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de adulto
e idoso
Enfermagem na UTI
"A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área hospitalar
destinada a clientes em estado crítico, que necessitam de
cuidados altamente complexos e controles estritos, com
centralização de esforços e coordenação de atividades."
Classificação da UTI:
UTI Neonatal – Recebem pacientes com idades entre Tipos de UTI:
0 e 28 dias; UTI Cardiológica;
Pediátrico – Recebem pacientes com idades entre 28 UTI Coronariana;
dias e 14; UTI Covid;
Adulto – Recebem pacientes com idades maior de 18 UTI Neurológica;
anos;
UTI Queimados;
Especializada – pacientes atendidos por
UTI Traumatológica;
determinada especialidade ou pertencentes a um
grupo específico de doenças.
Com essas legislações são determinadas as normas para a elaboração dos projetos físicos
de estabelecimentos assistenciais de saúde e organização física funcional de internação de
pacientes.
Localização e estrutura física da UTI;
Número de leitos UTI;
ESTRUTURA MÍNIMA DE PESSOAS PARA O FUNCIONAMENTO DE UMA UTI SEGUINDO
LEGISLAÇÃO:
Médico Coordenador: Legalmente habilitado, com título de Especialista em Medicina
Intensiva específico para a modalidade de assistência de UTI,
Médico Diarista: Um para o máximo de 10 leitos de UTI.
Médico Plantonista: Exclusivo da unidade, um para cada 10 leitos por turno.
Enfermeiro Coordenador: Responsável pela coordenação da equipe de enfermagem,
Enfermeiro Assistencial: Exclusivo da unidade, um para no máximo 10 leitos por turno.
Técnico de Enfermagem: Exclusivo da unidade, um para no máximo 2 leitos por turno.
Fisioterapeuta: Exclusivo da unidade, um para no máximo 10 leitos por turno.
Auxiliar Administrativo: Um exclusivo da Unidade
Funcionário responsável pela limpeza: Exclusivo da Unidade, por turno de trabalho.
Recursos de materiais
O gerenciamento de recursos materiais em saúde representa um conjunto de
práticas que asseguram materiais em quantidade e qualidade de modo que os
profissionais possam estar desenvolvendo seu trabalho sem correr riscos
tampouco colocando em risco os usuários dos serviços:
OBJETIVO DO TRR
É atender rapidamente, de forma assertiva, possíveis intercorrências graves,
como emergências clínicas ou PCR em pacientes internados nos quartos ou
enfermarias
IDENTIFICANDO O PACIENTE PELO ESCORE DE ALERTA PRECOCE
MODIFICADO (MEWS)
A ESCOLHA DO LEITO
Leitos de visualização direta do posto de enfermagem
Leitos de visualização direta porém, mais afastados do posto de enfermagem
Leitos de ISOLAMENTO em quartos privativos com anti-sala
RECEPÇÃO DO PACIENTE NA UNIDADE
Ocorre por uma equipe multiprofissional:
Coleta de dados;
Diagnostico de enfermagem;
Planejamento;
Implementação( plano de cuidados);
Avaliação;
READMISSÃO DO PACINETE EM UTI
A readmissão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é determinada quando
ocorre o retorno do paciente em até três dias após a alta para a Unidade de
Internação ou retorno em até três meses após sua alta hospitalar e traz um
enorme problema ao sistema de saúde, além de desconforto ao paciente e a seus
familiares.
TRANSPORTE DO PACIENTE CRÍTICO
O paciente crítico é aquele que, por disfunção ou falência de um ou mais órgãos ou
sistema, depende de meios avançados de monitorização e terapêutica para
sobreviver Portanto, o seu transporte é sempre arriscado em virtude do quadro
clínico complexo e, na maior parte das vezes, com grande instabilidade.
