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A interdisciplinaridade é vista pelo grau de integração entre as diversas áreas e a

intensidade de trocas entres os especialistas. O trabalho em equipe é fundamental,


quando visto como processo, assim demanda o refletir dos papeis, das relações de poder
e dos conteúdos já instituídos (COSTA, 2007). É nítido que os trabalhos em equipe nos
serviços de saúde só se desenvolverão quando forem trabalhadas as relações de poder,
que se expressam, também, por meio da disciplinarização desse campo. Desse modo,
reencontramos a temática – a interdisciplinaridade – agora como exigência interna desse
campo, seja devido à complexidade de seu objeto ou como maneira de relativizar e
trabalhar as relações de poder implícitas na disciplinarização.

Compreende-se que a prática interdisciplinar não se restringe somente aos profissionais


de categorias da saúde e usuários, mas é necessário integrar os usuários e sua família
que devem ser uma tríade no processo de assistência em saúde. Portanto, é
indispensável entender que essa prática tem que estar vinculada à responsabilidade
individual que advém do envolvimento do profissional com o projeto, com as pessoas e
com a comunidade.

O questionamento sobre a concepção da interdisciplinaridade entre os trabalhadores


inseridos em equipes de saúde nos serviços permite analisar os entraves desse processo,
é notório que a práxis da interdisciplinaridade deve ser vista fundamental para
efetivação dos pensamentos estabelecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). É
indispensável que os serviços públicos de saúde consigam promover maneiras de
trabalho que insiram os usuários e sua família, considerando as reais necessidades dos
sujeitos que os procura, atendendo-o de forma mais humanizada, preservando os
pressupostos de equidade e integralidade, entre outros. É importante perceber que o
trabalho em equipe implica trabalho coletivo, no qual cada profissional da área coloca
seus conhecimentos, suas expectativas e suas emoções em função de um objetivo
partilhado, sem que não seja inserido os usuários e sua família para que se alcance um
processo de saúde. Logo, é mister que exista inter-relação entre os agentes, os usuários e
o mundo vivido (socio psíquico) e que dessa inter-relação surja um processo de
produção de vínculos e de saúde.

Para a equipe de saúde que se insere na dinâmica familiar cabe ter uma posição de
valorizar e respeitar as diferentes características daquele convívio humano, sabendo
identificar as potencialidades terapêuticas presentes nas relações humanas.
O tripé composto por uma equipe interdisciplinar, o usuário de saúde e sua família é
essencial para o processo de assistência em saúde, e o diálogo e a abertura entres esses
atores desempenham papeis fundamentais nesse contexto (ALVES, 2018). Esse diálogo
e abertura são importantes, pois ocorre a compreensão holística do paciente permitindo
uma compreensão mais completa das necessidades do paciente. Isso leva a uma
abordagem mais holística, considerando não apenas os aspectos médicos, mas também
os sociais, emocionais e psicológicos que afetam a saúde do paciente.

Tomada de decisões compartilhadas, pois o diálogo promove a tomada de decisões


envolvendo o paciente e sua família no planejamento do tratamento e suas escolhas de
saúde.

A família muitas vezes atua como defensora do paciente, identificando erros potenciais
ou problemas na assistência à saúde. O diálogo aberto e a colaboração entre todos os
envolvidos podem ajudar a prevenir erros médicos e melhorar a segurança do paciente.

As condições de saúde e as necessidades do paciente podem mudar ao longo do tempo.


O diálogo contínuo entre a equipe de saúde, o paciente e a família permitem adaptar o
plano de cuidados conforme necessário, garantindo que ele esteja sempre alinhado com
as necessidades do paciente.

Doenças e tratamentos podem ser emocionalmente desafiadores. O diálogo aberto


oferece oportunidades para o paciente e a família discutirem seus medos, preocupações
e emoções, permitindo que a equipe de saúde forneça o suporte emocional adequado.

