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Beatriz Dantas - VIII período

Urgência e Emergência • Protocolo de Manchester: estratificação de risco.


• Vermelha (Emergência): ATENDIMENTO IMEDIATO.
• Amarela (Urgência): PRIORIDADE.
Políticas de Atenção às urgências e emergências
• Verde (Não urgência): ATENDIMENTO POR ORDEM DE
CHEGADA.
Urgência: ocorrência imprevista de agravo a saude, com ou • Azul (Aparentemente não graves): ORDEM DE
sem risco potencial de morte, cujo portador necessita de CHEGADA.
assistência médica mediata.
• Obs: Idosos > 60 anos, deficientes físicos e pacientes
escoltados tem prioridade sobre os pacientes
Emergencia: constatação medica de condições de agravo a classificados com verdes.
saude que impliquem em risco iminente de morte ou
sofrimento intenso. Exige atendimento imediato.

Urgências e emergencias no SUS


Há 20 anos, ocorreu um crescimento desordenado de
serviços de pronto atendimento. Houve um aumento do
número de acidentes e violência urbana. Tinha-se uma
insuficiência na estruturação de rede assistencial.
Em 2002 foi criada a portaria 2048 (Política Nacional de
urgências).
Em 2003, foi criado através da portaria 1863, o serviço de
atendimento móvel de urgência (SAMU). Foi a primeira
portaria que falou sobre organização de rede e
humanização.
O SAMU também se tornou um observatório de dados do
sistema.
Portaria 2048: aprova o regulamento técnico dos sistemas
estaduais de urgência e emergencia. É dividida em 14
capítulos.
• Atendimento Pré-Hospitalar Fixo: UPA.
• Atendimento Pré-Hospitalar Móvel: SAMU.

Estrutura de rede de atenção de urgências e emergências


Principais UE no Atendimento de PS
Atenção básica de saúde até a terapia intensiva e a
reabilitação. • Urgências pediátricas
• Urgências respiratórias
Pré-hospitalar fixo • Urgências psiquiátricas
• Urgências metabólicas
• Atenção básica: UBS; PSF; PACS.
• Urgências cardiovasculares
• UPA
• Urgências ginecológicas e obstétricas
• PS
• Traumatismos não-intencionais, violências e suicídios
• Ambulatórios especializados
Portaria 1600, substitui a questão de financiamento de
• Serviços auxiliares de diagnóstico e terapias
recursos de urgência; Criação da Força Nacional do SUS.
Pré-Hospitalar móvel
Linhas de cuidado ao Trauma
• SAMU
Processo integrado de atenção ao paciente vítima de trauma.
Articula pontos de atenção da RUE.
Pós-hospitalar
Prevenção: incentivo à formação de núcleos de prevenção de
• Atenção domiciliar violências e acidentes.
• Reabilitação
• UBS

Atendimento pré-hospitalar fixo


Acolhimento com classificação de risco: Processo de
distribuição ou classificação dos pacientes, de acordo com o
potencial de risco. Não se limita apenas a triagem.
• Não é um espaço ou um local, mas uma estratégia que
necessita de um espaço físico.
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RCP (ressuscitação cardiopulmonar) e ACE 4. Desfibrilação


. (Atendimento cardiovascular de emergência) 5. Cuidados pós-PCR
6. Recuperação
De acordo com American Heart Association. A sociedade
brasileira de Cardiologia adere ao protocolo da AHA e é um Cadeia da PCR extra-hospitalar:
protocolo renovado anualmente. 1. Telefone; para solicitar ajuda a um serviço de
emergência (SAMU).
A doença cardiovascular é a que mais mata no mundo. 2. Compressão cardíaca; tem que ser efetiva; tem que ser
de 100 a 120 compressões/minuto, descer 5 cm do tórax
Menos de 40% dos adultos recebem RCP iniciado por leigos.
e o tórax precisa retornar; com braços estendidos, a
80% das paradas cardíacas são causadas por ritmos
manobra é feita com a região hipotenar da palma da
chocáveis (fibrilação), por esse motivo, a desfibrilação é, na
mão; essas compressões não podem parar, as pausas
maioria das vezes, a estratégia única de reversão dessa
podem durar no máximo 10 segundos e serve para troca
situação. Por essa razão é importante a presença do DEA nos
de socorrista, feita a cada 2 minutos.
estabelecimentos e treinamento adequado para manejar.
3. Desfibrilação; qualquer pessoa com conhecimento
básico de DEA pode utilizá-lo, não necessariamente um
Diretriz de RCP profissional de saúde.
• Importância de início imediato da RCP por socorristas 4. Suporte avançado de vida; o suporte básico de vida
leigos. serve para manter a circulação sanguínea funcionando,
• Reafirmação das recomendações sobre a admnistração de para previnir danos neurológicos por falta de
epinefrina: Administração de epinefrina deve ser de forma oxigenação; no suporte avançado, tem-se o uso de
precoce. Melhor será a sobrevida do paciente na utilização medicamentos com um profissional médico, tem-se a
precoce da epinefrina. 1 ml de epinefrina, de 3 a 5 ml, possibilidade de uma via aérea avançada (máscara
seguido de um flush de 20 ml de soro fisiológico e laríngea, tubo orotraqueal), esse tem a responsabilidade
elevação do membro por 1 minuto. de usar a terapia adequada para reverter a parada
• Uso de dispositivo de feedback visual como forma de cardíaca.
manter a qualidade da RCP (exemplo: capnografia de 5. Cuidados pós-PCR
onda que é o padrão ouro). O Brasil não dispõe de 6. Recuperação
dispositivos tão eficazes.
• Mensurar continuamente a PA e o teor de CO2 no final da BLS (Basic Life Support)
expiração durante a ressuscitação.
1. Segurança da cena
• O uso da dupla desfibrilação sequencial não é
2. Avaliar a responsividade do paciente: chamar e tocar
recomendado.
a vítima
• O acesso intravenoso é a via preferida de administração de
3. Solicitar DEA e equipe médica (SAMU): Pedir a
medicação durante a ressuscitação. As veias da fossa
terceiros ou usar o celular
cubital são as preferíveis; deve-se utilizar gelco de calibre
de 18 ou 20. Acesso intraósseo é aceitável se o acesso IV 4. Checar respiração (avaliando a movimentação do
não estiver disponível. tórax) e pulso central do paciente; deve ser feito em até
10 segundos.
• O atendimento do paciente após o retorno da circulação
espontânea requer muita atenção à oxigenação, controle • Gasping: respiração anômala de precede a parada
da PA, avaliação da intervenção coronária percutânea, cardíaca
controle direcionado da temperatura (hipotermina • Pulso central é o carotídeo
terapêutica, com a intenção de proteção neurológica) e
neuroprognóstico multimodal. Paciente irresponsivo, sem pulso central, em apneia > Ajuda
• Reabilitação continua muito tempo depois da solicitada > INICIAR COMPRESSÕES TORÁCICAS
hospitalização inicial, os pacientes devem ter avaliação e
suporte formais para suas necessidades físicas, cognitivas
e psicossociais. Na literatura, a mão vai no terço inferior do esterno.
• O tratamento da PCR na gravidez é focado em Localiza-se o processo xifoide e, acima, coloca-se a mão
ressuscitação maternal, com preparação para uma dominante acima e inicia a manobra.
cesariana de emergencia caso necessário, para salvar o Observar o retorno do tórax.
bebê e melhorar as chances de ressuscitação bem-sucedida Velocidade: 100 a 120/minuto.
da mãe.

Cadeias de sobrevivência (elos de vida)


Cadeia da PCR intra-hospitalar:
1. Vigilância: dentro do hospital é possível prever a
gravidade e o risco de PCR.
2. Telefone.
3. Compressão cardíaca (RCP).
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Ventilação
Se não tiver dispositivo, faz-se apenas a compressão. O Desfibrilação
dispositivo ideal é o ambu (reanimador manual). Desfibrilação precoce (FV/TV sem pulso)
Frequência de ventilação: 30 compressões para 2 • Utiliza-se a carga máxima do aparelho
ventilações. • Todos devem se afastar
Faz ciclos de 2 minutos e checa o ritmo. • Utilizar o gel
• Primeiro carrega, depois administra o choque
DEA (Desfibrilador Externo Automático) • Reinicia compressões IMEDIATAMENTE após o choque
• O DEA deve ser prioridade; a compressão deve ser cessada • Não deixar fonte de oxigênio sobre o tórax
para utilização do DEA.
• Colar as pás no tórax. Drogas na PCR
• Aguardar análise de ritmo (não tocar no paciente). Ritmos chocáveis (FV/TVSP)
Enquanto estiver analisando o ritmo, retorna-se as • Adrenalina 1 mg a cada 3-5 minutos; inicia-se a
compressões. medicação após o segundo choque
• DEA carregado > aplicar choque. Deve-se ordenar e • Amiodarona (apenas 2 doses intercaladas com adrenalina)
observar se todos se afastaram.
• Após aplicação do choque, retorna as compressões, exceto Ritmos não-chocáveis (AESP/assistolia)
se houver movimentação ativa do paciente.
• Adrenalina 1 mg a cada 3-5 minutos
• Início que acesso venoso disponível

Causas da PCR
5Hs e 5Ts.

ACLS (Suporte Avançado de vida)


Uso de dispositivos (IOT, máscara laríngea)
Acesso venosos
Uso de medicações (adrenalina, amiodarona)
Avaliação do ritmo no monitor
Desfibrilações elétricas
Cuidados pós parada

Ritmos de parada
• Chocáveis: Fibrilação ventricular e taquicardia ventricular Cuidados pós-PCR
sem pulso. Retorno do pulso.
• Não chocáveis: assistolia e atividade elétrica sem pulso Verificação da PA.
(dissociação eletro-mecânica do músculo cardíaco, há Cuidado intensivo e exames (ECG e gasometria).
geração do estímulo mas não há contração do músculo; é Encaminhar para UTI.
qualquer ritmo organizado no monitor sem pulso). Controle direcionado de temperatura.
• Em caso de assistolia: verificar se os cabos do monitor
estão ligados; aumenta o ganho; mudar derivação. Após
10 minutos de assistolia, pode considerar cessação dos
esforços.
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Avaliação Inicial à vítima de Trauma • Necessidade de recursos adicionais (Ex: corpo de