INTRA-HOSPITALAR EXTRA-HOSPITALAR
PLANEJAMENTO E ASSISTÊNCIA DE EQUIPE DE TRANSPORTE
ENFERMAGEM PARA O TRANSPORTE EQUIPE MULTIPROFISSIONAL
Resolução n. 588/2018 Estabelece que o transporte PROFISSIONAIS COM
do paciente hospitalizado faz parte das EXPERIÊNCIA
competências da equipe de enfermagem e papel do PRONTO PARA QUALQUER
enfermeiro do setor a classificação desse transporte. INTERCORRÊNCIA
Condições clínica do cliente;
DIMINUIÇÃO DOS RISCOS
Custo-benefício do transporte;
VIDA DO PACIENTE
Segurança do paciente;
Gerenciamento de riscos;
INDICAÇÃO E CONTRAINDICAÇÕES
Indicação:
A indicação de transporte do paciente crítico é feita sempre que os cuidados necessários,
exames e procedimentos terapêuticos ou diagnósticos não estão disponível à beira do leito
na UTI
Contraindicação:
Incapacidade em manter oxigenação e/ou ventilação adequadas durante o transporte
ou ao longo da permanência no setor de destino.
Incapacidade de manter estabilidade hemodinâmica durante o transporte ou durante a
permanência no setor de destino pelo tempo necessário.
Incapacidade de monitorar o estado cardiorrespiratório durante o transporte ou
durante a permanência no setor de destino pelo tempo necessário.
Incapacidade de controlar a via aérea durante o transporte ou durante a permanência
no setor de destino pelo tempo necessário.
Número insuficiente de profissionais treinados para manter as condições descritas
neste quadro, durante o transporte ou durante a permanência no setor de destino.
EQUIPAMENTOS
COMPLICAÇÕES NO TRANSPORTE
SUPORTE AVANÇADO DA VIDA
RECONHECENDO A PCR
VERIFICANDO A PACIENTE
SOLICITAR AJUDA
RESPONSIVIDADE INCONSCIENTE
VERIFICAÇÃO DE PACIENTE
SOLICITAR AJUDA
RESPIRAÇÃO E PULSO INCONSCIENTE
RESPIRAÇÃO AUSENTE
PARADA PARADA
RESPIRATÓRIA CARDIORESPIRATÓRIA
DESFIBRILAÇÃO
BIFÁSICO MONOFÁSICO
ATENÇÃO
FLUSHING PULSÁTIL É COM
SF 0,9% 5 ML ISOTÔNICO
AD SOLUÇÃO HIPOTÔNICA
ADMINISTRAR ADMINISTRAR
VOLUME ELEVADO PODE
ADRENALINA ADRENALINA
PROVOCAR HEMÓLISE DAS
NO TEMPO APÓS O 2
HEMÁCIAS
ZERO CHOQUE
1 FASE REFRATÁRIO AO 1 CHOQUE
2 FASE ADRENALINA
RITMOS CHOCÁVEIS
3 FASE AMIODARONA
AMPOLA DE (150 MG/3ML)
AMIODARONA 1 DOSE: 300MG
4 FASE ADRENALINA
2 DOSE: 150MG
(ALTERNAR COM ADRENALINA)
5 FASE AMIODARONA
5 FASE LIDOCAINA
CUIDADOS PÓS-PCR
A- PROTEÇÃO DE VIAS AÉREAS. SE VAA INSTALAR CAPNOGRAFIA
B- OTIMIZAR A OXIGENAÇÃO (SAT > 94%). EVITAR HIPERÓXIA E HIPERVENTILAÇÃO.
C- MANTER AS PAS > 90MMHG OU PAM > 65MMHG ECG / CATE
D- CONTROLE DIRECIONAL DE TEMPERATURA COM PROGNÓSTICO NEUROLÓGICO
CAUSAS REVERSÍVEIS DE UMA
PCR
MODELO OUTCOME-PRESENT
STATE-TEST (OPT)
ETAPAS DO OPT
História do paciente (coleta de dados);
Raciocínio clínico em enfermagem é Lógica da pista (avaliação das relações entre os
essencial para um cuidado seguro diagnósticos de enfermagem, com base no
e eficaz. No entanto, defronta-se com o pensamento sistêmico e de síntese)
desafio de utilizar estratégias e Estado atual (situação real do paciente no
experiências de ensino que promovam momento);
ao aprendiz o desenvolvimento Estado do resultado (resultados esperados);
dessa habilidade. Teste (seleção dos indicadores de resultados);
Tomada de decisão(escolha das intervenções);
Julgamento (avaliação).
