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→ Erros:
→Evento adverso:
o Falhas na comunicação;
o Falhas na formação;
o Falhas na integração;
o Falhas na supervisão;
o Falhas na clarificação de papéis e responsabilidades;
→ Vias Verdes – Sistemas de Resposta Rápida:
→ Áreas de maior risco:
• Via Verde AVC
• Medicação
• Via Verde Coronária • Cirurgia e Anestesia
• Transfusões
• Via Verde Sépsis
• Infeções e quedas
• Via Verde Trauma
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
➢ Extensão da cervical
Plano Nacional para a segurança dos Doentes 2021-2026 ➢ Quando a via não está permeável:
▪ Obstrução da via aérea (OVA) parcial
•
Pilar 1: Cultura de segurança ligeira: vitima reativa; eventual ruido
• Pilar 2: Liderança e governança
respiratório na inspiração; reflexo de tosse
• Pilar 3: Comunicação
• Pilar 4: Prevenção e gestão de incidentes de eficaz.
segurança do doente
• Pilar 5: Práticas seguras em ambientes seguros INCENCITVAR A TOSSIR
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
→ Perfusão:
Insuficiência Respiratória Insuficiência Respiratória
✓ Processo pelo qual o sangue venoso, proveniente do
coração, chega aos capilares alveolares Tipo I: Tipo II:
✓ Fluxo de sanguíneo da circulação pulmonar
• PaO2 < 60 mmHg • PaO2 < 60 mmHg
• PaCO2 dentro dos • PaCO2 > 50 mmHg
valores normais (35-45 • Overdose
Alterações podem ser mmHg) • Doenças
provocadas por: • Compromisso da neuromusculares
difusão da membrana • Limitação da
o Obstrução intraluminal alvéolo-capilar ou na expansão torácica
o Redução do leito vascular relação Ventilação / • Doenças obstrutivas
o Hipotensão Perfusão crónicas
o Choque
o Compressão vascular
→ Difusão:
✓ Processo de transporte passivo dos gases através da 7.4. Edema Agudo do Pulmão
membrana alvéolocapilar
✓ Ocorre através da diferença de concentrações de O2 e → Fisiopatologia:
CO2 entre os alvéolos e o sangue venoso
• Disfunção cardíaca
→ Relação ventilação/ perfusão: • Insuficiência cardíaca congestiva
• Edema pulmonar
✓ Influenciam a PaO2 e a PaCO2 alveolar
✓ Relação entre a taxa de ventilação alveolar e o respetivo • Hipoxia
fluxo sanguíneo
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
→ Estadios: *ABCDE:
➢ Monitorizar FR e SatO2
B ➢ Administrar oxigenoterapia
➢ Levantar cabeceira da cama ou sentar em
cadeirão
➢ Monitorizar electrocardiograficamente
C
➢ Monitorizar tensão arterial
➢ Avaliar turgência jugular
➢ Canalizar acesso venoso periférico
Distensão e recrutamento de pequenos vasos pulmonares
➢ Colher sangue para análises (hemograma +
bioquímica + coagulação)
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➢ Administrar medicação prescrita (diuréticos e
vasodilatadores)
➢ Restringir a administração de fluidos e sódio
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* Conectar a ventilação mecânica não invasiva – CPAP
(pressão positiva):
✓ Saturação periférica de oxigénio inferior a 90% com → Causas mais comuns de exacerbação da DPOC:
oxigenioterapia
✓ Taquipneia ➢ Infeções da vias aéreas
✓ Taquicardia ➢ Poluição
✓ Cianose ➢ Frio
✓ Pulso paradoxal ➢ Interrupção da terapêutica
✓ Diaforese ➢ Quanto mais grave é a doença, maior o número de
✓ Tiragem intercostal, infraclavicular ou supraclavicular exacerbações
✓ Incapacidade de completar frases ➢ Quanto maior a frequência das exacerbações, mais
✓ Obstrução grave ao fluxo de ar grave é a doença
✓ Diminuição do estado de consciência → Sinais e sintomas:
→ Cuidados de Enfermagem: ✓ Dispneia e/ ou Taquipneia
✓ Tiragem intercostal, infraclavicular ou supraclavicular
A ➢ Avaliar e permeabilizar a via aérea
✓ Aumento e alterações nas caraterísticas das secreções
➢ Monitorizar FR e SatO2 brônquicas
➢ Administrar oxigenioterapia para saturações ✓ Cianose
periféricas > 90% ✓ Hipercapnia (Acidose Respiratória)
B ✓ Intolerância à atividade
➢ Sentar em cadeirão debruçado sobre uma
superfície → Cuidados de Enfermagem:
➢ Administrar inaloterapia prescrita
➢ Avaliar e permeabilizar a via aérea
A
(broncodilatadores)
➢ Monitorizar electrocardiograficamente
C
➢ Monitorizar tensão arterial ➢ Monitorizar frequência respiratória e saturação
B
➢ Canalizar acesso venoso periférico periférica de oxigénio
➢ Administrar medicação prescrita ➢ Administrar oxigenioterapia para saturações
(corticosteroides) periféricas de oxigénio entre os 88-92%
(atenção à hipercapnia)
→ Tratamento medicamentoso:
➢ Administrar inaloterapia prescrita
o Oxigenoterapia: Oxigénio para saturações periféricas (corticosteroides e broncodilatadores)
de oxigénio > 90%
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
➢ Conectar ventilação mecânica não invasiva ✓ Cianose
(BiPAP) ✓ Tosse
✓ Taquipneia (70%)
✓ Taquicardia e Hipotensão
➢ Monitorizar electrocardiograficamente ✓ Ingurgitamento jugular
✓
C ➢ Monitorizar tensão arterial e frequência Síncope
cardíaca ✓ PCR com AESP (Atividade elétrica sem pulso)
➢ Canalizar acesso venoso periférico
→ Cuidados de Enfermagem (ABCDE):
➢ Administrar medicação prescrita
(corticosteroides e antibioterapia, se prescrita) A ➢ Avaliar e permeabilizar a via aérea
→ Tratamento Medicamentoso:
➢ Monitorizar frequência respiratória e saturação
o Oxigenoterapia: Oxigénio para saturações periféricas B periférica de oxigénio
de oxigénio 88-92% ➢ Administrar oxigenioterapia entre 6 a 8 L/min C
