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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

HOSPITAL DE CLÍNICAS

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
Documento
Título do PUNÇÃO PERCUTÂNEA EM ARTÉRIA PARA Emissão: 11/7/2022 Próxima revisão:
Documento AFERIÇÃO INVASIVA DA PRESSÃO ARTERIAL Versão: 5 11/7/2024
SISTÊMICA

1. CONCEITO:
Inserção de um cateter em artéria periférica, por meio de punção percutânea, conectado a um
transdutor de pressão, para obter a monitorização da pressão arterial sistêmica (sistólica, diastólica e
média).
1.1 Responsável pela prescrição 1.2 Responsáveis pela execução
Médico Enfermeiro, médico e acadêmicos de enfermagem
e de medicina sob a supervisão do professor e/ou
responsável
1.3 Finalidades 1.4 Indicações
• Monitorização acurada e contínua da pressão • Intra e pós-operatório de grandes cirurgias
arterial • Clientes graves com instabilidade hemodinâmica
• Análise frequente do equilíbrio ácido-base, (em choque; em uso de drogas vasoativas e
por meio de coleta de amostra de sangue outros)
arterial • Clientes com complicações ventilatórias
• Clientes com rigoroso controle da pressão
arterial sistêmica
• Clientes críticos em posição prona
1.5 Contraindicações/Restrições
• Teste de Allen insatisfatório (punção em artéria
radial)
• Ausência de pulsos
• Após três tentativas de punção percutânea sem
sucesso
• Coagulopatias
• Uso de anticoagulantes e trombolíticos
• Arterosclerose avançada
• Presença de Fenômeno de Raynaud
• Tromboangeíte obliterante / Doença de Buerger
• Membro lateral à mastectomia, ou com
paresia/plegia e/ou com fístula arteriovenosa

2. MATERIAIS

• Equipamentos de Proteção Individual – EPI (avental descartável, luvas esterilizadas, máscara


cirúrgica, gorro e óculos de proteção/protetor facial)
• Biombo
• Suporte de soro
• Mesa de apoio
• Bandeja
• Pinça esterilizada, se disponível
• Gazes esterilizadas
• Clorexidine alcoólica 0,5%
• Pequeno campo cirúrgico esterilizado
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• Cateter arterial do tipo over the needle (abocath ® Arteriofix®) - Adultos – 20 Gauge; Crianças – 20 a
24 Gauge
• Kit descartável de transdutor de pressão arterial esterilizado (Ilustração 1)
• Suporte/placa do domo (local onde o diafragma do equipo transdutor de pressão é posicionado)
• Bolsa pressórica
• Régua niveladora ou laser
• Soro fisiológico (SF) 0,9% (250 mL)
• Coxim
• Recipiente de descarte
• Monitor (Ilustração 2) com módulo e cabo para a monitorização de pressão arterial invasiva
• Fita hipoalergênica/transparente semipermeável, esterilizada e com boa adesividade

Ilustração 1. Kit do transdutor de Ilustração 2. Monitor


pressão arterial

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS JUSTIFICATIVAS


1. Diminuir a ansiedade; favorecer a
colaboração do cliente; verificar se a
artéria está palpável; se há a
1. Explicar o procedimento a ser realizado e a sua necessidade de remoção dos pelos
finalidade ao cliente e/ou familiar, obter o seu com tesouras ou tricotomizador e
consentimento e realizar o exame físico específico. realizar o teste de Allen, caso a artéria
radial seja a selecionada, para avaliar o
fluxo sanguíneo da mão, por meio da
análise de perfusão das artérias radial
e ulnar.
2. Evitar a transmissão de
2. Higienizar as mãos.
microrganismos.
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Continua