Podemos concluir que o diálogo e a abertura entre a equipe de saúde, o paciente e sua
família são fundamentais para proporcionar assistência de alta qualidade e centrada no
paciente. Essa abordagem promove a participação ativa do paciente no seu próprio
cuidado, melhora a qualidade de vida e a eficácia do tratamento, e contribui para uma
abordagem mais compassiva e humanizada à assistência em saúde.
REFERÊNCIAS: ALVES, Rafanielly de Oliveira et al. Vivência em uma equipe de saúde da
família no cuidado em Atenção Domiciliar: o olhar de uma enfermeira, 2018.

CASIMIRO, Irla de Andrade. Desafios da multiprofissionalidade no interior das equipes de


saúde mental em capsad, 2014.

COSTA, Rosemary Pereira. Interdisciplinaridade e equipes de saúde: concepções. Mental, Barbacena, v.


5, n. 8, p. 107-124, jun. 2007. Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1679-44272007000100008&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 01 out. 2023.

Primeiro comentário

Estou de acordo com a menção feita acima, é preciso compreender a necessidade de


integração e colaboração no âmbito das equipes e destas com demais serviços da rede de
atenção à saúde, visto a dificuldade crescente do cuidado em saúde. Para que haja uma
mudança nesse aspecto, é necessário a cooperação se caracteriza pela interação entre a
equipe interdisciplinar, usuário de saúde e sua família na construção da melhoria da
saúde. Para isso, buscamos analisar que o trabalho em equipe e a prática colaborativa
devem agregar e ter consequências em duas direções: otimizar o acesso e a qualidade
da atenção à saúde e população da comunidade e promover uma melhor satisfação no
trabalho do multiprofissionais envolvidos. Assim, o farmacêutico atua dentro dessa
equipe oferecendo o apoio necessário e efetivando a segurança e a eficiência do
tratamento, para a melhoria da qualidade de vida tantos dos pacientes quando dos
cuidadores e familiares, que por sua vez, devem promover suporte importante aos
usuários. Por fim, ressaltamos a importância da prática profissional colaborativa
interprofissional em colaboração com usuários, família e comunidade, o que requer
garantir condições para efetiva participação destes.

No presente texto, buscamos apresentar os conceitos atuais de trabalho interprofissional.


Trabalho em equipe e prática colaborativa devem contribuir e ter repercussões em duas
direções: melhorar o acesso e a qualidade da atenção à saúde a usuários e população do
território e promover maior satisfação no trabalho dos profissionais envolvidos
Segundo comentário Helô

Subscrevo da mesma opinião dita, pois a performance multidisciplinar do farmacêutico,


em construção de diálogos com outros profissionais e áreas é um ponto crucial
destacado no cenário da saúde. A ação desses profissionais em equipes
interdisciplinares é indicada como posição essencial para garantir o sucesso do
tratamento do paciente.

Essa relação entre a equipe interdisciplinar, usuário de saúde e sua família precisam
estar interligados, não só na condução de uma orientação técnica que traga melhorias ao
tratamento, como também é preciso uma forte atuação em fornecer treinamento aos
demais membros do grupo, dirigentes pela preparação e administração das fórmulas,
garantindo a eficácia da prescrição e a qualidade dos profissionais envolvidos.

Portanto, o molde de trabalho em equipe propicia o desenvolvimento de um profissional


com uma visão de um todo do paciente e com entendimento da necessidade de olhar e
da interferência de outros especialistas. Desse modo, os resultados clínicos serão
obtidos em conjunto de maneira harmônica, conectada e com o mesmo objetivo, que é o
bem-estar do paciente.

Logo, o estímulo deste molde de trabalho em equipe promove também o


desenvolvimento de um profissional com uma visão integral do paciente e com
compreensão da necessidade do olhar e da intervenção de outros especialistas. Além do
que os resultados clínicos serão conquistados em conjunto de forma harmônica,
conectada e com o mesmo objetivo, que é o bem estar do paciente.
Obter uma comunicação ampla do sistema de medicação possibilita aos
profissionais envolvidos, condições de análise e intervenções que evitam
riscos ao paciente.

