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ENFERMAGEM NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - CONCEITO


Um ambiente de cuidado envolve múltiplas dimensões de cuidado e
abrange um conjunto de elementos que o integram, e precisa levar em conta o todo
que envolve as partes, assim como as partes que envolvem um todo, como bem
argumenta o idealizador do pensamento complexo.
Esses aspectos, contudo, nem sempre é considerado no modelo biomédico
de atenção à saúde, cujo foco está centrado na doença, na fragmentação do saber,
fazer e ser profissional, em que, algumas vezes, nem mesmo o ser que é cuidado é
visto como um todo integrado, um ser de múltiplas relações sociais, potencializadas
pelo meio ambiente natural e social.
Deve ser apreendido como um processo circular que leve em conta tanto o
indivíduo que necessita de cuidados como também as condições em que o mesmo é
realizado, os recursos humanos e materiais disponíveis, as relações interpessoais,
as interações entre os profissionais de saúde, pacientes e familiares, bem como as
interações com o meio ambiente.
O ambiente de cuidados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), foco do
presente estudo, é um ambiente destinado a assistir pacientes graves e instáveis
que, geralmente, fica no meio hospitalar, e é considerado de alta complexidade, por
contar com aparato tecnológico e informatizado de ponta, que apresenta ritmo
acelerado, no qual são realizados procedimentos agressivos e invasivos, e onde
o duelo entre a vida e a morte está bem presente, sendo que a morte, muitas vezes,
é iminente.
Dessa maneira, a UTI, com frequência, é estigmatizada, podendo gerar
concepções errôneas em relação à assistência e atitudes da equipe.
Da mesma forma, a UTI também é vista como um ambiente que gera mitos,
sensações e sentimentos contraditórios, tais como angústia, medo, tristeza, dor e
sofrimento, segurança e insegurança, tanto nos pacientes e familiares como nos
profissionais.
Essa categoria compreende as seguintes subcategorias: “valorizando a vida
dos pacientes”, “recuperando a saúde dos pacientes”, “caracterizando o ambiente da

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UTI” e “definindo a funcionalidade do ambiente de UTI”, lutar pela vida é a meta da


UTI.
Dessa forma, são priorizados os tratamentos que mantêm a vida e
promovem a melhor recuperação possível dos pacientes, os profissionais da UTI
procuram ter o maior cuidado e atenção redobrada para recuperar a saúde dos
pacientes e ficam atentos aos detalhes que interferem diretamente com a vida,
sendo ágeis, fazendo o máximo possível e evitando atrasos no cuidado para não
perder a vida dos pacientes, porque querem que os pacientes melhorem para
saírem bem da UTI e, muitas vezes, aumentam os recursos para manter a vida por
mais tempo, a equipe da UTI sente satisfação com a recuperação da saúde dos
pacientes.
Cuidando e monitorando o paciente continuamente foi determinada como
uma das condições causais, porque diz respeito às ações relacionadas ao suporte
que é dado ao paciente grave, que necessita de assistência qualificada, com o
auxílio de tecnologia diferenciada e de profissionais preparados.
A assistência aos pacientes na UTI está relacionada ao cuidado direto,
intensivo e ao monitoramento permanente por parte dos profissionais. No entanto, o
cuidado na UTI requer não só um cuidado técnico, voltado apenas para a dimensão
biológica, mas um cuidado integral com os pacientes, tratando-os como seres
humanos, com respeito, afetividade e dedicação, conversando com os mesmos,
consolando-os quando necessário e vendo sempre o que é melhor para eles,
fazendo com que os pacientes se sintam bem cuidados em todos os sentidos,
mesmo estando em coma, sedados ou inconscientes.
Um ambiente de UTI adequado envolve tecnologia adequada, isto é,
aparelhos tecnológicos, como bombas de infusão, respiradores, monitores
cardíacos, oxímetros e outros. Em relação aos recursos materiais, na UTI existe a
necessidade e a utilização de muitos materiais e equipamentos e os mesmos
precisam ser adequados, suficientes e de qualidade, a fim de se evitar expor os
pacientes a riscos.
Há o controle rigoroso de materiais e onde, geralmente, não pode faltar
material. Proporcionando um ambiente adequado refere se ao contexto da UTI, pois
diz respeito ao ambiente específico da UTI, que deve ser bem apresentável como

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um todo, harmonioso, agradável, organizado e limpo, proporcionando conforto e


bem-estar aos pacientes, familiares e profissionais.

AMBIENTE HUMANIZADO
Climatização; Iluminação natural;
Divisórias entre os leitos; Relógios visíveis para todos os leitos;
Garantia de visitas diárias dos familiares, a beira do leito;
Garantia de informações da evolução diária dos pacientes aos familiares por
meio de boletins.

HISTORICOS
Ontem

 Lugar para Lugar para “morrer”;


 Circula Circulações periféricas;
 Pouca ou nenhuma visita; Pouca ou nenhuma visita;
 Ambiente totalmente fechado; Ambiente totalmente fechado;
 Área restrita semelhante a um a um centro cirúrgico;
 Pacientes inconscientes;
 Unidade única.

Hoje
 Lugar para Lugar para “se recuperar e viver se recuperar e viver”;
 Circula Circulações internas;
 Visita como ajuda terapêutica;
 Ambiente com luz natural e visão Ambiente com luz natural e visão exterior;
exterior;
 Área acesso restrito, mas sem necessidade de necessidade de paramenta;
 Pacientes inconscientes e conscientes;
 Unidades especializadas.