bombeiros, serviço policial;
Abordagem para avaliação inicial do paciente com múltiplos • Zona quente é tudo aquilo que coloca em risco a vida do
traumas. socorrista. O profissional de saúde não adentra nessas
Evita-se o termo politraumatismo. Utiliza-se o termo trauma áreas.
múltiplo.
Metodologia do ATLS e PHTLS. É uma padronização do Atendimento inicial
atendimento de emergencia no mundo. • Garantir a segurança
• Avaliação rápida (XABCDE)
Trauma e acidente • Parar sangramentos externos
Acidente significa imprevisto. • Manobras sobre vias aéreas e ventilação
Todo trauma tem prevenção. O trauma não é uma forca do • Providenciar oxigênio suplementar
destino, ele tem uma prevenção e uma causa. O trauma é • Proteger contra hipotermia (a perda sanguínea desregula
uma doença pois tem agente etiológico e mata uma parte da a temperatura corporal)
população economicamente ativa e gera altos custos de • Imobilização em prancha longa, se necessário (Ex: trauma
saúde. raquimedular)
• Transporte rápido ao hospital adequado. Estabiliza no
Trauma como doença local do trauma o que estiver ao alcance do profissional e
2% da população mundial está incapacitada em decorrência segue para o hospital o mais rápido possível.
da violência (OMS). • Reposição volêmica
1/3 de todas as internações são decorrentes de violência. • Colher informações sobre o acidente
O trauma é algo subnotificado.
Mais de 100 mil brasileiros morrem por traumas todos os XABCDE do Trauma
anos. X: Hemorragia exsanguinante.
Crianças são as maiores vítimas de queimaduras. A (AIRWAY): Manter as vias aéreas prévias e estabilização
As vítimas de trauma perdem 30 anos de expectativa de da coluna cervical.
vida. 50 mil sobrevivem com sequelas e custo elevado B (BREATHING): Boa respiração e ventilação.
econômico. C (CIRCULATION): Verificar pulso e controle de
hemorragias. 1H (sinais de hemorragia) e 3Ps (pulso, pele e
Distribuição trimodal dos óbitos por trauma perfusão).
Há 3 momentos em que o trauma ocasiona morte. Ele não D (DISABILITY): Avaliação da disfunção neurológica. Escala
mata somente no momento que acontece. de coma de Glasgow, AVDI e pupila.
• 1º Pico: Segundos a minutos do trauma (Ex: lesões de E (EXPOSURE) e ambiente: prevenção de hipotermia.
aorta, coração, grandes vasos). São lesões incompatíveis
com a vida. Não se pode passar para uma etapa sem antes estabilizar a
• 2º pico: Minutos a várias horas do trauma (Ex: ruptura do etapa anterior.
baço, fígado, fratura pélvica). Conceito de “golden hour” Nessa fase, não se trabalha com funções quantitativas e sim
que é um período em que o profissional do atendimento qualitativas (Ex: não se preconiza a FC mas saber se o pulso
pre hospitalar, se atuar de maneira efetiva e controlada, está cheio e circulante).
consegue reduzir a mortalidade do paciente,
principalmente por choque hipovolêmico. X: Fluxograma de atendimento e tratamento a grandes
• 3º pico: Dias a semanas do trauma. Decorrente das hemorragias (Stop de Bleed)
complicações do trauma. Protocolo do X.
Metade dos doentes morrem no local do acidente ou na
primeira hora. Por isso deve-se previnir.

Atendimento do trauma
Envolve desde a prevenção até o atendimento pré-hospitalar
(fixo e móvel): PH fixo são as UPAS e móvel a SAMU.
O paciente de trauma geralmente é cirúrgico.

Fatores determinantes
• Segurança da cena
• Capacitação do pessoal
• Equipamento disponível para estabilização (Ex: colar
cervical, prancha rígida)
• Situação da vítima
• Distancia do hospital de referência
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Em caso de sangramento tem que comprimir e permanecer. Reposição volêmica
Se continuar em sangramento faz-se o torniquete. Em caso - Utiliza-se um acesso venoso
de pescoço, virilha pode “empacotar" a ferida com gaze e - Punção com jelco 18 em fossa anticubital
comprimir. - ATLS recomenda: 1L de cristaloide (de preferencia ringer
Curativo hemostático: Transamin, Vitamina K. lactato) ou 20 ml/kg.
- PHTLS: bolus de 250 ml e titulação da resposta volêmica.
A: Abertura das vias aéreas - O máximo é 1 LITRO.
Estabilização manual da coluna cervical. - Uso do transamin (ácido tranexâmico): é ideal para
Paciente capaz de falar = via aérea prévia. controle das hemorragias; pode ser utilizado com
O paciente inconsciente pode ter a via já obstruída ou irá segurança.
obstruir. A língua pode ser a responsável para obstrução. - O paciente é submetido a transfusão maciça no
Manobra de Chin Lift: elevação do mento; evita-se fazer atendimento hospitalar
pelo risco de hiper-extensão cervical. Hipotensão permissiva: mantém a PA em nível reduzido
Manobra de Jaw Trust: anteriorização do angulo da para não retroalimentar o sangramento do paciente. O
mandíbula. padrão de hipotensão permissiva para pacientes de trauma,
Aplicar a cânula orofaríngea (Guedel): colocada em exceto TCE, é 70-90 mmHg.
paciente inconscientes.
- Para adultos: Tamanhos 3, 4 e 5. Mede-se do angulo da D: Déficits neurológicos
mandíbula até a comissura labial. Avaliar pupilas: assimetria e fotorreatividade.
Se o paciente estiver em apneia ou em bradinpneia inicia a Utilizar a Escala de coma de Glasgow. Pontuação varia de 3
ventilação bolsa-valva-máscara (ambu). a 15. Valores <8 indicam necessidade de IOT.
Técnica “C” e “E”: GCS-P: é calculada subtraindo o Escore da Pupila (PRS) de
pontuação total da Escala de coma de Glasgow.

B: Boa ventilação e oxigenação


Depois da via aérea desobstruída.
IPA: inspeção, palpação e ausculta no tórax.
1. Inspeção: simetria; presença de marcas (Ex: tatuagem
do cinto de segurança); frequência respiratória
2. Palpação: creptações; enfisema subcutâneo.
3. Ausculta: MV presente, ausente ou diminuído. BRNT
em 2T. Hipofonese de bulhas cardíacas é sinal de E: Exposição
tamponamento cardíaco. Remoção de todas as vestes do paciente.
Oxigenoterapia: máscara facial com bolso reservatório. “Log roll” para exposição do dorso.
Usada para terapia de O2 a curto prazo. Cuidados com hipotermia.
Manter posicionamento adequado.
Sample ou Sampla
C: Circulação É a avaliação secundária.
Avaliar perfusão: 1H e 3Ps. Faz-se um exame minucioso da cabeça ao pés.
• Pulso: frequência, regularidade, características, simetria S: SINTOMAS
• Pele: cor, temperatura, umidade, tempo de enchimento A: ALERGIAS
capilar M: MEDICAÇÕES (em uso de algum medicamento)
• Perfusão: Geralmente lentificada P: PASSADO DE SAÚDE (doenças prévias, tratamentos,
A PA baixa significa choque descompensado. cirurgias)
Deve-se interromper fonte de sangramento. L: LÍQUIDOS E ALIMENTOS (última refeição)
E: EVENTOS (o que aconteceu antes do acidente) ou A:
AMBIENTE
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Situações especiais no Trauma O tratamento deve ser instituido até 72 horas após o
trauma.
Particularidades de atendimento em gestante, criança e
idosos. Tem que considerar as diferenças fisiológicas e Avaliação primária
anatômicas nesses grupos populacionais. XABCDE.
Peculiaridades:
1. Trauma na Gestante Após descartar lesão da coluna cervical, manter em
60% corresponde a acidentes automobilísticos. 22% quedas; DECÚBITO LATERAL ESQUERDO.
17% agressões; 1% outros (afogamento; queimaduras). Se suspeita de lesão cervical: posição supina, com elevação
do quadril direito com coxim e o útero deve ser deslocado
Pontos importantes manualmente para esquerda.
• Como saber se a paciente está grávida? No SAMPLA, o Iniciar prontamente suplementação de O2.
P corresponde a passado médico ou prenhez. Mulher em Considerar via aérea potencialmente difícil, risco de
idade fértil pode ser suspeita para gestação. aspiração.
• Questionar; Hipervolemia relativa pode evitar choque fetal (não usar
• Aumento uterino; vasopressores).
• Beta-HCG.
• Atendimento primário: XABCDE, não sofre modificação. Avaliação secundária
Quais alterações ocorrem durante a gestação? Aplicação do SAMPLA.
• Útero é palpável no abdome a partir a 13ª semana. Monitorização fetal.
• Quanto maior o tempo de gestação, maior a exposição a Altura uterina para determinar possível idade gestacional.
traumas diretos. Irritabilidade e sensibilidade uterina.
• Quais os riscos específicos da gestação? A prioridade será BCF e movimentos fetais.
sempre a mãe.
• Como avaliar e tratar os dois pacientes? Contrações uterinas: parto prematuro ?
• Como reconhecer a violência doméstica? É obrigação Contrações uterinas tetânicas + sangramento vaginal:
moral e jurídica do profissional reconhecer situações de descolamento de placenta ?
violência doméstica. Prioriza-se a segurança do paciente.
Sinais de Alarme
• Cinto de segurança na gestante Irritabilidade uterina
• Reduz mortalidade Diminuição de altura uterina
• Cinto de 3 pontas aumenta a superficie de contato e Sangramento vaginal
dissipa energia Presença de líquido amniótico na vagina (pH alcalino que
• Fixar na parte abdominal abaixo das cristas ilíacas diagnostica ruptura da membrana amniótica).
Acelerações do BCF em resposta a movimentos e/ou
Riscos de trauma na gestante desacelerações persistentes ou tardias em resposta as
• 1º Trimestre: Útero intra-pélvico; Paredes esposas; Feto contrações: Sofrimento fetal ?
protegido; Risco: abortamento, isoimunização.
• 2º Trimestre: Líquido amniótico protege o feto, risco de PCR na gestante
embolia se contato direto; descolamento de placenta; Mesmo protocolo utilizado para não gestantes.
Risco: isoimunização. 32-34 semanas: cesárea de emergencia em 4 minutos.
• 3º Trimestre: Útero com parede finas, feto vulnerável; Antes de 24 semanas não há viabilidade fetal por isso os
Descolamento de placenta; Compressão da veia cava; esforços são dirigidos somente a mãe.
Riscos: fratura de bacia, isoimunização.
Exames complementares
Descolamento de placenta Tipo sanguíneo, hemograma
Maior causa de morte fetal. Eletrólitos
Pode disseminar Coagulação intravascular disseminada. Toxicológico
Sangramento vaginal e trabalho de parto prematuro. Radiografia de tórax e coluna
Abdome rígido dolorido. USG: BCF e localização da placenta
Lavado peritoneal diagnóstico
Isoimunização
Hemorragia materna-fetal se mãe RH-. Risco na 2ª gestação. Indícios de violência doméstica
Toda gestante RH- é candidata a receber imunoglobulina, Gravidade das lesões inconsistentes com a história relatada;
exceto se sangramento isolado na extremidades. Depressão, diminuição da auto-estima e tentativas de
Apenas 0,01 mL de sangue com fator RH+ sensibilizará a suicídio;
gestante RH negativa. Procura frequente por atendimento médico;
Beatriz Dantas - VIII período
Sintomas sugestivos de abusos de droga; choque), é mais difícil de trazer a criança de volta.
Maridos ou companheiros que insistem em ta presente na Independente de sinais, já inicia tratamento do choque.
anamnese e exame físico. A criança começa a descompensar entre 25 e 45% na
classificação do choque.
2. Trauma na criança Medidas
- Acesso venoso
Relação à faixa etária - Determinação do peso
• Lactentes: queimaduras, intoxicações, querias - Suspeita de choque: administrar um bolus 20 ml/kg de
• Escolares: Atropelamentos, quedas de bicicleta, solução cristaloide isotônica aquecida (Ringer Lactato).
traumatismos dentários, ferimentos de arma de fogo - Ausência de melhora: repetir o bolus.
• Pré-escolares: atropelamentos; quedas de lugares altos; - Concentrado de hemácias 10 ml/kg, em bolus como
ferimentos com brinquedos; queimaduras ataque para reanimação.
• Adolescentes: acidentes de automóveis e motocicletas; - Até 3 tentativas periféricos, não deu certo: Acesso
atropelamentos; queda de bicicleta; fraturas associadas a intraósseo.
práticas esportivas; afogamento; homicídio; intoxicação - Acesso intraósseo: 1 Tíbia anteromedial, 2 Fêmur distal.
por drogas. Evitar a veia femoral.

