento legal e deve conter todas as informações
pertinentes à internação. Por ser um documento legal é
imprescindível o correto registro de todas as informações.
Parâmetros de avaliação da qualidade
da assistência de enfermagem
• Prescrição de enfermagem - esta é vista como a etapa da
assistência na qual o enfermeiro define as condutas a serem
implementadas de forma individualizada e visa uma assistência
de qualidade. Portanto, resulta do julgamento das ações
consideradas prioritárias e levantadas durante a entrevista e o
exame físico, sendo de caráter individual e as condutas de
enfermagem são determinadas pela avaliação da necessidade
de cada paciente, podendo através dessa avaliação a prescrição
ser mantida ou modificada, de acordo com as necessidades do
paciente. Assim a prescrição de enfermagem deve ser realizada
diariamente sendo um importante instrumento norteador da
assistência de enfermagem
Parâmetros de avaliação da qualidade
da assistência de enfermagem
• Procedimento de enfermagem - nesta variável, pode-se
considerar os procedimentos relacionados à higiene,
alimentação, eliminações, sinais vitais, entre outros. O registro
no prontuário do paciente é o principal veículo de comunicação
de informações, sobre as condições do paciente, para os
membros da equipe de saúde e é considerada uma ferramenta
fundamental para a avaliação da qualidade dos serviços de
saúde. Assim sendo, devem conter as observações sobre a
situação do paciente, as intervenções realizadas e os resultados
obtidos.
Parâmetros de avaliação da qualidade
da assistência de enfermagem
• Anotações de enfermagem - é o registro feito pela equipe de
enfermagem referente às condições bio-psico-sócio-espirituais
do paciente, aos cuidados prestados, aos exames submetidos
ou justificativas da não realização dos cuidados ou exames
planejados, bem como as reações do paciente frente ao
tratamento e exames. Seu conteúdo dá subsídios para a
avaliação do desenvolvimento do paciente em relação à
assistência planejada.
Acidentes e Sequelas

• Anotações de enfermagem - é o registro feito pela equipe de


enfermagem referente às condições bio-psico-sócio-espirituais
do paciente, aos cuidados prestados, aos exames submetidos
ou justificativas da não realização dos cuidados ou exames
planejados, bem como as reações do paciente frente ao
tratamento e exames. Seu conteúdo dá subsídios para a
avaliação do desenvolvimento do paciente em relação à
assistência planejada.
Tipos de Proteção Universal

Lavagem das mãos: É de extrema importância para a segurança


do paciente e do próprio profissional, haja vista que, no
hospital, a disseminação de microrganismos ocorre
principalmente de pessoa para pessoa, através das mãos.

Uso de luvas esterilizadas e de procedimento: O uso de luvas


deve ser quando o profissional for realizar:
• Manipulação de sangue e outros fluídos corporais;
• Manipulação de membrana, mucosa e pele não íntegra;
• Procedimentos em equipamentos ou superfícies
contaminadas com sangue e fluídos corporais;
• Procedimentos de acessos vasculares.
Tipos de Proteção Universal

Uso de avental: quando em contato direto com sangue e outros


fluidos corporais.

Uso de máscaras, gorros, óculos: para proteção contra sangue


e fluidos corporais. Usar quando houver risco de contaminação
de mucosas, face, olhos, boca, nariz por respingar sangue e
fluidos corporais, principalmente em punções liquóricas e
arteriais, suturas e cirurgias.
Medidas de Precaução
Universal – Protocolo
Manuseio de material perfuro cortante: o profissional não
deve reencapar, nem entortar e quebrar agulhas, escalpes e
lâminas contaminadas, isto é, exposta a sangue e fluídos
corporais.

