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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA

HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE


FEDERAL DE JUIZ DE FORA

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PROCEDIMENTO / ROTINA
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Título do REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR Emissão: 01/12/2022 Próxima revisão:
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1. OBJETIVO
• Padronizar a reanimação cardiopulmonar (RCP).
2. MATERIAL
2.1 Equipamentos e materiais necessários
• Desfibrilador + gel;
• Carrinho de Urgência;
• Caixa de medicamentos de urgência (pegar na farmácia);
• Bolsa Ventilatória Completa (Ambu + Máscara + Reservatório + extensão);
• Válvula de oxigênio e de ar comprimido;
• Ventilador mecânico com circuito;
• Monitor multiparâmetros;
• Bombas de infusão;
• Aspirador montado;
• Sonda de aspiração traqueal n°. 14 e 16;
• Cânula de Guedel 4 e 5;
• Laringoscópio + Lâminas;
• Estetoscópio;
• Esparadrapo;
• Fio Guia estéril;
• TOT números de acordo com o paciente;
• Fixador de TOT;
• Seringa de 20 ml, 10 ml, 5ml;
• Agulha de aspiração 40x12;
• Solução fisiológica e glicosada;
• Equipos simples, de bomba e foto sensível;
• Materiais para punção venosa;
• Materiais para acesso venoso central;
• Tábua.
2.2 Equipamentos de Proteção Individual Obrigatório
• Luvas de procedimento;
• Óculos;
• Avental;
• Máscara ;
3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS
3.1 Responsáveis
• Equipe de enfermagem, equipe médica e fisioterapeutas.
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3.2 Descrição da atividade


Princípios Básicos no Atendimento da RCP:
• Diagnóstico Precoce;
• Suporte Básico de Vida;
• Desfibrilação;
• Uso de Vasopressores;
• Suporte Avançado de vida.
Suporte Básico de Vida: A partir do momento em que se constata a inconsciência de
um cliente deve-se seguir a sequência:
• C – Circulação
• A - Vias aéreas
• B – Respiração
Normas básicas:
• Colocar todos os EPIs;
• Providenciar material necessário ao atendimento da RCP. Todo material
deverá ser rigorosamente testado previamente;
• Manter privacidade do paciente;
• Verificar inconsciência;
• Checar o Pulso central (carotídeo);
• Iniciar compressões imediatamente;
• Velocidade das compressões: 100 a 120 por minuto;
• Profundidade das compressões: 5 cm
Procedimento:
• Preparar material necessário e levar para junto do cliente;
• Manter privacidade do cliente;
• Diagnóstico Rápido: Paciente não responsivo e sem movimentos respiratórios
ou apenas com gasps agônicos e ausência de pulso central;
• Posicionar o Paciente: Deixá-lo sobre o leito em posição de supina;
• O uso da tábua é recomendado para otimização das compressões torácicas;
• Iniciar manobra de RCP: devem ser aplicadas de forma rápida e intensa, sobre
a metade inferior do esterno, na linha intermamilar no centro do tórax, com relação
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compressão/ventilação de 30:2. As compressões não devem ser interrompidas até a chegada do


desfibrilador, suporte avançado ou até que ocorra a movimentação espontânea da vítima;
• Obtenção de via aérea pérvia – Garante-se a perviabilidade das vias aéreas
removendo-se os objetos ou corpos estranhos da cavidade oral (prótese, restos alimentares, etc);
• Realizar hiperextensão da cabeça (não realizar tal manobra de maneira
intempestiva em pacientes com suspeita de traumas de coluna cervical), tracionando a mandíbula
para cima. Tais manobras retificam a via aérea e impedem que a língua, cuja musculatura de
sustentação encontra-se hipotônica, a obstrua;
• Colocar cânula de Guedel para uma melhor ventilação;
• Ventilação Artificial: Cliente com hiperextensão da cabeça, iniciar a ventilação
ambu + máscara + Oxigênio de 15 a 20l/min – FiO2 > 40%. Realizar 01 insuflação observando o
movimento do tórax;
• O desfibrilador Cardíaco deverá estar ligado e preparado para o choque, em
caso de necessidade;
• Atentar pelas orientações e solicitações médicas, com rigor;
• Preparar medicações específicas e deixar na seringa para administração
quando necessário;
Segundo a AHA (Sociedade Americana do Coração) que utilizam as recomendações
do ILCOR (Comitê Internacional de Consenso em Reanimação)
• Ênfase na aplicação de compressões efetivas com mínimo de interrupções;
• Manutenção de uma única regra para as relações Ventilação X Compressão
para todos os clientes;
• Choques únicos seguidos por aplicações imediatas RCP em parada cardíaca
por fibrilação ventricular - FV. O ritmo deve ser checado a cada 2 minutos;
• Profissionais devem usar a relação de compressões/ventilações de 30:2;
• Durante a manobra de RCP com 02 ou mais profissionais, usando
procedimentos avançados de manutenção de vias aéreas (IOT), não existirá mais a relação
ventilação/compressão;
• As compressões torácicas devem ser contínuas e o profissional que estiver
ventilando deverá fazer em uma frequência de 8 a 10 ipm (01 ventilação a cada 6 ou 8 seg.);
• Os profissionais devem se organizar para haver mínimas interrupções nas
compressões torácicas, durante as checagens de ritmo, entrega de choque, inserção de via aérea
avançada ou acesso vascular;
• Acesso venoso para administração de drogas é preferido em relação à
administração endotraqueal;
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• Atentar para a Segurança do Paciente na Prescrição, uso e administração de