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS JUSTIFICATIVAS


3. Reunir os materiais e encaminhá-los à unidade. 3. Economizar tempo.
4. Facilitar a execução do
4. Colocar os materiais sobre a mesa de cabeceira.
procedimento.
5. Colocar o biombo ao redor do leito, se necessário. 5. Promover privacidade ao cliente.
6. Montar o circuito extra arterial (Ilustrações 3 e 4)
✓ Conectar o sistema do transdutor no frasco de SF 0,9% e
remover o ar do circuito.
✓ Envolver a bolsa pressórica no frasco de SF 0,9% e insuflar
6. Promover a realização do
até 300 mmHg.
procedimento.
✓ Acoplar a placa do domo em suporte de soro.
✓ Ajustar o diafragma do transdutor na placa do domo (lado
do cliente para cima e o cabo do transdutor para baixo).
✓ Conectar o cabo do transdutor no cabo do monitor.
7. Facilitar o acesso à área de trabalho
7. Posicionar o cliente em decúbito dorsal ou sentado.
e a execução do procedimento.
8. Evitar a transmissão de
8. Higienizar as mãos.
microrganismos.
9. Paramentar-se com o avental descartável, máscara
9. Promover proteção individual.
cirúrgica, gorro e óculos protetor.
10. Abrir as embalagens das luvas, campos e gazes, com 10. Facilitar a realização do
técnica asséptica, deixando-as sobre a mesa de cabeceira. procedimento.
11. Posicionar o membro, na qual a artéria será puncionada.
✓ Membro superior – posicionar o braço com a palma da
11. Facilitar o acesso à artéria
mão voltada para cima sobre a mesa auxiliar - Elevar e
escolhida e servir como suporte para o
flexionar o punho, sobre um coxim, caso a punção seja
braço ou para a perna.
em artéria radial.
✓ Membro inferior – estender a perna sobre o colchão.
12. Promover proteção individual e
12. Calçar as luvas esterilizadas. evitar a transmissão de
microrganismos.
13. Imobilizar o membro a ser puncionado com a mão não 13. Evitar a movimentação do
dominante. membro durante o procedimento.
14. Realizar a antissepsia ampla da pele no local a ser
14. Remover a flora bacteriana
puncionado, com gazes embebidas com clorexidine alcoólica
transitória e reduzir a flora bacteriana
0,5%, em movimentos de vai e vem, com auxílio de pinça, por
residente da pele do cliente.
30 segundos. Aguardar a solução secar espontaneamente.
15. Posicionar um pequeno campo cirúrgico fenestrado na
15. Aumentar a área estéril.
região a ser puncionada.
16. Palpar a artéria (radial ou pediosa) com a mão dominante
16. Localizar a artéria e evitar a sua
e delimitá-la entre os dedos indicador e médio (2° e 3°
movimentação.
quirodáctilo) da mão não dominante.
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Continua

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS JUSTIFICATIVAS


17. Puncionar a artéria com o cateter em ângulo de 30° a 45°,
com direção ao seu contrafluxo, até verificar o retorno de
sangue no canhão do cateter.
17. Posicionar o cateter na luz da
Observação: Limitar a duas tentativas de punção periférica
artéria, com segurança.
por profissional e, no máximo, quatro no total. Comunicar ao
médico, para providenciar outro modo de acesso arterial,
caso a punção periférica não seja possível.
18. Diminuir o ângulo de inserção do cateter e continuar a
18. Evitar a transfixação da artéria.
avançar o cateter.
19. Retirar a agulha do cateter e acionar o dispositivo de 19. Permeabilizar o cateter. Promover
segurança. Desprezá-lo em recipiente de descarte. segurança ocupacional e ambiental.
20. Observar a presença de curva pressórica registrada no 20. Confirmar se o cateter foi
monitor. posicionado na artéria.
21. Conectar o cateter ao equipo do transdutor. 21. Fechar o sistema.
22. Garantir uma medida acurada.
22. Nivelar o diafragma do transdutor no 5º espaço
intercostal e na altura da linha axilar média, utilizando a régua
niveladora ou laser.
23. Calibrar (zerar) o sistema:
✓ Fechar o three ways distal em direção para o cliente e
23. Garantir uma medida acurada. A
abrir para o ambiente. Acionar o dispositivo de
zeragem do sistema antes das
calibragem do monitor, conforme instruções do
medidas é essencial para garantir o
equipamento.
nivelamento do sistema circulatório e
✓ Após calibração, liberar transdutor para o cliente e fechar
do transdutor de pressão.
para ambiente.
✓ Ativar os alarmes.
24. Verificar as características do
traçado: normal; amortecido e
subamortecido.
✓ Traçado normal: caracterizado
por uma rápida ascensão da curva
atingindo um platô com o mesmo
24. Realizar o flush test (teste de resposta da onda) com a valor colocado no pressurizador.
solução salina do próprio circuito, acionando o dispositivo de Quando o fluxo é interrompido, a
fluxo rápido (Ilustração 3 e 4). curva cai abaixo da linha de base,
oscila por pequeno período e
estabiliza. Indica que não há erros
técnicos.
✓ Traçado amortecido: caracterizado
por uma ascensão e queda mais lenta com
um platô de bordas arredondas. Pode
indicar: bolhas no sistema, vazamento,
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uso de cateter finos, obstrução do