Os profissionais da UTI apresentam muita preocupação em relação ao


ambiente, principalmente com o tamanho do espaço onde os pacientes se
encontram a presença da luz natural, a presença de janela em cada boxe para situar
os pacientes no tempo e para poderem perceber se é dia ou noite, preocupam-se
em individualizar o paciente, evitando que um paciente veja o outro atento à
privacidade dos pacientes, utilizando cortinas em cada boxe.
A presença dos familiares na UTI, entretanto, é muito restrita e os mesmos,
geralmente, vêm para a UTI apenas nos horários de visita aos pacientes, que são

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fracionados e ocorrem, geralmente, três vezes ao dia, ou seja, pela manhã, à tarde e
à noite, totalizando em torno de uma hora e meia a duas horas de visita diária.

PLANEJAMENTO FÍSICO DAS UTIS


Normas: RDC 50/2002 Normas: RDC 50/200
AMBIENTES DE APOIO:
Sala de utilidades Sala de utilidades;
Sala de espera para acompanhantes e visitantes Salas de espera para
acompanhantes e visitantes;
Quarto de plantão; Secretaria; Rouparia;
Depósito de material de limpeza; equipamentos e materiais; Copa;
Banheiro para quarto de plantão; Sanitários com vestiários para
funcionários (mas. e fem.) Sanitário para pacientes (geral).

CLASSIFICAÇÃO UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO


Unidade de Terapia Intensiva Coronariana
Unidade de Terapia Intensiva Queimados
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrico
Unidade de Terapia Intensiva Neonatal
De acordo com a RDC nº 7, de 24 de fevereiro de 2010, define-se:
UTI Neonatal – destinada à assistência a pacientes admitidos com idade
entre 0 e 28 dias;
UTI Pediátrica – assistência a pcts com idade de 29  dias a 14 ou 18 anos,
sendo este limite definido de acordo com as rotinas da instituição;
UTI Adulto – destinada à assistência de pacientes com idade igual ou
superior a 18 anos, podendo admitir pacientes de 15 a 17 anos, se definido
nas normas da instituição;
UTI Especializada – destinada à assistência a pacientes selecionados por tipo
de doença ou intervenção, como cardiopatas, neurológicos, cirúrgicos, entre
outras.
Centro de Terapia Intensiva (CTI): agrupamento, numa mesma área física
de mais de uma UTI; Paciente grave: paciente com comprometimento de um
ou mais dos principais sistemas fisiológicos, com perda de sua auto-
regulação, necessitando de assistência contínua.

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Número de leitos de UTI Todo hospital de nível terciário, com capacidade


instalada igual ou superior a 100 leitos, deve dispor de leitos de tratamento intensivo
correspondente a no mínimo 6% dos leitos totais, ou seja, no mínimo 6 leitos de UTI
para cada 100 leitos.

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DA UTI


Deve ser designada uma equipe multiprofissional, legalmente habilitada, a
qual deve ser dimensionada, quantitativa e qualitativamente, de acordo com o perfil
assistencial, a demanda da unidade e legislação vigente, contendo, para atuação
exclusiva na unidade, no mínimo, os seguintes profissionais:
Deve ser designado 1 responsável Técnico médico,
Um enfermeiro coordenador da equipe de enfermagem e
Um fisioterapeuta coordenador da equipe de fisioterapia, assim
como seus respectivos substitutos.
O Responsável Técnico deve ter título de especialista em Medicina Intensiva
para responder por UTI Adulto; habilitação em Medicina Intensiva Pediátrica, para
responder por UTI Pediátrica; título de especialista em Pediatria com área de
atuação em Neonatologia, para responder por UTI Neonatal; Médico diarista: 01
(um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, nos turnos matutinos e vespertinos;
Médicos plantonistas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez) leitos ou fração, em
cada turno; Enfermeiros assistenciais: no mínimo 01 (um) para  cada 10 (dez) leitos
ou fração, em cada turno; Funcionários exclusivos para serviço de limpeza da
unidade, em cada turno; Fisioterapeutas: no mínimo 01 (um) para cada 10 (dez)
leitos ou fração, nos turnos matutino, vespertino e noturno, perfazendo um total de
18 horas diárias de atuação; Técnicos de enfermagem: no mínimo 01 (um) para cada
02 (dois) leitos em cada turno; Auxiliares administrativos: no mínimo 01 (um)
exclusivo da unidade.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Cama hospitalar com ajuste de posição, grades laterais;
Carro ressuscitador com monitor, desfibrilador, cardioversor medicações e
material para entubação e extubação endotraqueal (carrinho de parada);

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Ventilador pulmonar, Maca para transporte, com grades laterais, com


suporte para equipamento de infusão controlada de fluídos, suporte para
cilindro de oxigênio; Monitor para monitorização contínua de múltiplos
parâmetros (oximetria de pulso, pressão arterial não invasiva, frequência
respiratória);
Oxímetro de pulso; Bomba de infusão; Conjunto de nebulização, em máscara;
Conjunto padronizado de beira de leito, contendo termômetro,
esfigmomanômetro, estetoscópio, bolsa válvula-máscara (AMBU).
Materiais e equipamento para monitorização de pressão arterial invasiva;
Poltronas removíveis, com revestimento impermeável para paciente;
Marca-passo cardíaco externo, eletrodos e gerador na unidade;
Eletrocardiógrafo portátil; Capnógrafo (monitora a concentração de dióxido de
carbono nos gases respiratórios);
Máscara facial (Venturi); Pontos de oxigênio e ar comprimido medicinal com
válvulas reguladoras de pressão e pontos de vácuo para cada leito; Materiais
para aspiração traqueal; Cilindro de oxigênio e ar comprimido, transportável;
Conjunto CPAP nasal mais umidificador; Capacete para oxigenioterapia para
UTI pediátrica e neonatal (hood);
Foco auxiliar portátil e Aspirador cirúrgico portátil

Bandejas para procedimentos como:


Dialise peritonal, drenagem torácica, toracotomia, punção pericárdica,
Curativos, punção lombar, sondagem vesical e traqueostomia; paracentese;
cateter central.