o Broncodilatadores:
▪ Salbutamol 100ug / dose ➢ Monitorizar electrocardiograficamente
C ➢ Monitorizar tensão arterial e frequência cardíaca
- 4 a 6 doses de 4/4 horas ou 6/6 horas
▪ Aminofilina EV ➢ Canalizar acesso venoso periférico
- 1ª dose: 6mg/Kg em 20 minutos • Dose ➢ Colher sangue para análises (bioquímica e
manutenção: 0,2 a 0,9mg/Kg/h coagulação)
o Corticosteróides: ➢ Administrar medicação prescrita
- Prednisolona EV 25mg 8/8h (Hipocoagulantes)
o Antibióticos ➢ Acompanhar, avaliar e monitorizar doente na
realização de exames complementares de
diagnóstico (Angio-TC torácica)
7.7. Tromboembolismo Pulmonar → Tratamento Medicamentoso:
o Embolectomia
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
→ Sinais e sintomas: ✓ Dor que pode ter irradiação para o membro superior
esquerdo ou região epigástrica
✓ Dispneia decorrente de asfixia
✓ Incapacidade de falar → Diagnóstico:
✓ Tiragem intercostal, infraclavicular e supraclavicular
❖ Eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações
✓ Cianose
❖ Análises Clínicas com Marcadores de Necrose do
✓ Lipotímia ou síncope
Miocárdio (MNM)
✓ Morte
- Creatinoquinase com Enzima MB (CK-MB)
→ Cuidados de Enfermagem (ABCDE):
- Troponina
➢ OVA Parcial/ligeira: Incentivar a tossir
A ➢ OVA Total/Grave: ❖ Angina instável
- Consciente: manobra de heimlich; Pancadas ❖ EAM sem Supra-desnivelamentoST (SST)
interescapulares ❖ EAM com Supra-desnivelamentoST(SST)
- Inconsciente: SBV
7.9. RESUMO
• Normalização da Oxigenação
• Correção da acidémia
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
→ Angina Instável:
→ EAM s/ SST:
Vantagens
Acido Acetilsalicílico 300mg PO (Antiagregante plaquetar) • Tem como função ganhar tempo até à chegada: do
desfibrilhador + da equipa SAV
Ticagrelor 180mg PO ou Clopidogrel 300mg PO • Compressões de elevada qualidade, minimamente
(Antiagregantes plaquetares) ou HNF(Anticoagulante) interrompidas e desfibrilhação precoce são a prioridade
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
→ SAV: ✓ Não está preconizada como rotina – Compressores
Mecânicos
* Inclui todas as intervenções avançadas que complementam
o SBV e o DAE:
eCPR:
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
→ Assistolia/ AESP
9.2. Algoritmo do SAV - Bradicardia
SBV de alta qualidade – 2 minutos → Adrenalina 1mg EV
ou IO → Reavaliar ritmo → SBV de alta qualidade – 2
minutos →Reavaliar Ritmo → SBV de alta qualidade – 2
minutos → Adrenalina 1mg a cada 3 a 5 minutos →
Reavaliar Ritmo → Identificar e tratar causas
reversíveis
→ Tratamento Farmacológico:
o Adrenalina:
✓ Ritmo não desfibrilhável: administrar assim que
possível (1mg EV/IO)
✓ No ritmo desfibrilhável: administrar apóso 3ºchoque
(1mg EV/IO)
✓ Após primeira administração em ambos os ritmos:
repetir adrenalina (1mg EV/IO) a cada 3 a 5 min (a
cada 2 ciclos)
o Amiodarona:
✓ Deve ser administrada após 3 choques: 300 mgEV/IO
✓ Após 5 choques devem ser administrados 150mg
EV/IO 10. trauma
→ Causas potencialmente reversíveis:
→ Trauma:
• 4 H’s: Hipóxia, Hipovolémia, Hipo e Hipercaliémia/
alterações metabólicas, Hipotermia • Lesão ou ferida
• 4 T’s: Tromboemboliacardíaca ou pulmonar, • Ação violenta física ou química
Tamponamento Cardíaco, Tóxicos/ iaTrogenia, • Alteração estrutural ou fisiológica
Pneumotórax hiperTensivo • Parte ou totalidade do corpo
• Resultante da exposição excessiva a uma energia
9.2. Algoritmo do SAV - Taquicardia • Ou resultante da privação de uma energia essencial
✓ Acidentes de viação
✓ Lesões intencionais
✓ Suicídio
✓ Quedas
✓ Lesões relacionadas com o SNC
✓ Lesões com elevadas repercussões hemorrágicas →
Choque hemorrágico (Hemorragia Maciça)
* Transfusão maciça:
→ Período de platina:
→ Cinética do Trauma:
• Forças de Aceleração
• Forças de Desaceleração
• Ambas as forças juntas
• Informação a reter perante uma colisão:
• Tem em consideração: velocidade, peso, distância de
➢ Deformidades do Veículo
paragem e compressibilidade
➢ Deformidades das Estruturas Interiores
➢ Deformidades da Vítima (Lesões)
Cinemática: Processo de avaliação do cenário para
• Tipos de colisões:
determinar quais são as lesões que podem ter ocorrido, ❖ Colisão Frontal:
através da aplicação das forças físicas envolvidas - contra o para-brisas: cabeça, tecidos moles, coluna
cervical)
- contra o volante: torax, tecidos moles, coluna
Cavitação: Quando um objeto sólido colide contra o cervical)
corpo humano ou quando o corpo humano atinge um - Contra o painel/guiador: Face, Cabeça, Coluna
objeto estacionário, formam-se espaços transformados cervical, Pélvis, Anca e Joelho
em cavidades ❖ Colisão Lateral:
- Menor Proteção
- Verificar lado do impacto
- Verificar lesões contralaterais
- Verificar lesões por chicote
Permanente Temporário ❖ Colisão Traseira:
- Deslocamento posterior brusco
• Trauma penetrante • Trauma Contuso - Hiperextensão da coluna cervical
- Desaceleração rápida
❖ Capotamento:
Fragmentação: Divisão de determinado objeto
- Impactos de qualquer direção
- maior número de partículas de tecido - Probabilidade de lesões maior
❖ Colisão Rotacional:
- lesões distribuídas sobre uma maior área - Para-brisas, painel, volante, lateral
- Lesões de todos os mecanismos
• Informações a colher:
→ Tipos de lesões
✓ Como é a aparência do local?