cateter (dobra do cateter; coágulos;
hematomas), falha na calibração do
monitor, bolsa pressórica não
insuflada até 300 mmHg; Frasco de SF
0,9% vazio.
✓ Traçado subamortecido:
caracterizado por ascensão e queda
normais, porém, se a infusão for
interrompida, as oscilações obtidas se
sustentam por um longo período ou
não desaparecem. Pode indicar
objetos móveis em contato com as
extensões ou os transdutores;
calibragem incorreta e uso de
extensões não padronizadas.
✓ Sem traçado: three ways
desclampeado; cateter tracionado,
dobrado, obstruído; cabo no monitor
conectado no canal errado.
25. Fixar o cateter com fita adesiva hipoalergênica 25. Impedir a movimentação e a
esterilizada, preferencialmente, transparente. Não utilizar tração acidental do cateter. Permitir a
suturas para estabilizar cateteres periféricos. visualização do sítio de inserção do
cateter. Diminuir o risco de infecção.
26. Identificar a fixação do cateter com data, horário e 26. Monitorar o tempo de
assinatura do curativo, a caneta permanência do curativo.
27. Identificar o sistema do transdutor a caneta com fita
27. Monitorar o tempo de
crepe, registrando a data, o horário e a assinatura do
permanência do sistema.
profissional.
28. Recolher os materiais. 28. Promover ambiente favorável.
29. Evitar transmissão de
29. Retirar os EPI.
microrganismos.
30. Colocar o cliente em posição confortável, adequada e
30. Promover conforto e segurança.
segura.
31. Dar destino adequado aos materiais e encaminhar os 31. Promover ambiente favorável e
descartáveis ao expurgo. dar destino adequado aos materiais.
32. Promover proteção individual e
32. Higienizar as mãos.
evitar transmissão de microrganismos.
33. Proceder às anotações de enfermagem, constando:
realização do teste de Allen; realização do procedimento,
33. Promover qualidade à
valor da medida pressórica obtida, orientações dadas e
documentação e atender à legislação.
presença de intercorrências, se houver.
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4. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM/OBSERVAÇÕES