Necessidades Básicas do Paciente em UTI
• O paciente de UTI têm seus hábitos de vida mudados – se torna “passivo” –
(incapaz de comunicar-se, de questionar, de criticar, de realizar higiene corporal)
HIGIENE E CONFORTO NO PACIENTE CRÍTICO
Objetivos do Banho de Leito
• Higienizar a pele, removendo a sujidade e a sudorese corporal;
• Promover o bem-estar, o relaxamento, hidratação e o conforto do paciente;
• Prevenir infecções e lesões na pele;
• Estimular a circulação sanguínea;
• Proporcionar um exercício leve ao paciente que não tem mobilidade;
• Viabilizar a inspeção corporal;
• Complementar o exame físico.
TIPOS DE BANHO:
• Nas UTIs, o banho no leito apresenta-se, muitas vezes, como a única opção de intervenção para a
manutenção da higiene corporal do paciente, devido à gravidade da condição clínica e pelos
múltiplos dispositivos invasivos utilizados.
EFEITOS ADVERSOS:
INFECÇÕES:
• Parada cardíaca;
• A presença de agentes infecciosos na superfície corporal, em
• Extubaçãoacidental;
objetos ou no ambiente, constitui-se como um problema de saúde
• Dessaturação de oxigênio e/ou
pública, devido ao aumento de micro-
formação de rolha de muco;
organismos multirresistentes e à sua relação com o pior prognóstico
• Hipotensão;
dos pacientes.
• Arritmia;
• A presença de cepas de Staphylococcus aureus, Acinetobacter
• Hipotermia;
Baumannii e Enterococos,
• Desconexão acidentale/ou disfunção
apresentando maior resistência aos tratamentos convencionais.
de equipamentos;
• O uso indiscriminado de antimicrobianos de amplo espectro pode
• Quedado paciente.
ser um dos fatores
• Agitação;
associados ao desenvolvimento dessa resistência.
• Infecções;
• Dor aguda;
ALTERAÇÕES EM PARÂMETROS FISIOLÓGICOS:
• A resposta clínica dos pacientes durante o banho no • Pacientes em instabilidade hemodinâmica grave, têm
leito deve ser constantemente avaliada; contraindicação para a realização do banho no leito;
• A sedação, o estado de alerta, uso de drogas • Devido à necessidade de preservar o consumo de
vasoativas são fatores capazes de alterar os oxigênio desses pacientes, durante a higienização, uma
parâmetros fisiológicos; alternativa viável é o banho a seco, realizado a partir
de lenços pré-umedecidos.
Efeitos protetores do controle da temperatura da
Pacientes pós cirurgia cardíaca – risco de alterações
água e do ambiente durante o banho
oxihemodinâmicas
• O banho com o controle da água a 42,5 oC
• Banhos nas primeiras quatro horas pós cirúrgica;
associou-se a uma redução da frequência
• Banhos com duração superior a 20 minutos;
cardíaca, ao aumento da SpO2 e da temperatura
• Paciente exposto em decúbito lateral por tempo
axilar, apresentando maiores benefícios
prolongado.
para o paciente.
Materiais:
Ações para redução dos eventos adversos:
• EPIs: Gorro, óculos protetores, viseira, avental,
• Elaboração de um planejamento de acordo com as
máscara cirúrgicae luvas de procedimentos;
necessidades pontuais do paciente;
• Kit para banho no leito: 1 bacia ou balde,2 copos
• Todo o procedimento deve durar, no máximo 20 minutos;
descartáveis,2esponjas, sabonete, 5 eletrodos,
• Decúbito lateral pelo menor tempo possível;
2 pacotes de gases, 1 fixador de TOT ou 1 atadura
• Manter a monitorização dos sinais vitais;
de 10 cm para fixação da cânula de
• Manter a privacidade do paciente.