✓ Quem atingiu, o quê e com que velocidade? • Lesões Penetrantes:
✓ Existem marcas de derrapagem? Que distância? - Arma Branca
✓ O air-bagestá aberto? - Arma de Fogo: Tipo de arma, Calibre do projétil,
✓ As crianças estavam contidas nos dispositivos Distância de disparo, Fragmentação do projétil, Tipo de
respetivos ou foram projetadas dentro do veiculo? ponta do projétil e rotação do projétil
✓ Os adultos traziam cinto de segurança? • Lesões por explosão:
✓ Os ocupantes foram ejetados do veículo? - Primárias: provocadas pela onda de choque
- Secundárias: estilhaços e fragmentos de explosão
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
- Terciárias: impacto do corpo num objeto estático • Hemotórax Massivo
- Quaternárias: colapso de estruturas, queimaduras ou • Rutura Diafragmática
inalação • Disseção da Aorta
- Quinquenárias: contaminação química, biológica ou
radiológica
A. Pneumotórax Hipertensivo
* Lesões torácicas que exigem atuação imediata: C. Volet Costal/ Retalho Costal:
• Pneumotórax Hipertensivo
• Tamponamento Cardíaco • Fratura de várias costelas
• Volet Costal/Retalho Costal • Fraturas esquirolosas
• Pneumotórax Aberto • Possibilidade de perfuração pulmonar
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
→ Trauma Abdominal – Fígado:
D. Pneumotórax Aberto
• Lobo direito está parcialmente localizado por baixo das
costelas inferiores à direita
• Ferida aspirativa
• Suspeitar de lesão sempre que esteja presente trauma da
• Compromisso ventilatório
grelha costal inferior à direita
→ Intervenção Imediata: • Órgão extremamente vascularizado particularmente
suscetível à hemorragia
➢ Fechar orifício torácico
➢ Oxigenar / ventilar → Trauma Abdominal – Baço:
➢ Load-and-Go
• Parcialmente localizado por baixo das costelas
inferiores à esquerda
E. Hemotórax Massivo • Órgão extremamente vascularizado particularmente
suscetível à hemorragia
• Acumulação rápido de sangue no espaço pleural • Dor no quadrante superior esquerdo ou que irradia para
• Volume igual ou superior a 1500 ml o ombro esquerdo - Sinal de Kehr
→ Imobilização da vítima:
• Colar cervical
• Plano Duro
• Estabilizadores de Cervical
• Cintas de Imobilização
→ AVDS
• Maca de Vácuo
• Talas de imobilização A – Alerta
• Colete de Extração
V – Responde a estímulos Verbais
• Maca de levantamento – Pluma
• Maca de resgate D – Responde a estímulos Dolorosos
S – Sem resposta
10.6. Traumatismo dos Membros
Prof. Alexandre
* D – Disfunção Neurológica:
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
escuro), que exige admissão hospitalar e avaliação clínica
imediata.
2.1. Hemorragia Digestiva Alta * Outras causas: Neoplasias; Colite inflamatória, infeciosa;
* Tratamento:
* Hemorragia com ponto de partida no tubo digestivo
➢ Abordagem ABCDE – alteração encontrada = alteração
proximal ao ângulo de Treitz (perda de sangue entre a parte
corrigida;
superior do esófago e o duodeno, no ligamento de Treitz).
➢ Tratamento pode passar por:
* Manifestações: as hematemeses (vómito de sangue vivo ✓ SNG; Colonoscopia; Endoscopia (no caso de
ou digerido), e as melenas (fezes negras, viscosas e com Colonoscopia negativa);
cheiro característico), são os principais sinais. ✓ Dependente da causa e se sucesso terapêutico,
iniciar fármaco vasoativo: terlipressina, octeótrido,
* Causas mais frequentes: somatostatina, e outras;
✓ Profilaxia antibiótica se indicada;
• Úlcera péptica – (corresponde a cerca de 50% das
✓ Sangue para análises, incluindo Hemograma e
causas de HDA);
tipagem;
• Varizes esofágicas – em doentes com cirrose
✓ SNG para lavagem e proteção de VA;
hepática;
✓ Reposição volémica, transfusão sanguínea;
• Síndrome de Mallory-Weiss (laceração não
✓ Dieta 0
penetrante das mucosas do esófago distal e
✓ Vigilância em UCI;
estômago proximal, causada por vómitos, ânsia ou
✓ Exames complementares: RX; ECG; ECO;
soluços);
• Erosões gastruodenais;
3. Alterações Renais e Geniturinárias Agudas
* Tratamento:
* Hemorragia que se origina abaixo do ângulo de Treitz, de o Análises Sanguíneas –determinação dos valores de
duração recente (menos 3 dias de evolução) e que resulta em creatinina e ureia, a fim de confirmar a lesão
anemia, necessidade transfusional e / ou instabilidade renal,bem como de cálcio, fosfato e ácido úrico;
hemodinâmica. o Análise Urina – para detetar eventuais infeções
urinárias;
* Manifestação: a apresentação clínica mais comum é a
hematoquézia (dejeção de sangue vermelho vivo ou
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o Ecografia – os cálculos a partir de 0,5 -1 cm são * Diminuição rápida da capacidade dos rins em eliminarem
visíveis na ecografia; substâncias tóxicas do sangue, levando a uma acumulação
de produtos metabólicos residuais no sangue, como a ureia,
* Tratamento:
creatinina, potássio e outros.
➢ Avaliação e alívio da dor–analgésicos em associação
* Principal sintoma: oligúria ou anúria.
com espasmolíticos (ex. buscopan);
➢ ATB se infeção urinária associada; * Causas:
➢ Procedimentos de desobstrução/remoção do cálculo;
• Desidratação grave;
• Hipotensão;
3.2. Hematúria
• EAM;
• Doenças Cardiovasculares;
* Presença de sangue na urina; • Infeções e Sépsis;
• Insuficiência Hepática;
* Causas: tumores; cálculos; nefrites; cistites, alterações de
• Queimaduras Graves;
coagulação ou outras.
• Toxinas (metais pesados, cocaína);
* Tipos: • Uso de alguns medicamentos (ATB, anti-
inflamatórios, anti-hipertensivos);
• Hematúria macroscópica: sangue visível a olho nu
• Cancro da bexiga, do colo do útero, da Próstata; ...