Precauções de contato: Contato com um ou mais tipos de


matéria orgânica. Em pacientes com suspeita ou identificados
com as seguintes patologias: infecção ou colonização por
agentes multirresistentes, herpes, furunculose, piodermites,
pediculose, escabiose, conjuntivite, contato entérico com
paciente com diarreias infecciosas.
Medidas de Precaução
Universal – Protocolo
Precauções em transmissão de vias áreas: São aquelas
transmitidas pelo ar sob forma de partículas de pequeno
tamanho (menor que 5 micra). Indicação: paciente com
suspeita ou diagnosticadas por patologias respiratórias tais
como: Tuberculose, sarampo, varicela.

Precauções com gotículas (partículas): São aquelas


transmitidas pelo ar, porém alcançam curtas distâncias
(partículas ou gotículas maiores de 5 micra). Pacientes com
meningite, pneumonia (por streptococcus pneumoniae),
rubéola, caxumba, coqueluche, pois nestas patologias a
transmissão por via área é mais curta.
Acidentes com Material
Perfurocortante – Protocolo
Lavar abundantemente o local com água corrente e antisséptico
que pode ser o PVPI e outros de rotina do hospital;

Encaminhar-se ao setor da CCIH-comissão de controle da


infecção hospitalar para o acidente ser registrado;

Fazer os exames necessários de acordo com a patologia;

Caso de contaminação por H.I.V, o uso de drogas retrovirais


deve ser encaminhada para a avaliação médica.
Medidas de biossegurança

Hepatite B - Recomenda-se que todo profissional de saúde seja


vacinado contra a Hepatite B, para evitar estes tipos de
situações; caso o profissional seja vacinado deverá ser feito a
sorologia, após a vacinação (de um a seis meses da última dose)
para a confirmação de anticorpos protetores;

HIV- Devem fazer testes para detecção do vírus; o médico


avaliará a situação de fazer ou não drogas retrovirais.
Medidas de biossegurança

Hepatite C - O risco de ter essa patologia está associado a


infecções percutânea ou mucosa e sangue contaminado; O
acidente deve ser avisado a CCIH; não existe nem uma medida
eficaz contra o vírus; O profissional deve proceder à sorologia.

Diarreias Infecciosas - Observar a sintomatologia na pessoa


possivelmente contaminada; Colher a coprocultura de todos os
funcionários envolvidos no caso quando for à salmonela typi,
Shigella, etc. Caso seja positivo, o funcionário deve ser afastado
por dois meses, realizar tratamento até a alta, num total de 03
coproculturas negativas, para voltar a suas atividades
Técnicas e Princípios de Anotações
de Ocorrências
Normas:

• Escrever as evoluções de enfermagem com caneta azul no


período da manhã, e caneta vermelha no período noturno;
• Escrever com letra legível;
• Escrever de modo claro e conciso no relatório de enfermagem
(livro de ocorrência);
• Assinar todas as anotações, não usar rubrica;
• Utilizar apenas abreviaturas padronizadas;
• Não rasurar.
Técnicas e Princípios de Anotações
de Ocorrências
Ações:

• Não escrever com lápis grafite;


• Escrever as informações de modo exato, claro, completo,
conciso e legível;
• Escrever as palavras por extenso;
• Utilizar apenas abreviaturas padronizadas: SNG, SNE, SVD, SVA,
SSVV, P, T, R, PA, MMSS, MMII, IRA, IAM, ICC, AVCI, AVCH, Sa02,
FC, TCE, e etc.;
• Não deixar espaço em branco entre as anotações;
• Usar terminologia adequada;
• Fazer evoluções de enfermagem nos horários padronizados e
nas intercorrências;
Técnicas e Princípios de Anotações
de Ocorrências
Ações:

• Checar medicação administrada em horário padrão e justificar


as não realizadas;
• Registrar a realização de exames para fins diagnósticos;
• Relatar as informações sobre o estado do paciente e dos
cuidados a ele dispensados;
• Anotar características das feridas;
• Realizar balanço hídrico com precisão, anotando na folha
própria;
• Anotar resultado da verificação de SSVV;
• Registrar queixas do paciente ou anormalidades observadas;
• Anotar aceitação alimentar, e em casos de dietas especiais,
anotar tipo, horário, se foi por sonda, etc.;
Técnicas e Princípios de Anotações
de Ocorrências
Ações:

• Anotar perdas hídricas anormais: vômitos, diarreias, sudorese


excessiva, poliúria, caracterizando-as;
• Anotar presença de evacuações;
• Anotar aceitação ou rejeição alimentar;
• Registrar no impresso do SAE os dados completos.
Sistema de Informação em Saúde

É um sistema computacional que tem o objetivo de facilitar a


gerência da informação clínica e administrativa de um serviço
de saúde visando promover a melhoria da qualidade do serviço:

• Melhorar a qualidade do atendimento do paciente;


• Promover uma maior eficiência administrativa;
• Controlar custos nos procedimentos do serviço;
• Reduzir o tempo de internação melhorando a qualidade do
tratamento tomando medidas para controle de infecção
hospitalar;
• Reduzir de taxas administrativas, reduzindo custos com serviços
(Limpeza, manutenção, etc.);
• Diminuir de custos com pessoal, criando escalas mais eficientes.
Sistema de Informação em Saúde

Um sistema de informação constitui-se em um mecanismo


de coleta, processamento, análise e transmissão da
informação necessária para se planejar, organizar, operar e
avaliar serviços de saúde (OMS).
Sistema de Informação em Saúde

SIS Objetivos:

• Processamento;
• Recebimento;
• Codificação;
• Crítica;
• Cálculos;
• Apresentação.

SIS Funcionalidades:

• Coleta dos dados – Registro, Organização, Transmissão.


• Decisão e Controle – Análise de Dados e Decisões.
Sistema de Informação em Saúde

SIS Classificação:

• Sistemas de informação ambulatoriais (consultórios) -


Gerenciamento de informações clínicas e administrativas em
consultórios ou ambulatórios.

• Sistemas de informação para atenção primária (PSF) - é um


sistema cujo objetivo é agregar, armazenar e processar as
informações relacionadas à Atenção Básica (AB) usando como
estratégia central a Estratégia de Saúde da Família (ESF).

• Sistemas de informação laboratoriais - Gerenciamento de


informações clínicas e administrativas em laboratórios de
análise clínicas.
Sistema de Informação em Saúde

SIS Classificação:

• Sistemas de informação para farmácia - Gerenciamento de


informações farmacológicas e administrativas em farmácias.

• Sistemas de informação para Enfermagem - Gerenciamento de


informações clínicas e administrativas em consultórios ou
ambulatórios.

• Sistemas de Prontuário Eletrônico do Paciente -


Gerenciamento de dados pessoais e registros clínicos de cada
paciente.
Sistema de Informação em Saúde

SIS Classificação:

• Sistemas de informação hospitalar (SIH) - Gerenciamento de


informações clínicas e administrativas em um ambiente
hospitalar visando melhoria na qualidade do atendimento e
redução de custos.

SIH-Estrutura Baseada nos Setores de um Hospital:

• Unidades Técnico-Médicas - Análises clínicas;


• Unidades de Atendimento – Enfermaria, Emergência, Farmácia;
• Logística – Cozinha, Lavanderia, Manutenção;
• Administração – Gerência, Financeiro, Pessoal;
• Dados – Arquivos, Processamento, Estatísticas
Sistema de Informação em Saúde

SIH - Fluxo de informação Hospitalar-Enfermagem:

• Avaliação – Exame Físico, Fazer Ficha;


• Cuidados – Medicamentos, Higiene, Prescrições Médicas,
Supervisionar outros departamentos, Verificar o paciente;
• Planejamento – Adaptar plano de cuidados, Anexar plano
à ficha;
• Rotina Diária – Refeições, Ronda e Transporte do paciente;
• Evolução – Avaliação do paciente;
• Alta.
Sistema de Informação em Saúde