traqueostomia;
• Pacientes em uso de dispositivo de ventilação – deve
• Kit de Lençóis;
seguir 5 etapas a fim de evitar movimentos bruscos com a
• Material para a higiene oral: 1 escova de dentes, 1
cabeça desencadeando a retirada do tubo.
sonda para aspiração n° 12 ou 14, clorexidina
1. Higiene do rosto e da boca
0,12%;
2. Higiene do couro cabeludo
• Almotolia com álcool;
3. Higiene do corpo
• Biombos;
4. Higiene das mãos
• 1 hamper.
5. Higiene da genitália
Peso corporal
• Paciente em UTI – alterações de peso importantes – edema e perda de massa muscular;
• Importante a mensuração diária em jejum;
• Perda aguda de 0,5kg = perda de líquidos de aprox 500ml;
• Ganho de peso de 0,9 kg = 1 litro de líquido.
GANHOS
EV VM
Hidratação venosa – valor mensurado Ventilação mecânica – 50 ml/24h
Diluição de medicações – valor mensurado
VO
Transfusão – valor mensurado Hidratação oral/enteral – valor mensurado
Nutrição parenteral – valor mensurado Dieta enteral – valor mensurado
Dieta oral – (alimentos sólidos) valor mensurado
Logo, pacientes com BH persistentemente positivo estão mais sujeitos a repercussões clínicas desfavoráveis,
sendo que esta associação deve encorajar estratégias para tentar uma reposição volêmica restritiva, quando a
condição hemodinâmica do paciente permitir, e contribuir, para a redução de desfechos desfavoráveis.
ENFERMAGEM E BH
• Pesquisa no sul da Amazonia legal, evidenciou diferença de ±500 ml em aproximadamente 70% dos
prontuários analisados, e diferenças de 1.069ml a 2.960ml em 7% dos prontuários. Destes 38,8%
receberam administração de diuréticos
• Outra pesquisa brasileira, mostra que em 70,41% dos BH os valores registrados eram menores que o
identificado pelos pesquisadores no recalculo.
• Recomendação mais atual é que glicose sérica se encontre entre 140 a 180 mg/dL nos pacientes adultos
críticos;
• Com esse tipo de protocolo, os pacientes evoluem com menor mortalidade e menor taxa de hipoglicemia;
• Para se alcançar esse alvo, deve-se evitar soluções parenterais contendo glicose e só utilizar esquemas de
insulina quando realmente necessário.
PROTOCOLO DE CONTROLE GLICÊMICO PARAPACIENTE DIABÉTICO
• Alguns estudos observacionais sugerem que os diabéticos são mais tolerantes a hiperglicemia;
• Os cronicamente hiperglicêmicos, apresentam maior sobrevida quando seus níveis glicêmicos são
mantidos >180 mg/dL;
• Esses respondem à hipoglicemia mesmo com níveis glicêmicos considerados normais;
• Portanto, é indicada a faixa glicêmica mais liberal entre 180 e 252 mg/dL.
• Níveis glicêmicos >180 mg/dL é maléfica para os pacientes críticos não diabéticos;
• Neles, a meta glicêmica deve ser entre 140 e 180 mg/dL;
• Para pacientes diabéticos, sobretudo os cronicamente hiperglicêmicos, são mais beneficiados
com alvos mais liberais de 180 a 252 mg/dL.
CONSEQUÊNCIAS DA DOR
• Aumento da demanda de oxigênio Uso inadequado de analgésicos e sedativos:
• Hipertensão arterial • Hipoventilação
• Diminuição da perfusão dos tecidos • Hipomotilidade gastrointestinal
• Agitação • Hemorragia gástrica
• Distúrbios do sono • Disfunção renal
• Estresse pós-traumático
Gasometria arterial
3. Percussão
• Análise dos gases sanguíneos (oxigênio, dióxido de carbono),
• Identificar ar, líquido ou material sólido;
bicarbonato e pH;
• Hiperresonância – tecido hiperinflado;
• Avalia a oxigenação, troca gasosa nos pulmões e o estado
• Macicez – consolidação,, densidade.
acidobásico;
3. Ausculta • Sua utilidade depende da sua adequada interpretação, análise
com o histórico do paciente e exame físico.