(a partir de 1ml de sangue/1l de urina);
• Hematúria microscópica: presença de sangue * Tratamento:
comprovada com avaliação microscópica da urina,
➢ Descobrir a causa;
tiras de teste ou outros (não visível a olho nu); Todo o
➢ Administrar diuréticos EV;
tipo de hematúria deve ser esclarecido, mesmo que
➢ Reposição de fluídos;
tenha cessado espontaneamente
➢ Correção de alterações eletrolíticas;
*Nem sempre a coloração avermelhada da urina coincide ➢ Para contrariar a acidose, administrar bicarbonato de
com a presença de sangue. Alguns alimentos como a sódio EV;
beterraba e medicamentos tb coram a urina de vermelho. ➢ ATB no caso de infeção;
➢ Diálise (temporária) através de cateter venoso central,
caso as medidas apontadas não sejam eficazes;
3.3. Retenção Urinária
* Incapacidade de urinar, apesar de a bexiga estar repleta; 3.4. Terapia de Substituição Renal
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• Não deve ser considerada no cálculo da superfície
queimada
Palmas + dedos = 1%
* Avaliar a vítima conforme Protocolo da Abordagem ao
→ Classificação de Lund and Bowder Traumatizado
* Monitorização
* Fluidoterapia
* Analgesia
1.1. Hipoglicemia
• Nas queimaduras por substâncias químicas que
reagem com a água, a remoção mecânica prévia * É caracterizada pela Tríade de Whipple:
(limpeza com compressas secas) é particularmente
importante (exceção: queimaduras oculares) • Valor de glicose baixo no sangue;
• A lavagem de queimaduras químicas deve ser feita de • Sintomas associados à diminuição da concentração
modo a que a água (potável) não arraste a substância sanguínea de glicose;
química para zonas não atingidas • Reversão ou melhoria desses sintomas com a
reversão da hipoglicemia (após administração de
solução de glucose).
* Potencialmente fatal.
→ Sinais e sintomas:
• Tremores • Dificuldade de
• Taquicardia concentração
• Sudorese • Alterações no
comportamento
• Ansiedade
• Fraqueza muscular
• Semsação de fome
• Sonolência
• Parestesias
• Alterações da visão
• Dificuldade em falar
• Cefaleias
• Tonturas, Náuseas e dor
abdominal
• Confusão
• Convulsões
• Coma hipoglicémico
→ Causas:
❖ ABCDE
* Resulta habitualmente da insuficiente quantidade de
❖ Administração de oxigénio para obter sat. O2 ≥ 95% (se
insulina em relação ao açúcar no sangue – valor de açúcar
grávida ≥97%; se DPOC ≥ 92 %)
no sangue capilar > 200 mg/dl.
❖ Acesso venoso (se possibilidade)
• É normalmente de instalação lenta e progressiva. ❖ Monitorização de sinais vitais (atenção às
características da respiração) e estado de consciência (se
inconsciente PLS)
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
❖ Monitorização da glicemia ✓ Mau estado geral
❖ Em caso de convulsão atuar em conformidade ✓ Pele e mucosas secas
❖ Prosseguir com restante exame à vítima ✓ Respiração profunda e difícil
✓ Turgor cutâneo diminuído
1.3. Hiperglicemia VS Hipoglicemia → Sinais Característicos:
* Critérios de diagnóstico:
• Sinais vitais
• Estado de consciência
• Pupilas
• Pele
• Sistema gastrointestinal
• Sistema urinário
≠
Toxídromas
• Anticolinérgico
• Simpaticomimético
• Opióide
• Colinérgico
• Hipnótico sedativo
→ Critérios de gravidade:
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
➢ Via inalatória: Remover o doente do local. Tirar libertação prolongada ou ingestão de grandes
roupas contaminadas. Manter a vítima aquecida e quantidades de produto muito tóxico.
administrar O2 • Colocar o doente em posição de Trendlenburg ou
➢ Picada de animal: Imobilizar a área atingida. decúbito lateral esquerdo para diminuir o risco de
Desinfeção do local da picada. Se viável aplicar gelo aspiração e aumentar a eficácia da lavagem
(exceção: picada de peixe aranha - devedeve- se
aplicaaplicar calor localmente Contraindicações:
➢ Via digestiva: Tem por objetivo evitar ou diminuir a
absorção dos tóxicos ingeridos, através dos seguintes ✓ Ingestão de produtos cáusticos e hidrocarbonetos
procedimentos:
• Esvaziamento gástrico por indução mecânica do Complicações:
vómito ou lavagem/ aspiração gástrica.
• Administração de carvão ativado. ✓ Pneumonia de aspiração, perfuração
➢ Não está recomendada a lavagem gástrica por rotina.
• Pode ser realizada em situações conhecidas de
ingestão recente e deve ser realizada por ✓ Administração de Carvão Ativado:
profissionais experientes. • Adsorve a maioria dos tóxicos impedindo a sua
• Pode ter como potenciais complicações: aspiração, absorção para o sangue
perfuração esofágica ou gástrica, alterações • Tem uma eficácia tanto maior quanto mais precoce for
eletrolíticas, arritmias. a sua administração
• Está contraindicada se a via aérea não está • Administrar através da SG após a lavagem gástrica
protegida ou houve ingestão de hidrocarbonetos ou (diluído em água – não usar soro fisiológico ou por
corrosivos; via oral
➢ O método preferido para diminuição da absorção GI é • Administrar em doses múltiplas em intoxicações com
administração de carvão ativado e é mais eficaz na 1º fármacos com ciclo entero hepático entero entérico ou
hora após a ingestão. de libertação prolongada (ex carbamazepina teofilina
• Não inibe a absorção de lítio, metais pesados e valproato de sódio, fenobarbital, digoxina)
álcoois tóxicos. • Sem indicação nas intoxicações por álcoois/glicóis,
• Os efeitos secundários mais frequentes são a lítio, ferro, flúor, cianeto e hidrocarbonetos uma vez
obstipação e vómitos. que não são absorvíveis pelo carvão ativado
• Não há evidência de que melhore o prognóstico;
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✓ Aumento Eliminação ✓ Tratamentos Específicos (Exemplos):
✓ Coma Coktail:
• É uma combinação de substâncias administradas em
uma emergência a indivíduos em coma quando a causa
do coma ainda não foi determinada.
• A intenção é trabalhar contra várias causas de coma
vistas em um cenário de emergência, incluindo
overdoses de drogas e hipoglicemia.
Naloxona
Dextrose
Tiamina
Flumazenil
- Sistema da Renina-Angiotensina-Aldosterona:
Choque Refratário
• Ativação dos mecanismos de compensação da hipoxia
celular e da circulação, sem colapso cardio-circulatório
- tentativa de manter a PA dentro dos valores normais. • Situação em que apesar de instituído o tratamento
• Catecolamina endógenas: Inotropismo e cronotropismo adequado não se consegue reverter o choque.
• Valores de lactacidemia que se mantêm aumentados
• Manifestações Clínicas: (incapacidade de utilizar O2 = lesão celular).
✓ Polipneia
✓ Taquicardia 1. 1 Tipos de choque
✓ Má perfusão tecidual → Tipos de Choque:
✓ Pele fria e pálida (excepto no choque distributivo a pele
A. Choque Hipovolémico
fica quente e rosada)
• Caracterizado por um volume intravascular diminuído,
* Reversão do quadro de forma efetiva
frequentemente secundária a uma hemorragia, perda de
• Mecanismos de compensação: fluidos e eletrólitos.