CRITÉRIOS PARA ADMISSÃO NA UTI


Pacientes com doença pulmonar ou de vias respiratórias (Necessidade de
ventilação mecânica e suplementação de oxigênio);
Pacientes com doença cardiovascular (choque, IAM, pós RCP, síndrome
coronariana, arritmias, emergências hipertensivas...);
Pacientes com doença neurológica (Convulsões não responsivas ao
tratamento, infecções meníngeas, TCE, coma, AVC...);

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Pacientes com doença oncológica ou hematológica  instável ou sangramento


ativo (transplante de medula óssea);
Pacientes com doenças endócrinas e/ou alterações metabólicas ou
eletrolíticas com descompensação, que causem risco ou instabilidade
hemodinâmica ou respiratória (cetoacidose diabética...);
Pacientes com doença gastrointestinal instável (perfuração de víscera oca...);
Pacientes em pós-operatório necessitando de monitorização ou suporte
ventilatório ou requerendo intenso cuidado multidisciplinar;
Pacientes com doença renal instável (IR); Intoxicação exógena (overdose);
Disfunção de múltiplos órgãos; Hipertermia maligna; Grande queimado ou
queimadura com risco de comprometimento respiratório; Hipotermia levando
a instabilidade; Acidentes elétricos ou ambientais; Sepse; Afogamento.

PARÂMETROS UTILIZADOS PARA ADMISSÃO NA UTI


São critérios objetivos utilizados na admissão de pacientes críticos,
podendo ser modificados a depender do modelo padronizado para cada instituição.
Sinais vitais com valores acima ou abaixo dos padrões de normalidade (PA,
pulso, temp., dor e respiração alterados); Outros: anúria (ausência de produção
da urina), obstrução de vias aéreas, coma, crises convulsivas contínuas,
cianose.
Valores de sinais vitais Temperatura - 36 a 38 °C 
Frequência cardíaca (pulso) - 60 a 100 bcpm Frequência
Respiratória - 12 a 20 irpm Pressão arterial - menor ou = a 120/80 mmHg

NORMAS E ROTINAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM NO PROCESSO DE


ADMISSÃO NA UTI EQUIPE DE ENFERMAGEM
Montar a unidade, receber o paciente e transferir da maca para o leito em
segurança, promover oxigenação adequada, monitorização, manutenção de acessos
e infusões, promover proteção para evitar perda de tubos, sondas e drenos, checar
drenos de tórax e sonda vesical quanto a permeabilidade (se aberto ou fechado);
Observar nível de consciência, sinais vitais, presença de próteses, talas,
órteses, integridade da pele; identificar grau de dependência (deficiência visual,
mobilidade, comunicação); Proceder a rotina de controles e medicações conforme

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prescrições medicas e de enfermagem, priorizar as atividades conforme gravidade


do paciente; anotar todas as observações no prontuário devidamente assinado e
carimbado; orientar o paciente e os familiares sobre rotinas do setor (visitas,
pertences, informações, lista de materiais de higiene).

ARRITMIA CARDÍACA
Também conhecida como disritmia ou “palpitação”, a arritmia cardíaca é
uma alteração nos batimentos do coração. Se ele bater muito rápido, é chamado de
taquicardia. Caso for muito lento, o nome dado é bradicardia. Normalmente, um
coração sadio e descansado tem de 60 a 100 batidas por minuto.
As arritmias podem ser benignas, que causam apenas desconforto, ou
malignas, com alto risco de morte súbita. A doença pode fazer com que o coração
não consiga bombear sangue suficiente para suprir as necessidades do corpo, o que
pode causar infarto.
A arritmia mais comum é a fibrilação atrial, ela ocorre devido ao ritmo
irregular proveniente dos átrios, que mandam estímulos de forma desorganizada e
rápida. Como resultado, há um ritmo irregular, que pode fazer com que o sangue
não circule como deveria, podendo gerar a formação de um trombo. O problema de
saúde aumenta com o avançar a idade.

FINALIDADE DO CORAÇÃO
Para realizar a irrigação sanguínea, o coração precisa de energia que vem
das artérias coronárias. Os batimentos ocorrem de forma organizada por meio de
um impulso elétrico, fazendo com que a contração do músculo seja efetiva para
bombear o sangue para o corpo e pulmões. Qualquer alteração que cause um
funcionamento elétrico inadequado do sistema de condução ocasiona as arritmias
cardíacas.

DIAGNÓSTICO
Ao ter algum sintoma de arritmia cardíaca, a pessoa deve procurar um
cardiologista que avaliará o histórico clínico do paciente, além de solicitar exames
capazes de auxiliar na identificação do problema, como:

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Ecocardiograma; Eletrocardiograma;
Estudo eletrofisiológico; Holter 24 horas
Monitores de eventos; Teste ergométrico.

SINTOMAS
Falta de ar; Dores no peito
Excesso de suor ;Sentir o coração lento ou acelerado
Desmaio súbito ; Palpitações
Tontura; Ansiedade
Palidez; Fatores de Risco.

Além desse fator, confira outros motivos que podem causar a doença e evite-os:
Alcoolismo; Diabetes;
Drogas e medicamentos; Estresse
Hipertensão; Poluição do arTabagismo.

PREVENÇÃO
A prevenção de arritmias cardíacas está associada ao que a pessoa faz
para evitar os fatores de risco. Para as doenças do coração, é indispensável o
controle da pressão arterial, obesidade, manter uma alimentação saudável, além de
incluir atividades físicas no dia a dia.

TRATAMENTO
Há diversos tipos de tratamento para a arritmia cardíaca, e a escolha depende
do tipo de arritmia, frequência e gravidade da doença.
Ablação por cateter: é realizada uma cauterização por meio de
radiofrequência no tecido cardíaco responsável pela arritmia. É feito com
cateteres introduzidos no coração.
Cardioversão elétrica: é um tipo de choque elétrico dado no tórax para
restaurar o ritmo normal do coração. Essa técnica é utilizada quando as
medicações falham ou quando a pessoa apresenta sintomas intensos.
Cirurgia cardíaca: intervenções cirúrgicas podem corrigir arritmias para tratar
outras doenças no coração.