A performance multidisciplinar do farmacêutico, em contínuo diálogo com


outras profissões e áreas é um aspecto muito destacado no cenário da
saúde. A atuação desses profissionais em equipes interdisciplinares é
apontada como condição essencial para garantir o sucesso do
tratamento do paciente.

A confiança é fator fundamental nas relações entre o farmacêutico-


paciente e o farmacêutico e os demais profissionais da saúde, não só na
condução de uma orientação técnica que traga benefícios ao tratamento,
como também na forte atuação em ministrar treinamento aos membros
da equipe, responsáveis pela preparação e administração das fórmulas,
garantindo a eficácia da prescrição e a qualificação dos profissionais
envolvidos.

É o farmacêutico, o profissional encarregado por fornecer um sumário de


todas as informações clínicas relevantes a outros farmacêuticos e
médicos, que possam vir a assumir a responsabilidade daquele paciente
em outro turno de trabalho. A comunicação integrada na equipe traz o
resultado de um trabalho de sucesso. Possuir dados precisos sobre os
benefícios e os riscos atrelados a cada prescrição, evita ocorrências de
efeitos adversos.

Estabelecer um vínculo de parceria entre os médicos, enfermeiros,


terapeutas, psicólogos, nutricionistas e farmacêuticos é a grande meta de
todas as clínicas e hospitais, como forma de prevenção aos erros de
medicação que ocorrem com determinada frequência.

As falhas nas prescrições são atualmente um problema mundial de


saúde pública. Dados provenientes de pesquisas mostram que os erros
na medicação representam 30% dos casos. Uma triste realidade no
trabalho dos profissionais de saúde, com sérias consequências para
pacientes e organização hospitalar.

Um estudo, publicado recentemente na revista Acta Paulista de


Enfermagem, aponta: erros de tempo na administração dos
medicamentos (77,3%), erros de dosagem respondem por 14,4% dos
casos, seguido de erros de vias de administração (6,1%), de
medicamento não autorizado (1,7%) e de troca de paciente (0,5%).

O resultado do estudo reflete a necessidade de obter uma equipe


multidisciplinar, trabalhando em perfeita harmonia, conectada e cruzando
informações com dados da história clínica do paciente. Para que isso
ocorra, é imprescindível o absoluto entendimento dos profissionais e da
equipe de saúde no processo de utilização dos medicamentos.

Diante dessas mudanças na formação do profissional farmacêutico, outras alterações na


perspectiva do cuidado do paciente também passaram por transformações. Dentre essas
modificações, a atuação de profissionais de saúde em equipes multidisciplinares é uma
delas, e que vem agregando bastante aos serviços sanitários e, consequentemente, aos
pacientes.

Uma equipe multidisciplinar trabalha com vários profissionais em conjunto e um


agregando ao outro a abordagem, a perspectiva das necessidades e a decisão de
tratamento para o paciente de acordo com sua área e especialidade. Há uma otimização
e visão mais holística e integral do paciente.

Nesse contexto de equipe multidisciplinar é que o farmacêutico também entra e


apresenta grande e primordial contribuição. Compreender a inserção do farmacêutico
nesse cenário é muito relevante para esse perfil do profissional no mercado e as novas
demandas.

A colaboração do farmacêutico nas equipes multidisciplinares se dá através das


atribuições administrativas e clínicas do profissional. As atividades clínicas estão
registradas na Resolução 585 de 2013 do Conselho Federal de Farmácia. Ao
farmacêutico fica o encargo de promover o uso racional dos medicamentos, aprimorar a
farmacoterapia, prevenir e identificar problemas relacionados aos medicamentos e,
assim, promover qualidade de vida para o paciente, além de em muitas ocasiões, através
dessas intervenções, diminuir os gastos financeiros. No aspecto gerencial, a informação
quanto aos aspectos logísticos e do mercado farmacêutico para os outros profissionais é
de grande relevância.