• PRIORIDADE ABSOLUTA: Controlar Hemorragia
- Sistema Adrenégico: (capilar, venosa e/ou arteriak)
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
• Perda de volume acompanhada por perda de - PVC
hemoglobina: - Débito Cardíaco: SwanGanz vs não invasivo
- Hemorragia secundária a politraumatismos, (ex:PICO)
hemorragia digestiva, fraturas
• Perda de volume mas sem perda de hemoglobina: • Laboratório:
- Hipovolémia por perdas de fluidos (desidratação) – - Hemograma
Diarreia, vómitos, queimaduras - Função Renal + eletrólitos
• Fisiopatologia: Tem inicio com diminuição da volémia - Função Hepática: agudo vs crónico
→ Chega menor quantidade de sangue ao coração → - Troponina + BNP
Diminuição da pré-carga → Diminuição DC → • Ecocardiograma:
Diminuição da perfusão tecidual - Função sistólica, fração de ejeção, strain rate
• Manifestações Clínicas: - Disfunção diastólica, E/E’
✓ Taquicardia - Complicações mecânicas
✓ Hipotensão - Função do VD e hipertensão pulmonar
✓ Alteração do estado de consciência • Quando o choque é associado a SCA (Síndrome
✓ Pele fria e pegajosa coronário Agudo) → Reperfusão precoce
✓ Enchimento capilar lento • Tratamento:
• Tratamento: ➢ Oxigenioterapia / Ventilação Mecânica Invasiva
o Transfusão de sangue e administração de componentes ➢ Otimizar a pré carga ventricular
derivados de sangue, de acordo com a perda de volémia. ➢ Otimizar o inotropismo, se compromisso da
o Administração de fluidos (preferencialmente aos circulação coronária
cristalóides) ➢ Administração de fármacos vasoativos ex.:
o Oxigenioterapia – administrar O2 a todos os doentes noradrenalina e dobutamina e Levosimendan
em choque ➢ Colocação de balão de contrapulsação aórtico
(assegurar a pressão de perfusão coronária)
B. Choque Cardiogénico ➢ Correção da acidose metabólica
• É consequência da falência da bomba cardíaca, que → Enfarte Agudo do Miocárdio
resulta na diminuição do débito cardíaco.
• Causas: a) EAMSSST: Promover a reperfusão precoce com
➢ Enfarte agudo do miocárdio fármacos anti trombóticos: artéria está parcialmente
➢ Insuficiência ventrículo esquerdo ocluída por “trombos brancos” constituídos essencialmente
➢ Miocardiopatia por plaquetas.
➢ Miocardite
- Objetivo: Prevenir trombose e permitir a dissolução do
➢ Lesões valvulares
trombo pela fibrinólise, reduzindo o grau de estenose da
➢ Arritmias
artéria coronária.
➢ Aneurisma ventricular
➢ Alterações de condução elétrica - Dor característica de isquemia miocárdica: Aperto,
• Sinais e Sintomas: peso, pressão, esmagamento, constrição, a nível retro
✓ Hipotensão esternal ou precordial, habitualmente em
✓ Taquicardia sinusal crescendo/decrescendo, irradiando frequentemente para o
✓ Palidez cutânea pescoço, mandíbula ou ombro e braço esquerdos
✓ Extremidades frias influenciará positivamente a decisão diagnóstica.
✓ Hipersudorese
- ANAMNESE (Permite diagnóstico diferencial):
✓ Polipneia/ Insuficiência respiratória
✓ Náuseas/Vómitos ▪ Natureza dos sintomas “anginosos”
✓ Oliguria ▪ História de SCA
✓ Fadiga inexplicável / Sincope ▪ Sexo masculino
✓ Turgência jugular ▪ Idade avançada
✓ Ruídos adventícios nas bases pulmonares ▪ Fatores de risco presentes:
✓ Alteração do estado de consciência (agitação, - Hipertensão arterial
confusão, sonolência e coma) - Dislipidemia
• Monitorização Hemodinâmica: - Hábitos tabágicos
- Diurese - DM História familiar de EAM prematuro
- Gaso e lactato
- PAM b) EAMCSST: Promover a reperfusão precoce com
- SvO2 trombólise ou por intervenção coronária percutânea:
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Artéria está totalmente ocluída por “trombos vermelhos” C. Choque obstrutivo
ricos em fibrina, que resultam da ativação da cascata da
coagulação. • Ocorre pela diminuição do DC por causas extra
cardíacas, ou seja, advém de uma obstrução mecânica
- Objetivo: A reperfusão imediata (farmacológica ou por do débito cardíaco com consequente hipoperfusão dos
cateterismo) é a estratégia inicial para restabelecer o fluxo tecidos.
sanguíneo normal. • Causas:
➢ Tamponamento Cardíaco – Periocardiocentese
c) Exames Complementares de Diagnóstico:
➢ Trombo embolismo Pulmonar – Fibrinólise
o Troponina I ou T (enzima libertada pelas células ➢ Pneumotorax Hipertensivo – Drenagem torácica
cardíacas necrosadas)
→ Tamponamento Cardíaco
o Marcadores de eleição para a determinação de necrose
miocárdica * Aumento da pressão intrapericardica - Acumulação
o CK-MB aguda(200ml) ou subaguda (2000ml) de liquido, sangue,
o PCR (marcador de inflamação) coágulos, pus
o Fibrinogénio o BNP (Peptídeo natriurético cerebral tipo
B) * Compressão das cavidades cardíacas comprometendo a
-Informação sobre a disfunção ventricular diástole ventricular com redução do débito cardíaco.
-Marcador de compromisso hemodinâmico * Causas: Trauma, infeção, neoplasia, cirurgia cardíaca,
o Creatinina e ureia drogas, uremia
o Citocina CGF-15
* Tratamento: Periocardiocentese Oxigenioterapia / suporte
Nota: ver figura slide 27, do ppt choque
ventilatório Fluidoterapia Suporte do DC
d) Complicações de Condução
* Tríade de Beck: Hipotensão; Diminuição ou ausência de
• FA sons cardíacos; Distensão venosa jugular
• TV ou FV → Tromboembolismo Pulmonar (TEP)
• BAV
* Sintomas: Dor torácica, Dispneia, dor pleurítica.