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Desfibrilação: além de diagnosticar arritmias cardíacas, o desfibrilador


automático externo pode parar a arritmia. Isso acontece quando, por meio de
uma desfibrilação, que é uma aplicação de corrente elétrica, as batidas do
coração retomam o ciclo cardíaco normal.
Medicações: há várias drogas que podem ser utilizadas no tratamento das
arritmias. Algumas são usadas para converter a arritmia em um ritmo normal,
outras controlam a frequência cardíaca e alguns podem ser usados para
diminuir a formação de coágulos no coração.

Medicação intravenosa: é uma opção de tratamento com medicamentos que


evitam a arritmia e impedem as alterações nos batimentos do coração. Alguns
medicamentos podem apresentar efeitos colaterais. O paciente geralmente
precisa ingeri-los diariamente pelo período em que viver.

IMPLANTE DE MARCA-PASSO
O objetivo é que o marca-passo regule os batimentos do coração, e isso
acontece pelo estímulo elétrico do aparelho. Existem dois tipos de cirurgias para o
implante do marca-passo.
A mais comum é a endocárdia, que introduz os eletrodos do marca-passo
por meio das veias que chegam ao coração.
A outra, mais comum em crianças, chama-se epicárdica. Neste caso, os
eletrodos são implantados no músculo cardíaco.

TIPOS DE CHOQUES

O choque é uma situação que surge quando a quantidade de oxigênio no corpo esta
muito baixa a toxinas vão se acumulando, podendo acusar lesões em vários órgãos
e colocando a vida em risco.

CHOQUE CIRCULATÓRIO - é uma falha do sistema circulatório em levar oxigênio


para os tecidos do corpo, causando sequelas e podendo, às vezes, causar a morte.

O choque circulatório é uma síndrome clínica caracterizada pela deficiência do


sistema circulatório em levar oxigênio para os tecidos, causando a hipóxia celular. A
hipóxia celular causa a morte das células e a consequente morte dos tecidos.
Quando há morte dos tecidos, há a morte dos órgãos.

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CHOQUE HIPOVOLÊMICO - ocorre uma diminuição na quantidade de sangue


circulante por hemorragia externa ou interna, queimaduras, desidratação, peritonite,
gastroenterites, obstrução e torsão intestinal. É o tipo de choque mais frequente.

CHOQUE SÉPTICO - ocorre multiplicação de bactérias no sangue, fazendo com


que a pressão sanguínea caia, apesar da quantidade adequada de sangue, é
causado por infecções bacterianas graves e anafilaxia.

O CHOQUE ANAFILÁTICO - acontece em pessoas que têm uma alergia muito


grave a alguma substância, como acontece em alguns casos de alergia a nozes,
picadas de abelha ou pêlo de cachorro, por exemplo. Este tipo de choque provoca
uma resposta exagerada do sistema imune, gerando inflamação do sistema
respiratório.Choque neurogênico
O CHOQUE NEUROGÊNICO - aparece quando existe uma perda repentina dos
sinais nervosos do sistema nervoso, deixando de enervar os músculos do corpo e os
vasos sanguíneos. Normalmente, este tipo de choque é sinal de problemas graves
no cérebro ou na medula espinhal.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO EM PARADA


CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR)
É considerada uma das mais importantes emergências no setor médico, já
que a sobrevida está ligada ao tempo e à qualidade do atendimento realizado. Isso
exige atuação rápida, eficaz e objetiva por parte da equipe de saúde, ainda mais nos
cuidados de enfermagem.
Em um caso de PCR, a equipe de enfermagem geralmente é a primeira a
prestar socorro, pois está na linha de frente do atendimento. Além de estar apto a
fazer a desde a reanimação até a intervenção dos médicos, é papel do enfermeiro
conhecer as patologias, buscar aperfeiçoamento técnico e o fortalecimento do
trabalho em equipe.

1. Identificar os sintomas
Os principais sintomas que precedem uma PCR são:
 Dor torácica ; Sudorese; Palpitações precordiais; Tontura; Escurecimento visual
 Perda de consciência; Alterações neurológicas ; Sinais de baixo débito cardíaco;
 Parada de sangramento prévio

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Os sinais clínicos considerados em uma PCR são:


 Inconsciência; Ausência de movimentos respiratórios ; Ausência de pulsos em
grandes artérias (femoral e carótidas); ou ausência de sinais de circulação
APÓS RECONHECER UMA PCR É PRECISO:
 Solicitar ajuda; Manter o desfibrilador preparado e próximo ao leito; Monitorizar o
paciente Colocar a vítima em decúbito (deitado) dorsal horizontal em uma
superfície plana e dura;
 Manter a cabeça e o tórax no mesmo plano;
 Solicitar, caso não tenha, um desfibrilador externo semiautomático (DEA)
 Iniciar o suporte básico de vida

3. Suporte básico de vida


Conforme as diretrizes da ONG American Heart Association (AHA), em uma
situação de parada cardiorrespiratória de adulto, sempre que possível, o
desfibrilador externo semiautomático deve ser utilizado rapidamente. Em adultos
com PCR sem monitoramento ou quando não houver um DEA prontamente
disponível, os cuidados de enfermagem indicados consistem em iniciar a
reanimação cardiorrespiratória (RCP) enquanto se busca um desfibrilador.
A ressuscitação cardiorrespiratória básica deve seguir o CABD. Confira:

Letra C > circulação > compressão torácica externa após ausência de pulso


(máximo 10 segundos de medição). Em pacientes com ausência de pulso carotídeo
ou sinais de circulação deve ser utilizada a compressão torácica externa: aplicação
rítmica de pressão sobre o tórax, com uma frequência de 100 vezes por minuto.
Letra A > abertura e desobstrução de vias aéreas. O enfermeiro deve alinhar a
cabeça com o tronco do paciente, promover a extensão do pescoço e tração anterior
da mandíbula. É preciso atentar para a língua e/ou epiglote que poderão obstruir as
vias aéreas, na ausência de tônus muscular.
Letra B > respiração (em inglês, breathing) / ventilação. No terceiro passo, o
enfermeiro realiza duas ventilações positivas lentas (2 a 4 segundos) com dispositivo
de barreira. A manobra deve conter máscara facial portátil com válvula unidirecional.
É importante atentar para a obstrução das vias aéreas, decorrente da queda da

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língua e/ou dos músculos relaxados da traqueia. O profissional precisa, portanto,


posicionar corretamente a cabeça do paciente ou ainda inserir uma cânula naso ou
orofaríngea.
– Letra D > desfibrilação precoce / desfibrilador externo semiautomático (DEA). A
operação e ritmo do DEA devem ser estabelecidos pelo socorrista.
Na ausência de desfibrilador, as etapas C, A e B devem ser intensificadas. Caso os
esforços descritos acima se esgotem, deve-se prosseguir com atendimento de
ressuscitação cardiorrespiratória avançada.

VENTILAÇÃO MECÂNICA
é o suporte oferecido, por meio de um aparelho, ao paciente que não
consegue respirar espontaneamente por vias normais devido a fatores como
doenças, anestesia e anomalias congênitas. Os ventiladores também são usados
para permitir descanso dos músculos respiratórios até que o paciente seja capaz de
reassumir a ventilação espontânea.

INDICAÇÃO
Existem duas modalidades distintas de ventilação mecânica:
Ventilação mecânica invasiva: quando o equipamento é conectado ao
paciente por meio de tubo endotraqueal ou traqueostomia.
Ventilação mecânica não invasiva: quando o equipamento é conectado ao
paciente através de máscaras.
A indicação de cada uma das modalidades e dos diversos modos
ventilatórios que elas oferecem ficará a cargo do médico responsável e dependerá
do quadro clínico do paciente.
As duas modalidades podem ser utilizadas tanto em ambiente hospitalar
como em domicílio.

A ENTUBAÇÃO OROTRAQUEAL
É uma maneira eficaz de se garantir uma via aérea definitiva, sobretudo em
pacientes instáveis, consiste na colocação de um tubo dentro da via aérea através
da via aérea superior do paciente (boca –  laringe – traqueia), utilizando um
laringoscópio.

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A maioria dos tubos utilizados para entubação possui um manguito (cuff)


próximo à sua extremidade distal. Ao ser inflado, ele permite a aplicação de
pressões positivas bastante elevadas nas vias aéreas inferiores e diminui
sensivelmente a quantidade de secreções provenientes das vias aéreas superiores e
do tubo digestivo que são aspiradas (incluindo-se aspirações de conteúdo gástrico).
Por esse motivo, o manguito deve ser corretamente insuflado.
As indicações de entubação dividem-se em duas situações: aquela em que o
paciente perde a capacidade de manter sua própria via aérea pérvia e aquela em
que é necessário fornecer suporte ao trabalho ventilatório ou aplicar pressão positiva
em seu sistema respiratório.
 Permeabilidade da via aérea
o Rebaixamento do nível de consciência (Glasgow < 9)
o Anestesia
o Edema de glote
o Trauma de face
o Corpo estranho
o Risco aumentado de aspiração
 Suporte Ventilatório
o Insuficiência respiratória
o Edema agudo de pulmão
o Crise asmática grave; SARA
o Pneumonia grave
Materiais necessários
 Laringoscópio testado + lâmina
 Cânula de entubação adequada (tubo – 7; 7,5 ou 8)
 Material de aspiração
 Seringa de 20mL para insuflar o cuff
 Fonte de oxigênio + AMBU/Ventilação mecânica
 Material de fixação da cânula
 Estetoscópio para checar a posição do tubo
 Drogas a serem usadas no procedimento

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

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O acidente vascular cerebral (AVC) é a doença que mais mata no Brasil e a


que mais causa incapacidade no mundo: cerca de 70% das pessoas que sofrem um
derrame não retorna ao trabalho depois do acidente vascular cerebral e 50% ficam
dependentes de outras pessoas no dia a dia.
1º O AVC acontece quando o suprimento de sangue que vai para o cérebro
é interrompido ou drasticamente reduzido, privando as cédulas de oxigênio e de
nutrientes. Ou, então, quando um vaso sanguíneo se rompe, causando uma
hemorragia cerebral.
Entre as causas dessas ocorrências, estão a malformação arterial cerebral
(aneurisma), hipertensão arterial, cardiopatia, tromboembolia (bloqueio da artéria
pulmonar).

TIPOS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL


Acidente vascular cerebral isquêmico – é causado pela obstrução ou
redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria do cérebro, o que causa a falta
de circulação vascular na região.
O acidente vascular isquêmico é responsável por 85% dos casos de
acidente vascular cerebral.
Acidente vascular cerebral hemorrágico – acontece quando um vaso se
rompe espontaneamente e há extravasamento de sangue para o interior do cérebro,
este tipo de AVC está mais ligado a quadros de hipertensão arterial.

SINAIS E SINTOMAS DE ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL


É importante prestar atenção aos sintomas para saber identificar um AVC e
procurar ajuda médica o mais rápido possível. Quanto mais cedo forem tratados o
acidente vascular cerebral isquêmico e o acidente vascular cerebral hemorrágico,
melhores são os prognósticos do paciente.
sinais sintomas são:
Fraqueza de um lado do corpo; Dificuldade para falar; Perda de visão;
Perda da sensibilidade de um lado do corpo; Alterações motoras; Paralisia de
um lado do corpo;
Distúrbio de linguagem; Distúrbio sensitivo;
Alteração no nível de consciência.