RaiosX – densidades Objetivos da oxigenioterapia
• AR: imagem escura – radiolucente (traqueia, • Corrigir hipoxemia;
brônquios, estômago); • Promover a diminuição da carga
• GORDURA: imagem cinza ou menos de trabalho cardiopulmonar.
radiolucente do que o ar;
• ÁGUA: imagem branca – radiopacidade média Indicações da oxigenoterapia
(coração, músculos, diafragma); • PaO2 < 60 mmHg ou Sat O2 < 90 % (em ar ambiente);
• OSSOS OU METAL – alta radiopacidade (ossos, • Sat O2 < 88% durante a deambulação, exercício ou
depósitos de cálcio, próteses, meio de sono em doenças cardiorrespiratórias;
contraste). • IAM;
• Intoxicação por gases (monóxido de carbono);
• Envenenamento por cianeto.
SISTEMASDE OXIGENOTERAPIA:DE BAIXO FLUXO E DE ALTO FLUXO
PRÉ OXIGENAÇÃO:
Pré Medicação:2 min. antes da laringoscopia
A pré-oxigenação deve durar 5 minutos, ATENÇÃO: a lidocaína não deve ser utilizada na
sempre que a situação clínica permitir: presença de bloqueios atrioventriculares e de ramo
Paciente com O2 por cateter nasal de baixo fluxo- ANESTESIA: Lidocaína 2% (sem vasoconstritor):
Substituir por ambu conectado a fonte de O2 1,5mg/kg (EV) OU Fentanil: 1-2mcg/kg (EV)
Paciente com O2 por mascara facial com Expansão volêmica: SF 0,9% 500ml OU Infusão de
reservatório não reinalante, CNAF ou VNI- Noradrenalina (caso a expansão volêmica seja
ajustar para oxigenação máxima FIO2=100% contraindicada)
PRÉ MEDICAÇÃO:
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Confirmação:
SEDATIVO
Succinilcolina – 1,5 mg/kg (EV) • Para avaliar o êxito da IOT, deve-se
Cetamina – 2mg/kg (EV)
OU realizar auscultas gástrica e pulmonar
OU
Rocurônio – 1,2mg/kg (EV) na seguinte ordem:
Etomidato – 0,3mg/kg (EV)
Sedativos e bloqueadores neuromusculares Estômago: determinar ausência de
OU
devem ser injetados através de bolus lento ruídos durante a ventilação;
Propofol – 2mg/kg (EV)
Base pulmonar esquerda;
OU
Base pulmonar direita;
Midazolam – 0,2mg/kg (EV)
Ápice esquerdo;
Ápice direito.
Complicações:
• Lesão da coluna cervical por movimentação da cabeça SEQUÊNCIA RÁPIDA DE INTUBAÇÃO
durante o procedimento; OROTRAQUEAL (IOT)
• Luxação da mandíbula;
• Fratura ou arrancamento de dentes;
• Ruptura ou vazamento do balonete do tubo;
• Trauma de via aérea, hemorragia e aspiração.
• Broncoaspiração;
• Intubação esofágica;
• Intubação seletiva, colapso pulmonar e pneumotórax;
• Laceração de partes moles das vias aéreas;
Ventilação mecânica:
• Preparar o ventilador mecânico, conectando-o às
fontes de oxigênio, colocar filtro HEPA (retentor de
partículas de alta eficiência);
• Atentar-se para a PA, FC e SpO2
hipotensão arterial: (medicamentos usados para IOT
e efeitos hemodinâmicos da ventilação com pressão
positiva)infusão de cristaloides e/ou, a critério
clínico, iniciar vasopressor
Ventilação mecânica
Tipos de ventiladores mecânicos:
Ciclado a volume: liberação de volume constante a cada respiração (as pressões podem variar);
• É o meio mais simples e mais eficaz de fornecer VM total;
• Nesse modo, cada esforço inspiratório desencadeia a liberação do volume corrente fixado;
• Se o paciente não ativa o respirador com frequência suficiente, este inicia a respiração,
assegurando a frequência respiratória mínima desejada.