Essa atividade do farmacêutico no quadro multidisciplinar requer dele uma boa


capacitação técnica, habilidade de constituir vínculo de confiança e boa comunicação
com os outros profissionais.

Logo, o estímulo deste molde de trabalho em equipe promove também o


desenvolvimento de um profissional com uma visão integral do paciente e com
compreensão da necessidade do olhar e da intervenção de outros especialistas. Além do
que os resultados clínicos serão conquistados em conjunto de forma harmônica,
conectada e com o mesmo objetivo, que é o bem estar do paciente.
No presente texto, buscamos apresentar os conceitos atuais de trabalho interprofissional.
Trabalho em equipe e prática colaborativa devem contribuir e ter repercussões em duas
direções: melhorar o acesso e a qualidade da atenção à saúde a usuários e população do
território e promover maior satisfação no trabalho dos profissionais envolvidos. Para isso,
trabalho em equipe e colaboração interprofissional na APS precisam ser abordados de
forma contingencial, ou seja, segundo as características dos usuários/população adscrita e
segundo o contexto (politicas de saúde, modelos de atenção, etc.) e as condições de
trabalho. Assinalamos que a colaboração requer o desejo em cooperar/contribuir com o
trabalho desempenhado pelo outro e pode se dar tanto no microcontexto das equipes
(colaboração na equipe) quanto de forma mais abrangente, no cenário das RAS e
comunidade (colaboração em rede e com a comunidade).

Por fim, ressaltamos a importância da prática profissional colaborativa interprofissional em


colaboração com usuários, família e comunidade, o que requer garantir condições para
efetiva participação destes.

, devem ser sempre a base do processo de assistência em saúde. Aponte


qual a importância do diálogo e da abertura entre esses atores
envolvidos nesse tripé no processo assistencial de saúde.

Destacamos a necessidade de integração e colaboração no âmbito das equipes e também


destas com demais serviços da rede de atenção a saúde, visto a complexidade crescente
do cuidado em saúde. Como apresentado, a colaboração se caracteriza especialmente
pela comunicação efetiva interprofissional e com usuários e população na construção de
parcerias, como:

1. - Parceria com usuários, famílias e grupos sociais dos territórios; e


2. - Parceria com outras equipes, serviços e setores em rede.

Tais parcerias podem inclusive constituir formas de resistência às ameaças de retrocesso


nas políticas de saúde que constituíram e consolidaram o SUS e a ampliação de acesso
aos serviços de APS. Cabe destacar que, no Brasil, a Estratégia Saúde da Família
constitui intervenção interprofissional consolidada, visto estar vigente há mais de duas
décadas.

No presente texto, buscamos apresentar os conceitos atuais de trabalho interprofissional.


Trabalho em equipe e prática colaborativa devem contribuir e ter repercussões em duas
direções: melhorar o acesso e a qualidade da atenção à saúde a usuários e população do
território e promover maior satisfação no trabalho dos profissionais envolvidos. Para isso,
trabalho em equipe e colaboração interprofissional na APS precisam ser abordados de
forma contingencial, ou seja, segundo as características dos usuários/população adscrita e
segundo o contexto (politicas de saúde, modelos de atenção, etc.) e as condições de
trabalho. Assinalamos que a colaboração requer o desejo em cooperar/contribuir com o
trabalho desempenhado pelo outro e pode se dar tanto no microcontexto das equipes
(colaboração na equipe) quanto de forma mais abrangente, no cenário das RAS e
comunidade (colaboração em rede e com a comunidade).

Por fim, ressaltamos a importância da prática profissional colaborativa interprofissional em


colaboração com usuários, família e comunidade, o que requer garantir condições para
efetiva participação destes.

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