Particularidades do trauma na criança Mobilização


Lesões multissistêmicas. Risco de hipotermia
Menor massa corporal = maior absorção de energia.
Menos tecido conjuntivo e gordura = maior proximidade de Abuso físico
órgãos. Discrepância entre a história e o grau de lesões físicas;
Cabeça maior que o corpo = maior incidência de traumas. Intervalo prolongado entre o tempo de lesão e consulta
Esqueleto mais flexível. médica;
Relação superfície/volume corporal maior ao nascimento e História de traumas repetitivos, tratados em locais
diminui com o crescimento: maior risco de hipotermia. diferentes;
Instabilidade psicológica (ex: choro). Pais que respondem inapropriadamente ou que não seguem
A radiação ionizante aumenta o risco de algumas neoplasias. recomendações médicas;
Desarranjo de estrutura familiar. Múltiplos hematomas subdurais;
Hemorragia retiniana;
Atendimento Lesões periorais;
Persiste o XABCDE. Ruptura de víscera intera sem antecedente de trauma
contuso;
Via aérea Trauma em região cervical, genital ou perianal;
Algumas particularidades e cuidados: Lesões bizarras como mordeduras, queimaduras de cigarros
- A criança tem uma desproporção crânio-face: “posição do e marcas de corda;
cheirador”. Queimaduras de 2 e 3 graus repetidas em áreas não usuais.
- Tecidos moles da orofaringe são maiores.
- Laringe em forma de funil = acumula mais secreção. 3. Trauma no Idoso
- Cordas vocais mais difíceis de serem localizadas. Idosos > 60 anos.
A lâmina escolhida é a lâmina reta ao invés da lâmina curva. Mecanismos mais frequentes: quedas (40%); acidente
A ponta do tubo deve progredir por um comprimento automobilístico (28%); atropelamento (10%); ferimento por
correspondente a três vezes o seu número. arma de fogo ou arma branca (8%).
Antes de tentar um acesso mecânico, deve oxigenar. Suicídio na população idosa é algo crescente.
Não pode introduzir a guedel ao contrário. Introduz já na Apresentação inicial bem mais crítica.
posição que ela irá ficar. Pequena reserva funcional e incapacidade de compensação
Tubo traqueal: idade (em anos)/4 + 4. diminuída (Ex: manutenção do débito cardíaco no choque).
Déficit visual e auditivo incide diretamente na questão de
Respiração e ventilação quedas.
Volume corrente: 7 a 10 ml/kg
A hipóxia é a causa mais comum de parada cardíaca em Fatores predisponentes para quedas
criança. Hipotensão postural
Lesões neurológicas
Circulação e choque Comorbidades
A criança mantem uma compensação do estado de choque Idade avançada
mais que o adulto. Quando ela descompensa (evolução do Uso de fármacos
Déficit auditivo e visual
Beatriz Dantas - VIII período
Atendimento ao Trauma no idoso
Mais incisivo e mais rápido.

Vias aéreas
Dificuldades de perviedade da via aérea: dificuldade de abrir
a boca, dentição, macroglossia, artrite cervical.
Considerar intubação nasofaringe ou crico.
Cuidados com a coluna cervical.
Intubação precoce pode ser necessária.
O2 suplementar precoce.
OBS: cuidado com pacientes DPOCíticos.

Respiração e ventilação
Suplementação de O2 cuidadosa se DPOC.
Pneumotórax e hemotórax são mal tolerados.
Controle adequado da dor.
Riscos com excesso de volume (edema pulmonar).

Circulação
Turgor cutâneo diminuído.
Choque: 1ª hipótese: HIPOVOLÊMICO
- Expansão inicial com cristaloide
- Transfusão de concentrado de hemácia e controle de foco
de sangramento.
Aterosclerose pode agravar condição circulatória.

Alteração neurológica
Escala de Glasgow não muda.
Atento a transtornos neurológicos, demência, uso de
benzodiazepínicos, etc.

Avaliação secundária no idoso


Atentar a Doenças pre-existentes, medicações em uso prévio.

Complicações
Maior risco de complicação: Trombose.
Beatriz Dantas - VIII período

Trauma torácico Ferimentos penetrantes


O objeto transfixa a parede torácica.
Sempre na suspeita torácico, se suspeita de trauma Penetra a cavidade e lesa órgãos internos.
abdominal por conta da proximidade dos conjuntos de Isso favorece a entrada de ar na cavidade. Se não for
estruturas. controlado, ocorre o acúmulo de ar no espaço pleural.
No pré-hospitalar tem-se muito pouco a fazer Os tecidos e vasos lesado sangram para o espaço pleural.
principalmente no trauma torácico. Os alvéolos ficam cheios de sangue dificultando as trocas
gasosas.
Introdução
Pode ser fechado ou penetrante. Trauma fechado
Apenas 15-20% requerem tratamento cirúrgico. O mecanismo é menos direito.
As restantes são tratadas apenas com intervenções simples A força aplicada na parede torácica e transmitida para os
(ex: dreno de tórax). órgãos internos.
A onda de choque pode lacerar o tecido pulmonar e vasos
Anatomia sanguíneos. Leva sangramento no interior dos alvéolos.
Costelas: 12 pares de costelas e o esterno.
Limite inferior: diafragma Fratura de costela
É mais comum lesão em tórax inferior. É a lesão torácica mais comum.
Pulmões São pacientes difíceis de manejar por conta da dor. Deve ser
Mediastino: Traqueia e esôfago; Brônquios principais; considerado analgesia precoce (atentar-se para opióides e o
coração e grandes vasos. risco de depressão respiratória).
É mais frequente nas costelas 4 - 8, lateralmente.
Oxigenação e ventilação A queixa mais comum é dor e falta de ar.
O O2 do ar passa para o sangue através da membrana
alvéolo-capilar. Atendimento Pré-hospitalar
- Fazer analgesia
Avaliação - Investigar traumas associados com restrição de
• Avaliação e segurança da cena (incluindo a cinemática) movimento de coluna
• Avaliar via aérea com controle da coluna cervical - Encaminhar o mais breve possível para atendimento
( Tr a u m a s a l t o s d e v é r t e b r a s t o r á c i c a s t e m especializado
comprometimento dos músculos da respiração) - Fornecer de oxigênio de alto fluxo.
• Respiração e ventilação
• Circulação com controle de hemorragia Tórax instável
• Estado neurológico Duas ou mais pares de costelas fraturados.
• Exposição/Controle do ambiente. Ocorre uma transferencia de energia muito grande que não
foi contido apenas pelas costelas, e que pode lesionar o
Exame físico do tórax pulmão e causar contusão pulmonar.
O paciente tem assimetria do tórax (respiração paradoxal).
• Inspeção: Hematoma (a pele absorveu energia mas
abaixo da pele pode estar a verdadeira sequela) A palpação é encontrado enfisema de subcutâneo: o ar vai
- Nos acidentes por arma de fogo os restos de tecido para o subcutâneo; pode ocasionar edema de face, pescoço.
estão no ferimento de saída.
- Tatuagem de cinto de segurança em acidentes Atendimento Pré-hospitalar
automobilísticos. - Analgesia
- Avaliar simetria torácica - Restrição de movimento do retalho não é indicado. Tem
• Palpação: é indicado palpar da clavícula até o diafragma, que pedir para o paciente tossir.
em ambos hemitórax ao mesmo tempo, a procura de - Monitoramento hemodinâmico para avaliar choque.
creptações (fraturas de costela), abaulamentos. - Exames complementares para, se necessário, correção
- Procura um ou mais pares de costelas fraturados (tórax cirúrgica.
instável ou retalho costal). Risco de perfuração pelas
espiculas das costelas fraturadas. Contusão pulmonar
• Percussão: Não tem muito sucesso na emergencia. Som: Lesão do tecido pulmonar.
Hiper-timpânico (pneumotórax) e hiper-maciço A troca gasosa é prejudicada.
(hemotorax). É uma complicação altamente letal.
• Ausculta: MV presente ou não. Auscultar ápices e bases. MV do lado afetado fica diminuído.
Ausculta cardíaca também deve ser feita (ex: em Efeito “saco de papel”: acúmulo de ar no pulmão, com
tamponamento cardíaco tem hipofonese de bulhas). conseguinte impacto no pulmão. Por um trauma não aberto,
contuso.
Beatriz Dantas - VIII período
Atendimento pré-hospitalar Agulha inserida em ápice cardíaco para drenar o sangue.
- Analgesia
- Centro cirúrgico Outras lesões
Rotura de aorta
Pneumotórax Rotura da árvore traqueobrônquico
Acúmulo de ar entre as pleuras parietal e visceral. Asfixia traumática
20% dos traumas graves de tórax são causados pela entrada Rotura diafragmática (comum em gestantes)
de ar.
Pode ser simples (a maioria), aberto ou hipertensivo.
A causa mais comum são acidentes automobilísticos.
O simples é o menos grave. O simples pode se transformar
em um hipertensivo.
No hipertensivo ocorre uma entrada gradual e contínua que
aumenta a distancia entre as pleuras e empurra
contralateralmente o pulmão, coração e grandes vasos, com
risco de vida.

Simples
MV diminuído ou ausente.
Desconforto respiratório moderado.

Hipertensivo
MV diminuído e quase sempre ausente.
Desconforto respiratório intenso.
Comprometimento hemodinâmico.

Aberto
Ocorre por ferimentos penetrantes.
É um ferimento “soprante”.
Pode virar um hipertensivo.
É feito um curativo valvulado ou de 3 pontas
(quadrangular).

Conduta
- Reconhecer o pneumotórax: mecanismo de trauma,
indicativos de trauma torácico (MV diminuído, enfisema,
fratura múltipla de costelas, o paciente não melhora com
fornecimento de O2).
- Tem que descomprimir com agulha. A punção no tórax,
antes feita no 2º espaço intercostal, agora ocorre no 5º
espaço intercostal linha hemi-axilar anterior, por conta da
colocação do dreno. Se não for possível realizar no quinto
espaço, o segundo espaço ainda é válido. É feito com
gelco 14.

Hemotórax
Grave comprometimento hemodinâmico a depender da
quantidade de sangue perdido.

Conduta
- Acesso venoso.
- Reanimação volêmica adequada em bolus
- Correção cirúrgica

Tamponamento pericárdico
Mais comum nos traumas penetrantes.
Tríade de Beck: Hipotensão, hipofonese de bulhas, turgência
jugular.
Beatriz Dantas - VIII período

Trauma abdominal Avaliação de traumas penetrantes.


Avaliação da estabilidade pélvica: compressão das cristas
É um desafio na avaliação inicial. ilíacas e fixação com faixas ou dispositivos especiais.
É preciso considera toda extensão do abdome, inclusive o Exame do pênis, períneo e reto: para identificar
dorso. uretrorragia; avaliar o tônus esfincteriano e presença de
O abdome é uma fonte de sangramento, principalmente sangue.
fígado e baço.
Considerar feridas penetrantes entre o mamilo e períneo Sondagens
como provável lesão abdominal. Sonda gástrica: objetivo de descomprimir o estômago, para
Sempre investigas: mecanismo do trauma, força de lesão, permitir a realização de um lavado peritoneal e reduzir os
localização, estado hemodinâmico. riscos de aspiracao. É contraindicada na suspeita de lesão de
base de crânio.
A avaliação pode ser prejudicada por: Sonda vesical: objetivo de aliviar a retenção, permitir a
realização de um lavado peritoneal, medir o débito urinário.
Intoxicação
Contraindicada na lesão uretral.
Uso de drogas
Lesões que afetam o cérebro e medula
Coleta de exames
Lesões de estruturas adjacentes (costela, coluna, etc)
Laboratoriais
Tipagem sanguínea
Atendimento inicial
Beta-HCG em mulheres em idade fértil
Prevalece o XABCDE.
Exames radiológicos
- Trauma contuso: coluna cervical, tórax, pelve, abdome
Mecanismos de lesão
- Trauma penetrante: tórax, abdome
Traumas abdominais contusos e penetrantes.