e) Complicações Mecânicas Apreensão, tosse, hemoptise, diaforese, síncope
▪ Rutura da parede livre * Sinais: taquipneia, estertores, hiperfonese, taquicardia,
▪ Rutura do septo interventricular febre, flebite, cianose
▪ Insuficiência mitral aguda
▪ Pseudoaneurisma ventricular * Tratamento: Monitorização Hemodinâmica Invasiva;
▪ Trombo intracardíaco Ventilação Mecânica Invasiva; Fármacos vasoativos;
▪ Insuficiência Mitral Aguda Fármacos Trombóticos (Reteplase / Alteplase); Fármacos
▪ Choque cardiogénico (maior mortalidade intra anticoagulantes (enoxaparina / varfarina)
hospitalar)
→ Pneumotorax Hipertensivo
f) Exames
* Sinais e sintomas:
➢ ECG, na admissão
✓ Agitação / ansiedade
o Supra ou infra desnivelamento de ST (transitória ou
✓ Hipotensão oDificuldade respiratória
persistente)
✓ Cianose
- SST (0,1 mV ou mais) presente em, pelo menos, duas
✓ Taquicardia
derivações contíguas
✓ Assimetria torácica (tórax pode parecer híper
o Inversão da onda T (inversão for marcada (superior ou
insuflado no lado afetado) Ausência de sons
igual a 0,3 mV)
auscultatórios no lado afetado
o Presença de ondas Q patológicas)
✓ Hiperressonância à percussão do lado afetado
➢ Ecocardiograma
✓ Distensão das veias jugulares oDesvio da traqueia
➢ AngioTAC
para o lado contra lateral à lesão
➢ Cateterismo com coronariografia ou angiografia:
- Cirurgia de Revascularização Coronária * Introdução de uma agulha de grande calibreno 2°. espaço
- Intervenção Coronária Percutânea intercostal na linha hemiclavicular. A agulha é introduzida a
90 graus do plano da parede torácica.
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D. Choque Distributivo ✓ Dispneia
✓ Sinais de vasodilatação periférica
• Divide-se em Choque séptico, anafilático e neurogénico ✓ Diminuição das resistência vascular periférica
• Caracterizado pela inadequação entre a necessidade e a ✓ Alteração do estado de consciência
oferta de oxigénio e nutrientes por uma alteração do
fluxo sanguíneo. - Variáveis Inflamatórias:
• Situação clinica de sépsis grave com hipotensão Agressão local e resposta anti inflamatória → Extensão
persistente mesmo após a reposição adequada de sistémica da inflamação com tradução clínica → Excesso de
volémia. mecanismos anti inflamatórios expressos pela manifestação
do SIRS → Predomínio de mecanismos de contra regulação
• Taxa de mortalidade: 60%
compensatórios → Falência da resposta imunológica
• O tratamento precoce e adequado é determinante para o
prognóstico do doente. • Tratamento:
• Manifestações Clínicas: o monitorização continua do doente e adequar
resposta
- Variáveis inespecíficas:
o optimização da ventilação / valores gasimétricos
✓ Febre ou Hipotermia o fluidoterapia
✓ Taquicardia o administração de drogas vasoativas
✓ Hiperventilação o administração de hidrocorticoides
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o tratamento da causa: antibioterapia / intervenção ▪ Rouquidão / Estridor: Presença de ruído inspiratório
cirurgica se necessário como tradução da obstrução da via aérea superior
o suporte de disfunção de orgãos (técnica de
substituição renal) ✓ Taquipneia
o suporte nutricional (nutrição parentérica com ✓ Sibilos
suporte nitrogenado adequado) ✓ Cansaço / Exaustão
✓ Cianose ( sinal tardio)
F. Choque Anafilático
✓ Confusão (pela hipoxia)
* Anafilaxia: Reação de hipersensibilidade grave sistémica ✓ Paragem respiratória
ou generalizada associada a risco de vida. Aparecimento
rápido de compromisso da via aérea e/ou circulação
→ Compromisso Circulatório:
associada a alterações cutâneo-mucosas.
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E – Exposição: Avaliação pele • É sinal de bom prognóstico a presença de “Beevor” -
movimento do umbigo quando o abdómen é tocado.
* Tratamento subsequente:
• Este choque poderá permanecer durante dias.
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B. * Acinectobacter Baumannii
C. Controlo da Hemorragia
1.5. Fungos
• Se hemorragia visível comprimir o local sangrante
• Assegurar acesso vascular periférico e fluidoterapia * Candida Albicans
moderada + vasopressores?
• Avaliar sinais vitais * Aspergillus
• Colheitas de sangue para análise para H + Bioq. + TC +
Grupagem 1.6. Parasitas
• Administração precoce de altas doses de
Metilprednisolona:
* Plasmodium (Malária)
✓ 30 mg/kg na primeira hora
✓ > 5,4 mg/kg/h nas restantes 23 horas (se início
precoce - < 8 horas)
✓ > 5,4 mg/kg/h nas restantes 47 horas (se início tardio
2. Fármacos Vasoativos
- > 8 horas < 12 horas)
• Modo de Administração:
❖ PCR: Administrar 1 mg ev a cada 3 minutos até que
→ Alfa adrenérgicos manobras de reanimação tenham sucesso ou sejam
abandonadas
• Alfa 1: Presente no musculo liso – aumenta a pressão ❖ Na ausência de acesso venoso : Administrar 3
arterial pela vasoconstrição arterial e venosa e aumento mg/10 ml água destilada pelo TET(em desuso)
da contractibilidade do miocárdio
• Alfa 2: Presente nos terminais pré-sinápticos e inibe a • Forma disponível hospitalar: 1 ampola - 1mg/1ml
produção de noradrenalina (autoreceptor) e insulina
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✓ Insuficiência Cardíaca
✓ Choque Séptico
Noradrenalina ✓ Choque Cardiogénico
✓ Hipotensão ( na ausencia de hipovolemia)
• É uma catecolamina agonista alfa e beta. Efeitos da dopamina variam com a dose administrada.
• Mecanismo de ação: • Efeitos Adversos:
- Agonista alfa 1 : Vasoconstrição (aumenta a pressão ➢ Disritmia
arterial) ➢ Isquemia vasos cardíacos e renais (aumento do
consumo de O2 pelo miocárdio)
- Agonista beta 1: Inotrópico positivo - Melhora a
contratibilidade cardíaca • Modo de administração:
❖ Perfusão contínua : dose inicial de 1 a 2 ug//Kg/min e
- Aumento do débito Cardíaco
aumento progressivo necessário
- Produzida nas glândulas suprarrenais e a nível neural ❖ Para aumento do DC e PA: a dose 5 a 10 ug//Kg/min
(estimulação do SNAutonomo) ❖ Doses baixas 1 a 2 ug//Kg/min, provocam dilatação da
artéria renal com aumento da taxa de filtração
- O efeito alfa sobrepõe-se ao efeito beta pelo que é menos glomerular e de eliminação de sódio
taquicardizante que a adrenalina. ❖ Doses intermédias 2 a 10 ug//Kg/min, provocam
• Indicações: aumento do DC, PAS e da resposta renal
✓ Choque Séptico - Hipotensão Grave (não devida a ❖ Doses elevadas >10 ug//Kg/min, provocam vaso
hipovolémia) constrição generalizada
✓ Choque Cardiogénico
• Forma disponível Hospitalar: 1 AMP.: 200 mg / 2 ml
• Efeitos Adversos:
➢ Diminuição do Fluxo sanguíneo renal (diminuição da Dobutamina
diurese) e diminuição do fluxo sanguíneo hepático
➢ Isquemia do miocárdio (pela vasoconstrição
• É uma catecolamina sintética.