Ciclado a pressão: fornecer pressão constante durante cada respiração (o volume fornecido
pode variar);
• Fornece uma pressão inspiratória predeterminada;
Ciclado combinado: volume e pressão.
TRAQUEOSTOMIA COMPLICAÇÕES
• Obstrução; • Granuloma;
• A IOT prolongada predispõem a
• Decanulação acidental; • Traqueomalácia;
ocorrência de complicações laríngeas:
• Sangramento; • Infecção;
ulcerações, estenoses e granulomas;
• Enfisema subcutâneo; • Fístula;
• Devido a isquemia, particularmente
• Pneumotórax; • Estenose.
pelo uso de tubos traqueais de maior
diâmetro e pela elevada pressão
intracuff.
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA)
Definição
Processo inflamatório pulmonar agudo e difuso que induz ao edema pulmonar não cardiogênico;
este edema pulmonar aumenta a permeabilidade vascular do pulmão, aumenta o peso pulmonar,
diminui o tecido aerado que gera hipóxia e dispneia e assim a insuficiência respiratória aguda.
Gasometria Arterial
Amostra de sangue total arterial que serve para determinar os seguintes parâmetros:
• pH – potencial hidrogeniônico;
• pO2 – pressão parcial de oxigênio;
• pCO2 – pressão parcial de gás carbônico;
• HCO3- – concentração do ânion bicarbonato;
• SatO2 – saturação de oxigênio.
Estes parâmetros indicam o status ácido-base sanguíneo e a eficiência da troca de gases no pulmão
PRINCIPAIS DROGAS USADAS EM UTI
DROGAS VASOATIVAS
Vasopressores e inotrópicos são drogas vasoativas que foram desenvolvidas para atuar nos vasos e no
coração. Na prática, vários medicamentos estão disponíveis com mecanismos de ação heterogêneos e
benefícios variados para o balanço de risco.
REGRINHAS
ADRENALINA- epinefrina
INDICAÇÃO CLASSE: Simpático -mimético
APRESENTAÇÃO: Sol. Inj.: amp. 1 mg/ml (1ml)
Vasoconstrição e sustentação da PA (melhorando a perfusão coronariana). Broncodilatador. Asma,
choque anafilático, obstrução alta.
POSOLOGIA: Na parada cardíaca: IV 1mg a cada 3 a 5 min
Choque anafilático: 0,3 a 0,5ml SC-IM
Endotraqueal: 2 mg/10ml de SF 0,9%, IV/SC/IM/endotraqueal
EFEITOS COLATERAIS: Ansiedade, tremor, cefaleia, palpitação, taquicardia ventricular,
hiperglicemia, aumento do lactato sérico. Se infiltrar causa lesão necrótica grave.
CUIDADOS: Incompatível com bicarbonato.
Fotossensível. Risco de extravasamento
(administrar em veia central)
Dopamina: Simpático -mimético
APRESENTAÇÃO: Sol. Inj.: amp. 10ml (5mg/ml)
INDICAÇÃO: Choque séptico com débito cardíaco baixo e resistência vascular sistêmica alta,
POSOLOGIA: 2,5 a 20 μg/kg/min
VIA: IV
DILUIÇÃO: 5 amp. de dopamina em 200ml de SF 0,9%/SG 5%
EFEITOS COLATERAIS: Náuseas, vômitos, arritmias (supraventriculares 4% e ventriculares
1 a 1,5%) e agravamento da vasoconstrição pulmonar; necrose tecidual, se infiltrar.
CUIDADOS: Deve ser diluída antes do uso;
NÃO, JAMAIS, EM HIPÓTESE ALGUMA INJETE DIRETAMENTE POR VIA IV.