FAST (USG Rápida voltado ao trauma)


Trauma abdominal Contuso
O objetivo é identificar perda de líquido com queda de
Compressão ou esmagamento de vísceras.
pressão.
Rupturas e hemorragias.
É feito a beira leito.
Peritonite.
Pode expandir para outras cavidades: pericárdio, pleura,
Cisalhamento por uso inadequado do cinto de segurança. peritônio.
Desaceleração causa lacerações de fígado e baço.
Órgãos mais acometidos: baço, fígado, delgado, cólon. Tomografia
Exame com alguns entraves: demorado, uso de contraste,
Trauma abdominal Penetrante requer transferencia do paciente.
FAB (ferimento por arma branca): Lesão tecidual por corte Avalia a presença de extensões de lesões intraperitoneais,
ou laceração. retroperitoneais e pélvicas.
PAF (projéteis de arma de fogo): lesões mais graves, gera Contra-indicação em caso de: falta de colaboração do
cavitações, maior número de lesões. paciente, alergia ao contraste.
Órgãos mais afetados:
- por arma branca: fígado, delgado, diafragma, cólon;
- por arma de fogo: delgado, cólon, fígado, estruturas
vasculares.

Avaliação
Anamnese: tipo de colisão, assento, dispositivos de
restrição;
• Condições clínicas no pré-hospitalar
• Tipo de arma, número de projéteis

Exame físico
• Inspeção: avaliar lacerações, contusões, eviscerações (não
tentar colocar para dentro da cavidade).
• Ausculta: RHA, hemoperitônio.
• Percussão: é algo difícil na rotina.
• Palpação: etapa mais importante. Dor a descompressão
brusca (sinal de peritonite); útero gravídico em mulheres.
Beatriz Dantas - VIII período
Traumatismo cranioencefálico Na avaliação secundária: Escala de Glasgow, reação pupilar
e déficit motor inclusivo.
Paciente com múltiplos traumas: abordagem do paciente Alteração pupilar
com XABDCE e após isso o SAMPLA. Em caso de herniação, a porção que mais sofre herniação é o
úncus. Isso causa anisocoria pois adjacente ao úncus está o
Obs: a prancha rígida é de utilidade para transporte do nervo oculomotor (fibras parassimpáticas desse nervo
paciente. Colar cervical é de útil para imobilização cervical. causam constrição pupilar, se estar sem funcionalidade,
ocasiona dilatação pupilar).
Critérios clínicos de estabilidade cervical: servem para Anisocoria com fotorreagência diminuída é sinal de
retirada do colar cervical com segurança. Pela possibilidade gravidade.
de traumatismo raquimedular. Gravidade máxima: herniação bilateral com midríase fixa.
1. O paciente tem que ter Glasgow 15. Geralmente é um paciente não viável.
2. O paciente não pode ter déficit motor.
3. Não pode ter dor a palpação e a imobilização ativa e Diagnóstico do TCE
passiva. TC de crânio sem contraste.
O paciente precisa ter os 3 critérios para remoção do colar
cervical. Tomografia de crânio
Espaços extra axiais: Epidural (extradural), subdural e
Raio-X de coluna cervical adequado tem que ter 3 subaracnóideo.
incidências mínimas AP, perfil e transoral (transição Hematoma epidural: respeita suturas; comportamento
craniocervical, nível de C1 e C2). biconvexo. O extradural respeita a sutura, não vai além da
Em um paciente intubado, não é possível realizar em sutura pois a dura-máter é muito aderida e faz resistência o
incidência transoral. que não permite a expansão do conteúdo. Gera lesão focal.
Hematoma subdural: não respeita o limite das suturas;
A tomografia computadorizada de crânio é o exame pode ter desvio de linha média (referência: septo pelúcido).
selecionado para avaliar o paciente vítima de TCE. Formato côncavo-convexo. Abaixo da dura máter, por isso se
espalha ao longo de todo o hemisfério, não respeita limites.
O compartimento subdural comporta maior quantidade de
TC de crânio, sem contraste, cortes axiais, janela para
volume. Gera lesão difusa.
parênquima, com coleção extra-axial parietal esquerda.
Edema cerebral. (Hematoma extradural) Hematoma subaracnóide: preenche os sulcos.
Hematoma intraparenquimatoso: dentro do parênquima
cerebral.
Parâmetro para avaliar edema cerebral: avalia pelas
cisternas. Geralmente há um espaço entre elas, mas no LAD (Lesão Axonal Difusa): dano neurológico grave por
edema tem redução desse espaçamento. cisalhamento. A TC não demostra nenhuma alteração que
justifique o quadro do paciente.
Obs: crianças geralmente tem o cérebro “edemaciado" sem
ser indicativo de lesão.

TCE
• Lesão primária: aquela que acontece no momento do
trauma.
• Lesão secundária: aquela que acontece decorrente de
eventos posteriores ao trauma (ex: edema cerebral que
pode levar a hipertensão intracraniana e possivelmente
isquemia).
• O trabalho do médico é evitar lesões secundárias.

Mecanismos de lesão secundária


Sistêmicos: hipóxia, hipotensão. Tratados pelo emergencista.
Intracraniano: hipertensão intracraniana, hematomas.
Tratados pelo neurocirurgião.
- O medico emergencista pode tomar algumas medidas:
elevar a cabeceira da cama do paciente (melhora
perfusão para o cérebro); infusão de soluções
hipertônicas (desidrata o cérebro e reduz o volume do Hematoma extradural
parênquima): manitol e salina hipertônica.

Avaliação
Na avaliação primária: Escala de Glasgow e reação pupilar.
Beatriz Dantas - VIII período
Marshall I: paciente com LAD.

Tratamento do TCE
Primário: ABCDE adequado.

Hipertensão intracraniana:
- Elevação da cabeceira
- Sedação do paciente (propofol ou midalzolam)
- Hiperventilação (vasocontrição cerebral): 20 ipm; 26-30
pCO2.
- Agentes osmósticos (manitol ou NaCL)
- Hemicraniectomia descompressiva

Coleção isodensa bilateral que não respeita sutura.


Hematoma subdural crônico (a partir de 21 dias).

Lesão em sal e pimenta: ponteados hiperdensos


impermeando uma área hipodensa (Contusão cerebral).
Acontece geralmente em frontal e temporal.

Escala de Marshall: escala tomografia utilizada em


pacientes em coma. Faz em TCE grave.
CURSO: MEDICINA
DISCIPLINA: HABILIDADES
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
DOCENTES: BRUNO FERNANDES, DANIELE
MARTINS E NATHALIE SANTANA
Data da
Avaliação: NOTA
Direção de Graduação 16/04/2021
TURMA
Cód. Acervo Acadêmico – 125.31 Data da
Devolutiva:
AVALIAÇÃO TEÓRICA 23/04/2021

ESTUDANTE:

QUESTÕES

1. Você está de plantão e é chamado para atender um paciente de aproximadamente 50


anos que teve um mal súbito e ficou inconsciente. Foi iniciada reanimação cardio-
pulmonar (RCP), e o monitor mostrou o ritmo abaixo. Qual deve ser a conduta a seguir?

a) Intubação orotraqueal
b) Desfibrilação com carga máxima
c) Administração de epinefrina 1 mg
d) Finalizar o ciclo de 2 minutos de compressões e ventilações
2. A qual ritmo de parada cardiorrespiratória (PCR) o traçado abaixo corresponde?

a) AESP
b) Assistolia
c) Fibrilação Ventricular
d) Taquicardia Ventricular sem Pulso

3. Uma mulher de 44 anos está sendo reanimada pela equipe da UTI e apresenta fibrilação
ventricular (FV) recorrente. Até o momento, ela recebeu uma dose de epinefrina 1 mg e foram
administradas 3 desfibrilações. Qual o medicamento mais adequado para administrar a seguir?
a) Epinefrina 1 mg
b) Amiodarona 150 mg
c) Amiodarona 300 mg
d) Não devem ser administradas drogas neste ciclo de reanimação

4. Como deve ser o manejo da ventilação após intubação orotraqueal durante a RCP?
a) Administrar ventilações na frequência necessária para atingir Saturação periférica de O2 >
95%.
b) Administrar 6 ventilações por minuto, desde que haja elevação do tórax do paciente
c) Administrar 10 ventilações por minuto, compressões torácicas sem pausas durante o ciclo
d) Manter a proporção de 30 compressões para 2 ventilações
5. Uma paciente de 57 anos foi trazida para o pronto-socorro desacordada. Após abordagem
inicial, foi verificada PCR e iniciada RCP. O monitor mostrou o ritmo abaixo. Qual deve ser a
conduta a seguir?

a) Intubação orotraqueal
b) Desfibrilação com carga máxima e em seguida retomar compressões torácicas
c) Retomar compressões e administração de epinefrina 1 mg
d) Retomar compressões e administração de amiodarona 300 mg

6. Você está de plantão cobrindo as intercorrências do hospital e é chamado para avaliar um


paciente na enfermaria. Trata-se de um paciente de 88 anos, portador de demência avançada,
acamado, caquético e com câncer de pulmão metastático de diagnóstico recente. Você verifica
que no prontuário está registrado que foram definidos cuidados paliativos exclusivos para este
paciente, e a família está de acordo. Ao avaliar o paciente você percebe que ele não responde
aos estímulos, não respira e não há pulso central. Qual deve ser a sua conduta neste momento?
a) verificar o óbito, comunicar à família e acolhê-los nesse momento de dor
b) chamar ajuda e iniciar compressões torácicas
c) intubação orotraqueal
d) checar o ritmo para verificar necessidade de desfibrilação

7. Homem, 18 anos, chega ao HUSE vítima de um ferimento por arma branca em região
torácica anterior à direita (3º espaço intercostal) e em região periumbilical esquerda. Ao exame
físico: consciente, orientado, PA: 100x60 mmHg, FC: 92bpm, FR: 22 rpm, SatO2 93%, em uso
de máscara de O2, tórax timpânico à percussão e murmúrio vesicular diminuído à direita,
abdômen: dor à palpação difusa com sinais de irritação peritoneal. A conduta é:

A- Punção de tórax e tratamento não operatório do ferimento abdominal


B- Toracotomia direita e laparotomia mediana
C- Tomografia computadorizada de tórax e abdômen
D- Drenagem de tórax e laparotomia mediana
E- Nenhuma das alternativas
8. Homem 37 anos, é levado a UPA pelo SAMU vítima de acidente automobilístico.
Apresentando dor torácica à esquerda, taquidispneia, percussão timpânica do hemitorax
esquerdo, e murmúrios vesiculares diminuídos à esquerda. Aos SSVV: PA: 110X70 mmHg; FC:
90 bpm; FR: 25 rpm. Qual conduta imediata?

A- Toracocentese de alivio a esquerda;


B- Toracocentese de alivio a esquerda seguida de drenagem torácica ipsilateral;
C- Drenagem torácica a esquerda no 2° espaço intercostal;
D- Toracotomia de urgência;
E- Drenagem torácica a esquerda no 6º espaço intercostal.

9. Um paciente de 23 anos de idade, vítima de ferimento por arma branca em briga de rua,
chega ao pronto socorro trazido pelo resgate, imobilizado. Consciente, orientado (Glasgow 15),
hemodinamicamente estável, apenas um pouco assustado e taquipneico. O murmúrio vesicular
esta diminuído em hemitorax esquerdo, tem ferimento único por arma branca em hemitorax
esquerdo, logo abaixo da linha mamilar. Não sangra e não tem saídas de ar. Não se acham outras
lesões, nem alterações ao exame físico. O FAST – Focused Assessment with Sonography for
Trauma, não detectou alteração no pericárdio. Drenado o tórax e houve saída de 300ml de
sangue. O dreno oscila bem e borbulha um pouco. Conduta mais adequada?