medicamentos na urgência e emergência;
• Tratamento para FV ou taquicardia ventricular - TV sem pulso – Desfibrilação:
um choque seguido imediatamente por RCP, iniciando pelas compressões;
• Os profissionais não devem procurar pulso ou checar ritmo após a entrega do
choque. Se um ritmo organizado aparecer após 5 ciclos de RCP (2 minutos) um dos profissionais
deverá checar o pulso;
• As drogas devem ser ministradas durante a RCP o mais rápido possível após
checagem do ritmo;
• Se um terceiro profissional estiver disponível, este deverá ir preparando a
medicação antes que sejam necessárias;
• Se persistir em fibrilação ventricular: um vasopressor apropriado ou
antiarrítmico deve ser ministrado o mais rápido possível após checagem do ritmo;
• O tempo de entrega da droga é menos importante do que o tempo de
interrupção das compressões;
• A Epinefrina poderá ser usada a cada 3 a 5 minutos por via venosa ou
intraóssea;
• Uma dose única de vasopressina pode ser administrada em substituição à
primeira ou segunda dose de adrenalina ou como droga inicial;
• O uso de antiarrítmico pode ser considerado após a primeira dose de
vasopressina (tipicamente se a FV ou a TV sem pulso persistir após o segundo ou terceiro choque)
Amiodarona é preferível a lidocaína, mas esta também é aceitável;
• Na bradicardia: a dose recomendada atropina é de 0,5 mg EV, podendo ser
repetida até um total de 3mg;
• No tratamento da Atividade Elétrica sem Pulso (AESP) e da assistolia o uso de
atropina não é mais indicado;
• A estabilização pós-reanimação requer suporte a todos os órgãos vitais com
antecipação das disfunções cardíacas pós-reanimação;
• Atentar para as medidas de prevenção de lesões por dispositivos médicos e
por pressão;
• Registrar no prontuário do paciente todas as informações e procedimentos
realizados;
• Em caso de incidentes, eventos adversos e/ou queixas técnicas, notificar no
sistema VIGIHOSP.
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4. REFERÊNCIA

BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos de Intervenção para o SAMU 192- Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência. Brasília, Ministério da Saúde, 2º ed. 2016.
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JUIZ DE FORA. Manual de Normas e Rotinas HU. 2017
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE JUIZ DE FORA. Manual de Procedimentos de Enfermagem CTI-HU.
2017/2018.
MARTINS, H.S. et. al. Emergências Clínicas: abordagem prática. 10ºed. rev. atual Barueri, SP :
Manole, 2015.

5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO


01 01/12/2022 Elaboração Inicial do Documento
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Elaboração
Carlos de Freitas Luiz Data: 08/10/2022
Elaine Duarte Mendes Data: 08/10/2022
Priscilla Macedo Pinto Data: 08/10/2022
Roberta Lindoro Rodrigues Data: 08/10/2022
Georgea Beatriz Moraes Rodrigues Data: 08/10/2022
André Luiz Ezequiel Data: 08/10/2022
Daniel da Silva Rodrigues Data: 08/10/2022
Marcele Chiconelli Rossi de Mattos Data: 08/10/2022
Maria Honorata Pinto Valle Data: 08/10/2022
Maristela da Silva Campos e Souza Data: 08/10/2022
Marlon Pedro Milagres de Almeida Data: 08/10/2022

Análise
Paula Regina Filgueiras Gazola Data: 24/10/2022
Divisão de Enfermagem

Samanta Patrícia de Oliveira Data: 24/10/2022


Divisão de Enfermagem

Gilson dos Reis de Oliveira Data: 27/10/2022


Unidade de Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente

Bruna Arethusa Costa Frois Canedo Data: 23/11/2022


Unidade de Vigilância em Saúde

Validação
Data: 01/12/2022
Núcleo de Qualidade Hospitalar

Aprovação
Paula Regina Filgueiras Gazola Data: 01/12/2022
Divisão de Enfermagem

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que indicada a fonte

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