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Universidade Ceuma

Disciplina: Administração da Assistência de Enfermagem


Aluna: Aline Gabriela Pestana Botelho
Resenha sobre o artigo Contribuições e desafios do gerenciamento de
enfermagem hospitalar: evidências científicas
Na metade da década de 1960, Wanda Horta apresentou um modelo inicial do
Processo de Enfermagem, que segundo ela, é uma dinâmica das ações
sistematizadas e inter-relacionadas, visando então a assistência ao ser
humano. Como o artigo retrata, o trabalho em enfermagem organiza-se em:
assistir, administrar, pesquisar, ensinar e participar politicamente, ou seja, o
enfermeiro deve saber como agir diante das diversas situações, sobretudo,
deve sempre estar atento às atualizações da área, pois existem muitos
profissionais que não tem uma educação continuada, diante disso, é visto que
o enfermeiro perante o processo de trabalho seja atualizado e atento.
Ainda segundo o artigo, o enfermeiro possui atuação importante por meio de
ações gerenciais, principalmente no âmbito hospitalar, portanto, o enfermeiro
deve saber gerenciar a assistência, visto que é de importância na articulação
da equipe de saúde, na organização e na busca de ações estratégicas de
melhorias aos pacientes.
Logo, o enfermeiro deve saber e agir como um administrador e um líder, a
administração em enfermagem requer a aplicação do planejamento, que é
estabelecer objetivos, tomar decisões, elaborar planos e diminuir o grau de
incerteza; a organização, que aloca recursos humanos e materiais, organiza a
estrutura e o organograma, as escalas, etc; direção, o enfermeiro tem que ser o
líder, saber dar ordens e escutar a equipe, instruir, motivar; controle, o
enfermeiro deve verificar se o objetivo traçado no planejamento foi alcançado e
as ações preventivas corretas realizadas.
No âmbito hospitalar, o enfermeiro tem assumido um papel importante, visto
que ele é capaz de organizar os serviços, e adota medidas que englobam
diferentes áreas, permitindo assim maior contribuição no alcance de metas
institucionais. Com isso, é de fundamental importância que o enfermeiro saiba
agir como um líder, pois isso permite o desenvolvimento do trabalho em equipe
e contribui para a qualificação dos serviços.
A liderança em enfermagem concebe o mecanismo de influenciar os liderados
para que atuem de modo ético, construindo elos de confiança para que
alcancem resultados. Já as competências para liderar devem ser
desenvolvidas ao longo da graduação e da trajetória profissional, durante a
qual o profissional também constrói seu conhecimento, que lhe assegura visão
ampla e diferenciada do processo saúde/doença, para atuar com mais
competência e autonomia.
Diante disso, sabe-se que existem vários tipos de líderes diferentes, podendo
ser autoritário ou democrático, entre outros. Portanto, o enfermeiro deve saber
interagir perante as diferentes formas de trabalho em equipe, deve saber tomar
decisões e ouvir os problemas e perguntas da equipe, com isso o trabalho flui
de forma mais dinâmica e qualitativa, visto que é uma relação interpessoal
importante e respeitosa entre o líder e os liderados.
É de conhecimento geral que o enfermeiro tem como finalidade o cuidado em
saúde, porém, para atingir essa finalidade o profissional deve saber planejar a
assistência, que define onde se pretende chegar e o que deve ser feito, pode
ser o planejamento normativo ou tradicional; deve saber executar
procedimentos mais complexos, supervisionar o cuidado como um todo,
coordenar a equipe e desempenhar atividades mais burocráticas.
Com isso, entende-se que o enfermeiro deve saber gerenciar a assistência ao
cuidado e à saúde, alocando as equipes, fazendo escalas corretas, a fim de
minimizar e evitar possíveis conflitos entre a equipe. A gestão de pessoas é
uma área da administração que possui relação com as atividades
desenvolvidas pelos enfermeiros, uma vez que estes são líderes e agentes de
mudanças na organização de saúde, utilizando algumas funções tais como:
agregar atividades de recrutamento de colaboradores; recompensas como
incentivo; desenvolver ações de educação permanente; manter qualidade de
vida no trabalho; monitorar sistema de informações gerenciais.
Logo, o enfermeiro operacionaliza o sistema de saúde, os serviços e a
assistência à saúde, atuando de forma direta nesses serviços, garantindo
assim uma assistência integrada aos que precisam e gerenciando sua equipe.
Por isso, no artigo fica clara a importância da reestruturação do ensino de
enfermagem nas universidades, visto que a maioria dos estudantes e futuros
profissionais não conseguem desenvolver competências gerenciais durante a
graduação, o que pode ser um empecilho que deve ser vencido durante o
processo de trabalho, sendo ele na assistência ou não.
Segundo o artigo, os desafios dos enfermeiros dizem respeito ao preparo
inadequado para a gestão, visto que a graduação preza pela assistência, ou
seja, há uma grande formação de enfermeiros assistencialistas e com pouca
visão de gerência, sendo de extrema importância fortalecer o desenvolvimento
de atividades gerenciais, principalmente relacionada à gestão de conflitos.
O conflito é inerente ao trabalho em equipe, por isso é necessário a integração
de todos para fazer uma gestão de conflitos que seja resolutiva e positiva. Por
isso, o enfermeiro deve agir como um líder que saiba questionar e ouvir, que
saiba gerenciar o que a equipe necessita e solucionar os possíveis problemas,
para que a equipe seja fortalecida e o líder assim, se destaque.
Tendo em vista as informações trazidas pelo artigo, fica clara a importância dos
estudantes em se comprometerem com a gestão e empreendedorismo, pois é
de extrema importância o enfermeiro saber gerir pessoas e organizações, não
sendo somente um assistencialista e sim saber prestar as devidas assistências
com os pacientes e saber lidar com a equipe, evitando conflitos entre as
pessoas, liderando de forma assertiva e organizando o fluxo e
dimensionamento de pessoal.

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