A- Observação clínica rigorosa com FAST seriado


B- Laparoscopia diagnostica/terapêutica
C- Toracotomia anterolateral esquerda
D- Laparotomia exploradora
E- Tomografia de tórax e abdômen

10. Um rapaz de 28 anos, colidiu com a motocicleta contra um automóvel. Foi ejetado tendo
sido encontrado a 10 metros do local da colisão. Levado pelo resgate, chega ao Pronto Socorro
imobilizado em prancha rígida, com colar cervical. A via aérea está pérvia e não tem desvio de
traqueia e nem enfisema cervical. A expansibilidade torácica está diminuída a esquerda. A
ausculta mostra murmúrio vesicular abolido desse lado, sendo que a percussão tem a macicez,
Saturação de O2 com Máscara de Hudson 15l em 89%. Sente-se crepitação na palpação esterno.
FC: 120 bpm, PA: 90x60mmHg, Glasgow 13. Não há outras lesões evidentes na avalição inicial.
Conduta inicial mais adequada:
A- Toracotomia de emergência
B- Intubação traqueal e avaliação de urgência do especialista de cirurgia torácica
C- Drenagem pleural esquerda sob selo d’agua
D- Intubação traqueal e tomografia do corpo inteiro
E- Descompressão torácica esquerda no segundo espaço intercostal seguida de drenagem
pleural sob selo d’agua.

11. Durante o atendimento a uma vítima de queda de grande altura, observou-se que a vítima
estava com sangramento ativo na cavidade oral e via aérea obstruída.
Assinale a alternativa que apresenta a ação ADEQUADA para o atendimento desse paciente.
A- Manobra de jaw trust e aspiração da cavidade oral ;
B- Manobra de hiperextensão e aspiração da cavidade oral
C- Oferecer O2 suplementar e lateralização da cabeça para saída de sangue na cavidade
oral.
D- Instalação de cânula orofaríngea e lateralização da cabeça para saída de sangue na
cavidade oral.
E- Nenhuma das Alternativas

12. O Acolhimento com Classificação de Risco visa melhorar a qualidade do atendimento


prestado pelos serviços de saúde. Sobre o acolhimento e classificação de risco, é correto afirmar
que
A- A implantação do Acolhimento com Classificação de Risco teve como objetivos manter
a triagem realizada por recepcionistas e porteiros e diminuir o acesso ao serviço de urgência.
B- A Classificação de Risco é um processo estático de identificação dos pacientes que
necessitam de tratamento imediato, de acordo com sua necessidade.
C- A “ferramenta” Classificação de Risco predispõe a uma reorganização do setor a partir
da agilidade do atendimento em todos os setores, permitindo a efetivação da linha do cuidado e
da transdisciplinaridade.
D- Não é contemplado pelas diretrizes do Componente Hospitalar da Rede de Atenção às
Urgências o atendimento priorizado, mediante acolhimento com Classificação de Risco
E- A implantação de processo de Acolhimento com Classificação de Risco garante que seja
mantida a ordem de atendimento aos pacientes rigorosamente idêntica à ordem de chegada ao
serviço.

13- Segundo o PHTLS (PreHospital Trauma Life Suport), 2018, XABCDE é um mnemônico
que padroniza o atendimento inicial ao paciente politraumatizado e define prioridades na
abordagem ao trauma, no sentido de padronizar o atendimento. A respeito do XABCDE do
trauma, assinale a alternativa correta.
A- A avaliação da letra E serve para a manutenção das vias aéreas, em que utilizam-se as
técnicas de chin lift, ou seja, a elevação do queixo, o uso de aspirador de ponta rígida ou jaw
thrust, que corresponde à anteriorização da mandíbula, e o uso da cânula de Gedel.
B- A identificação de choque hipovolêmico é realizada no item C, momento em que
também se avalia a necessidade de reposição volêmica por Ringer Lactato.
C- A frequência respiratória, a inspeção dos movimentos torácicos, a presença de cianose e
a observação do uso de musculatura acessória são inspeções realizadas na letra D.
D- Sugere-se realizar a Escala de Coma de Glasgow antes de observar a presença de
choque hipovolêmico, pois com a reposição volêmica o paciente pode apresentar alterações
significativas nas disfunções neurológicas
E- Com a atualização do PHTLS, recomenda-se promover a contenção de hemorragia
externa grave – a exsanguinação, imediatamente após a manutenção das vias aéreas.

14- Quanto ao traumatismo, agravo inserido dentre os atendimentos de Urgência e Emergência,


leia as alternativas abaixo e assinale V (verdadeiro) ou F (falso):
( ) Diante do atendimento pré-hospitalar, pode-se afirmar que o tratamento inicial determina o
prognóstico final.
( ) Na chegada ao hospital, a avaliação e os cuidados podem ser divididos em 4 fases: avaliação
primária, reanimação, avaliação secundária e cuidados definitivos.
( ) Na avaliação primária, detectam-se problemas de: vias aéreas, respiração, circulação e
membros assim como exame físico e neurológico completo.
( ) Em se tratando de cuidados definidos, a monitorização e a avaliação constantes são
indispensáveis para facilitar o tratamento de problemas existentes.

A sequência correta, de cima para baixo, é:


A- F, F, F, V.
B- V, V, F, V.
C- V, V, F, F.
D- F, V, F, V.
E- V, F, V, F.

15- Sobre o atendimento pré-hospitalar de vítimas de trauma é INCORRETO afirmar que:


A- As lesões ameaçadoras da vida devem ser abordadas na cena do acidente.
B- O hospital de destino deve ser o mais próximo; o fato de não estar devidamente
preparado com profissionais e equipamentos, não é fator que determine a escolha.
C- A equipe de pré-hospitalar deve estimar a direção e a velocidade de impacto do veículo
no corpo da vítima em caso de atropelamento.
D- o uso do cinto de segurança impede muitas lesões graves, mas pode causar outras.

16. Diante de um garoto de 16 anos que caiu do telhado, de uma altura de aproximadamente 5
metros, a equipe observa que a vítima está pálida e não responsiva à estimulação. Qual seria a
conduta inicial?
(A) Iniciar compressões torácicas.
(B) Realizar a abertura da via aérea por meio da manobra de inclinação da cabeça e elevação do
queixo.
(C) Oferecer oxigênio a 100%.
(D) Realizar a abertura da via aérea por meio da propulsão da mandíbula com estabilização
simultânea da coluna cervical.
(E) Colocar o colar cervical.

17. Considerando o controle de vias aéreas e ventilação em pacientes com múltiplos traumas,
assinale a alternativa correta.
a) A manobra de Jaw Thrust consiste em o socorrista colocar os dedos indicador, médio e anular
de uma de suas mãos acima do queixo da vítima e com o polegar da mesma mão, posicionado
anteriormente ao mento, tracionar a mandíbula para frente e para cima, segurando-a firmemente
e mantendo a boca aberta.
b) A cânula de Guedel está contraindicada na queda de língua de pacientes inconscientes.
c) A cricotireidostomia por punção não é recomendada no atendimento aos pacientes
politraumatizados.
d) No paciente inconsciente, a base da língua pode ser causa da obstrução da hipofaringe. A
queda da língua pode ser corrigida através das manobras de elevação do queixo e a
anteriorização da mandíbula por meio da elevação simultânea de seus ângulos.
e) O uso do cateter nasal (tipo sonda) está indicado quando há evidências de fratura da base do
crânio.

18. Um senhor de 40 anos de idade sofreu um acidente automobilístico e encontra-se dispnéico


e com movimento paradoxal do tórax. Baseado nesse quadro clínico, provavelmente se trata de:
a) Hemotórax maciço.
b) Um grande pneumotórax.
c) Tórax flutuante.
d) Tamponamento pericárdico.
e) Ferida torácica aspirativa.

19. Você é plantonista do SAMU e sua equipe foi enviada para atender uma ocorrência
relacionada a uma paciente com ferimento por arma branca em tórax e membro superior. Qual a
sua primeira conduta ao chegar ao local?
a) checar a segurança da cena
b) estabilizar a coluna cervical
c) abrir vias aéreas com a manobra de anteriorização da mandíbula
d) avaliar a ventilação, buscando lesões torácicas potencialmente causadas pela perfuração
e) garantir a circulação adequada, revertendo o provável choque hemorrágico

20. Homem, 29 anos, há 45 minutos sofreu um acidente automobilístico usando cinto de


segurança. Exame físico: PA= 110x70 mmHg, FC=126 bpm, FR=38 ipm; consciente, dispneico;
ausência de murmúrio vesicular e submacicez em todo hemitórax direito, veias do pescoço
colabadas. A lesão torácica mais provável é:
a. Tamponamento cardíaco.
b. Pneumotórax hipertensivo à direita.
c. Hemotórax a direita.
d. Ruptura brônquica à direita.
e. Ruptura diafragmática à direita.

21. A melhor opção diagnóstica para avaliação objetiva do abdome em paciente vítima de
trauma abdominal fechado com instabilidade hemodinâmica é:
A) Rx simples de abdome.
B) lavagem peritoneal diagnóstica.
C) TC de abdome.
D) ultra-sonografia de abdome.
E) FAST

22. Sobre o protocolo de Manchester, assinale a alternativa correta.


(A) Está baseado nos cinco passos do diagnóstico baseado em evidências e tem como objetivo
principal otimizar o tempo das consultas.
(B) Após uma triagem baseada nos sinais e sintomas, classifica os doentes por cores, que
representam o grau de gravidade e o tempo de espera recomendado para atendimento.
(C) O Protocolo de Manchester não deve ser usado em unidades de pronto atendimento, pois
aumenta filas e tempo de espera para o atendimento.
(D) O protocolo de Manchester pode ser aplicado por qualquer profissional de saúde de nível
médio ou nível superior em serviços de baixa complexidade.
(E) Os pacientes que são classificados com cor azul são os de maior gravidade, e devem ser
atendidos em um prazo máximo de 20 minutos.

23. Analise as seguintes assertivas sobre o trauma de tórax e assinale com V as verdadeiras e
com F as falsas.
( ) Jugulares ingurgitadas, enfisema subcutâneo e hipertimpanismo são sinais encontrados no
exame físico do paciente que sofreu um pneumotórax hipertensivo.
( ) A descompressão com agulha (toracocentese de alívio) é um procedimento difícil e perigoso
e traz benefício mínimo para o paciente.
( ) A presença de sangue no espaço pleural constitui um hemotórax, e em um paciente adulto, o
espaço pleural de cada lado pode conter de 2.500 a 3.000 ml de sangue.
( ) Os sinais e sintomas do pneumotórax hipertensivo e do pneumotórax aberto são semelhantes,
porém, apenas no primeiro caso, verifica-se a presença da ferida torácica aspirativa.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.

a) V F V F.
b) V F F V.
c) V V V F.
d) F V F F.

Para as questões seguintes utilize o caso clínico abaixo:

J.K., 24 anos, tik toker, é admitido em Hospital de Urgência trazido por populares. Foi
atropelado por entregador do ifood. Dr. House realiza o primeiro atendimento do paciente.
Constata que ele não tem abertura ocular, emite sons incompreensíveis, mesmo após estímulo
álgico, e apresenta apenas movimentos inespecíficos dos quatro membros, que não caracterizam
nenhuma postura anormal. Ao exame pupilar, está anisocórico (E>D). FC: 130 bpm. PA:
120x80 mmHg.

24- Pacientes com TCE grave podem se apresentar com anisocoria, o que indica maior
gravidade do caso. Nesse contexto, esse fenômeno deve corresponder a:
a. Comprometimento do globo ocular esquerdo secundário ao trauma, com consequente
letargia do músculo constritor da pupila.
b. Herniação do úncus esquerdo que comprime o núcleo de Edinger Westphal, com
comprometimento da inervação parassimpática da pupila esquerda.
c. Herniação subfalcina, com comprometimento do giro do cíngulo a esquerda.
d. Compressão do nervo óptico esquerdo devido à hipertensão intracraniana que resulta em
papiledema
e. Herniação do úncus esquerdo com comprometimento de fibras parassimpáticas inclusas
na periferia do III nervo craniano esquerdo.