Pode ser diluída em SF 0,9%, SG 5%, soro glicofisiológico a 5%, RL com glicose a 5%, SR. Pelo risco de
extravasamento, administrar em via profunda; Com fenitoína, pode levar a convulsões, hipotensão e
bradicardia; Incompatíveis com soluções alcalinas. Monitorizar.
SEDATIVOS
MIDAZOLAM- CLASSE: Benzodiazepínico
APRESENTAÇÃO: Comp.: 7,5/15mg, Sol. oral: 2mg/ml, Sol. inj.: 5mg/5ml, 50 mg/10ml, 15mg/3ml; Sol. inj. para uso
em infusão IV, injeção IV, IM e administração retal
INDICAÇÃO: Sedativo de efeito rápido e ação curta para indução do sono, sedação para procedimentos e controle
de convulsões.
POSOLOGIA: Individualizada e titulada até a sedação desejada. Sedação em pacientes < 60 anos 2 a 2,5 mg
inicialmente
VIA: IV/IM
DILUIÇÃO: Bólus ou dripping: 30 ml midazolam para 120 ml de SF 0,9%/SG 5%
EFEITOS COLATERAIS : Fadiga, cefaleia, diplopia, depressão respiratória, distúrbio GI
CUIDADOS: Injeção acidental em artéria: risco de necrose; risco de depressão respiratória
CETAMINA- CLASSE: Anestésico
APRESENTAÇÃO: Amp.: 500mg (10ml)
INDICAÇÃO: Anestésico em intervenções diagnósticas e cirurgias que não exigem relaxamento muscular;
DILUIÇÃO: Já diluída;
VIA: IV/IM
EFEITOS COLATERAIS: Hipertensão, taquicardia, arritmia, depressão respiratória, diplopia, delirium
CUIDADOS: Incompatível com Diazepam e fenobarbital
POSOLOGIA: Depende da indicação clínica. 2 mg/kg: efeito dura de 05 a 10 min
ANTICONVULSIVANTES
FENOBARBITAL- CLASSE: Barbitúrico (anticonvulsivantes)
APRESENTAÇÃO: Sol. inj.: 100mg/ml e 200mg/ml Comp.: 100mg Sol. Oral: 40mg/ml
INDICAÇÃO: Estados convulsivos espasmódicos e na excitação nervosa
POSOLOGIA: Adultos: 2 a 3mg/kg/dia em dose única ou fracionada;
VIA: IV/VO/IM
DILUIÇÃO: EV direto lento
EFEITOS COLATERAIS: Sonolência, alterações no equilíbrio, vertigem, cefaleia, hipotensão, choque,
laringoscopia, apneia.
CUIDADOS: Deve-se injetar menos que 5 ml de cada lado por via IM. Utilizar a via IV apenas em casos essenciais
ou quando outras vias não estiverem disponíveis em virtude de inconsciência ou resistência por parte do
paciente. Administração lenta (< 60 mg/min), usando doses fracionadas. Em estado de mal epilético, usar dose
plena, inicialmente.
CARBAMAZEPINA- CLASSE: Anticonvulsivante
APRESENTAÇÃO: Comp.: 200mg/400mg Xpe: 100mg/5ml
INDICAÇÃO: Profilaxias de crises parciais (simples e complexas) e secundariamente generalizadas.
Eficaz nas crises tônico-clônicas generalizadas e parciais simples. Neuralgia do trigêmeo e neuropatia
diabética.
POSOLOGIA: 100 a 200 mg 1 a 2x/dia Aumentar lentamente até 400mg 2 a 3x/dia
VIA: VO
DILUIÇÃO: Sem necessidade
EFEITOS COLATERAIS: Hepatotoxicidade, tontura, leucopenia, erupção cutânea.
CUIDADOS: Pode diminuir o efeito do anticoncepcional oral.
FENITOÍNA -CLASSE: Anticonvulsivantes
APRESENTAÇÃO: Sol. inj.: 5ml (50 mg/ml) Comp. 100mg
INDICAÇÃO: Crises convulsivas, tônico-clônicas, estado de mal epilético.