prolongada)
➢ Disritmia • Mecanismo de Ação:
- Agonista Beta 1: Aumento da contratibilidade e
frequência cardíaca (maior efeito inotrópico que
• Modo de Administração:
cronotrópico)
Perfusão contínua: Menor dose eficaz inicial: 0,1 - Aumento do DC
ug//Kg/min (aumento gradual segundo PAM) (Deve - Aumento da pressão arterial mas de forma não muito
perfundir em seringa e sistema opaco) significativa
-A nível vascular periférico – Vasodilatação e
• Forma disponível hospitalar: 1 AMP.: 5 mg / 5 ml diminuição da resistência vascular periférica
- A nível arterial – Diminuição da pressão de oclusão da
artéria pulmonar
Dopamina
- A nível renal – Aumento do fluxo sanguíneo
- Aumento de consumo de O2 pelo miocárdio mais
• O seu efeito depende da dose administrada.
marcado, comparativamente com outros fármacos
• Mecanismos de Ação:
inotrópicos (contraindicada em caso de isquemia do
- Agonista alfa 1: Vasoconstrição (aumenta a pressão miocárdio)
arterial) - Também tem efeito vasodilatador (dose) – Choque
cardiogénico pode-se associar a noradrenalina (iniciar
- Agonista beta 1: Inotrópico positivo - Melhora a 1º)
contratibilidade cardíaca
* Dispositivos supraglóticos:
- Tubo de Guedel
* Complacência Pulmonar: Capacidade de distensão
- Máscara laringea
pulmonar. É definida pela variação do volume pulmonar o
- Tubo Laringeo que implica uma variação na pressão intrapulmonar /
cmH2O ( 1cmH2O = 0,735mmHg)
* Dispositivos infraglóticos:
Cp = variação de volume / variação de pressão
- TOT
* Pressão Alveolar:
- Cânula Traqueostomia
Ciclo Respiratório
Inspiração:
Expiração:
* Pressão pleural: retração pulmonar, expansão da caixa
• Redução do Volume Intratorácico torácica e força adesiva
• Aumento da pressão Intrapulmonar (saída de ar dos * Pressão Transpulmonar:
pulmões para o exterior)
- É a diferença entre a pressão alveolar (pressão interna do
* Capacidade Pulmonar Total (CPT) – É a quantidade pulmão) e a pressão pleural (pressão externa do pulmão,
máxima de ar que os pulmões comportam. Sendo constituída realizada pela caixa torácica).
por:
- Controla a quantidade de ar que entra ou sai do pulmão.
- Capacidade vital (CV) - É o volume máximo de ar que Quanto maior a pressão transpulmonar, maior a quantidade
pode ser eliminado pelos pulmões na expiração. de ar que entra no pulmão.
- Volume residual (VR) - A quantidade de ar que.
permanece dentro dos pulmões após a expiração.
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
* Pneumotórax: presença de ar entre as duas camadas da
• Disparo: Indicação ao ventilador que pode abrir a
pleura (membrana fina, transparente, de duas camadas que
válvula de fluxo e iniciar a inspiração
reveste os pulmões e o interior da parede torácica),
• Ciclagem: Indicação ao ventilador que pode fechar a
resultando em colapso parcial ou total do pulmão.
válvula inspiratória e abrir a válvula expiratória para
iniciar a expiração.
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
✓ Administração de fluidos por longo período de tempo ❖ Lúmen médio – Perfusão de fármacos (ex.: sedo
que requerem um acesso venoso eficaz, ex.: nutrição analgesia), soluções eletrolíticas e nutrição parentérica
parentérica ❖ Lúmen proximal – Perfusão de fármacos, soluções
✓ Transfusão e administração de hemoderivados eletrolíticas, bólus de medicação e avaliação de
✓ Colheita de sangue para análise / hemoculturas Pressão Venosa Central (PVC).
✓ Monitorização da Pressão Venosa Central
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✓ Ponderar o volume de líquidos a administrar ao sinal elétrico cujo valor é apresentado em numeração
utente digital.
• Procedimento – Avaliação de PVC: • Indicações:
➢ Posicionar o doente: Decúbito dorsal (sem almofadas
- Monitorização continua de pressão arterial:
e os braços ao longo do corpo)
➢ Identificar o quarto espaço intercostal (Eixo ✓ Pressão Arterial Sistólica (PAS)
flebostático) - Linha Média Axilar (ponto de ✓ Pressão Arterial Diastólica (PAD)
referência fundamental) ✓ Pressão Arterial Média (importante dado sobre a
➢ Colocar o ponto zero do transdutor do sistema ao perfusão tecidular)
nível da linha média axilar – Calibrar o sistema PAM = PAS + (PADX2) /3
➢ Colocar a linha de PVC livre, desde a manga de - Múltiplas colheitas de sangue (gasometrias) e outras
pressão do sistema ao lúmen do CVC análises
➢ Fazer a leitura do valor de PVC (atenção: quando o • Procedimento de colocação de cateter arterial:
doente está ventilado há um aumento da pressão - Preparação do doente e material segundo as normas
intratorácica pela presença PEEP, pode aumentar existentes no serviço
falsamente o valor de PVC). - Manutenção adequada do equipamento
➢ Colocar o doente confortavelmente - Prevenção de complicações
➢ Registar o valor de PVC no processo do doente. - A posição do paciente e do transdutor de pressão
influencia a alteração dos valores de pressão arterial
Valores de PVC mais baixos podem indicar: - Para tal deve-se calibrar o sistema “zerar”, conforme o
posicionamento do doente.