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Os fatores de risco que aumentam as chances do paciente sofrer um


acidente vascular cerebral isquêmico ou um acidente vascular cerebral hemorrágico
são
Estilo de vida -- sedentarismo, má alimentação, sobrepeso, obesidade,
tabagismo, uso de drogas e excesso de bebidas alcoólicas.
Problemas de saúde – altas taxas de colesterol no sangue, diabetes, pressão
alta e doenças cardíacas.

TRATAMENTO
Acidente vascular cerebral isquêmico – o tratamento consiste em desobstruir
o vaso cerebral afetado, normalizando a circulação cerebral.
Quanto mais rápido for iniciado, maiores as chances de salvar os neurônios
que estão em sofrimento, o que diminui muito ou até evita as sequelas do AVC.
Acidente vascular cerebral hemorrágico – o tratamento cirúrgico pode ser
necessário para conter a hemorragia.
Depois de estabilizada a situação, o tratamento se concentra na prevenção
de um novo derrame e na recuperação das funções afetadas.

HEMORRAGIA DIGESTIVA ALTA


É um sangramento na região do esôfago, estômago, duodeno ou intestino
delgado. Essa perda de sangue pode estar relacionada a problemas nestes órgãos,
como gastrite, úlcera estomacal, úlcera duodenal, consumo excessivo de certos
medicamentos ou álcool, entre outros.
A hemorragia digestiva alta costuma ser notada quando há vômitos com
sangue, fazendo com que ele saia vermelho vivo, ou sangue nas fezes que acontece
quando ele é digerido pelo organismo, deixando as fezes com odor fétido
característico e cor bastante escura, com aspecto de borra de café.
A hemorragia digestiva alta costuma ser uma emergência médica,
dependendo da intensidade do sangramento, do local e da quantidade de sangue
que a pessoa já perdeu. É comum que o paciente seja internado para tratamentos
Os principais problemas que podem acarretar na hemorragia digestiva alta estão:

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Esofagite de refluxo; Varizes de esôfago; Varizes de esôfago; Câncer;


Gastrite aguda; Úlcera péptica hemorrágica; Úlcera duodenal hemorrágica;
Enterite.

O TRAUMA CRANIOENCEFÁLICO
Consiste em lesão física ao tecido cerebral que, temporária ou
permanentemente, incapacita a função cerebral.
O diagnóstico é suspeitado clinicamente e confirmado por imagens
(primariamente tomografia computadorizada).
Inicialmente, o tratamento consiste em suporte respiratório e manutenção
adequada de ventilação, oxigenação e pressão arterial (PA). Com frequência, a
cirurgia é necessária em pacientes com lesões mais graves para a colocação de
monitores a fim de medir a elevação da pressão intracraniana (PIC), descomprimir o
cérebro se a PIC estiver aumentada ou remover hematomas intracranianos.
Nos primeiros dias após a lesão, é importante manter a perfusão e
oxigenação cerebral adequada e prevenir complicações de alteração do sensório.
Sub sequentemente, muitos pacientes requerem reabilitação.

AS CAUSAS DO TCE
Quedas (especialmente em adultos mais velhos e crianças pequenas)
Acidentes com veículos automotores e outras causas relacionadas a
transporte (p. ex., acidentes de bicicleta, colisões com pedestres)
Agressões Atividades esportivas (p. ex., concussões relacionadas com
esportes)

SINAIS E SINTOMAS
Inicialmente, a maioria dos pacientes com TCE moderada ou grave perde a
consciência (normalmente por segundos ou minutos), embora alguns pacientes
apresentem lesões menores, alguns façam apenas confusões ou tenham amnésia (a
amnésia é normalmente retrógrada e causa perda de memória de segundos a
algumas horas antes da lesão).

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.

Crianças jovens podem simplesmente tornar-se irritáveis. Alguns pacientes


apresentam convulsão, normalmente na primeira hora ou dia. Após esses sintomas
iniciais, os pacientes devem estar totalmente acordados e alertas ou a consciência e
a função podem ser alteradas em algum grau, variando de confusão leve a estupor e
coma. A duração da falta de consciência e da gravidade do estupor é
aproximadamente proporcional à gravidade da lesão, porém não são específicas.

ELETROCARDIOGRAMA
O eletrocardiograma (ECG) é feito com um aparelhinho ligado a eletrodos
que avalia o ritmo dos batimentos cardíacos em repouso. É um exame bem simples,
usado rotineiramente tanto na triagem dos prontos-socorros quanto em checkups
preventivos solicitados pelo cardiologista.
O objetivo é ver se há alguma falha na condução elétrica pelo coração. Ou
seja, se existem bloqueios ou partes do músculo que não estão se movendo como
deveriam o que pode sinalizar problemas cardíacos.
O eletro é muito utilizado para flagrar arritmias e taquicardias ou
bradicardias, quando o peito bate rápido ou devagar demais, respectivamente.
Mas é um teste inicial. Ou seja, ele aponta possíveis suspeitas, que devem
ser confirmadas com outros exames.
O exame é realizado com indivíduo deita em uma maca e o profissional de
saúde espalha eletrodos para averiguar os impulsos elétricos de áreas diferentes do
coração. A oscilação captada é conduzida ao eletrocardiógrafo, aparelho que
durante cerca de cinco minutos registra a informação em gráficos impressos numa
bobina de papel.
Para não comprometer a leitura, a pele deve estar limpa e livre de roupas. Já
os eletrodos devem ficar bem fixados por isso que, às vezes, a retirada deles pode
doer um pouquinho. Como é super simples e nada invasivo, todos podem realizar
esse exame. O eletrocardiograma também não precisa de um preparo prévio —
nada de jejum ou algo do tipo.

A INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA


IRA ou lesão renal aguda é a perda abrupta da filtragem de líquidos,
resíduos e sais pelos rins. A enfermidade é crescente entre os brasileiros e, de

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acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), o número de casos dobrou


em somente dez anos.
A insuficiência renal aguda e o brasileiro são a Obesidade, hipertensão,
diabetes, idade avançada e histórica familiar. Estas são algumas das características
ideais para uma eventual complicação no organismo, como a insuficiência renal
aguda.
O sobrepeso é a porta de entrada para diversas patologias e causa
complicações na função renal. A IRA chega a afetar o equilíbrio químico do
organismo, a pressão arterial e a produção de medula óssea e glóbulos vermelhos –
essenciais para quem enfrenta enfermidades graves, como é o caso da maioria dos
pacientes com lesão renal aguda.

O DIAGNÓSTICO DA DOENÇA
A maioria dos diagnósticos de IRA acontece com o paciente em estado
crítico. Para o tratamento adequado do problema, a triagem, é essencial e o primeiro
passo é entender se o indivíduo tem os seguintes sintomas:
Pressão ou dor no peito;
Inchaço nos membros inferiores;
Falta de ar ou fome;
Produção de urina diminuída;
Excesso de sono e fadiga; etc.
Uma vez identificados os sintomas e a possibilidade da doença, o paciente então
será submetido a uma bateria de testes. A bateria de testes inclui: exames de
sangue, de urina, de imagem, análise da produção de urina e biópsia.

Os principais tratamentos da Insuficiência Renal Aguda (IRA)- Pacientes com IRA


nem sempre passam pela mesma terapia. Os tratamentos são indicados de acordo
com as causas e essa heterogeneidade é um grande desafio para a padronização
de abordagens de tratamentos.

Diálise- A diálise é a maior aliada no tratamento do IRA. O processo de limpeza do


sangue pode salvar portadores de pericardite ou com elevados níveis de potássio,
por exemplo.

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.

Medicação de controle - Os maiores perigos da insuficiência renal crônica são as


consequências. Por isso, a insulina e o cálcio são receitados para evitar o acúmulo
de potássio no sangue; os antibióticos para prevenir infecções; e os diuréticos para
eliminar líquidos dos rins.

EDEMA PULMONAR
É um acúmulo anormal de líquido nos pulmões, que pode levar à falta de ar
o edema pulmonar geralmente é causado por insuficiência cardíaca, que leva ao
aumento da pressão nas veias pulmonares.
À medida que a pressão nesses vasos sanguíneos aumenta, o líquido é
empurrado para dentro dos espaços aéreos dos pulmões, chamados alvéolos. Esse
líquido acumulado interrompe o fluxo normal de oxigênio nos pulmões, resultando
em falta de ar. O principal fator que leva uma pessoa a ter mais facilidade para
apresentar edema pulmonar é a idade.
Pessoas mais velhas, acima dos 60 anos, são mais propensas a ter
insuficiência cardíaca e, assim, com risco aumentado de edema pulmonar também.
O mesmo vale para obesidade, excesso de peso contribui para a
insuficiência cardíaca e, consequentemente, para um eventual edema pulmonar
também.
Dependendo da causa, os sintomas de edema pulmonar podem aparecer
de repente ou se desenvolver ao longo do tempo.
Piora súbita dos sintomas associados com edema pulmonar crônico ou
edema pulmonar de alta altitude devem ser tratados imediatamente também.
Se o paciente estiver sentindo muita falta de ar, o primeiro passo do
tratamento é de primeiro-socorros: fornecer oxigênio, o que pode levar alívio a
alguns dos sintomas.
Se edema pulmonar não for tratado, ele pode aumentar a pressão na artéria
pulmonar e, eventualmente, o ventrículo direito em seu coração se tornará fraco e
começará a falhar. Isso poderá levar a complicações de saúde mais graves.

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NUTRIÇÃO PARENTERAL
Alimento administrado diretamente na veia, e que por conter os nutrientes
básicos (proteínas, gorduras e carboidratos), não necessita de digestão.
NUTRIÇÃO ENTERAL
Alimento administrado ao paciente geralmente através de sondas colocadas
no estomago ou intestino delgado.
NUTRIÇÃO NOSOENTERAL
Alimento para fins especiais, com ingestão controlada de nutrientes, na
forma isolada ou combinada, de composição definida ou estimada, formulada para
uso por sondas ou via oral, industrializado ou não, utilizada exclusiva ou
parcialmente para substituir ou complementar a alimentação oral em pacientes
desnutridos ou não, conforme suas necessidades nutricionais, em regime hospitalar,
ambulatorial ou domiciliar, visando à síntese ou manutenção dos tecidos, órgãos ou
sistemas

SONDAS
São introduzidas em diferentes orifícios (vesical, na bexiga, nasogástrica, no
estômago etc...) para permitir a drenagem de líquidos orgânicos, ou algumas vezes
infusão de soluções ou medicamentos. EX: Sondas vesicais e gastrointestinais

A COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA


É um quadro clínico no qual pequenos coágulos sanguíneos se formam por
toda a corrente sanguínea e obstruem pequenos vasos sanguíneos.
O aumento da coagulação exaure as plaquetas e os fatores de coagulação
necessários para controlar hemorragias, causando hemorragia excessiva.
Existem diversas causas possíveis, incluindo infecção, cirurgia e complicações do
parto.
A coagulação excessiva é seguida de hemorragia excessiva.
A quantidade de fatores de coagulação no sangue é medida.
O distúrbio subjacente é tratado.

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A coagulação intravascular disseminada (CID) começa com uma coagulação


excessiva. A coagulação excessiva é geralmente estimulada por uma substância
que penetra no sangue como parte de uma doença (como uma infecção ou
determinados cânceres) ou como uma complicação do parto, retenção de feto morto
ou cirurgia.
Pessoas que sofreram uma lesão grave na cabeça ou dano tecidual causado
por choque, queimaduras, ulceração pelo frio, outras lesões ou até mesmo uma
picada de uma cobra venenosa também estão em risco.
Devido ao esgotamento dos fatores de coagulação e das plaquetas
(fragmentos celulares que circulam na corrente sanguínea a ajudam o sangue a
coagular), ocorre hemorragia excessiva.