❖ A pressão arterial invasiva pode ser obtida por punção ou por canulação arterial.
A punção é o procedimento mais indicado, por permitir menor lesão da artéria;
deixando a indicação de canulação, após tentativas de punção sem sucesso. A técnica
por canulação é de responsabilidade médica.
• Dar preferência às punções periféricas em artérias radial (1° opção) e pediosa, para a monitorização
da pressão arterial contínua. A punção em artéria braquial deveria ser evitada pelo potencial risco de
complicações tromboembólicas em antebraço e mão. O acesso às artérias centrais, femoral e axilar é
obtido por meio de canulação e deverá ser adotado precaução máxima de barreira, incluindo campo
esterilizado ampliado, de forma a cobrir todo o corpo do cliente (cabeça aos pés).
• Realizar os procedimentos para o preparo; inserção; manutenção e remoção do cateter arterial,
respeitando as responsabilidades de cada categoria profissional (Quadro 1).
Quadro 1. Responsabilidades por categoria profissional
Categoria Reunir os Montagem Punção Manutenção Curativo Coleta de Remoção
Profissional materiais do sistema arterial Vigilância sangue
periférica
Enfermeiro x x x x x x x
Técnico de x x
Enfermagem
• Manter o frasco de SF 0,9% na bolsa com pressurização a 300 mmHg (adulto e pediátrico).
• Verificar as curvas pressóricas periodicamente, a fim de garantir que a medida registrada esteja sem
interferências. Algumas interferências técnicas são: fluxo retrógado do sistema (ocorre por falta da
pressurização adequada, podendo coagular o sistema); desconexão do sistema; coágulos na luz do
cateter; dobras do cateter ou do sistema.
• Manter nivelado o diafragma do transdutor na altura do 5º espaço intercostal e linha axilar média,
sempre após mudanças no ângulo da cabeceira do cliente.
• Realizar a calibragem do sistema sempre após transportes ou dúvidas quanto ao valor fidedigno da
pressão arterial (curvas amortecidas, por exemplo).
• Monitorar as medidas pressóricas (sistólica, média e diastólica), registrar a cada intervalo prescrito
e comunicar qualquer alteração. Valores aceitáveis da pressão arterial média de 70 a 100 mmHg.
• Inspecionar o sítio de inserção do cateter arterial e área adjacente quanto à temperatura, à
sensibilidade, à perfusão, à coloração e à mobilidade do membro, a cada 2 horas, e comunicar e
registrar qualquer alteração.
• Realizar curativo a cada 24 horas, ou antes, se úmido, solto ou sujo, se utilizado dispositivo de
estabilização não transparente.
• Manter o curativo por até 7 dias, se íntegro e seco, se utilizado dispositivo de estabilização
transparente semipermeável.
• Utilizar SF 0,9% para limpeza e clorexidine alcoólico 0,5% para a antissepsia, quando realizado o
curativo.
• Proteger o sítio de inserção e conexões com plástico durante o banho.
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• Realizar flush com solução salina do próprio circuito, sempre após coleta de sangue, suspeitas de
oclusão/ obstrução e calibração.
• Realizar a coleta de amostra de sangue arterial pela PAI – pressão arterial invasiva, seguindo os
passos:
✓ Reunir os materiais;
✓ Higienizar as mãos e paramentar-se (luvas de procedimento, máscara cirúrgica e avental
óculos de proteção/protetor facial);
✓ Fechar a pinça do rolete do equipo;
✓ Fazer a desinfecção do three ways proximal, principalmente na sua tampa protetora, com gaze
embebida em álcool 70%; com movimentos aplicados de forma a gerar fricção mecânica, de 5
a 15 segundos;
✓ Remover a tampa protetora do three ways;
✓ Conectar seringa de 5 mL no three ways;
✓ Fechar o fluxo em direção a solução salina, deixando aberto o fluxo entre a seringa e artéria;
✓ Aspirar 5 mL de sangue, a fim de remover a solução salina da extensão proximal do equipo;
✓ Fechar o fluxo no sentido para a artéria e retirar a seringa, reservando-a em local adequado,
para posterior descarte em recipiente de resíduo infectante;
✓ Conectar a nova seringa de coleta de amostra no three ways proximal;
✓ Fechar o fluxo em direção da solução salina, deixando aberto o fluxo entre a seringa e artéria;
✓ Aspirar a amostra de sangue (quantidade variável ao tipo de exame), fechar o fluxo do three
ways no sentido para o ambiente, retirar a seringa, remover bolhas de ar, se houver, colocar
o conteúdo nos tubos de coleta indicados, se for o caso, e acoplar suas respectivas tampas
protetoras. Reservar em local adequado;
✓ Conectar a seringa com 10 mL SF 0,9% no three ways proximal, abrir o fluxo para a seringa e a
artéria e realizar o flush, para remover o sangue residual;
✓ Fechar o fluxo no sentido para o ambiente e remover a seringa, reservando-a em local
adequado para posterior descarte em recipiente de resíduo comum;
✓ Posicionar nova tampa protetora do three ways proximal;
✓ Abrir a pinça do rolete do equipo;
✓ Checar a onda pressórica no monitor, a fim de detectar problemas ou obstrução no circuito;
✓ Identificar a seringa e/ou tubos de coletas e encaminhá-los ao laboratório, imediatamente.
✓ Desparamentar e higienizar as mãos.
• Manter vigilância para possíveis complicações: sangramento no sítio de inserção do cateter,
especialmente em clientes portadores de coagulopatia, embolização arterial e sistêmica; insuficiência
vascular; necrose isquêmica; infecção; injeção acidental de drogas intra-arterial; trombose; espasmo
arterial; hematoma local; dor local e fístula arteriovenosa.
• Não lavar o cateter com SF 0,9%, por meio de pressão, caso esteja obstruído. Neste caso, tentar
primeiramente a aspiração, e se não for obtido sucesso, remover o cateter.
• Trocar o dispositivo intravenoso e os transdutores, juntamente com os seus acessórios, a cada 96
horas, ou antes, se for o caso. Proceder: antissepsia no sítio de inserção com clorexidine alcoólica, antes
da retirada do cateter; compressão local com gazes dobradas por 5 minutos; aplicação de curativo
levemente compressivo e vigília periódica do local por duas horas.
• Avaliar diariamente a necessidade de manter o cateter arterial periférico.
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• Desprezar o kit do transdutor (material de uso único) no recipiente de descarte para resíduos
infectantes e o cateter intravascular periférico no recipiente de descarte de perfurocortante.
• Encaminhar a placa/suporte do domo, cabos e a bolsa pressórica à Central de Equipamentos, para
limpeza, desinfecção e armazenamento.