POSOLOGIA: Dose inicial: VO: 100mg 3x/dia- Dose em quadros agudos: IM ou IV (preferencialmente): 1⁄2 a
2 no prazo de 1h
VIA: IV/VO/IM
DILUIÇÃO: 1 a 10mg/ml SF 0,9%
EFEITOS COLATERAIS: Alterações comportamentais, confusão, movimentos oculares contínuos e
incontrolados, crises convulsivas, fala balbuciante, tremor nas mãos; sangramento, hiperplasia gengival,
febre e dor muscular
CUIDADOS: Diluições glicosadas geralmente precipitam o produto e não estão indicadas.
BLOQUEADORES ECA
Através da inibição da ECA, diminuem a conversão da angiotensina (AT) I em AT II e, portanto,
diminuem a vasoconstrição arteriolar, a síntese de aldosterona, a absorção tubular proximal renal de
NaCl e a liberação de ADH. Os inibidores da ECA também inibem a degradação da bradicinina,
portanto, aumentam a vasodilatação
Mortalidade:
50% nos primeiros segundos ou horas: Lesões do SNC, em grandes vasos ou traumatismo cardíaco;
30% primeiras horas ou dias: Hemorragias, lesões no SNC não fatais nos primeiros minutos;
20% primeiros dias ou semanas: infecções, embolias e falências de múltiplos órgãos.
A UTI é o local ideal para o tratamento precoce para enfermidades letais:
Tríade letal: Coagulopatia, acidose e hipotermia;
Hipertensão intracraniana.
Avaliação do traumatizado na UTI
Admissão na UTI Neurológica;
Realizar história clínica e exame físico minucioso; Cardiovascular (hemodinâmica);
Rever mecanismo do trauma; Torácica e respiratória;
Realizar nova avaliação primária e secundária do trauma. Nutricional e do abdome;
Renal;
Hematológica;
Tríade letal;
Avalição e tratamento da dor.
TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO
Lesão que causa comprometimento anatômico ou funcional do couro cabeludo, crânio,
ossos da face, meninges e/ou encéfalo, como consequência de um impacto direto na
cabeça.
Lesões primárias
Classificação do TCE
Momento inicial do trauma: fraturas, hematomas, interrupção do fluxo
Leve
sanguíneo.
Moderado
Lesões secundárias
Grave
Minutos ou horas após o trauma; Células não danificadas no impacto inicial.
Hipertensão Intracraniana
Aumento sustentado (>5-10minutos) da PIC acima de 22mmHg; Exames para diagnostico: tomografia
Cafaleia, náuseas, vômitos em jato e papiledema;
Alterações no nível de consciência, coma, tríade de Cushing.
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
Tratamento: Realizar exame neurológico;
TTT primeira linha: Soluções hiperosmolares, Avaliar sedação e analgesia;
sedação e analgesia e medida da PIC. Anotar medida da PIC e PPC;
TTT segunda linha: Craniectomia descompressiva, Manter cabeceira do leito a 30°;
hiportermia(?) e coma barbitúrico. Manter alinhamento da cabeça em posição neutra;
Evitar compressão sobre as veias jugulares;
Realizar exame neurológico; Avaliar posicionamento do colar cervical;
Avaliar sedação e analgesia; Avaliar parâmetros do VM, ausculta pulmonar,
Anotar medida da PIC e PPC; posicionamento da cânula traqueal, raio x de tórax e
Manter cabeceira do leito a 30°; gasometria arterial.
Manter alinhamento da cabeça em posição neutra;
Evitar compressão sobre as veias jugulares;
Avaliar posicionamento do colar cervical;
Avaliar parâmetros do VM, ausculta pulmonar, posicionamento da
cânula traqueal, raio x de tórax e gasometria arterial.
TRAUMA RAQUIMEDULAR
O trauma raquimedular consiste em dano à medula espinhal que pode resultar em alterações motoras e
sensitivas, transitórias ou permanentes em decorrência de agentes físicos sobre a coluna vertebral.