25- Das opções abaixo listadas, qual a conduta imediata mais adequada para o caso?

a. Trata-se de um paciente com suspeita de lesão intracraniana grave. Deve realizar


tomografia de crânio imediatamente para que seja avaliado pelo neurocirurgião em caráter de
urgência.
b. É um caso de gravidade extrema. Deve ser submetido a uma craniotomia exploradora de
urgência do lado esquedo para evacuação do suposto hematoma que coloca em risco de morte
iminente o paciente.
c. O tratamento dos pacientes deve ser individualizado. Por se tratar de paciente jovem,
devemos priorizar a preservação da função neurológica, sendo indicada uma trepanação
emergencial na sala de emergência.
d. Paciente com péssimo prognóstico. Devem ser ofertadas medidas de conforto.
Procedimentos invasivos não são adequados nesse caso e significam apenas obstinação
terapêutica.
e. Paciente deve ser, antes de qualquer coisa, intubado.

Para as questões 26 à 29 utilize a imagem abaixo:


Tomografia de crânio do paciente acima revela a seguinte imagem:

26- O diagnostico que se impõe é de hematoma subdural agudo. V/F

R=_____________________

27- A coleção hemática também está localizada no espaço subaracnoide. V/F

R=_____________________

28- O desvio de linha média poderia ser mensurado adequadamente nesse corte. V/F

R=______________________
29. Ainda com relação ao caso acima descrito, calcule a Escala de Coma de Glasgow e
classifique o TCE
a. Glasgow 7, TCE grave
b. Glasgow 6, TCE grave
c. Glasgow 4, TCE extretamente grave
d. Glasgow 3, Morte encefálica
e. Impossível calcular o Glasgow (informações insuficientes).

30. O acolhimento com Classificação de Risco faz parte do Programa Nacional de


Humanização. O Protocolo de Manchester é um dos diversos protocolos que estão sendo
adotados pelos serviços de saúde e trabalha com fluxogramas associados a tempos de espera
simbolizados por cores. Tal protocolo preconiza que o tempo-alvo previsto para atendimento do
paciente de acordo com a classificação recebida nas cores vermelha, laranja, amarela, verde e
azul deve ser, respectivamente, imediato, em até:

A - 5, 30, 60 e 120 minutos.


B- 15, 45, 60 e 90 minutos
C- 30, 60, 90 e 120 minutos.
D- 10, 60, 120 e 240 minutos.
E- 20, 40, 80 e 120 minutos.
GABARITO
PROVA TEÓRICA 2021. 1 HUE
1. B
2. D
3. C
4. C
5. C
6. A
7. D
8. B
9. B
10. C
11. A
12. C
13. B
14. B
15. B
16. D
17. D
18. C
19. A
20. C
21. E
22. B
23. A
24. E
25. E
26. F
27. F
28. F
29. A
30. D
CURSO: MEDICINA
DISCIPLINA: HABILIDADES
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
DOCENTES: BRUNO FERNANDES, DANIELE
MARTINS E NATHALIE SANTANA
Data da
Avaliação: NOTA
Direção de Graduação 13/11/2020
TURMA
Cód. Acervo Acadêmico 125.31 Data da
Devolutiva:
AVALIAÇÃO TEÓRICA 20/11/2020
ESTUDANTE:

1. Paciente 71 anos, masculino, é submetido a ressecção transuretral de próstata. Durante o


procedimento cirúrgico não houve intercorrências. Exames laboratoriais após a cirurgia
mostravam: Creatinina=0,5mg/dL, Na=134 mEq/L, K=3,8mEq/L. Quatro dias após a cirurgia,
paciente evoluiu com confusão mental e sonolência, evoluindo com Glasgow=6 e necessidade de
intubação orotraqueal e ventilação mecânica. Apresentava também febre, taquicardia, hipotensão
e Rx de tórax revelando condensação em terço médio do pulmão direito. Foi iniciada
antibioticoterapia com ceftriaxona e amicacina. Após dois dias, os níveis de creatinina subiram
para 3,4 mg/dL, uréia=162mg/dL, Na=135mEq/L, K=6,5mEq/L. Débito urinário de 400ml/dia
pela sonda vesical de demora. Sumário de urina: cilindros granulares. Marque a alternativa que
contém a causa mais provável do quadro de insuficiência renal aguda:
a) Insuficiência renal aguda pós-renal pela hiperplasia prostática benigna.
b) Insuficiência renal aguda renal por glomerulonefrite.
c) Insuficiência renal aguda renal por necrose tubular aguda multifatorial: choque séptico e
nefrotoxicidade por aminoglicosídeo.
d) Insuficiência renal aguda pré-renal.

2. Você está acompanhando uma paciente de 24 anos internada por insuficiência renal aguda,
suspeita de glomerulonefrite lúpica. Ao chegar na enfermaria, você é chamado para avaliar a
paciente e a encontra sonolenta, mas acorda aos chamados verbais, taquidispneica e mal
perfundida. Sinais vitais: FC=140 bpm, FR=30 irpm, PA=80/50 mmHg, SpO2=89% em ar
ambiente. Débito urinário 300 ml em 24 horas. Ausculta pulmonar com crepitações até terços
médios pulmonares. Ao checar os exames de hoje, você observa os seguintes resultados:
Creatinina=4,1 mg/dL; Ureia=157 mg/dL; Na=140; K=7,1. Gasometria: pH=7,2 / PaCO2=29
mmHg / Bicarbonato=14 mEq/L. Qual a conduta imediata neste caso?
a) gluconato de cálcio 10%, 1 ampola diluída em 100 ml de soro, correr solução em 5 minutos
b) furosemida 1 mg/kg, IV, em bolus
c) solução polarizante com insulina regular 5 UI + SG10% 100 mL, IV em bolus
d) hemodiálise

3. Considerando o caso clínico da questão anterior (questão 2), qual dos seguintes achados NÃO
seria esperado?
a) cilindros hemáticos no sumário de urina
b) queda da creatinina e ureia após expansão volêmica com SF0,9%
c) necessidade de hemodiálise
d) melhora da dispneia com uso de furosemida e CPAP

4. Um paciente de 55 anos procura o pronto-socorro com queixa de diarreia líquida há 3 dias, com
vários episódios diários, associados a vômitos. Conta que alguns colegas de trabalho relataram
sintomas semelhantes, porém mais brandos, após terem ido a um restaurante. O paciente refere
que vem piorando progressivamente, não consegue se alimentar pela hiporexia e vômitos. Hoje
se sente tonto e fraco, notou que está urinando pouco. Faz uso apenas de Anlodipino para
hipertensão. Sinais vitais: PA=90/50 mmHg, FC=128 bpm, SpO2=95% ar ambiente, FR=24 irpm,
afebril, desidratado 3+/4+, lúcido e orientado, ausculta sem alterações relevantes, abdome
inocente sem bexigoma, tempo de reenchimento capilar de 4 segundos. Exames iniciais:
Creatinina=2,1 mg/dL; Ureia=160 mg/dL; Na=145; K=6,0. Gasometria: pH=7,33 / PaCO2=35
mmHg / Bicarbonato=18 mEq/L. Realizado o ECG em anexo. Perante essa avaliação inicial, qual
a conduta prioritária para reverter o quadro do paciente?
a) expansão volêmica com SF0,9% aberto
b) sonda vesical de demora
c) gluconato de cálcio 10%, 1 ampola diluída em 100 ml de soro, correr solução em 5 minutos
d) furosemida 1mg/kg IV em bolus

5. Você está no estágio da UTI e coleta a gasometria arterial de um paciente intubado: pH=7,15 /
PaCO2=33 mmHg / Bicarbonato=10 mEq/L / PaO2=115 mmHg / SaO2=97%. Qual o distúrbio
ácido-básico observado?
a) alcalose metabólica descompensada
b) acidose metabólica de ânion-gap aumentado
c) acidose metabólica compensada
d) acidose mista

6. Considerando a gasometria do paciente intubado apresentada na questão 5, qual ajuste deveria


ser realizado nos parâmetros da ventilação mecânica?
a) aumentar a frequência respiratória
b) reduzir o volume corrente caso esteja em modo VCV
c) aumentar relação inspiração: expiração
d) aumentar a PEEP

7. Um rapaz de 25 anos é admitido com quadro de fraqueza muscular generalizada (paralisia


flácida), e seus exames mostraram K=1,2 mEq/L e ECG com onda U. Como deve ser administrada
a reposição inicial do potássio?
a) via intravenosa, KCl 19,1% 1 ampola em bolus
b) KCl 19,1% 1 ampola + SF0,9% 500 mL, correr a solução em 1 hora
c) KCl 19,1% 2 ampolas + SF0,9% 1000 mL, correr a solução em 1 hora
d) KCl 19,1% 2 ampola + SG5% 500 mL, correr a solução em 2 horas

8. Um paciente de 82 anos está internado há três semanas em tratamento de úlcera de pressão


infectada, tem histórico de demência, AVC e crise convulsiva prévia, era acompanhamento pelo
home care antes da internação. O paciente tem abertura ocular espontânea, mas não contactua,
não tem fácies de dor. Ao evoluir o caso dele na enfermaria, você observa que os sinais vitais
estão estáveis, os exames laboratoriais solicitados mostram: Hb=10 g/dL, Creatinina=1,5 mg/dL;
Ureia=55 mg/dL; Na=144; K=4,8; Cálcio total=7,5 mg/dL; Albumina=2,0 g/dL; Fósforo=3,2
mg/dL. Assinale a conduta adequada neste caso:
a) gluconato de cálcio 10%, 1 ampola diluída em 100 ml de soro, correr solução em 5 minutos
b) gluconato de cálcio 10% 10 ampolas + SF0,9% 900 mL, IV, em bomba de insufão contínua
c) carbonato e cálcio e calcitriol via sonda nasoenteral
d) não é necessário repor cálcio para o paciente
9. A paciente Joaquina de 71 anos é trazida pela família ao pronto-socorro por piora da lombalgia
que surgiu há um mês. Os familiares notaram que a paciente está pálida, lentificada e sonolenta,
também apresenta constipação e poliúria. À admissão, tem abertura ocular espontânea,
desorientada e localiza a dor, FC=94 bpm, FR=26 irpm, PA=100/70 mmHg, SpO2=95% ar
ambiente, tem edema discreto em membros inferiores, desidratada 2+/4+. Exames da entrada
mostraram: Hb=8,5 g/dL, Creatinina=1,3 mg/dL; Ureia=103 mg/dL; Na=139; K=4,2; Cálcio
total=14,5 mg/dL; Albumina=3,0 g/dL; Fósforo=4,2 mg/dL. Qual conduta seria INADEQUADA
na abordagem INICIAL desta paciente?
a) Furosemida 1 mg/kg, IV, em bolus
b) Expansão volêmica com SF0,9%, IV, aberto
c) Solicitar eletroforese de proteínas
d) Pamidronato IV

10. Você recebe no plantão um paciente portador de DPOC, com rebaixamento do nível de
consciência, frequência respiratória de 36 irpm, frequência cardíaca de 44 bpm, PaO2 de 65
mmHg e PA=70/50 mmHg. Qual a melhor conduta a ser realizada?
a) Colocá-lo em VNI (Ventilação não invasiva)
b) Sedação e máscara de Hudson
c) Sedação, intubação orotraqueal, droga vasoativa e ventilação mecânica
d) Oxigenioterapia sob máscara de venturi 50% e droga vasoativa.