O TRAUMA RAQUIMEDULAR
É inesperado e altera drasticamente a vida do indivíduo acometido, com
consequente repercussão no contexto familiar, social e econômico.
O quadro clínico varia de acordo com o nível e gravidade da lesão da
medula espinal, no entanto de modo geral caracteriza-se pelo comprometimento dos
movimentos (tetraplegia ou paraplegia) e da sensibilidade, além disso, é frequente a
ocorrência de alterações vasculares, respiratórias, urinárias, intestinais,
complicações por úlceras por pressão e infecções urinárias e pulmonares, que
aumenta a taxa de mortalidade.
POLITRAUMATISMO
Traumatismos são lesões provocadas no corpo por forças externas de
natureza física ou química. Politraumatismos ou traumas múltiplos são termos
médicos que descrevem a condição de uma pessoa que foi submetida a múltiplas
lesões traumáticas de diversas naturezas, as quais podem comprometer diversos
órgãos e sistemas.
Politraumatismos se há duas ou mais lesões graves em pelo menos duas
áreas do corpo e, menos frequentemente, duas ou mais lesões graves em uma área
do corpo.
É frequente que o politraumatizado sofra múltiplas fraturas em múltiplos
ossos, mas a condição vai muito além disso. Os politraumatismos estão

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.

frequentemente associados a acidentes com veículos motorizados ou a explosões


de várias naturezas, mas podem se dever as outras causas, geralmente violentas.
Os politraumatismos podem incluir lesões cerebrais e medulares, afetação
de vísceras internas, hemorragias de diversos graus, perda de membros,
queimaduras, cegueira e perda auditiva, além de múltiplas fraturas ósseas. Algumas
dessas lesões são ostensivamente visíveis, mas outras podem ser internas e de
mais difícil constatação.

DIAGNOSTICA O POLITRAUMATISMO
Na admissão ao hospital, qualquer paciente politraumatizado deve ser
submetido imediatamente ao diagnóstico por radiografia de sua coluna cervical,
tórax e pelve, para determinar possíveis lesões com risco de vida (por exemplo: uma
vértebra cervical fraturada, uma pelve severamente fraturada ou um hemotórax).
Feita essa pesquisa inicial, podem ser feitos raios X dos membros para avaliar a
possibilidade de outras fraturas.
TRATAMENTO DO POLITRAUMATISMO
Os primeiros atendimentos a um politraumatizado geralmente são feitos
ainda fora do hospital e deve ser observado, de pronto, o estado geral do paciente: a
pulsação, a respiração, a cor da pele, o estado de consciência, a capacidade de
movimentação, a reação à dor e a temperatura do corpo.
No hospital, é necessário atender emergencialmente, dando prioridade
àquela consequência do traumatismo que põe em maior risco a vida do paciente,
estabelecendo a seguinte ordem:

Permeabilidade das vias aéreas, remoção das próteses, se houver, e


aspiração das secreções orofaríngeas;
Avaliação das possíveis lesões intratorácicas;
Intubação e uso de respirador, se necessário;
Avaliação da função respiratória (ritmo, frequência e movimento torácico);
Avaliação das funções cardiocirculatórias usando manobras de ressuscitação
quando houver parada cardiorrespiratória;
Controle da hemorragia externa e interna e preparação do paciente para
cirurgia, se necessária;

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Punção de veia para reposição das perdas sanguíneas e administração de


medicamentos;
Preparação do material para flebotomia (incisão ou sangria venosa);
Sondagem vesical para avaliação do débito urinário;
Controle rigoroso da administração e perda de líquidos e sinais vitais;
Avaliação de trauma crânio encefálico e outras lesões;
Imobilização das fraturas, observando a coloração, temperatura e pulso das
extremidades;
Avaliação da ansiedade do paciente, orientando e esclarecendo sobre o seu
estado, procedimentos e dúvidas.
A oxigenação por meio de membrana extracorpórea pode ser eficaz no
tratamento de alguns pacientes politraumatizados com insuficiência pulmonar
ou cardiopulmonar.

AS COMPLICAÇÕES DO POLITRAUMATISMO
Infelizmente, muitas das vítimas de politraumatismos, apesar de
sobreviverem, não mais recuperam totalmente sua forma física e/ou mental prévia,
ficando com alguma sequela. Os politraumatismos podem levar a várias condições
incapacitantes, como amputações, lesões da medula espinhal, danos auditivos e
visuais definitivos, transtorno de estresse pós-traumático e outras condições
médicas.

A GASOMETRIA

Gasometria mede o pH e os níveis de oxigênio e de gás carbônico no


sangue de um paciente, Um recurso tem se mostrado fundamental para avaliação
da condição e para o tratamento dos pacientes com Covid-19.

O exame de gasometria, usado em situações críticas de insuficiência


respiratória, é uma solução importante para análise e para o gerenciamento dessa
condição. Precisão do resultado, no entanto, depende do seguimento de
recomendações de boas práticas para a coleta das amostras, conforme orienta o
CLSI.
A gasometria mede o pH e os níveis de oxigênio e de gás carbônico no
sangue de um paciente. A verificação dos gases sanguíneos é utilizada para

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verificar o equilíbrio ácido-base do organismo, diretamente relacionado com a


performance pulmonar e metabólica.

MORTE ENCEFÁLICA

Morte encefálica é doação de órgãos e tecidos, a morte encefálica é um produto dos


avanços tecnológicos, em que é possível manter artificialmente a frequência
cardíaca, a ventilação pulmonar, a pressão arterial, a temperatura e a homeostase
bioquímica, mesmo após a parada das funções encefálicas

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