SIS- Integração dos Subsistemas Hospitalares


Sistema de Informação em Saúde

Sistema de Informação em Saúde do SUS:

• O Ministério da Saúde disponibiliza sistemas de informação


para a gestão do SUS nas esferas municipal, estadual e federal.
Disponibiliza também sistemas de informação que permitem o
gerenciamento das unidades de saúde, de dados clínicos dos
pacientes, entre outros. Ambulatoriais, Cadastros,
Epidemiológicos, Financeiros, Hospitalares, Notificação,
Tabulação.
Sistema de Informação em Saúde

Sistema de Informação em Saúde do SUS:

Sistema de Informação em Saúde do SUS


Sistemas de Informação - SUS

Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) - Criado


pelo Ministério da Saúde em 1975 para a obtenção regular
de dados sobre mortalidade no país, possibilitou a
captação de dados sobre mortalidade, de forma
abrangente e confiável, para subsidiar as diversas esferas
de gestão na saúde pública.
Sistemas de Informação - SUS

Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC) -


Implantado pelo Ministério da Saúde em 1990 com o
objetivo de reunir informações epidemiológicas referentes
aos nascimentos informados em todo território nacional,
apresenta atualmente um número de registros maior do
que o publicado pelo IBGE, com base nos dados de
Cartório de Registro Civil.
Sistemas de Informação - SUS

Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)


- O Sinan é alimentado, principalmente, pela notificação e
investigação de casos de doenças e agravos que constam
da lista nacional de doenças de notificação compulsória,
mas é facultado a estados e municípios incluir outros
problemas de saúde importantes em sua região.
Sistemas de Informação - SUS

Sistema de Informação do Programa Nacional de


Imunizações (SI-PNI) - O objetivo fundamental do SI-PNI é
possibilitar aos gestores envolvidos no programa uma
avaliação dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos
ou epidemias, a partir do registro dos imunos aplicados e
do quantitativo populacional vacinado, que são agregados
por faixa etária, em determinado período de tempo, em
uma área geográfica. Por outro lado, possibilita também o
controle do estoque de imunos necessário aos
administradores que têm a incumbência de programar sua
aquisição e distribuição.
Sistemas de Informação - SUS

HOSPUB - é o Sistema Integrado de Informatização de


Ambiente Hospitalar que fornece soluções de TI para
gerenciamento, gestão e controle social do SUS em
unidades hospitalares.
Sistemas de Informação - SUS

Subsistemas:

• Ambulatório;
• Centro Cirúrgico;
• Emergência;
• Internação;
• Laboratório (SADT);
• Material;
• Perinatal;
• Arquivo Médico (SAME)
Sistemas de Informação - SUS

Datasus - O Departamento de Informática do Sistema Único de


Saúde (Datasus) surgiu em 1991 com a criação da Fundação
Nacional de Saúde (Funasa), pelo Decreto 100 de 16.04.1991,
publicado no D.O.U. de 17.04.1991 e retificado conforme
publicado no D.O.U. de 19.04.1991.

Na época, a Fundação passou a exercer a função de controle e


processamento das contas referentes à saúde que antes era da
Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social
(DATAPREV). Foi então formalizada a criação e as competências
do DATASUS, que tem como responsabilidade prover os órgãos
do SUS de sistemas de informação e suporte de informática,
necessários ao processo de planejamento, operação e controle.
Sistemas de Informação - SUS

Datasus
Sistemas de Informação - SUS

Em quase 25 anos de atuação, o DATASUS já desenvolveu mais


de 200 sistemas que auxiliam diretamente o Ministério da
Saúde no processo de construção e fortalecimento do SUS.

Atualmente, o Departamento é um grande provedor de


soluções de software para as secretarias estaduais e municipais
de saúde, sempre adaptando seus sistemas às necessidades dos
gestores e incorporando novas tecnologias, na medida em que
a descentralização da gestão torna-se mais concreta.
Sistemas de Informação - SUS

Datasus

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