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RELACIONAMENTO INTERPESSOAL ENTRE ENFERMEIROS/AS E EQUIPE

MULTIDISCIPLINAR

Ser um/a enfermeiro/a, trabalhar em hospitais, apesar de ser um dos mais


belos trabalhos que um ser humano possa vir a fazer para outro ser humano é
de longe um trabalho tranquilo e amigável o tempo todo, muito pelo contrário
essa profissão é uma das mais estressantes já conhecidas. Os/as
enfermeiros/as são responsáveis pelo cuidar que envolve desde gestão por
vidas esse/a também é responsáveis por previsão e provisão de insumos,
entrada e saída de pacientes, liderança de equipes pequenas e grandes assim
como gestão do processo assistencial.

A formação no Curso de Enfermagem, considerando as


Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), é pautada no
processo de aprender a ser, aprender a fazer, aprender a
conviver e aprender a conhecer, com vistas à formação
generalista, humanista, crítica, reflexiva, política e ético-legal
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018).

Devido a essas atribuições e tantas outras não citadas aqui os/as


enfermeiros/as assumem posições de estaque junto a equipe multidisciplinar,
equipe essa  formada por profissionais com diferentes perfis e habilidades.
Dentre esses grupos encontram-se várias formações técnicas, competências
distintas e diferentes perfis interpessoais, o que ajuda a alcançar resultados de
forma mais rápida perante equipes de saúde dentro dos hospitais visando
assim um trabalho de cuidado e com qualidade aos/as pacientes que fazem
uso desse serviço em diversos setores da saúde que necessitam do trabalho
do/a enfermeiro. Ainda em relação á equipe de enfermeiros e enfermeiras que
constituem os hospitais diversos, esses/as precisam integrar uma relação que
necessita que esses/as sejam responsáveis diretos pela coordenação e
supervisão do trabalho realizado por técnicos/as, auxiliares de enfermagens e
outros/as colaboradores/as afins. A emergência pelas vidas que necessitam
desse cuidado em momentos diversos da é o que diferencia essa profissão das
demais. A gerência do cuidado de vidas desempenhada no trabalho do/as
enfermeiros/as integra dimensões de assistência e gerencia que decorre de
combinações teóricas, práticas, tecnológicas e interpessoais destacando-se a
articulação que abrange relacionamento inerente ao trabalho em equipe, o
relacionamento que exige conexões de cunho profissional, a formação em si de
fato é de suma relevância porem esse trabalho necessita principalmente de
relações interpessoais entre esses profissionais conectados nesse espaço, se
esse relacionamento não acontecer os demais laços entre essa equipe
multidisciplinar não terá sucesso, a equipe adoecerá e o trabalho ofertado ao
paciente não será de qualidade.

Para gerenciar o cuidado, o enfermeiro busca desenvolver uma


visão ampla da assistência, que engloba não apenas os
cuidados prestados aos pacientes, mas também a equipe de
enfermagem e a equipe de saúde, no sentido de articular a
atuação desses profissionais e buscar a produção de um
cuidado mais qualificado, considerando a dinamicidade do
trabalho em emergência. O papel articulador dos enfermeiros
no serviço de emergência foi muito bem ilustrado na fala
apresentada a seguir, em que um enfermeiro se refere à
gerência como uma atividade imaterial e, por vezes invisível,
que envolve a articulação das ações profissionais da equipe de
saúde por meio da comunicação. (SANTOS; LIMA;
PESTANACOLOMÉ. ERDMANN, 2016).

Com a jornada das instituições de saúde de no mínimo seis horas, e no


máximo de doze horas consecutivas de trabalho, pode-se garantir que são
longos os períodos de interação entre profissionais, sem levar em conta o
desgaste adicional daqueles que tem duplo vínculo empregatício.

Nesse sentido, o enfermeiro é o profissional que permanece


mais tempo ao lado do paciente, logo, é o mais indicado
para desenvolver e sugerir ações educativas, melhorando
por consequência a satisfação no atendimento e
relacionamento entre equipe.
(OLIVEIRA; TURRUNI; POVEDA, 2016)

Esse relacionamento entre prática e relacionamento interpessoal somente é


possível por meio do trabalho em equipe o que significa construir consensos
quanto aos objetivos e resultados a serem alcançados pela equipe
multidisciplinar bem como a melhor forma dessa equipe se manter unida em
prol de um trabalho de qualidade.

O cuidado centrado na pessoa exige que o enfermeiro crie um


ambiente facilitador, sendo empático, congruente e aceitando o
outro tal qual esse se apresenta, transformando qualquer
interação ou relação interpessoal em um encontro com
qualidade (VIVELA, 2012).

Para isso, é necessário conectar diferentes processos de trabalho, com base


na interação entre os agentes envolvidos, a busca do entendimento e
reconhecimento recíproco de autoridades e saberes diversos, caso esse
relacionamento amigável e de respeito não se cumpra faz se necessário um
trabalho com concordância e respeito às necessidades da equipe para que aja
um atendimento eficaz ao cliente final.
REFERÊNCIAS

Estratégias utilizadas pelos enfermeiros para promover o trabalho em equipe


em um serviço de emergência. Disponível em
https://www.scielo.br/j/rgenf/a/ZxVZ8k73pX6yyPJJzRYsbsH/?lang=pt. Acesso
em 18/03/2023.

MINISTÉRIO DA SAÚDE (BR). Resolução nº 573, de 31 de janeiro de 2018.


Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Brasília: Ministério da
Saúde, 2018. Disponível em: <
http://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/
48743098/do1-2018-11-06-resolucao-n-573-de-31-de > . Acesso em:
17/03/2023.

OLIVEIRA, Ramon Antônio; TURRINI, Ruth Natália Teresa; DE BRITO


POVEDA, Vanessa. Adesão à terapêutica imunossupressora após o
transplante de fígado: revisão integrativa. Revista Latino-Americana de
Enfermagem, v. 24, p. 1-10, 2016.

VILELA, Sueli de Carvalho. Escala de observação da interação enfermeiro-


cliente: construção e validação. 2012. Tese de Doutorado. Universidade de São
Paulo.

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