11. Em qual das situações abaixo NÃO é indicada a ventilação não-invasiva (VNI)?
a) Exacerbação da DPOC
b) Edema agudo de pulmão cardiogênico
c) Pós-extubação
d) Falência ventilatória por doença neuromuscular.

12. Sra. Antônia, 56 anos, portadora de miocardiopatia isquêmica, deu entrada no hospital com
queixa de dispneia progressiva há três meses, com evolução para dispneia paroxística noturna há
duas semanas. Após internação hospitalar, evoluiu com insuficiência respiratória aguda, sendo
encaminhada para a UTI. Foi iniciada VNI, com pressão positiva contínua de vias aéreas (CPAP).
Qual o objetivo dessa conduta?
a) Aumentar a ventilação alveolar, aumentar shunt alvéolo-capilar e resolver fadiga muscular.
b) Corrigir níveis de PaCO2, prevenir fadiga e diminuir complacência pulmonar.
c) Aumentar a ventilação alveolar, resolver fadiga e diminuir níveis de PaCO2.
d) Corrigir hipoxemia, diminuir shunt alvéolo-capilar e prevenir fadiga.

13) Paciente masculino encontra-se no 10° dia de pós-operatório de ressecção de tumor cerebral
localizado em fossa posterior. Realizado ventriculostomia por hidrocefalia. Exames laboratoriais
evidenciam sódio de 112 mmol/L, creatinina: 1mg/dl, ureia: 28 mg/dl; K + 4,1 mmol/L, débito
urinário de 4-5ml/kg/h, sódio urinário de 170mmol/L. Exame de urina normal. Apresenta-se
estável hemodinamicamente. Qual o diagnóstico mais apropriado?
a) Síndrome perdedora de sal cerebral
b) Intoxicação hídrica
c) Insuficiência adrenal
d) Síndrome de secreção inapropriada de ADH

14) Paciente 70 kg no primeiro dia pós-operatório de ressecção transesfenoidal de macroadenoma


não secretor de hipófise apresenta-se com diurese de 500 ml/h nas ultimas 6 hoas. Está confuso.
Exames laboratoriais evidenciam sódio de 160 mmol/L, creatinina: 1,1 mg/dl, ureia: 32 mg/dl; K
+ 4,4 mmol/L. Qual o diagnóstico mais provável?
a) Diabetes insípidus
b) Síndrome perdedora de sal cerebral
c) Insuficiência adrenal
d) Síndrome de secreção inapropriada de ADH

15) O paciente acima provavelmente se beneficiará de:


a) DDAVP
b) Calcitonina
c) Solução polarizante
d) Furosemida

16) Paciente, 35 anos, é admitida no pronto socorro queixando de cefaleia retro orbitária
importante a qual atribui relação de causalidade com a sua pressão arterial sistêmica elevada (PA
170 x 108 mm Hg). A prescrição inicial dessa paciente deveria incluir:
a) Dipirona
b) Captopril
c) Losartana
d) Carvedilol

17) Faz parte do substrato fisiopatológico da hipertensão acelerada maligna a intensa


vasoconstrição. Clinicamente, o paciente deve se apresentar com:
a) rebaixamento do nível de consciência,
b) hemorragia subaracnoide
c) turvação visual
d) hemiparesia

18) Paciente, 35 anos, deu entrada no pronto socorro com PA 200 x 134 mm Hg, com confusão
mental e sem déficit apendicular. Qual exame de investigação é pertinente para o caso à admissão?
a) TC de crânio sem contraste
b) Angiotomografia arterial do cranio
c) Ressonância magnética de crânio com estudo de perfusão
d) Ecocardiograma

19) Durante a história natural do AVCi há variação do volume da região de penumbra. Com o
decorrer da historia natural da doença, esse volume tende a:
a) Aumentar
b) Diminuir
c) Multiplicar
d) Estabilizar

20) Homem, 52 anos, foi admitido com hemiplegia proporcionada grave à direita iniciada há 48
horas e rebaixamento do nível de consciência. TC de cranio revela que mais de 80% do volume
estimado de tecido cerebral irrigado pela artéria cerebral média direita está hipodenso. Há ainda
um desvio de linha média de 10 mm para esquerda. Foi indicado hemicraniectomia
descompressiva. Esse procedimento tem por fim:
a) Reverter a lesão isquêmica instalada.
b) Tratar o presumido estado de hipertensão intracraniana.
c) Otimizar a área de penumbra.
d) Desobstrução de artéria ocluída
21) Mulher, 58 anos, foi admitida hemiparética à direita, tendo sido o ictus há 3 horas. PA 180 x
100 mmHg. Tc de crânio com ausência de sangramentos, ECG com ritmo sinusal, e o
coagulograma dentro dos limites da normalidade. Nesse momento é indicado
a) Reduzir agressivamente a PA
b) Não prescrever, no momento, anti hipertensivos
c) Reduzir a PA com meta de 25% de redução na primeira hora.
d) Passagem de acesso venoso central através da veia subclávia para monitorização da volemia
corporal.

22. Paciente idosa com quadro de edema agudo de pulmão necessitou de intubação orotraqueal e
ventilação mecânica. Nessa situação, as medidas de prevenção à pneumonia associada à
ventilação mecânica são:
I. Manter a paciente em decúbito elevado de 30 a 45°.
II. Realizar higiene oral regularmente com antissépticos, como a clorexidine 0,12%.
III. Trocar o circuito do respirador do ventilador mecânico diariamente.
Está correto o que se afirma em:
a) I, apenas.
b) I, II e III.
c) I, II, apenas.
d) II e III, apenas.

23. O conhecimento fisiopatológico que mais contribuiu para a redução significativa da


mortalidade por IAM foi:
a) A obstrução coronária decorre da formação de trombo sobre uma placa aterosclerótica
vulnerável.
b) A fibrilação atrial ocorre devido à disfunção diastólica de VE.
c) O choque cardiogênico ocorre devido à extensa necrose miocárdica.
d) A hipertensão arterial como importante fator de risco para aterosclerose coronária.

24. Um ventilador mecânico é um aparelho de respiração com pressão positiva que pode manter
a ventilação e a administração de oxigênio por um período prolongado. A modalidade de
ventilação mecânica mias utilizada no desmame da ventilação é:
a) Assistido-controlada
b) Com liberação de pressão de vias respiratórias
c) Com pressão de suporte
d) Mandatória intermitente sincronizada

25. Quanto ao tratamento de reperfusão no Infarto Agudo do Miocárdio, podemos afirmar:


a) A infusão do trombolítico deve ser iniciada nos primeiros 30 minutos da chegada do paciente
ao Pronto-Socorro.
b) Sempre vale a pena transferir o paciente para hospital com capacidade de realizar angioplastia
primária.
c) No IAM de parede inferior não há indicação de trombolítico.
d) Angioplastia primária ou trombolíticos trazem o mesmo benefício para o tratamento do IAM
sem supra de ST

26. Paciente de 65 anos dá entrada no serviço de emergência, queixando-se de dor no peito, de


início súbito, ao realizar uma caminhada. Escala de dor no momento da caminhada: cerca de 4hs:
10 / 10. Fez uso de medicação para dor (AAS 500mg) por orientação de uma vizinha, sem sucesso.
Apresenta no momento dor, escala 8/10 iniciada hoje. É hipertenso prévio, em uso irregular de
medicação. Dados vitais: FC: 80 bpm; FR: 23 mpm; PA: 150x95 mmHg; T axilar: 36,8ºC. Com
relação ao Protocolo de Manchester, identifique a classificação e as condições de risco deste
paciente elencadas acima:
a) Laranja; dor no peito de início súbito escala de dor no momento da caminhada (cerca de 4hs:
10 / 10). Fez uso de medicação para dor (AAS 500 mg) sem sucesso.
b) Amarelo; dor no peito de início súbito ao realizar uma caminhada; escala dor (8/10); uso de
AAS 500 mg sem sucesso; hipertenso prévio uso irregular de medicação.
c) Verde; dor no peito de início súbito ao realizar uma caminhada; escala dor (8/10); uso de AAS
500 mg sem sucesso; hipertenso prévio uso irregular de medicação.
d) Vermelho; dor no peito de início súbito ao realizar uma caminhada; escala dor (8/10); uso de
AAS 500 mg sem sucesso; hipertenso prévio uso irregular de medicação

27. O Acolhimento com Classificação de Risco (ACCR), proposto pelo Ministério da Saúde (MS)
por meio da Política Nacional de Humanização, representa uma das intervenções com potencial
decisivo para reorganizar o atendimento dos serviços de urgência e implementar a produção de
saúde em rede. Assim, na Rede de Atenção às Urgências, instituída em 2011, o ACCR compõe a
base do processo e dos fluxos assistenciais, requisito de todos os pontos de atenção. Em relação
ao ACCR, analise as assertivas abaixo: I. O protocolo de classificação de risco é uma ferramenta
de inclusão, ou seja, não tem como objetivo reencaminhar ninguém sem atendimento, mas, sim,
organizar e garantir o atendimento de todos. II. O protocolo deve ser de conhecimento de toda a
equipe que atua na urgência: enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos, psicólogos,
assistentes sociais e funcionários administrativos. III. A finalidade da classificação de risco é a
definição da ordem do atendimento em função do potencial de gravidade ou de agravamento da
queixa apresentada. Quais estão corretas?
a) Apenas I e II.
b) I, II e III.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II.

28. O grupo português de Manchester foi formado em 1994 com o objetivo de estabelecer um
consenso entre médicos e enfermeiros de um serviço de urgência, enfocando a criação de normas
de triagem. O método delineado por esse protocolo foi concebido para que o primeiro contato
com o paciente já permita a atribuição de uma prioridade clínica para ele. Com relação à Escala
de Triagem de Manchester, nos casos de urgência, marque a alternativa CORRETA.
a) A cor VERDE significa pouco urgente, e o paciente deverá ser atendido em 120 minutos.
b) A cor AZUL significa não urgente, e o paciente deverá ser atendido em 120 minutos.
c) A cor AMARELO significa muito urgente, e o paciente deverá ser atendido em 60 minutos.
d) A cor LARANJA significa urgência, e deverá ser atendido em 20 minutos.

29. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA, 2017), em pacientes
em uso de ventilação mecânica, é considerada medida específica recomendada para a prevenção
de pneumonia:
a) Adequar semanalmente o nível de sedação e o teste de respiração espontânea, em pacientes
idosos e recém-nascidos.
b) Evitar a higiene oral com antissépticos a base de clorexidina
c) Manter o paciente com a cabeceira elevada entre 20º e 25º.
d) Aspirar à secreção subglótica rotineiramente em pacientes sob ventilação mecânica acima de
48 ou 72 horas de internamento.