▪ Hipovolémia
▪ Vasodilatação induzida por fármacos
▪ Aumento da contractibilidade cardíaca *Monitorização contínua da pressão arterial central:
(inotropismo)
• Contra-indicações:
Hipovolémia → volume tele-diástole ventricular ➢ Fibrinólise
insuficiente → FC aumenta (para manter débito cardíaco ➢ Coagulopatia
adequado) → Aumenta a necessidade de oxigenação do ➢ Celulite e infeção local
miocárdio ➢ Traumatismo
➢ Queimaduras
➢ Fraturas próximas da região a puncionar
Valores de PVC mais elevados podem indicar:
• Complicações:
▪ Sobrecarga Hídrica ❖ Lesão vascular (ex.: trombose, hematoma, espasmo
▪ Insuficiência Cardíaca Congestiva (diminuição do vascular)
retorno venoso) ❖ Desconexão acidental – hemorragia grave
▪ Vaso constrição induzida por fármacos ❖ Infeção no local de punção
❖ Lesão nervos adjacentes (neuropatia compressiva)
Hipervolémia → Sobrecarga hídrica → Aumento da
❖ Fistula arteriovenosa
contratibilidade e trabalho cardíaco → Maior consumo
de oxigénio por parte do miocárdio ❖ Necrose das extremidades do membro puncionado
❖ Embolia arterial
❖ Injeção acidental de medicamentos injetáveis na via
• Falsos valores de PVC devem-se a: de acesso arterial
✓ Posicionamento incorreto do doente
* Monitorização da pressão arterial pulmonar:
✓ Existirem outras soluções a perfundir no sistema de
medição • Introdução de um cateter central pela veia jugular
✓ Obstrução do CVC interna até à artéria pulmonar
✓ Dobra em qualquer parte do sistema de infusão • Cateter de Swan-Ganz: cateter de termodiluição,
✓ Ponta do CVC mal posicionada Cateter da Artéria Pulmonar
• Lúmens:
* Cateter Arterial:
- Via proximal (azul): seu orifício situa-se a 29 cm da
• Punção de uma artéria, mais frequente a artéria radial,
extremidade distal. Permite a injeção de líquidos para as
colocação de um cateter arterial, que por sua vez é
medidas hemodinâmicas e é utilizado também para a medida
conectado a um transdutor de pressão calibrado, que
da pressão venosa central (PVC) e coleta de amostras de
transforma o sinal mecânico de pressão arterial num
sangue para exame
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
- Via distal (amarela): seu orifício situa-se na ponta do - Avaliação hemodinâmica intracardíaca para decisão de
cateter, permitindo a medida das pressões nas câmaras diagnóstico e tratamento do doente, nomeadamente:
cardíacas direitas, pressão arterial pulmonar e pressão
✓ Choque Cardiogénico
capilar pulmonar e coleta de sangue venoso misto, misto, na
✓ Choque Séptico
artéria pulmonar
✓ Enfarte Agudo do Miocárdio
- Via do balão (vermelha): situado a 1 cm do orifício distal, ✓ Insuficiência Cardíaca Refratária
com capacidade para 1,5 ml, auxilia na migração do cateter ✓ Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS)
pela flutuação dirigida pelo fluxo, permitindo o ✓ Síndrome Resposta Inflamatória Sistémica(SIRS)
encravamento do cateter e a medida da pressão capilar ✓ Hipertensão Pulmonar Aguda e Embolia Pulmona-
pulmonar, quando insuflado em um ramo da artéria ✓ Pancreatite necro-hemorrágica
pulmonar ✓ Doente Politraumatizado Grave
- Termistor: consiste em dois finos fios isolados, * Avaliação do Débito Cardíaco – Qual recurso utilizar?
estendendo-se pelo comprimento do cateter e finalizando em
um termistor embutido na parede do cateter (a
aproximadamente 6 cm da ponta do cateter), que mede
continuamente a temperatura sanguínea na artéria pulmonar
e o débito cardíaco por termodiluição.
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* Dispositivo de assistência venticular (DAV): • HCO3- (bicarbonato)
• SatO2
• Ajuda o coração com insuficiência a bombear de forma
• IÕES (Na+, K+, Mg2+, Ca2+…)
eficaz o sangue para todo o corpo.
• Função:
➢ Restabelecer o débito cardíaco efetivo total ou
parcialmente
➢ Garantir a perfusão sistêmica, com restauração do
débito cardíaco e aumento da pressão arterial
• Indicação de ponte:
➢ Podem ser utilizados para recuperação cardíaca
evitando assim o transplante
➢ Para manter os doentes com vida até ser encontrado
um dador para transplante. Se for este o caso, o Ácido - É toda a substância capaz de fornecer iões de
DAV é utilizado como uma ponte para o transplante. hidrogénio (H+) em solução
➢ Utilização de suporte mecânico circulatório em
Base - É toda a substância que aceita iões de hidrogénio
doentes com colapso circulatório agudo e risco
em solução
elevado de mortalidade imediata, até à avaliação
clínica completa e utilização de opções terapêuticas Moléculas Tampão – São moléculas capazes de aceitar
adicionais. ou ceder H+ para equilibrar o PH
• Tipos de DAV:
• Causas:
• Causas:
- Vómitos prolongados
- Hiperventilação
- Hipercalcémia, Hipocaliémia, Hipomagnesémia
- DPOC
- Desidratação (aumento da diurese)
- Dor
- Consumo excessivo de bicarbonato (anti ácidos)-
- Sedação excessiva
Drenagem gástrica de grande volume
- Doenças neuromusculares
- Fármacos diuréticos (furosemida…), pela reabsorção de
- Altitude Na+ ligada à excreção de H+
- Equação de Henderson-Hasselbalch:
- Papel de ECG:
6.1. Irrigação Cardíaca
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
→ Assistolia
- Mobitz Tipo II
• P-R constante
• Algumas ondas P não são seguidas por QRS
• Pode, no entanto existir uma relação fixa entre as ondas
P conduzidas e as não conduzidas, do tipo 2:1 ou 3:1.
• Tratamento: Necessidade de estimulação elétrica –
pacemaker
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica
→ Bloqueio Auriculo-Ventricular 3º Grau • Enzimas: A creatinaquinase (CK) a desidrogenase
láctica (LDH) e a aspartato transaminase (AST) são
• Interrupção completa do estimulo aurículo ventricular,
todas libertadas pela desagregação da membrana dos
estímulos supraventriculares incapazes de propagar
miócitos mortos. Mais atuais e mais específicas são os
estimulo para a contração dos ventrículos
enzimas mioglobina, troponinas (I e T) e isomorfas de
• Marcapasso auricular e ventricular distintos CK-MB.
• QRS alargado oFC <30-50 bpm , marcapasso do • Os objetivos do tratamento: Aliviar a dor aguda,
ventrículo incapaz de manter débito cardíaco (assistolia) reduzir o trabalho cardíaco, prevenir e tratar disritmias e
• Geralmente associado a EAM minimizar a área de enfarte.
• Tratamento: Pacemaker Transcutâneo / transvenoso / • Tratamento:
definitivo
Os fármacos a utilizar são:
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Patrícia D’Anunciação Enfermagem à pessoa em situação crítica