5. ILUSTRAÇÃO

Ilustração 3. Composição do kit de transdutor de pressão arterial invasiva

Three ways distal

Suporte do domo

Three ways proximal

Ilustração 4. Sistema Montado

1. Subida sistólica
2. Sistólica de pico
3. Descida sistólica
4. Comissura dicrótica
5. Rampa diastólica
6. Diastólica final

Ilustração 5. Características da curva de pressão arterial normal

Fonte: STACCIARINI, T.S.G.; CUNHA, M. H.R. Procedimentos Operacionais Padrão em Enfermagem. Atheneu: São Paulo,
2014, 442p.
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6. REFERÊNCIAS
1. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Assistência segura: uma reflexão teórica aplicada à prática. Série
Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2017, 170p.
2. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Critérios diagnósticos de infecção relacionada à assistência à saúde.
Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2017, 89p.
3. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde.
Série Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. 2017. 126p
4. CONSELHO REGINAL DE ENFERMAGEM DE MINAIS GERAIS. Competências técnico-científica, ética e legal da equipe de
enfermagem na assistência ao paciente em uso de pressão intra-arterial (PIA). Câmara Técnica. ÁREA TEMÁTICA
GERENCIAL ASSISTENCIAL. Parecer CT.GA. 08, de 19 de novembro de 2019.
5. LUCAS, R. M. Canulação arterial percutânea como competência do enfermeiro. Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva.
Dissertação de Mestrado em Terapia Intensiva. São Paulo, 2014. 25 p.
6. NUNES, R.S., TAMAKI, C.M., PENHA, H.H.R.P., TERRA, J.C.M.T., FIGUEIREDO, G.L., TEIXEIRA, G.C.A. Dorsal radial artery
catheterization for invasive blood pressure monitoring. Rev Bras Ter Intensiva, v. 32, n. 1, p. 153-55, 2020.
7. STACCIARINI, T.S.G.; CUNHA, M.H.R. Procedimentos Operacionais Padrão em Enfermagem. Atheneu: São Paulo, 2014,
442p.
8. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS - POP.DENF.002 - https://www.gov.br/ebserh/pt-
br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/pops/pop_higienizacao_das_maos_v5_final.pdf

7. HISTÓRICO DE ELABORAÇÃO/REVISÃO
VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA AÇÃO/ALTERAÇÃO
5 1º/6/2022 Atualização do conteúdo e referências.

Elaboração Data: 2011


Enfermeira (Enf.). Thaís Santos Guerra Stacciarini, COREN-MG: 106.386
Responsável Técnica do Serviço de Educação em Enfermagem (SEE)/Divisão de Enfermagem (DE)

Atualização – versão 4 Data: 22/6/2020


Enf. Thaís Santos Guerra Stacciarini, SEE/DE
Revisão – versão 4 - 2019
Enf. Alessandra Assis de Lima, chefe da Unidade de Vigilância em Saúde e Qualidade Hospitalar
Enf. Quênia Cristina Gonçalves da Silva, chefe da Unidade de Gestão de Riscos Assistenciais
Enf. Daniela Ramos Tostes, Unidade de Terapia Intensiva Coronariana
Enf. Lucas Carvalho Santana, Bloco Cirúrgico
Enf. Rosana Huppes Engel, SEE/DE
Registro, análise e revisão
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da Unidade de Planejamento
Aprovação
Mara Danielle Felipe Pinto Rodrigues, chefe da Divisão de Enfermagem
Fernanda Carolina Camargo, chefe do Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente

Atualização – versão 5 - 2022 Data: 11/7/2022


Enf. Thaís Santos Guerra Stacciarini, SEE/DE
Revisão – versão 5 - 2022
Maria Luísa Mizael Vieira. Enfermeira. Residente em Saúde do Adulto – PRIMAPS.
Registro, análise e revisão
Maria Aparecida Ferreira, enfermeira da Unidade de Planejamento, Gestão de Riscos e Controles Internos (UPLAG)
Ana Paula Corrêa Gomes, chefe da UPLAG
Aprovação
Mara Danielle Felipe Pinto Rodrigues, chefe da Divisão de Enfermagem (DENF)
Cópia eletrônica não controlada
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte e sem fins lucrativos.
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www.Ebserh.gov.br

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