30. Os indivíduos com síndrome coronariana aguda (SCA) representam um espectro de pacientes,
desde aqueles com angina instável até aqueles com infarto do miocárdio sem elevação do
segmento ST. Com base nisso responda a alternativa incorreta. *
a) Podemos diferenciar esses pacientes com base nos sintomas clínicos e nos achados do
eletrocardiograma.
b) O grupo de pacientes com proteína C-reativa acima de 3 mg/l representam o grupo de alto
risco.
c) A angina instável pode ter outras causas além da ruptura da placa aterosclerótica
d) Os níveis de troponina T ou I aumentam 3 a 12 horas após o início do infarto do miocárdio
GABARITO

PROVA TEÓRICA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 2020.2

1. C

2. A

3. B

4. A

5. D

6. A

7. B

8. D

9. A

10. C

11. D

12. D

13. D

14. A

15. A

16. A

17. C

18. A

19. A

20. B

21. B

22-C

23-A

24-C

25-A

26-D

27-B

28-A
29-D

30-A
2021.2 Prova Teórica Habilidades em Urgência e Emergência- Medicina 8. Etapa

Perguntas Respostas Con!gurações Total de pon

Prova Teórica Habilidades em Urgência e


Emergência- Medicina 8. Etapa 2021.2
A prova teórica será realizada das 15:10h às 16:50h

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L.I.L.S, 32 anos, pedreiro, é admitido em Hospital de Urgência trazido por populares. Foi *
atropelado por um trem. A residente de cirurgia geral, Dra. Grey, realizou o primeiro
atendimento do paciente. Constata que ele não tem abertura ocular, geme, e mesmo após
estímulo álgico, apresenta apenas movimentos inespecíficos dos quatro membros. Ao exame
pupilar, está anisocórico (D>E). FC: 160 bpm. PA: 110x70 mmHg. Qual a pontuação do paciente
na escala de coma de Glasgow?

a-5

b-6

c-7

d-8

e -9
L.I.L.S, 32 anos, pedreiro, é admitido em Hospital de Urgência trazido por populares. Foi *
atropelado por um trem. A residente de cirurgia geral, Dra. Grey, realizou o primeiro
atendimento do paciente. Constata que ele não tem abertura ocular, geme, e mesmo após
estímulo álgico, apresenta apenas movimentos inespecíficos dos quatro membros. Ao exame
pupilar, está anisocórico (D>E). FC: 160 bpm. PA: 110x70 mmHg. No caso acima, qual nervo
craniano possivelmente foi acometido?

a-II

b-III

c-IV

d-V

e-VI

L.I.L.S, 32 anos, pedreiro, é admitido em Hospital de Urgência trazido por populares. Foi *
atropelado por um trem. A residente de cirurgia geral, Dra. Grey, realizou o primeiro
atendimento do paciente. Constata que ele não tem abertura ocular, geme, e mesmo após
estímulo álgico, apresenta apenas movimentos inespecíficos dos quatro membros. Ao exame
pupilar, está anisocórico (D>E). FC: 160 bpm. PA: 110x70 mmHg. A anisocoria direita maior que
esquerda nesse caso pode indicar hipertensão intracraniana porque:

a- Haveria herniação do úncus com consequente acometimento de fibras parassimpáticas.

b- Haveria lesão do nervo óptico direito.

c- Deve haver lesão do núcleo de Edinger–Westphal com consequente hiperatividade simpática.

d- Teríamos uma hiperatividade simpática com consequente midríase ipsilateral

L.I.L.S, 32 anos, pedreiro, é admitido em Hospital de Urgência trazido por populares. Foi *
atropelado por um trem. A residente de cirurgia geral, Dra. Grey, realizou o primeiro
atendimento do paciente. Constata que ele não tem abertura ocular, geme, e mesmo após
estímulo álgico, apresenta apenas movimentos inespecíficos dos quatro membros. Ao exame
pupilar, está anisocórico (D>E). FC: 160 bpm. PA: 110x70 mmHg. Paciente realizou TC de crânio.
Qual o diagnóstico
a- Hematoma extradural à direita.

b- Hematoma subdural à direita

c- Hematoma subdural à esquerda

d- Hematoma extradutal à esquerda

e- Hemorragia subaracnóidea
Paciente de 45 anos evolui com cefaleia súbita e de forte intensidade. Qual diagnóstico deve *
obrigatoriamente ser excluído:

a- Hemorragia intraparenquimatosa espontânea

b- AVC isquêmico

c- Hemorragia subaracnóidea espontânea

d- Trombose de seio venoso cerebral

e- Cavernoma cerebral

Dona Maria, 65 anos, iniciou hemiparesia direita súbita há 3h. É hipertensa e diabética. À *
admissão, apresentava FC=92 bpm, PA 170x100 mmHg, SatO2 94%, Temperatura axilar de 36,6
graus. O que não deve ser feito?

a- TC de crânio

b- Acesso venoso periférico

c- Coagulograma

d- Captopril

Qual o intuito do tratamento cirúrgico dos hematomas intraparenquimatosos espontâneos? *

a- Ressecar o hematoma intracraniano totalmente

b- Evitar o desenvolvimento de vasoespasmo

c- Tratamento da hipertensão intracraniana

d- Reversão de déficit motor


Richard, 22 anos, previamente epiléptico, foi admitido no PS com relato de ter tido três crises na *
ultima hora. Familiares informaram que o paciente abandonou seu tratamento. Parou de usar
carbamazepina há 7 dias. No momento que o médico plantonista foi examinar o paciente, houve
mais uma crise. Qual a conduta imediata:

Diazepam IM

Midazolan IV

Diazepam IV

Fenitoína IV

Fenobarbital VO

Um paciente, vítima de ferimento por arma branca em hemitórax esquerdo (HTE) há dez *
minutos, chegou ao PS agitado, descorado, com FC de 120 bpm, enchimento capilar > 4 s e MV
praticamente abolido em HTE. Foi drenado logo à admissão com saída de 750 mL de sangue
pelo dreno torácico. Considerando essa situação hipotética, assinale a alternativa que apresenta
o indicador que melhor representa o estado de perfusão tecidual do paciente no momento.

A. dosagem sérica de desidrogenase lática (DHL)

B. dosagem sérica de proteína c-reativa ( PCR)

C. dosagem de hemoglobina

D. lactato sérico

E. glicemia
Um rapaz de 28 anos bateu a motocicleta contra um automóvel. Foi ejetado, tendo sido *
encontrado a 10 metros do local da colisão. Levado pelo Resgate, chega ao pronto-socorro
imobilizado em prancha rígida, com colar cervical. A via aérea está pérvia e não tem desvio de
traqueia nem enfisema cervical. A expansibilidade torácica está diminuída à esquerda. A
ausculta mostra murmúrio vesicular abolido desse lado, sendo que a percussão tende a
macicez. Saturação de oxigênio, com máscara: 89%. Sente-se crepitação na palpação do
esterno. Pulso: 120 bpm, regular; PA: 90 × 60 mmHg. Glasgow: 13. Não há outras lesões
evidentes na avaliação inicial. Conduta inicial mais adequada:

a) Toracotomia de emergência.

b) Intubação traqueal e avaliação de urgência do especialista da Cirurgia Torácica.

c) Drenagem pleural esquerda sob selo d’água.

d) Intubação traqueal e tomografia de corpo inteiro.

e) Descompressão torácica esquerda no 2º espaço intercostal, seguida de drenagem pleural sob selo d’ág…

Homem de 24 anos de idade foi vítima de ferimento por faca em 7° espaço intercostal, linha *
axilar média esquerda. Está hemodinamicamente estável e sua radiografia de tórax é normal.
Qual é a conduta para o caso?

a) Ultrassom de abdome (FAST).

b) Tomografia de tórax e abdome.

c) Laparoscopia.

d) Drenagem de tórax.
Vítima de atropelamento com fratura de bacia diagnosticada na radiografia de bacia em *
anteroposterior. Apresenta assimetria do anel pélvico e disjunção de 5 cm da sínfise púbica. À
ectoscopia, tem sangue no meato uretral. Qual das condutas abaixo é contraindicada?

A) Uso de analgésicos.

B) Uso de vasopressor.

C) Intubação traqueal.

D) Sondagem vesical.

E) Drenagem de tórax.

Qual a conduta imediata em um paciente atropelado, em choque hipovolêmico e inconsciente? *

A) Acesso venoso central.

B) Acesso venoso periférico.

C) Monitorização cardíaca.

D) Estabelecimento de via aérea pérvia.

E) Reanimação cardíaca.

Vítima de trauma com múltiplas fraturas de extremidades e contusão abdominal fechada. Tem *
instabilidade hemodinâmica. A conduta correta é:

A) Toracofrenolaparotomia.

B) FAST.

C) Lavado peritoneal.

D) Laparotomia de urgência.

E) Videolaparoscopia.
Os recursos diagnósticos a serem indicados no trauma abdominal dependem: *

A) do estado neurológico da vítima.

B) da frequência respiratória da vítima.

C) da via aérea pérvia da vítima.

D) da estabilidade hemodinâmica da vítima.

E) da preferência do cirurgião.

Nos ferimentos corto-contusos sangrantes em membro superior, no qual percebe-se apenas *


lesões de veias superficiais a primeira conduta no atendimento inicial é:

a) Torniquete garrote.

b) Curativo simples local.

c) Mobilização do membro

d) Compressão do ferimento.

O trauma principalmente relacionado aos acidentes envolvendo automóveis, é um problema de *


saúde pública no Brasil. Diariamente, muitas mortes e lesões são causadas nesses
acidentes,elevando o número de atendimento nos prontos socorros. Um fator decisivo para
garantir melhores condições de sobrevidas as vítimas é a qualidade do atendimento pré
hospitalar. Esse atendimento deve ser feito por profissionais especializados e o mais rápido
possível. Os protocolos de Suporte Avançado de Vida no Trauma (ATLS) e Atendimento pré
hospitalar em Trauma (PHTLS), orientam ações a serem executadas.As novas diretrizes
preconizadas pelo ATLS e PHTLS, recomendam as seguintes fases do atendimento pré
hospitalar móvel na cena do acidente. Assinale a alternativa CORRETA:

a) Controle da hemorragia externa e avaliação primária, reanimação, procedimentos auxiliares.

b) Avaliação primária e reanimação, imobilização, comunicação com a central de regulação, avaliação sec…

c) Controle da hemorragia externa, avaliação primária, reanimação, procedimentos auxiliares, avaliação tr…

d) Avaliação primária, reanimação, procedimentos auxiliares, controle da hemorragia externa e transporte.


Considerando os protocolos do Ministério da Saúde para classificação de risco em unidades de *
pronto atendimento, uma situação adequadamente classificada com a cor amarela é a de
pacientes com:

(a) intoxicações exógenas ou tentativas de suicídio com Glasgow abaixo de 12;

(b) anafilaxia ou reações alérgicas associadas à insuficiência respiratória;

(c) politraumatizados com Glasgow entre 13 e 15 e sem alterações de sinais vitais

(d) mais de 25% de área de superfície corporal queimada e com problemas respiratórios

(e) comprometimento da coluna vertebral ou com desconforto respiratório grave.

A equipe do SAMU foi acionada para uma situação de PCR identificada por um transeunte na *
Praça do Ferreira. Você é o profissional que prestou o primeiro atendimento à vítima e estudou
recentemente acerca do algoritmo de PCR para adultos apresentado nas atualizações
publicadas pela American Heart Association (AHA), em 2020, portanto, sabe que:

a adrenalina deve ser aplicada imediatamente nas situações de ritmos não chocáveis (assistolia e ativida…

as compressões devem ser iniciadas tão logo se identifique a não responsividade da vítima e ausência de…

a verificação do ritmo deve ser sempre precedida da RCP e do fornecimento de oxigênio.

em ritmos chocáveis, a carga de desfibrilação é de 360J, para aparelhos bifásicos, e 120 a 200J, para apa…

De acordo com as atualizações da American Heart Association (AHA) publicadas em 2020, a *


cadeia de sobrevivência no ambiente extra-hospitalar apresenta 6 etapas, as quais segue a
sequência:

Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) de alta qualidade, acionamento do serviço de emergência, ressuscit…

acionamento do serviço de emergência, RCP de alta qualidade, desfibrilação, ressuscitação avançada, cui…

desfibrilação, acionamento do serviço de emergência, RCP de alta qualidade, ressuscitação avançada, rec…

ressuscitação avançada, desfibrilação, RCP de alta qualidade, acionamento do serviço de emergência, rec…
Gabarito prova teórica HUE

1. C
2. B
3. A
4. A
5. C
6. D
7. C
8. C
9. D
10. C
11. C
12. D
13. D
14. D
15. D
16. D
17. C
18. C
19. A
20. B

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